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1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
 
SUMÁRIO 
 
Apresentação ................................................................................................................ 3 
UNIDADE 1 - Introdução geral ao ESG ....................................................................... 5 
Por que desenvolver estratégias que se voltem ao ESG? ........................................ 10 
Como incorporar o ESG dentro das organizações? ................................................. 11 
Você sabe o que significa ODS? .............................................................................. 13 
Você sabe o que significa greenwashing? ................................................................ 16 
Referências do capítulo ............................................................................................. 18 
Imagens: ................................................................................................................... 18 
UNIDADE 2 - O pilar Ambiental no ESG ................................................................... 19 
Gestão com responsabilidade socioambiental ......................................................... 21 
Vínculo entre responsabilidade socioambiental e gestão ......................................... 22 
Impactos positivos e negativos da organização sobre o meio ambiente .................. 23 
Temas e critérios relacionados ao eixo Ambiental .................................................... 23 
 Referências do capítulo ............................................................................................ 25 
Imagens: ................................................................................................................... 25 
UNIDADE 3 - O pilar Social no ESG .......................................................................... 26 
Gestão e responsabilidade social ............................................................................. 28 
Áreas de aplicabilidade da responsabilidade social nas corporações ...................... 29 
Responsabilidade social como ferramenta estratégica ............................................. 30 
Temas e critérios relacionados ao eixo Social .......................................................... 31 
 Referências do capítulo ............................................................................................ 35 
Imagens: ................................................................................................................... 35 
UNIDADE 4 - O pilar Governança no ESG ................................................................ 36 
Temas e critérios relacionados ao eixo Governança ................................................ 38 
 Referências do capítulo ............................................................................................ 43 
Imagens: ................................................................................................................... 43 
UNIDADE 5 - ESG na prática das empresas ............................................................. 44 
Cases de sucesso ..................................................................................................... 46 
Imagens: ................................................................................................................... 50 
Noções Básicas de ESG ............................................................................................ 51 
Conclusão ................................................................................................................... 51 
 
 
 
3 
 
Apresentação 
 
 
Prezados(as) alunos(as), 
 
Desejamos boas-vindas ao curso NOÇÕES BÁSICAS DE ESG. 
 
Vamos trabalhar juntos para desenvolver novos conhecimentos e aprofundar as 
competências que vocês já possuem! 
 
O curso possui uma carga horária de 25 horas-aula, divididas em cinco unidades, 
estruturadas conforme a tabela a seguir: 
 
 
 
Unidade 
Carga 
horária 
 
Conteúdo programático 
 
 
Introdução geral ao ESG 
 
 
 
 
5 h/a 
 
• ESG: surgimento, história e os três pilares da sigla. 
• ESG: uma evolução no modelo de negócio nas empresas. 
• Como o ESG impacta a competitividade de uma empresa. 
• Passos para incorporar o ESG na organização. 
 
 
O pilar Ambiental no 
ESG 
 
 
 
 
 
5 h/a 
 
• Gestão com responsabilidade socioambiental. 
• Vínculo entre responsabilidade socioambiental e 
gestão. 
• Impactos positivos e negativos da organização sobre o 
meio ambiente. 
• Temas e critérios relacionados ao eixo Ambiental. 
 
 
O pilar Social no ESG 
 
 
 
 
 
5 h/a 
 
• Gestão e responsabilidade social. 
• Áreas de aplicabilidade da responsabilidade social nas 
empresas. 
• Responsabilidade social como ferramenta estratégica. 
• Temas e critérios relacionados ao eixo Social. 
 
O pilar Governança no 
ESG 
 
 
 
5 h/a 
 
• Governança corporativa. 
• Governança corporativa e estratégia empresarial. 
• Governança corporativa e a relação com os stakeholders. 
• Temas e critérios relacionados ao eixo Governança. 
 
ESG na prática das 
empresas 
 
5 h/a 
 
• Conhecer as boas práticas de empresas que já 
incorporaram o ESG na organização. 
 
 
4 
 
 
 
 
Nesse sentido, este curso foi desenvolvido para que os alunos construam o 
entendimento inicial ou aumentem seu conhecimento sobre ESG para ajudar a 
promover a melhoria do setor de transporte. Para isso, foram utilizadas algumas 
referências, apresentadas ao final deste material, que serviram como base para seu 
desenvolvimento e sua elaboração. 
 
No início de cada unidade, vocês serão informados sobre o conteúdo a ser abordado e 
os objetivos a serem alcançados. 
 
O curso NOÇÕES BÁSICAS DE ESG está dividido em unidades, para facilitar o seu 
aprendizado. 
 
Esperamos que este curso seja muito proveitoso para vocês! 
 
Nosso intuito maior é apresentar dicas, conceitos e soluções práticas para ajudá-los no 
dia a dia de trabalho. 
 
 
 
 
Bons estudos! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
UNIDADE 1 
Introdução geral 
ao ESG 
 
 
 
6 
 
Unidade 1 - Introdução geral ao ESG 
 
 
Nos dias atuais, muito se tem falado a respeito da sigla ESG, porém você sabe o 
que ela significa? 
 
ESG (em inglês Environmental, Social and Governance) é uma sigla que representa 
um conjunto de critérios ambientais, sociais e de governança corporativa dentro das 
organizações. Esses critérios tornaram-se um componente central na tomada de decisões 
do mercado financeiro e são utilizados por investidores para avaliar o desempenho das 
empresas além do lucro monetário. A importância do ESG tem crescido nos últimos anos, 
à medida que as grandes organizações ao redor do mundo têm conduzido seu modelo 
de negócios para reduzir seus impactos perante a sociedade e o meio ambiente. Essas 
empresas, também, têm atuado no gerenciamento de riscos e oportunidades, tornando-
se resilientes diante da dinâmica global. 
 
A sigla ESG foi conceituada, pela primeira vez, em 2004, em um relatório do Pacto 
Global da ONU (Organização das Nações Unidas). Desde então, o conceito tem evoluído 
e se tornado cada vez mais robusto e importante no mundo dos negócios. Hoje, o ESG é 
visto como uma parte essencial da estratégia de uma empresa para acessar mercados 
financeiros, e não apenas como uma questão de responsabilidade social corporativa 
capaz de gerar valor e contribuir para o desenvolvimento sustentável. 
 
É importante ter conhecimento de que o ESG não é um termo novo. Ele tem ganhado 
roupagens diferentes ao longo das décadas. Os conceitos que consolidam esse 
movimento são ainda mais antigos e amplamente difundidos. Estamos falando do 
desenvolvimento sustentável, ou seja, atender às necessidades atuais sem comprometer 
as necessidades das gerações futuras, e da sustentabilidade corporativa, abordagemsustentada por um tripé que compreende questões econômicas, sociais e ambientais. 
Embora sejam muito próximos, esses termos não são sinônimos. O ESG trata dos aspectos 
de sustentabilidade que reduzem os riscos financeiros de interesse do mercado. 
Entretanto, é possível perceber seu uso em substituição à sustentabilidade corporativa, 
que possui viés estratégico ao modelo de negócio e de inovação, almejando a melhoria 
da empresa por meio da sustentabilidade. 
 
 
7 
 
 
Em 2020, com a eclosão da pandemia da covid-19, vimos esses conceitos ocuparem 
espaços de destaque seja por conta dos nítidos desafios globais que se relacionam à 
desigualdade social, às mudanças climáticas, à escassez de recursos, entre outros, seja 
pelo posicionamento de instituições gestoras de ativos financeiros, que passaram a 
demandar das empresas maior responsabilidade com seus impactos perante o meio 
ambiente e a sociedade, juntamente com um sistema de governança corporativa capaz 
de garantir a melhor tomada de decisão. O ESG ganhou papel de destaque nesse 
momento, como um modelo direcionador das corporações que desejam apresentar 
menores riscos aos investidores. 
 
 
Figura 1: ESG – Designed by Freepik 
 
Os três pilares do ESG são: 
 
1 - Ambiental; 2 - Social; 3 - Governança. 
 
O pilar Ambiental se refere à forma como a empresa gerencia seus impactos 
positivos e negativos no meio ambiente, o que demanda um olhar para todo o ciclo 
produtivo, desde a extração e/ou o consumo de recursos naturais até o descarte de 
resíduos sólidos. 
 
 
 
8 
 
O pilar Social diz respeito à forma como a empresa lida com seus empregados, seus 
fornecedores, seus clientes e a comunidade onde opera, inserindo esses atores na 
estratégia dos negócios de modo a gerar valor às partes interessadas. 
 
O pilar Governança envolve a liderança da empresa, as práticas éticas, a 
transparência e a forma como a empresa toma suas decisões e se relaciona com a 
sociedade e seus acionistas, se assim for o caso. 
 
Nos próximos módulos, conheceremos mais profundamente cada um dos pilares do 
ESG. A princípio, basta entender que esses são os macrodirecionadores para as empresas 
atuarem na agenda. 
 
