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Conteudista: Prof. Me. Armando Bega Revisão Textual: Prof.ª Esp. Lorena Garcia Aragão de Souza Objetivos da Unidade: Entender como são confeccionadas as órteses plantares; Aprender a confeccionar órteses plantares; Saber como se faz a moldagem do pé. 📄 Material Teórico 📄 Material Complementar 📄 Referências Técnicas de Moldes e Confecção de Órteses Plantares Introdução O estudo da Ortopodologia, por si só, não teria sentido, se não fosse o aprendizado de como se confecciona uma órtese plantar. As órteses plantares são confeccionadas partindo do pressuposto de que o podólogo sabe identificar as patologias causadoras de transtornos biomecânicos que podem ser tratados por meio da Ortopodologia. Além disso, é necessário que o podólogo saiba realizar a moldagem do pé e que domine as técnicas de confecção das órteses plantares, para que ele possa montar o seu laboratório de Ortopodologia. Aqueles que não pretendem montar um laboratório de Ortopodologia também precisam dominar os conhecimentos dessa área, sobre a confecção das órteses plantares, porque muitos pacientes aparecerão utilizando órteses plantares e o podólogo deve saber como orientar o cliente, identificar se a órtese está bem montada e se está resolvendo o problema que o paciente apresenta, podendo, assim, indicar o melhor tratamento. Sendo assim, o estudo desta Unidade deve ser muito bem aproveitado, porque em breve, você será mais um ou uma podologista no mercado de trabalho, o qual está cada vez mais exigente e destaca-se quem apresenta diferenciais, como o domínio da Ortopodologia. 1 / 3 📄 Material Teórico O Pé O pé está intimamente relacionado à cinemática do corpo, isso significa que o pé sai da estática, de suporte do corpo e do equilíbrio bipodal, para a realização do movimento, da marcha. O corpo é o passageiro e os pés fazem o transporte desse passageiro para onde ele quiser ir. Os pés apresentam duas funções na marcha: uma função passiva e uma função ativa. A função passiva é o amortecimento das forças que atuam sobre o pé, seja durante a marcha ou durante o ortostatismo. A função ativa é a transferência das forças do corpo e das forças reativas do solo para realizar a marcha, o andar. Os estudos biomecânicos e ortopodológicos permitem que tomemos as medidas das forças externas e das forças internas que atuam sobre os pés e como essas forças são distribuídas pelos pés e por todo o corpo. A distribuição assimétrica das pressões plantares pode resultar em diversos transtornos biomecânicos, como calos, calosidades, onicocriptoses, fascite plantar, tendinite, destruição da placa plantar, esporão de calcâneo, neurite, neuroma, sesamoidite etc. Um dado importante para ser levado em consideração é que o local em que as pressões plantares são mais intensas não é exatamente a região em que as patologias se desenvolvem, porque pode ocorrer um sistema de transferência dessa força para outras regiões, como no sistema de alavanca. Da força reativa do solo sob a cabeça do primeiro metatarso pode resultar uma exostose subungueal no hálux, uma onicocriptose e, até mesmo, uma onicocriptose ou onicofose e isso está relacionado a desvios metatarsofalângicos que podem acometer o primeiro raio. Outra possibilidade para não causar dores ou problemas na área de maior pressão pode ser por conta de um movimento antálgico, levando a dor para outros pontos do pé, distantes do local em que a pressão é mais importante. A baropodometria ajuda a analisar as pressões plantares, inclusive, quantificando essas pressões, e isso é fundamental para que seja possível estabelecer a causa de muitas patologias, bem como para que seja possível indicar a confecção de órteses plantares. Não só órteses plantares podem ser confeccionadas sob o estudo das pressões plantares, mas o uso de calçados adequados podem ser orientados para que se possa melhorar a qualidade de vida do paciente no dia a dia. A baropodometria é um sistema computadorizado, com milhares de sensores de pressão que são ativados quando pisamos sobre eles. Existem, também, palmilhas com sensores de pressão, que podem ser usados para determinar em que regiões essas pressões estão sendo exercidas. Os plantígrafos ou pedígrafos são equipamentos que podem ser usados, mas não são precisos como as plataformas de pressão, os baropodômetros ou as palmilhas computadorizadas, porque esses sensores automatizados fazem a análise da pressão não só de um momento, de um quadro, como se fosse uma fotografia, mas de vários segundos, até minutos, como se fosse um vídeo que consegue captar os micro movimentos do corpo e das pressões plantares, demonstrando por onde os pontos de pressão passam, as regiões que o centro de gravidade percorre durante o passo e mesmo a estabilometria ou oscilometria, muito importantes para identificar essas variações dos pontos de dor, diferentes dos pontos de pressão. Outro sistema de avaliação que auxilia na confecção das órteses plantares é o uso de esteiras elétricas, para possibilitar a filmagem da marcha, em velocidade normal, em câmara lenta, na posição anterior, posterior ou lateral. A análise cinemática possibilita que analisemos quadro a quadro o desenvolvimento da marcha, como os pés se comportam em cada passo e em cada fase do passo, a fim de que o podólogo possa executar a sua avaliação e a prescrição da órtese plantar. À medida que vamos envelhecendo, a nossa marcha vai sofrendo alterações fisiológicas, próprias do envelhecimento, bem como a nossa postura, que também sofre alterações. No envelhecimento, as quedas são um dos maiores fatores que levam à internação da população idosa. O uso de órteses plantares no envelhecimento pode melhorar a propriocepção, a postura e o equilíbrio do indivíduo durante o envelhecimento. As órteses plantares são indicadas para reduzir a dor, melhorar o equilíbrio e a postura, auxiliar na deambulação, além de proporcionarem uma melhor qualidade de vida aos pacientes, de forma geral. As órteses plantares são importantes para todas as pessoas, principalmente para os atletas, como podemos ver na disciplina de Podologia Desportiva. Muitas vezes, as pessoas perguntam se todos os indivíduos deveriam usar órteses plantares. Sobre esse tema, devemos fazer uma análise mais detalhada. Uma vez que deixamos de andar descalço, que deixamos de andar em terrenos acidentados, sobre a terra, as pedras, a mata, a areia e todos os demais tipos de terrenos que encontramos durante os milênios do desenvolvimento do ser humano sobre a Terra, passamos a usar calçados. Fechamos os pés em estruturas sólidas, planas e fomos perdendo os movimentos de adaptação do pé ao solo, como aquela pessoa que nunca andou descalço e que estranha e sente desconforto, até mesmo desequilíbrio, quando anda sem calçado. Passamos a não utilizar os nossos pés na totalidade da função para a qual eles foram projetados. Foram projetados para nos transportar de um lugar para o outro, mas também foram projetados para sentirmos o solo e nos agarrarmos nele, sentindo todos os seus desníveis, a sua qualidade e os diferentes materiais que o compõem. Os pés têm articulações que se adaptam a todas as imperfeições do solo, de forma que o nosso corpo consegue equilibrar-se em todos os tipos de terrenos, até mesmo na escalada de terrenos íngremes. A articulação subtalar – AST é responsável pelos movimentos triplanares, pela supinação e pela pronação. O funcionamento do pé é a base do estudo da Podologia e não somente o estudo sobre afecções superficiais