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Bloco 8 - Nível Intermediário
Noções de Direito
I – DIREITO E GARANTIAS FUNDAMENTAIS: Direitos e deveres individuais e cole-
tivos; direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade; direitos 
sociais; nacionalidade; cidadania; garantias constitucionais individuais; garantias dos 
direitos coletivos, sociais e políticos .............................................................................. 1
II – A ORGANIZAÇÃO DO ESTADO: Administração pública (artigos de 37 a 41, da 
Constituição Federal de 1988) ...................................................................................... 19
III - Direito administrativo: conceito, fontes e princípios ................................................ 28
Organização administrativa da União; administração direta e indireta ......................... 33
Agentes públicos: poderes, deveres e prerrogativas; cargo, emprego e função públi-
cos; Regime Jurídico Único (Lei nº 8.112/1990 e suas alterações): provimento, vacân-
cia, remoção, redistribuição e substituição; direitos e vantagens; regime disciplinar; 
responsabilidade civil, criminal e administrativa ............................................................ 39
Poderes administrativos: poder hierárquico; poder disciplinar; poder regulamentar; po-
der de polícia; uso e abuso do poder ............................................................................ 108
Ato administrativo: validade, eficácia; atributos; extinção, desfazimento e sanatória; 
classificação, espécies e exteriorização; vinculação e discricionariedade ................... 118
Serviços Públicos: conceito, classificação, regulamentação e controle; delegação: 
concessão, permissão, autorização .............................................................................. 135
Controle e responsabilização da administração: controle administrativo; controle judi-
cial; controle legislativo; responsabilidade civil do Estado. Sanções aplicáveis aos atos 
de improbidade administrativa (Lei nº 8.429/1992 e suas alterações) .......................... 152
Lei do Processo Administrativo (Lei nº 9.784/1999 e suas alterações) ......................... 185
Exercícios ...................................................................................................................... 201
Gabarito ......................................................................................................................... 206
Apostila gerada especialmente para: carlos cesar César nogueira da silva e silva 978.677.991-68
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I – DIREITO E GARANTIAS FUNDAMENTAIS: Direitos e deveres individuais e coletivos; 
direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade; direitos sociais; 
nacionalidade; cidadania; garantias constitucionais individuais; garantias dos direitos 
coletivos, sociais e políticos
 
Distinção entre Direitos e Garantias Fundamentais
Pode-se dizer que os direitos fundamentais são os bens jurídicos em si mesmos considerados, de cunho 
declaratório, narrados no texto constitucional. Por sua vez, as garantias fundamentais são estabelecidas na 
mesma Constituição Federal como instrumento de proteção dos direitos fundamentais e, como tais, de cunho 
assecuratório.
Evolução dos Direitos e Garantias Fundamentais
– Direitos Fundamentais de Primeira Geração
Possuem as seguintes características:
a) surgiram no final do século XVIII, no contexto da Revolução Francesa, fase inaugural do constitucionalis-
mo moderno, e dominaram todo o século XIX;
b) ganharam relevo no contexto do Estado Liberal, em oposição ao Estado Absoluto;
c) estão ligados ao ideal de liberdade;
d) são direitos negativos, que exigem uma abstenção do Estado em favor das liberdades públicas;
e) possuíam como destinatários os súditos como forma de proteção em face da ação opressora do Estado;
f) são os direitos civis e políticos.
– Direitos Fundamentais de Segunda Geração
Possuem as seguintes características:
a) surgiram no início do século XX;
b) apareceram no contexto do Estado Social, em oposição ao Estado Liberal;
c) estão ligados ao ideal de igualdade;
d) são direitos positivos, que passaram a exigir uma atuação positiva do Estado;
e) correspondem aos direitos sociais, culturais e econômicos.
– Direitos Fundamentais de Terceira Geração
Em um próximo momento histórico, foi despertada a preocupação com os bens jurídicos da coletividade, 
com os denominados interesses metaindividuais (difusos, coletivos e individuais homogêneos), nascendo os 
direitos fundamentais de terceira geração.
Direitos Metaindividuais
Natureza Destinatários
Difusos Indivisível Indeterminados
Coletivos Indivisível Determináveis ligados por uma relação jurídica
Individuais 
Homogêneos Divisível Determinados ligados por uma situação fática
Os Direitos Fundamentais de Terceira Geração possuem as seguintes características:
a) surgiram no século XX;
b) estão ligados ao ideal de fraternidade (ou solidariedade), que deve nortear o convívio dos diferentes po-
vos, em defesa dos bens da coletividade;
Apostila gerada especialmente para: carlos cesar César nogueira da silva e silva 978.677.991-68
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c) são direitos positivos, a exigir do Estado e dos diferentes povos uma firme atuação no tocante à preserva-
ção dos bens de interesse coletivo;
d) correspondem ao direito de preservação do meio ambiente, de autodeterminação dos povos, da paz, do 
progresso da humanidade, do patrimônio histórico e cultural, etc.
– Direitos Fundamentais de Quarta Geração
Segundo Paulo Bonavides, a globalização política é o fator histórico que deu origem aos direitos fundamen-
tais de quarta geração. Eles estão ligados à democracia, à informação e ao pluralismo. Também são transindi-
viduais.
– Direitos Fundamentais de Quinta Geração
Paulo Bonavides defende, ainda, que o direito à paz representaria o direito fundamental de quinta geração.
Características dos Direitos e Garantias Fundamentais
São características dos Direitos e Garantias Fundamentais:
a) Historicidade: não nasceram de uma só vez, revelando sua índole evolutiva;
b) Universalidade: destinam-se a todos os indivíduos, independentemente de características pessoais;
c) Relatividade: não são absolutos, mas sim relativos;
d) Irrenunciabilidade: não podem ser objeto de renúncia;
e) Inalienabilidade: são indisponíveis e inalienáveis por não possuírem conteúdo econômico-patrimonial;
f) Imprescritibilidade: são sempre exercíveis, não desparecendo pelo decurso do tempo.
Destinatários dos Direitos e Garantias Fundamentais
Todas as pessoas físicas, sem exceção, jurídicas e estatais, são destinatárias dos direitos e garantias fun-
damentais, desde que compatíveis com a sua natureza.
Eficácia Horizontal dos Direitos e Garantias Fundamentais
Muito embora criados para regular as relações verticais, de subordinação, entre o Estado e seus súditos, 
passam a ser empregados nas relações provadas, horizontais, de coordenação, envolvendo pessoas físicas e 
jurídicas de Direito Privado.
Natureza Relativa dos Direitos e Garantias Fundamentais
Encontram limites nos demais direitos constitucionalmente consagrados, bem como são limitados pela in-
tervenção legislativa ordinária, nos casos expressamente autorizados pela própria Constituição (princípio da 
reserva legal).
Colisão entre os Direitos e Garantias Fundamentais
O princípio da proporcionalidade sob o seu triplo aspecto (adequação, necessidade e proporcionalidade em 
sentido estrito) é a ferramenta apta a resolver choques entre os princípios esculpidos na Carta Política, sope-
sando a incidência de cada um no caso concreto, preservando ao máximo os direitos e garantias fundamentais 
constitucionalmente consagrados.
Os quatro status de Jellinek
a) status passivo ou subjectionis: quando o indivíduo se encontra em posição de subordinação aos poderes 
públicos, caracterizando-se como detentor de deveres para com o Estado;
b) status negativo: caracterizado por um espaço de liberdade de atuação dos indivíduos sem ingerênciasdos poderes públicos;
c) status positivo ou status civitatis: posição que coloca o indivíduo em situação de exigir do Estado que atue 
positivamente em seu favor;
d) status ativo: situação em que o indivíduo pode influir na formação da vontade estatal, correspondendo ao 
exercício dos direitos políticos, manifestados principalmente por meio do voto.
Os direitos individuais estão elencados no caput do Artigo 5º da CF. São eles:
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Direito à Vida
O direito à vida deve ser observado por dois prismas: o direito de permanecer vivo e o direito de uma vida 
digna.
O direito de permanecer vivo pode ser observado, por exemplo, na vedação à pena de morte (salvo em caso 
de guerra declarada).
Já o direito à uma vida digna, garante as necessidades vitais básicas, proibindo qualquer tratamento desu-
mano como a tortura, penas de caráter perpétuo, trabalhos forçados, cruéis, etc.
Direito à Liberdade
O direito à liberdade consiste na afirmação de que ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma 
coisa, senão em virtude de lei. Tal dispositivo representa a consagração da autonomia privada.
Trata-se a liberdade, de direito amplo, já que compreende, dentre outros, as liberdades: de opinião, de pen-
samento, de locomoção, de consciência, de crença, de reunião, de associação e de expressão.
Direito à Igualdade
A igualdade, princípio fundamental proclamado pela Constituição Federal e base do princípio republicano e 
da democracia, deve ser encarada sob duas óticas, a igualdade material e a igualdade formal.
A igualdade formal é a identidade de direitos e deveres concedidos aos membros da coletividade por meio 
da norma.
Por sua vez, a igualdade material tem por finalidade a busca da equiparação dos cidadãos sob todos os 
aspectos, inclusive o jurídico. É a consagração da máxima de Aristóteles, para quem o princípio da igualdade 
consistia em tratar igualmente os iguais e desigualmente os desiguais na medida em que eles se desigualam.
Sob o pálio da igualdade material, caberia ao Estado promover a igualdade de oportunidades por meio de 
políticas públicas e leis que, atentos às características dos grupos menos favorecidos, compensassem as desi-
gualdades decorrentes do processo histórico da formação social.
Direito à Privacidade
Para o estudo do Direito Constitucional, a privacidade é gênero, do qual são espécies a intimidade, a honra, 
a vida privada e a imagem. De maneira que, os mesmos são invioláveis e a eles assegura-se o direito à inde-
nização pelo dano moral ou material decorrente de sua violação.
Direito à Honra
O direito à honra almeja tutelar o conjunto de atributos pertinentes à reputação do cidadão sujeito de direitos, 
exatamente por tal motivo, são previstos no Código Penal.
Direito de Propriedade
É assegurado o direito de propriedade, contudo, com restrições, como por exemplo, de que se atenda à 
função social da propriedade. Também se enquadram como espécies de restrição do direito de propriedade, a 
requisição, a desapropriação, o confisco e o usucapião.
Do mesmo modo, é no direito de propriedade que se asseguram a inviolabilidade do domicílio, os direitos 
autorais (propriedade intelectual) e os direitos reativos à herança.
Destes direitos, emanam todos os incisos do Art. 5º, da CF/88, conforme veremos abaixo:
TÍTULO II
DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS
CAPÍTULO I
DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS
Artigo 5º - Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros 
e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança 
e à propriedade, nos termos seguintes:
I- homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição;
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II- ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei;
III- ninguém será submetido à tortura nem a tratamento desumano ou degradante;
IV- é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato;
V- é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral 
ou à imagem;
VI- é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos reli-
giosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias;
VII - é assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas entidades civis e militares de 
internação coletiva;
VIII- ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, 
salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alter-
nativa, fixada em lei;
IX - é livre a expressão de atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente 
de censura ou licença;
X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito à 
indenização por dano material ou moral decorrente de sua violação;
XI- a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador, 
salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação 
judicial;
XII- é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das comunicações 
telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins 
de investigação criminal ou instrução processual penal;
XIII- é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que 
a lei estabelecer;
XIV- é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte, quando necessário ao 
exercício profissional;
XV- é livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da 
lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens;
XVI- todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, independentemente 
de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo 
apenas exigido prévio aviso à autoridade competente;
XVII- é plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de caráter paramilitar;
XVIII- a criação de associações e, na forma da lei, a de cooperativas independem de autorização, sendo 
vedada a interferência estatal em seu funcionamento;
XIX- as associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades suspensas por 
decisão judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em julgado;
XX- ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer associado;
XXI- as entidades associativas, quando expressamente autorizadas, têm legitimidade para representar seus 
filiados judicial ou extrajudicialmente;
XXII- é garantido o direito de propriedade;
XXIII- a propriedade atenderá a sua função social;
XXIV- a lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade ou utilidade pública, ou por 
interesse social, mediante justa e prévia indenização em dinheiro, ressalvados os casos previstos nesta Cons-
tituição;
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XXV- no caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de propriedade particular, 
assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver dano;
XXVI- a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela família, não será 
objeto de penhora para pagamento de débitos decorrentes de sua atividade produtiva, dispondo a lei sobre os 
meios de financiar o seu desenvolvimento;
XXVII - aos autores pertence o direito exclusivo de utilização, publicação ou reprodução de suas obras, 
transmissível aos herdeiros pelo tempoque a lei fixar;
XXVIII- são assegurados, nos termos da lei:
a) a proteção às participações individuais em obras coletivas e à reprodução da imagem e voz humanas, 
inclusive nas atividades desportivas;
b) o direito de fiscalização do aproveitamento econômico das obras que criarem ou de que participarem aos 
criadores, aos intérpretes e às respectivas representações sindicais e associativas;
XXIX- a lei assegurará aos autores de inventos industriais privilégio temporário para sua utilização, bem 
como às criações industriais, à propriedade das marcas, aos nomes de empresas e a outros signos distintivos, 
tendo em vista o interesse social e o desenvolvimento tecnológico e econômico do País;
XXX- é garantido o direito de herança;
XXXI- a sucessão de bens de estrangeiros situados no País será regulada pela lei brasileira em benefício do 
cônjuge ou dos filhos brasileiros, sempre que não lhes seja mais favorável à lei pessoal do de cujus; 
XXXII- o Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do consumidor;
XXXIII- todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de 
interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas 
aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado;
XXXIV- são a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas:
a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder;
b) a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e esclarecimento de situações 
de interesse pessoal;
XXXV- a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito;
XXXVI- a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada;
XXXVII- não haverá juízo ou tribunal de exceção;
XXXVIII- é reconhecida a instituição do júri, com a organização que lhe der a lei, assegurados:
a) a plenitude da defesa;
b) o sigilo das votações;
c) a soberania dos veredictos;
d) a competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida;
XXXIX- não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal;
XL- a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu;
XLI- a lei punirá qualquer discriminação atentatória dos direitos e liberdades fundamentais;
XLII- a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos ter-
mos da lei;
XLIII- a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática de tortura, o tráfico 
ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por eles responden-
do os mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem;
XLIV- constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de grupos armados, civis ou militares, contra a 
ordem constitucional e o Estado Democrático;
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XLV- nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar o dano e a decre-
tação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até 
o limite do valor do patrimônio transferido;
XLVI- a lei regulará a individualização da pena e adotará, entre outras, as seguintes:
a) privação ou restrição de liberdade;
b) perda de bens;
c) multa;
d) prestação social alternativa;
e) suspensão ou interdição de direitos;
XLVII- não haverá penas:
a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do artigo 84, XIX;
b) de caráter perpétuo;
c) de trabalhos forçados;
d) de banimento;
e) cruéis;
XLVIII- a pena será cumprida em estabelecimentos distintos, de acordo com a natureza do delito, a idade e 
o sexo do apenado;
XLIX- é assegurado aos presos o respeito à integridade física e moral;
L- às presidiárias serão asseguradas condições para que possam permanecer com seus filhos durante o 
período de amamentação;
LI- nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime comum, praticado antes da 
naturalização, ou de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, na forma da 
lei;
LII- não será concedida extradição de estrangeiro por crime político ou de opinião;
LIII- ninguém será processado nem sentenciado senão por autoridade competente;
LIV- ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal;
LV- aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o con-
traditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes;
LVI- são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos;
LVII- ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado da sentença penal condenatória;
LVIII- o civilmente identificado não será submetido à identificação criminal, salvo nas hipóteses previstas 
em lei;
LIX- será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for intentada no prazo legal;
LX- a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da intimidade ou o inte-
resse social o exigirem;
LXI- ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada de autoridade 
judiciária competente, salvo nos casos de transgressão militar ou crime propriamente militar, definidos em lei;
LXII- a prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão comunicados imediatamente ao juiz 
competente e à família ou à pessoa por ele indicada;
LXIII- o preso será informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer calado, sendo-lhe assegura-
da a assistência da família e de advogado;
LXIV- o preso tem direito a identificação dos responsáveis por sua prisão ou por seu interrogatório policial;
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LXV- a prisão ilegal será imediatamente relaxada pela autoridade judiciária;
LXVI- ninguém será levado à prisão ou nela mantido, quando a lei admitir a liberdade provisória, com ou 
sem fiança;
LXVII- não haverá prisão civil por dívida, salvo a do responsável pelo inadimplemento voluntário e inescu-
sável de obrigação alimentícia e a do depositário infiel;
LXVIII- conceder-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência 
ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder;
LXIX- conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas 
corpus ou habeas data, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou 
agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições de Poder Público;
LXX- o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por:
a) partido político com representação no Congresso Nacional;
b) organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento há 
pelo menos um ano, em defesa dos interesses de seus membros ou associados;
LXXI- conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma regulamentadora torne inviável o 
exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e 
à cidadania;
LXXII- conceder-se-á habeas data:
a) para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, constantes de registros 
ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público;
b) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo;
LXXIII- qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patri-
mônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao 
patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da 
sucumbência;
LXXIV- o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aosque comprovarem insuficiência de re-
cursos;
LXXV- o Estado indenizará o condenado por erro judiciário, assim como o que ficar preso além do tempo 
fixado na sentença;
LXXVI- são gratuitos para os reconhecidamente pobres, na forma da lei:
a) o registro civil de nascimento;
b) a certidão de óbito.
LXXVII- são gratuitas as ações de habeas corpus e habeas data e, na forma da lei, os atos necessário ao 
exercício da cidadania;
LXXVIII- a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável duração do processo e os 
meios que garantam a celeridade de sua tramitação.
LXXIX - é assegurado, nos termos da lei, o direito à proteção dos dados pessoais, inclusive nos meios digi-
tais. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 115, de 2022)
§1º As normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais têm aplicação imediata.
§2º Os direitos e garantias expressos nesta Constituição não excluem outros decorrentes do regime e dos 
princípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a República Federativa do Brasil seja parte.
§3º Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, em cada Casa 
do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos 
§4º O Brasil se submete à jurisdição de Tribunal Penal Internacional a cuja criação tenha manifestado 
adesão.
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O tratado foi equiparado no ordenamento jurídico brasileiro às leis ordinárias. Em que pese tenha adquirido 
este caráter, o mencionado tratado diz respeito a direitos humanos, porém não possui característica de emenda 
constitucional, pois entrou em vigor em nosso ordenamento jurídico antes da edição da Emenda Constitucional 
nº 45/04. Para que tal tratado seja equiparado às emendas constitucionais deverá passar pelo mesmo rito de 
aprovação destas
Os direitos sociais são prestações positivas proporcionadas pelo Estado direta ou indiretamente, enunciadas 
em normas constitucionais, que possibilitam melhores condições de vida aos mais fracos, direitos que tendem 
a realizar a igualização de situações sociais desiguais. São, portanto, direitos que se ligam ao direito de igual-
dade. Estão previstos na CF nos artigos 6 a 11. Vejamos:
CAPÍTULO II
DOS DIREITOS SOCIAIS
Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, 
a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na 
forma desta Constituição. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 90, de 2015)
Parágrafo único. Todo brasileiro em situação de vulnerabilidade social terá direito a uma renda básica fami-
liar, garantida pelo poder público em programa permanente de transferência de renda, cujas normas e requisi-
tos de acesso serão determinados em lei, observada a legislação fiscal e orçamentária. (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 114, de 2021)
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condi-
ção social:
I - relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa, nos termos de lei comple-
mentar, que preverá indenização compensatória, dentre outros direitos;
II - seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário;
III - fundo de garantia do tempo de serviço;
IV - salário mínimo , fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a suas necessidades vitais 
básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e 
previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vincula-
ção para qualquer fim;
V - piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do trabalho;
VI - irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção ou acordo coletivo;
VII - garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem remuneração variável;
VIII - décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor da aposentadoria;
IX – remuneração do trabalho noturno superior à do diurno;
X - proteção do salário na forma da lei, constituindo crime sua retenção dolosa;
XI – participação nos lucros, ou resultados, desvinculada da remuneração, e, excepcionalmente, participa-
ção na gestão da empresa, conforme definido em lei;
XII - salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda nos termos da lei;
XIII - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro semanais, facultada 
a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho;
XIV - jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento, salvo nego-
ciação coletiva;
XV - repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos;
XVI - remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em cinquenta por cento à do normal;
XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário normal;
XVIII - licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de cento e vinte dias;
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XIX - licença-paternidade, nos termos fixados em lei;
XX - proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos, nos termos da lei;
XXI - aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de trinta dias, nos termos da lei;
XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança;
XXIII - adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, na forma da lei;
XXIV - aposentadoria;
XXV - assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até 5 (cinco) anos de idade em 
creches e pré-escolas;
XXVI - reconhecimento das convenções e acordos coletivos de trabalho;
XXVII - proteção em face da automação, na forma da lei;
XXVIII - seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a indenização a que este 
está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa;
XXIX - ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo prescricional de cinco 
anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a extinção do contrato de trabalho;
a) (Revogada).
b) (Revogada).
XXX - proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de admissão por motivo de 
sexo, idade, cor ou estado civil;
XXXI - proibição de qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de admissão do trabalhador por-
tador de deficiência;
XXXII - proibição de distinção entre trabalho manual, técnico e intelectual ou entre os profissionais respec-
tivos;
XXXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de qualquer trabalho a 
menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de quatorze anos;
XXXIV - igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício permanente e o trabalhador 
avulso.
Parágrafo único. São assegurados à categoria dos trabalhadores domésticos os direitos previstos nos inci-
sos IV, VI, VII, VIII, X, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XXI, XXII, XXIV, XXVI, XXX, XXXI e XXXIII e, atendidas as 
condições estabelecidas em lei e observada a simplificação do cumprimento das obrigações tributárias, princi-
pais e acessórias, decorrentes da relação de trabalho e suas peculiaridades, os previstos nos incisos I, II, III, IX, 
XII, XXV e XXVIII, bem como a sua integração à previdência social.
Art. 8º É livre a associação profissional ou sindical, observado o seguinte:
I - a lei não poderá exigir autorização do Estado para a fundação de sindicato, ressalvado o registro no órgão 
competente, vedadas ao Poder Público a interferência e a intervenção na organização sindical;
II - é vedada a criação de mais de uma organização sindical,em qualquer grau, representativa de categoria 
profissional ou econômica, na mesma base territorial, que será definida pelos trabalhadores ou empregadores 
interessados, não podendo ser inferior à área de um Município;
III - ao sindicato cabe a defesa dos direitos e interesses coletivos ou individuais da categoria, inclusive em 
questões judiciais ou administrativas;
IV - a assembleia geral fixará a contribuição que, em se tratando de categoria profissional, será descontada 
em folha, para custeio do sistema confederativo da representação sindical respectiva, independentemente da 
contribuição prevista em lei;
V - ninguém será obrigado a filiar-se ou a manter-se filiado a sindicato;
VI - é obrigatória a participação dos sindicatos nas negociações coletivas de trabalho;
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VII - o aposentado filiado tem direito a votar e ser votado nas organizações sindicais;
VIII - é vedada a dispensa do empregado sindicalizado a partir do registro da candidatura a cargo de direção 
ou representação sindical e, se eleito, ainda que suplente, até um ano após o final do mandato, salvo se come-
ter falta grave nos termos da lei.
Parágrafo único. As disposições deste artigo aplicam-se à organização de sindicatos rurais e de colônias de 
pescadores, atendidas as condições que a lei estabelecer.
Art. 9º É assegurado o direito de greve, competindo aos trabalhadores decidir sobre a oportunidade de exer-
cê-lo e sobre os interesses que devam por meio dele defender.
§1º A lei definirá os serviços ou atividades essenciais e disporá sobre o atendimento das necessidades 
inadiáveis da comunidade.
§2º Os abusos cometidos sujeitam os responsáveis às penas da lei.
Art. 10. É assegurada a participação dos trabalhadores e empregadores nos colegiados dos órgãos públicos 
em que seus interesses profissionais ou previdenciários sejam objeto de discussão e deliberação.
Art. 11. Nas empresas de mais de duzentos empregados, é assegurada a eleição de um representante des-
tes com a finalidade exclusiva de promover-lhes o entendimento direto com os empregadores.
Os direitos sociais regem-se pelos princípios abaixo:
– Princípio da proibição do retrocesso: qualifica-se pela impossibilidade de redução do grau de concreti-
zação dos direitos sociais já implementados pelo Estado. Ou seja, uma vez alcançado determinado grau de 
concretização de um direito social, fica o legislador proibido de suprimir ou reduzir essa concretização sem que 
haja a criação de mecanismos equivalentes chamados de medias compensatórias.
– Princípio da reserva do possível: a implementação dos direitos e garantias fundamentais de segunda ge-
ração esbarram no óbice do financeiramente possível.
– Princípio do mínimo existencial: é um conjunto de bens e direitos vitais básicos indispensáveis a uma vida 
humana digna, intrinsecamente ligado ao fundamento da dignidade da pessoa humana previsto no Artigo 1º, III, 
CF. A efetivação do mínimo existencial não se sujeita à reserva do possível, pois tais direitos se encontram na 
estrutura dos serviços púbicos essenciais.
Os direitos sociais são divididos em:
Direitos relativos aos trabalhadores
Direitos relativos ao salário, às condições de trabalho, à liberdade de instituição sindical, o direito de greve, 
entre outros (CF, artigos 7º a 11).
Direitos relativos ao homem consumidor
Direito à saúde, à educação, à segurança social, ao desenvolvimento intelectual, o igual acesso das crianças 
e adultos à instrução, à cultura e garantia ao desenvolvimento da família, que estariam no título da ordem social.
Os direitos referentes à nacionalidade estão previstos dos Artigos 12 a 13 da CF. Vejamos:
CAPÍTULO III
DA NACIONALIDADE
Art. 12. São brasileiros:
I - natos:
a) os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde que estes não 
estejam a serviço de seu país;
b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que qualquer deles esteja a serviço 
da República Federativa do Brasil;
c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que sejam registrados em repar-
tição brasileira competente ou venham a residir na República Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo, 
depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira;
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II - naturalizados:
a) os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas aos originários de países de língua 
portuguesa apenas residência por um ano ininterrupto e idoneidade moral;
b) os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes na República Federativa do Brasil há mais de quin-
ze anos ininterruptos e sem condenação penal, desde que requeiram a nacionalidade brasileira.
§1º Aos portugueses com residência permanente no País, se houver reciprocidade em favor de brasileiros, 
serão atribuídos os direitos inerentes ao brasileiro, salvo os casos previstos nesta Constituição.
§2º A lei não poderá estabelecer distinção entre brasileiros natos e naturalizados, salvo nos casos previstos 
nesta Constituição.
§3º São privativos de brasileiro nato os cargos:
I - de Presidente e Vice-Presidente da República;
II - de Presidente da Câmara dos Deputados;
III - de Presidente do Senado Federal;
IV - de Ministro do Supremo Tribunal Federal;
V - da carreira diplomática;
VI - de oficial das Forças Armadas.
VII - de Ministro de Estado da Defesa.
§4º - Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que:
I - tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em virtude de fraude relacionada ao processo 
de naturalização ou de atentado contra a ordem constitucional e o Estado Democrático; (Redação dada pela 
Emenda Constitucional nº 131, de 2023)
II - fizer pedido expresso de perda da nacionalidade brasileira perante autoridade brasileira competente, 
ressalvadas situações que acarretem apatridia. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 131, de 2023)
a) revogada; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 131, de 2023)
b) revogada. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 131, de 2023)
§5º A renúncia da nacionalidade, nos termos do inciso II do §4º deste artigo, não impede o interessado de 
readquirir sua nacionalidade brasileira originária, nos termos da lei. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 
131, de 2023)
Art. 13. A língua portuguesa é o idioma oficial da República Federativa do Brasil.
§1º São símbolos da República Federativa do Brasil a bandeira, o hino, as armas e o selo nacionais.
§2º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão ter símbolos próprios.
A Nacionalidade é o vínculo jurídico-político de Direito Público interno, que faz da pessoa um dos elementos 
componentes da dimensão pessoal do Estado (o seu povo).
Considera-se povo o conjunto de nacionais, ou seja, os brasileiros natos e naturalizados.
Espécies de Nacionalidade
São duas as espécies de nacionalidade:
a) Nacionalidade primária, originária, de 1º grau, involuntária ou nata: é aquela resultante de um fato natural, 
o nascimento. Trata-se de aquisição involuntária de nacionalidade, decorrente do simples nascimento ligado a 
um critério estabelecido pelo Estado na sua Constituição Federal. Descrita no Artigo 12, I, CF/88.
b) Nacionalidade secundária, adquirida, por aquisição, de 2º grau, voluntária ou naturalização: é a que se 
adquire por ato volitivo, depois do nascimento, somado ao cumprimento dos requisitos constitucionais. Descrita 
no Artigo 12, II, CF/88.