Figura 2: ESG – Designed by Freepik 
 
A adoção de práticas ESG representa uma evolução significativa no modelo de 
negócios das empresas. Companhias que adotam práticas do ESG tendem a desenvolver 
suas habilidades para identificar e gerenciar riscos, melhorar o desempenho financeiro a 
longo prazo, acessar novos capitais, obter maior resiliência em tempos de crise e 
fortalecer a marca e sua reputação. 
 
Vale ressaltar que as práticas do ESG podem ajudar as empresas a atrair e reter 
talentos, melhorar a satisfação do cliente e abrir novas oportunidades de mercado por 
meio da eficiência operacional e da inovação para a sustentabilidade. 
 
 
 
 
9 
 
Uma das principais dificuldades que as pessoas enfrentam ao tentar entender o 
conceito do ESG é a complexidade e a amplitude dos tópicos que ele abrange. O ESG não 
se trata apenas de ser somente “verde” ou “sustentável”, mas, também, envolve uma 
série de práticas e políticas que uma empresa deve adotar para ser considerada 
responsável sob o ponto de vista ambiental, social e de governança. Isso pode ser 
bastante amplo e incluir desde a redução da pegada de carbono até a garantia de práticas 
de trabalho justas e a implementação de uma governança corporativa sólida. 
 
Paralelamente a esse cenário, por mais que o ESG tenha aparecido pela primeira vez 
em 2004, observa-se que esse é um campo relativamente novo e em constante evolução 
seja das metodologias, seja das boas práticas implementadas nas organizações. 
 
 
 
Figura 3: ESG – Designed by Freepik 
 
 
 
 A adoção das práticas do ESG pode ter um impacto significativo na competitividade 
de uma empresa. Companhias que adotam práticas do ESG tendem a colher uma série 
de benefícios, como a redução de custos operacionais, uma melhor reputação e uma 
maior resiliência em meio às incertezas e vulnerabilidades. Além disso, as práticas do ESG 
tendem a atrair mais investidores, conforme já citado. 
 
A incorporação do ESG em uma organização envolve passos importantes. Em 
primeiro lugar, é importante entender que uma empresa não se adéqua a esses critérios 
 
 
10 
 
do dia para a noite. É necessário entender a realidade atual da organização, conhecer 
suas partes interessadas (stakeholders), priorizar e planejar o melhor caminho para 
avançar na implementação do ESG na organização. Destaca-se que é fundamental 
garantir o suporte da alta gestão e incluir os recursos necessários no orçamento. 
 
O conceito e as práticas do ESG vieram para ficar. As empresas que adotam essas 
práticas estão se posicionando para ter sucesso em um mundo cada vez mais focado na 
sustentabilidade. À medida que avançamos para o futuro, é provável que o ESG se torne 
ainda mais importante em todo o mundo. 
 
Desse modo, não há dúvidas de que as questões ambientais, sociais e de governança 
(ESG) estão em alta na realidade das organizações, dos clientes, dos investidores e dos 
governantes, não sendo apenas uma tendência, mas, também, um movimento que se 
iniciou em prol de um mundo mais justo, inclusivo e sustentável. 
 
Por que desenvolver estratégias que se voltem ao 
ESG? 
 
 
Desenvolver estratégias voltadas para o ESG (Ambiental, Social e Governança) é 
fundamental por várias razões. Em primeiro lugar, essas estratégias permitem que as 
empresas operem de maneira mais sustentável e responsável, o que pode levar a uma 
maior eficiência operacional, à redução de custos e a atuarem em conformidade 
regulatória. Além disso, as empresas que adotam práticas do ESG tendem a ter uma 
reputação melhor, o que pode levar a um aumento da lealdade dos clientes e a novas 
oportunidades de negócios por considerarem as prioridades das partes interessadas. 
 
Em segundo lugar, o foco no ESG pode ajudar as empresas a engajarem seus 
empregados, levando-os a terem uma maior satisfação e uma melhor produtividade. 
Além disso, pode atrair e reter talentos como resultado de uma cultura 
organizacional orientada para o ESG. Muitos profissionais, hoje em dia, querem 
trabalhar para empresas que compartilham seus valores e estão comprometidas 
com a sustentabilidade. 
 
 
11 
 
 
Por fim, cada vez mais investidores estão considerando fatores do ESG em suas 
decisões de investimento. Portanto, as empresas que adotam práticas do ESG podem 
ter acesso a novas fontes de capital e podem ser vistas como menos arriscadas pelos 
investidores. 
 
 
Assim, desenvolver estratégias 
voltadas para o ESG não é apenas a coisa 
certa a se fazer sob o ponto de vista ético, 
mas, também, pode trazer benefícios 
significativos para os empregados, os 
clientes, a comunidade e as empresas do 
ponto de vista financeiro e operacional. 
 
 
 
 
Como incorporar o ESG dentro das organizações? 
 
Incorporar o ESG (Ambiental, Social e Governança) em uma organização envolve uma 
série de etapas estratégicas. Para apoiar esse entendimento e a forma de aplicação, a 
ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) criou uma prática recomendada 
referente ao tema. Essa norma foi intitulada de ABNT PR 2030. 
 
A norma ABNT PR 2030 é uma diretriz pioneira no Brasil que alinha os principais 
princípios ambientais, sociais e de governança (ESG) e orienta os passos necessários para 
incorporá-los em uma empresa. Lançada em dezembro de 2022, a norma é uma prática 
recomendada, o que significa que não é um normativo ou uma legislação, mas, sim, uma 
orientação sobre como aplicar o ESG. 
 
 
Figura 4: Sustentabilidade e ESG - Designed by Freepik 
 
 
12 
 
A sigla PR refere-se à “Prática Recomendada”, enquanto o número 2030 faz 
referência à Agenda 2030 da ONU (Organização das Nações Unidas), que estabelece os 
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável(ODS). A norma fornece um conjunto de 
práticas recomendadas para o setor do ESG no Brasil. 
 
 
Figura 5: ESG como foco - Sustentabilidade e ESG - Designed by Freepik 
 
Por meio desse documento, é possível avaliar e direcionar metas e estratégias nas 
empresas. Isso marca um passo importante para a sustentabilidade e o setor do ESG no 
Brasil, pois estabelece o primeiro passo para conceituar e orientar a incorporação de 
práticas sustentáveis em organizações. 
 
Em resumo, entendemos que o primeiro passo para incluir o ESG nos negócios é ter 
conhecimento sobre o tema e, principalmente, o engajamento da alta gestão para tornar 
as novas práticas uma parte da cultura organizacional. Após conhecê-lo, é necessário 
que se desenvolva a intenção para o ESG, ou seja, é preciso alinhar esse modelo à visão, 
ao propósito e ao planejamento estratégico da empresa. 
 
Os próximos passos dependem de um diagnóstico capaz de identificar se a empresa possui 
práticas de sustentabilidade e o seu respectivo grau de maturidade. O diagnóstico contribuirá para 
planejar quais critérios do ESG serão trabalhados na corporação, considerando os riscos e as 
oportunidades; os impactos causados às partes interessadas e os objetivos a curto, médio e longo 
prazos. Para facilitar o entendimento sobre o que é prioritário ou não a uma organização, é 
necessária a determinação da materialidade por meio de um estudo metodológico, no qual serão 
definidos os temas pertinentes ao negócio. 
 
 
 
13 
 
Após serem identificados os temas a que a empresa direcionará seus esforços, inicia-
se a etapa de implementação. Para isso, estabelecer objetivos e metas e implementar 
políticas, instruções e outros processos contribuirão para o monitoramento das ações e 
os posteriores relatos e as comunicações da Agenda ESG. 
 
Todos os referidos passos requerem um maior aprofundamento para conhecer as 
especificidades de cada uma das etapas. Neste momento, o importante é saber que há 
uma lógica e passos indispensáveis para a incorporação do ESG. 
 
Você sabe o que significa ODS? 
 
O ESG guia as empresas para atenderem a critérios nos eixos Ambiental, Social e 
Governança Corporativa para a atuação local, mas também cabe a nós conhecermos as 
iniciativas a nível global. Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) foram 
estabelecidos pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 2015, com a visão de 
transformar nosso mundo até 2030. Para isso, o documento traz um conjunto de 17 
metas globais a serem perseguidas. 
 
Cada objetivo possui metas específicas que abrangem uma variedade de áreas, 
incluindo a erradicação da pobreza, a promoção da educação de qualidade, a garantia da 
igualdade de gênero e a luta contra as mudanças climáticas. Esses objetivos servem como 
um guia para os países e as organizações públicas e privadas se esforçarem para criar um 
futuro mais sustentável e justo para todos. 
 
