Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.
left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

Prévia do material em texto

SP: II- Vivenciando uma vitima de acidente de trabalho
Abertura: 26-8-2021
Fechamento:
2) QUAL MORFOLOGIA DO SNC?
O sistema nervoso central (SNC) recebe, analisa e integra informações. É o local onde ocorre a tomada de decisões e o envio de ordens. O sistema nervoso periférico (SNP) carrega informações dos órgãos sensoriais para o sistema nervoso central e deste para os órgãos efetores (músculos e glândulas).  O SNC divide-se em encéfalo e medula espinhal. O encéfalo corresponde ao telencéfalo (hemisférios cerebrais), diencéfalo (tálamo, hipotálamo, subtálamo e epitálamo), cerebelo, e tronco cefálico, que se divide em: bulbo, situado caudalmente; mesencéfalo, situado cranialmente; e ponte, situada entre ambos.
No SNC, existem as chamadas substâncias cinzenta e branca. A substância cinzenta é formada pelos corpos dos neurônios e a branca, por seus prolongamentos. Com exceção do bulbo e da medula espinhal, a substância cinzenta ocorre mais externamente e a substância branca, mais internamente.
Os órgãos do SNC são protegidos por estruturas esqueléticas (caixa craniana, protegendo o encéfalo; e coluna vertebral, protegendo a medula) e por membranas denominadas meninges, situadas sob a proteção esquelética: dura-máter (mais externa), aracnóide (média) e pia-máter (mais interna). Entre a aracnóide e pia-máter há um espaço (subaracnóideo) preenchido por um líquido denominado líquido cefalorraquidiano (LCR) ou líquor.
O encéfalo humano contém cerca de 35 bilhões de neurônios e pesa aproximadamente 1,3 kg. O telencéfalo é dividido em dois hemisférios cerebrais bastante desenvolvidos. Nestes, situam-se as sedes da memória e dos nervos sensitivos e motores. Entre os hemisférios, estão os ventrículos cerebrais (ventrículos laterais e terceiro ventrículo); contamos ainda com um quarto ventrículo, localizado mais abaixo, posteriormente ao tronco encefálico. São reservatórios do líquor, participando na nutrição, proteção e excreção do sistema nervoso.
Em seu desenvolvimento, o córtex, a parte mais externa do cérebro, ganha diversos sulcos para permitir que o cérebro esteja suficientemente compacto para caber na caixa craniana, que não acompanha o seu crescimento. Por isso, no cérebro adulto, apenas 1/3 de sua superfície fica "exposta", o restante permanece por entre os sulcos. O córtex está dividido em mais de quarenta áreas funcionalmente distintas, sendo a maioria pertencente ao chamado  neocórtex. Cada uma dessas áreas cerebrais controla uma atividade específica.
1. hipocampo: região do córtex que está dobrada sobre si e possui apenas três camadas celulares; localiza-se medialmente ao ventrículo lateral.
2. córtex olfativo: localizado ventral e lateralmente ao hipocampo; apresenta duas ou três camadas celulares.
3. neocórtex: córtex mais complexo; separa-se do córtex olfativo mediante um sulco chamado fissura rinal; apresenta muitas camadas celulares e várias áreas sensoriais e motoras. As áreas motoras estão intimamente envolvidas com o controle do movimento voluntário.
A região superficial do telencéfalo, que acomoda bilhões de corpos celulares de neurônios (substância cinzenta), constitui o córtex cerebral, formado a partir da fusão das partes superficiais telencefálicas e diencefálicas. O córtex recobre um grande centro medular branco, formado por fibras axonais (substância branca). Em  meio a este centro branco (nas profundezas do telencéfalo), há agrupamentos de corpos celulares neuronais que formam os gânglios da base - CAUDADO, PUTAMEN, GLOBO PÁLIDO e NÚCLEO SUBTALÂMICO, envolvidos em conjunto, no controle do movimento. Parece que os gânglios da base participam também de um grande número de circuitos paralelos, sendo apenas alguns poucos de função motora. Outros circuitos estão envolvidos em certos aspectos da memória e da função cognitiva.
Algumas das funções mais específicas dos gânglios basais relacionadas aos movimentos são:
1. Núcleo caudado: controla movimentos intencionais grosseiros do corpo (isso ocorre em nível subconsciente e consciente) e auxilia no controle global dos movimentos do corpo.
2. Putamen: funciona em conjunto com o núcleo caudado no controle de movimentos intensionais grosseiros. Ambos funcionam em associação com o córtex motor, para controlar diversos padrões de movimento.
3. Globo pálido: provavelmente controla a posição das principais partes do corpo, quando uma pessoa inicia um movimento complexo, Isto é, se uma pessoa deseja executar uma função precisa com uma de suas mãos, deve primeiro colocar seu corpo numa posição apropriada e, então, contrair a musculatura do braço. Acredita-se que essas funções sejam iniciadas, principalmente, pelo globo pálido.
4. Núcleo subtalâmico e áreas associadas: controlam possivelmente os movimentos da marcha e talvez outros tipos de motilidade grosseira do corpo.
Evidências indicam que a via motora direta funciona para facilitar a iniciação de movimentos voluntários por meio dos gânglios da base. Essa via origina-se com uma conexão excitatória do córtex para as células do putamen. Estas células estabelecem sinapses inibitórias em neurônios do globo pálido, que, por sua vez, faz conexões inibitórias com células  do tálamo (núcleo ventrolateral - VL). A conexão do tálamo com a área motora do córtex é excitatória. Ela facilita o disparo de células relacionadas a movimentos na área motora do córtex. Portanto, a conseqüência funcional da ativação cortical do putâmen é a excitação da área motora do córtex pelo núcleo ventrolateral do tálamo.