O quadro abaixo auxilia na memorização das diferenças entre as duas:
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Nacionalidade
Primária Secundária
Nascimento + Requisitos 
constitucionais
Ato de vontade + Requisitos constitucionais
Brasileiro Nato Brasileiros Naturalizado
• Critérios para Adoção de Nacionalidade Primária
O Estado podeadotar dois critérios para a concessão da nacionalidade originária: o de origem sanguínea 
(ius sanguinis) e o de origem territorial (ius solis).
O critério ius sanguinis tem por base questões de hereditariedade, um vínculo sanguíneo com os ascenden-
tes.
O critério ius solis concede a nacionalidade originária aos nascidos no território de um determinado Estado, 
sendo irrelevante a nacionalidade dos genitores.
A CF/88 adotou o critério ius solis como regra geral, possibilitando em alguns casos, a atribuição de nacio-
nalidade primária pautada no ius sanguinis.
Portugueses Residentes no Brasil
O §1º do Artigo 12 da CF confere tratamento diferenciado aos portugueses residentes no Brasil. Não se trata 
de hipótese de naturalização, mas tão somente forma de atribuição de direitos.
Portugueses Equiparados
Igual os Direitos dos Brasileiros 
Naturalizados
Se houver 1) Residência permanente no Brasil;
2) Reciprocidade aos brasileiros em 
Portugal.
Distinção entre Brasileiros Natos e Naturalizados
A CF/88 em seu Artigo 12, §2º, prevê que a lei não poderá fazer distinção entre brasileiros natos e naturali-
zados, com exceção às seguintes hipóteses:
Cargos privativos de brasileiros natos → Artigo 12, §3º, CF;
Função no Conselho da República → Artigo 89, VII, CF;
Extradição → Artigo 5º, LI, CF; e
Direito de propriedade → Artigo 222, CF.
Perda da Nacionalidade
O Artigo 12, §4º da CF refere-se à perda da nacionalidade, que apenas poderá ocorrer nas duas hipóteses 
taxativamente elencadas na CF, sob pena de manifesta inconstitucionalidade.
Dupla Nacionalidade
O Artigo 12, §4º, II da CF traz duas hipóteses em que a opção por outra nacionalidade não ocasiona a perda 
da brasileira, passando o nacional a possuir dupla nacionalidade (polipátrida).
Polipátrida → aquele que possui mais de uma nacionalidade.
Heimatlos ou Apátrida → aquele que não possui nenhuma nacionalidade.
Idioma Oficial e Símbolos Nacionais
Por fim, o Artigo 13 da CF elenca o Idioma Oficial e os Símbolos Nacionais do Brasil.
Os Direitos Políticos têm previsão legal na CF/88, em seus Artigos 14 a 16. Seguem abaixo:
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CAPÍTULO IV
DOS DIREITOS POLÍTICOS
Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor 
igual para todos, e, nos termos da lei, mediante:
I - plebiscito;
II - referendo;
III - iniciativa popular.
§1º O alistamento eleitoral e o voto são:
I - obrigatórios para os maiores de dezoito anos;
II - facultativos para:
a) os analfabetos;
b) os maiores de setenta anos;
c) os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos.
§2º Não podem alistar-se como eleitores os estrangeiros e, durante o período do serviço militar obrigatório, 
os conscritos.
§3º São condições de elegibilidade, na forma da lei:
I - a nacionalidade brasileira;
II - o pleno exercício dos direitos políticos;
III - o alistamento eleitoral;
IV - o domicílio eleitoral na circunscrição;
V - a filiação partidária;
VI - a idade mínima de:
a) trinta e cinco anos para Presidente e Vice-Presidente da República e Senador;
b) trinta anos para Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal;
c) vinte e um anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-Prefeito e juiz de 
paz;
d) dezoito anos para Vereador.
§4º São inelegíveis os inalistáveis e os analfabetos.
§5º O Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal, os Prefeitos e quem 
os houver sucedido, ou substituído no curso dos mandatos poderão ser reeleitos para um único período 
subsequente.
§6º Para concorrerem a outros cargos, o Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito 
Federal e os Prefeitos devem renunciar aos respectivos mandatos até seis meses antes do pleito.
§7º São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes consanguíneos ou afins, 
até o segundo grau ou por adoção, do Presidente da República, de Governador de Estado ou Território, do 
Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos seis meses anteriores ao pleito, salvo 
se já titular de mandato eletivo e candidato à reeleição.
§8º O militar alistável é elegível, atendidas as seguintes condições:
I - se contar menos de dez anos de serviço, deverá afastar-se da atividade;
II - se contar mais de dez anos de serviço, será agregado pela autoridade superior e, se eleito, passará 
automaticamente, no ato da diplomação, para a inatividade.
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§9º Lei complementar estabelecerá outros casos de inelegibilidade e os prazos de sua cessação, a fim de 
proteger a probidade administrativa, a moralidade para exercício de mandato considerada vida pregressa do 
candidato, e a normalidade e legitimidade das eleições contra a influência do poder econômico ou o abuso do 
exercício de função, cargo ou emprego na administração direta ou indireta.
§10. O mandato eletivo poderá ser impugnado ante a Justiça Eleitoral no prazo de quinze dias contados da 
diplomação, instruída a ação com provas de abuso do poder econômico, corrupção ou fraude.
§11. A ação de impugnação de mandato tramitará em segredo de justiça, respondendo o autor, na forma da 
lei, se temerária ou de manifesta má-fé.
§12. Serão realizadas concomitantemente às eleições municipais as consultas populares sobre questões 
locais aprovadas pelas Câmaras Municipais e encaminhadas à Justiça Eleitoral até 90 (noventa) dias antes da 
data das eleições, observados os limites operacionais relativos ao número de quesitos. (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 111, de 2021)
§13. As manifestações favoráveis e contrárias às questões submetidas às consultas populares nos termos 
do §12 ocorrerão durante as campanhas eleitorais, sem a utilização de propaganda gratuita no rádio e na 
televisão. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 111, de 2021)
Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se dará nos casos de:
I - cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado;
II - incapacidade civil absoluta;
III - condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos;
IV - recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa, nos termos do art. 5º, VIII;
V - improbidade administrativa, nos termos do art. 37, §4º.
Art. 16. A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua publicação, não se aplicando à 
eleição que ocorra até um ano da data de sua vigência.
De acordo com José Afonso da Silva, os direitos políticos, relacionados à primeira geração dos direitos e 
garantias fundamentais, consistem no conjunto de normas que asseguram o direito subjetivo de participação no 
processo político e nos órgãos governamentais.
São instrumentos previstos na Constituição e em normas infraconstitucionais que permitem o exercício con-
creto da participação do povo nos negócios políticos do Estado.
Capacidade Eleitoral Ativa
Segundo o Artigo 14, §1º da CF, a capacidade eleitoral ativa é o direito de votar nas eleições, nos plebisci-
tos ou nos referendos, cuja aquisição se dá com o alistamento eleitoral, que atribui ao nacional a condição de 
cidadão (aptidão para o exercício de direitos políticos).
Alistamento Eleitoral e Voto
Obrigatório Facultativo Inalistável – Artigo 14, §2º
Maiores de 18 e me-
nores de 70 anos
Maiores de 16 e me-
nores de 18 anos
Maiores de 70 anos
Analfabetos
Estrangeiros (com exceção aos portugueses equipara-
dos, constantes no Artigo 12, §1º da CF)
Conscritos (aqueles convocados para o serviço militar 
obrigatório)
– Características do Voto
O voto no Brasil é direito (como regra), secreto, universal, com valor igual para todos, periódico, personalís-
simo, obrigatório e livre.
Capacidade Eleitoral Passiva
Também chamada de Elegibilidade, a capacidade eleitoral passiva dizrespeito ao direito de ser votado, ou 
seja, de eleger-se para cargos políticos. Tem previsão legal no Artigo 14, §3º da CF.
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O quadro abaixo facilita a memorização da diferença entre as duas espécies de capacidade eleitoral. Veja-
mos:
Capacidade Eleitoral Ativa Capacidade Eleitoral Passiva
Alistabilidade Elegibilidade
Direito de votar Direito de ser votado
Inelegibilidades
A inelegibilidade afasta a capacidade eleitoral passiva (direito de ser votado), constituindo-se impedimento à 
candidatura a mandatos eletivos nos Poderes Executivo e Legislativo.
– Inelegibilidade Absoluta
Com previsão legal no Artigo 14, §4º da CF, a inelegibilidade absoluta impede que o cidadão concorra a qual-
quer mandato eletivo e, em virtude de natureza excepcional, somente pode ser estabelecida na Constituição 
Federal.
Refere-se aos Inalistáveis e aos Analfabetos.
– Inelegibilidade Relativa
Consiste em restrições que recaem à candidatura a determinados cargos eletivos, em virtude de situações 
próprias em que se encontra o cidadão no momento do pleito eleitoral. São elas:
– Vedação ao terceiro mandato sucessivo para os Chefes do Poder Executivo (Artigo 14, §5º, CF);
– Desincompatibilização para concorrer a outros cargos, aplicada apenas aos Chefes do Poder Executivo 
(Artigo 14, §6º, CF);
– Inelegibilidade reflexa, ou seja, inelegibilidade relativa por motivos de casamento, parentesco ou afinidade, uma 
vez que não incide sobre o mandatário, mas sim perante terceiros (Artigo 14, §7º, CF).
Condição de Militar
O militar alistável é elegível, desde que atenda as exigências previstas no §8º do Artigo 14, da CF, a saber:
I – se contar menos de dez anos de serviço, deverá afastar-se da atividade;
II – se contar mais de dez anos de serviço, será agregado pela autoridade superior e, se eleito, passará au-
tomaticamente, no ato da diplomação, para a inatividade.
Observa-se que a norma restringe a elegibilidade aos militares alistáveis, logo, os conscritos, que são inalis-
táveis, são inelegíveis. O quadro abaixo serve como exemplo:
Militares – Exceto os Conscritos
Menos de 10 anos Registro da candidatura → Inatividade
Mais de 10 anos Registro da candidatura → Agregado
Na diplomação → Inatividade
Privação dos Direitos Políticos
De acordo com o Artigo 15 da CF, o cidadão pode ser privado dos seus direitos políticos por prazo indeter-
minado (perda), sendo que, neste caso, o restabelecimento dos direitos políticos dependerá do exercício de ato 
de vontade do indivíduo, de um novo alistamento eleitoral.
Da mesma forma, a privação dos direitos políticos pode se dar por prazo determinado (suspensão), em que o 
restabelecimento se dará automaticamente, ou seja, independentemente de manifestação do suspenso, desde 
que ultrapassado as razões da suspensão. Vejamos:
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Privação dos Direitos Políticos
Perda Suspensão
Privação por prazo indeterminado Privação por prazo determinado
Restabelecimento dos direitos 
políticos depende de um novo 
alistamento eleitoral
Restabelecimento dos direitos políticos se dá 
automaticamente
A previsão legal dos Partidos Políticos de dá no Artigo 17 da CF. Vejamos:
CAPÍTULO V
DOS PARTIDOS POLÍTICOS
Art. 17. É livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos, resguardados a soberania 
nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo, os direitos fundamentais da pessoa humana e observados 
os seguintes preceitos:
I - caráter nacional;
II - proibição de recebimento de recursos financeiros de entidade ou governo estrangeiros ou de subordina-
ção a estes;
III - prestação de contas à Justiça Eleitoral;
IV - funcionamento parlamentar de acordo com a lei.
§1º É assegurada aos partidos políticos autonomia para definir sua estrutura interna e estabelecer regras 
sobre escolha, formação e duração de seus órgãos permanentes e provisórios e sobre sua organização e 
funcionamento e para adotar os critérios de escolha e o regime de suas coligações nas eleições majoritárias, 
vedada a sua celebração nas eleições proporcionais, sem obrigatoriedade de vinculação entre as candidaturas 
em âmbito nacional, estadual, distrital ou municipal, devendo seus estatutos estabelecer normas de disciplina 
e fidelidade partidária. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 97, de 2017)
§2º Os partidos políticos, após adquirirem personalidade jurídica, na forma da lei civil, registrarão seus 
estatutos no Tribunal Superior Eleitoral.
§3º Somente terão direito a recursos do fundo partidário e acesso gratuito ao rádio e à televisão, na forma 
da lei, os partidos políticos que alternativamente: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 97, de 2017)
I - obtiverem, nas eleições para a Câmara dos Deputados, no mínimo, 3% (três por cento) dos votos válidos, 
distribuídos em pelo menos um terço das unidades da Federação, com um mínimo de 2% (dois por cento) dos 
votos válidos em cada uma delas; ou (Incluído pela Emenda Constitucional nº 97, de 2017)
II - tiverem elegido pelo menos quinze Deputados Federais distribuídos em pelo menos um terço das unida-
des da Federação. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 97, de 2017)
§4º É vedada a utilização pelos partidos políticos de organização paramilitar.
§5º Ao eleito por partido que não preencher os requisitos previstos no §3º deste artigo é assegurado o 
mandato e facultada a filiação, sem perda do mandato, a outro partido que os tenha atingido, não sendo essa 
filiação considerada para fins de distribuição dos recursos do fundo partidário e de acesso gratuito ao tempo de 
rádio e de televisão. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 97, de 2017)
§6º Os Deputados Federais, os Deputados Estaduais, os Deputados Distritais e os Vereadores que se 
desligarem do partido pelo qual tenham sido eleitos perderão o mandato, salvo nos casos de anuência do 
partido ou de outras hipóteses de justa causa estabelecidas em lei, não computada, em qualquer caso, a 
migração de partido para fins de distribuição de recursos do fundo partidário ou de outros fundos públicos e de 
acesso gratuito ao rádio e à televisão. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 111, de 2021)
§7º Os partidos políticos devem aplicar no mínimo 5% (cinco por cento) dos recursos do fundo partidário 
na criação e na manutenção de programas de promoção e difusão da participação política das mulheres, de 
acordo com os interesses intrapartidários. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 117, de 2022)
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§8º O montante do Fundo Especial de Financiamento de Campanha e da parcela do fundo partidário destinada 
a campanhas eleitorais, bem como o tempo de propaganda gratuita no rádio e na televisão a ser distribuído 
pelos partidos às respectivas candidatas, deverão ser de no mínimo 30% (trinta por cento), proporcional ao 
número de candidatas, e a distribuição deverá ser realizada conforme critérios definidos pelos respectivos 
órgãos de direção e pelas normas estatutárias, considerados a autonomia e o interesse partidário. (Incluído 
pela Emenda Constitucional nº 117, de 2022)
De acordo com os ensinamentos de José Afonso da Silva, o partido político é uma forma de agremiação de 
um grupo social que se propõe a organizar, coordenar e instrumentar a vontade popular com o fim de assumir 
o poder para realizar seu programa de governo.
Os partidos são a base do sistema político brasileiro, pois a filiação a partido político é uma das condições 
de elegibilidade.
Trata-se de um privilégio aos ideais políticos, que devem estar acima das características pessoais do can-
didato.
Segundo Dirley da Cunha Júnior, entende-se por partido político uma pessoa jurídica de Direito Privado que 
consiste na união ou agremiação voluntária de cidadãos com afinidades ideológicas e políticas, organizadasegundo princípios de disciplina e fidelidade.
Tal conceito vai ao encontro das disposições acerca dos partidos políticos trazidas pelo Artigo 1º da Lei nº 
9296/1995, para quem o partido político, pessoa jurídica de Direito Privado, destina-se a assegurar, no inte-
resse do regime democrático, a autenticidade do sistema representativo e a defender os direitos fundamentais 
definidos na Constituição Federal.
A Constituição confere ampla liberdade aos partidos políticos, uma vez que são instituições indispensáveis 
para concretização do Estado democrático de direito, muito embora restrinja a utilização de organização para-
militar.
Remédios e Garantias Constitucionais
As ações constitucionais dispostas no Artigo 5º da CF também são conhecidas como remédios constitucio-
nais, porque servem para “curar a doença” do descumprimento de direitos fundamentais.
Em outras palavras, são instrumentos colocados à disposição dos indivíduos para garantir o cumprimento 
dos direitos fundamentais.
– Habeas Corpus
O habeas corpus é a ação constitucional que tutela o direito fundamental à liberdade ambulatorial, ou seja, 
o direito de ir, vir e estar/permanecer em algum lugar.
De acordo com o texto constitucional, o habeas corpus pode ser:
– Preventivo: “sempre que alguém se achar ameaçado de sofrer”;
– Repressivo: “sempre que alguém sofrer”.
Ambos em relação a violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder.
– Habeas Data
O habeas data é a ação constitucional impetrada por pessoa física ou jurídica, que tenha por objetivo as-
segurar o conhecimento de informações sobre si, constantes de registros ou banco de dados de entidades 
governamentais ou de caráter público, ou para retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo 
sigiloso, judicial ou administrativo.
Esse remédio constitucional está regulamentado pela Lei 9.507/97, que disciplina o direito de acesso a infor-
mações e o rito processual do habeas data.
– Mandado de Segurança
O mandado de segurança individual é a ação constitucional impetrada por pessoa física ou jurídica, ou ente 
despersonalizado, que busca a tutela de direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas 
data, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa 
jurídica no exercício de atribuições do Poder Público.
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Observa-se, portanto, que o mandado de segurança tem cabimento subsidiário. É disciplinado pela Lei 
12.016/09.
– Mandado de Segurança Coletivo
O mandado de segurança coletivo é a ação constitucional impetrada por partido político com representação 
no Congresso Nacional, organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em 
funcionamento há pelo menos um ano (em defesa dos interesses de seus membros ou associados), que busca 
a tutela de direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, quando o responsável pela 
ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições 
do Poder Público.
– Mandado de Injunção
O mandado de injunção é a ação constitucional impetrada por pessoa física ou jurídica, ou ente desper-
sonalizado, que objetive sanar a falta de norma regulamentadora que torne inviável o exercício dos direitos e 
liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania.
Basicamente, pode-se dizer que o mandado de injunção é ajuizado em face das normas de eficácia limitada, 
que são aquelas que possuem aplicabilidade indireta, mediata e reduzida (não direta, não imediata e não inte-
gral), pois exigem norma infraconstitucional, que, até hoje, não existe.
É regulado pela Lei 13.300/2016.
– Ação Popular
A ação popular é o remédio constitucional ajuizado por qualquer cidadão, que tenha por objetivo anular ato 
lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio 
ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judi-
ciais e do ônus da sucumbência.
A ação popular será regulamentada infraconstitucionalmente pela Lei 4.717/65.
Direitos Constitucionais-Penais e Garantias Constitucionais do Processo
– Direitos Constitucionais Penais
A Constituição Federal de 1988, no capítulo referente aos direitos e deveres individuai e coletivos, definiu 
vários princípios constitucionais penais, garantidores de garantias aos cidadãos quando o Estado é obrigado a 
colocar em prática o jus puniendi, para que não existam arbitrariedades e nem regimes de exceção1. São eles:
Dignidade da pessoa humana, Igualdade ou isonomia, Legalidade e anterioridade, Irretroatividade da lei 
penal, Personalidade da pena, Individualização da pena, Humanidade, Intervenção mínima, Alteridade, Culpa-
bilidade, Proporcionalidade, Ofensividade ou lesividade, Insignificância e Adequação social.
Tais princípios são norteadores da atuação Estatal no campo penal, para a garantia de um processo impar-
cial e justo, afastando qualquer punição exacerbada e desmedida quando da aplicação da pena e garantidor do 
devido processo legal, amparado no contraditório e na ampla defesa. Fundamentos de um Estado Democrático 
de Direito.
Assim, a observância dos princípios constitucionais penais é de suma importância para a garantia dos direi-
tos fundamentais e para a aplicação da lei penal, sendo, pois, repetido no Código Penal e nas demais leis, como 
forma de concretização da Justiça.
– Garantias Constitucionais do Processo
No art. 5º da Constituição da República, entre os direitos fundamentais, estão estabelecidos os princípios 
constitucionais básicos do processo justo, quais sejam: a garantia de pleno acesso à justiça, a garantia do juiz 
natural (não haverá juízo ou Tribunal de exceção), ninguém será processado nem sentenciado senão pela 
autoridade competente, a garantia do devido processo legal, do contraditório e da ampla defesa, a vedação 
das provas ilícitas, a garantia de publicidade dos atos processuais (exigência de fundamentação de todas as 
1 http://iccs.com.br/dos-principios-constitucionais-penais-rodrigo-otavio-dos-reis-chediak/
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decisões judiciais), o dever de assistência jurídica integral e gratuita a todos que comprovarem insuficiência de 
recursos, a garantia de duração razoável do processo e da adoção de meios para assegurar a celeridade de 
sua tramitação2.
Possível, ainda, apontar-se outros princípios constitucionais do processo justo, como o direito à representa-
ção técnica e à paridade de armas.
O modelo mínimo de processo, no Estado Democrático de Direito, portanto, somente pode ser buscado na 
Constituição. A fiel observância do direito ao processo justo é condição indispensável para produzir decisões 
justas, ou seja, trata-se de elemento necessário, embora não único e suficiente, para se assegurar justiça ao 
caso concreto.
O direito ao processo justo, portanto, constitui direito à organização de um processo justo, tarefa do legisla-
dor infraconstitucional, do administrador da justiça e do órgão jurisdicional. Assim, a consecução do direito ao 
processo justo depende de sua própria viabilização pelo Estado Democrático de Direito, mediante a edição de 
normas, a administração da estrutura judicante e pela própria atuação jurisdicional.
II – A ORGANIZAÇÃO DO ESTADO: Administração pública (artigos de 37 a 41, da Cons-
tituição Federal de 1988)
Disposições gerais e servidores públicos
A expressão Administração Pública em sentido objetivo traduz a ideia de atividade, tarefa, ação ou função 
de atendimento ao interesse coletivo. Já em sentido subjetivo, indica o universo dos órgãos e pessoas que 
desempenham função pública.
Conjugando os dois sentidos, pode-se conceituar a Administração Pública comosendo o conjunto de pes-
soas e órgãos que desempenham uma função de atendimento ao interesse público, ou seja, que estão a ser-
viço da coletividade.
Princípios da Administração Pública
Nos termos do caput do Artigo 37 da CF, a administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes 
da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impesso-
alidade, moralidade, publicidade e eficiência.
As provas de Direito Constitucional exigem com frequência a memorização de tais princípios. Assim, para 
facilitar essa memorização, já é de praxe valer-se da clássica expressão mnemônica “LIMPE”. Observe o qua-
dro abaixo:
Princípios da Administração Pública
L Legalidade
I Impessoalidade
M Moralidade
P Publicidade
E Eficiência
LIMPE
Passemos ao conceito de cada um deles:
– Princípio da Legalidade
De acordo com este princípio, o administrador não pode agir ou deixar de agir, senão de acordo com a lei, 
na forma determinada. O quadro abaixo demonstra suas divisões.
2 COSTA, Miguel do Nascimento. Das garantias constitucionais e o devido processo no Estado liberal aos 
direitos fundamentais e o processo justo no Estado Democrático de Direito. Revista da AJURIS – Porto Alegre, 
v. 42, n. 139, dezembro, 2015.
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Princípio da Legalidade
Em relação à 
Administração Pública
A Administração Pública somente pode fazer o que a lei permite → 
Princípio da Estrita Legalidade
Em relação ao 
Particular
O Particular pode fazer tudo que a lei não proíbe
– Princípio da Impessoalidade
Em decorrência deste princípio, a Administração Pública deve servir a todos, sem preferências ou aversões 
pessoais ou partidárias, não podendo atuar com vistas a beneficiar ou prejudicar determinadas pessoas, uma 
vez que o fundamento para o exercício de sua função é sempre o interesse público.
– Princípio da Moralidade
Tal princípio caracteriza-se por exigir do administrador público um comportamento ético de conduta, ligando-
-se aos conceitos de probidade, honestidade, lealdade, decoro e boa-fé.
A moralidade se extrai do senso geral da coletividade representada e não se confunde com a moralidade 
íntima do administrador (moral comum) e sim com a profissional (ética profissional).
O Artigo 37, §4º da CF elenca as consequências possíveis, devido a atos de improbidade administrativa:
Sanções ao cometimento de atos de improbidade administrativa
Suspensão dos direitos políticos (responsabilidade política)
Perda da função pública (responsabilidade disciplinar)
Indisponibilidade dos bens (responsabilidade patrimonial)
Ressarcimento ao erário (responsabilidade patrimonial)
– Princípio da Publicidade
O princípio da publicidade determina que a Administração Pública tem a obrigação de dar ampla divulgação 
dos atos que pratica, salvo a hipótese de sigilo necessário.
A publicidade é a condição de eficácia do ato administrativo e tem por finalidade propiciar seu conhecimento 
pelo cidadão e possibilitar o controle por todos os interessados.
– Princípio da Eficiência
Segundo o princípio da eficiência, a atividade administrativa deve ser exercida com presteza, perfeição e 
rendimento funcional, evitando atuações amadorísticas.
Este princípio impõe à Administração Pública o dever de agir com eficiência real e concreta, aplicando, em 
cada caso concreto, a medida, dentre as previstas e autorizadas em lei, que mais satisfaça o interesse público 
com o menor ônus possível (dever jurídico de boa administração).
Em decorrência disso, a administração pública está obrigada a desenvolver mecanismos capazes de propi-
ciar os melhores resultados possíveis para os administrados. Portanto, a Administração Pública será conside-
rada eficiente sempre que o melhor resultado for atingido.
Disposições Gerais na Administração Pública
O esquema abaixo sintetiza a definição de Administração Pública:
Administração Pública
Direta Indireta
Federal
Estadual
Distrital
Municipal
Autarquias (podem ser qualificadas como agências reguladoras)
Fundações (autarquias e fundações podem ser qualificadas 
como agências executivas)
Sociedades de economia mista
Empresas públicas
Entes Cooperados
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Não integram a Administração Pública, mas prestam serviços de interesse público. Exemplos: 
SESI, SENAC, SENAI, ONG’s
As disposições gerais sobre a Administração Pública estão elencadas nos Artigos 37 e 38 da CF. Vejamos:
CAPÍTULO VII
DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
SEÇÃO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e 
eficiência e, também, ao seguinte:
I - os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preencham os requisitos es-
tabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei;
II - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de provas 
ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista 
em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração;
III - o prazo de validade do concurso público será de até dois anos, prorrogável uma vez, por igual período;
IV - durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação, aquele aprovado em concurso público 
de provas ou de provas e títulos será convocado com prioridade sobre novos concursados para assumir cargo 
ou emprego, na carreira;
V - as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo, e os car-
gos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e percentuais mínimos 
previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento;
VI - é garantido ao servidor público civil o direito à livre associação sindical;
VII - o direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei específica;
VIII - a lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para as pessoas portadoras de deficiência 
e definirá os critérios de sua admissão;
IX - a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado para atender a necessidade tempo-
rária de excepcional interesse público;
X - a remuneração dos servidores públicos e o subsídio de que trata o §4º do art. 39 somente poderão ser 
fixados ou alterados por lei específica, observada a iniciativa privativa em cada caso, assegurada revisão geral 
anual, sempre na mesma data e sem distinção de índices;
XI - a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e empregos públicos da administração 
direta, autárquica e fundacional, dos membros de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Municípios, dos detentores de mandato eletivo e dos demais agentes políticos e os proventos, 
pensões ou outra espécie remuneratória, percebidos cumulativamente ou não, incluídas as vantagens pessoais 
ou de qualquer outra natureza, não poderão exceder o subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo 
Tribunal Federal, aplicando-se como limite, nos Municípios, o subsídio do Prefeito, e nos Estados e no Distrito 
Federal, o subsídio mensal do Governador no âmbito do Poder Executivo, o subsídio dos Deputados Estaduais 
e Distritais no âmbito do Poder Legislativo e o subsidio dos Desembargadores do Tribunal de Justiça, limitado 
a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Su-
premo Tribunal Federal, no âmbito do Poder Judiciário, aplicável este limite aos membros do Ministério Público, 
aos Procuradores e aos Defensores Públicos;
XII - os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário não poderão ser superiores aospagos pelo Poder Executivo;
XIII - é vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies remuneratórias para o efeito de remune-
ração de pessoal do serviço público;
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XIV - os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público não serão computados nem acumulados 
para fins de concessão de acréscimos ulteriores;
XV - o subsídio e os vencimentos dos ocupantes de cargos e empregos públicos são irredutíveis, ressalvado 
o disposto nos incisos XI e XIV deste artigo e nos arts. 39, §4º, 150, II, 153, III, e 153, §2º, I;
XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver compatibilidade de 
horários, observado em qualquer caso o disposto no inciso XI:
a) a de dois cargos de professor;
b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico;
c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas;
XVII - a proibição de acumular estende-se a empregos e funções e abrange autarquias, fundações, empre-
sas públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias, e sociedades controladas, direta ou indireta-
mente, pelo poder público;
XVIII - a administração fazendária e seus servidores fiscais terão, dentro de suas áreas de competência e 
jurisdição, precedência sobre os demais setores administrativos, na forma da lei;
XIX – somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa pública, 
de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as 
áreas de sua atuação;
XX - depende de autorização legislativa, em cada caso, a criação de subsidiárias das entidades menciona-
das no inciso anterior, assim como a participação de qualquer delas em empresa privada;
XXI - ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, compras e alienações serão con-
tratados mediante processo de licitação pública que assegure igualdade de condições a todos os concorrentes, 
com cláusulas que estabeleçam obrigações de pagamento, mantidas as condições efetivas da proposta, nos 
termos da lei, o qual somente permitirá as exigências de qualificação técnica e econômica indispensáveis à 
garantia do cumprimento das obrigações.