do pé. Função do pé significa biomecânica, significa Ortopodologia, por isso o estudo das avaliações biomecânicas e da confecção de órteses plantares é de suma importância para a formação do podologista. As órteses plantares também auxiliam as pessoas com hálux valgo, com dedos em garra, dedos em martelo, esporão de calcâneo e muitas outras patologias biomecânicas que acometem os pés. Conceitos de Ortopodologia A Ortopodologia é um dos pilaresda Podologia e tem como base a biomecânica dos membros inferiores. Figura 1 – Pé sobre órtese plantar Fonte: Acervo do Conteudista #ParaTodosVerem: foto de um modelo anatômico do esqueleto do pé direito sobre uma órtese plantar de cor marrom, vista de perfil, com a base azul e rosa. Fim da descrição. Nos últimos anos, a Ortopodologia tem se desenvolvido de forma a possibilitar inúmeros protocolos e inúmeras formas de atuar. Desde o desenvolvimento das teorias biomecânicas da Podologia até os dias atuais, temos acompanhado o desenvolvimento de muitas técnicas diferentes para confeccionar uma órtese plantar. As órteses plantares podem ser pré-fabricadas, estandardizadas ou podem ser feitas sob medida. As órteses plantares pré-fabricadas perdem o conceito de órtese, pois não respeitam o trinômio: órtese, pé e calçado, que chamamos de biocompatibilidade tegumentária. Essa é a principal diferença entre palmilha e órtese plantar. Palmilhas vêm nos calçados que compramos, dentro dos tênis, podem ser compradas em prateleiras de farmácias ou de supermercados, podem ser encontradas em exposição nos consultórios de Podologia que vendem dispositivos plantares pré-fabricados. São dispositivos que não têm o conceito de órtese plantar, pois não respeitam a biocompatibilidade tegumentária. O tamanho e a geometria dessas “palmilhas” são limitados, elas têm o apelo do baixo custo e, às vezes, nem isso elas têm, porque apelam para o visual, para materiais que brilham aos olhos, mas que não têm nenhum conceito de órtese. Foram feitas para todo mundo e para ninguém ao mesmo tempo. Existem lojas que fazem testes rápidos de pisada, que têm pessoas não especializadas em avaliação biomecânica, ou quando têm profissionais com conhecimento de biomecânica, essas pessoas estão trabalhando para as empresas que vendem palmilhas e não para a resolução de problemas biomecânicos, complexos ou não. Palmilhas estandardizadas podem trazer conforto, em especial quando não existe nenhum problema biomecânico sério ou não existe nenhum tipo de problema biomecânico. Elas podem trazer conforto, no início, mas resultam em mais problemas para o indivíduo que tem algum tipo de problema biomecânico. Muitas pessoas acreditam que a órtese plantar deve ser sempre macia, e esse é um grande engano, porque as órteses plantares personalizadas precisam ter características que são necessárias ao paciente e nem sempre o material macio é o melhor para o problema biomecânico que está sendo tratado. Um exemplo disso é o pé diabético, pois um material extra macio colocado numa região de descarga, principalmente quando esse material é depressível, resulta em mais sobrecarga. Isso significa que órteses plantares menos macias e mais rígidas, muitas vezes, são necessárias para fazermos descargas seletivas, exatamente o que precisa um paciente diabético que tem problemas relacionados às distribuições das pressões plantares irregulares. A tecnologia também tem se desenvolvido e o podologista vem tentando aliar o desenvolvimento da biomecânica com as técnicas de confecção de órteses plantares. Um dos fatores importantes para o desenvolvimento da Ortopodologia é a tecnologia dos materiais usados na confecção das órteses plantares. Propriedades dos materiais, como a dureza shore, a resistência, o efeito mecânico desses materiais, aliados à técnica de confecção das órteses plantares, fazem a diferença na eficácia e na eficiência da terapêutica pelas órteses plantares. O podólogo adquire a experiência na confecção das órteses plantares através da prática diária. As órteses plantares são usadas para oferecer uma melhor qualidade de vida ao indivíduo, e para servir de compensação, de correção ou de amortecimento. Sem dúvida, é mais fácil encaminhar um paciente para que outro profissional confeccione a órtese plantar, mas pelo fato de ser mais fácil, não significa que seja mais eficaz. O podologista deve ter ciência de que deve dominar as técnicas para confecção de órtese plantar, ainda que não seja do seu gosto a confecção das órteses plantares. Nesta Unidade, discorreremos sobre várias técnicas de confecção de órteses plantares, bem como sobre a tomada de moldes para a confecção dessas órteses. O sucesso do tratamento ortopodológico depende do nosso conhecimento de biomecânica, da avaliação e do diagnóstico, indo além, até o domínio das técnicas de confecção e da manipulação dos materiais usados nos mais diversos tipos de órteses plantares que estão disponíveis no mercado. Figura 2 – Órtese plantar Fonte: Acervo do Conteudista #ParaTodosVerem: foto de um par de órteses plantares apoiadas nas mãos de uma pessoa; a foto mostra apenas as mãos segurando o par de órteses. As órteses possuem revestimento interno na cor azul e a parte de baixo (externa) nas cores branca e bege. Fim da descrição. A confecção das órteses plantares, bem como o diagnóstico da necessidade do uso de órteses plantares e o tipo que deve ser usado pelo paciente são competências do profissional de Podologia no mundo todo, e não é diferente no Brasil, embora, por uma questão de reserva de mercado, outras profissões venham tentando tomar para si essa competência. Cabe a nós, podologistas, nos posicionarmos e ocuparmos o nosso espaço, por meio do estudo e da prática, da avaliação e do diagnóstico, bem como do domínio da tecnologia de materiais e das técnicas para confecção de órteses plantares. Somente assim impediremos que outras profissões tomem um espaço que é nosso, que é da Podologia, historicamente, em todo o mundo. É necessário que o podologista faça um estudo personalizado de cada paciente, pois as órteses plantares devem ser personalizadas. Órteses que não são personalizadas foram feitas para todo mundo e para ninguém ao mesmo tempo. O protocolo de avaliação biomecânica deve ser muito bem aplicado. O aluno de Podologia deve procurar clínicas especializadas para fazer estágios e desenvolver a sua prática, sempre aliada à teoria ortopodológica, pois esses saberes não são desenvolvidos apenas pelo estudo teórico. A Ortopodologia é uma área da Podologia que demanda profundo e minucioso estudo e prática. Um podologista experiente conta com centenas de horas de prática em avaliação biomecânica e confecção de órtese plantar, por isso você deve estudar com profundidade todas as unidades que envolvem a avaliação biomecânica e postural, assim como as mais variadas técnicas de confecção de órteses plantares, além de buscar na prática o fechamento para se tornar um podologista. Quanto aos materiais utilizados na confecção de órteses plantares, não devemos imputar a eles o efeito terapêutico, mas sim à forma como eles são colocados e dispostos na confecção das órteses plantares, de acordo com o estudo biomecânico realizado previamente. Não que o material não seja importante, porque o material é sim, muito importante, pois se queremos realizar um suporte antipronador, por exemplo, devemos usar um material que seja capaz de dar esse suporte sem perder a forma e a função a curto prazo. Figura 3 – Durômetro Fonte: Acervo do Conteudista #ParaTodosVerem: foto de um durômetro digital sendo aplicado sobre um pedaço de material de órtese plantar (uma placa de EVA), mostrando que a placa tem uma dureza shore 36. Fim da descrição. Também, se queremos fazer uma descarga seletiva, como um “cut out”, por exemplo, não podemos usar um material depressível, que não forneça as qualidades física e química necessárias para efetuar o que desejamos, como parte da nossa prescrição ortopodológica. Não podemos pensar em órteses que não possam mesclar materiais e que suas bases sejam fabricadas com um só tipo de material, porque, muitas vezes, queremos uma dureza shore no antepé diferente daquela que está aplicada no mediopé e no retropé. Também não devemos querer que o material usado suporte apenas uma quantidade específica de força superior e de força reativa do solo, porque podemos querer diferentes descargas e adaptaçõesàs forças exercidas sobre os pés. Isso significa dizer que o material usado na confecção do arco longitudinal interno deve ser diferente do material usado no arco longitudinal externo, por exemplo. Por isso, nem sempre as tecnologias mais avançadas, como a tecnologia 3D, podem resolver os problemas com os quais a Ortopodologia se depara. Ainda existe muito futuro nas órteses do presente. Isso quer dizer que as técnicas manuais costumam ser mais específicas na sua aplicação do que as técnicas computadorizadas. Mas não devemos deixar de lado ou menosprezar a técnica 3D. Ela é muito boa no campo da pesquisa e, em breve, o homem e a engenharia conseguirão resolver esses problemas que ainda não foram resolvidos pela tecnologia 3D. Mas, afinal, quais são os efeitos biomecânicos que queremos conseguir por meio das órteses plantares? Elevação de um plano: é usada para anteriorizar ou posteriorizar o centro de gravidade. Pode ser a elevação do antepé, menos frequente, ou a elevação do retropé, mais frequente ou apenas do retropé ou do antepé. Em casos de posteriorização do centro de gravidade pode ser feita a elevação do plano do retropé. Em casos de anteriorização do centro de gravidade, dedos que fazem garra por deficiência dos extensores em relação aos flexores, pode ser feita a elevação do plano anterior, do antepé; Inclinação de um plano: é realizada, por exemplo, quando queremos elevar a coluna medial do antepé, do retropé, a coluna lateral do antepé ou do retropé, nos casos de uma pronação ou supinação do antepé ou do retropé; Elevação do arco Longitudinal Interno – ALI: é feita para conter a pronação da Articulação Subtalar – AST, a insuficiência dos tibiais e um arco longitudinal interno que não consegue sustentar a abóbada longitudinal interna quando é exposto às forças descendentes sobre o mediopé; Elevação ou contenção do Arco Longitudinal Externo – ALE: significa uma contenção do ALE para impedir a sobrecarga da coluna lateral que, muitas vezes, pode culminar com a fratura por stress da base do quinto metatarso ou do corpo do quinto metatarso; Suporte dos arcos e amortecimento: podem ser usados para reconstruir o Arco Transverso – AT ou para amortecer as forças que incidem sobre os arcos longitudinais. Esses suportes devem apresentar amortecimento e flexibilidade; Controle de pronação patológica do retropé: auxilia na função do pé, devolvendo a ele a condição funcional que limita o excesso da pronação e as patologias que estão associadas a essa pronação patológica. Técnica como “medial heel skive” costuma trazer os melhores resultados para o controle da pronação patológica do retropé; Descarga seletiva: é utilizada para aliviar pressões em pontos específicos do pé, como as cabeças dos metatarsos, a Técnicas de Moldar os Pés O molde dos pés para confeccionar a órtese plantar é uma das partes mais importantes da técnica de confecção de órteses plantares. Os moldes podem ser feitos com os mais diferentes materiais e técnicas, como veremos a seguir. Cada técnica tem suas virtudes e tem suas dificuldades, mas tudo depende da experiência e do conhecimento do podologista, que deve colocar em prática todo o seu conhecimento da anatomia e da fisiologia do funcionamento dos pés, o que chamamos de biomecânica. Quando um podólogo domina os conhecimentos anatômicos e biomecânicos, a maioria das técnicas serve para confeccionar um excelente molde e fazer órteses plantares de excelência, que resolvam as patologias ou os fins aos quais essas órteses foram propostas. Muitos profissionais ainda se valem da confecção de órteses plantares sem utilizar um molde positivo do pé, valendo-se apenas de uma imagem plantar, uma plantigrafia ou um fotopodograma. Não que essas técnicas não resultem em órteses plantares estandardizadas, porque, na verdade, as órteses resultantes dessas técnicas de molde são órteses standard, apenas apresentam alguns calços e suportes funcionais que, em muitos casos, cumprem bem o seu papel, mas estão tuberosidade do calcâneo ou qualquer outra parte do pé que apresente uma sobrecarga; Suportes funcionais: ajudam na execução da marcha, como um extensor de Morton, sob o 1º metatarso e o hálux; Estabilizadores: servem para aumentar a superfície de apoio, por exemplo, distribuindo melhor as pressões que podem estar concentradas numa pequena área. longe de serem órteses plantares personalizadas e que seguem o molde anatômico e funcional dos pés. As técnicas de molde que fazem um modelo negativo e depois o preenchimento do molde positivo costumam resultar em órteses plantares funcionais, que vão além do amortecimento e do conforto, buscando normalizar as patologias biomecânicas que acometem os pés. É preciso considerar que o molde do pé não significa apenas obter uma cópia do pé, porque, na verdade, esse molde deve considerar as patologias e a função da órtese plantar que está prescrita pelo podólogo após minucioso estudo biomecânico e postural. Dependendo da prescrição, baseada na patologia, o molde pode ser neutro. O molde pode sobrelevar um determinado arco, já contendo correções propostas, pode ser apenas um molde anatômico, e pode conter escavações e correções que queremos obter com as órteses que serão confeccionadas sobre esses moldes. Nos últimos tempos, muitas técnicas de molde foram propostas e implementadas, inclusive a confecção da órtese plantar sobre o próprio pé em posição neutra. A tecnologia 3D também chegou com o escaneamento do pé e as mudanças feitas por um software. Todavia, devemos considerar que a técnica de confecção da órtese plantar deve formar um conjunto com o molde. Nesse quesito, molde versus órtese, as técnicas manuais ainda são aquelas que permitem misturar diferentes materiais, diferentes shore, e permitem melhor adaptação funcional ao pé, o que chamamos de biocompatibilidade tegumentar. A técnica de confecção de órtese usando moldes 3D, impressoras ou fresadoras, apesar do apelo de marketing e de apresentar uma boa eficácia para pés não patológicos ou com leves patologias, ainda tem muito para ser aprimorada. O molde em carga controlado é aquele em que o podologista controla a pisada para obter um molde neutro ou, ainda, aumentar o arco longitudinal interno mediante a dorsiflexão do hálux no momento de obtenção do molde. O problema que pode acontecer quando se eleva o hálux no momento da obtenção da órtese plantar é que a órtese pode apresentar um arco longitudinal interno hipercorrigido. A hipercorreção é um dos maiores problemas que uma órtese plantar mal confeccionada pode apresentar, porque além de provocar lesão na pele do paciente, essas órteses podem piorar o problema biomecânico que se