 
 
14 
 
 
Figura 6: Metas ODS - Designed by Freepik 
 
Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) são um chamado global que 
direciona os olhares para ações contra a pobreza, a favor da proteção do Planeta e em 
busca da garantia de que todas as pessoas desfrutem de paz e prosperidade até 2030. 
 
Anterior aos ODS, o Pacto Global, lançado no ano 2000, já reconhecia que o 
desenvolvimento deve equilibrar aspectos sociais, econômicos e ambientais. O 
documento apresenta dez princípios com o objetivo de guiar a atuação das empresas, 
abrangendo as áreas de Direitos Humanos, trabalho, meio ambiente e práticas 
anticorrupção. Ao trabalharmos para alcançar esses objetivos, podemos construir um 
mundo melhor para as gerações futuras. 
 
Caso haja interesse em atuar para a responsabilidade social e ambiental a nível 
global, recomendamos consultar ambos os documentos. Temos a certeza de que esses 
materiais contribuirão para que as empresas ampliem seus conhecimentos e direcionem 
suas ações para a construção de uma agenda comum aos demais países. 
 
 
 
 
 
 
 
 
15 
 
 
Veja abaixo as 17 metas do ODS: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
16 
 
 
 FIQUE ATENTO(A)! 
 
 
Você sabe o que significa greenwashing? 
 
Implementar práticas sustentáveis que considerem as questões ambientais, sociais 
e de governança é uma demanda das empresas, mas você sabe que, para isso, é 
necessário ter comprometimento e integridade para relatar as ações que são 
desenvolvidas? 
 
Greenwashing é uma prática que tem ganhado cada vez mais atenção à medida que 
as questões ambientais se tornam mais urgentes. Trata-se de uma estratégia de 
marketing usada por algumas empresas para parecerem mais “verdes” ou 
ambientalmente amigáveis do que realmente são. Essas empresas podem fazer 
alegações enganosas sobre a sustentabilidade de seus produtos ou serviços ou podem 
exagerar a eficácia de suas iniciativas ambientais. 
 
Figura 7: Greenwashing - Designed by Freepik 
 
O termo “greenwashing” foi cunhado pelo ambientalista Jay Westerveld em 1986, 
em um ensaio no qual ele criticou a indústria hoteleira por promover a reutilização de 
 
 
17 
 
toalhas como uma prática “verde”, quando, na verdade, era uma medida de economia 
de custos. Desde então, o termo tem sido usado para descrever qualquer tentativa de 
uma organização de parecer mais ambientalmente responsável do que realmente é. 
 
A prática do greenwashing tende a ser muito prejudicial, pois pode levar os consumidores a 
acreditarem que estão tomando decisões de compra ambientalmente adequadas, quando, na 
verdade, podem estar apoiando práticas que são prejudiciais ao meio ambiente. Isso também 
pode desviar a atenção e o apoio dos consumidores das empresas que estão realmente fazendo 
um esforço significativo para reduzir seu impacto ambiental. 
 
Para combater o greenwashing, é importante que os consumidores estejam 
informados e façam sua própria pesquisa antes de tomarem decisões de compras. 
Existem várias organizações e recursos disponíveis que podem ajudar os consumidores a 
identificarem práticas de greenwashing e a encontrarem empresas que estão realmente 
comprometidas com a sustentabilidade. 
 
Além disso, as empresas podem tomar medidas para evitar o greenwashing, garantindo que 
suas alegações ambientais sejam transparentes, específicas e verificáveis. Isso pode incluir a 
obtenção de certificações de terceiros para seus produtos ou serviços e a garantia de que todas 
as alegações ambientais sejam apoiadas por evidências concretas. 
 
Em resumo, embora o greenwashing seja um problema significativo, os 
consumidores e as empresas podem tomar medidas para combatê-lo. Ao nos 
informarmos e apoiarmos empresas verdadeiramente sustentáveis, podemos ajudar a 
promover um futuro mais verde para todos. 
 
Com o avanço do termo ESG, para além do greenwashing, já é possível verificar 
práticas denominadas de pinkwashing ou rainbow washing, nas quais as empresas se 
mostram favoráveis à diversidade e à inclusão em suas equipes, mas, na prática, não é o 
que ocorre, sendo apenas uma jogada de marketing para cativar o público LGBTQIA+. 
 
 
 
18 
 
 
 Referências do capítulo 
 
 
ABNT. Disponível em: <https://www.abnt.org.br/>. 
 
How to make ESG real | McKinsey. Disponível em: 
<https://www.mckinsey.com/capabilities/sustainability/our-insights/how-to-
make-esg-real>. 
 
5 Steps to Creating An ESG Strategy That Will Impress Investors! Disponível 
em: <https://www.corporateservices.euronext.com/blog/esg/how-to-create-
esg-strategy>. 
 
7 Steps to Develop and Implement an ESG Strategy. Disponível em: 
<https://us.anteagroup.com/news-events/blog/develop-and-implement-an-
esg-strategy>. 
 
Pacto Global. Disponível em: <https://pactoglobal.org.br/ods/>. 
 
 
PWC. ESG Investor Survey: The economic realities of ESG. Disponível em: 
<https://www.pwc.com/gx/en/services/audit-assurance/corporate-reporting/esg-investor-survey.html>. 
 
 
 
 
Imagens: 
 
Freepik | Recursos gráficos para todos. Disponível em: 
<https://br.freepik.com/>. 
 
 
 
 
19 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
UNIDADE 2 
O pilar Ambiental 
no ESG 
 
 
 
20 
 
 
Unidade 2 - O pilar Ambiental no ESG 
 
 
 
A responsabilidade ambiental é um assunto que evoluiu à medida que os impactos da 
exploração, da produção e do consumo intensivos começaram a ser sentidos pela população. A 
conduta empresarial tornou-se foco de regulamentação e responsabilização, sendo moldada ao 
longo dos tempos, para evitar que desastres de cunho ambiental, responsáveis por 
contaminações e degradação em larga escala, fossem recorrentes. 
 
O pilar Ambiental do ESG (Environmental, Social and Governance) é um componente 
essencial que se concentra em como uma organização interage e influencia o meio 
ambiente físico e químico. Isso abrange uma variedade de temas, englobando desde o 
consumo de energia e a emissão de poluentes, até a utilização responsável de recursos 
naturais, a preservação da biodiversidade, entre outros. 
 
A dimensão ambiental do ESG avalia as empresas e seus respectivos compromissos 
assumidos em respeito ao meio ambiente. O “E” (Environmental ou, em português, 
Ambiental) deve considerar os potenciais impactos positivos e negativos em todos os 
processos da organização, seja em suas atividades internas, seja ao longo da sua cadeia 
de suprimentos. Esse pilar exige indicadores e metas bem estabelecidas, além de ser 
capaz de influenciar os demais setores da economia rumo à transição para uma economia 
de baixo carbono. 
 
Cada setor da economia possui impactos positivos e negativos que são mais 
significativos. O setor de transporte, ao longo dos anos, desempenhou um papel 
fundamental para o desenvolvimento das sociedades modernas, proporcionando 
mobilidade e conectividade. Entretanto, essa atividade apresenta potenciais impactos 
ambientais, entre os quais destacam-se: 
 
• emissões de gases de efeito estufa; 
• poluição do ar; 
• consumo de energia; 
• perda de biodiversidade. 
 
 
21 
 
Desse modo, o pilar Ambiental do ESG foca em como uma organização pode 
minimizar, reparar e compensar seus impactos na natureza, assim como potencializar 
ações que beneficiem o meio ambiente com o uso de tecnologias, a mudança da matriz 
energética ou alternativas de deslocamento, no caso do setor de transporte. 
 
Gestão com responsabilidade socioambiental 
 
A gestão com responsabilidade socioambiental é uma abordagem de negócios 
estratégica que visa integrar considerações sociais e ambientais nas operações de uma 
empresa. Isso envolve o engajamento e desenvolvimento da cultura organizacional, o 
aperfeiçoamento de produtos e processos e a adoção de práticas sustentáveis, visando 
não apenas ao lucro, mas, também, ao bem-estar geral. 
 
As empresas que adotam a gestão com responsabilidade socioambiental 
reconhecem que suas operações causam efeitos no mundo ao seu redor e se esforçam 
para minimizar os impactos negativos e potencializar os impactos positivos. Isso pode 
envolver a implementação de políticas de sustentabilidade, o investimento em 
tecnologias verdes e a promoção de práticas de trabalho justas e éticas. 
 
Essa prática tende a agregar valor à empresa e resulta em um relacionamento 
benéfico com a comunidade em que está inserida. A gestão com responsabilidade 
socioambiental melhora a reputação, aumenta a lealdade do cliente e até mesmo 
promove a redução de custos corporativos. Algumas empresas já nascem com esses 
valores. Assim, elas são consideradas Empresas B. 
 