O DIENCÉFALO (tálamo e hipotálamo)
  Todas as mensagens sensoriais, com exceção das provenientes dos receptores do olfato, passam pelo tálamo antes de atingir o córtex cerebral. Esta é uma região de substância cinzenta localizada entre o tronco encefálico e o cérebro. O tálamo atua como estação retransmissora de impulsos nervosos para o córtex cerebral. Ele é responsável pela condução dos impulsos às regiões apropriadas do cérebro onde eles devem ser processados. O tálamo também está relacionado com alterações no comportamento emocional; que decorre, não só da própria atividade, mas também de conexões com outras estruturas do sistema límbico (que regula as emoções).
O hipotálamo, também constituído por substância cinzenta, é o principal centro integrador das atividades dos órgãos viscerais, sendo um dos principais responsáveis pela homeostase corporal. Ele faz ligação entre o sistema nervoso e o sistema endócrino, atuando na ativação de diversas glândulas endócrinas. É o hipotálamo que controla a temperatura corporal, regula o apetite e o balanço hídrico do corpo, o sono e está envolvido na emoção e no comportamento sexual. Tem amplas conexões com as demais áreas do prosencéfalo e com o mesencéfalo. Aceita-se que o hipotálamo desempenhe, ainda, um papel nas emoções. Especificamente, as partes laterais parecem envolvidas com o prazer e a raiva, enquanto que a porção mediana parece mais ligada à aversão, ao desprazer e à tendência ao riso (gargalhada) incontrolável. De um modo geral, contudo, a participação do hipotálamo é menor na gênese ("criação") do que na expressão (manifestações sintomáticas) dos estados emocionais.
O TRONCO ENCEFÁLICO
O tronco encefálico interpõe-se entre a medula espinhal e o diencéfalo, situando-se ventralmente ao cerebelo. Possui três funções gerais; (1) recebe informações sensitivas de estruturas cranianas e controla os músculos da cabeça; (2) contém circuitos nervosos que transmitem informações da medula espinhal até outras regiões encefálicas e, em direção contrária, do encéfalo para a medula espinhal (lado esquerdo do cérebro controla os movimentos do lado direito do corpo; lado direito de cérebro controla os movimentos do lado esquerdo do corpo); (3) regula a atenção, função esta que é mediada pela formação reticular (agregação mais ou menos difusa de neurônios de tamanhos e tipos diferentes, separados por uma rede de fibras nervosas que ocupa a parte central do tronco encefálico). Além destas 3 funções gerais, as várias divisões do tronco encefálico desempenham funções motorase sensitivas específicas.
Na constituição do tronco encefálico entram corpos de neurônios que se agrupam em núcleos e fibras nervosas, que, por sua vez, se agrupam em feixes denominados tractos, fascículos ou lemniscos. Estes elementos da estrutura interna do tronco encefálico podem estar relacionados com relevos ou depressões de sua superfície. Muitos dos núcleos do tronco encefálico recebem ou emitem fibras nervosas que entram na constituição dos nervos cranianos. Dos 12 pares de nervos cranianos, 10 fazem conexão no tronco encefálico.
O CEREBELO
Situado atrás do cérebro está o cerebelo, que é primariamente um centro para o controle dos movimentos iniciados pelo córtex motor (possui extensivas conexões com o cérebro e a medula espinhal). Como o cérebro, também está dividido em dois hemisférios. Porém, ao contrário dos hemisférios cerebrais, o lado esquerdo do cerebelo está relacionado com os movimentos do lado esquerdo do corpo, enquanto o lado direito, com os movimentos do lado direito do corpo.
O cerebelo recebe informações do córtex motor e dos gânglios basais de todos os estímulos enviados aos músculos. A partir das informações do córtex motor sobre os movimentos musculares que pretende executar e de informações proprioceptivas que recebe diretamente do corpo (articulações, músculos, áreas de pressão do corpo, aparelho vestibular e olhos), avalia o movimento realmente executado. Após a comparação entre desempenho e aquilo que se teve em vista realizar, estímulos corretivos são enviados de volta ao córtex para que o desempenho real seja igual ao pretendido. Dessa forma, o cerebelo relaciona-se com os ajustes dos movimentos, equilíbrio, postura e tônus muscular.
 --------------------------------------------------------------------------
3) O QUE É O SNP E O AUTONOMO?
O sistema nervoso é fundamental para a percepção do mundo que nos cerca e também para o funcionamento do corpo e a realização de atividades, como locomoção, raciocínio e memória. Ele é constituído por neurônios e pelas células da glia, que garantem, entre outras funções, um microambiente adequado para os neurônios.
O sistema nervoso pode ser classificado em sistema nervoso central (SNC) e sistema nervoso periférico (SNP)
Funções do Sistema Nervoso Central
O sistema nervoso central atua como um centro integrador, processando todas as informações dos impulsos recebidos. É nessa região, portanto, que as decisões são tomadas e ordens são geradas e enviadas para o órgão efetor.
→ Componentes do Sistema Nervoso Central
O sistema nervoso central é formado por duas partes básicas: o encéfalo e a medula espinhal. O encéfalo está contido no interior da caixa craniana, e a medula espinhal está contida no interior da coluna vertebral, no canal vertebral.
O encéfalo, apesar do que muitos pensam, não é composto apenas pelo cérebro, sendo este apenas uma porção dessa importante parte do SNC. O encéfalo é constituído basicamente pelo telencéfalo, formado por dois hemisférios cerebrais, o diencéfalo, que se divide em epitálamo, tálamo e hipotálamo, o cerebelo e o tronco encefálico, formado pelo mesencéfalo, ponte e bulbo.
A medula espinhal, como dito, está situada no interior do canal vertebral, entretanto, não o ocupa totalmente. Essa massa possui forma cilíndrica e apresenta cerca de 45 centímetros em um homem adulto. A medula inicia-se na altura do forame magno do crânio e estende-se até a altura da 1ª ou 2ª vértebra lombar.