pretende resolver. É muito importante que o podologista atente-se para os casos de hipercorreção, corrigindo-a o mais rápido possível. Uma órtese plantar é feita para que o paciente a utilize para caminhar e não apenas para ficar em pé, parado, com um par de órteses nos pés. Uma vez que as órteses plantares são feitas para caminhar, os moldes sobre os quais as órteses plantares são confeccionadas devem ser pensados para a confecção do que chamamos de órtese plantar funcional. Técnicas de molde podem ser obtidas em carga e em descarga; A carga pode ser controlada ou não; A descarga sempre é feita controlando a pronação e a supinação; Molde em carga é aquele feito com o paciente em bipedestação; O molde em carga, neutro, deve ter a atenção do podólogo para neutralizar a articulação subtalar – AST. O molde em descarga resulta num modelo que se adapta perfeitamente ao pé, a todos os contornos anatômicos e resulta numa órtese plantar que se adapta aos arcos relaxados e corrigidos, muitas vezes hipercorrigidos. Por isso, as órteses plantares que primam pela funcionalidade são aquelas confeccionadas sobre moldes efetuados em carga, controlada ou não, dependendo do tipo de órtese e da patologia que será tratada. Se queremos fazer uma órtese plantar funcionale aplicar suportes ou correções a essa órtese, o ideal é que o molde seja feito em posição neutra. Já se queremos fazer correções no próprio molde para obtermos a normalização biomecânica, inclusive nas patologias biomecânicas, o molde pode ser feito em carga sem controle e, posteriormente, podem ser realizadas correções diretamente no molde. As correções que podem ser feitas no molde também podem ser realizadas em moldes de carga controlada. Quando fazemos um molde em carga, devemos considerar o ângulo de Fick. O que é ângulo de Fick? É o ângulo de abdução do pé em relação ao plano sagital, que vai de 12° a 15°. Funcional, porque são feitas para caminhar; O molde pode ser feito em descarga. Portanto, se fizermos um molde em posição neutra, o ângulo de Fick também deverá ser observado. Na verdade, o ângulo de Fick pode ser sempre levado em consideração, seja um molde em carga controlada ou sem controle da articulação subtalar – AST. Se fizermos um molde em descarga, com o paciente em decúbito ventral sobre uma maca, devemos controlar os pés, neutralizando a pronação e a supinação, mantendo a horizontalidade da superfície plantar e devemos alinhar, por meio de uma linha imaginária, o segundo dedo, a bissetriz do calcâneo e do joelho. Logo, a relação antepé e retropé é sempre importante para a confecção do molde, assim como a relação antepé, retropé e joelho. Uma vez alinhado o pé com a perna, devemos colocar o pé em posição neutra, verificando que o antepé e o retropé apresentam uma congruência, uma neutralidade, e que não seja visível pronação ou supinação, seja do antepé ou do retropé. Devemos sempre levar em consideração a Articulação Subtalar – AST na obtenção do molde, pois o eixo da articulação subtalar é muito importante para obtermos os resultados de normalização biomecânica que pretendemos. Um pé pode ser mais rígido, outro pé pode ser mais flexível, e um pé pode ter sua função mais limitada, por isso, precisamos sempre levar em consideração essas características na obtenção dos moldes, porque se tratarmos todos os pés da mesma forma, se os moldes forem sempre os mesmos, se não levarem em consideração as alterações morfológicas e funcionais de cada pessoa, com certeza a órtese plantar que será confeccionada sobre esse molde não trará grandes benefícios ao paciente, ou melhor, o uso dessas órteses poderá resultar em grandes malefícios. Portanto, os parâmetros que devemos seguir para a obtenção de um bom molde são os seguintes: A experiência mostra que a obtenção de um bom molde depende muito da experiência do profissional que está executando a técnica. Não depende só da experiência do profissional, mas depende também do conhecimento e do domínio que esse mesmo profissional tem sobre as técnicas de molde, porque se ele conhecer várias técnicas poderá escolher cada uma delas, de acordo com a patologia, com o caso clínico e com os recursos que ele dispuser no momento da obtenção do molde. Em resumo, a escolha da técnica do molde deve estar baseada nas necessidades biomecânicas do paciente. A técnica tradicional até algum tempo atrás era a obtenção do molde em descarga, mas já relatamos aqui alguns inconvenientes dessa técnica, como a hipercorreção e a necessidade de domínio da técnica para permitir uma perfeita adaptação do material usado para o molde e da neutralização do pé. Os moldes feitos em descarga costumam apresentar um arco longitudinal interno – ALI muito proeminente; isso significa hipercorreção. Existem técnicas de molde que utilizam a bomba de vácuo para obter uma perfeita adaptação do pé, inclusive dentro do calçado, e essas técnicas costumam ser feitas usando a própria placa de Partir de pontos comuns de posição para todos os pés, sem modificarmos a sua morfologia ou a sua estrutura; Devemos reproduzir as deformidades do pé, porém essas deformidades devem ser compensadas, para termos um molde que represente o pé como ele é, como o paciente pisa, mas aplicando a esse molde as compensações desejadas, para que a órtese plantar tenha todas essas compensações e para que seja possível normalizar a patomecânica observada durante a consulta ortopodológica. resina que servirá de esqueleto para a órtese plantar. Essa técnica costuma ser usada principalmente para confeccionar órteses plantares para ciclistas, pela necessidade de adaptar o pé, como se estivesse descalço, ao pedal da bicicleta. Já as técnicas em carga costumam apresentar resultados não fidedignos das mudanças funcionais da patomecânica que pretende-se corrigir, por isso, hoje em dia essas técnicas costumam ser mais utilizadas para a obtenção do molde e para a confecção de uma órtese plantar funcional. Houve o surgimento das espumas fenólicas, um bloco sobre o qual se pisa para obter-se o molde, as quais costumam ser usadas para reproduzir a pisada, compensada ou não, e adaptações podem ser feitas diretamente no molde positivo, escavando as alterações que queremos. Kirby (1993) explicou como trabalhar com o molde de gesso obtido com a pisada em espuma fenólica para fazer a órtese plantar, com a técnica do medial ou lateral heel skive. Foi demonstrado que, inclusive, para obter um bom resultado nos casos de pronação patológica do retropé, essas órteses de medial heel skive são muito interessantes e costumam oferecer um resultado terapêutico satisfatório. Uma exceção acontece quando existe uma descompensação muscular dos músculos da coxa, que devem ser trabalhados concomitantemente ao uso das órteses de medial heel skive. A crítica que se faz aos moldes em carga, em espuma fenólica, acontece quando o podologista domina poucas técnicas de confecção de órteses plantares e não sabe trabalhar sobre os moldes positivos de forma adequada. Para esses que não sabem trabalhar sobre moldes feitos em carga, sobre a espuma fenólica, não resta muita saída, a não ser usar técnicas de neutralização da articulação subtalar – AST, fazendo moldes em carga controlada ou em descarga, sempre com a neutralização da AST. Uma outra técnica usada para obter moldes em carga é o uso de um bloco de espuma de poliuretano, densidade baixa, entre 22 e 25, sobre a qual se obtém o molde. Vamos explicar, passo a passo, como são realizados os mais diversos tipos de moldes, pelo menos aqueles mais