No entanto, para avançarmos nesse modelo de gestão, devemos considerar os 
desafios, que se iniciam logo na determinação de fazer diferente, ou seja, na mudança da 
cultura organizacional. A gestão responsável requer ainda a transparência e prestação de 
contas, o envolvimento das partes interessadas, a conformidade legal e normativa, entre 
outros, que podem exigir investimentos em novas tecnologias ou práticas de negócios. 
Além disso, pode ser difícil medir o impacto das iniciativas de responsabilidade 
socioambiental e o retorno ao valor da empresa. 
 
 
22 
 
Apesar desses desafios, a gestão com responsabilidade socioambiental é cada vez 
mais vista como uma parte essencial dos negócios modernos. À medida que os 
consumidores e investidores se tornam mais conscientes das questões sociais e 
ambientais, as empresas que adotam a responsabilidade socioambiental provavelmente 
estarão mais bem posicionadas para o sucesso no futuro. 
 
Vínculo entre responsabilidade socioambiental e 
gestão 
 
A responsabilidade socioambiental está intrinsecamente ligada à gestão de uma 
organização. A forma como uma organização gerencia seus recursos, trata seus 
empregados e interage com a comunidade tem um impacto direto em sua 
responsabilidade socioambiental. 
 
A gestão eficaz da responsabilidade socioambiental requer uma compreensão clara 
dos impactos sociais e ambientais das operações da organização. Isso pode envolver a 
realização de avaliações de impacto ambiental, o monitoramento do uso de recursos e a 
implementação de políticas para promover práticas de trabalho justas e éticas. 
 
A gestão da responsabilidade socioambiental também envolve a comunicação eficaz 
desses esforços para os stakeholders. Isso inclui a divulgação regular de relatórios de 
sustentabilidade, a realização de reuniões com as partes interessadas para avançar na 
pauta e a promoção dos esforços da organização para melhorar seu desempenho social 
e ambiental. 
 
Além disso, a gestão eficaz da responsabilidade socioambiental requer um 
compromisso contínuo com a melhoria. As organizações devem estar dispostas a revisar 
regularmente suas políticas e práticas, aprender com seus erros e fazer os ajustes 
necessários para melhorar seu desempenho social e ambiental. 
 
Por fim, é importante lembrar que a gestão eficaz da responsabilidade socioambiental não 
é apenas sobre minimizar os impactos negativos. Também é sobre aproveitar as oportunidades 
para contribuir positivamente para a sociedade e o meio ambiente. 
 
 
23 
 
Impactos positivos e negativos da organização sobre o 
meio ambiente 
 
Todas as organizações apresentam algum tipo de impacto sobre o meio ambiente, 
seja por meio do uso de recursos naturais, da poluição do ar ou da água, da redução de 
habitats naturais, do descarte de resíduos sólidos ou de emissões de gases do efeito 
estufa. O resultado dessas ações pode ter consequências prejudiciais para os 
ecossistemas e para as comunidades humanas que dependem dele. No entanto, o grau 
poderá variar dependendo das práticas adotadas pela organização. 
 
Por outro lado, as organizações também podem ter um impacto positivo sobre o 
meio ambiente. Por exemplo, elas podem implementar práticas sustentáveis que 
regenerem os ecossistemas, reduzam o uso de recursos naturais, diminuam suas 
emissões de gases do efeito estufa, minimizem sua produção de resíduos e conscientizem 
a população no que tange à adoção de práticas igualmente sustentáveis. Elas também 
podem contribuir para a conservação do meio ambiente por meio do apoio à pesquisa 
ambiental e ao desenvolvimento de novas tecnologias. 
 
É importante que as organizações reconheçam e compreendam os impactos positivos e os 
negativos que têm sobre o meio ambiente. Isso pode ajudá-las a identificar oportunidades para 
melhorar suas práticas empresariais e obter destaque no mundo corporativo. 
 
Temas e critérios relacionados ao eixo Ambiental 
 
Existem vários temas e critérios que são frequentemente considerados ao avaliar o 
desempenho ambiental de uma organização. Esses podem incluir: 
 
Uso de recursos naturais 
 
Compreende o uso da água, o consumo de energia, o uso e a ocupação do solo 
e o consumo deoutros recursos naturais indispensáveis à atividade. As 
organizações podem ser avaliadas com base na eficiência com que usam esses 
recursos e nos esforços que estão fazendo para reduzir seu uso. 
 
 
 
24 
 
Emissões de gases do efeito estufa 
 
As organizações podem ser avaliadas com base na quantidade de gases do efeito 
estufa que emitem e nos esforços que estão fazendo para implementar medidas 
mitigatórias e compensatórias dessas emissões. 
 
Gestão de resíduos 
 
Isso pode incluir a quantidade de resíduos que uma organização produz, quais 
os esforços que a organização está fazendo para reduzir essa produção, a 
realização do correto gerenciamento e a garantia da destinação (reutilização, 
reciclagem, logística reversa etc.) ou disposição ambientalmente adequada de 
resíduos (aterros sanitários, biodigestores, incineração etc.). 
 
Conservação da biodiversidade 
 
Compreende os impactos que uma organização tem sobre a biodiversidade 
local, os esforços que estão sendo realizados para minimizar os impactos sob os 
ecossistemas, a redução do atropelamento da fauna e a proteção das espécies 
ameaçadas de extinção. 
 
 
Adaptação às mudanças climáticas 
 
Isso pode incluir os esforços que uma organização está fazendo para se adaptar 
às mudanças climáticas, como a implementação de práticas sustentáveis ou o 
investimento em tecnologias verdes. 
 
Cada um desses temas pode ser avaliado utilizando-se uma variedade de critérios 
distintos, a depender das circunstâncias específicas da organização. No entanto, 
todos eles são importantes para entender o desempenho ambiental geral de uma 
organização e não se esgotam nos que foram citados. 
 
 
 
 
 
25 
 
 
Referências do capítulo 
 
 
ABNT, PR 2030. Disponível em: <https://www.abntcatalogo.com.br/>. 
 
 
How to make ESG real | McKinsey. Disponível em: 
<https://www.mckinsey.com/capabilities/sustainability/our-insights/how-to-
make-esg-real>. 
 
 
O que é ESG, a sigla que virou sinônimo de sustentabilidade. Disponível em: 
<https://exame.com/esg/o-que-e-esg-a-sigla-que-virou-sinonimo-de-
sustentabilidade/>. 
 
 
Pacto Global. Disponível em: <https://www.pactoglobal.org.br/pg/esg>. 
 
 
PWC. ESG Investor Survey: The economic realities of ESG. Disponível em: 
<https://www.pwc.com/gx/en/services/audit-assurance/corporate-
reporting/esg-investor-survey.html>. 
 
Imagens: 
 
Freepik | Recursos gráficos para todos. Disponível em: 
<https://br.freepik.com/>. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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UNIDADE 3 
O pilar Social no 
ESG 
 
 
 
27 
 
Unidade 3 - O pilar Social no ESG 
 
 
O pilar Social do ESG (Ambiental, Social e Governança) é um componente crucial que 
se concentra no impacto que uma empresa tem sobre as pessoas (empregados, clientes, 
fornecedores ou membros da comunidade local). Ele abrange uma ampla gama de 
tópicos e deve ser visto como o propósito principal de uma organização, pois são as 
pessoas que interagem com os produtos e serviços daquele empreendimento. 
 
Esse pilar tem suas premissas apoiadas na Responsabilidade Social Corporativa (RSC), 
também conhecida como Responsabilidade Social Empresarial (RSE). Esse conceito se 
moldou com o passar do tempo e, para algumas organizações, é parte integrante do ESG, 
representado pelo pilar Social. A RSC se refere à maneira como as empresas gerenciam 
suas operações e tomam decisões considerando o impacto social de suas ações. Isso pode 
incluir uma variedade de práticas, desde a implementação de políticas de trabalho justo 
até a contribuição para a comunidade local. 
 
Além disso, a RSC não é apenas uma obrigação ética, mas, também, pode ser uma 
poderosa ferramenta estratégica para as empresas. As empresas que são vistas como 
socialmente responsáveis podem atrair mais clientes, investidores e empregados. Além 
disso, ao considerarem o impacto social das decisões empresariais, as empresas podem 
evitar escândalos ou controvérsias que poderiam prejudicar sua reputação ou seus 
resultados financeiros. 
 
Existem muitos temas e critérios relacionados ao eixo Social do ESG. Isso pode incluir 
desde o diálogo e engajamento das partes interessadas até a porcentagem de mulheres 
em cargos de liderança. Outros critérios podem incluir o impacto da empresa na 
comunidade local, como o investimento social privado ou programas de voluntariado 
para o desenvolvimento das comunidades. 
 
Em uma última ponderação, o objetivo do pilar Social do ESG é garantir que as 
empresas tenham um impacto social positivo. Isso significa não apenas evitar danos, mas, 
também, trabalhar ativamente para melhorar a sociedade. Requer, ainda, tomar decisões 
 
 
28 
 
que beneficiem todas as partes interessadas, incluindo empregados, clientes, 
comunidades locais e a sociedade como um todo. 
 