Em corte transversal, é possível verificar a presença de dois tipos de substâncias no SNC: a branca e a cinzenta. A substância branca recebe essa denominação por causa da presença de mielina nos axônios. Essa substância não apresenta corpos celulares, que estão presentes apenas na substância cinzenta. No encéfalo, observa-se a substância cinzenta mais externamente, e a branca está mais internamente. Já na medula espinhal, a substância cinzenta localiza-se mais internamente em relação à branca. O desenho formado pela substância cinzenta lembra uma borboleta ou um H na medula espinhal.
→ Meninges
Todo o SNC é envolvido por três membranas fibrosas que recebem o nome de meninges. Essas três meninges são chamadas de dura-máter, pia-máter e aracnoide. A dura-máter é a meninge mais externa e é formada por tecido conjuntivo denso, sendo muito espessa e resistente. A aracnoide é a meninge intermediária, localizada entre a dura-máter e a pia-máter. Já a pia-máter é a mais interna e delicada das meninges, destacando-se por ser muito vascularizada.
Entre as meninges aracnoide e pia-máter, existe um espaço preenchido pelo líquido cefalorraquidiano, também chamado de líquor. Uma das principais funções desse líquido é garantir a proteção mecânica das células do SNC.
SNP:
O Sistema Nervoso Periférico (SNP) é formado pelos nervos e gânglios nervosos.
Sua função é ligar o Sistema Nervoso Central aos outros órgãos do corpo e com isso realizar o transporte de informações.
Ele é uma das divisões do Sistema Nervoso, que anatomicamente, é dividido em:
· Sistema Nervoso Central (SNC): encéfalo e medula espinhal;
· Sistema Nervoso Periférico (SNP): nervos e gânglios nervosos que conectam o SNC aos órgãos do corpo.
Componentes do Sistema Nervoso Periférico
Sistema Nervoso Central e Periférico
O SNP é constituído por nervos e gânglios. Eles são os responsáveis por interligar o SNC as partes do corpo.
Veja a seguir como cada um desses componentes atua no corpo humano.
Nervos
Os nervos correspondem a feixes de fibras nervosas envolvidas por tecido conjuntivo. Eles são responsáveis por fazer a união do SNC a outros órgãos periféricos e pela transmissão dos impulsos nervosos.
Os nervos apresentam a seguinte divisão:
· Nervos Espinhais: compostos por 31 pares, são os que fazem conexão com a medula espinhal. Estes nervos são responsáveis por inervar o tronco, os membros e algumas regiões específicas da cabeça.
· Nervos Cranianos: compostos por 12 pares, são os que fazem conexão com o encéfalo. São estes nervos que inervam as estruturas da cabeça e do pescoço.
Os nervos apresentam os seguintes tipos:
· Nervos Aferentes (Sensitivos): enviam sinais da periferia da corpo para o sistema nervoso central. Este tipo de nervo é capaz de captar estímulos como o calor e a luz, por exemplo.
· Nervos Eferentes (Motores): enviam sinais do sistema nervoso central para os músculos ou glândulas.
· Nervos Mistos: formados por fibras sensoriais e fibras motoras, por exemplo, os nervos raquidianos.
Gânglios
Os gânglios nervosos são aglomerados de neurônios situados fora do sistema nervoso central, espalhados pelo corpo. É comum eles formarem uma estrutura esférica.
Veja na imagem abaixo um mapa-resumo sobre os componentes do Sistema Nervoso Periférico.
Resumo sobre os componentes do Sistema Nervoso Periférico
Divisões do Sistema Nervoso Periférico
O Sistema Nervoso Simpático e Parassimpático desempenham diversas atividades
O SNP é dividido em sistema nervoso somático e sistema nervoso autônomo, de acordo com sua atuação.
· Sistema Nervoso Somático: regula as ações que estão sob o controle da nossa vontade, ou seja, ações voluntárias. Atua sob a musculatura esquelética de contração voluntária.
· Sistema Nervoso Autônomo: atua de modo integrado com o sistema nervoso central. Geralmente, exerce o controle de atividades de independem da nossa vontade, ou seja, ações involuntárias como as atividades realizadas pelos órgãos internos. Atua sob a musculatura lisa e cardíaca
O Sistema Nervoso Autônomo tem como função regular as atividades orgânicas, garantindo a homeostase do organismo. Ele apresenta duas subdivisões:
· Sistema Nervoso Simpático que estimula o funcionamento dos órgãos; é formado pelos nervos espinhais da região torácica e lombar da medula. Os principais neurotransmissores liberados são a noradrenalina e a adrenalina.
· Sistema Nervoso Parassimpático que inibe o funcionamento dos órgãos; é formado pelos nervos cranianos e espinhais das extremidades da medula. O principal neurotransmissor liberado é a acetilcolina.
Veja na imagem abaixo um mapa-resumo sobre a divisãodo Sistema Nervoso Periférico.
Resumo sobre as divisões do Sistema Nervoso Periférico
4) O QUE É TRM?
É uma lesão na medula espinhal acontece quanto a coluna vertebral é lesionada por um agente externo, geralmente causando uma fratura ou luxação e acometendo um estrutura óssea, ligamentar, medular ou discal, vascular ou radicular.
O trauma raquimedular geralmente causa perca de movimentos ou sensibilidade na parte inferior da lesão. A medula é uma continuação do cérebro que transmite as informações processadas pelo cérebro . Quando há uma lesão na medula interrompe o trafego dessa informações, ocorrendo uma diminuição ou nenhuma informação do corpo para cerebro ou cerebro para o corpo.
As vértebras mais frequentemente acometidas nas LRMs são a 5a, 6a e 7a vértebras cervicais (C5-C7), a 12a vértebra torácica (T12) e a 1a vértebra lombar (L1). Essas vértebras são as mais suscetíveis, visto que existe maior amplitude de mobilidade da coluna vertebral nessas áreas.