XXII - as administrações tributárias da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, atividades 
essenciais ao funcionamento do Estado, exercidas por servidores de carreiras específicas, terão recursos prio-
ritários para a realização de suas atividades e atuarão de forma integrada, inclusive com o compartilhamento 
de cadastros e de informações fiscais, na forma da lei ou convênio.
§1º A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá ter caráter 
educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos ou imagens que 
caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos.
§2º A não observância do disposto nos incisos II e III implicará a nulidade do ato e a punição da autoridade 
responsável, nos termos da lei.
§3º A lei disciplinará as formas de participação do usuário na administração pública direta e indireta, regulando 
especialmente:
I - as reclamações relativas à prestação dos serviços públicos em geral, asseguradas a manutenção de ser-
viços de atendimento ao usuário e a avaliação periódica, externa e interna, da qualidade dos serviços;
II - o acesso dos usuários a registros administrativos e a informações sobre atos de governo, observado o 
disposto no art. 5º, X e XXXIII;
III - a disciplina da representação contra o exercício negligente ou abusivo de cargo, emprego ou função na 
administração pública.
§4º - Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos direitos políticos, a perda da função 
pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas em lei, sem 
prejuízo da ação penal cabível.
§5º A lei estabelecerá os prazos de prescrição para ilícitos praticados por qualquer agente, servidor ou não, 
que causem prejuízos ao erário, ressalvadas as respectivas ações de ressarcimento.
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§6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão 
pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra 
o responsável nos casos de dolo ou culpa.
§7º A lei disporá sobre os requisitos e as restrições ao ocupante de cargo ou emprego da administração 
direta e indireta que possibilite o acesso a informações privilegiadas.
§8º A autonomia gerencial, orçamentária e financeira dos órgãos e entidades da administração direta e 
indireta poderá ser ampliada mediante contrato, a ser firmado entre seus administradores e o poder público, 
que tenha por objeto a fixação de metas de desempenho para o órgão ou entidade, cabendo à lei dispor sobre:
I - o prazo de duração do contrato;
II - os controles e critérios de avaliação de desempenho, direitos, obrigações e responsabilidade dos dirigen-
tes;
III - a remuneração do pessoal.”
§9º O disposto no inciso XI aplica-se às empresas públicas e às sociedades de economia mista, e suas 
subsidiárias, que receberem recursos da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios para 
pagamento de despesas de pessoal ou de custeio em geral.
§10. É vedada a percepção simultânea de proventos de aposentadoria decorrentes do art. 40 ou dos arts. 
42 e 142 com a remuneração de cargo, emprego ou função pública, ressalvados os cargos acumuláveis na 
forma desta Constituição, os cargos eletivos e os cargos em comissão declarados em lei de livre nomeação e 
exoneração.
§11. Não serão computadas, para efeito dos limites remuneratórios de que trata o inciso XI do caput deste 
artigo, as parcelas de caráter indenizatório previstas em lei.
§12. Para os fins do disposto no inciso XI do caput deste artigo, fica facultado aos Estados e ao Distrito 
Federal fixar, em seu âmbito, mediante emenda às respectivas Constituições e Lei Orgânica, como limite único, 
o subsídio mensal dos Desembargadores do respectivo Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte 
e cinco centésimos por cento do subsídio mensal dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, não se aplicando 
o disposto neste parágrafo aos subsídios dos Deputados Estaduais e Distritais e dos Vereadores.
§13. O servidor público titular de cargo efetivo poderá ser readaptado para exercício de cargo cujas atribuições 
e responsabilidades sejam compatíveis com a limitação que tenha sofrido em sua capacidade física ou mental, 
enquanto permanecer nesta condição, desde que possua a habilitação e o nível de escolaridade exigidos para 
o cargo de destino, mantida a remuneração do cargo de origem. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, 
de 2019)
§14. A aposentadoria concedida com a utilização de tempo de contribuição decorrente de cargo, emprego ou 
função pública, inclusive do Regime Geral de Previdência Social, acarretará o rompimento do vínculo que gerou 
o referido tempo de contribuição. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
§15. É vedada a complementação de aposentadorias de servidores públicos e de pensões por morte a seus 
dependentes que não seja decorrente do disposto nos §§14 a 16 do art. 40 ou que não seja prevista em lei que 
extinga regime próprio de previdência social. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
§16. Os órgãos e entidades da administração pública, individual ou conjuntamente, devem realizar avaliação 
das políticas públicas, inclusive com divulgação do objeto a ser avaliado e dos resultados alcançados, na forma 
da lei. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 109, de 2021)
Art. 38. Ao servidor público da administração direta, autárquica e fundacional, no exercício de mandato ele-
tivo, aplicam-seas seguintes disposições:
I - tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou distrital, ficará afastado de seu cargo, emprego ou 
função;
II - investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, emprego ou função, sendo-lhe facultado optar 
pela sua remuneração;
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III - investido no mandato de Vereador, havendo compatibilidade de horários, perceberá as vantagens de seu 
cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo, e, não havendo compatibilidade, 
será aplicada a norma do inciso anterior;
IV - em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício de mandato eletivo, seu tempo de serviço 
será contado para todos os efeitos legais, exceto para promoção por merecimento;
V - na hipótese de ser segurado de regime próprio de previdência social, permanecerá filiado a esse regime, 
no ente federativo de origem. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
Servidores Públicos
Os servidores públicos são pessoas físicas que prestam serviços à administração pública direta, às autar-
quias ou fundações públicas, gerando entre as partes um vínculo empregatício ou estatutário. Esses serviços 
são prestados à União, aos Estados-membros, ao Distrito Federal ou aos Municípios.
As disposições sobre os Servidores Públicos estão elencadas dos Artigos 39 a 41 da CF. Vejamos:
SEÇÃO II
DOS SERVIDORES PÚBLICOS
Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão, no âmbito de sua competência, 
regime jurídico único e planos de carreira para os servidores da administração pública direta, das autarquias e 
das fundações públicas.
Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão conselho de política de administra-
ção e remuneração de pessoal, integrado por servidores designados pelos respectivos Poderes.
§1º A fixação dos padrões de vencimento e dos demais componentes do sistema remuneratório observará:
I - a natureza, o grau de responsabilidade e a complexidade dos cargos componentes de cada carreira;
II - os requisitos para a investidura;
III - as peculiaridades dos cargos.
§2º A União, os Estados e o Distrito Federal manterão escolas de governo para a formação e o aperfeiçoamento 
dos servidores públicos, constituindo-se a participação nos cursos um dos requisitos para a promoção na 
carreira, facultada, para isso, a celebração de convênios ou contratos entre os entes federados.
§3º Aplica-se aos servidores ocupantes de cargo público o disposto no art. 7º, IV, VII, VIII, IX, XII, XIII, XV, 
XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, XXII e XXX, podendo a lei estabelecer requisitos diferenciados de admissão quando 
a natureza do cargo o exigir.
§4º O membro de Poder, o detentor de mandato eletivo, os Ministros de Estado e os Secretários Estaduais 
e Municipais serão remunerados exclusivamente por subsídio fixado em parcela única, vedado o acréscimo 
de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de representação ou outra espécie remuneratória, 
obedecido, em qualquer caso, o disposto no art. 37, X e XI.
§5º Lei da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios poderá estabelecer a relação entre a 
maior e a menor remuneração dos servidores públicos, obedecido, em qualquer caso, o disposto no art. 37, XI.
§6º Os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário publicarão anualmente os valores do subsídio e da 
remuneração dos cargos e empregos públicos.
§7º Lei da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios disciplinará a aplicação de recursos 
orçamentários provenientes da economia com despesas correntes em cada órgão, autarquia e fundação, para 
aplicação no desenvolvimento de programas de qualidade e produtividade, treinamento e desenvolvimento, 
modernização, reaparelhamento e racionalização do serviço público, inclusive sob a forma de adicional ou 
prêmio de produtividade.
§8º A remuneração dos servidores públicos organizados em carreira poderá ser fixada nos termos do §4º.
§9º É vedada a incorporação de vantagens de caráter temporário ou vinculadas ao exercício de função de 
confiança ou de cargo em comissão à remuneração do cargo efetivo. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 
103, de 2019)
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Art. 40. O regime próprio de previdência social dos servidores titulares de cargos efetivos terá caráter con-
tributivo e solidário, mediante contribuição do respectivo ente federativo, de servidores ativos, de aposentados 
e de pensionistas, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial. (Redação dada pela 
Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
§1º O servidor abrangido por regime próprio de previdência social será aposentado: (Redação dada pela 
Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
I - por incapacidade permanente para o trabalho, no cargo em que estiver investido, quando insuscetível 
de readaptação, hipótese em que será obrigatória a realização de avaliações periódicas para verificação da 
continuidade das condições que ensejaram a concessão da aposentadoria, na forma de lei do respectivo ente 
federativo; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
II - compulsoriamente, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição, aos 70 (setenta) anos de 
idade, ou aos 75 (setenta e cinco) anos de idade, na forma de lei complementar;
III - no âmbito da União, aos 62 (sessenta e dois) anos de idade, se mulher, e aos 65 (sessenta e cinco) anos 
de idade, se homem, e, no âmbito dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, na idade mínima estabe-
lecida mediante emenda às respectivas Constituições e Leis Orgânicas, observados o tempo de contribuição 
e os demais requisitos estabelecidos em lei complementar do respectivo ente federativo. (Redação dada pela 
Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
§2º Os proventos de aposentadoria não poderão ser inferiores ao valor mínimo a que se refere o §2º do 
art. 201 ou superiores ao limite máximo estabelecido para o Regime Geral de Previdência Social, observado o 
disposto nos §§14 a 16. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
§3º As regras para cálculo de proventos de aposentadoria serão disciplinadas em lei do respectivo ente 
federativo. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
§4º É vedada a adoção de requisitos ou critérios diferenciados para concessão de benefícios em regime 
próprio de previdência social, ressalvado o disposto nos §§4º-A, 4º-B, 4º-C e 5º. (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 103, de 2019)
§4º-A. Poderão ser estabelecidos por lei complementar do respectivo ente federativo idade e tempo de 
contribuição diferenciados para aposentadoria de servidores com deficiência, previamente submetidos a 
avaliação biopsicossocial realizada por equipe multiprofissional e interdisciplinar. (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 103, de 2019)
§4º-B. Poderão ser estabelecidos por lei complementar do respectivo ente federativo idade e tempo de 
contribuição diferenciados para aposentadoria de ocupantes do cargo de agente penitenciário, de agente 
socioeducativo ou de policial dos órgãos de que tratam o inciso IV do caput do art. 51, o inciso XIII do caput do 
art. 52 e os incisos I a IV do caput do art. 144. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
§4º-C. Poderão ser estabelecidos por lei complementar do respectivo ente federativo idade e tempo de 
contribuição diferenciados para aposentadoria de servidores cujas atividades sejam exercidas com efetiva 
exposição a agentes químicos, físicos e biológicos prejudiciais à saúde, ou associação desses agentes, vedada 
a caracterização por categoria profissional ou ocupação. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
§5º Os ocupantes do cargo de professor terão idade mínima reduzida em 5 (cinco) anos em relação às idades 
decorrentes da aplicação do disposto no inciso III do §1º, desdeque comprovem tempo de efetivo exercício das 
funções de magistério na educação infantil e no ensino fundamental e médio fixado em lei complementar do 
respectivo ente federativo. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
§6º Ressalvadas as aposentadorias decorrentes dos cargos acumuláveis na forma desta Constituição, é 
vedada a percepção de mais de uma aposentadoria à conta de regime próprio de previdência social, aplicando-
se outras vedações, regras e condições para a acumulação de benefícios previdenciários estabelecidas no 
Regime Geral de Previdência Social. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
§7º Observado o disposto no §2º do art. 201, quando se tratar da única fonte de renda formal auferida pelo 
dependente, o benefício de pensão por morte será concedido nos termos de lei do respectivo ente federativo, 
a qual tratará de forma diferenciada a hipótese de morte dos servidores de que trata o §4º-B decorrente de 
agressão sofrida no exercício ou em razão da função. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 
2019)
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§8º É assegurado o reajustamento dos benefícios para preservar-lhes, em caráter permanente, o valor real, 
conforme critérios estabelecidos em lei.
§9º O tempo de contribuição federal, estadual, distrital ou municipal será contado para fins de aposentadoria, 
observado o disposto nos §§9º e 9º-A do art. 201, e o tempo de serviço correspondente será contado para fins 
de disponibilidade. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
§10 - A lei não poderá estabelecer qualquer forma de contagem de tempo de contribuição fictício.
§11 - Aplica-se o limite fixado no art. 37, XI, à soma total dos proventos de inatividade, inclusive quando 
decorrentes da acumulação de cargos ou empregos públicos, bem como de outras atividades sujeitas a 
contribuição para o regime geral de previdência social, e ao montante resultante da adição de proventos de 
inatividade com remuneração de cargo acumulável na forma desta Constituição, cargo em comissão declarado 
em lei de livre nomeação e exoneração, e de cargo eletivo.
§12. Além do disposto neste artigo, serão observados, em regime próprio de previdência social, no que 
couber, os requisitos e critérios fixados para o Regime Geral de Previdência Social. (Redação dada pela 
Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
§13. Aplica-se ao agente público ocupante, exclusivamente, de cargo em comissão declarado em lei de 
livre nomeação e exoneração, de outro cargo temporário, inclusive mandato eletivo, ou de emprego público, o 
Regime Geral de Previdência Social. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
§14. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão, por lei de iniciativa do respectivo Poder 
Executivo, regime de previdência complementar para servidores públicos ocupantes de cargo efetivo, observado 
o limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social para o valor das aposentadorias e das 
pensões em regime próprio de previdência social, ressalvado o disposto no §16. (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 103, de 2019)
§15. O regime de previdência complementar de que trata o §14 oferecerá plano de benefícios somente na 
modalidade contribuição definida, observará o disposto no art. 202 e será efetivado por intermédio de entidade 
fechada de previdência complementar ou de entidade aberta de previdência complementar. (Redação dada 
pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
§16 - Somente mediante sua prévia e expressa opção, o disposto nos §§14 e 15 poderá ser aplicado ao 
servidor que tiver ingressado no serviço público até a data da publicação do ato de instituição do correspondente 
regime de previdência complementar.
§17. Todos os valores de remuneração considerados para o cálculo do benefício previsto no §3° serão 
devidamente atualizados, na forma da lei.
§18. Incidirá contribuição sobre os proventos de aposentadorias e pensões concedidas pelo regime de que 
trata este artigo que superem o limite máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de previdência 
social de que trata o art. 201, com percentual igual ao estabelecido para os servidores titulares de cargos 
efetivos.
§19. Observados critérios a serem estabelecidos em lei do respectivo ente federativo, o servidor titular 
de cargo efetivo que tenha completado as exigências para a aposentadoria voluntária e que opte por 
permanecer em atividade poderá fazer jus a um abono de permanência equivalente, no máximo, ao valor da 
sua contribuição previdenciária, até completar a idade para aposentadoria compulsória. (Redação dada pela 
Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
§20. É vedada a existência de mais de um regime próprio de previdência social e de mais de um órgão ou 
entidade gestora desse regime em cada ente federativo, abrangidos todos os poderes, órgãos e entidades 
autárquicas e fundacionais, que serão responsáveis pelo seu financiamento, observados os critérios, os 
parâmetros e a natureza jurídica definidos na lei complementar de que trata o §22. (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 103, de 2019)
§21. (Revogado). (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
§22. Vedada a instituição de novos regimes próprios de previdência social, lei complementar federal 
estabelecerá, para os que já existam, normas gerais de organização, de funcionamento e de responsabilidade 
em sua gestão, dispondo, entre outros aspectos, sobre: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
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I - requisitos para sua extinção e consequente migração para o Regime Geral de Previdência Social; (Incluí-
do pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
II - modelo de arrecadação, de aplicação e de utilização dos recursos; (Incluído pela Emenda Constitucional 
nº 103, de 2019)
III - fiscalização pela União e controle externo e social; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
IV - definição de equilíbrio financeiro e atuarial; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
V - condições para instituição do fundo com finalidade previdenciária de que trata o art. 249 e para vincula-
ção a ele dos recursos provenientes de contribuições e dos bens, direitos e ativos de qualquer natureza; (Incluí-
do pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
VI - mecanismos de equacionamento do déficit atuarial; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de 
2019)
VII - estruturação do órgão ou entidade gestora do regime, observados os princípios relacionados com go-
vernança, controle interno e transparência; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
VIII - condições e hipóteses para responsabilização daqueles que desempenhem atribuições relacionadas, 
direta ou indiretamente, com a gestão do regime; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
IX - condições para adesão a consórcio público; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
X - parâmetros para apuração da base de cálculo e definição de alíquota de contribuições ordinárias e ex-
traordinárias. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo de provimento 
efetivo em virtude de concurso público.
§1º O servidor público estável só perderá o cargo:
I - em virtude de sentença judicial transitada em julgado;
II - mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa;
III - mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei complementar, assegu-
rada ampla defesa.
§2º Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável, será ele reintegrado, e o eventual 
ocupante da vaga, se estável, reconduzido ao cargo de origem, sem direito a indenização, aproveitado em outro 
cargo ou posto em disponibilidade comremuneração proporcional ao tempo de serviço.
§3º Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o servidor estável ficará em disponibilidade, com 
remuneração proporcional ao tempo de serviço, até seu adequado aproveitamento em outro cargo.
§4º Como condição para a aquisição da estabilidade, é obrigatória a avaliação especial de desempenho por 
comissão instituída para essa finalidade.
– Estabilidade
A estabilidade é a garantia que o servidor público possui de permanecer no cargo ou emprego público depois 
de ter sido aprovado em estágio probatório.
De acordo com Celso Antônio Bandeira de Mello, a estabilidade poder ser definida como a garantia consti-
tucional de permanência no serviço público, do servidor público civil nomeado, em razão de concurso público, 
para titularizar cargo de provimento efetivo, após o transcurso de estágio probatório.
A estabilidade é assegurada ao servidor após três anos de efetivo exercício, em virtude de nomeação em 
concurso público. Esse é o estágio probatório citado pela lei.
Passada a fase do estágio, sendo o servidor público efetivado, ele perderá o cargo somente nas hipóteses 
elencadas no Artigo 41, §1º da CF.
Haja vista o tema ser muito cobrado nas provas dos mais variados concursos públicos, segue a tabela ex-
plicativa:
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Estabilidade do Servidor
Requisitos 
para aquisição de 
Estabilidade
Cargo de provimento efetivo/ocupado em razão de concurso público
3 anos de efetivo exercício
Avaliação de desempenho por comissão instituída para esta finalidade
Hipóteses em que o 
servidor estável pode 
perder o cargo
Em virtude de sentença judicial transitada em julgado
Mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa
Mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei 
complementar, assegurada ampla defesa
Em razão de excesso de despesa
III - Direito administrativo: conceito, fontes e princípios
Conceito
De início, convém ressaltar que o estudo desse ramo do Direito, denota a distinção entre o Direito 
Administrativo, bem como entre as normas e princípios que nele se inserem.
No entanto, o Direito Administrativo, como sistema jurídico de normas e princípios, somente veio a surgir com 
a instituição do Estado de Direito, no momento em que o Poder criador do direito passou também a respeitá-
lo. Tal fenômeno teve sua origem com os movimentos constitucionalistas, cujo início se deu no final do século 
XVIII. Por meio do novo sistema, o Estado passou a ter órgãos específicos para o exercício da Administração 
Pública e, por isso, foi necessário a desenvoltura do quadro normativo disciplinante das relações internas da 
Administração, bem como das relações entre esta e os administrados. Assim sendo, pode considerar-se que foi 
a partir do século XIX que o mundo jurídico abriu os olhos para a existência do Direito Administrativo.
Destaca-se ainda, que o Direito Administrativo foi formado a partir da teoria da separação dos poderes de-
senvolvida por Montesquieu, L’Espirit des Lois, 1748, e acolhida de forma universal pelos Estados de Direito. 
Até esse momento, o absolutismo reinante e a junção de todos os poderes governamentais nas mãos do Sobe-
rano não permitiam o desenvolvimento de quaisquer teorias que visassem a reconhecer direitos aos súditos, e 
que se opusessem às ordens do Príncipe. Prevalecia o domínio operante da vontade onipotente do Monarca.
Conceituar com precisão o Direito Administrativo é tarefa difícil, uma vez que o mesmo é marcado por 
divergências doutrinárias, o que ocorre pelo fato de cada autor evidenciar os critérios que considera essenciais 
para a construção da definição mais apropriada para o termo jurídico apropriado.
De antemão, ao entrar no fundamento de algumas definições do Direito Administrativo,
Considera-se importante denotar que o Estado desempenha três funções essenciais. São elas: Legislativa, 
Administrativa e Jurisdicional.
Pondera-se que os poderes Legislativo, Executivo e Judiciário são independentes, porém, em tese, 
harmônicos entre si. Os poderes foram criados para desempenhar as funções do Estado. Desta forma, verifica-
se o seguinte:
Funções do Estado:
– Legislativa
– Administrativa
– Jurisdicional
Poderes criados para desenvolver as funções do estado:
– Legislativo
– Executivo
– Judiciário
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Infere-se que cada poder exerce, de forma fundamental, uma das funções de Estado, é o que denominamos 
de FUNÇÃO TÍPICA.
PODER LEGISLATIVO PODER 
EXERCUTIVO PODER JUDICIÁRIO
Função típica Legislar Administrativa Judiciária
Atribuição Redigir e organizar o regramento 
jurídico do Estado
Administração e 
gestão estatal
Julgar e solucionar conflitos 
por intermédio da interpretação 
e aplicação das leis.
Além do exercício da função típica, cada poder pode ainda exercer as funções destinadas a outro poder, é o 
que denominamos de exercício de FUNÇÃO ATÍPICA. Vejamos:
PODER LEGISLATIVO PODER 
EXERCUTIVO PODER JUDICIÁRIO
Função 
atípica
tem-se como função atípica
desse poder, por ser típica do 
Poder Judiciário: O
julgamento do Presidente da 
República
por crime de responsabilidade.
tem-se por função atípica 
desse poder, por ser típica 
do Poder Legislativo: A 
edição de Medida Provisória 
pelo
Chefe do Executivo.
tem-se por função atípica 
desse poder, por ser típica 
do Poder Executivo: Fazer 
licitação para realizar a 
aquisição de equipamentos 
utilizados em regime interno.
Diante da difícil tarefa de conceituar o Direito Administrativo, uma vez que diversos são os conceitos utilizados 
pelos autores modernos de Direito Administrativo, sendo que, alguns consideram apenas as atividades 
administrativas em si mesmas, ao passo que outros, optam por dar ênfase aos fins desejados pelo Estado, 
abordaremos alguns dos principais posicionamentos de diferentes e importantes autores.
No entendimento de Carvalho Filho (2010), “o Direito Administrativo, com a evolução que o vem impulsionando 
contemporaneamente, há de focar-se em dois tipos fundamentais de relações jurídicas, sendo, uma, de caráter 
interno, que existe entre as pessoas administrativas e entre os órgãos que as compõem e, a outra, de caráter 
externo, que se forma entre o Estado e a coletividade em geral.” (2010, Carvalho Filho, p. 26).
Como regra geral, o Direito Administrativo é conceituado como o ramo do direito público que cuida de 
princípios e regras que disciplinam a função administrativa abrangendo entes, órgãos, agentes e atividades 
desempenhadas pela Administração Pública na consecução do interesse público.
Vale lembrar que, como leciona DIEZ, o Direito Administrativo apresenta, ainda, três características principais: 
1 – constitui um direito novo, já que se trata de disciplina recente com sistematização científica;
2 – espelha um direito mutável, porque ainda se encontra em contínua transformação;
3 – é um direito em formação, não se tendo, até o momento, concluído todo o seu ciclo de abrangência.
Entretanto, o Direito Administrativo também pode ser conceituado sob os aspectos de diferentes óticas, as 
quais, no deslindar desse estudo, iremos abordar as principais e mais importantes para estudo, conhecimento 
e aplicação.
– Ótica Objetiva: Segundo os parâmetros da ótica objetiva, o Direito Administrativo é conceituado como o 
acoplado de normas que regulamentam a atividade da Administração Pública de atendimento ao interesse 
público.
– Ótica Subjetiva: Sob o ângulo da ótica subjetiva, o Direito Administrativo é conceituado como um conjunto 
de normas que comandam as relações internas da Administração Pública e as relações externas que são 
encadeadas entre elas e os administrados.
Nos moldes do conceito objetivo, o Direito Administrativo é tido como o objeto da relação jurídica travada, 
não levando em conta os autores da relação. 
O conceito de Direito Administrativosurge também como elemento próprio em um regime jurídico diferenciado, 
isso ocorre por que em regra, as relações encadeadas pela Administração Pública ilustram evidente falta de 
equilíbrio entre as partes.
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Para o professor da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, Fernando Correia, o Direito 
Administrativo é o sistema de normas jurídicas, diferenciadas das normas do direito privado, que regulam o 
funcionamento e a organização da Administração Pública, bem como a função ou atividade administrativa dos 
órgãos administrativos.
Correia, o intitula como um corpo de normas de Direito Público, no qual os princípios, conceitos e institutos 
distanciam-se do Direito Privado, posto que, as peculiaridades das normas de Direito Administrativo são 
manifestadas no reconhecimento à Administração Pública de prerrogativas sem equivalente nas relações 
jurídico-privadas e na imposição, em decorrência do princípio da legalidade, de limitações de atuação mais 
exatas do que as que auferem os negócios particulares.
Entende o renomado professor, que apenas com o aparecimento do Estado de Direito acoplado ao 
acolhimento do princípio da separação dos poderes, é que seria possível se falar em Direito Administrativo.
Oswaldo Aranha Bandeira de Mello aduz, em seu conceito analítico, que o Direito Administrativo juridicamente 
falando, ordena a atividade do Estado quanto à organização, bem como quanto aos modos e aos meios da 
sua ação, quanto à forma da sua própria ação, ou seja, legislativa e executiva, por intermédio de atos jurídicos 
normativos ou concretos, na consecução do seu fim de criação de utilidade pública, na qual participa de forma 
direta e imediata, e, ainda como das pessoas de direito que façam as vezes do Estado.
Observação importante: Note que os conceitos classificam o Direito Administrativo como Ramo do Direito 
Público fazendo sempre referência ao interesse público, ao inverso do Direito Privado, que cuida do regulamento 
das relações jurídicas entre particulares, o Direito Público, tem por foco regular os interesses da sociedade, 
trabalhando em prol do interesse público.
Por fim, depreende-se que a busca por um conceito completo de Direito Administrativo não é recente. 
Entretanto, a Administração Pública deve buscar a satisfação do interesse público como um todo, uma vez que 
a sua natureza resta amparada a partir do momento que deixa de existir como fim em si mesmo, passando a 
existir como instrumento de realização do bem comum, visando o interesse público, independentemente do 
conceito de Direito Administrativo escolhido.
Objeto
De acordo com a ilibada autora Maria Sylvia Zanella Di Pietro, a formação do Direito Administrativo como 
ramo autônomo, fadado de princípios e objeto próprios, teve início a partir do instante em que o conceito de 
Estado de Direito começou a ser desenvolvido, com ampla estrutura sobre o princípio da legalidade e sobre o 
princípio da separação de poderes. O Direito Administrativo Brasileiro não surgiu antes do Direito Romano, do 
Germânico, do Francês e do Italiano. Diversos direitos contribuíram para a formação do Direito Brasileiro, tais 
como: o francês, o inglês, o italiano, o alemão e outros. Isso, de certa forma, contribuiu para que o nosso Direito 
pudesse captar os traços positivos desses direitos e reproduzi-los de acordo com a nossa realidade histórica.
Atualmente, predomina, na definição do objeto do Direito Administrativo, o critério funcional, como sendo 
o ramo do direito que estuda a disciplina normativa da função administrativa, independentemente de quem 
esteja encarregado de exercê-la: Executivo, Legislativo, Judiciário ou particulares mediante delegação estatal”, 
(MAZZA, 2013, p. 33). 
Sendo o Direito Administrativo um ramo do Direito Público, o entendimento que predomina no Brasil e na 
América Latina, ainda que incompleto, é que o objeto de estudo do Direito Administrativo é a Administração 
Pública atuante como função administrativa ou organização administrativa, pessoas jurídicas, ou, ainda, como 
órgãos públicos.