utilizados no dia a dia do consultório de Podologia: Molde em Descarga Com o paciente deitado numa maca, em decúbito ventral, com a perna flexionada num ângulo de 90°, aplica-se a atadura gessada sobre a superfície plantar. Antes, o pé deve ser neutralizado, levando em consideração a congruência do antepé, com o retropé e com a bissetriz do joelho. Pode ser usado um nível de bolha de ar para colocar no arco transverso, sobre as cabeças dos metatarsos, para garantir que a superfície esteja plana, nem pronada nem supinada, bem como pode-se colocar esse nível da cabeça do primeiro metatarso até a base do calcâneo e da cabeça do quinto metatarso até a base do calcâneo, também para garantir que a superfície esteja plana. À parte, prepara-se uma compressa com quatro a cinco folhas de atadura gessada, dois centímetros mais comprida que a superfície plantar. Essa compressa de atadura gessada, de 12 cm de largura, preferentemente, deve ser embebida em água (retirando-se o excesso de água), para depois ser envolvida em filme plástico e colocada sobre a superfície plantar do paciente, já com o pé em posição neutra. Enquanto a atadura gessada não seca, o podólogo vai adaptando, com as suas mãos, a atadura ao pé do paciente, garantindo sempre que a compressa esteja bem adaptada e que o pé esteja em posição neutra. Uma vez que a atadura esteja seca, o podólogo deve retirar a compressa gessada do pé do paciente e colocar sobre uma superfície plana, a fim de verificar que existe um apoio perfeito da cabeça do primeiro metatarso, do quinto metatarso, do centro do calcâneo, que o retropé esteja neutro, sem pronar ou supinar, que o antepé esteja neutro e que os arcos estejambem marcados. Retira-se o plástico filme e o molde já está pronto para ser trabalhado. Alguns profissionais preenchem esse molde com gesso, para obter um molde mais rígido, que possa ser colocado numa prensa de vácuo, sem perder a forma, a fim de que a órtese plantar fique perfeitamente adaptada ao molde. Molde em Descarga (Paciente Sentado) Esse molde segue a mesma forma de preparo do material que foi usado no item “a”, porém o paciente estará sentado numa cadeira ou poltrona de Podologia, com a perna em extensão e o pé posicionado em frente ao podologista, com a superfície plantar virada para o profissional. Aplica-se a atadura gessada nesse pé, mantendo-o em posição neutra. Também é possível usar a resina, esqueleto da órtese plantar, pré-aquecida, para fazer o molde direto no pé do paciente. Molde em Carga (Espuma Fenólica) Existem várias formas de fazer um molde em carga sobre a espuma fenólica e devemos tomar muito cuidado para não incorrermos em erro na hora de fazermos esse molde, porque, a princípio, parece bem simples, mas tem sua complexidade e devemos nos atentar aos detalhes. Uma das formas de fazer esse molde é manter o paciente sentado com os pés no ângulo de Fick da bipedestação. Colocamos apenas uma espuma fenólica abaixo do pé do paciente, sem alterar o ângulo. Nesse momento, escolhemos se queremos fazer em posição neutra ou se queremos respeitar a pisada com as alterações pertinentes ao paciente, encostamos o pé do paciente na espuma e pedimos para que ele fique em pé, sem tirar os pés da posição em que estava, quando se encontrava sentado. O paciente deverá colocar o seu peso sobre ambos os pés e o pé que está sobre a espuma fenólica afundará nela. Devemos observar se o antepé afundou o máximo possível e se afundou por igual na espuma fenólica, para que não ocorra uma tomada de molde irregular por falta de pressão sobre a espuma. Observamos também se o calcâneo afundou ao máximo na espuma. Pedimos para o paciente agachar o máximo que ele conseguir, sem tirar o pé do lugar, para marcar bem os arcos. Retiramos o pé do paciente do molde de espuma e temos o negativo. Esse negativo será preenchido com gesso pedra até a cabeça dos metatarsos, pois não precisamos dos dedos para confeccionar a órtese plantar. Quando fazemos a neutralização, devemos colocar o pé do paciente em posição neutra e segurá- lo assim, antes dele pisar sobre a espuma, mantendo a posição durante a pisada. Molde em Carga (Espuma de Poliuretano) Esse molde é muito parecido com o molde em espuma fenólica. A diferença é que usamos uma compressa com quatro dobras de atadura gessada, de 12 cm, molhada, com o excesso de água retirado, envolvida em filme plástico. Devemos colocar essa atadura sobre um bloco de espuma de poliuretano, densidade baixa, entre 22 e 25, medindo uns 20 cm de altura, 40 cm de comprimento e 50 cm de largura. O paciente deve pisar com os dois pés sobre esse bloco de espuma e um pé sobre a atadura gessada (fazemos um molde por vez). Os pés do paciente afundarão no bloco de espuma. Devemos neutralizar a articulação subtalar do pé que está sobre a atadura gessada e segurá-lo nessa posição até secar a atadura gessada, a fim de que ela não perca a sua forma. Depois, removemos o pé da atadura gessada e colocamos essa atadura sobre uma superfície plana e lisa, para verificar se o molde ficou neutro, lembrando que vamos verificar essa neutralidade no antepé e no retropé, da mesma forma que fizemos com o molde de atadura gessada que fizemos em descarga. Molde em Carga (Calçado) O Molde dentro do calçado deve ser feito coma resina aquecida, colocada em contato com o pé, dentro de uma bolsa plástica, adaptando uma bomba de vácuo a essa bolsa. Esperamos uns dois minutos, fazendo vácuo, com o paciente calçado e em carga, até desligarmos a bomba de vácuo. Em seguida, retiramos a resina de dentro do saco plástico e verificamos como ficou o molde, fazendo nele os ajustes necessários, uma vez que ele ainda estará morno, para conseguir as alterações que queremos obter. Molde em Carga (Suporte Neutro) Trata-se de um artefato de borracha, um para o pé direito e outro para o pé esquerdo, com uma elevação no retropé em relação ao antepé e em posição neutra. O paciente deve pisar sobre a resina que estará colocada sobre esse artefato. A resina pode já estar montada e revestida com o acabamento da órtese plantar. Esperamos alguns minutos até que a resina esfrie e retiramos o pé de cima da órtese ou da resina. Essas são algumas das formas de obtenção de molde para confecção de órtese plantar. Poderíamos citar aqui a obtenção de molde por meio de scanner para a impressão 3D, mas deixamos essas informações para outra oportunidade, como num curso de pós-graduação, até mesmo porque é uma técnica que ainda não faz parte do dia a dia do podólogo brasileiro. Materiais Utilizados na Confecção de Órteses Plantares A escolha de materiais para a confecção de órteses plantares é um tema complexo e que o podologista deve levar em consideração para que ele possa obter um excelente resultado no tratamento efetuado com as órteses plantares. Com o passar do tempo, a tecnologia de materiais evoluiu muito e hoje dispomos de diversos tipos de materiais para a confecção das órteses plantares. As órteses plantares antigas eram de couro e de um material de EVA muito rígido, sendo que algumas delas tinham até mesmo material metálico incorporado. Depois, vieram outros materiais, como a cortiça e os vários tipos de EVA semirrígidos, que eram moldados com lixadeira. As resinas foram incorporadas por Root, na década de 1960, com o advento das órteses funcionais e, de lá para cá, tivemos uma verdadeira revolução nos materiais que são usados para confecção de uma órtese plantar. Surgiram as órteses plantares termomoldáveis e com elas a utilização de materiais termossensíveis, como o