O setor de transporte possui papel estratégico na construção do impacto positivo na 
sociedade. Como todo setor da economia, esse apresenta grandes desafios para o 
desenvolvimento sustentável. Dentre os principais critérios do eixo Social que o setor de 
transporte deve superar, destacam-se: 
• infraestrutura inadequada; 
• falta de acessibilidade; 
• segurança nas estradas; 
• relações trabalhistas justas; 
• inclusão das minorias no mercado de trabalho; 
• combate à exploração sexual infantil. 
 
 
Gestão e responsabilidade social 
 
As discussões no âmbito da responsabilidade social corporativa tiveram maior 
repercussão com o avanço da conscientização sobre as condições de trabalho e a 
implementação de regulamentações, tornando-se um tema central nas organizações 
com o passar dos anos. 
Inicialmente, a responsabilidade social aplicada por empresas se limitava a iniciativas 
de cunho filantrópico. Com o avanço da pauta, a maneira na qual as organizações operam 
e se relacionam com a sociedade se torna parte essencial da estratégia dos negócios. O 
ESG, nesse contexto, é um fator indispensável para o desenvolvimento das questões 
sociais, pois já surge com uma abordagem mais abrangente e integrada. 
 
O modelo de gestão focado na responsabilidade social envolve práticas para garantir que as 
operações da empresa sejam éticas e transparentes. Isso pode incluir desde a garantia de uma 
cadeia de suprimentos justa e sustentável, até a proteção dos dados dos clientes. 
 
Além disso, as empresas com forte gestão e responsabilidade social geralmente têm 
uma reputação melhor, o que pode levar a um maior sucesso dos negócios, considerando 
 
 
29 
 
que os clientes estão cada vez mais exigentes, em uma tendência a apoiar empresas que 
se preocupam com o impacto social e ambiental de suas operações. 
 
No entanto, a gestão e a responsabilidade social não são apenas sobre fazer o que é 
certo para a sociedade e o meio ambiente, mas, também, fazer o que é certo para os 
negócios. As empresas que adotam práticas sociais responsáveis, muitas vezes, 
descobrem que isso leva a um melhor desempenho financeiro, ao aumento da lealdade 
do cliente e a um maior engajamento dos empregados. 
 
A gestão e a responsabilidade social envolvem ampla diversidade de temas e 
demandam que as empresas estejam preparadas para atuar, medir e relatar seu impacto 
na sociedade. Isso pode ser um desafio, mas é crucial para entender o verdadeiro impacto 
das práticas de negócios da empresa. 
 
A gestão e a responsabilidade social garantem que as empresas evitem danos e 
trabalhem ativamente para melhorar a sociedade. Isso significa tomar decisões que 
beneficiem todas as partes interessadas, incluindo empregados, clientes, comunidades 
locais e o meio ambiente. 
 
Áreas de aplicabilidade da responsabilidade social nas 
corporações 
 
A Responsabilidade Social Corporativa (RSC) pode ser aplicada em várias áreas das 
operações de uma organização. Uma dessas possibilidades se inicia na própria estrutura 
da empresa,ou seja, no local de trabalho, o qual deve assegurar segurança, acessibilidade 
e inclusão aos trabalhadores. 
 
O avanço da RSC para o pilar Social do ESG ampliou a aplicabilidade do tema, 
tornando fundamentais ao escopo de atuação das empresas questões nas áreas dos 
Direitos Humanos, diversidade, equidade e inclusão, relações e práticas de trabalho, 
promoção da responsabilidade na cadeia de valor, entre outras. 
 
 
 
 
30 
 
Com destaque para o relacionamento com os fornecedores, as empresas podem 
engajar e exigir que esses também adotem práticas justas e sustentáveis, evitando, assim, 
possíveis violações dos Direitos Humanos e impactos ao meio ambiente. No que diz 
respeito à forma com a qual as empresas interagem com seus clientes, deve-se 
considerar a proteção de dados e a privacidade das informações compartilhadas. 
 
Além disso, as empresas devem desenvolver suas áreas para viabilizar interações 
com a comunidade local. Isso envolve a contratação de moradores locais, contribuições 
para melhorias na infraestrutura das cidades, auxílio à comunidade por meio de doações 
para instituições de caridade locais ou programas de voluntariado. 
 
Finalmente, a RSC também se reflete na forma com que a organização dialoga com os eixos 
Ambiental e Governança, o que garante o meio ambiente equilibrado e o poder de influência 
para promover políticas públicas ou normas sociais que beneficiem a sociedade como um todo. 
 
Responsabilidade social como ferramenta estratégica 
 
A Responsabilidade Social Corporativa (RSC) não é apenas uma obrigação ética, mas, 
também, pode ser uma poderosa ferramenta estratégica para as empresas. 
 
• A RSC pode ajudar a melhorar a reputação da empresa. As empresas que são vistas como 
socialmente responsáveis podem atrair mais clientes, investidores e empregados. 
• A RSC pode ajudar a mitigar riscos. Ao considerarem os impactos social e ambiental das 
decisões empresariais, as empresas podem evitar escândalos ou controvérsias que 
poderiam prejudicar sua reputação ou seus resultados financeiros. 
• A RSC pode incentivar a construção de soluções inovadoras. Ao considerarem as 
necessidades e preocupações sociais, as empresas podem vislumbrar novas 
oportunidades de mercado ou ideias para produtos ou serviços. 
• A RSC pode ajudar a melhorar o engajamento e a produtividade dos empregados. Os 
colaboradores geralmente se sentem mais motivados e engajados quando sentem que 
seu trabalho está contribuindo para um bem maior. 
 
 
31 
 
• A RSC pode ajudar a fortalecer os laços com a comunidade local. Empresas que 
contribuem para suas comunidades locais podem construir relações mais fortes e obter 
mais apoio da comunidade. 
• A RSC é uma ferramenta estratégica que pode ajudar as empresas a alcançarem seus 
objetivos de negócios, ao mesmo tempo em que contribui para o bem-estar da 
sociedade. 
 
Temas e critérios relacionados ao eixo Social 
 
Existem vários temas e critérios que são frequentemente considerados ao se avaliar 
o desempenho ambiental de uma organização. Esses podem incluir: 
 
Trabalho com condições adequadas 
O pilar Social começa com a garantia de condições decentes de trabalho. Isso 
inclui salários justos, horários de trabalho razoáveis e/ou flexíveis e um ambiente 
de trabalho seguro e saudável. 
 
Direitos Humanos 
As empresas devem respeitar os Direitos Humanos em todas as suas operações. 
Isso significa eliminar todas as formas de trabalho forçado ou compulsório, o 
trabalho infantil, a discriminação no emprego, entre outras práticas prejudiciais. 
 
Diversidade e inclusão 
A diversidade e a inclusão no local de trabalho são essenciais. As empresas 
devem se esforçar para ter uma força de trabalho diversificada e inclusiva que 
reflita a comunidade onde operam. 
 
Desenvolvimento de habilidades 
As empresas devem investir no desenvolvimento de habilidades de seus 
empregados. Isso beneficia os indivíduos e, também, a empresa como um todo, 
pois resulta em uma força de trabalho mais qualificada e produtiva. 
 
 
 
32 
 
Saúde e bem-estar 
A saúde e o bem-estar dos empregados são fundamentais. As empresas devem 
promover um ambiente de trabalho saudável, oferecendo benefícios, como 
seguro-saúde e programas de bem-estar e apoio à saúde mental. 
 
Engajamento dos empregados 
O engajamento dos empregados é vital para o sucesso de uma empresa. 
Colaboradores engajados são mais produtivos, leais e propensos a fornecer um 
excelente atendimento aos clientes. 
 
Relações com a comunidade 
As empresas devem se esforçar para ter um impacto positivo nas comunidades 
onde operam. Isso pode incluir doações para instituições de caridade locais, 
voluntariado ou patrocínio de eventos comunitários. 
 
Cadeia de suprimentos ética 
Uma cadeia de suprimentos ética é essencial. As empresas devem garantir que 
seus fornecedores também adotem práticas justas e sustentáveis. 
 
Privacidade do cliente 
A privacidade do cliente é crucial na era digital. As empresas devem proteger os 
dados dos clientes e usá-los de maneira responsável. 
 
Qualidade do produto 
A qualidade do produto é um aspecto importante do pilar Social. Os produtos 
devem ser seguros para uso e atender às expectativas dos clientes. 
 
Acessibilidade 
Os produtos e serviços devem ser acessíveis a todos, independentemente das 
suas habilidades ou dos seus recursos financeiros. 
 