De maneira geral, o Direito é um conjunto de normas, princípios e regras, compostas de coercibilidade 
disciplinantes da vida social como um todo. Enquanto ramo do Direito Público, o Direito Administrativo, nada 
mais é que, um conjunto de princípios e regras que disciplina a função administrativa, as pessoas e os órgãos 
que a exercem. Desta forma, considera-se como seu objeto, toda a estrutura administrativa, a qual deverá ser 
voltada para a satisfação dos interesses públicos.
São leis específicas do Direito Administrativo a Lei n. 8.666/1993 que regulamenta o art. 37, inciso XXI, 
da Constituição Federal, institui normas para licitações e contratos da Administração Pública e dá outras 
providências; a Lei n. 8.112/1990, que dispõe sobre o regime jurídico dos servidores públicos civis da União, 
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das autarquias e das fundações públicas federais; a Lei n. 8.409/1992 que estima a receita e fixa a despesa da 
União para o exercício financeiro de 1992 e a Lei n. 9.784/1999 que regula o processo administrativo no âmbito 
da Administração Pública Federal.
O Direito Administrativo tem importante papel na identificação do seu objeto e o seu próprio conceito e 
significado foi de grande importância à época do entendimento do Estado francês em dividir as ações 
administrativas e as ações envolvendo o poder judiciário. Destaca-se na França, o sistema do contencioso 
administrativo com matéria de teor administrativo, sendo decidido no tribunal administrativo e transitando em 
julgado nesse mesmo tribunal. Definir o objeto do Direito Administrativo é importante no sentido de compreender 
quais matérias serão julgadas pelo tribunal administrativo, e não pelo Tribunal de Justiça.
Depreende-se que com o passar do tempo, o objeto de estudo do Direito Administrativo sofreu significativa 
e grande evolução, desde o momento em que era visto como um simples estudo das normas administrativas, 
passando pelo período do serviço público, da disciplina do bem público, até os dias contemporâneos, quando se 
ocupa em estudar e gerenciar os sujeitos e situações que exercem e sofrem com a atividade do Estado, assim 
como das funções e atividades desempenhadas pela Administração Pública, fato que leva a compreender que 
o seu objeto de estudo é evolutivo e dinâmico acoplado com a atividade administrativa e o desenvolvimento do 
Estado. Destarte, em suma, seu objeto principal é o desempenho da função administrativa.
Fontes
Fonte significa origem. Neste tópico, iremos estudar a origem das regras que regem o Direito Administrativo.
Segundo Alexandre Sanches Cunha, “o termo fonte provém do latim fons, fontis, que implica o conceito de 
nascente de água. Entende-se por fonte tudo o que dá origem, o início de tudo. Fonte do Direito nada mais é do 
que a origem do Direito, suas raízes históricas, de onde se cria (fonte material) e como se aplica (fonte formal), 
ou seja, o processo de produção das normas. São fontes do direito: as leis, costumes, jurisprudência, doutrina, 
analogia, princípio geral do direito e equidade.” (CUNHA, 2012, p. 43).
Fontes do Direito Administrativo:
A) Lei
A lei se estende desde a constituição e é a fonte primária e principal do DireitoAdministrativo e se estende 
desde a Constituição Federal em seus artigos 37 a 41, alcançando os atos administrativos normativos 
inferiores. Desta forma, a lei como fonte do Direito Administrativo significa a lei em sentido amplo, ou seja, a 
lei confeccionada pelo Parlamento, bem como os atos normativos expedidos pela Administração, tais como: 
decretos, resoluções, incluindo tratados internacionais.
Desta maneira, sendo a Lei a fonte primária, formal e primordial do Direito Administrativo, acaba por prevalecer 
sobre as demais fontes. E isso, prevalece como regra geral,posto que as demais fontes que estudaremos a 
seguir, são consideradas fontes secundárias, acessórias ou informais.
 A Lei pode ser subdividida da seguinte forma:
– Lei em sentido amplo
Refere-se a todas as fontes com conteúdo normativo, tais como: a Constituição Federal, lei ordinária, 
lei complementar, medida provisória, tratados internacionais, e atos administrativos normativos (decretos, 
resoluções, regimentos etc.). 
– Lei em sentido estrito
Refere-se à Lei feita pelo Parlamento, pelo Poder Legislativo por meio de lei ordinária e lei complementar. 
Engloba também, outras normas no mesmo nível como, por exemplo, a medida provisória que possui o mesmo 
nível da lei ordinária. Pondera-se que todos mencionados são reputados como fonte primária (a lei) do Direito 
Administrativo.
B) Doutrina
Tem alto poder de influência como teses doutrinadoras nas decisões administrativas, como no próprio Direito 
Administrativo. A Doutrina visa indicar a melhor interpretação possível da norma administrativa, indicando ainda, 
as possíveis soluções para casos determinados e concretos. Auxilia muito o viver diário da Administração 
Pública, posto que, muitas vezes é ela que conceitua, interpreta e explica os dispositivos da lei. 
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Exemplo: 
A Lei n. 9.784/1999, aduz que provas protelatórias podem ser recusadas no processo administrativo. Desta 
forma, a doutrina explicará o que é prova protelatória, e a Administração Pública poderá usar o conceito 
doutrinário para recusar uma prova no processo administrativo.
C) Jurisprudência
Trata-se de decisões de um tribunal que estão na mesma direção, além de ser a reiteração de julgamentos 
no mesmo sentido.
Exemplo: 
O Superior Tribunal de Justiça (STJ), possui determinada jurisprudência que afirma que candidato aprovado 
dentro do número de vagas previsto no edital tem direito à nomeação, aduzindo que existem diversas decisões 
desse órgão ou tribunal com o mesmo entendimento final.
— Observação importante: Por tratar-se de uma orientação aos demais órgãos do Poder Judiciário e 
da Administração Pública, a jurisprudência não é de seguimento obrigatório. Entretanto, com as alterações 
promovidas desde a CFB/1988, esse sistema orientador da jurisprudência tem deixado de ser a regra.
Exemplo: 
Os efeitos vinculantes das decisões proferidas pelo Supremo Tribunal Federal na ação direta de 
inconstitucionalidade (ADI), na ação declaratória constitucionalidade (ADC) e na arguição de descumprimento 
de preceito fundamental, e, em especial, com as súmulas vinculantes, a partir da Emenda Constitucional nº. 
45/2004. Nesses ocorridos, as decisões do STF acabaram por vincular e obrigar a Administração Pública direta 
e indireta dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, nos termos dispostos no 
art. 103-A da CF/1988.
D) Costumes
Costumes são condutas reiteradas. Assim sendo, cada país, Estado, cidade, povoado, comunidade, tribo 
ou população tem os seus costumes, que via de regra, são diferentes em diversos aspectos, porém, em se 
tratando do ordenamento jurídico, não poderão ultrapassar e ferir as leis soberanas da Carta Magna que regem 
o Estado como um todo.
Como fontes secundárias e atuantes no Direito Administrativo, os costumes administrativos são práticas 
reiteradas que devem ser observadas pelos agentes públicos diante de determinadas situações. Os costumes 
podem exercer influência no Direito Administrativo em decorrência da carência da legislação, consumando o 
sistema normativo, costume praeter legem, ou nas situações em que seria impossível legislar sobre todas as 
situações. 
Os costumes não podem se opor à lei (contra legem), pois ela é a fonte primordial do Direito Administrativo, 
devendo somente auxiliar à exata compreensão e incidência do sistema normativo.
Exemplo:
 Ao determinar a CFB/1988 que um concurso terá validade de até 2 anos, não pode um órgão, de forma 
alguma, atribuir por efeito de costume, prazo de até 10 anos, porque estaria contrariando disposição expressa 
na Carta Magna, nossa Lei Maior e Soberana.
Ressalta-se, com veemente importância, que os costumes podem gerar direitos para os administrados, em 
decorrência dos princípios da lealdade, boa-fé, moralidade administrativa, dentre outros, uma vez que um certo 
comportamento repetitivo da Administração Pública gera uma expectativa em sentido geral de que essa prática 
deverá ser seguida nas demais situações parecidas
– Observação importante: Existe divergência doutrinária em relação à aceitação dos costumes como fonte do 
Direito Administrativo. No entanto, para concursos, e estudos correlatos, via de regra, deve ser compreendida 
como correta a tese no sentido de que o costume é fonte secundária, acessória, indireta e imediata do Direito 
Administrativo, tendo em vista que a fonte primária e mediata é a Lei.
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Nota - Sobre Súmulas Vinculantes
Nos termos do art. 103 - A da Constituição Federal, ‘‘o Supremo Tribunal Federal poderá, de ofício ou 
mediante provocação, por decisão de dois terços de seus membros, após decisões reiteradas que versam 
sobre matéria constitucional, aprovar súmulas que terão efeito vinculante em relação aos demais órgãos do 
Poder Judiciário e à administração pública direta e indireta”.
Organização administrativa da União; administração direta e indireta
Administração direta e indireta
A princípio, infere-se que Administração Direta é correspondente aos órgãos que compõem a estrutura das 
pessoas federativas que executam a atividade administrativa de maneira centralizada. O vocábulo “Administração 
Direta” possui sentido abrangente vindo a compreender todos os órgãos e agentes dos entes federados, tanto 
os que fazem parte do Poder Executivo, do Poder Legislativo ou do Poder Judiciário, que são os responsáveis 
por praticar a atividade administrativa de maneira centralizada.
Já a Administração Indireta, é equivalente às pessoas jurídicas criadas pelos entes federados, que possuem 
ligação com as Administrações Diretas, cujo fulcro é praticar a função administrativa de maneira descentralizada.
Tendo o Estado a convicção de que atividades podem ser exercidas de forma mais eficaz por entidade 
autônoma e com personalidade jurídica própria, o Estado transfere tais atribuições a particulares e, ainda pode 
criar outras pessoas jurídicas, de direito público ou de direito privado para esta finalidade. Optando pela segunda 
opção, as novas entidades passarão a compor a Administração Indireta do ente que as criou e, por possuírem 
como destino a execução especializado de certas atividades, são consideradas como sendo manifestação da 
descentralização por serviço, funcional ou técnica, de modo geral.
Desconcentração e Descentralização 
Consiste a desconcentração administrativa na distribuição interna de competências, na esfera da mesma 
pessoa jurídica. Assim sendo, na desconcentração administrativa, o trabalho é distribuído entre os órgãos que 
integram a mesma instituição, fato que ocorre de forma diferente na descentralização administrativa, que impõe 
a distribuição de competência para outra pessoa, física ou jurídica.
Ocorre a desconcentração administrativa tanto na administração direta como na administração indireta de 
todos os entes federativos do Estado. Pode-se citar a título de exemplo de desconcentração administrativa no 
âmbito da Administração Direta da União, os vários ministérios e a Casa Civil da Presidência da República; 
em âmbito estadual, o Ministério Público e as secretarias estaduais, dentre outros; no âmbito municipal, as 
secretarias municipais e as câmaras municipais; na administração indireta federal, as várias agências do 
Banco do Brasil que são sociedade de economia mista, ou do INSS com localização em todos os Estados da 
Federação.
Ocorre que a desconcentração enseja a existência de váriosórgãos, sejam eles órgãos da Administração 
Direta ou das pessoas jurídicas da Administração Indireta, e devido ao fato desses órgãos estarem dispostos 
de forma interna, segundo uma relação de subordinação de hierarquia, entende-se que a desconcentração 
administrativa está diretamente relacionada ao princípio da hierarquia.
Registra-se que na descentralização administrativa, ao invés de executar suas atividades administrativas 
por si mesmo, o Estado transfere a execução dessas atividades para particulares e, ainda a outras pessoas 
jurídicas, de direito público ou privado. 
Explicita-se que, mesmo que o ente que se encontre distribuindo suas atribuições e detenha controle sobre 
as atividades ou serviços transferidos, não existe relação de hierarquia entre a pessoa que transfere e a que 
acolhe as atribuições.
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Criação, extinção e capacidade processual dos órgãos públicos 
Os arts. 48, XI e 61, § 1º da CFB/1988 dispõem que a criação e a extinção de órgãos da administração pública 
dependem de lei de iniciativa privativa do chefe do Executivo a quem compete, de forma privada, e por meio 
de decreto, dispor sobre a organização e funcionamento desses órgãos públicos, quando não ensejar aumento 
de despesas nem criação ou extinção de órgãos públicos (art. 84, VI, b, CF/1988). Desta forma, para que haja 
a criação e extinção de órgãos, existe a necessidade de lei, no entanto, para dispor sobre a organização e o 
funcionamento, denota-se que poderá ser utilizado ato normativo inferior à lei, que se trata do decreto. Caso 
o Poder Executivo Federal desejar criar um Ministério a mais, o presidente da República deverá encaminhar 
projeto de lei ao Congresso Nacional. Porém, caso esse órgão seja criado, sua estruturação interna deverá ser 
feita por decreto. Na realidade, todos os regimentos internos dos ministérios são realizados por intermédio de 
decreto, pelo fato de tal ato se tratar de organização interna do órgão. Vejamos:
– Órgão: é criado por meio de lei.
– Organização Interna: pode ser feita por DECRETO, desde que não provoque aumento de despesas, bem 
como a criação ou a extinção de outros órgãos.
– Órgãos De Controle: Trata-se dos prepostos a fiscalizar e controlar a atividade de outros órgãos e agentes”. 
Exemplo: Tribunal de Contas da União.
Pessoas administrativas
Explicita-se que as entidades administrativas são a própria Administração Indireta, composta de forma 
taxativa pelas autarquias, fundações públicas, empresas públicas e sociedades de economia mista.
De forma contrária às pessoas políticas, tais entidades, nao são reguladas pelo Direito Administrativo, não 
detendo poder político e encontram-se vinculadas à entidade política que as criou. Não existe hierarquia entre 
as entidades da Administração Pública indireta e os entes federativos que as criou. Ocorre, nesse sentido, uma 
vinculação administrativa em tais situações, de maneira que os entes federativos somente conseguem manter-
se no controle se as entidades da Administração Indireta estiverem desempenhando as funções para as quais 
foram criadas de forma correta.
Pessoas políticas 
As pessoas políticas são os entes federativos previstos na Constituição Federal. São eles a União, os Estados, 
o Distrito Federal e os Municípios. Denota-se que tais pessoas ou entes, são regidos pelo Direito Constitucional, 
vindo a deter uma parcela do poder político. Por esse motivo, afirma-se que tais entes são autônomos, vindo a 
se organizar de forma particular para alcançar as finalidades avençadas na Constituição Federal.
Assim sendo, não se confunde autonomia com soberania, pois, ao passo que a autonomia consiste na 
possibilidade de cada um dos entes federativos organizar-se de forma interna, elaborando suas leis e exercendo 
as competências que a eles são determinadas pela Constituição Federal, a soberania nada mais é do que uma 
característica que se encontra presente somente no âmbito da República Federativa do Brasil, que é formada 
pelos referidos entes federativos.
Autarquias
As autarquias são pessoas jurídicas de direito público interno, criadas por lei específica para a execução de 
atividades especiais e típicas da Administração Pública como um todo. Com as autarquias, a impressão que 
se tem, é a de que o Estado veio a descentralizar determinadas atividades para entidades eivadas de maior 
especialização.
As autarquias são especializadas em sua área de atuação, dando a ideia de que os serviços por elas pres-
tados são feitos de forma mais eficaz e venham com isso, a atingir de maneira contundente a sua finalidade, 
que é o bem comum da coletividade como um todo. Por esse motivo, aduz-se que as autarquias são um serviço 
público descentralizado. Assim, devido ao fato de prestarem esse serviço público especializado, as autarquias 
acabam por se assemelhar em tudo o que lhes é possível, ao entidade estatal a que estiverem servindo. Assim 
sendo, as autarquias se encontram sujeitas ao mesmo regime jurídico que o Estado. Nos dizeres de Hely Lopes 
Meirelles, as autarquias são uma “longa manus” do Estado, ou seja, são executoras de ordens determinadas 
pelo respectivo ente da Federação a que estão vinculadas.
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As autarquias são criadas por lei específica, que de forma obrigacional deverá ser de iniciativa do Chefe do 
Poder Executivo do ente federativo a que estiver vinculada. Explicita-se também que a função administrativa, 
mesmo que esteja sendo exercida tipicamente pelo Poder Executivo, pode vir a ser desempenhada, em regime 
totalmente atípico pelos demais Poderes da República. Em tais situações, infere-se que é possível que sejam 
criadas autarquias no âmbito do Poder Legislativo e do Poder Judiciário, oportunidade na qual a iniciativa para 
a lei destinada à sua criação, deverá, obrigatoriamente, segundo os parâmetros legais, ser feita pelo respectivo 
Poder.
— Empresas Públicas 
Sociedades de Economia Mista
São a parte da Administração Indireta mais voltada para o direito privado, sendo também chamadas pela 
maioria doutrinária de empresas estatais.
Tanto a empresas públicas, quanto as sociedades de economia mista, no que se refere à sua área de 
atuação, podem ser divididas entre prestadoras diversas de serviço público e plenamente atuantes na atividade 
econômica de modo geral. Assim sendo, obtemos dois tipos de empresas públicas e dois tipos de sociedades 
de economia mista.
Ressalta-se que ao passo que as empresas estatais exploradoras de atividade econômica estão sob a 
égide, no plano constitucional, pelo art. 173, sendo que a sua atividade se encontra regida pelo direito privado 
de maneira prioritária, as empresas estatais prestadoras de serviço público são reguladas, pelo mesmo diploma 
legal, pelo art. 175, de maneira que sua atividade é regida de forma exclusiva e prioritária pelo direito público.
– Observação importante: todas as empresas estatais, sejam prestadoras de serviços públicos ou exploradoras 
de atividade econômica, possuem personalidade jurídica de direito privado.
O que diferencia as empresas estatais exploradoras de atividade econômica das empresas estatais 
prestadoras de serviço público é a atividade que exercem. Assim, sendo ela prestadora de serviço público, 
a atividade desempenhada é regida pelo direito público, nos ditames do artigo 175 da Constituição Federal 
que determina que “incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob regime de concessão ou 
permissão, sempre através de licitação, a prestação de serviços públicos.” Já se for exploradora de atividade 
econômica, como maneira de evitar que o princípio da livre concorrência reste-se prejudicado, as referidas 
atividades deverão ser reguladas pelo direito privado, nos ditames do artigo 173 da Constituição Federal, que 
assim determina:
Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição,a exploração direta de atividade econômica 
pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos da segurança nacional ou a relevante in-
teresse coletivo, conforme definidos em lei. § 1º A lei estabelecerá o estatuto jurídico da empresa pública, da 
sociedade de economia mista e de suas subsidiárias que explorem atividade econômica de produção ou comer-
cialização de bens ou de prestação de serviços, dispondo sobre: 
I – sua função social e formas de fiscalização pelo Estado e pela sociedade; 
II – a sujeição ao regime jurídico próprio das empresas privadas, inclusive quanto aos direitos e obrigações 
civis, comerciais, trabalhistas e tributários;
III – licitação e contratação de obras, serviços, compras e alienações, observados os princípios da Adminis-
tração Pública; 
IV – a constituição e o funcionamento dos conselhos de Administração e fiscal, com a participação de acio-
nistas minoritários;
V – os mandatos, a avaliação de desempenho e a responsabilidade dos administradores
Vejamos em síntese, algumas características em comum das empresas públicas e das sociedades de 
economia mista:
– Devem realizar concurso público para admissão de seus empregados;
– Não estão alcançadas pela exigência de obedecer ao teto constitucional;
– Estão sujeitas ao controle efetuado pelos Tribunais de Contas, bem como ao controle do Poder Legislativo;
– Não estão sujeitas à falência;
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– Devem obedecer às normas de licitação e contrato administrativo no que se refere às suas atividades-
meio;
– Devem obedecer à vedação à acumulação de cargos prevista constitucionalmente;
– Não podem exigir aprovação prévia, por parte do Poder Legislativo, para nomeação ou exoneração de 
seus diretores.
Fundações e outras entidades privadas delegatárias 
Identifica-se no processo de criação das fundações privadas, duas características que se encontram presentes 
de forma contundente, sendo elas a doação patrimonial por parte de um instituidor e a impossibilidade de terem 
finalidade lucrativa.
 O Decreto 200/1967 e a Constituição Federal Brasileira de 1988 conceituam Fundação Pública como sendo 
um ente de direito predominantemente de direito privado, sendo que a Constituição Federal dá à Fundação o 
mesmo tratamento oferecido às Sociedades de Economia Mista e às Empresas Públicas, que permite autorização 
da criação, por lei e não a criação direta por lei, como no caso das autarquias.
Entretanto, a doutrina majoritária e o STF aduzem que a Fundação Pública poderá ser criada de forma 
direta por meio de lei específica, adquirindo, desta forma, personalidade jurídica de direito público, vindo a criar 
uma Autarquia Fundacional ou Fundação Autárquica.
– Observação importante: a autarquia é definida como serviço personificado, ao passo que uma autarquia 
fundacional é conceituada como sendo um patrimônio de forma personificada destinado a uma finalidade 
específica de interesse social. 
Vejamos como o Código Civil determina:
Art. 41 - São pessoas jurídicas de direito público interno:(...)
IV - as autarquias, inclusive as associações públicas;
V - as demais entidades de caráter público criadas por lei.
No condizente à Constituição, denota-se que esta não faz distinção entre as Fundações de direito público 
ou de direito privado. O termo Fundação Pública é utilizado para diferenciar as fundações da iniciativa privada, 
sem que haja qualquer tipo de ligação com a Administração Pública.
No entanto, determinadas distinções poderão ser feitas, como por exemplo, a imunidade tributária recíproca 
que é destinada somente às entidades de direito público como um todo. Registra-se que o foro de ambas é na 
Justiça Federal.
 
— Delegação Social
Organizações sociais 
As organizações sociais são entidades privadas que recebem o atributo de Organização Social. Várias são 
as entidades criadas por particulares sob a forma de associação ou fundação que desempenham atividades de 
interesse público sem fins lucrativos. Ao passo que algumas existem e conseguem se manter sem nenhuma 
ligação com o Estado, existem outras que buscam se aproximar do Estado com o fito de receber verbas 
públicas ou bens públicos com o objetivo de continuarem a desempenhar sua atividade social. Nos parâmetros 
da Lei 9.637/1998, o Poder Executivo Federal poderá constituir como Organizações Sociais pessoas jurídicas 
de direito privado, que não sejam de fins lucrativos, cujas atividades sejam dirigidas ao ensino, à pesquisa 
científica, ao desenvolvimento tecnológico, à proteção e preservação do meio ambiente, à cultura e à saúde, 
atendidos os requisitos da lei. Ressalte-se que as entidades privadas que vierem a atuar nessas áreas poderão 
receber a qualificação de OSs.
Lembremos que a Lei 9.637/1998 teve como fulcro transferir os serviços que não são exclusivos do Estado 
para o setor privado, por intermédio da absorção de órgãos públicos, vindo a substituí-los por entidades privadas. 
Tal fenômeno é conhecido como publicização. Com a publicização, quando um órgão público é extinto, logo, 
outra entidade de direito privado o substitui no serviço anteriormente prestado. Denota-se que o vínculo com 
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o poder público para que seja feita a qualificação da entidade como organização social é estabelecido com a 
celebração de contrato de gestão. Outrossim, as Organizações Sociais podem receber recursos orçamentários, 
utilização de bens públicos e servidores públicos.
Organizações da sociedade civil de interesse público 
São conceituadas como pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, nas quais os objetivos 
sociais e normas estatutárias devem obedecer aos requisitos determinados pelo art. 3º da Lei n. 9.790/1999. 
Denota-se que a qualificação é de competência do Ministério da Justiça e o seu âmbito de atuação é parecido 
com o da OS, entretanto, é mais amplo. 
Vejamos:
Art. 3º A qualificação instituída por esta Lei, observado em qualquer caso, o princípio da universalização dos 
serviços, no respectivo âmbito de atuação das Organizações, somente será conferida às pessoas jurídicas de 
direito privado, sem fins lucrativos, cujos objetivos sociais tenham pelo menos uma das seguintes finalidades:
I – promoção da assistência social; 
II – promoção da cultura, defesa e conservação do patrimônio histórico e artístico;
III – promoção gratuita da educação, observando-se a forma complementar de participação das organiza-
ções de que trata esta Lei;
IV – promoção gratuita da saúde, observando-se a forma complementar de participação das organizações 
de que trata esta Lei; 
V – promoção da segurança alimentar e nutricional; 
VI – defesa, preservação e conservação do meio ambiente e promoção do desenvolvimento sustentável; 
VII – promoção do voluntariado;
 VIII – promoção do desenvolvimento econômico e social e combate à pobreza;
 IX – experimentação, não lucrativa, de novos modelos socioprodutivos e de sistemas alternativos de produ-
ção, comércio, emprego e crédito;
 X – promoção de direitos estabelecidos, construção de novos direitos e assessoria jurídica gratuita de inte-
resse suplementar; 
XI – promoção da ética, da paz, da cidadania, dos direitos humanos, da democracia e de outros valores 
universais; 
XII – estudos e pesquisas, desenvolvimento de tecnologias alternativas, produção e divulgação de informa-
ções e conhecimentos técnicos e científicos que digam respeito às atividades mencionadas neste artigo. 
A lei das Oscips apresenta um rol de entidades que não podem receber a qualificação. Vejamos:
Art. 2º Não são passíveis de qualificação como Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público, ainda 
que se dediquem de qualquer forma às atividades descritas no art. 3º desta Lei:
 I – as sociedades comerciais;
 II – os sindicatos, as associações de classe ou de representação de categoria profissional;
 III– as instituições religiosas ou voltadas para a disseminação de credos, cultos, práticas e visões devocio-
nais e confessionais;
 IV – as organizações partidárias e assemelhadas, inclusive suas fundações; 
V – as entidades de benefício mútuo destinadas a proporcionar bens ou serviços a um círculo restrito de 
associados ou sócios; 
VI – as entidades e empresas que comercializam planos de saúde e assemelhados; 
VII – as instituições hospitalares privadas não gratuitas e suas mantenedoras;
VIII – as escolas privadas dedicadas ao ensino formal não gratuito e suas mantenedoras; 
IX – as Organizações Sociais; 
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X – as cooperativas;
Por fim, registre-se que o vínculo de união entre a entidade e o Estado é denominado termo de parceria e 
que para a qualificação de uma entidade como Oscip, é exigido que esta tenha sido constituída e se encontre 
em funcionamento regular há, pelo menos, três anos nos termos do art. 1º, com redação dada pela Lei n. 
13.019/2014. O Tribunal de Contas da União tem entendido que o vínculo firmado pelo termo de parceria por 
órgãos ou entidades da Administração Pública com Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público não é 
demandante de processo de licitação. De acordo com o que preceitua o art. 23 do Decreto n. 3.100/1999, deverá 
haver a realização de concurso de projetos pelo órgão estatal interessado em construir parceria com Oscips 
para que venha a obter bens e serviços para a realização de atividades, eventos, consultorias, cooperação 
técnica e assessoria.
Entidades de utilidade pública
O Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado trouxe em seu bojo, dentre várias diretrizes, a publicização 
dos serviços estatais não exclusivos, ou seja, a transferência destes serviços para o setor público não estatal, 
o denominado Terceiro Setor.
Podemos incluir entre as entidades que compõem o Terceiro Setor, aquelas que são declaradas como sendo 
de utilidade pública, os serviços sociais autônomos, como SESI, SESC, SENAI, por exemplo, as organizações 
sociais (OS) e as organizações da sociedade civil de interesse público (OSCIP). 
É importante explicitar que o crescimento do terceiro setor está diretamente ligado à aplicação do princípio 
da subsidiariedade na esfera da Administração Pública. Por meio do princípio da subsidiariedade, cabe de 
forma primária aos indivíduos e às organizações civis o atendimento dos interesses individuais e coletivos. 
Assim sendo, o Estado atua apenas de forma subsidiária nas demandas que, devido à sua própria natureza 
e complexidade, não puderam ser atendidas de maneira primária pela sociedade. Dessa maneira, o limite de 
ação do Estado se encontraria na autossuficiência da sociedade.
Em relação ao Terceiro Setor, o Plano Diretor do Aparelho do Estado previa de forma explícita a publicização 
de serviços públicos estatais que não são exclusivos. A expressão publicização significa a transferência, do 
Estado para o Terceiro Setor, ou seja um setor público não estatal, da execução de serviços que não são 
exclusivos do Estado, vindo a estabelecer um sistema de parceria entre o Estado e a sociedade para o seu 
financiamento e controle, como um todo. Tal parceria foi posteriormente modernizada com as leis que instituíram 
as organizações sociais e as organizações da sociedade civil de interesse público. 
O termo publicização também é atribuído a um segundo sentido adotado por algumas correntes doutrinárias, 
que corresponde à transformação de entidades públicas em entidades privadas sem fins lucrativos.