polipropileno de alta densidade e as resinas de poliéster, de forma que hoje temos dezenas de tipos de resinas: mais flexíveis, mais rígidas, mais finas, mais grossas, mais resistentes e menos resistentes; possibilitando que a criatividade do profissional, aliada à necessidade que ele detectou por meio da avaliação biomecânica, permita a confecção de órteses funcionais que se adaptam perfeitamente aos pés. Os materiais que existem no mercado hoje apresentam diferenças físico-químicas que nos permitem mesclar vários materiais na mesma órtese plantar, conseguindo diferentes durezas shore e diferentes flexibilidades, para proporcionar uma correção ou uma simples absorção de impacto. Quanto aos materiais, podemos destacar: Polipropileno Trata-se de um termoplástico semicristalino, de alto peso molecular, com excelentes propriedades de elasticidade, flexibilidade e resistência. Características: Apresenta uma rigidez possível de ser aplicada em órteses plantares, podendo ser usado como esqueleto de órteses plantares, a fim de conseguir correções e controles biomecânicos; Graças à sua flexibilidade e à sua resistência, é capaz de suportar as mais variadas superfícies plantares; Apresenta elevada resistência à tração e ao impacto; As placas de polipropileno devem ser cortadas com serras de dente grosso, porque se usarmos as serras de dente fino o material aquecerá, devido ao atrito, e se fundirá no momento do corte; Os cortes mais precisos, que antecedem o acabamento, podem ser feitos com tesouras cortadoras de plástico; Quando está em estado sólido a sua cor é branca, opaca, mas quando é colocado sob alta temperatura, no preparo das órteses plantares, ele adquire uma cor transparente, indicando que já está pronto para ser moldado; O polipropileno amolece quando exposto a temperaturas entre 95°C e 100°C; O polipropileno pode ser moldado sob temperaturas entre 180°C e 200°C, de 3 a 4 minutos; Uma vantagem é que a placa de polipropileno não libera poeira quando é submetida ao lixamento, ao acabamento; O acabamento fino pode ser feito com lixa manual; Apresentafácil adaptação ao molde e grande precisão na montagem da órtese plantar; Ainda é pouco usado na Podologia brasileira; É rádio transparente, o que permite que ele seja usado durante a obtenção do RX, por exemplo; Pode ser encontrado em placas de 2 mm, 3 mm e 4 mm de espessura; É um material barato; Pode ser combinado com outros materiais, como EVA; A combinação com outros materiais pode ser feita mediante colagem ou soldagem pelo calor; O ponto fraco é que nem sempre se consegue moldá-lo, caso o podólogo não tenha experiência em trabalhar com esse material, porque ele pode retrair-se no sentido longitudinal da placa. Por isso, a sua moldagem deve ser feita sempre levando em consideração a direção da resina; Deve ser removido da prensa de vácuo depois de estar totalmente frio, porque de forma contrária pode apresentar retração do material. Etil-vinil-acetato – EVA Trata-se de um copolímero vinílico termoplástico de etileno e acetato de vinil, apresentando uma estrutura de células fechadas e de baixo peso, mas com grande capacidade de absorção de impacto. Características: Tela de Poliéster É considerado um dos materiais mais versáteis usado na confecção de órteses plantares, devido às inúmeras possibilidades de uso, como suportes, bases, coberturas, drop, solado de calçado etc.; Não costuma ser encontrado como esqueleto para órteses plantares, nem como órteses feitas com um só bloco de EVA, embora existam exceções, mas pode ser encontrado recobrindo o esqueleto da palmilha, como forro ou como base, como amortecimento ou como elemento de sustentação; Apresenta elevada resistência à tração e à abrasão; Costuma apresentar estabilidade diante de muitos agentes físicos e químicos; Trata-se de um material hipoalergênico; Amolece quando exposto a temperaturas que vão de 80°C a 100°C e são moldados à temperatura de 120°C, contando um minuto para cada milímetro de espessura; Apresenta grande capacidade de adesão a outros materiais, mediante o uso de cola de contato; Ponto fraco: deforma-se com o aquecimento, por isso é preciso ter cuidado com a moldagem. Trata-se de uma resina sintética termomoldável, derivada do petróleo, resistente a altas temperaturas. É um politereftalato de etileno, um tipo de plástico conhecido como PET. Existem vários tipos de poliéster, desde aqueles que são usados como se fossem tecido, até placas termomoldáveis, usadas na indústria calçadista e na confecção de órteses plantares termomoldáveis, cujas placas são usadas como esqueleto para as órteses. Tem uma resistência mecânica inferior ao polipropileno e com o tempo pode perder a forma quando utilizado como uma só placa termomoldável adaptada ao molde. Para que essas placas não percam a forma com o tempo, elas são combinadas entre si por meio da termofusão, sem a necessidade de usar cola. É comum, no meio podológico, usarmos uma placa flex e uma placa flux, isso significa, uma placa com maior resistência e mais tramas de poliéster com uma com mais flexibilidade e menos tramas de poliéster. Características: Pode ser cortada com tesoura; Dependendo da placa e da sua espessura, uma tesoura pequena, média ou grande deve ser utilizada para fazer o corte dessa placa; Trabalha-se com placas que vão de 0,8 mm a 2,0 mm de espessura, unidas entre si por meio da termofusão; Após a termofusão e a termomoldagem, essas placas adquirem grande resistência, principalmente quando usamos placas que variam de 1,6 mm a 2 mm termofundidas com placas de 1,3 mm a 1,4 mm; Outros materiais, como a fibra de carbono, também são usados na confecção de órteses plantares. O silicone não é indicado para a confecção de órteses plantares. As órteses de silicone não cumprem um papel de acomodação biomecânica, nem mesmo de amortecimento. Num primeiro momento, pode-se imaginar que o silicone esteja absorvendo o impacto, mas, na verdade, ele afunda com a pressão exercida sobre ele e causa instabilidade na pisada. No mercado, existem calcanheiras e palmilhas de silicone estandardizadas, mas elas cumprem mais um papel de marketing do que um efeito terapêutico propriamente dito. Primeiramente, é necessário realizar o estudo biomecânico do paciente, para chegar a um diagnóstico e à indicação do uso de órteses plantares. Uma vez que se decide fazer uma órtese plantar para o paciente, é necessário fazer um plano de trabalho, incluindo a escolha do molde, a eleição dos materiais que serão usados na confecção da órtese plantar e a técnica que será usada para tal confecção. Apresenta fácil adaptação ao molde e grande precisão; A termomoldagem ocorre em temperaturas que vão de 60°C a 80°C, de a 1 a 3 minutos; A termofusão ocorre em temperaturas que vão de 65°C a 97°C; Permite ajustes e retificações feitos com pistola de ar quente, sem que as suas propriedades sejam alteradas. Estudo de Caso Figura 4 – Montando uma órtese plantar Fonte: Acervo do Conteudista #ParaTodosVerem: foto do laboratório de Ortopodologia do conteudista, mostrando uma podologista aprendendo a fazer órteses plantares. A Paciente do sexo masculino; Idade: 61 anos; Estatura: 1,85 m; Peso: 125 Kg; Queixa: calosidade na borda medial e na base do hálux direito; calosidade sob a cabeça do primeiro metatarso do pé direito; dor intermitente no joelho direito. podologista está lixando uma órtese plantar e é possível ver a lixadeira, a pistola de calor, a prensa de vácuo e uma parte da bancada. Fim da descrição. Testes realizados: Inspeção: • Verificação