 A lesão da medula espinal pode ter a seguinte variação: (1) concussão transitória (em que o cliente se recupera por completo); (2) contusão, laceração e compressão da substância da medula espinal (isoladamente ou em combinação); e (3) transecção completa da medula espinal (paralisia abaixo do nível de lesão). 
As lesões podem ser classificadas em duas categorias: primárias (habitualmente permanentes) ou secundárias (as fibras nervosas intumescem e se desintegram em consequência de isquemia, hipoxia, edema e lesões hemorrágicas). 
Enquanto uma lesão primária é permanente, a lesão secundária pode ser reversível quando tratada em 4 a 6 h após a lesão inicial. O tipo de lesão refere-se à extensão da lesão da própria medula espinal. As lesões incompletas da medula espinal são classificadas de acordo com a área de lesão: central, lateral, anterior ou periférica. LRM completa pode resultar em paraplegia (paralisia da parte inferior do corpo) ou tetraplegia (paralisia dos quatro membros).
5) QUAL A FISIOPATOLOGIA DO TRM ?
A fisiopatologia é caracterizada pela ocorrência de lesão de lesão primaria quanto o tecido é comprometido imediatamente o trauma, seja do tipo fechado ou penetrante, de natureza isquêmica ou compreensiva, desde a concussão transitória ate a contusão, laceração, compressão da substancia medular, secção ou perda de tecido.
A concussão da medula resulta da interrupção temporária das função temporária das funções da medula distal a lesão. Pode ocorre choque medular, de duração variável e imprevisível, caracterizado pela perda temporária da função sensitiva e motora, flacidez e paralisia, com perda dos reflexos abaixo no nível da lesão.
Na lesão secundaria, decorrente da primaria, acontece resposta inflamatória, advém o estado de hipoperfusao se hipontesão arterial, isquemia, morte tecidual e provável dano irreversível. Por isso, a prevenção desse tipo de lesão contribui para um bom prognostico do cliente.
6) QUAL A EPIDEMOLOGIA E AS CAUSAS DO TRM ?
No Brasil, estima-se que ocorram cerca de 40 novos casos de TRM por milhão de habitantes, com total de 6 a 8 mil casos por ano, dentre os quais, 80% das vítimas são homens, representando custo elevado ao sistema de saúde. Ressalta-se que os dados não possuem exatidão devido à não obrigatoriedade de notificação. Os TRM são freqüentes e diversificados quanto ao sexo, idade, causas, nível da lesão e à gravidade do trauma. Dentre as principais causas de TRM, destacam-se os acidentes automobilísticos, queda de altura, acidente por mergulho em água rasa, ferimentos por arma de fogo (FAF) e ferimento por branca (FAB).
Cerca de 8,6% dos leitos dos hospitais brasileiros são ocupados por pacientes portadores de lesão medular. Os pacientes com lesão medular constituem um gasto monetário adicional para o sistema de saúde não só na fase de cuidados agudos, mas também nos primeiros anos seguintes ao trauma. Nos EUA estima-se o custo em 9,7 milhões de dólares por ano. Em um estudo de coorte prospectivo de base populacional. Os gastos por paciente de quase 200.000 dólares durante os primeiros dois anos após a lesão ,quando incluídos o atendimento domiciliar, serviços médicos e complicações secundárias.
7) COMO É A IMOBILIZAÇÃO E TRANSPORTE DE UM PACIENTE COM TRM ?
A maioria das vítimas de trauma necessitará de algum tipo de imobilização e a totalidade necessitará de transporte. O objetivo da imobilização é a condução das vítimas à assistência especializada sem causar danos adicionais, principalmente no que diz respeito à coluna vertebral.
Equipamentos de imobilização
Colar Cervical e Imobilizador Lateral
É importante que a vítima tenha sua cabeça e coluna cervical imobilizadas manualmente até que elas estejam fixadas em dispositivo próprio. Para imobilizar parcialmente a coluna cervical da vítima, emprega-se um dispositivo de resina resistente que envolve o seu pescoço como se fosse um colar. O colar cervical, isoladamente, não imobiliza o pescoço, apenas limita os movimentos de flexão. Utiliza-se então, o imobilizador lateral (bachal) ou fitas adesivas e rolos de pano para fixação na prancha longa.
Prancha Longa
É o equipamento indicado para a remoção de vítimas encontradas em decúbito (deitadas). Eventualmente, pode ser utilizada como suporte secundário quando outros materiais são empregados. É feita de compensado naval ou resina resistente. Possui saliência para que o socorrista possa introduzir seus dedos e elevar a prancha, e sua espessura deve ter poucos centímetros para facilitar a colocação do paciente. Sua superfície deve ser lisa para facilitar o deslizamento da vítima. A maioria das pranchas encontradas no mercado suporta até 150 Kg.
A vítima deve ser fixada na prancha por, pelo menos, três cintos (tirantes), que devem estar posicionados nos ombros, no quadril e acima dos joelhos. Após o ajuste do tronco e das pernas, fixa-se a cabeça. Só neste momento pode-se liberar a imobilização manual.
As técnicas para colocação de pacientes na prancha longa devem respeitar a estabilização da coluna vertebral, movimentando a vítima em bloco. As mais utilizadas são as manobras de rolamento.
Ked
O KED (Kendrick Extrication Device) é um dispositivo utilizado na imobilização da coluna cervical, vertebral e lombar em uma posição anatômica, permitindo que a vítima seja imobilizada, extricada e transportada na posição sentada.
Técnicas de imobilização
Dois indivíduos podem ser suficientes para a execução destas técnicas, porém o ideal são três. Existem rolamentos de 90 e 180 graus. O princípio básico consiste em estabilizar inicialmente a cabeça e o pescoço mediante tração manual e, em seguida, em alinhar os membros. Rola-se, então, o paciente em bloco, preferencialmente pelo lado menos lesado.