No que condizente às características das entidades que compõem o Terceiro Setor, a ilustre Maria Sylvia 
Zanella Di Pietro entende que todas elas possuem os mesmos traços, sendo eles:
1. Não são criadas pelo Estado, ainda que algumas delas tenham sido autorizadas por lei;
2. Em regra, desempenham atividade privada de interesse público (serviços sociais não exclusivos do 
Estado);
3. Recebem algum tipo de incentivo do Poder Público;
4. Muitas possuem algum vínculo com o Poder Público e, por isso, são obrigadas a prestar contas dos 
recursos públicos à Administração
5. Pública e ao Tribunal de Contas;
6. Possuem regime jurídico de direito privado, porém derrogado parcialmente por normas direito público;
Assim, estas entidades integram o Terceiro Setor pelo fato de não se enquadrarem inteiramente como 
entidades privadas e também porque não integram a Administração Pública Direta ou Indireta.
Convém mencionar que, como as entidades do Terceiro Setor são constituídas sob a forma de pessoa jurídica 
de direito privado, seu regime jurídico, normalmente, via regra geral, é de direito privado. Acontece que pelo 
fato de estas gozarem normalmente de algum incentivo do setor público, também podem lhes ser aplicáveis 
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algumas normas de direito público. Esse é o motivo pelo qual a conceituada professora afirma que o regime 
jurídico aplicado às entidades que integram o Terceiro Setor é de direito privado, podendo ser modificado de 
maneira parcial por normas de direito público.
Agentes públicos: poderes, deveres e prerrogativas; cargo, emprego e função públi-
cos; Regime Jurídico Único (Lei nº 8.112/1990 e suas alterações): provimento, vacância, 
remoção, redistribuição e substituição; direitos e vantagens; regime disciplinar; respon-
sabilidade civil, criminal e administrativa
Conceito
A Constituição Federal Brasileira de 1988 trouxe em seu bojo, várias regras de organização do Estado 
brasileiro, dentre elas, as concernentes à Administração Pública e seus agentes como um todo.
A designação “agente público” tem sentido amplo e serve para conceituar qualquer pessoa física exercente 
de função pública, de forma remunerada ou gratuita, de natureza política ou administrativa, com investidura 
definitiva ou transitória.
Espécies (classificação)
Maria Sylvia Zanella Di Pietro, entende que quatro são as categorias de agentes públicos: agentes políticos, 
servidores públicos civis, militares e particulares em colaboração com o serviço público.
Vejamos cada classificação detalhadamente:
– Agentes políticos
Exercem atividades típicas de governo e possuem a incumbência de propor ou decidir as diretrizes políticas 
dos entes públicos. Nesse patamar estão inclusos os chefes do Poder Executivo federal, estadual e municipal 
e de seus auxiliares diretos, quais sejam, os Ministros e Secretários de Governo e os membros do Poder 
Legislativo como Senadores, Deputados e Vereadores.
De forma geral, os agentes políticos exercem mandato eletivo, com exceção dos Ministros e Secretários que 
são ocupantes de cargos comissionados, de livre nomeação e exoneração.
Autores como Hely Lopes Meirelles, acabaram por enfatizar de forma ampla a categoria de agentes políticos, 
de forma a transparecer que os demais agentes que exercem, com alto grau de autonomia, categorias da 
soberania do Estado em decorrência de previsão constitucional, como é o caso dos membros do Ministério 
Público, da Magistratura e dos Tribunais de Contas.
– Servidores Públicos Civis
De forma geral, servidor público são todas as pessoas físicas que prestadoras de serviços às entidades 
federativas ou as pessoas jurídicas da Administração Indireta em função da relação de trabalho que ocupam e 
com remuneração ou subsídio pagos pelos cofres públicos, vindo a compor o quadro funcional dessas pessoas 
jurídicas.
Depreende-se que alguns autores dividem os servidores públicos em civis e militares. Pelo fato de termos 
adotado a classificação aludida por Maria Sylvia Zanella Di Pietro, trataremos os servidores militares como 
sendo uma categoria à parte, designando-os apenas de militares, e, por conseguinte, usando a expressão 
servidores públicos para se referir somente aos servidores públicos civis.
De acordo com as regras e normas pelas quais são regidos, os servidores públicoscivis podem ser 
subdivididos da seguinte maneira:
– Servidores estatutários: ocupam cargo público e são regidos pelo regime estatutário.
– Servidores ou empregados públicos: são os servidores contratados sob o regime da CLT e ocupantes de 
empregos públicos. 
– Servidores temporários: são os contratados por determinado período de tempo com o objetivo de atender 
à necessidade temporária de excepcional interesse público. Exercem funções públicas, mas não ocupam cargo 
ou emprego público. São regidos por regime jurídico especial e disciplinado em lei de cada unidade federativa.
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– Servidores militares: antes do advento da EC 19/1998, os militares eram tratados como “servidores 
militares”. Militares são aqueles que prestam serviços às Forças Armadas como a Marinha, o Exército e a 
Aeronáutica, às Polícias Militares ou aos Corpos de Bombeiros Militares dos Estados, Distrito Federal e dos 
territórios, que estão sob vínculo jurídico estatutário e são remunerados pelos cofres públicos. Por estarem 
submetidos a um regime jurídico estatutário disciplinado em lei por lei, os militares estão submetidos à regras 
jurídicas diferentes das aplicadas aos servidores civis estatutários, justificando, desta forma, o enquadramento 
em uma categoria propícia de agentes públicos.
Destaca-se que a Constituição Federal assegurou aos militares alguns direitos sociais conferidos aos 
trabalhadores de forma geral, são eles: o 13º salário; o salário-família, férias anuais remuneradas com acréscimo 
ao menos um terço da remuneração normal; licença à gestante com a duração de 120 dias; licença paternidade 
e assistência gratuita aos filhos e demais dependentes desde o nascimento até cinco anos de idade em creches 
e pré-escolas. 
Ademais, os servidores militares estão submetidos por força da Constituição Federal a determinadas regras 
próprias dos servidores públicos civis, como por exemplo: teto remuneratório, irredutibilidade de vencimentos, 
dentre outras peculiaridades.
Embora haja tais assimilações, aos militares são aplicadas algumas vedações que constituem direito dos 
demais agentes públicos, como por exemplo, os casos da sindicalização, bem como da greve e, quando 
estiverem em serviço ativo, da filiação a partidos políticos.
— Cargo, Emprego e Função Pública
Para que haja melhor organização na Administração Pública, os servidores públicos são amparados e 
organizados a partir de quadros funcionais. Quadro funcional é o acoplado de cargos, empregos e funções 
públicas de um mesmo ente federado, de uma pessoa jurídica da Administração Indireta de ou de seus órgãos 
internos.
Cargo
O art. 3º do Estatuto dos Servidores Civis da União da Lei 8.112/1990 conceitua cargo público como “o 
conjunto de atribuições e responsabilidades previstas na estrutura organizacional que devem ser cometidas a 
um servidor”. Via de regra, podemos considerar o cargo como sendo uma posição na estrutura organizacional 
da Administração Pública a ser preenchido por um servidor público.
Em geral, os cargos públicos somente podem ser criados, transformados e extinguidos por força de lei.
Ao Poder Legislativo, caberá, mediante sanção do chefe do Poder Executivo, dispor sobre a criação, 
transformação e extinção de cargos, empregos e funções públicas.
Em se tratando de cargos do Poder Legislativo, a criação não depende de temos exatos de lei, mas, sim de 
uma norma que mesmo possuindo hierarquia de lei, não depende de sanção ou veto do chefe do Executivo. É 
o que chamamos de Resoluções, que são leis sem sanção.
A despeito da criação de cargos, vejamos:
a) Cargos do Poder Executivo: a iniciativa é privativa do chefe desse Poder (CF, art. 61, § 1º, II, “a”).
b) Cargos do Poder Judiciário: dos Tribunais de Contas e do Ministério Público a lei em questão, partirá 
de iniciativa dos respectivos Tribunais ou Procuradores-Gerais em se tratando da criação de cargos para o 
Ministério Público.
c) Cargos do Legislativo: os cargos serão criados, extintos ou transformados por atos normativos de âmbito 
interno desse Poder (Resoluções), sendo sua iniciativa da respectiva Mesa Diretora.
Embora sejam criados por lei, os cargos ou funções públicas, se estiverem vagos, podem ser extintos por 
intermédio de lei ou por decreto do chefe do Poder Executivo. No entanto, se o cargo estiver ocupado, só po-
derá ser extinto por lei.
Os cargos podem ser organizados em carreira ou isolados. Vejamos:
– Cargos organizados em carreira: são cargos cujos ocupantes podem percorrer várias classes ao longo da 
sua vida funcional, em razão do regime de progressão do servidor na carreira. 
Apostila gerada especialmente para: carlos cesar César nogueira da silva e silva 978.677.991-68
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– Cargos isolados: não permitem a progressão funcional de seus titulares.
Em relação às garantias e características especiais que lhe são conferidas, os cargos podem ser classifica-
dos em vitalícios, efetivos; e comissionados. Vejamos:
– Cargos vitalícios e cargos efetivos: oferecem garantia de permanência aos seus ocupantes. De forma ge-
ral, a nomeação para esses cargos é dependente de prévia aprovação em concurso público. 
– Cargos em comissão ou comissionados: de acordo com o art. 37, V, da CF, os cargos comissionados se 
destinam apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento. São ocupados de maneira temporária, 
em função da confiança depositada pela autoridade nomeante. A nomeação para esse tipo de cargo não de-
pende de aprovação em concurso público, podendo a exoneração do seu ocupante pode ser feita a qualquer 
tempo, a critério da autoridade nomeante. 
Emprego
Os empregos públicos são entidades de atribuições com o fito de serem ocupadas por servidores regidos 
sob o regime da CLT, que também chamados de celetistas ou empregados públicos.
A diferença entre cargo e emprego público consiste no vínculo que liga o servidor ao Estado. Ressalta-se 
que o vínculo jurídico do empregado público é de natureza contratual, ao passo que o do servidor titular de 
cargo público é de natureza estatutária.
No âmbito das pessoas de Direito Público como a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, 
bem como em suas autarquias e fundações públicas de direito público, levando em conta a restauração da 
redação originária do caput do art. 39 da CF/1988 (ADIn 2135 MC/DF), afirma-se que o regime a ser adotado 
é o estatutário. Entretanto, é plenamente possível a convivência entre o regime estatutário e o celetista relativo 
aos entes que, anteriormente à concessão da medida cautelar mencionada, tenham realizado contratações e 
admissões no regime de emprego público. No tocante às pessoas de Direito Privado da Administração Indireta 
como as empresas públicas, sociedades de economia mista e fundações públicas de direito privado, infere-se 
que somente é possível a existência de empregados públicos, nos termos legais.
Função Pública
Função pública também é uma espécie de ocupação de agente público. Denota-se que ao lado dos cargos e 
empregos públicos existem determinadas atribuições que também são exercidas por servidores públicos, mas 
no entanto, essas funções não compõem a lista de atribuições de determinado cargo ou emprego público, como 
por exemplo, das funções exercidas por servidores contratados temporariamente, em razão de excepcional 
interesse público, com base no art. 37, IX, da CFB/88.
Esse tipo de servidor ocupa funções temporárias, desempenhando suas funções sem titularizar cargo ou 
emprego público. Além disso, existem funções de chefia, direção e assessoramento para as quais o legislador 
não cria o cargo respectivo, já que serão exercidas com exclusividade por ocupantes de cargos efetivos, nos 
termos do art. 37, V, da CFB/88.
– Observação importante: nos parâmetros do art. 37, V da CFB/88, da mesma forma que previsto para 
os cargos em comissão, as funções de confiança destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e 
assessoramento.Regimente Jurídico
 
– Provimento
Provimento é a forma de ocupação do cargo público pelo servidor. Além disso, é um ato administrativo por 
intermédio do qual ocorre o preenchimento de cargo, por conseguinte, atribuindo as funções a ele específicas 
e inerentes a uma determinada pessoa. Tanto a doutrina quanto a lei dividem as espécies de provimento de 
cargos públicos em dois grupos. São eles:
– Provimento originário: é ato administrativo que designa um cargo a servidor que antes não integrava o 
quadro de servidores daquele órgão, ou seja, o agente está iniciando a carreira pública.
O provimento originário é a única forma de nomeação reconhecida pelo Ordenamento Jurídico Brasileiro, 
isso, é claro, ressalte-se, dependendo de prévia habilitação em concurso público de provas ou de provas e 
títulos, obedecidos, nos termos da lei, a ordem de classificação e o prazo de sua validade. Destaque-se que 
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o momento da nomeação configura discricionariedade do administrador, na qual devem ser respeitados os 
prazos do concurso público, nos moldes do art. 9° e seguintes da Lei 8112/90, devendo, por conseguinte, ainda 
ser feita uma análise a respeito dos requisitos para a ocupação do cargo.
Entretanto, uma vez realizada a nomeação do candidato, este ato não lhe atribui a qualidade de servidor 
público, mas apenas a garantia de ocupação do referido cargo. Para que se torne servidor público, o particular 
deverá assinar o termo de posse, se submetendo a todas as normas estatuárias da instituição. 
O provimento do cargo ocorre com a nomeação, mas a investidura no cargo acontece com a posse nos 
termos do art. 7°da Lei 8.112/90.
De acordo com a Lei Federal, o prazo máximo para a posse é de 30 (trinta) dias, contados a partir da 
publicação do ato de provimento, nos termos do art. 13, §1°, sendo que, desde haja a devida comprovação, a 
legislação admite que a posse ocorra por meio de procuração específica, conforme disposto no art. 13, §3° da 
lei 8.112/90.
Havendo a efetivação da posse dentro do prazo legal, o servidor público federal terá o prazo máximo de 15 
(dias) dias para iniciar a exercer as funções do cargo, nos trâmites do art. 15, §1° do Estatuto dos Servidores 
Públicos da União, das Autarquias e das Fundações Públicas Federais, Lei 8112/90, sendo que não sendo 
respeitado este prazo, o agente poderá ser exonerado. Vejamos:
Art. 15. § 2º - O servidor será exonerado do cargo ou será tornado sem efeito o ato de sua designação para 
função de confiança, se não entrar em exercício nos prazos previstos neste artigo, observado o disposto no art. 
18. (Redação dada pela Lei n. 9.527, de 10.12.97).
Ademais, se o candidato for nomeado e não se apresentar para posse, no prazo de determinado por lei, não 
ocorrerá exoneração, tendo em vista ainda não havia sido investido na qualidade de servidor. Assim sendo, o 
ato de nomeação se torna sem efeito, vindo a ficar vago o cargo que havia sido ocupado pelo ato de nomeação.
– Provimento Derivado: o cargo público deverá ser entregue a um servidor que já tenha uma relação anterior 
com a Administração Pública e que se encontra exercendo funções na carreira em que pretende assumir o novo 
cargo. Denota-se que provimento derivado somente será possível de ser concretizado, se o agente provier de 
outros cargos na mesma carreira em que houve provimento originário anterior. Não pode haver provimento 
derivado em outra carreira.
 Nesses casos, deverá haver a realização de concurso público de provas ou de provas e títulos, para que 
se faça novo provimento originário. A permissão para que o agente ingresse em nova carreira por meio de 
provimento derivado violaria os princípios da isonomia e da impessoalidade, mediante os benefícios oferecidos 
de forma defesa. Nesse diapasão, vejamos o que estabelece a súmula vinculante nº 43 do Supremo Tribunal 
Federal
 
– Súmula 43 do STF: É inconstitucional toda modalidade de provimento que propicie ao servidor investir-se, 
sem prévia aprovação em concurso público destinado ao seu provimento, em cargo que não integra a carreira 
na qual anteriormente investido.
Assim sendo, analisaremos as espécies de provimento derivado permitidas no ordenamento Jurídico 
Brasileiro e suas características específicas. Vejamos:
– Provimento derivado vertical: é a promoção na carreira ensejando a garantia de o servidor público ocupar 
cargos mais altos, na carreira de ingresso, de forma alternada por antiguidade e merecimento. Para que isso 
ocorra, é necessário que ele tenha ingressado, mediante aprovação em concurso público no serviço público, 
bem como mediante assunção de cargo escalonado em carreira. 
Denota-se que a escolha do servidor a progredir na carreira deve ser realiza por critérios de antiguidade e 
merecimento e de forma alternada por critérios de antiguidade e merecimento.
Destaque-se que, intermédio de promoção, não será possível assumir um cargo em outra carreira mais 
elevada. Como por exemplo, ao ser promovido do cargo de técnico do Tribunal para o cargo de analista do 
mesmo órgão. Isso não é possível, uma vez que tal situação significaria a possibilidade de mudança de carreira 
sem a realização de concurso público, o que ensejaria a ascensão que foi abolida pela Constituição Federal de 
1988.
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– Provimento derivado horizontal: trata-se da readaptação disposta no art. 24 da Lei 8112/90. É o 
aproveitamento do servidor em um novo cargo, em decorrência de uma limitação sofrida por este na capacidade 
física ou mental. Em ocorrendo esta hipótese, o agente deverá ser readaptado vindo a assumir um novo cargo, 
no qual as funções sejam compatíveis com as limitações que sofreu em sua capacidade laboral, dependendo 
a verificação desta limitação mediante a apresentação de laudo laboral expedido por junta médica oficial, que 
ateste demonstrando detalhadamente a impossibilidade de o agente se manter no exercício de suas atividades 
de trabalho.
Na fase de readaptação ficará garantida o recebimento de vencimentos, não podendo haver alteração do 
subsídio recebido pelo servidor em virtude da readaptação. 
– Observação importante: esta modalidade de provimento derivado independe da existência de cargo vago 
na carreira, porque ainda que este não exista, o servidor sempre terá direito de ser readaptado e poderá 
exercer suas funções no novo cargo como excedente. Caso não haja nenhum cargo na carreira, com funções 
compatíveis, o servidor poderá ser aposentado por invalidez. Para que haja readaptação, não há necessidade 
de a limitação ter ocorrido por causa do exercício do labor ou da função. A princípio, independentemente de 
culpa, o servidor tem direito a ser readaptado.
– Provimento derivado por reingresso: ocorre quando o servidor de alguma forma, deixou de atuar no labor 
das funções de cargo específico e retorna às suas atividades. Esse provimento pode ocorrer de quatro formas. 
São elas:
a) Reversão: nos termos do art. 25 da Lei 8.112/90, é o retorno do servidor público aposentado ao exercício do 
cargo público. A reversão pode ocorrer por meio da aposentadoria por invalidez, quando cessarem os motivos da 
invalidez. Neste caso, por meio de laudo médico oficial, o poder público toma conhecimento de que os motivos 
que ensejaram a aposentadoria do servidor se tornaram insubsistentes, do que resulta a obrigatoriedade de 
retorno do servidor ao cargo.
Também pode ocorrer a reversão do servidor aposentado de forma voluntária. Dessa maneira, atendidos 
os requisitos dispostos em lei, a legislação ordena que havendo interesse da Administração Pública, que o 
servidor tenha requerido a reversão, que a aposentadoria tenha sido de forma voluntária, que o agente público 
já tivesse, antes, adquirido estabilidade quando no exercício da atividade, que a aposentadoria tenha se dado 
nos cinco anos anteriores à solicitaçãoe também que haja cargo vago, no momento da petição de reversão.
b) Reintegração: trata-se de provimento derivado que requer o retorno do servidor público estável ao cargo 
que ocupava anteriormente, em decorrência da anulação do ato de demissão.
Ocorre a reintegração quando tornada sem validade a demissão do servidor estável por decisão judicial ou 
administrativa, ponderando que o reintegrado terá o direito de ser indenizado por tudo que deixou de ganhar 
em consequência da demissão ilegal.
c) Recondução: conforme dispõe o art. 29, da lei 8.112/90, trata-se a recondução do retorno do servidor ao 
cargo anteriormente ocupado por ele, podendo ocorrer em duas hipóteses:
– Inabilitação em estágio probatório relacionado a outro cargo: quando o servidor público retorna à carreira 
anterior na qual já havia adquirido estabilidade, evitando assim, sua exoneração do serviço público. 
– Reintegração do anterior ocupante: cuida-se de situação exposta, na situação prática apresentada 
anteriormente, através da qual, o servidor público ocupa cargo de outro servidor que é posteriormente reintegrado.
– Observação importante: A recondução não gera direito à percepção de indenização, em nenhuma das duas 
hipóteses. Assim, o servidor público retornará ao cargo de origem, percebendo a remuneração deste cargo.
d) Aproveitamento: é retorno do servidor público que se encontra em disponibilidade, para assumir cargo 
com funções compatíveis com as que anteriormente exercia, antes de ter extinto o cargo que antes ocupava.
Isso ocorre, por que a Carta Magna prevê que havendo a extinção ou declaração de desnecessidade de 
determinado cargo público, o servidor público estável ocupante do cargo não deverá ser demitido ou exonerado, 
mas sim ser removido para a disponibilidade. Nesses casos, o servidor deixará de exercer as funções de forma 
temporária, mantendo o vínculo com a administração pública. 
Destaque-se que não há prazo para o término da disponibilidade, porém, por lei, o servidor tem a garantia de 
que, surgindo novo cargo vago compatível com o que ocupava, seu aproveitamento será obrigatório.
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– Observação importante: o aproveitamento é obrigatório tanto para o poder público quanto para o agente. 
Isso ocorre porque a Administração Pública não pode deixar de executar o aproveitamento para nomear novos 
candidatos, da mesma forma que o servidor não poderá optar por ficar em disponibilidade, vindo a recusar o 
aproveitamento. 
– Vacância
As situações de vacância são as hipóteses de desocupação do cargo público. Vacância é o termo utilizado 
para designar cargo público vago. É um fato administrativo que informa que o cargo público não está provido e 
poderá preenchido por novo agente. 
A lei dispõe sete hipóteses de vacância. São elas:
a) Aposentadoria: acontece quando mediante ato praticado pela Administração Pública, o servidor público 
passa para a inatividade. No Regime Próprio de Previdência do Servidor Público, a aposentadoria pode-se dar 
voluntariamente, compulsoriamente ou por invalidez, devendo ser aprovada pelo Tribunal de Contas para que 
tenha validade. A aposentadoria pode ocorrer pelas seguintes maneiras:
– Falecimento
Quando se tratar de fato administrativo alheio ao interesse do servidor ou da Administração Pública, torna 
inevitavelmente inviável a ocupação do cargo.
– Exoneração
Acontece sempre que o desfazimento do vínculo com o poder público ocorre por situação prevista em lei, 
sem penalidades, dando fim à relação jurídica funcional que havia tido início com a posse.
Ressalte-se que a exoneração pode ocorrer a pedido do servidor, situação na qual, por vontade do agente 
público, o vínculo se restará desfeito e o cargo vago. 
b) Demissão: será cabível todas as vezes em que o servidor cometer infração funcional, prevista em lei 
e será punível com a perda do cargo público. A demissão está disposta na lei 8.112/90 em forma de sanção 
aplicada ao servidor que cometer.
Quaisquer das infrações dispostas no art. 132 que são configuradas como condutas consideradas graves. 
Em determinados casos, definidos pelo legislador, a demissão proporá de forma automática a indisponibilidade 
dos bens do servidor até que esse faça os devidos ressarcimentos ao erário. Em se tratando de situações mais 
extremas, o legislador vedará por completo a o retorno do servidor ao serviço público.
A penalidade deverá ser por meio de processo administrativo disciplinar no qual se observe o direito ao 
contraditório e a ampla defesa.
c) Readaptação: é a de investidura do servidor em cargo de atribuições e responsabilidades compatíveis com 
a limitação que tenha sofrido em sua capacidade física ou mental, comprovada em inspeção minuciosamente 
realizada por junta médica oficial do órgão competente.
O servidor que for readaptado, assumindo o novo cargo desde que seja com funções compatíveis com sua 
nova situação, deverá retornar ao cargo anteriormente ocupado. Assim, a readaptação ensejará o provimento 
de um cargo e, por conseguinte, a vacância de outro, acopladas num só ato.
d) Promoção: ocorre no momento em que o servidor público, por antiguidade e merecimento, alternadamente, 
passa a assumir cargo mais elevado na carreira de ingresso. 
e) Posse em cargo inacumulável: todas as vezes que o servidor tomar posse em cargo ou emprego público 
de carreira nova, mediante aprovação em concurso público de provas ou de provas e títulos, de forma que o 
novo cargo não seja acumulável com o primeiro.
Ocorrendo isso, em decorrência da vedação estabelecida pela Carta Magna de acumulação de cargos e 
empregos públicos, será necessária a vacância do cargo anteriormente ocupado. Não fazendo o servidor a 
opção, após a concessão de prazo de dez dias, por conseguinte, o poder público poderá instaurar, nos termos 
da lei, processo administrativo sumário, pugnando na aplicação da penalidade de demissão do servidor.
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– Efetividade
A efetividade não se confunde com a estabilidade. Ao passo que a estabilidade é a garantia constitucional 
disposta no art.14, que garante a permanência no serviço público outorgada ao servidor que, no ato de nomeação 
por concurso público para cargo de provimento efetivo, tenha transposto o período de estágio probatório e 
aprovado numa avaliação específica e especial de desempenho, a efetividade é a situação jurídica daquele 
servidor que ocupa cargo de provimento efetivo. 
Os cargos de provimento efetivo são aqueles que só podem ser titularizados por servidores estatutários. Sua 
nomeação depende explicitamente da aprovação em concurso público.
Ao ingressar no serviço público, o servidor ao ocupar cargo de provimento efetivo, já é considerado um 
servidor efetivo. Entretanto, o mencionado servidor efetivo só terá garantida sua permanência no serviço 
público, a estabilidade, depois de três anos de exercício, desde que seja aprovado no estágio probatório.
– Criação, transformação e extinção de cargos, empregos e funções
Via de regra, os cargos públicos apenas podem ser criados, transformados ou extintos por determinação 
de lei. Cabe ao Poder Legislativo, com o sancionamento do chefe do Poder Executivo, dispor sobre a criação, 
transformação e extinção de cargos, empregos e funções públicas.Em se tratando de cargos do Poder 
Legislativo, o processo de criação não depende apenas de lei, mas sim de uma norma que mesmo apesar de 
possuir a mesma hierarquia de lei, não está na dependência de deliberação executiva com sanção ou veto do 
chefe do Executivo. Referidas normas, em geral, são chamadas de Resoluções.
Denota-se que é a norma criadora do cargo a responsável pela denominação, as atribuições e a remuneração 
correspondentes aos cargos públicos, nos termos da lei.
Uma questão de suma relevância, é a iniciativa da lei que cria, extingue ou transforma cargos. A despeito 
da criaçãode cargos, vejamos:
– Cargos do Poder Executivo: a iniciativa é privativa do chefe desse Poder (CF, art. 61, § 1º, II, “a”).
– Cargos do Poder Judiciário: dos Tribunais de Contas e do Ministério Público a lei em questão, partirá 
de iniciativa dos respectivos Tribunais ou Procuradores-Gerais em se tratando da criação de cargos para o 
Ministério Público.
– Cargos do Legislativo: os cargos serão criados, extintos ou transformados por atos normativos de âmbito 
interno desse Poder (Resoluções), sendo sua iniciativa da respectiva Mesa Diretora.
Embora sejam criados por lei, os cargos ou funções públicas, se estiverem vagos, podem ser extintos por 
intermédio de lei ou por decreto do chefe do Poder Executivo. No entanto, se o cargo estiver ocupado, só 
poderá ser extinto por lei.
Os cargos podem ser organizados em carreira ou isolados. Vejamos:
– Cargos organizados em carreira: são cargos cujos ocupantes podem percorrer várias classes ao longo da 
sua vida funcional, em razão do regime de progressão do servidor na carreira. 
– Cargos isolados: não permitem a progressão funcional de seus titulares.
Em relação às garantias e características especiais que lhe são conferidas, os cargos podem ser classificados 
em vitalícios, efetivos; e comissionados. Vejamos:
– Cargos vitalícios e cargos efetivos: oferecem garantia de permanência aos seus ocupantes. De forma 
geral, a nomeação para esses cargos é dependente de prévia aprovação em concurso público. 
– Cargos em comissão ou comissionados: de acordo com o art. 37, V, da CF, os cargos comissionados se 
destinam apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento. São ocupados de maneira temporária, em 
função da confiança depositada pela autoridade nomeante. A nomeação para esse tipo de cargo não depende 
de aprovação em concurso público, podendo a exoneração do seu ocupante pode ser feita a qualquer tempo, 
a critério da autoridade nomeante. 
Ressalte-se que antes da EC 32/2001, os cargos e as funções públicas só podiam ser extintos por 
determinação de lei. Entretanto, a mencionada emenda constitucional alterou a redação do art. 84, VI, “b”, da 
CF, passando a legislar admitindo que o Presidente da República possa extinguir funções ou cargos públicos 
por meio de decreto, quando estes se encontrarem vagos.
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O resultado disso, é que, ao aplicar o princípio da simetria, a consequência é que os Governadores e 
Prefeitos, se houver semelhante previsão nas respectivas Constituições Estaduais ou Leis Orgânicas, também 
podem extinguir por decreto funções ou cargos públicos vagos nos Estados, Distrito Federal e Municípios.