da linha de Helbing (linha vertical que passa pela bissetriz do calcâneo), para determinar se o calcâneo é valgo, varo ou neutro; • Foi verificada a presença de calcâneo valgo, 12° à direita e 11° à esquerda. Jack Teste: resultado – hálux limitus grave à direita e hálux limitus moderado à esquerda; Resistência à supinação: qualitativa – positivo, com alta resistência à supinação no pé direito (elevação do arco longitudinal interno com três dedos e muito esforço). Pé esquerdo com média resistência (elevação do arco longitudinal interno com dois dedos); Navicular Drop: • Direito: 12 mm (positivo); • 10 mm: limítrofe. Lunge Teste: • Direito: 4 cm; • 10 mm: 4 cm (positivo). Heel Rise Teste: • Direito: negativo; Análise de Imagens Sesamoidite com isquemia dos sesamoides abaixo da cabeça do 1º metatarso direito e esquerdo. Discussão Prescrição • 10 mm: negativo. Palpação: • Dor à palpação na cabeça do primeiro metatarso direito e esquerdo; • Dor nas bursas intermetatarsais do 1º, 2º e 3º espaços do lado direito e no 1º espaço intermetatarsal esquerdo; • Dor à palpação do tendão do flexor longo dos hálux direito e esquerdo. Baropodometria. Os achados são compatíveis com hiperpronação da articulação subtalar, levando à sobrecarga do arco longitudinal interno e à hiperextensão do tendão do flexor longo do hálux; Sobrecarga do primeiro raio, com o desenvolvimento de hálux valgo leve à direita; Encurtamento da cadeia posterior, concomitante à presença de pés cavos. Confecção da Órtese Plantar, Passo a Passo Confeccionar órtese plantar funcional, com apoio do arco longitudinal interno e medial heel skive, 6 mm; Drop de 5 mm no calcâneo direito e esquerdo. Com os achados e a prescrição em mãos, primeiramente, fazemos o molde; Como foi escolhida a técnica do medial heel skive, o molde foi realizado em espuma fenólica, em carga, sem controle; Após a secagem do molde, o calcâneo foi divido em três partes, por exemplo: o calcâneo mede 60 mm de largura, então a primeira linha foi marcada em 1/3 dessa largura, aos 20 mm da região medial do calcâneo; Figura 5 – Medial heel skive Fonte: Acervo do Conteudista #ParaTodosVerem: foto de um molde com medial heel skive e, ao seu lado, a placa de resina termomoldável já moldada com o heel skive. Fim da descrição. Nessa linha marcada, foi realizado um corte com 6 mm de profundidade, utilizando- se, para isso, uma serra de dentes finos; Posteriormente, foi feita uma raspagem com umainclinação de 45°, do medial ao centro do calcâneo, até atingir a profundidade de 6 mm que foi demarcada anteriormente com a serra; Essa raspagem é o que se denomina “skive”; Como a raspagem foi realizada na face medial do calcâneo, temos o “medial”; E “heel” vem da planta dos pés ou da pegada; Se estamos fazendo uma órtese para um pé pronado e ele apresenta uma inclinação medial, por que fazemos uma raspagem medial, aprofundando mais ainda o calcâneo nessa zona? É simples: essa região, depois de aplicada a placa de resina termomoldável sobre o molde e a aplicação de um calço plano sob o calcâneo, terá um apoio corretivo na face medial do calcâneo; Depois de feita a escavação no molde de gesso, partimos para fazer os gabaritos, que servirão para balizar os cortes e a montagem da órtese plantar; Colocamos o molde de gesso sobre uma folha de papel A4 e desenhamos a órtese plantar; Esse desenho é usado para cortar as placas de resina, a cobertura em EVA e a base; As resinas são perfiladas na lixadeira e, posteriormente, são termofundidas a 97°C na prensa de vácuo; O molde recebe um tratamento com uma resina líquida, um isolante de acrílico, para que a placa de resina de poliéster não grude no gesso; Esse composto de placas de poliéster que foram fundidas, antes que esfriem, são aplicadas sobre a superfície plantar do molde, dentro da prensa de vácuo; Com a prensa de vácuo fechada e ligada, o ar sai da câmara interna da prensa e a sua tampa, que é uma placa de silicone, adapta-se à superfície plantar que tem a resina de poliéster sobre ela, fazendo uma compressão e moldando a placa de resina de poliéster, que irá adquirir o formato do molde, inclusive da região escavada do calcâneo; Aprofundando os Conhecimentos sobre Ortopodologia Monte uma órtese plantar básica. Descreva os materiais e o processo de montagem da órtese. Nesse processo, você deverá estruturar uma órtese plantar. Descreva os materiais que você utilizará e como você fará o processamento desses materiais. Faça esse exercício para que você possa familiarizar-se com a confecção de uma órtese plantar básica. Dependendo do seu interesse, procure clínicas podológicas em que são confeccionadas órteses plantares, veja se a técnica é a mesma que você aprendeu aqui e se não for, anote as diferenças. Monte o seu laboratório de Ortopodologia. No próximo tópico desta Unidade, você poderá saber quais são os equipamentos e os materiais necessários para ter num laboratório de Ortopodologia. Uma vez que a placa esfrie sobre o molde, a prensa de vácuo e a placa de resina são abertas. Em seguida, o esqueleto da órtese plantar é removido e recebe as coberturas de EVA, nesse caso, um material de absorção de impacto e um acabamento; Por baixo, aplica-se um EVA mais rígido e, por fim, é colocado o drop, que deve ter 5 mm de espessura na base do calcâneo, deve ser neutro e deve preencher a região escavada do molde de gesso; Dessa forma, olhando por fora da órtese, veremos uma superfície plana no calcâneo, mas uma região medial com maior curvatura, ocupada pelo EVA, aplicado no drop; Olhando por dentro, veremos a elevação que o molde irá conferir à região medial do calcâneo; Por fim, é feito o polimento das bordas e a conformação do arco longitudinal interno na base de EVA. Pronto! Está confeccionada a órtese plantar para esse caso específico. Um pé cujo navicular drop teve o resultado de 14 mm e apresentou o eixo da subtalar medializado saindo pela cabeça do 1º metatarso deve ter uma órtese plantar com qual elemento corretivo ou de reforço? Vamos considerar que os demais parâmetros e resultados de testes estão dentro da normalidade. Para Jack teste positivo com diagnóstico de Hálux limitus funcional, como devemos projetar e confeccionar a órtese plantar que será colocada sob esse pé? Para um Jack teste positivo com diagnóstico de Hálux rigidus, como devemos projetar e confeccionar a órtese plantar que será colocada sob esse pé? Como deve ser uma órtese plantar para um paciente infantil de 8 anos de idade, que apresenta uma marcha com o antepé em adução? Nesse caso, você deve fazer um reforço no arco longitudinal interno. Pode ser feito um “cut out” sob a cabeça do primeiro metatarso. Esse cut out servirá para acomodar a cabeça do primeiro metatarso; Realizar o apoio do arco longitudinal interno; Caso tenha um retropé valgo, faça a técnica do medial heel skive. O hálux rigidus, diferentemente do hálux limitus, não apresenta mobilidade articular e não podemos forçar essa articulação, por isso, para hálus rigidus a orientação não é fazer um “cut out”, mas sim um extensor de Morton. A marcha em adução tem várias causas. De uma forma geral, usa-se uma órtese plantar que tenha um “gait plate lateral” (um prolongamento da placa de resina de poliéster), partindo dos metatarsos centrais em direção ao quinto metatarso, O microuretano ou a espuma de células abertas (Poron®) pode apresentar diferentes densidades e memórias. A incorporação de elementos desse material, sendo de memória lenta, é indicada para quais casos? O microuretano ou a espuma de células