 
 
 
 
33 
 
Marketing ético 
O marketing ético é fundamental. As empresas devem evitar práticas enganosas e 
garantir que suas mensagens publicitárias sejam verdadeiras e não exploratórias. 
 
Inovação social 
A inovação social é uma maneira poderosa pela qual as empresas podem 
contribuir para a sociedade. Isso pode envolver o desenvolvimento de novos 
produtos ou serviços que atendam às necessidades sociais ou a criação de novos 
modelos de negócios que gerem impacto social positivo. 
 
Parcerias público-privadas 
As parcerias público-privadas podem desempenhar um papel importante na promoção 
do bem-estar social. Ao trabalharem em conjunto, os setores público e privado podem 
alcançar resultados que nenhum dos dois poderia se agisse sozinho. 
 
Políticas públicas 
As empresas podem influenciar políticas públicas e normas sociais para o bem-
estar da população. 
 
Transparência 
A transparência é fundamental para o pilar Social do ESG. As empresas devem ser 
transparentes quanto às suas práticas sociais e dispostas a prestar contas por suas ações. 
 
Investimento na comunidade 
O investimento na comunidade pode assumir muitas formas, desde a construção 
de infraestrutura até o apoio à educação local. 
 
Sustentabilidade social 
A sustentabilidade social envolve garantir que as práticas de negócios de uma empresa 
sejam justas e benéficas para todas as partes interessadas, agora e no futuro. 
Direitos dos trabalhadores 
Respeitar os direitos dos trabalhadores é um aspecto fundamental do pilar Social 
do ESG. Isso inclui o direito a um salário justo, condições de trabalho seguras e o 
direito de se sindicalizar. 
 
 
34 
 
Igualdade de gênero 
A igualdade de gênero no local de trabalho é essencial. As empresas devem se esforçar 
para garantir que homens e mulheres sejam tratados de maneira justa e igualitária. 
 
Governança corporativa 
Embora seja frequentemente considerada como uma categoria separada dentro 
do ESG, a governança corporativa tem um impacto significativo no pilar Social. 
Uma boa governança pode ajudar a garantir que as empresas sejam geridas de 
forma ética e responsável. 
 
Impacto social positivo 
No final das contas, o objetivo do pilar Social do ESG é garantir que as empresas 
tenham um impacto social positivo. Isso significa não apenas evitar danos, mas, 
também, trabalhar ativamente para melhorar a sociedade. 
 
Medindo o impacto social 
Medir o impacto social é um desafio, mas é crucial para entender o verdadeiro efeito das 
práticas denegócios de uma empresa. Isso pode envolver desde pesquisas de satisfação 
do cliente até auditorias independentes das condições de trabalho. 
 
Cada um desses temas pode ser avaliado por meio de uma variedade de critérios 
distintos, a depender das circunstâncias específicas da organização. No entanto, 
todos eles são importantes para entender o desempenho social geral de uma 
organização e não se esgotam nos que foram anteriormente citados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
35 
 
 Referências do capítulo 
 
 
A Importância do Pilar Social (S) no ESG. Disponível em: 
<https://pt.linkedin.com/pulse/import%C3%A2ncia-do-pilar-social-esg-
elimar-melo#:~:text=O%20pilar%20social%20do%20ESG>. Acesso em: 3 out. 
2023. 
 
ABNT, PR 2030. Disponível em: <https://www.abntcatalogo.com.br/>. 
 
ESG: O que é o Social? Disponível em: 
<https://ambipar.com/latam/pt/noticias/esg-o-que-e-o-social/>. Acesso em: 
3 out. 2023. 
 
FIA; FIA. Entenda o que é ESG, sua importância, exemplos e como 
funcionam os investimentos! Disponível em: <https://fia.com.br/blog/esg/>. 
 
How to make ESG real | McKinsey. Disponível em: 
<https://www.mckinsey.com/capabilities/sustainability/our-insights/how-to-
make-esg-real>. 
 
Pacto Global. Disponível em: <https://www.pactoglobal.org.br/pg/esg>. 
 
PWC. ESG Investor Survey: The economic realities of ESG. Disponível em: 
<https://www.pwc.com/gx/en/services/audit-assurance/corporate-
reporting/esg-investor-survey.html>. 
 
Imagens: 
Freepik | Recursos gráficos para todos. Disponível em: 
<https://br.freepik.com/>. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
36 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
UNIDADE 4 
O pilar Governança 
no ESG 
 
 
 
37 
 
Unidade 4 - O pilar Governança no ESG 
 
 
A governança corporativa é um componente essencial do ESG (Ambiental, Social e 
Governança). Ela se refere à forma como as empresas são geridas e operadas, garantindo 
que haja uma estrutura eficaz de tomada de decisões que leve em consideração os 
interesses de todas as partes interessadas (stakeholders). 
 
A governança corporativa e a estratégia empresarial estão intrinsecamente ligadas. 
Uma boa governança pode ajudar a orientar a estratégia empresarial, garantindo que as 
decisões sejam tomadas de forma transparente e responsável. Além disso, uma 
estratégia empresarial eficaz deve levar em consideração os princípios de boa 
governança, como a ética nos negócios e a gestão eficaz dos riscos. 
 
É importante compreender que, sem governança corporativa, o ESG não se 
sustenta. O engajamento da alta gestão e dos cargos estratégicos da organização 
para o desenvolvimento da Agenda ESG é um ponto fundamental capaz de guiar a 
tomada de decisões com base nos critérios ambientais, sociais e de governança. 
Para além da performance estratégica, os líderes de uma instituição devem atuar 
no fortalecimento da transformação da cultura organizacional, incorporando os 
princípios ESG nos valores da empresa. 
 
A mudança da cultura organizacional exige um novo posicionamento institucional 
e a mudança de conduta das pessoas para um comportamento condizente com o que 
está se propondo. Para isso, os líderes são os principais exemplos. Esse processo deve ser 
apoiado com práticas para elevar a conscientização dos colaboradores, por meio da 
comunicação interna, de palestras, de treinamentos e, principalmente, do envolvimento 
das áreas na construção da Agenda ESG. 
 
Como citado na Unidade 1, é necessário que se desenvolva a intenção para o 
ESG, ou seja, é preciso alinhar esse modelo à visão, ao propósito e ao planejamento 
estratégico da empresa para que sejam alcançados resultados efetivos no 
desempenho da organização. 
 
 
38 
 
Existem muitos temas e critérios relacionados ao eixo Governança do ESG. Isso pode 
incluir a estrutura do Conselho de Administração, o planejamento de projetos, a gestão 
de riscos e programas de integridade. Cada um desses temas e critérios desempenha um 
papel importante na avaliação da eficácia da governança corporativa de uma empresa e 
do seu nível de confiabilidade para os stakeholders. 
 
A relação entre a governança corporativa e as partes interessadas é um critério 
fundamental. A boa governança corporativa exige que as empresas se comuniquem 
efetivamente com todos os seus stakeholders, incluindo acionistas, empregados, 
clientes e a comunidade local. Para estabelecer o alto grau de confiança e cooperação 
entre as partes, a divulgação transparente de informações e, até mesmo, o envolvimento 
dos stakeholders nas decisões corporativas devem ser priorizados. 
 
Em última análise, o pilar Governança do ESG visa garantir que as empresas sejam 
geridas de forma ética, transparente e responsável. Isso está intrinsecamente ligado 
aos pilares Ambiental e Social do ESG, pois as decisões tomadas no nível da governança 
afetam diretamente a performance socioambiental de uma empresa. 
 
O pilar Governança do ESG (Ambiental, Social e Governança) é um componente 
essencial que se concentra na forma como as empresas são geridas e operadas. 
 
 
 
Temas e critérios relacionados ao eixo Governança 
 
Existem vários temas e critérios que são frequentemente considerados ao se avaliar 
o desempenho da governança de uma organização. Esses podem incluir: 
 
Estrutura do Conselho 
A estrutura do Conselho de Administração é um aspecto importante da 
governança corporativa. Um Conselho eficaz deve ser composto por uma mistura 
diversa de membros com diferentes habilidades, experiências e vivências. 
 
 
 
39 
 
 
Separação de poderes 
Deve haver uma clara separação entre a gestão executiva e a supervisão do 
Conselho. Isso ajuda a evitar conflitos de interesses e promove a tomada de 
decisões equilibrada. 
 
Direitos dos acionistas 
Os direitos dos acionistas são outra área crucial da governança corporativa. As 
empresas devem tratar todos os acionistas de maneira justa e equitativa, 
fornecendo os dados necessários para a comprovação do desempenho em ESG. 
 
Participação dos acionistas 
As empresas devem garantir que os acionistas tenham a oportunidade de 
participar efetivamente das decisões corporativas. Isso pode incluir os direitos de 
votar em assembleias gerais e receber informações oportunas sobre a empresa. 
 
Transparência 
A transparência é fundamental para a boa governança corporativa. As empresas 
devem ser abertas e transparentes sobre suas operações e o seu desempenho 
financeiro. 
 