Assim sendo, em se restando vagos, os cargos ou funções públicas, embora sejam criados por lei, poderão 
ser extintos por lei ou por decreto do chefe do Poder Executivo. Entretanto, se o cargo estiver ocupado, só 
poderá ser extinto através de lei, uma vez que não se admite a edição de decreto com essa finalidade.
– Remuneração 
A Constituição Federal Brasileira aduz no art. 37, inciso X do art. 37, a seguinte redação:
X - a remuneração dos servidores públicos e o subsídio de que trata o § 4.º do art. 39 somente poderão ser 
fixados ou alterados por lei específica, observada a iniciativa privativa em cada caso, assegurada revisão geral 
anual, sempre na mesma data e sem distinção de índices;
Infere-se que a alteração mais importante trazida a esse dispositivo por meio da EC 19/1998, foi a exigência 
de lei específica para que seja fixada ou que haja alteração na remuneração em sentido amplo de todos os 
servidores públicos. Isso significa que cada alteração de remuneração de cargo público deverá ser feita através 
da edição de lei ordinária específica para tratar desse assunto. 
O termo “subsídio”, o qual o texto do inciso X do art. 3 7 menciona, é um tipo de remuneração inserida 
em nosso ordenamento jurídico através da EC 19/1998, que é de medida obrigatória para alguns cargos e 
facultativa para outros. 
Nos parâmetros do § 4.º do art. 39 da Constituição Federal, o subsídio deverá ser “fixado em parcela única, 
vedado o acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de representação ou outra espécie 
remuneratória”. No estudo desse paramento legal, depreende-se que o subsídio é uma espécie remuneração 
em sentido amplo.
Não obstante, a redação do inciso X do art. 3 7 não tenha usado o termo “vencimento”, convém anotar 
que este é usado com frequência para indicar a remuneração dos servidores estatutários que não percebem 
subsídio.
Nesse conceito, os “vencimentos”, também são considerados um tipo de remuneração em sentido amplo. 
São compostos pelo vencimento normal do cargo com o acréscimo das vantagens pecuniárias estabelecidas 
em lei. 
Portanto, o disposto no inciso X do art. 37 da CFB/88, ao determinar “a remuneração dos servidores públicos 
e o subsídio”, está, em síntese, acoplando as duas espécies remuneratórias, vencimentos e subsídios que os 
servidores públicos estatutários podem receber. 
Pondera-se que o termo “salário” não é alcançado pelo citado dispositivo, posto que este trata-se do nome 
usado para o pagamento ou quitação de serviços profissionais prestados em uma relação de emprego quando a 
mesma é sujeita ao regime trabalhista, que é controlado e direcionado pela Consolidação das Leis do Trabalho. 
Assim sendo, entende-se que os empregados públicos recebem salário.
Dependerá do cargo conforme o dispositivo de lei que o rege, para que a iniciativa privativa das leis que 
fixem ou alterem as remunerações e subsídios dos servidores públicos. De acordo com a Constituição, atinente 
às principais hipóteses de iniciativa de leis que tratem a respeito da remuneração de cargos públicos, podemos 
resumir das seguintes formas:
Cargo do Poder Executivo 
Federal
A iniciativa é privativa do Presidente da República 
(CFB, art. 61, § 1.º, II, “a”);
Cargos da Câmara dos 
Deputados a iniciativa é privativa dessa Casa (CFB, art. 51, IV);
Cargos do Senado Federal a iniciativa é privativa dessa Casa (CF, art. 52, XIII);
Compete de forma privativa ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores e aos Tribunais de 
Justiça propor ao Poder Legislativo a respectiva remuneração dos seus serviços auxiliares e dos juízos que 
lhes forem vinculados, e, ainda a fixação do subsídio de seus membros e dos Juízes, inclusive dos tribunais 
inferiores, onde houver (CF, art. 48, XV, e art. 96, II, ‘b ). 
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Observe-se que a fixação do subsídio dos deputados federais, dos senadores, do Presidente e do Vice-
Presidente da República e dos Ministros de Estado é da competência exclusiva do Congresso Nacional e não 
se encontra sujeita à sanção ou veto do Presidente da República. Nesse sentido específico, em virtude de 
previsão constitucional, a determinação dos aludidos subsídios não é realizada por meio de lei, mas sim por 
intermédio de Decreto Legislativo do Congresso Nacional.
Nesse sentido, em relação entendimento do Supremo Tribunal Federal, esse órgão entende que a concessão 
da revisão geral anual” a que se refere o inciso X do art. 37 da Constituição deve ser efetivada por intermédio 
de lei de iniciativa privativa do Poder Executivo de cada Federação. 
O inciso X do art. 37 da Constituição Federal em sua parte final, garante a” revisão geral anual” da remuneração e 
do subsídio dos “servidores públicos” sempre na mesma data e sem distinção de índices.
A Constituição da República em seu texto original, usava os termos “servidor público civil” e “servidor público 
militar”. No entanto, a partir da aprovação da EC 1811998, estas expressões deixaram de existir e o texto 
constitucional passou a se referir aos servidores civis, apenas como “servidores públicos” e aos servidores 
militares, apenas como “militares.
Também em seu texto original e primitivo, a Constituição Federal de 1988 determinavaa obrigatoriedade do 
uso de índices de revisão de remuneração idênticos para servidores públicos civis e para servidores públicos 
militares (expressões usadas antes da EC 18/1998). Acontece que no atual inciso X do art. 37, que resultou 
da EC 1911998, existe referência apenas a “servidores públicos”, o que leva a entender que o preceito nele 
contido não pode ser aplicado aos militares, uma vez que estes não se englobam mais como espécie do gênero 
“servidores públicos”.
A remuneração dos servidores públicos passa anualmente por período revisional. Esse ato também faz 
parte do contido na EC 19/1998. 
O objetivo da revisão geral anual, ao menos, em tese, possui o fulcro de recompor o poder de compra da 
remuneração do servidor, devido a inflação que normalmente está em alta. Por não se tratar de aumento real 
da remuneração ou do subsídio, mas somente de um aumento nominal, por esse motivo, é denominado, às 
vezes, de “aumento impróprio”.
Esclarece-se que a revisão geral de remuneração e subsídio que o dispositivo constitucional em exame 
menciona, não é implantada mediante a reestruturação de algumas carreiras, posto que as reestruturações 
de carreiras não são anuais, nem, tampouco gerais, pois se limitam a cargos específicos, além de não 
manterem ligação com a perda de valor relativo da moeda nacional. Já a revisão geral, de forma adversa das 
reestruturações de carreiras, tem o condão de alcançar todos os servidores públicos estatutários de todos os 
Poderes da Federação em que esteja efetuando e deve ocorrer a cada ano.
Registre-se que a remuneração do servidor público é submetida aos valores mínimo e máximo.
Em relação ao valor mínimo, a Carta Magna predispõe aos servidores públicos a mesma garantia que é 
dada aos trabalhadores em geral, qual seja, a de que a remuneração recebida não pode ser inferior ao salário 
mínimo. No entanto, tal garantia se refere ao total da remuneração recebida, e não em relação ao vencimento-
base. Sobre o assunto, o STF deixou regulamentado na Súmula Vinculante 16.
Ressalta-se que a garantia da percepção do salário mínimo não foi assegurada pela Constituição Federal aos 
militares. Para o STF, a obrigação do Estado quanto aos militares está limitada ao fornecimento das condições 
materiais para a correta prestação do serviço militar obrigatório nas Forças Armadas. Para tanto, denota-se que 
os militares são enquadrados em um sistema que não se confunde com o que se aplica aos servidores civis, 
uma vez que estes têm direitos, garantias, prerrogativas e impedimentos próprios (RE 570177/MG).
Consolidando o entendimento, enfatiza-se que a Suprema Corte editou a Súmula Vinculante 6, por meio da 
qual afirma que “não viola a Constituição o estabelecimento de remuneração inferior ao salário mínimo para as 
praças prestadoras de serviço militar inicial”.
Referente ao limite máximo, foi estabelecido o teto remuneratório pelo art. 37, XI, da CF, com redação dada 
pela EC 41/2003. Vejamos:
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XI - a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e empregos públicos da administração 
direta, autárquica e fundacional, dos membros de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Municípios, dos detentores de mandato eletivo e dos demais agentes políticos e os proventos, 
pensões ou outra espécie remuneratória, percebidos cumulativamente ou não, incluídas as vantagens pessoais 
ou de qualquer outra natureza, não poderão exceder o subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo 
Tribunal Federal, aplicando-se como limite, nos Municípios, o subsídio do Prefeito, e nos Estados e no Distrito 
Federal, o subsídio mensal do Governador no âmbito do Poder Executivo, o subsídio dos Deputados Estaduais 
e Distritais no âmbito do Poder Legislativo e o subsídio dos Desembargadores do Tribunal de Justiça, limitado a 
noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo 
Tribunal Federal, no âmbito do Poder Judiciário, aplicável este limite aos membros do Ministério Público, aos 
Procuradores e aos Defensores Públicos; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003).
O art. 37, § 11, da CFB/88 também regulamenta o assunto ao afirmar que estão submetidos ao teto a 
remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e empregos públicos da administração direta, 
autárquica e fundacional, dos membros de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal 
e dos Municípios, dos detentores de mandato eletivo e dos demais agentes políticos e os proventos, pensões 
ou outra espécie remuneratória, percebidos cumulativamente ou não, incluídas as vantagens pessoais ou de 
qualquer outra natureza. Referente às parcelas de caráter indenizatório, estas não serão computadas para 
efeito de cálculo do teto remuneratório.
Perceba que a regra do teto remuneratório também e plenamente aplicável às empresas públicas e às 
sociedades de economia mista, e suas subsidiárias, que percebem recursos da União, dos Estados, do Distrito 
Federal ou dos Municípios para pagamento de despesas de pessoal ou de custeio em geral (art. 37, § 9º, da 
CF).No entanto, se essas entidades não vierem a receber recursos públicos para a quitação de despesas de 
custeio e de pessoal, seus empregados não estarão submetidos ao teto remuneratório previsto no art. 37, XI, 
da CF.
Nos trâmites desse dispositivo constitucional, resta-se existente um teto geral remuneratório que deve ser 
aplicado a todos os Poderes da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, sendo este, o subsídio dos 
Ministros do Supremo Tribunal Federal. Além disso, referente a esse teto geral, existem tetos específicos 
aplicáveis aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios.
Em se tratando da esfera estadual e distrital, denota-se que a remuneração dos servidores públicos não 
podem exceder o subsídio mensal dos Ministros do STF, bem como, ainda, não pode ultrapassar os limites a 
seguir:
– Na alçada do Poder Executivo: o subsídio do Governador;
– Na alçada do Poder Legislativo: o subsídio dos Deputados Estaduais e Distritais;
– Na alçada do Poder Judiciário: o subsídio dos Desembargadores do Tribunal de Justiça, limitado este a 
90,25% do subsídio dos Ministros do STF. Infere-se que esse limite também é nos termos da Lei, aplicável aos 
membros do Ministério Público, aos Procuradores e aos Defensores Públicos, mesmo que estes não integrem 
o Poder Judiciário.
Em relação aos Estados e ao Distrito Federal, a Carta Magna, no art. 37, § 12 com redação incluída pela EC 
47/2005, facultou a cada um desses entes fixar, em sua alçada, um limite remuneratório local único, sendo ele 
o subsídio mensal dos Desembargadores do respectivo Tribunal de Justiça que é limitado a 90,25% do subsídio 
dos Ministros do STF. Se os Estados ou Distrito Federal desejarem adotar o subteto único, deverão realizar 
tal tarefa por meio de emenda às respectivas Constituições estaduais ou, ainda, à Lei Orgânica do Distrito 
Federal. Entretanto, em consonância com a Constituição Federal, o limite local único não deve ser aplicado aos 
subsídios dos Deputados Estaduais e Distritais e dos Vereadores.
Finalizando, em relação à esfera municipal, a remuneração dos agentes públicos não poder exceder o teto 
geral e também não pode exceder o subsídio do Prefeito que cuida-se do subteto municipal.
Registre-se ainda, que a Constituição Federal carrega em seu bojo a regra de que “os vencimentos dos 
cargos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário não poderão ser superiores aos pagos pelo Poder Executivo” 
(art. 37, XII, da CF). No entanto, esta norma tem sido de pouca aplicação, pelo fato de possuir conteúdo 
genérico, ao contrário da previsão inserida no art. 37, XI, da CFB/88, que explicitamente estabelece limites 
precisos para os tetos remuneratórios.
Apostila gerada especialmente para: carlos cesar César nogueira da silva e silva 978.677.991-6849
Direitos e deveres
Adentrando ao tópico dos direitos e deveres dos agentes públicos, com o amparo da Lei 8112/90, que dispõe 
sobre o regime jurídico único dos servidores públicos civis da União, das autarquias e das fundações públicas 
federais, é importante explanar que além do vencimento-base, a lei prevê que o servidor federal poderá receber 
vantagens pecuniárias, sendo elas:
– Indenizações
Têm como objetivo ressarcir aos servidores em razão de despesas que tenham tido por motivo do exercício 
de suas funções. São previstos por determinação legal, os seguintes tipos de indenizações a serem pagas ao 
servidor federal:
a) Ajuda de custo: é destinada a compensar as despesas de instalação do servidor que, a trabalho em prol 
do interesse do serviço público, passar a laborar em nova sede, isso com mudança de domicílio em caráter 
permanente.
A ajuda de custo também será devida àquele agente que, não sendo servidor da União, for nomeado para 
cargo em comissão, com mudança de domicílio. Por outro ângulo, não será concedida ajuda de custo ao 
servidor que em virtude de mandato eletivo se afastar do cargo, ou vier a reassumi-lo.
O cálculo pecuniário da ajuda de custo é feito sobre a remuneração do servidor, e não pode exceder a 
importância correspondente a três meses de remuneração.
Referente a cônjuge ou companheiro do servidor beneficiado pela ajuda de custo que também seja servidor 
e, a qualquer tempo, passe a ter exercício na mesma sede do seu cônjuge ou companheiro, não é permitido 
pela legislação que ocorra o pagamento de uma segunda ajuda de custo.
Além de receber o valor pago pela ajuda de custo, todas as despesas de transporte do servidor e de sua 
família, deverão ser arcadas pela Administração Pública, compreendendo passagem, bagagem e bens pessoais.
Falecendo o servidor estando lotado na nova sede, sua família, por conseguinte, fará jus à ajuda de custo 
bem como de transporte para retornar à localidade de origem, no prazo de um ano, contado do óbito. 
Com o fito de evitar enriquecimento sem causa, a lei determina que o servidor ficará obrigado a restituir a 
ajuda de custo quando, sem se justificar, não se apresentar na nova sede no prazo de 30 dias.
— Observação importante: O STJ entende que a ajuda de custo somente é devida aos servidores que, no 
interesse da Administração, forem removidos ex officio, com fundamento no art. 36, parágrafo único, I, da Lei 
8.112/1990. No entanto, quando a remoção ocorrer em decorrência de interesse particular do servidor, a ajuda 
de custo não é devida. Assim, por exemplo, se o servidor público passar a ter exercício em nova sede, com 
mudança de domicílio em caráter permanente, por meio de processo seletivo de remoção, não terá direito à 
percepção da verba de ajuda de custo (AgRg no REsp 1.531.494/SC).
– Diárias
São devidas ao servidor que a serviço, se afastar da sede em caráter eventual ou transitório para outro ponto 
do território nacional ou para o Exterior, que também fará jus a passagens destinadas a indenizar as despesas 
extraordinárias com pousada, alimentação e locomoção urbana. 
As diárias são devidas apenas nas hipóteses de deslocamentos eventuais ou transitórios. Assim, o servidor 
não fará jus a diárias se o deslocamento da sede constituir exigência permanente do cargo (art. 58, § 2º).
Não terá direito a diárias o servidor que se deslocar dentro da mesma região metropolitana, aglomeração 
urbana ou microrregião, constituídas por municípios limítrofes e regularmente instituídas, ou em áreas de 
controle integrado mantidas com países limítrofes, cuja jurisdição e competência dos órgãos, entidades e 
servidores brasileiros consideram-se estendidas, salvo se houver pernoite fora da sede, hipóteses em que as 
diárias pagas serão sempre as fixadas para os afastamentos dentro do território nacional (art. 58, § 3º).
A diária será concedida por dia de afastamento, sendo devida pela metade quando o deslocamento não 
exigir pernoite fora da sede, ou quando a União custear, por meio diverso, as despesas extraordinárias cobertas 
por diárias (art. 58, § 1º).
Além disso, o servidor que receber diárias e porventura, não se afastar da sede, será obrigado a restituí-las 
em valor integral no prazo de cinco dias.
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Da mesma forma, retornando o servidor à sede antes do previsto, também ficará obrigado a devolver as 
diárias percebidas em excesso no prazo de cinco dias.
a) Indenização de transporte: é devida ao servidor que no exercício de serviço de interesse público realizar 
despesas com a utilização de meio próprio de locomoção para a execução de serviços externos, por força das 
atribuições próprias do cargo (art. 60 da Lei 8.112/90). 
b) Auxílio-moradia: é o ressarcimento das despesas devidamente comprovadas e realizadas pelo servidor 
público com aluguel de moradia ou, ainda com outro meio de hospedagem devidamente administrado por 
empresa hoteleira, no decurso do prazo de um mês após a comprovação da despesa pelo servidor.
Para fazer jus ao recebimento do auxílio-moradia, o servidor deverá atender a alguns requisitos cumulativos 
previstos na lei (art. 60-B). Vejamos: 
Art. 60-B. Conceder-se-á auxílio-moradia ao servidor se atendidos os seguintes requisitos: (Incluído pela Lei 
nº 11.355, de 2006).
I - não exista imóvel funcional disponível para uso pelo servidor; (Incluído pela Lei nº 11.355, de 2006).
II - o cônjuge ou companheiro do servidor não ocupe imóvel funcional; (Incluído pela Lei nº 11.355, de 2006).
III - o servidor ou seu cônjuge ou companheiro não seja ou tenha sido proprietário, promitente comprador, 
cessionário ou promitente cessionário de imóvel no Município aonde for exercer o cargo, incluída a hipótese 
de lote edificado sem averbação de construção, nos doze meses que antecederem a sua nomeação; (Incluído 
pela Lei nº 11.355, de 2006).
IV - nenhuma outra pessoa que resida com o servidor receba auxílio-moradia; (Incluído pela Lei nº 11.355, 
de 2006).
V - o servidor tenha se mudado do local de residência para ocupar cargo em comissão ou função de confian-
ça do Grupo-Direção e Assessoramento Superiores - DAS, níveis 4, 5 e 6, de Natureza Especial, de Ministro de 
Estado ou equivalentes; (Incluído pela Lei nº 11.355, de 2006).
VI - o Município no qual assuma o cargo em comissão ou função de confiança não se enquadre nas hipó-
teses do art. 58, § 3o, em relação ao local de residência ou domicílio do servidor; (Incluído pela Lei nº 11.355, 
de 2006).
VII - o servidor não tenha sido domiciliado ou tenha residido no Município, nos últimos doze meses, aonde 
for exercer o cargo em comissão ou função de confiança, desconsiderando-se prazo inferior a sessenta dias 
dentro desse período; e (Incluído pela Lei nº 11.355, de 2006).
VIII - o deslocamento não tenha sido por força de alteração de lotação ou nomeação para cargo efetivo. 
(Incluído pela Lei nº 11.355, de 2006).
IX - o deslocamento tenha ocorrido após 30 de junho de 2006. (Incluído pela Lei nº 11.490, de 2007).
Parágrafo único. Para fins do inciso VII, não será considerado o prazo no qual o servidor estava ocupando 
outro cargo em comissão relacionado no inciso V. (Incluído pela Lei nº 11.355, de 2006).
– Gratificações
São vantagens pecuniárias que constituem acréscimos de estipêndio, que acopladas ao vencimento 
constituem a remuneração do servidor público. 
Em consonância com o art. 61 da Lei 8.112/1990 depreende-se que, além do vencimento e das indenizações, 
poderão ser deferidas aos servidores as seguintes retribuições em forma de gratificações e adicionais:
a) Retribuição pelo exercício de função de direção, chefia e assessoramento: “Ao servidor ocupante de cargo 
efetivo investido em função de direção, chefia ou assessoramento, cargo de provimento em comissão ou de 
Natureza Especial é devida retribuição pelo seu exercício” (art. 62). O valor dessa retribuição será fixado por 
lei específica.
b) Gratificação natalina: equivaleao 13º salário do trabalhador da iniciativa privada, ou pública sendo 
calculada à razão de 1/12 da remuneração a que o servidor fizer jus no mês de dezembro, por mês de exercício 
no respectivo ano. Para efeito de pagamento da gratificação natalina, a fração igual ou superior a 15 dias de 
exercício será considerada como mês integral.
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c) Adicional pelo exercício de atividades insalubres, perigosas ou penosas: O adicional de insalubridade é 
devido aos servidores que trabalhem com habitualidade em locais insalubres, que provocam a deterioração da 
sua saúde. Em relação ao adicional de periculosidade, é devido ao servidor cujas funções que desempenha 
habitualmente colocam em risco a sua vida.
d) Adicional pela prestação de serviço extraordinário: é aquele exercido além da jornada ordinária de trabalho 
do servidor. 
Nos termos da Lei 8.112/1990, o serviço extraordinário será remunerado com acréscimo de 50% em relação 
à hora normal de trabalho.
(art. 73). No entanto, somente será permitido serviço extraordinário para atender a situações excepcionais e 
temporárias, respeitado o limite máximo de duas horas por jornada (art. 74).
e) Adicional noturno: é prestado no horário compreendido entre 22 horas de um dia e cinco horas do 
dia seguinte. O servidor que exercer serviço noturno terá direito a perceber o adicional noturno, cujo valor 
corresponderá ao acréscimo de 25% sobre a hora trabalhada no turno diurno. Além disso, será considerado 
como uma hora de serviço noturno o tempo de cinquenta e dois minutos e trinta segundos (art. 75).
f) Adicional de férias: é garantido pela Constituição Federal e disciplinado no art. 76 do estatuto funcional. 
Independentemente de solicitação, será pago ao servidor, por ocasião das suas férias, um adicional 
correspondente a 1/3 da remuneração do período das férias. No caso de o servidor exercer função de direção, 
chefia ou assessoramento, ou ocupar cargo em comissão, a respectiva vantagem será considerada no cálculo 
do adicional de férias.
h) Gratificação por encargo de curso ou concurso: é direito assegurado ao servidor que, em caráter eventual, 
se encaixar nas hipóteses do art.76-A, tais como: atuar como instrutor em curso de formação, de desenvolvimento 
ou de treinamento regularmente instituído no âmbito da administração pública federal; participar de banca 
examinadora ou de comissão para exames orais, para análise curricular, para correção de provas discursivas, 
para elaboração de questões de provas ou para julgamento de recursos intentados por candidatos; participar 
da logística de preparação e de realização de concurso público envolvendo atividades de planejamento, 
coordenação, supervisão, incluídas entre as suas atribuições permanentes e participar da aplicação, fiscalizar 
ou avaliar provas de exame vestibular ou de concurso público ou supervisionar essas atividades.
Vale a pena registrar que, em tempos remotos, a lei contemplava o pagamento do adicional por tempo de 
serviço. Entretanto, o dispositivo legal que previa o mencionado adicional foi revogado. Contemporaneamente, 
esta vantagem é paga somente aos servidores que à época da revogação restavam munidos de direito adquirido 
à sua percepção.
– Adicionais
Adicionais são formas de remuneração do risco à vida e à saúde dos trabalhadores com caráter transitório, 
enquanto durar a exposição aos riscos de trabalho do servidor. No serviço público, podemos resumi-los da 
seguinte forma:
a) Adicional pelo exercício de atividades insalubres, perigosas ou penosas: O adicional de insalubridade é 
devido aos servidores que trabalhem com habitualidade em locais insalubres, que provocam a deterioração da 
sua saúde. Em relação ao adicional de periculosidade, é devido ao servidor cujas funções que desempenha 
habitualmente colocam em risco a sua vida.
b) Adicional pela prestação de serviço extraordinário: é aquele exercido além da jornada ordinária de trabalho 
do servidor. 
Nos termos da Lei 8.112/1990, o serviço extraordinário será remunerado com acréscimo de 50% em relação 
à hora normal de trabalho.
No entanto, somente será permitido serviço extraordinário para atender a situações excepcionais e 
temporárias, respeitado o limite máximo de duas horas por jornada, nos ditames do art.74.
c) Adicional noturno: é prestado no horário compreendido entre 22 horas de um dia e cinco horas do 
dia seguinte. O servidor que exercer serviço noturno terá direito a perceber o adicional noturno, cujo valor 
corresponderá ao acréscimo de 25% sobre a hora trabalhada no turno diurno. Além disso, será considerado 
como uma hora de serviço noturno o tempo de cinquenta e dois minutos e trinta segundos (art. 75).
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d) Adicional de férias: é disposto na Constituição Federal e disciplinado no art. 76 do estatuto funcional. 
Independentemente de solicitação, será pago ao servidor, por ocasião das suas férias, um adicional 
correspondente a 1/3 da remuneração do período das férias. No caso de o servidor exercer função de direção, 
chefia ou assessoramento, ou ocupar cargo em comissão, a respectiva vantagem será considerada no cálculo 
do adicional de férias.
e) Adicional de atividade penosa: será devido aos servidores que estejam em exercício de suas funções em 
zonas de fronteira ou em localidades cujas condições de vida o justifiquem, nos termos, condições e limites 
fixados em regulamento (art. 71).
– Observação importante: O direito ao adicional de insalubridade ou periculosidade cessa com a eliminação 
das condições ou dos riscos que deram causa a sua concessão (art. 68, § 2º).
O servidor que pelas circunstâncias fizer jus aos adicionais de insalubridade e de periculosidade deverá 
optar por um deles, não podendo perceber ditas vantagens cumulativamente (art. 68, § 1º).
– Férias
De modo geral, podemos afirmar que as férias correspondem ao direito do servidor a um período de descanso 
anual remunerado, por meio do qual, para a maioria dos servidores é de trinta dias. Esse direito do servidor está 
garantido pela Constituição Federal, porém, a disciplina do seu exercício pelos servidores estatutários federais 
está inserida nos arts. 77 a 80 da Lei 8.112/1990.
Normalmente, o servidor fará jus a trinta dias de férias a cada ano, que por sua vez, podem ser acumuladas 
até o máximo de dois períodos, em se tratando de caso de necessidade do serviço, com exceção das hipóteses 
em que haja legislação específica (art. 77). Entretanto, o servidor que opera direta em permanência constante 
com equipamentos de raios X ou substâncias radioativas, terá direito ao gozo de 20 dias consecutivos de férias 
semestrais de atividade profissional, sendo proibida em qualquer hipótese a acumulação desses períodos (art. 
79).
– Observação importante: A lei proíbe que seja levada à conta de férias qualquer falta ao serviço (art. 77, § 
2º).
É interessante salientar que no primeiro período aquisitivo de férias serão exigidos 12 meses de exercício 
(art. 77, § 1º); a partir daí os períodos aquisitivos de férias são contados por exercício.
Infere-se que o gozo do período de férias é decisão exclusivamente discricionária da administração, que só 
o fará se compreender que o pedido atende ao interesse público.
No condizente à remuneração das férias, depreende-se que esta será acrescida do adicional que corresponda 
a 1/3 incidente sobre a remuneração original. Já o pagamento da remuneração de férias, com o acréscimo do 
adicional, poderá ser efetuado até dois dias antes do início do respectivo período do gozo (art. 78).
Havendo parcelamento de gozo do período de férias, o servidor receberá o adicional de férias somente após 
utilizado o primeiro período (art. 78, § 5º).
Caso o servidor seja exonerado do cargo efetivo, ou em comissão, terá o direito de receber indenização 
relativa ao período das férias a que tiver direito, bemcomo ao incompleto, na exata proporção de um doze 
avos por mês de efetivo exercício, ou, ainda de fração superior a quatorze dias (art. 78, § 3º). Ocorrendo isso, 
a indenização poderá ser calculada com base na remuneração do mês em que for publicado o ato exoneratório 
(art. 78, § 4º).
– Observação importante: o STJ vem aplicando de forma pacífica o entendimento de que, ocorrendo 
vacância, por posse em outro cargo inacumulável, sem solução de continuidade no tempo de serviço, o direito 
à fruição das férias não gozadas nem indenizadas transfere-se para o novo cargo, ainda que este último 
tenha remuneração maior (STJ, 5ª Turma, AgRg no Ag 1008567/DF, Rel. Min. Napoleão Nunes Maia Filho, j. 
18.09.2008, DJe 20.10.2008).
 Via de regra, as férias dos servidores públicos devem ser gozadas sem quaisquer tipos de interrupção. 
Entretanto, como exceção, a lei estabelece dispositivo que determina que as férias somente poderão ser 
interrompidas nas seguintes hipóteses art. 80 da Lei 8112/90:
a) calamidade pública;
b) comoção interna;
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c) convocação para júri, serviço militar ou eleitoral; ou
d) por necessidade do serviço declarada pela autoridade máxima do órgão ou entidade.