Rolamento de 90 graus
É utilizado para vítimas encontradas em decúbito dorsal, devendo o socorrista ficar ajoelhado por trás de sua cabeça, promovendo a estabilização manual da coluna cervical. Aplica-se o colar cervical a partir da parte anterior do pescoço por outro socorrista. Posiciona a prancha paralelamente à vítima, do lado oposto ao rolamento. 
Os dois socorristas ajoelham-se do mesmo lado, no nível dos ombros e dos quadris da vítima. E feito o alinhamento dos membros. Ao comando do líder (aquele que assume a cabeça), o paciente é rolado em bloco, ficando de lado.
 A prancha é deslizada até encostar-se ao corpo da vítima. Sob novo comando, a vítima retorna ao decúbito dorsal, sobre a prancha. Se houver necessidade de ajuste de posição, este deverá ser feito com deslizamento lateral, em bloco, sempre mantendo a estabilização manual da cabeça. Em seguida é feita a fixação dos tirantes.
Rolamento de 180 graus
É utilizada em vítimas que se encontra em decúbito ventral. O socorrista posiciona ajoelhado atrás da cabeça da vítima e estabiliza a cabeça e pescoço. A prancha é posicionada no lado para qual a vítima será rolada. Os outros dois socorristas se posicionam ajoelhados sobre a prancha, no nível dos ombros e dos quadris. 
Os membros devem ser alinhados. Após comando verbal, é feito meio rolamento na direçãoda prancha, ficando a vítima de lado. Os dois socorristas saem da prancha ficando sobre o solo. Ao novo comando, completam o rolamento, deitando a vítima sobre a prancha. Coloca-se então, o colar cervical e completa-se a imobilização.
Elevação a cavaleiro
Indicada em locais estreitos. Um socorrista posiciona-se a cavaleiro nível dos ombros do paciente, estabilizando manualmente sua cabeça e seu pescoço. O colar cervical é aplicado por outro socorrista. Posiciona-se a prancha próximo aos pés da vítima, no sentido de orientação de seu corpo. Outro socorrista posiciona-se o cavaleiro sobre a vítima no nível do seu quadril e outro no nível dos pés. 
Promove então, alinhamento dos membros, no eixo do corpo e, ao comando, a pessoa é elevada em bloco, cerca de 20 cm. O socorrista próximo aos pés desliza a prancha por baixo do corpo da vítima. Mediante novo comando, o paciente é colocado sobre a prancha e devidamente fixado.
Imobilização com a vítima sentada
Este procedimento é realizado com o uso de “KED” (colete de imobilização dorsal). Antes de iniciar o procedimento cria-se um acesso para se chegar atrás da vítima, onde irá promover a estabilização manual da cabeça e do pescoço.
 Outro socorrista se encarrega da colocação do colar cervical. O KED é colocado entre o banco e as costas da vítima. São, então, presos os tirantes médio, inferior, das coxas e, por último, o do tórax. Em seguida, fixa-se a cabeça, liberando-se a imobilização manual.
 Um socorrista aborda a vítima pelas pernas e pelo quadril e outro pelas alças do colete. Promovem, então, rotação, deixando a vítima de costas para a porta e com os pés sobre o banco do passageiro. A prancha longa será colocada com sua extremidade inferior sob as nádegas da vítima e a extremidade superior apoiada por outro socorrista. A vítima é, então, deitada sobre a prancha e deslizada para adaptação a esta. Os tirantes da coxa são liberados para que as pernas possam ser estendidas. Em seguida, fixa a vítima à prancha.
8) QUAL CLASSIFICAÇÃO E O QUADRO CLINICO DO TRM?
Ao acometer os elementos neurais da medula espinhal, a lesão pode resultar em diversos graus de déficits sensorimotores e difunção autonômica e esfincteriana. A disfunção neurológica pode ser temporária ou permanente e completa ou incompleta.
 Conforme a resposta do cliente, as lesões medulares podem ser avaliadas quanto à gravidade, com variações que expressam o grau de sensibilidade, de movimentação ativa por ato voluntario, paralisia ou condições não testadas, segundo o nível de comprometimento e escala de classificação.
O nível neurológico refere-se ao segmento mais inferior da medula, com sensibilidade e função motora normais nos lados direito e esquerdo do corpo. Conforme o nível afetado, pode resultar em tetraplegia, decorrente de lesão cervical,e ocassionar comprometimento dos 4 membros, superiores ou inferiores; ao resultar em paraplegia, compromete os membros inferiores.
Uma vez estabelecido o nível da lesão, a escala da American Spinal Injury Association ( ASIA ), graduada de A a E, permiti identificar alterações sensitivas e motoras e o tipo de lesão, com alterações que variam desde ausência de resposta ate condição de normalidade, mediante a aplicação de estímulos nos diferentes dermátomos e miótomos.
A zona de preservação parcial compreende os dermátomos e miótomos localizados abaixo do nível neurológico e que se mantém parcialmente inervados; e é avaliada em lesões completas. A sensibilidade dolorosa pode ser testada com agulhas descartáveis e toque leve com chumaço de algodão. O teste motor é feito por meio de exame muscular, sendo o grau de força motora determinado por escala que varia de 0 a 5, com 0 corresponde parelisia total e 5 ao movimento ativo normal. As graduações intermediariam avaliam a presença de contração e a capacidade de realizar movimento ativo.
O exame no orifício anal, com a introdução de um dedo para avaliar o esfíncter externo, tem por finalidade determinar lesão completa e incompleta.