Divulgação de informações 
As empresas devem divulgar informações precisas e oportunas aos acionistas e 
ao público em geral. Isso pode incluir relatórios financeiros, políticas corporativas 
e informações sobre práticas ambientais, sociais e de governança. 
 
Ética nos negócios 
A ética nos negócios é outro aspecto importante da governança corporativa. As 
empresas devem operar de maneira ética, evitando práticas como corrupção, 
fraude ou outras formas de má conduta. 
 
 
 
 
40 
 
Gestão de riscos 
A gestão eficaz dos riscos é um componente crucial da governança corporativa. 
As empresas devem ter sistemas robustos em vigor para identificar, gerir e mitigar 
os riscos. 
 
Remuneração executiva 
A remuneração executiva é outra área focal no pilar Governança do ESG. As 
empresas devem garantir que a remuneração dos executivos esteja alinhada com 
o desempenho da empresa e os interesses dos acionistas. 
 
Responsabilidade corporativa 
A responsabilidade corporativa é um aspecto importante da governança 
corporativa. As empresas devem ser responsáveis por suas ações e devem estar 
dispostas a prestar contas quando as coisas dão errado. 
 
Sustentabilidade corporativa 
As empresas devem considerar o impacto social e ambiental das suas operações, 
além do seu desempenho financeiro. 
 
Engajamento dos stakeholders 
O engajamento eficaz dos stakeholders é fundamental para a boa governança 
corporativa. Asempresas devem se comunicar efetivamente com todos os seus 
stakeholders, incluindo acionistas, empregados, clientes e a comunidade local. 
 
Políticas corporativas 
As políticas corporativas desempenham um papel importante na governança 
corporativa. Elas definem as regras e os procedimentos que orientam as 
operações da empresa e estabelecem expectativas claras para o comportamento 
dos empregados. 
 
 
 
41 
 
Auditoria interna 
A auditoria interna é uma ferramenta valiosa para garantir a boa governança 
corporativa apoiada em evidências. Ela ajuda a identificar áreas de riscos e 
oportunidades de melhorias nas operações da empresa. 
 
Compliance 
O cumprimento das leis e dos regulamentos aplicáveis é um aspecto fundamental 
da governança corporativa. As empresas devem ter sistemas em vigor para 
garantir que estejam em conformidade com todas as leis relevantes, orientem a 
conduta dos seus empregados e promovam um canal aberto de denúncia 
preferencialmente independente. 
 
Governança ambiental 
A governança ambiental é uma parte importante do pilar Governança do 
ESG. Ela se refere à forma como as empresas gerenciam seu impacto 
ambiental, incluindo o uso de recursos naturais, a gestão de resíduos e as 
emissões de gases de efeito estufa. 
 
Governança social 
A governança social é outro aspecto do pilar Governança do ESG. Ela se 
refere à forma como as empresas gerenciam seu impacto social, incluindo 
o tratamento dos empregados, a interação com a comunidade local e a 
gestão da cadeia de suprimentos. 
 
Relatórios de sustentabilidade 
Os relatórios de sustentabilidade são uma ferramenta importante para a 
governança corporativa. Eles fornecem uma visão detalhada do desempenho 
ambiental, social e de governança de uma empresa, apresentando seus 
resultados com base nos indicadores pré-estabelecidos. Algumas instituições já 
avançaram para a publicação de seus resultados por meio do Relatório Integrado. 
 
 
 
 
42 
 
Códigos de conduta 
Os códigos de conduta são um instrumento indispensável para a governança 
corporativa. Eles definem as expectativas de comportamento para os empregados 
e fornecem orientações sobre questões como conflitos de interesses, corrupção 
e assédio, assim como quais as punições previstas para cada situação. 
 
Formação e educação 
As empresas devem investir na formação dos seus empregados para garantir que 
compreendam e cumpram as políticas e os procedimentos da empresa. 
 
Diversidade no Conselho 
A diversidade no Conselho é um aspecto da governança corporativa que garante 
uma variedade de perspectivas e experiências, o que pode levar a uma melhor 
tomada de decisões. 
 
Políticas públicas 
As empresas têm o poder de influenciar políticas públicas e normas sociais para o 
bem maior. 
 
Transparência financeira 
A transparência financeira é um dos principais critérios da governança 
corporativa. As empresas devem ser abertas sobre seu desempenho financeiro e 
devem divulgar informações financeiras precisas e oportunas aos acionistas. 
 
 
Cada um desses temas pode ser avaliado utilizando-se uma variedade de critérios 
distintos, a depender das circunstâncias específicas da organização. No entanto, todos 
eles são importantes para entender o desempenho da governança corporativa de 
uma organização e não se esgotam nos que foram anteriormente citados. 
 
 
 
 
 
43 
 
 Referências do capítulo 
 
 
ABNT, PR 2030. Disponível em: <https://www.abntcatalogo.com.br/>. 
 
ESG: O que é Governança? Disponível em: 
<https://ambipar.com/latam/pt/noticias/esg-o-que-e-governanca/>. Acesso 
em: 3 out. 2023. 
 
FIA; FIA. Entenda o que é ESG, como funciona e como aplicá-lo aos 
negócios! Disponível em: <https://fia.com.br/blog/esg/>. 
 
How to make ESG real | McKinsey. Disponível em: 
<https://www.mckinsey.com/capabilities/sustainability/our-insights/how-to-
make-esg-real>. 
Pacto Global. Disponível em: <https://www.pactoglobal.org.br/pg/esg>. 
PINSKY, Vanessa. Definindo o Pilar "G" na Agenda ESG. Disponível em: 
<https://pt.linkedin.com/pulse/definindo-o-pilar-g-na-agenda-esg-vanessa-
pinsky>. Acesso em: 3 out. 2023. 
 
PWC. ESG Investor Survey: The economic realities of ESG. Disponível em: 
<https://www.pwc.com/gx/en/services/audit-assurance/corporate-
reporting/esg-investor-survey.html>. 
 
Imagens: 
 
Freepik | Recursos gráficos para todos. Disponível em: 
<https://br.freepik.com/>. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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UNIDADE 5 
ESG na prática das 
empresas 
 
 
 
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Unidade 5 - ESG na prática das empresas 
 
A incorporação das práticas ESG (Ambiental, Social e Governança) nas 
operações de uma empresa é mais do que uma tendência - é uma necessidade no 
mundo empresarial moderno. A governança corporativa, um dos pilares do ESG, 
desempenha um papel indispensável nesse processo. Ela se refere à forma como 
as empresas são geridas e operadas, garantindo que haja uma estrutura eficaz de 
tomada de decisões que leve em consideração os interesses de todas as partes 
interessadas em prol do desenvolvimento sustentável. 
 
As empresas que adotaram práticas de ESG demonstraram um compromisso com a 
ética, a transparência e a responsabilidade. Elas reconhecem que suas decisões afetam 
uma ampla gama de stakeholders - incluindo acionistas, empregados, clientes e a 
comunidade local - e se esforçam para garantir que essas decisões beneficiem todas as 
partes interessadas. 
 
A transparência é um aspecto fundamental da governança corporativa. As empresas 
devem ser abertas sobre suas operações e seu desempenho financeiro, divulgando 
informações precisas e oportunas aos acionistas e ao público em geral. Além disso, a ética 
nos negócios é outro ponto importante da governança corporativa. As empresas devem 
operar de maneira ética, evitando práticas como corrupção, fraude ou outras formas de 
má conduta. 
 
A gestão eficaz dos riscos é mais um componente da governança corporativa. As 
empresas devem ter sistemas robustos em vigor para identificar, gerir e mitigar os riscos. 
A responsabilidade corporativa é um aspecto importante da governança. As empresas 
devem ser responsáveis por suas ações e devem estar dispostas a prestar contas quando 
as coisas dão errado. Além disso, a sustentabilidade corporativa é uma parte importante 
da governança, na qual as empresas devem considerar as questões ambientais de suas 
operações, construindo estratégias para reduzir e compensar seus impactos. 
 
 
 
46 
 
O engajamento eficaz dos stakeholders é crucial para a boa governança corporativa, 
o que demanda das empresas uma comunicação efetiva com todas as partes 
interessadas. Finalmente, as políticas corporativas adotadas guiarão a atuação das 
organizações. Elas definem as regras e os procedimentos que orientam as operações da 
empresa e estabelecem expectativas claras para o comportamento dos empregados. 
 
Cases de sucesso 
 
Natura 
A Natura é uma empresa brasileira que se tornou uma referência completa em 
governança corporativa, diversidade e sustentabilidade. Fundada em 1969, a Natura 
partiu de um conceito de respeito ao meio ambiente e de valorização das pessoas que 
fez com que ela se tornasse uma multinacional brasileira dona das marcas Avon, Natura, 
The Body Shop e Aesop, com presença em mais de 110 países e receita líquida 
consolidada de R$ 36 bilhões. 
 