– Licenças
São períodos por meio dos quais o servidor tem direito de se afastar das suas atividades, com ou sem 
remuneração, de acordo com o tipo de licença.
A Lei 8112/90 prevê várias espécies de licenças, são elas:
Art. 81. Conceder-se-á ao servidor licença:
I - por motivo de doença em pessoa da família;
II - por motivo de afastamento do cônjuge ou companheiro;
III - para o serviço militar;
IV - para atividade política;
V - para capacitação; 
VI - para tratar de interesses particulares;
VII - para desempenho de mandato classista;
VIII - para tratamento de saúde;
IX - Licença por acidente em serviço (art. 211);
X - Licença à Gestante (art. 207);
XI - Licença à Adotante (art. 210);
XII – Licença Paternidade (art. 208).
Nos parâmetros do referido Estatuto, temos a seguinte explanação:
Art. 83. Poderá ser concedida licença ao servidor por motivo de doença do cônjuge ou companheiro, dos 
pais, dos filhos, do padrasto ou madrasta e enteado, ou dependente que viva a suas expensas e conste do seu 
assentamento funcional, mediante comprovação por perícia médica oficial. 
§ 1o A licença somente será deferida se a assistência direta do servidor for indispensável e não puder ser 
prestada simultaneamente com o exercício do cargo ou mediante compensação de horário, na forma do dis-
posto no inciso II do art. 44. 
§ 2o A licença de que trata o caput, incluídas as prorrogações, poderá ser concedida a cada período de doze 
meses nas seguintes condições: 
I - por até 60 (sessenta) dias, consecutivos ou não, mantida a remuneração do servidor;
II - por até 90 (noventa) dias, consecutivos ou não, sem remuneração.
§ 3o O início do interstício de 12 (doze) meses será contado a partir da data do deferimento da primeira 
licença concedida. 
 § 4o A soma das licenças remuneradas e das licenças não remuneradas, incluídas as respectivas prorro-
gações, concedidas em um mesmo período de 12 (doze) meses, observado o disposto no § 3o, não poderá 
ultrapassar os limites estabelecidos nos incisos I e II do § 2o.
§ 2o A licença de que trata o caput, incluídas as prorrogações, poderá ser concedida a cada período de doze 
meses nas seguintes condições: 
I - por até 60 (sessenta) dias, consecutivos ou não, mantida a remuneração do servidor; 
II - por até 90 (noventa) dias, consecutivos ou não, sem remuneração. 
§ 3o O início do interstício de 12 (doze) meses será contado a partir da data do deferimento da primeira 
licença concedida. 
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 § 4o A soma das licenças remuneradas e das licenças não remuneradas, incluídas as respectivas prorro-
gações, concedidas em um mesmo período de 12 (doze) meses, observado o disposto no § 3o, não poderá 
ultrapassar os limites estabelecidos nos incisos I e II do § 2o.
§ 2o No deslocamento de servidor cujo cônjuge ou companheiro também seja servidor público, civil ou 
militar, de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, poderá haver 
exercício provisório em órgão ou entidade da Administração Federal direta, autárquica ou fundacional, desde 
que para o exercício de atividade compatível com o seu cargo.
Art. 85. Ao servidor convocado para o serviço militar será concedida licença, na forma e condições previstas 
na legislação específica.
Parágrafo único. Concluído o serviço militar, o servidor terá até 30 (trinta) dias sem remuneração para reas-
sumir o exercício do cargo.
Art. 86. O servidor terá direito a licença, sem remuneração, durante o período que mediar entre a sua es-
colha em convenção partidária, como candidato a cargo eletivo, e a véspera do registro de sua candidatura 
perante a Justiça Eleitoral.
§ 1o O servidor candidato a cargo eletivo na localidade onde desempenha suas funções e que exerça cargo 
de direção, chefia, assessoramento, arrecadação ou fiscalização, dele será afastado, a partir do dia imediato ao 
do registro de sua candidatura perante a Justiça Eleitoral, até o décimo dia seguinte ao do pleito. 
§ 2o A partir do registro da candidatura e até o décimo dia seguinte ao da eleição, o servidor fará jus à licen-
ça, assegurados os vencimentos do cargo efetivo, somente pelo período de três meses.
Art. 87. Após cada quinquênio de efetivo exercício, o servidor poderá, no interesse da Administração, afas-
tar-se do exercício do cargo efetivo, com a respectiva remuneração, por até três meses, para participar de curso 
de capacitação profissional. 
Art. 91. A critério da Administração, poderão ser concedidas ao servidor ocupante de cargo efetivo, desde 
que não esteja em estágio probatório, licenças para o trato de assuntos particulares pelo prazo de até três anos 
consecutivos, sem remuneração. 
Parágrafo único. A licença poderá ser interrompida, a qualquer tempo, a pedido do servidor ou no interesse 
do serviço.
Art. 92. É assegurado ao servidor o direito à licença sem remuneração para o desempenho de mandato em 
confederação, federação, associação de classe de âmbito nacional, sindicato representativo da categoria ou 
entidade fiscalizadora da profissão ou, ainda, para participar de gerência ou administração em sociedade coo-
perativa constituída por servidores públicos para prestar serviços a seus membros, observado o disposto na alí-
nea c do inciso VIII do art. 102 desta Lei, conforme disposto em regulamento e observados os seguintes limites:
I - para entidades com até 5.000 (cinco mil) associados, 2 (dois) servidores; 
II - para entidades com 5.001 (cinco mil e um) a 30.000 (trinta mil) associados, 4 (quatro) servidores; 
III - para entidades com mais de 30.000 (trinta mil) associados, 8 (oito) servidores. 
§ 1o Somente poderão ser licenciados os servidores eleitos para cargos de direção ou de representação nas 
referidas entidades, desde que cadastradas no órgão competente. 
§ 2o. A licença terá duração igual à do mandato, podendo ser renovada, no caso de reeleição. 
Art. 202. Será concedida ao servidor licença para tratamento de saúde, a pedido ou de ofício, com base em 
perícia médica, sem prejuízo da remuneração a que fizer jus.
Art. 207. Será concedida licença à servidora gestante por 120 (cento e vinte) dias consecutivos, sem preju-
ízo da remuneração. 
§ 1o . A licença poderá ter início no primeiro dia do nono mês de gestação, salvo antecipação por prescrição 
médica.
§ 2o No caso de nascimento prematuro, a licença terá início a partir do parto.
§ 3o No caso de natimorto, decorridos 30 (trinta) dias do evento, a servidora será submetida a exame mé-
dico, e se julgada apta, reassumirá o exercício.
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§ 4o No caso de aborto atestado por médico oficial, a servidora terá direito a 30 (trinta) dias de repouso 
remunerado.
Art. 208. Pelo nascimento ou adoção de filhos, o servidor terá direito à licença-paternidade de 5 (cinco) dias 
consecutivos.
Art. 209. Para amamentar o próprio filho, até a idade de seis meses, a servidora lactante terá direito, durante 
a jornada de trabalho, a uma hora de descanso, que poderá ser parcelada em dois períodos de meia hora.
Art. 210. À servidora que adotar ou obtiver guarda judicial de criança até 1 (um) ano de idade, serão conce-
didos 90 (noventa) dias de licença remunerada. 
Parágrafo único. No caso de adoção ou guarda judicial de criança com mais de 1 (um) ano de idade, o prazo 
de que trata este artigo será de 30 (trinta) dias.
Art. 211. Será licenciado, com remuneração integral, o servidor acidentado em serviço.
— Observação importante: a licença-prêmio não faz mais parte do rol dos direitos dos servidores federais e foi 
suprimida pela Lei 9.527/1997. A licença-prêmio permitia que o servidor, encerrado cada quinquênio ininterrupto 
de serviço, pudesse gozar, como prêmio pela assiduidade de três meses de licença, com a remuneração do 
cargo efetivo. A legislação vigente à época facultava ao servidor gozar a licença ou contar em dobro o período 
da licença para efeito de aposentadoria (o que atualmente não é mais possível, já que a EC 20/1998 proibiu 
a contagem de tempo de contribuição fictício para aposentadoria). Entretanto, em análise ao caso específico 
daqueles que adquiriram legitimamente o direito antes da supressão legal, o STJ entende pacificamente que “o 
servidor aposentado tem direito à conversão em pecúnia da licença-prêmio não gozada e contada em dobro, 
sob pena de enriquecimento sem causa da Administração Pública” (AgRg no AREsp 270.708/RN).
– Concessões
Três são as espécies de concessão:
a) Primeira espécie de concessão: permite ao servidor se ausentar do serviço, sem qualquer prejuízo a sua 
remuneração, nas seguintes condições (art. 97): por um dia, para doação de sangue; por dois dias, para se 
alistar como eleitor; por oito dias consecutivos em razão de: casamento; falecimento do cônjuge, companheiro, 
pais, madrasta ou padrasto, filhos, enteados, menor sob guarda ou tutela e irmãos.
b) Segunda espécie de concessão: relacionada à concessão de horário especial, nas seguintes situações 
(art. 98): ao servidor estudante, quando comprovada a incompatibilidade entre o horário escolar e o da 
repartição, sendo exigida a compensação de horário; ao servidor portador de deficiência, quando comprovada 
a necessidade por junta médica oficial, independentemente de compensação de horário;ao servidor que tenha 
cônjuge, filho ou dependente com deficiência, quando comprovada a necessidade por junta médica oficial, 
independentemente da compensação de horário; ao servidor que atue como instrutor em curso instituído no 
âmbito da administração pública federal ou que participe de banca examinadora de concursos, vinculado à 
compensação de horário a ser efetivada no prazo de até um ano.
c) Terceira espécie de concessão: cuida dos casos relacionados à matrícula em instituições de ensino. Por 
amparo legal, “ao servidor estudante que mudar de sede no interesse da administração é assegurada, na 
localidade da nova residência ou na mais próxima, matrícula em instituição de ensino congênere, em qualquer 
época, independentemente de vaga” (art. 99). Denota-se que esse benefício se estende também “ao cônjuge 
ou companheiro, aos filhos, ou enteados do servidor que vivam na sua companhia, bem como aos menores sob 
sua guarda, com autorização judicial” (art. 99, parágrafo único).
– Direito de petição
De acordo com o art. 104 da Lei 8.112/1990, é direito do servidor público, requerer junto aos Poderes 
Públicos, a defesa de direito ou interesse legítimo.
O direito de petição pode ser manifestado por intermédio de requerimento, pedido de reconsideração ou de 
recurso.
Nos termos da Lei, o requerimento deverá ser dirigido à autoridade competente para decidi-lo e encaminhado 
por intermédio daquela a que estiver imediatamente subordinado o requerente (art. 105).
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Além disso, nos trâmites do art. 106, caberá pedido de reconsideração dirigido à autoridade que houver 
expedido o ato ou proferido a primeira decisão, não podendo ser renovado.
De acordo com o art. 107 do Estatuto em estudo, caberá recurso nas seguintes hipóteses: do indeferimento 
do pedido de reconsideração e das decisões sobre os recursos sucessivamente interpostos.
Nos termos do art. 109, o recurso será dirigido à autoridade imediatamente superior à que tiver expedido o ato 
ou proferido a decisão, e, sucessivamente, em escala ascendente, às demais autoridades, sendo encaminhado 
por intermédio da autoridade a que estiver imediatamente subordinado o requerente. Dando continuidade, o 
recurso poderá ser recebido com efeito suspensivo, a juízo da autoridade competente e em caso de provimento 
do pedido de reconsideração ou do recurso, os efeitos da decisão retroagirão à data do ato impugnado, nos 
parâmetros do art. 109, parágrafo único da Lei 8112/90.
O prazo para interposição de recurso ou de pedido de reconsideração é de 30 dias, a contar da publicação 
ou da ciência, pelo interessado, da decisão recorrida (art. 108).
Já o direito de requerer prescreve, nos termos do art. 110, em cinco anos, quanto aos atos de demissão e de 
cassação de aposentadoria ou disponibilidade, ou que afetem interesse patrimonial e créditos resultantes das 
relações de trabalho; em 120 dias, nos demais casos, exceto quando outro prazo for fixado em lei.
Em relação à prescrição, merece também destaque:
Art. 112: a prescrição é de ordem pública, não podendo ser relevada pela administração; o pedido de recon-
sideração e o recurso, quando cabíveis, interrompem a prescrição (art. 111); o prazo de prescrição será contado 
da data da publicação do ato impugnado ou da data da ciência pelo interessado, quando o ato não for publicado 
(art. 110, parágrafo único da Lei 8112/90).
O procedimento administrativo disciplinar – PAD, é essencial para a apuração de infrações que acarretem 
penalidades mais severas, como demissão, cassação de aposentadoria, disponibilidade ou destituição de car-
go em comissão, superando a suspensão por trinta dias. Ressalta-se que o PAD é conduzido por uma comissão 
composta por três servidores estáveis, designados por meio de portaria pela autoridade competente, sendo 
eles: um presidente e um secretário, nomeado pelo primeiro.
Vale ressaltar que o presidente da comissão deve ocupar cargo efetivo superior ou equivalente, ou possuir 
nível de escolaridade igual ou superior ao do indiciado.
Sobre o tema em estudo, o jurista Carlos Schmidt de Barros Júnior (1972:158). aponta três sistemas por 
meio dos quais é possível fazer a repressão disciplinar. Vejamos:
a) Sistema hierárquico: no qual o poder disciplinar é exclusivamente exercido pelo superior hierárquico, 
onde este é responsável por investigar a falta, bem como aplicar a penalidade correspondente. Esse sistema 
é ocasionalmente utilizado para a apuração de infrações consideradas leves ou na aplicação do princípio da 
verdade sabida.
b) Sistema de jurisdição completa: é caracterizado pela determinação estrita das faltas e penas em lei, com 
a decisão atribuída a um órgão de jurisdição que segue procedimentos jurisdicionais específicos. Esse sistema 
não está presente no direito brasileiro. No contexto jurídico nacional, a apuração de faltas e a imposição de 
penalidades são regidas por sistemas específicos, não se enquadrando no modelo de jurisdição completa.
c) Sistema misto ou de jurisdicionalização moderada: presente no Brasil em relação aos processos adminis-
trativos disciplinares. Caracteriza-se pela participação de órgãos, geralmente com função opinativa, enquanto a 
aplicação da pena permanecesob responsabilidade do superior hierárquico. Além disso, esse sistema mantém 
um certo grau de discricionariedade na análise dos fatos e na escolha da penalidade adequada. Essa aborda-
gem visa equilibrar a participação de diferentes instâncias no processo disciplinar, combinando elementos de 
jurisdição e hierarquia.
No contexto jurídico brasileiro, os meios de apuração de ilícitos administrativos abrangem o processo ad-
ministrativo disciplinar, juntamente com os meios sumários, que englobam a sindicância e a verdade sabida.
Esses instrumentos são utilizados para investigar e esclarecer possíveis infrações cometidas por servidores 
ou agentes públicos, proporcionando diferentes abordagens conforme a gravidade e a natureza dos casos.
O processo administrativo disciplinar é compulsório, conforme estabelecido no artigo 41 da Constituição, 
para a aplicação de penalidades que resultem na perda do cargo para o servidor estável. 
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O art. 146 da Lei nº 8.112/90 estipula a necessidade desse processo para a imposição de penalidades como 
suspensão por mais de 30 (trinta) dias, demissão, cassação de aposentadoria, disponibilidade e destituição de 
cargo em comissão.
O processo administrativo disciplinar é conduzido por comissões disciplinares, conhecidas como comissões 
processantes. Esse sistema apresenta a vantagem de assegurar uma maior imparcialidade na instrução do 
processo, tendo em vista que a comissão atua como um órgão independente no relacionamento entre o funcio-
nário e o superior hierárquico. 
Com o objetivo de garantir essa imparcialidade, a jurisprudência e entendimentos tem defendido que os 
membros da comissão devem ser funcionários estáveis, não sujeitos a condições temporárias ou exoneração 
a qualquer momento.
O processo administrativo disciplinar percorre diversas fases. São elas:
a) A instauração;
b) A instrução;
c) A defesa;
d) O relatório; e 
e) A decisão. 
Desta forma, o procedimento tem início com o despacho da autoridade competente, que determina a ins-
tauração assim que toma conhecimento de alguma irregularidade e a autoridade age de ofício, baseando-se no 
princípio da oficialidade.
Quando não há elementos suficientes para instaurar o processo disciplinar, a autoridade competente pode 
determinar previamente a realização de sindicância. 
Após a autuação do processo, este é encaminhado à comissão processante, que o instaura por meio de 
uma portaria que deve conter as seguintes informações:
a) Os nomes dos servidores envolvidos;
b) A infração de que são acusados;
c) Descrição sucinta dos fatos; e 
d) Indicação dos dispositivos legais infringidos.
A elaboração cuidadosa da portaria é crucial para garantir a legalidade do processo disciplinar, sendo equi-
valente à denúncia no processo penal, pois, uma portaria bem elaborada deve conter todos os elementos ne-
cessários para que os servidores acusados compreendam as infrações administrativas imputadas a eles. 
Ademais, se o fato também constituir um ilícito penal, a comissão processante deve comunicar às autori-
dades policiais, fornecendo os elementos de instrução disponíveis. A fase de instrução segue os princípios da 
oficialidade e do contraditório, sendo este último essencial para assegurar a ampla defesa.
Com base no princípio da oficialidade, a comissão processante toma a iniciativa para a coleta de provas, 
podendo realizar ou determinar todas as diligências que julgue necessárias para esse fim. 
Já em conformidade com o princípio do contraditório, a comissão deve proporcionar ao indiciado a oportu-
nidade de acompanhar a instrução, com ou sem defensor, permitindo que ele conheça e responda a todas as 
provas apresentadas contra ele.
Após a conclusão da instrução, é garantido o direito de vista do processo, e o indiciado é notificado para 
apresentar sua defesa. Todavia, embora essa fase seja denominada de defesa, as normas relacionadas à ins-
tauração e à instrução do processo já visam proporcionar uma ampla defesa ao servidor. 
Nessa terceira etapa, o indiciado deve apresentar razões escritas, de forma pessoal, ou por meio de um ad-
vogado de sua escolha. Havendo ausência de defesa, a comissão designará um funcionário, preferencialmente 
bacharel em direito, para defender o indiciado.
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A citação do indiciado deve ocorrer previamente ao início da instrução, sendo acompanhada da entrega 
de uma cópia da portaria, assegurando, desta forma, que o servidor tenha pleno acesso às informações da 
denúncia. 
Ademais, é facultado ao indiciado assistir ao depoimento das testemunhas e formular perguntas adicionais 
por meio da comissão, devendo comparecer à sessão acompanhado de seu defensor.
Ao término da fase de instrução, os autos serão disponibilizados ao indiciado para que ele exerça seu direito 
de defesa, respeitando integralmente o princípio do contraditório. 
Após a apresentação da defesa, a comissão disciplinar elaborará seu relatório, no qual deve ser proposta a 
absolvição do indiciado ou a aplicação de uma penalidade específica, embasando suas conclusões nas provas 
coletadas.
• OBS. Importante: o relatório possui natureza opinativa, não vinculando a autoridade julgadora, que tem a 
prerrogativa de analisar os autos e formular uma conclusão divergente, se assim julgar adequado.
Em relação à etapa conclusiva do processo administrativo disciplinar, denominada fase de decisão, a au-
toridade competente pode acatar a recomendação da comissão disciplinar, transformando o relatório em sua 
motivação. 
Caso decida não seguir a sugestão da comissão, é imperativo que a autoridade justifique de maneira apro-
priada sua decisão, apontando os elementos do processo que fundamentam seu posicionamento, caso queira, 
buscar orientação em pareceres de órgãos jurídicos para embasar sua decisão.
Com respaldo no princípio da oficialidade, compete à autoridade julgadora realizar uma análise minuciosa 
do processo, verificando sua conformidade com a legalidade. Nesse sentido, a autoridade pode declarar a nu-
lidade do processo, determinar o saneamento de eventuais irregularidades ou solicitar novas diligências que 
julgue cruciais para a produção de provas.
• OBS. Importante: O princípio da oficialidade confere à autoridade julgadora a iniciativa de promover a regu-
laridade e a legalidade do procedimento, assegurando a imparcialidade e a correção na condução do processo 
administrativo disciplinar.
Encerrado o processo, seja com a absolvição do servidor ou com a aplicação de penalidade, são cabíveis, 
neste último cenário, o pedido de reconsideração e os recursos hierárquicos. Além disso, a legislação estatutá-
ria pode prever a possibilidade de revisão do processo.
Esses instrumentos oferecem ao servidor a oportunidade de questionar ou contestar as decisões tomadas, 
buscando a revisão ou a anulação da penalidade aplicada, desde que observados os procedimentos e prazos 
estabelecidos pela normativa vigente.
Dicas importantes:
– O relatório conclusivo da comissão processante é uma manifestação final quanto à inocência ou respon-
sabilidade do servidor.
– A decisão final sobre a aplicação, ou não, de sanção ao servidor não é de responsabilidade da comissão 
processante, pois, cabe a esta encaminhar o relatório à autoridade competente, nos termos da lei, para que 
esta realize o julgamento relativo à aplicação da penalidade cabível.
– A aplicação da pena de demissão a servidores da Administração Direta da União é de competência exclu-
siva do Presidente da República, em âmbito federal. 
– De maneira similar, nas demais entidades federativas, a competência para demitir servidores da Adminis-
tração Direta é exclusiva dos Governadores e Prefeitos, por simetria. 
– O processo disciplinar pode ser revisto a qualquer momento, seja por solicitação expressa ou de ofício, 
quando surgirem fatos novos oucircunstâncias que possam justificar a inocência do punido ou a inadequação 
da penalidade aplicada.
Exoneração de Servidor em Estágio Probatório
A exoneração de servidor em estágio probatório refere-se à dispensa do servidor público que está em fase 
de estágio probatório. O estágio probatório é um período de avaliação do desempenho do servidor recém-in-
gresso no serviço público. 
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Geralmente, esse estágio tem a duração de três anos, durante os quais o servidor é avaliado em diversos 
aspectos, como assiduidade, disciplina, capacidade de iniciativa, produtividade e responsabilidade.
Se durante o período do estágio probatório, a Administração Pública constatar que o servidor não atende 
aos requisitos necessários ou que apresenta desempenho insatisfatório, poderá proceder à exoneração que se 
trata de ato administrativo que coloca fim ao vínculo do servidor com a Administração Pública, encerrando seu 
período no estágio probatório.
É importante ressaltar que a exoneração durante o estágio probatório não exige a instauração de processo 
administrativo disciplinar, pois trata-se de uma medida decorrente da avaliação periódica do servidor nesse 
período inicial de sua carreira. 
Contudo, a decisão deve ser motivada e fundamentada, assegurando ao servidor o direito à ampla defesa 
e ao contraditório.
Os critérios para avaliação e a decisão de exoneração devem estar de acordo com os princípios da legali-
dade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência, e devem ser observados os procedimentos estabe-
lecidos na legislação específica que rege o quadro de servidores públicos, como a Lei nº 8.112/1990 no âmbito 
federal, por exemplo.
Logo, sobre a exoneração de servidor em fase de estágio probatório, temos o seguinte:
• Estágio probatório é o período de avaliação do desempenho do servidor 
recém-ingresso no serviço público; 
• Em geral, o estágio probatório tem a duração de três anos;
• Durante o estágio probatório, o servidor é avaliado por: assiduidade, disci-
plina, capacidade de iniciativa, produtividade e responsabilidade;
• Não atendendo aos requisitos necessários à permanência no cargo, o ser-
vidor poderá ser exonerado; e
• A exoneração durante o estágio probatório deve ser motivada e fundamen-
tada, assegurando ao servidor o direito à ampla defesa e ao contraditório.
• NOTA: Existem cargos em que o estágio probatório é de apenas dois anos. 
Ex.: Promotores de Justiça.
— Inquérito Administrativo
Após a fase de instauração, procede-se à fase do Inquérito Administrativo, a qual se subdivide em:
a) Instrução Processual: nesta etapa, a comissão responsável pelo inquérito deve reunir documentos, pro-
porcionando ao interessado o acesso a esses documentos. Além disso, é necessário realizar oitivas das teste-
munhas, garantindo a intimação prévia do notificado para acompanhamento das sessões.
A comissão também pode solicitar a realização de perícia técnica, elaborando os quesitos necessários. 
Quando necessário, devem ser realizadas diligências para esclarecer situações factuais, incluindo o ato crucial 
de interrogatório do envolvido.
b) Defesa: durante esta fase, é assegurado ao acusado o direito de apresentar sua defesa, podendo con-
testar as acusações e oferecer elementos de prova em seu favor.
c) Relatório Final: após a instrução e a defesa, a comissão elabora um relatório final que resume os ele-
mentos coletados, analisa as argumentações apresentadas e, se for o caso, sugere as penalidades cabíveis.
Essas etapas garantem um processo disciplinar justo e transparente, permitindo a participação do interes-
sado e a devida análise dos fatos.
Uma vez comprovada, em uma fase de indícios robustos, a infração disciplinar, é imperativo redigir um 
termo devidamente tipificado e expedir um mandado de citação, concedendo um prazo de 10 dias para que o 
indiciado apresente sua defesa por escrito. No caso de dois ou mais indiciados, o prazo para defesa escrita será 
duplicado, ou seja, vinte dias.
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Após a apresentação da defesa, a comissão encarregada deve analisar ponto a ponto a peça do indiciado, 
podendo resultar no acatamento total ou parcial das razões apresentadas, ou na rejeição total dos argumentos 
defensivos, caso não haja suporte fático-probatório adequado e/ou amparo legal.
A comissão tem um prazo de 60 dias para concluir a instrução do processo, sendo permitida a prorrogação 
por um período igual, se necessário. Este processo assegura um tratamento justo e transparente, garantindo 
que todas as partes envolvidas tenham a oportunidade adequada de se manifestar e apresentar suas argumen-
tações.
É relevante destacar que o prazo para a conclusão dos trabalhos da comissão não é rígido, permitindo 
prorrogação ou recondução por igual período de tempo. Dessa forma, a extrapolação desse prazo não acarreta 
nulidade. 
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) também se posicionou sobre o tema, afirmando que a não conclusão 
do processo administrativo disciplinar no prazo de 120 dias (compreendendo o prazo original de 60 dias mais a 
prorrogação por igual período), conforme o art. 152 da Lei nº 8.112/90, não configura nulidade. 
— Julgamento
A última etapa do Processo Administrativo Disciplinar - PAD, conforme previsto na Lei nº 8.112/90, é o jul-
gamento. Nessa fase, que possui um prazo de 20 dias, a autoridade julgadora decide sobre o arquivamento do 
processo ou a aplicação de penalidades. A autoridade deve seguir o entendimento da comissão processante, 
a menos que haja incompatibilidade entre a penalidade sugerida e o ilícito administrativo comprovado durante 
o PAD.
Sobre o assunto, vejamos o que determina o art. 167 da Lei federal n.º 8.112/1990:
Art. 167. No prazo de 20 (vinte) dias, contados do recebimento do processo, a autoridade julgadora proferirá 
a sua decisão.
§1o Se a penalidade a ser aplicada exceder a alçada da autoridade instauradora do processo, este será 
encaminhado à autoridade competente, que decidirá em igual prazo.
§2o Havendo mais de um indiciado e diversidade de sanções, o julgamento caberá à autoridade competente 
para a imposição da pena mais grave.
§3o Se a penalidade prevista for a demissão ou cassação de aposentadoria ou disponibilidade, o julgamento 
caberá às autoridades de que trata o inciso I do art. 141.
§4o Reconhecida pela comissão a inocência do servidor, a autoridade instauradora do processo determi-
nará o seu arquivamento, salvo se flagrantemente contrária à prova dos autos. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 
10.12.97)
É importante observar que, embora a lei estabeleça um prazo de 20 dias para o julgamento, a ultrapassa-
gem desse período não acarreta nulidade. A teoria das nulidades no processo disciplinar admite irregularidades 
apenas quando configuram prejuízo para o direito de defesa do acusado.
Ademais, é de extrema importância que o julgador atente para o disposto no art. 168 do Estatuto, evitando 
assim a imposição de penalidades desnecessárias. A Lei não utiliza palavras sem propósito, e, portanto, se 
exige a concordância com as conclusões da Comissão de PAD, há um significado claro nessa disposição legal. 
Logo, infere-se que a Comissão teve contato direto com as provas, as testemunhas e o próprio acusado, 
assemelhando-se ao princípio da identidade física do Juiz, mutatis mutandis, conforme estabelecido no art. 168 
da Lei nº 8.112/90. 
— Sindicância
A sindicância administrativa é um procedimento apuratório sumário, cujo propósito é investigar a autoria 
ou a ocorrência de irregularidades no serviço público, passíveis de resultar na aplicação de penalidades como 
advertência ou suspensão por até 30 dias. 