ESCALA ASIA PARA CLASSIFICAÇÃO DE LESÃO MUSCULAR
A- Lesão medular completa; ausência das funções motoras e sensitiva a partir do segmento lesado
B- Lesões motoras completas e sensitivas incompleta; alguma função sensitiva e/ou motora abaixo do nível neurológico;
C- Lesões sensitivas e motoras incompletas; função motora preservada abaixo do nível da lesão;
D- Lesão incompleta; função motora preservada abaixo do nível de lesão;
E- Sem lesão; funções motoras e sensitivas normais;
QUADRO CLÍNICO:
As consequências da LRM dependem do tipo e do nível da lesão da medula espinal.
Nível neurológico
O nível neurológico refere-se ao menor nível em que as funções sensoriais e motoras estão normais. Os sinais e sintomas incluem os seguintes:
• Paralisia sensorial e motora total abaixo do nível neurológico
• Perda do controle vesical e intestinal (habitualmente com retenção urinária e distensão da bexiga)
• Perda da sudorese e do tônus vasomotor
• Redução acentuada da PA em consequência da perda da resistência vascular periférica
• Dor aguda nas costas ou no pescoço (se o cliente está consciente e pode relatar a sua ocorrência); possível medo de ter fraturado a coluna vertebral.
Problemas respiratórios:
· Estão relacionados com o comprometimento da função respiratória; a gravidade depende do nível de lesão
· Insuficiência respiratória aguda: constitui a principal causa de morte na lesão da medula óssea cervical alta.
OS SINAIS E SINTOMAS MAIS COMUNS SÃO:
· DOR NO PESCOÇO E/OU NAS COSTAS; 
· DOR AO MOVIMENTAR O PESCOÇO E/OU AS COSTAS; 
· DOR À PALPAÇÃO DA REGIÃO POSTERIOR DO PESCOÇO E/OU DA LINHA MÉDIA DAS COSTAS;
· DEFORMIDADE DA COLUNA VERTEBRAL;
· PARALISIA, PARESIA, DORMÊNCIA OU FORMIGAMENTO NAS PERNAS OU BRAÇOS EM QUALQUER MOMENTO APÓS O ACIDENTE; 
· SINAIS E SINTOMAS DE CHOQUE NEUROLÓGICO: HIPOTENSÃO COM BRADICARDIA, PERDA DO CONTROLE SIMPÁTICO, EXTREMIDADES QUENTES, DIURESE NORMAL;
· PRIAPISMO (EREÇÃO PENIANA DOLOROSA); 
· PARALISIA DE DIAFRAGMA, SE ATINGIR CERVICAL MÉDIA E ALTA; 
· HIPOVENTILAÇÃO POR ATINGIR MÚSCULOS INTERCOSTAIS, SE ATINGIR CERVICAL BAIXA E TORÁCICA ALTA;
· RESPIRAÇÃO ABDOMINAL E USO DE MUSCULATURA ACESSÓRIA.
9) QUAIS OS CUIDADOS DE ENFERMAGEM E O PLANO DE ALTA PARA Sr.ROGÉRIO?
Realizar o exame físico completo na admissão do paciente e durante a internação;
• Avaliar diariamente sensibilidade, força motora;
• Observar padrão respiratório;
• Realizar ausculta pulmonar (se diminuída força da musculatura respiratória causa dificuldade de expectoração);
• Verificar temperatura (hipertermia resulta de alterações do controle térmico ou paralisia autônoma);
• Avaliar presença de Hiperreflexia autonômica (cefaléia intensa, sudorese profusa, congestão nasal, bradicardia);
• Atentar para sinais de choque neurogênico e conseqüente distensão vesical por paralisia;
• Mobilização em bloco, se recomendado pelo médico responsável
• Cuidados com a integridade cutânea;
• Cateterismo vesical s/n (bexiga neurogênica causa retenção urinária);
• Melhora da função intestinal (íleo paralítico) com dieta adequada;
• Proporcionar conforto e apoio emocional à vítima e à família;
• Após cirurgia realizar a troca do curativo diariamente conforme protocolo da instituição;
• Alterações mínimas encontradas devem ser comunicadas ao médico responsável;
PLANO DE ALTA:
Orientação do cliente sobre autocuidados
• Desviar a ênfase assegurando que o cliente está estável e livre de complicações para uma avaliação específica e planejamento de independência e das habilidades necessárias às atividades da vida diária
• Inicialmente, concentrar-se na orientação do cliente sobre a lesão e seus efeitos sobre a mobilidade, a capacidade de se vestir e as funções intestinal, vesical e sexual. À medida que o cliente e sua família reconhecerem as consequências da lesão e da incapacidade resultante, ampliar o foco do ensino para abordar questões necessárias para que o cliente possa realizar as atividades da vida diária e possa assumir o controle de sua vida.
Cuidado continuado
 • Fornecer apoio eajudar o cliente e sua família a assumir a responsabilidade por um cuidado cada vez maior; fornecer assistência no enfrentamento do impacto psicológico da LRM e suas conseqüências
 • Coordenar a equipe de tratamento e atuar como agente de ligação com os centros de reabilitação e as agências de cuidados domiciliares
 - Orientar o cliente sobre as medidas de prevenção e de tratamento. Informar ao cliente com lesão acima de T6 sobre a possível ocorrência de um episódio de hiper-reflexia dentro de vários anos após a lesão inicial.
Orientação do cliente sobre autocuidados
 • Desviar a ênfase assegurando que o cliente está estável e livre de complicações para uma avaliação específica e planejamento de independência e das habilidades necessárias às atividades da vida diária
 • Inicialmente, concentrar-se na orientação do cliente sobre a lesão e seus efeitos sobre a mobilidade, a capacidade de se vestir e as funções intestinal, vesical e sexual. À medida que o cliente e sua família reconhecerem as consequências da lesão e da incapacidade resultante, ampliar o foco do ensino para abordar questões necessárias para que o cliente possa realizar as atividades da vida diária e possa assumir o controle de sua vida.