A empresa tem focado na conscientização sobre a utilização de refis e reciclagem de 
embalagens, além de promover a “beleza de verdade” por meio da sua comunicação, 
quebrando estereótipos limitantes e preconceituosos em relação à estética. A linha 
Natura Ekos, lançada na virada do milênio, é baseada em ativos da biodiversidade 
amazônica e tem ajudado a manter a floresta em pé, ao mesmo tempo em que ajuda as 
comunidades ribeirinhas na geração de renda com a coleta dematérias-primas. 
 
Suzano 
A Suzano é uma empresa que se destaca na implementação de práticas ESG, com 
foco em sustentabilidade ambiental, inclusão social e governança. A empresa tem um 
parque instalado para processar 12,3 milhões de toneladas de celulose e papel por ano, 
distribuídas em dez municípios. 
 
Na base florestal, estão cerca de 1,3 milhão de hectares de floresta plantada e 900 
mil hectares de áreas de vegetação preservadas. Além disso, a Suzano tem metas 
 
 
47 
 
ambiciosas, além de processar florestas. Por exemplo, tirar 10 milhões de toneladas de 
plástico de seu sistema produtivo até 2030. 
 
Raízen 
A Raízen é um dos principais grupos empresariais privados do Brasil, produzindo e 
vendendo energia renovável para diversos lugares do mundo. Como parte de um setor 
responsável pela emissão de 19% dos gases poluentes lançados na atmosfera em 2019, 
a Raízen cumpre um importante papel no combate às mudanças climáticas. 
 
A companhia, mirando uma economia de baixo carbono, estabeleceu quatro eixos 
que guiam suas ações, como a gestão de emissões de gases de efeito estufa, a 
incorporação do tema na tomada de decisão atrelada à governança, o impulsionamento 
da transição energética e o incentivo ao seu ecossistema para fortalecer a agenda positiva 
nessa frente. 
 
Além das ações, a Raízen definiu metas públicas para o atingimento desses objetivos, 
como a redução de 10% da pegada de carbono do açúcar e etanol até 2030. 
 
Ambev 
A Ambev é líder no mercado latino-americano de cervejas e subsidiária da AB InBev. 
A empresa está comprometida com práticas sustentáveis, adotando diversas metas 
agressivas de sustentabilidade e liderando programas desenvolvidos por sua 
controladora, utilizando a inovação como ferramenta para avançar na agenda ESG. 
 
Nos últimos 15 anos, a Ambev reduziu em 46% o índice de volume médio de água 
utilizada na produção de bebidas. 
 
Além disso, a empresa tem o compromisso de substituir combustíveis fósseis 
e energia elétrica por fontes renováveis, como óleo vegetal, biomassa e biogás. 
Até 2023, um terço da frota que atende às operações da cervejaria será composta 
por veículos elétricos. 
 
 
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Itaú Unibanco 
O Itaú Unibanco é o maior banco privado do Brasil e um dos maiores do mundo. Em 
2019, o banco assumiu publicamente seus “Compromissos de Impacto Positivo”: dez 
agendas com 46 metas e indicadores alinhados com os Objetivos de Desenvolvimento 
Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU). 
 
O Itaú Unibanco é carbono neutro: 100% da energia usada em seus prédios, agências 
e data centers vêm de fontes renováveis. 
 
Além disso, o banco defende o posto de maior investidor privado do Brasil, com a 
destinação média anual de R$ 600 milhões para a educação, a cultura, a mobilidade 
urbana e esportes. 
 
 
B3 (Bolsa de Valores) 
A B3 é a bolsa de valores oficial do Brasil e tem sido pioneira na promoção das 
práticas ESG no mercado financeiro brasileiro. A empresa lançou o Programa Destaque 
em Governança de Estatais para incentivar as empresas estatais listadas na bolsa a 
melhorarem suas práticas ESG. As empresas que atendem aos critérios do programa 
recebem um selo que as destaca para os investidores. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 Referências do capítulo 
 
 
B3 e outras iniciativas de ESG e diversidade. Disponível em: 
<https://www.b3.com.br/pt_br/noticias/b3-e-outras-iniciativas-de-esg-e-
diversidade.htm>. Acesso em: 3 out. 2023. 
 
CAMPOS, B. Cases de sucesso: 6 empresas para se inspirar com cultura ESG. 
Disponível em: <https://trevisan.edu.br/2023/01/02/cases-sucesso-esg/>. 
Acesso em: 3 out. 2023. 
 
Cases ESG que você precisa conhecer. Disponível em: 
<https://www.amcham.com.br/noticias/sustentabilidade/cases-esg-que-
voce-precisa-conhecer>. Acesso em: 3 out. 2023. 
 
Conheça 5 cases do ranking de “Melhores do ESG” da EXAME para se 
inspirar. Disponível em: <https://exame.com/esg/conheca-5-cases-do-
ranking-de-melhores-do-esg-da-exame-para-se-inspirar_red-02/>. 
 
Central de Sustentabilidade Suzano. Disponível em: 
<https://centraldesustentabilidade.suzano.com.br/>. 
 
DIGITAL, B. Raízen | Redefinindo o futuro da energia. Disponível em: 
<https://www.raizen.com.br/agenda-esg>. 
 
DIGITAL, B. Raízen Agenda 2030 | Nossos compromissos pelo futuro. 
Disponível em: <https://www.raizen.com.br/agenda-esg/compromissos-
publicos>. 
 
Especial ESG: Natura &Co. Disponível em: 
<https://forbes.com.br/forbesesg/2021/08/especial-esg-natura-co/>. 
 
GUBERT, S. Case Natura - ESG (governança corporativa, diversidade e 
sustentabilidade). Disponível em: <https://blog.aaainovacao.com.br/case-
natura-governanca-corporativa/>. 
 
Guia ESG | B3. Disponível em: <https://www.b3.com.br/pt_br/noticias/guia-
esg.htm>. 
 
 
 
50 
 
Itaú Sustentabilidade. Disponível em: 
<https://www.itau.com.br/sustentabilidade/>. 
 
Radar ESG – Ambev (ABEV3): Um case que desce redondo. Disponível em: 
<https://conteudos.xpi.com.br/esg/radar-esg-ambev-abev3-um-case-que-
desce-redondo/>. Acesso em: 3 out. 2023. 
 
Suzano - ESG. Disponível em: 
<https://ir.suzano.com.br/Portuguese/ESG/default.aspx>. Acesso em: 3 out. 
2023. 
 
Suzano prints first EM sustainability-linked bond. Disponível em: 
<https://www.nasdaq.com/articles/suzano-prints-first-em-sustainability-
linked-bond-2020-09-11>. Acesso em: 3 out. 2023. 
 
 
Imagens: 
 
Freepik | Recursos gráficos para todos. Disponível em: 
<https://br.freepik.com/>. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Noções Básicas de 
ESG 
Conclusão 
 
 
 
52 
 
 
Conclusão 
 
 
 
Embora seja um conceito estabelecido em 2004, a incorporação de práticas de ESG 
(Ambiental, Social e de Governança) nas organizações ganhou maior relevância em 2020. 
O setor de transporte, hoje considerado um potencial emissor de gases de efeito estufa 
e com questões sociais acentuadas, é, na verdade, parte da solução para um futuro 
sustentável. Para isso, a adoção de práticas ESG contribui para a construção de uma 
imagem positiva do setor de transporte capaz de integrar tecnologias verdes em seus 
processos, promover a mobilidade inclusiva e democrática, conservar os ecossistemas e 
preservar a biodiversidade. 
 
A adoção de práticas sustentáveis pelas empresas resulta na redução do impacto 
ambiental de suas operações e promove a utilização eficiente dos recursos. No pilar 
Social, as empresas estão avançando com a diversidade e a inclusão, garantindo 
condições de trabalho justas e seguras e contribuindo para o desenvolvimento das 
comunidades em que operam. Já o pilar Governança, há maior transparência das ações, 
garantindo a confiabilidade necessária ao investidor. 
 
Cabe reforçar que as empresas que incorporaram o ESG em suas operações 
demonstram um compromisso com a sustentabilidade ambiental e responsabilidade 
social. Essas ações melhoram a reputação, atraem investimentos e aumentam sua 
competitividade no mercado. Empresas como Suzano, Raízen, Itaú Unibanco e B3 são 
exemplos notáveis de empresas que incorporaram práticas de ESG no seu dia a dia. 
 
Em conclusão, o ESG possui uma abordagem interdisciplinar para desenvolver 
negócios que alcancem a interconexão entre suas operações, a sociedade em geral e o 
meio que estão inseridas. Portanto, o ESG não é apenas bom para o Planeta e para as 
pessoas, mas, também, para os negócios. 
 
 
 
 
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