abertas (Poron®) pode apresentar diferentes densidades e memórias. A incorporação de elementos desse material, sendo de memória rápida, é indicada para quais casos? Para um paciente com encurtamento da cadeia posterior, com single heel rise test positivo, devemos: deixando o primeiro, o segundo e o terceiro metatarsos mais livres e apoiados em material de EVA, macio. O microuretano é uma espécie de EVA que tem alta memória, por isso ele pode durar meses, até mesmo anos, além de apresentar uma dureza shore abaixo de 20, logo, é muito indicado para o amortecimento e a absorção de impacto; A memória lenta é indicada para idosos e pés diabéticos, por exemplo. O microuretano de memória rápida é mais indicado para praticantes de atividade física mais intensa e para esportes em geral. Confeccionar uma órtese plantar com drop de calcâneo, com elevação do plano posterior; No caso de estar associado ao pé cavo, um bom suporte para fazer contato com os arcos longitudinais melhora a propriocepção e diminui a tensão da cadeia posterior. Foi confeccionado o molde, em espuma fenólica, de um paciente com sobrecarga na cabeça do 1º metatarso, entretanto, na hora de modelar, o podólogo não pressionou os metatarsos para deixá-los alinhados e o 1º metatarso ficou mais aprofundado na caixa de espuma. O que pode acontecer com o paciente que usar a órtese confeccionada seguindo esse molde como parâmetro? Um atleta apresenta insuficiência do 3º metatarso do pé esquerdo. Como devo fazer a órtese desse atleta? Devo refazer o arco transverso ou devo fazer um “cut out” em cabeça de 3º metatarso para acomodar esse metatarso insuficiente? Certamente, a prática em órteses plantares virá com a sua dedicação e experiência, porque essa é uma disciplina em que a teoria é muito importante, mas o ciclo da aprendizagem se fecha com a prática constante. O importante é dar o primeiro passo e iniciar a confecção de órteses plantares. Mas, se você é daqueles que não gosta desse tema, saiba que o podologista tem por obrigação dominar o conhecimento da biomecânica e da Podologia, pois é uma disciplina básica para a formação do podólogo e, embora você não goste, não faltarão oportunidades para você se Esse é um tipo de erro que pode acontecer quando fazemos um molde em espuma fenólica, por isso é muito importante verificar que todas as cabeças metatarsais ficaram na mesma altura e afundaram o máximo na caixa de espuma, assim como o calcâneo e o pé como um todo; Esse erro pode evidenciar, ainda mais, a pronação, a pressão sobre a cabeça do primeiro metatarso. Em atletas, não devemos fazer elevações retro ou infracapitais, porque não podemos forçar uma região que estará sendo exigida o tempo todo durante a prática esportiva, por isso, nesses casos em que se faria uma elevação retrocapital ou o refazimento do arco transverso, devemos fazer um“cut out” e preencher a região com microuretano ou outro material de absorção de impacto. posicionar sobre transtornos biomecânicos dos seus pacientes e sobre órteses que eles aparecerão usando, quando forem a consultas no seu atendimento profissional. Montando o seu Laboratório de Ortopodologia O laboratório de Ortopodologia deve ser um espaço amplo suficiente para acomodar os equipamentos que serão descritos neste tópico. Prensa de vácuo: usada para fundir o material termoplástico, moldar, fazer o esqueleto da órtese plantar; Lixadeira: usada para aparar os materiais, dar acabamento, desgastar placas de resinas ou de EVA; Pistola de ar quente: utilizada para fazer pequenos ajustes no material termoplástico e para amolecer placas de resina ou de EVA; Balancim (prensa): utilizada para prensar e cortar materiais, com o auxílio de facas (moldes); Bancada para preparo das órteses: é o local no qual vamos desenhar os gabaritos, preparar o gesso, cortar as placas de resina, cortar as coberturas e a base de EVA, fazer a colagem e o acabamento, em suma, preparar a órtese plantar; Armário para instrumentais: local em que guardamos os gabaritos, as facas, as tesouras, os materiais usados para a confecção da órtese plantar, a cola de contato, o solvente, as resinas etc.; Kit de gabaritos: tratam-se de gabaritos, moldes de plástico ou de cartão, que servem para desenhar a geometria das órteses, a fim de que elas possam caber nos calçados, de acordo com o tamanho do pé; Gesso pedra: utilizado para fazer o molde positivo na espuma fenólica ou no negativo da atadura gessada; Muitos outros equipamentos ou utensílios são usados na confecção das órteses plantares, mas aqui pudemos ver os principais. A orientação para todos os estudantes é que assistam aos vídeos que estão nas nossas videoaulas, que leiam atentamente o material teórico e que procurem lugares onde possam estagiar, para adquirir experiência na confecção das órteses plantares. Moldes de espuma fenólica: utilizados para a tomada de molde em carga; Bloco de espuma de poliuretano: utilizado para fazer o molde em carga com a atadura gessada, para que o paciente pise sobre ela; Atadura gessada: utilizada para a confecção do molde negativo em carga ou em descarga (ideal que seja de 12 cm de largura). Em Síntese Agora que você já está craque em Ortopodologia, eu quero parabenizar- lhe, porque, certamente, teremos mais um ou uma podologista competente para avaliar as alterações biomecânicas do membro inferior, indicar e confeccionar órteses plantares. Nesta Unidade, você aprendeu o conceito de órtese plantar e o que diferencia uma órtese plantar de uma palmilha; as mais diversas técnicas de moldagem do pé para que se possa confeccionar órteses plantares; os materiais usados na confecção de órteses plantares; como se confecciona uma órtese plantar; um estudo de caso; e quais os equipamentos que são necessários para montar um laboratório de Ortopodologia. Dessa forma, você está apto(a) para dar os primeiros passos no diagnóstico e na confecção das órteses plantares. Você está se tornando um(a) profissional de Podologia completo(a). Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade: Vídeos Ortopodologia Do molde à confecção de uma órtese plantar. 2 / 3 📄 Material Complementar Com s'Elaboren les Plantilles? – La Elaboración de las Plantillas Passo a passo da confecção de uma órtese plantar. Tecnofeet-OrtopodologiaTecnofeet-Ortopodologia Com s'elaboren les plantilles? / La elaboración de las plantillasCom s'elaboren les plantilles? / La elaboración de las plantillas https://www.youtube.com/watch?v=JSuIv17u6kU https://www.youtube.com/watch?v=wf1sn3psa_Q Elaboración de Soportes Plantares Estratificados de Espuma de Polietileno Como se faz uma órtese plantar com espuma de polietileno. Toma de Moldes en Descarga con Vendas de Escayola Moldagem do pé com atadura gessada. Elaboración de soportes plantares estrati�cados de espuma de poElaboración de soportes plantares estrati�cados de espuma de po…… https://www.youtube.com/watch?v=f9uB6a1AsV0 Ortopodología I. Vídeo 2. Toma de moldes en descarga con vendaOrtopodología I. Vídeo 2. Toma de moldes en descarga con venda…… https://www.youtube.com/watch?v=axTVNwh5f0U BEGA, A.; LAROSA, P. R. R. Podologia: bases clínicas e anatômicas. 1. ed. São Paulo: Martinari, 2010. BEGA, A. Tratado de Podologia. 2. ed. São Paulo: Yendis, 2013. KAPANDJI, A. I. O que é Biomecânica. 1. ed. São Paulo: Manole, 2013. (e-book) KIRBY, K. A. Formas com las que podeis ayudarnos a hacer uma mejor ortesis para vuestros pacientes: Biomecánica del pie y la extremidade inferior. Arizona, USA: Intracast, 1993, p. 258- 259. 3 / 3 📄 Referências