 • Fornecer apoio e ajudar o cliente e sua família a assumir a responsabilidade por um cuidado cada vez maior; fornecer assistência no enfrentamento do impacto psicológico da LRM e suas conseqüências
 • Coordenar a equipe de tratamento e atuar como agente de ligação com os centros de reabilitação e as agências de cuidados domiciliares.
 - Tranquilizar as clientes que sofreram LRM de que a gravidez não está contraindicada e que a fertilidade permanece relativamente inalterada, mas que as mulheres grávidas com LRM aguda ou crônica representam desafios singulares para o manejo
 • Encaminhar o cliente ao serviço de atendimento domiciliar, conforme indicado ou desejado
 • Encaminhar o cliente à psicoterapia, quando indicado.
10) QUAIS SÃO AS COMPLICAÇÕES DO TRM?
O choque espinal, que constitui uma complicação grave da LRM, consiste em súbita depressão da atividade reflexa na medula espinal (arreflexia) abaixo do nível da lesão. Os músculos inervados pelo segmento da medula espinal, situado abaixo do nível da lesão, tornam-se totalmente paralisados e flácidos e os reflexos estão ausentes. A PA e a frequência cardíaca caem à medida que os órgãos vitais são acometidos. Partes do corpo abaixo do nível da lesão espinal estão paralisadas e sem sensação.
Choque medular 
O choque medular é definido como um estado de completa arreflexia da medula espinhal, que ocorre após traumatismo grave na medula. Durante o choque medular, que pode ocorrer imediatamente após o traumatismo da medula espinhal, mesmo que a lesão medular não seja completa e permanente, o paciente apresenta ausência total da sensibilidade, dos movimentos e do reflexo bulbo cavernoso, que está presente em condições normais. O retorno do reflexo bulbo cavernoso indica o término do choque medular, permitindo então a determinação da lesão neurológica causada pelo trauma.
Choque neurogênico
 Os pacientes com lesão medular podem apresentar, também, queda da pressão arterial, acompanhada de bradicardia, que caracteriza o denominado choque neurogênico. Nesses pacientes, a lesão das vias eferentes do sistema nervoso simpático medular e consequente vasodilatação dos vasos viscerais e das extremidades, associadas à perda do tônus simpático cardíaco, não permitem que o paciente consiga elevar a frequência cardíaca. Essa situação deve ser reconhecida e diferenciada do choque hipovolêmico, no qual a pressão arterial está diminuída e acompanhada de taquicardia. A reposição de líquidos deve ser evitada no choque neurogênico, para não sobrecarregar a volemia.
Trombose venosa profunda 
Vasodilatação e acúmulo de sangue perifericamente aumentar o risco de trombose venosa profunda, especialmente nas extremidades inferiores. Até 80% ou mais de pacientes com lesões completas, foi relatado o desenvolvimento de TVP, apresentando uma incidência globalde 13,6% entre os pacientes internados durante a fase aguda . A incidência de TVP é maior 7-10 dias após a lesão10. É uma complicação comum em pessoas com trauma raquimedular decorrente da imobilidade. A presença de TVP é avaliada pela mensuração da circunferência da panturrilha. A profilaxia é feita mediante terapia com anticoagulantes, uso de meias elásticas, execução de exercícios fisioterápicos que promovam amplitude de movimentos. O tratamento envolve o posicionamento adequado no leito, com ligeira elevação e movimentação passiva.
Disrreflexia autonômica 
Disrreflexia autonômica é visto particularmente em doentes com lesões da medula cervical acima do fluxo simpático, mas pode também ocorrer pacientes com lesões torácicas altas acima de T6. É comumente associado à bexiga ou problemas intestinais, particularmente hiperdistensão. Até o tempo de alta hospitalar, os pacientes devem estar plenamente conscientes dos sinais e sintomas de disrreflexia autonômica e ser capaz de direcionar as pessoas para ajudar a encontrar e remover a causa. Ele pode ocorrer em qualquer altura após o período de choque medular8 . A disrreflexia autonômica é uma alteração vasomotora, também conhecida como crise autonômica hipertensiva, decorrente de uma liberação do sistema nervoso autônomo, que é desencadeada por um estímulo nociceptivo. Geralmente ocorre nas lesões acima de T5, mais precisamente nas lesões cervicais. Tem como sinais e sintomas: hipertensão arterial, sudorese profusa, rubor facial, congestão nasal e cefaléia latejante1
Bexiga neurogênica 
Depois de uma lesão grave da medula espinhal a bexiga é inicialmente contraída, e paciente não tratados irão desenvolver retenção aguda .O volume de urina na bexiga nunca deve ser permitido exceder 500 ml15. Diferentes padrões miccionais patológicos muitas vezes persistem na fase crônica, dependendo do nível de lesão neurológica e grau de recuperação funcional. Os problemas incluem: incontinência, infecções, urolitíase e danos renais secundários. Os mais importantes fatores de risco para desenvolvimento de lesão renal são a falta de coordenação entre os músculos da parede da bexiga (dissinergia detrusor-esfíncter).
Intestino neurogênico 
A lesão medular provoca mudanças no funcionamento do corpo e uma delas, de difícil abordagem para muitos de nós, é a função intestinal. Antes de uma lesão medular, as pessoas não precisam planejar ou pensar sobre os movimentos intestinais (evacuação). Após uma lesão medular, os movimentos intestinais requerem maior tempo, atenção e planejamento. Em geral, pessoas com lesão medular não conseguem sentir quando as fezes estão para serem eliminadas, e então é necessário auxiliá-las nesse processo. O intestino neurogênico é uma condição que afeta o processo corporal para o armazenamento e a eliminação de resíduos sólidos de alimentos não digeridos. Após uma lesão medular, o sistema nervoso não consegue mais controlar a função intestinal da mesma maneira como fazia antes.
Espasticidade 
Tônus muscular, a tensão involuntária basal de um músculo pode ser normal, diminuída ou aumentada. Diminuição do tônus muscular acompanha paralisia devido a uma lesãodo neurônio motor inferior é também vista na fase aguda após uma lesão do neurônio motor superior(ou seja, durante choque espinhal). Aumento do tônus muscular acompanha as fases aguda e crônica na sequência da lesão do neurônio motor superior. Isto é conhecido como espasticidade (aumentodo tônus muscularespástico) e deve ser distinguido de outros tipos de hipertonia muscular, especialmente rigidez, o que caracteriza condições tais como a doença de Parkinson. Espasticidade, por sua vez é um complexoe multifacetado aspecto de um fenômeno conhecido como a síndrome do neurônio motor superior.
Úlceras por Pressão
 A idade avançada, a debilitação, o contato prolongado com umidade proveniente da perspiração da urina, das fezes,o atrito e as forças de cisalhamento, a diminuição da perfusão tissular, são fatores contribuintes para o aparecimento de úlcera de pressão, assim como os equipamentos, como aparelho gessado, tração, contenção. Tipo do leito, colchão, travesseiro e cadeira, também propiciam a formação de úlceras de pressão.
Pneumonias
 Pneumonia continua a ser uma importante causa de morte em tetraplegia. Os pacientes com tetraplegia ou paraplegia alta estão em risco aumentado de infecção devido à paresia do diafragma e/ou músculos intercostais, o que prejudica a capacidadede eliminar secreções. Traqueostomia ou intubação endotraqueal aumenta ainda mais o risco de infecção. O risco de pneumonia por aspiração é grande, especialmente na fase aguda, com diminuição do nível de consciência, gastroparesia e íleo paralítico.
Alterações psicológicas 
Na fase aguda da lesão da medula espinhal o indivíduo pode experimentar uma gama de emoções, tais como desespero, dormência, medo, esperançae raiva. Essa turbulência emocional é muitas vezes caótica e desorganizada. Pode ser ainda mais complicada pelo período obrigatório de repouso durante o qual um estado de sensorial privação segue14. A súbita incapacidade de continuar desta forma e da necessidade para levar uma vida mais ordenada pode significar um longo período de tempo de ajustamento. A falha em reconhecer que este processo pode continuar por até dois ou três anos pode prejudicar o processo de reabilitação do paciente. Detecção desses problemas e a prestação de terapia psicológica irá permitir que um indivíduo supere essas complicações.
11) COMO SE CARACTERIZA UM ACIDENTE DE TRABALHO E QUAL CONDUTA DO ENFERMEIRO?
O acidente de trabalho ocorre quando o colaborador sofre uma lesão corporal, temporária ou permanente, durante o exercício de seu ofício e tem a sua capacidade de produção afetada (diminuída ou perdida) ou até mesmo vai a óbito.
Podemos caracterizar a lesão corporal como todas as agressões ao corpo que gerem uma debilitação, como um estilhaço que atingiu o olho e causou uma ferida ou a perda da visão.
Quais são os tipos de acidentes de trabalho?
De acordo com a legislação, existem diferentes categorias de acidente de trabalho, são eles: típico, atípico ou de trajeto. A seguir, vamos explicar mais detalhes.
Acidente típico
Ocorre no local de trabalho ou em suas redondezas, dentro do horário de expediente de trabalho. Em geral, costuma acontecer em razão de negligência, imprudência ou causas naturais.
Acidente atípico
Acontece por causa da repetição de atividades do trabalho ou doença que tenha ligação com o ofício. É o caso, por exemplo, da LER (Lesão por Esforço Repetitivo).
Acidente de trajeto
É o acidente que acontece durante o percurso do colaborador entre o trabalho e sua casa ou vice-versa, seja em veículo próprio, em transporte público ou no transporte fornecido pela empresa.
Como evitar um acidente de trabalho?
O responsável por evitar os acidentes de trabalho é o empregador. Ele deve adotar medidas a fim de minimizar os riscos, como a adoção de EPIs (equipamentos de proteção individual).
Além disso, o colaborador também deve realizar o seu trabalho de maneira atenta e responsável para não se ferir.
Quando o acidente acontece, quem é responsabilizado?
Mencionamos acima que o empregador é responsável pelos caso de acidentes no ambiente de trabalho. Isso se dá pois a parte contratante deve cuidar da saúde do trabalhador e evitar riscos. No entanto, nos casos em que o acidente ocorre por culpa exclusiva do trabalhador, existem precedentes no sentido de que, nesse caso, não há direito à indenização por danos morais ou materiais, uma vez que o empregado também deve zelar pela sua saúde.
Como comunicar o acidente de trabalho?
A Comunicação de Acidentes de Trabalho – CATé o documento propício para informar o acidente ocorrido no ambiente laboral.
O empregador deve emiti-lo e em seguida enviá-lo aos órgãos competentes para que o procedimento necessário se desenvolva.
Nesse sentido, é válido ressaltar que deve-se fazer a referida comunicação até o dia seguinte ao acidente. Entretanto, em caso de óbito do trabalhador, o aviso deve ocorrer imediatamente.
Como o empregado pode entender seus direitos?
Para entender, de fato, sobre os seus direitos, o empregado deve consultar um advogado trabalhista. É importante ter orientação da melhor maneira possível, uma vez que cada caso tem suas particularidades.
Por fim, agora que você já entende um pouco sobre acidente de trabalho e tirou suas principais dúvidas sobre o assunto, lembre-se de que é um diferencial contar com apoio jurídico capacitado para que todos os seus direitos sejam assegurados.
image2.jpeg
image3.jpeg
image4.jpeg
image1.jpeg

Mais conteúdos dessa disciplina