Sobre o tema. O art. 145 da Lei federal n.º 8.112/1990 determina o seguinte:
Art. 145. Da sindicância poderá resultar:
I - Arquivamento do processo;
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II - Aplicação de penalidade de advertência ou suspensão de até 30 (trinta) dias;
III - Instauração de processo disciplinar.
Parágrafo único. O prazo para conclusão da sindicância não excederá 30 (trinta) dias, podendo ser prorro-
gado por igual período, a critério da autoridade superior.
Ressalta-se que esse processo de natureza inquisitorial e desprovido de contraditório, busca apurar a exis-
tência de fatos irregulares na Administração, determinando os responsáveis. Sua semelhança com um inqué-
rito policial reside na natureza investigativa, servindo como base para a eventual instauração de um processo 
administrativo disciplinar.
Os trabalhos da comissão têm prioridade sobre outras atribuições dos seus membros, sendo vedado ao 
servidor designado para integrar a comissão recusar o encargo. A recusa pode acarretar a abertura de um 
processo administrativo disciplinar, uma vez que configuraria o não atendimento a uma ordem manifestamente 
legal emitida por um superior hierárquico.
Quando um administrador toma conhecimento de irregularidades na Administração Pública, é seu dever-
-poder constituir uma comissão de sindicância para investigar o fato, especialmente quando a autoria é desco-
nhecida ou duvidosa. Essa comissão será composta por três servidores estáveis e terá um prazo inicial de 30 
dias úteis, podendo ser prorrogado por igual período, para conduzir a investigação e apresentar um relatório 
conclusivo sobre a irregularidade e sua autoria. Após receber a documentação relacionada à irregularidade a 
ser apurada, o presidente da comissão deve convocar os demais membros para participar de uma espécie de 
reunião inaugural dos trabalhos.
Na mencionada reunião, o presidente da comissão deve informar aos demais membros sobre a irregulari-
dade a ser investigada, designar um dos membros como secretário e discutir e estabelecer um cronograma de 
reuniões, para o qual todos devem ser devidamente intimados.
Cada reunião subsequente deve ser registrada em ata. 
Se houver indícios de autoria, a comissão deve intimar o suspeito e conduzi-lo a um interrogatório, docu-
mentando o procedimento por meio de um termo. Além disso, a comissão deve buscar ouvir o depoimento de 
todas as testemunhas disponíveis para esclarecer a irregularidade em apuração.
— Destaques importantes (Recursos)
Ao examinarmos as fases pelas quais passa o processo administrativo disciplinar, torna-se mais acessível 
para o intérprete identificar possíveis nulidades, compreender o princípio da busca pela verdade real e orien-
tar-se pelos princípios do contraditório e da ampla defesa, garantidos constitucionalmente aos acusados em 
processo administrativo.
Cabe salientar que é viável a reabertura de um procedimento disciplinar após o cumprimento da penalidade 
pelos mesmos fatos, desde que novas informações, anteriormente desconhecidas pela Administração Pública, 
venham à tona por meio de inquérito policial.
A Lei nº 8.112/1990 possui dispositivos que regulam a revisão (ou reexame) de sindicância ou processo 
administrativo disciplinar já encerrado, conforme estabelecido nos artigos 174 e seguintes do Estatuto. Esse 
processo revisor representa a instauração de um novo procedimento, a ser apensado ao processo originário 
que se pretende rever, conduzido por uma comissão distinta.
A revisão do processo pode ser solicitada pela parte interessada ou realizada de ofício a qualquer momento, 
fundamentada em fatos novos ou circunstâncias que justifiquem o abrandamento da decisão original. 
– NOTA: É importante destacar que a revisão não pode resultar no agravamento da penalidade imposta.
Ademais, o artigo 54 da Lei nº 9.784/99 deve ser considerado. Sua aplicação, em tese, poderia resultar na 
reabertura de um processo após a declaração de nulidade do anterior, não se confundindo com a revisão men-
cionada anteriormente.
No âmbito do direito administrativo disciplinar, as vias recursais disponíveis são:
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a) Direito de Petição e Requerimento: o interessado pode apresentar petições ou requerimentos à autoridade 
competente, solicitando informações, esclarecimentos ou manifestando sua posição em relação ao processo.
b) Pedido de Reconsideração: Após a decisão da autoridade competente, o interessado pode apresentar 
pedido de reconsideração, buscando a revisão da decisão com base em argumentos ou fatos novos.
c) Recurso Hierárquico: caso o pedido de reconsideração seja indeferido ou não seja apreciado no prazo 
legal, o interessado pode interpor recurso hierárquico, dirigindo-se à autoridade superior àquela que proferiu a 
decisão contestada.
d) Revisão Processual: conforme previsto em legislação específica, é possível solicitar a revisão do proces-
so administrativo disciplinar, apresentando fatos novos ou circunstâncias que justifiquem uma nova análise do 
caso.
Cada uma dessas vias recursais serve como meio para que o interessado possa questionar, contestar ou 
buscar a revisão das decisões tomadas no âmbito do processo administrativo disciplinar.
Vejamos abaixo, de forma mais aprofundada cada uma das mencionadas vias recursais:
Direito de Petição e Requerimento
O direito de petição no âmbito administrativo é um instrumento garantido aos cidadãos e servidores públicos 
para que possam se dirigir diretamente à administração, solicitando informações, esclarecimentos ou requeren-
do a defesa de seus direitos particulares ou interesses legítimos. Esse direito está previsto na Lei nº 8.112/1990, 
especialmente nos artigos 104 a 115.
A essência do direito de petição está em permitir que o administrado se comunique com a administração, 
buscando uma resposta ou providência relacionada aos seus interesses. Essa comunicação pode abranger 
uma ampla gama de questões, desde pedidos de esclarecimentos sobre procedimentos administrativos até 
solicitações de revisão de decisões.
O artigo 5º, XXXIII e XXXIV, da Constituição Federal, assegura o direito de petição aos cidadãos e o direito 
à obtenção de certidões em repartições públicas, garantindo a transparência e o acesso à informação.
Portanto, o direito de petição desempenha um papel importante na relação entre os cidadãos e a admi-
nistração pública, permitindo que se estabeleça um canal de comunicação direta para a defesa de direitos e 
interesses perante o poder público.
Pedido de Reconsideração
O pedido de reconsideração é uma modalidade de recurso administrativo dirigida exclusivamente à autorida-
de que emitiu a decisão inicial que se pretende reformar, conforme estabelece o artigo 106 da Lei nº 8.112/1990. 
Diferentemente de outros recursos, o pedido de reconsideração não é encaminhado para instâncias superiores, 
sendo direcionado à mesma autoridade que proferiu a decisão questionada.
Este recurso oferece a oportunidade de apresentar argumentos novos ou, pelo menos, reexaminar a de-
cisão à luz de fatos ou argumentos que não foram considerados inicialmente. Pode-se alegar a existência de 
novas circunstâncias, trazer à tona fatos não contemplados anteriormente ou discordar de interpretações jurí-
dicas realizadas.
É importante ressaltar que o pedido de reconsideração não é uma via para repetir argumentos já apresen-
tados, mas sim para oferecer elementos adicionais que possam influenciar a autoridade a rever sua decisão. 
Dessa forma, é uma oportunidade para complementar a análise da questão em debate.
Cabe destacar que o pedido de reconsideração é uma etapa preliminar ao eventual recurso hierárquico, 
sendo uma forma de revisão interna da decisão administrativa antes de buscar instâncias superiores.
Recurso hierárquico
O recurso hierárquico, também conhecido simplesmente como “recurso”, consiste em uma modalidade de 
recurso administrativo direcionado à autoridade hierarquicamente superior àquela que proferiu a decisão que 
se busca reformar. Diferentemente do pedido de reconsideração, no recurso hierárquicoé possível apresentar 
argumentos já mencionados anteriormente, não havendo a exigência de inovação.
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Essa via recursal permite que a autoridade hierarquicamente superior reavalie a decisão à luz de novos 
argumentos ou interpretações diferentes, ainda que o conjunto probatório seja o mesmo. Em outras palavras, 
outra autoridade, mesmo sem apresentar novos elementos, pode ter uma visão diversa da situação.
É importante destacar que, após o indeferimento do recurso hierárquico por uma autoridade superior, não 
cabe a interposição de pedido de reconsideração à mesma autoridade. Assim, a sequência usual é a interpo-
sição do recurso hierárquico e, em caso de novo indeferimento, a possibilidade de recorrer a instâncias supe-
riores, como o Poder Judiciário.
A Lei nº 8.112/1990, em seu artigo 109, prevê as disposições gerais sobre o recurso no âmbito do regime 
jurídico dos servidores públicos civis da União.
Revisão processual
A revisão no âmbito do direito administrativo disciplinar ocorre de maneira distinta do pedido de reconside-
ração e do recurso hierárquico. Enquanto esses dois primeiros acontecem no mesmo processo original antes 
de sua decisão definitiva, a revisão ocorre contra uma sindicância ou PAD já encerrado.
A revisão implica a instauração de um novo processo, que será apensado ao processo originário que se 
pretende revisar. Essa nova etapa será conduzida por uma comissão diferente daquela que analisou o proces-
so original.
Vale ressaltar que, apesar da literalidade da lei, por questões de simplificação formal e conciliação com re-
gistros informatizados, durante o processo de revisão, pode-se inverter a relação, considerando como principal 
o processo revisor e como apensado o processo originário, ajustando-se após a decisão final.
A revisão está prevista no Título V, Seção III da lei federal n.º 8.112/1990, específico para o rito administrati-
vo disciplinar. Importante destacar que a revisão independe do exercício ou não das vias recursais no processo 
originário, ou seja, não está condicionada à utilização do pedido de reconsideração ou do recurso hierárquico, 
que não são institutos previstos na matéria disciplinar do Estatuto.
– OBS. Importante: A revisão de inquérito não depende de prévio pedido de reconsideração.
A revisão processual no âmbito do direito administrativo disciplinar pode ser solicitada pela parte interessa-
da ou realizada de ofício a qualquer tempo. Esse pedido de revisão pode ocorrer mediante a apresentação de 
fato novo ou circunstâncias que justifiquem o abrandamento da decisão original. 
É importante salientar que mera manifestação de inconformismo não é suficiente para justificar a revisão; é 
necessário apresentar elementos substanciais.
O fato novo não precisa ser necessariamente recente, mas deve ser algo que não se tinha conhecimento 
durante o processo originário. Mesmo que o fato seja antigo, ele pode ser considerado novo se não era conhe-
cido no momento do processo administrativo disciplinar. A revisão pode resultar na inocentação do servidor ou 
na conclusão de que a infração é menos grave, sujeita a uma penalidade mais branda.
O rito utilizado para a revisão processual no âmbito do direito administrativo disciplinar é regulamentado 
pelo artigo 177 da Lei nº 8.112/1990. A revisão só pode ser autorizada pelo respectivo Ministro de Estado. Esse 
processo revisional possui duas fases distintas: a admissibilidade e o mérito.
Na fase de admissibilidade, o Ministro competente avalia se o pedido atende aos pressupostos estabeleci-
dos no artigo 174. Caso entenda que não há fundamentos para a admissibilidade da revisão, o pedido é inde-
ferido imediatamente, sendo arquivado. No entanto, mesmo com o arquivamento, os documentos relacionados 
ao pedido de revisão devem permanecer apensados aos autos do processo administrativo originário, uma vez 
que fazem parte da história desse processo. Isso significa que, mesmo arquivado, o pedido de revisão continua 
vinculado ao processo original.
No caso de deferimento da revisão, o processo revisor é encaminhado à autoridade instauradora competen-
te, que deve designar uma comissão revisora para conduzir o processo. Os requisitos para os integrantes da 
comissão revisora são os mesmos estabelecidos para o rito ordinário, sendo que esta comissão será responsá-
vel por analisar o mérito do pedido de revisão, considerando as circunstâncias apresentadas e os fundamentos 
apresentados pelo servidor interessado.
O servidor Público, como pilastra da organização administrativa, está sujeito à responsabilidade Civil, Penal 
e administrativa decorrente do exercício do cargo, emprego ou função.
Apostila gerada especialmente para: carlos cesar César nogueira da silva e silva 978.677.991-68
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A responsabilidade civil do servidor público diz respeito ao ressarcimento dos prejuízos causados à 
Administração Pública ou a terceiros em decorrência de ato omissivo ou comissivo, doloso ou culposo, no exercício 
de suas atribuições (art. 122 da Lei nº 8.112/90 e art. 37, §6º, da Constituição Federal). A responsabilidade Civil 
é de ordem patrimonial e decorre do art. 186 do CC, segundo a qual todo aquele que causa dano a outrem é 
obrigado a repará-lo.
Para se configurar o ilícito exige-se do Servidor Público a ação ou omissão antijurídica; culpa ou dolo; 
relação de causalidade entre a ação ou omissão e o dano verificado; ocorrência de um dano material ou moral. 
É necessário, quando o dano é causado por servidor público, distinguir duas hipóteses: se o dano é causado 
ao Estado ou a terceiros.
Importante esclarecer, que a responsabilidade civil do servidor público perante a Administração é subjetiva e 
depende da prova da existência do dano, do nexo de causalidade entre a ação e o dano e da culpa ou dolo da 
sua conduta, podendo o dano ser material ou moral.
Outrossim, quando se trata de dano causado a terceiros, aplica-se o art. 37 §6◦ da CF, em decorrência da 
qual o Estado responde objetivamente, ou seja, independente de culpa ou dolo, podendo haver, todavia o 
direito de regresso.
Dita a Lei 8.112/1990:
[...]
CAPÍTULO IV
DAS RESPONSABILIDADES
Art. 121. O servidor responde civil, penal e administrativamente pelo exercício irregular de suas atribuições.
Art. 122. A responsabilidade civil decorre de ato omissivo ou comissivo, doloso ou culposo, que resulte em 
prejuízo ao erário ou a terceiros.
§1o A indenização de prejuízo dolosamente causado ao erário somente será liquidada na forma prevista no 
art. 46, na falta de outros bens que assegurem a execução do débito pela via judicial.
§2o Tratando-se de dano causado a terceiros, responderá o servidor perante a Fazenda Pública, em ação 
regressiva.
§3o A obrigação de reparar o dano estende-se aos sucessores e contra eles será executada, até o limite 
do valor da herança recebida.
LEI Nº 8.112, DE 11 DE DEZEMBRO DE 1990
Dispõe sobre o regime jurídico dos servidores públicos civis da União, das autarquias e das fundações pú-
blicas federais.
PUBLICAÇÃO CONSOLIDADA DA LEI Nº 8.112, DE 11 DE DEZEMBRO DE 1990, DETERMINADA PELO 
ART. 13 DA LEI Nº 9.527, DE 10 DE DEZEMBRO DE 1997.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte 
Lei:
TÍTULO I
CAPÍTULO ÚNICO
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 1º Esta Lei institui o Regime Jurídico dos Servidores Públicos Civis da União, das autarquias, inclusive 
as em regime especial, e das fundações públicas federais.
Art. 2º Para os efeitos desta Lei, servidor é a pessoa legalmente investida em cargo público.
Art. 3º Cargo público é o conjunto de atribuições e responsabilidades previstas na estrutura organizacional 
que devem ser cometidas a um servidor.
Parágrafo único. Os cargos públicos, acessíveis a todos os brasileiros, são criados por lei, com denomina-
ção própria e vencimento pago pelos cofres públicos, para provimento em caráter efetivo ou em comissão.Apostila gerada especialmente para: carlos cesar César nogueira da silva e silva 978.677.991-68
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Art. 4º É proibida a prestação de serviços gratuitos, salvo os casos previstos em lei.
TÍTULO II
DO PROVIMENTO, VACÂNCIA, REMOÇÃO, REDISTRIBUIÇÃO E SUBSTITUIÇÃO
CAPÍTULO I
DO PROVIMENTO
SEÇÃO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 5º São requisitos básicos para investidura em cargo público:
I - a nacionalidade brasileira;
II - o gozo dos direitos políticos;
III - a quitação com as obrigações militares e eleitorais;
IV - o nível de escolaridade exigido para o exercício do cargo;
V - a idade mínima de dezoito anos;
VI - aptidão física e mental.
§1º As atribuições do cargo podem justificar a exigência de outros requisitos estabelecidos em lei.
§2º Às pessoas portadoras de deficiência é assegurado o direito de se inscrever em concurso público para 
provimento de cargo cujas atribuições sejam compatíveis com a deficiência de que são portadoras; para tais 
pessoas serão reservadas até 20% (vinte por cento) das vagas oferecidas no concurso.
§3º As universidades e instituições de pesquisa científica e tecnológica federais poderão prover seus cargos 
com professores, técnicos e cientistas estrangeiros, de acordo com as normas e os procedimentos desta Lei. 
(Incluído pela Lei nº 9.515, de 20.11.97)
Art. 6º O provimento dos cargos públicos far-se-á mediante ato da autoridade competente de cada Poder.
Art. 7º A investidura em cargo público ocorrerá com a posse.
Art. 8º São formas de provimento de cargo público:
I - nomeação;
II - promoção;
III -(Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
IV - (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
V - readaptação;
VI - reversão;
VII - aproveitamento;
VIII - reintegração;
IX - recondução.
SEÇÃO II
DA NOMEAÇÃO
Art. 9º A nomeação far-se-á:
I - em caráter efetivo, quando se tratar de cargo isolado de provimento efetivo ou de carreira;
II - em comissão, inclusive na condição de interino, para cargos de confiança vagos. (Redação dada pela 
Lei nº 9.527, de 10.12.97)
Apostila gerada especialmente para: carlos cesar César nogueira da silva e silva 978.677.991-68
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Parágrafo único. O servidor ocupante de cargo em comissão ou de natureza especial poderá ser nomeado 
para ter exercício, interinamente, em outro cargo de confiança, sem prejuízo das atribuições do que atualmente 
ocupa, hipótese em que deverá optar pela remuneração de um deles durante o período da interinidade. (Reda-
ção dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
Art. 10. A nomeação para cargo de carreira ou cargo isolado de provimento efetivo depende de prévia ha-
bilitação em concurso público de provas ou de provas e títulos, obedecidos a ordem de classificação e o prazo 
de sua validade.
Parágrafo único. Os demais requisitos para o ingresso e o desenvolvimento do servidor na carreira, me-
diante promoção, serão estabelecidos pela lei que fixar as diretrizes do sistema de carreira na Administração 
Pública Federal e seus regulamentos. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
SEÇÃO III
DO CONCURSO PÚBLICO
Art. 11. O concurso será de provas ou de provas e títulos, podendo ser realizado em duas etapas, conforme 
dispuserem a lei e o regulamento do respectivo plano de carreira, condicionada a inscrição do candidato ao pa-
gamento do valor fixado no edital, quando indispensável ao seu custeio, e ressalvadas as hipóteses de isenção 
nele expressamente previstas. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) (Regulamento)
Art. 12. O concurso público terá validade de até 2 (dois ) anos, podendo ser prorrogado uma única vez, por 
igual período.
§1º O prazo de validade do concurso e as condições de sua realização serão fixados em edital, que será 
publicado no Diário Oficial da União e em jornal diário de grande circulação.
§2º Não se abrirá novo concurso enquanto houver candidato aprovado em concurso anterior com prazo de 
validade não expirado.
SEÇÃO IV
DA POSSE E DO EXERCÍCIO
Art. 13. A posse dar-se-á pela assinatura do respectivo termo, no qual deverão constar as atribuições, os 
deveres, as responsabilidades e os direitos inerentes ao cargo ocupado, que não poderão ser alterados unila-
teralmente, por qualquer das partes, ressalvados os atos de ofício previstos em lei.
§1º A posse ocorrerá no prazo de trinta dias contados da publicação do ato de provimento. (Redação dada 
pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
§2º Em se tratando de servidor, que esteja na data de publicação do ato de provimento, em licença prevista 
nos incisos I, III e V do art. 81, ou afastado nas hipóteses dos incisos I, IV, VI, VIII, alíneas “a”, “b”, “d”, “e” e 
“f”, IX e X do art. 102, o prazo será contado do término do impedimento. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 
10.12.97)
§3º A posse poderá dar-se mediante procuração específica.
§4º Só haverá posse nos casos de provimento de cargo por nomeação. (Redação dada pela Lei nº 9.527, 
de 10.12.97)
§5º No ato da posse, o servidor apresentará declaração de bens e valores que constituem seu patrimônio e 
declaração quanto ao exercício ou não de outro cargo, emprego ou função pública.
§6º Será tornado sem efeito o ato de provimento se a posse não ocorrer no prazo previsto no §1º deste 
artigo.
Art. 14. A posse em cargo público dependerá de prévia inspeção médica oficial.
Parágrafo único. Só poderá ser empossado aquele que for julgado apto física e mentalmente para o exer-
cício do cargo.
Art. 15. Exercício é o efetivo desempenho das atribuições do cargo público ou da função de confiança. (Re-
dação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
Apostila gerada especialmente para: carlos cesar César nogueira da silva e silva 978.677.991-68
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§1º É de quinze dias o prazo para o servidor empossado em cargo público entrar em exercício, contados da 
data da posse. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
§2º O servidor será exonerado do cargo ou será tornado sem efeito o ato de sua designação para função 
de confiança, se não entrar em exercício nos prazos previstos neste artigo, observado o disposto no art. 18. 
(Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
§3º À autoridade competente do órgão ou entidade para onde for nomeado ou designado o servidor compe-
te dar-lhe exercício. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
§4º O início do exercício de função de confiança coincidirá com a data de publicação do ato de designação, 
salvo quando o servidor estiver em licença ou afastado por qualquer outro motivo legal, hipótese em que recairá 
no primeiro dia útil após o término do impedimento, que não poderá exceder a trinta dias da publicação. (Inclu-
ído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
Art. 16. O início, a suspensão, a interrupção e o reinício do exercício serão registrados no assentamento 
individual do servidor.
Parágrafo único. Ao entrar em exercício, o servidor apresentará ao órgão competente os elementos neces-
sários ao seu assentamento individual.
Art. 17. A promoção não interrompe o tempo de exercício, que é contado no novo posicionamento na carrei-
ra a partir da data de publicação do ato que promover o servidor.(Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
Art. 18. O servidor que deva ter exercício em outro município em razão de ter sido removido, redistribuído, 
requisitado, cedido ou posto em exercício provisório terá, no mínimo, dez e, no máximo, trinta dias de prazo, 
contados da publicação do ato, para a retomada do efetivo desempenho das atribuições do cargo, incluído 
nesse prazo o tempo necessário para o deslocamento para a nova sede. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 
10.12.97)
§1º Na hipótese de o servidor encontrar-se em licença ou afastado legalmente, o prazo a que se refere este 
artigo será contado a partir do término do impedimento. (Parágrafo renumerado e alterado pela Lei nº 9.527, 
de 10.12.97)
§2º É facultado ao servidor declinar dos prazos estabelecidos no caput. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 
10.12.97)
Art. 19. Os servidores cumprirão jornada de trabalho fixada em razão das atribuições pertinentes aos res-
pectivos cargos, respeitadaa duração máxima do trabalho semanal de quarenta horas e observados os limites 
mínimo e máximo de seis horas e oito horas diárias, respectivamente. (Redação dada pela Lei nº 8.270, de 
17.12.91)
§1º O ocupante de cargo em comissão ou função de confiança submete-se a regime de integral dedicação 
ao serviço, observado o disposto no art. 120, podendo ser convocado sempre que houver interesse da Admi-
nistração. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
§2º O disposto neste artigo não se aplica a duração de trabalho estabelecida em leis especiais. (Incluído 
pela Lei nº 8.270, de 17.12.91)
Art. 20. Ao entrar em exercício, o servidor nomeado para cargo de provimento efetivo ficará sujeito a estágio 
probatório por período de 24 (vinte e quatro) meses, durante o qual a sua aptidão e capacidade serão objeto de 
avaliação para o desempenho do cargo, observados os seguinte fatores: (vide EMC nº 19)
I - assiduidade;
II - disciplina;
III - capacidade de iniciativa;
IV - produtividade;
V- responsabilidade.
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§1º 4 (quatro) meses antes de findo o período do estágio probatório, será submetida à homologação da 
autoridade competente a avaliação do desempenho do servidor, realizada por comissão constituída para essa 
finalidade, de acordo com o que dispuser a lei ou o regulamento da respectiva carreira ou cargo, sem prejuízo 
da continuidade de apuração dos fatores enumerados nos incisos I a V do caput deste artigo. (Redação dada 
pela Lei nº 11.784, de 2008
§2º O servidor não aprovado no estágio probatório será exonerado ou, se estável, reconduzido ao cargo 
anteriormente ocupado, observado o disposto no parágrafo único do art. 29.
§3º O servidor em estágio probatório poderá exercer quaisquer cargos de provimento em comissão ou 
funções de direção, chefia ou assessoramento no órgão ou entidade de lotação, e somente poderá ser cedido 
a outro órgão ou entidade para ocupar cargos de Natureza Especial, cargos de provimento em comissão do 
Grupo-Direção e Assessoramento Superiores - DAS, de níveis 6, 5 e 4, ou equivalentes. (Incluído pela Lei nº 
9.527, de 10.12.97)
§4º Ao servidor em estágio probatório somente poderão ser concedidas as licenças e os afastamentos 
previstos nos arts. 81, incisos I a IV, 94, 95 e 96, bem assim afastamento para participar de curso de formação 
decorrente de aprovação em concurso para outro cargo na Administração Pública Federal.(Incluído pela Lei nº 
9.527, de 10.12.97)
§5º O estágio probatório ficará suspenso durante as licenças e os afastamentos previstos nos arts. 83, 84, 
§1º, 86 e 96, bem assim na hipótese de participação em curso de formação, e será retomado a partir do término 
do impedimento. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
SEÇÃO V
DA ESTABILIDADE
Art. 21. O servidor habilitado em concurso público e empossado em cargo de provimento efetivo adquirirá 
estabilidade no serviço público ao completar 2 (dois) anos de efetivo exercício. (prazo 3 anos - vide EMC nº 19)
Art. 22. O servidor estável só perderá o cargo em virtude de sentença judicial transitada em julgado ou de 
processo administrativo disciplinar no qual lhe seja assegurada ampla defesa.
SEÇÃO VI
DA TRANSFERÊNCIA
Art. 23. (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
SEÇÃO VII
DA READAPTAÇÃO
Art. 24. Readaptação é a investidura do servidor em cargo de atribuições e responsabilidades compatíveis 
com a limitação que tenha sofrido em sua capacidade física ou mental verificada em inspeção médica.
§1º Se julgado incapaz para o serviço público, o readaptando será aposentado.
§2º A readaptação será efetivada em cargo de atribuições afins, respeitada a habilitação exigida, nível de 
escolaridade e equivalência de vencimentos e, na hipótese de inexistência de cargo vago, o servidor exercerá 
suas atribuições como excedente, até a ocorrência de vaga. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
SEÇÃO VIII
DA REVERSÃO
 (Regulamento Dec. nº 3.644, de 30.11.2000)
Art. 25. Reversão é o retorno à atividade de servidor aposentado: (Redação dada pela Medida Provisória nº 
2.225-45, de 4.9.2001)
I - por invalidez, quando junta médica oficial declarar insubsistentes os motivos da aposentadoria; ou (Inclu-
ído pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)
II - no interesse da administração, desde que: (Incluído pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)
a) tenha solicitado a reversão; (Incluído pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)
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b) a aposentadoria tenha sido voluntária; (Incluído pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)
c) estável quando na atividade;(Incluído pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)
d) a aposentadoria tenha ocorrido nos cinco anos anteriores à solicitação; (Incluído pela Medida Provisória 
nº 2.225-45, de 4.9.2001)
e) haja cargo vago. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)
§1º A reversão far-se-á no mesmo cargo ou no cargo resultante de sua transformação. (Incluído pela Medida 
Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)
§2º O tempo em que o servidor estiver em exercício será considerado para concessão da aposentadoria. 
(Incluído pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)
§3º No caso do inciso I, encontrando-se provido o cargo, o servidor exercerá suas atribuições como exce-
dente, até a ocorrência de vaga. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)
§4º O servidor que retornar à atividade por interesse da administração perceberá, em substituição aos pro-
ventos da aposentadoria, a remuneração do cargo que voltar a exercer, inclusive com as vantagens de natureza 
pessoal que percebia anteriormente à aposentadoria.(Incluído pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)
§5º O servidor de que trata o inciso II somente terá os proventos calculados com base nas regras atuais se 
permanecer pelo menos cinco anos no cargo. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)
§6º O Poder Executivo regulamentará o disposto neste artigo. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.225-45, 
de 4.9.2001)
Art. 26. (Revogado pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)
Art. 27. Não poderá reverter o aposentado que já tiver completado 70 (setenta) anos de idade.
SEÇÃO IX
DA REINTEGRAÇÃO
Art. 28. A reintegração é a reinvestidura do servidor estável no cargo anteriormente ocupado, ou no cargo 
resultante de sua transformação, quando invalidada a sua demissão por decisão administrativa ou judicial, com 
ressarcimento de todas as vantagens.
§1º Na hipótese de o cargo ter sido extinto, o servidor ficará em disponibilidade, observado o disposto nos 
arts. 30 e 31.
§2º Encontrando-se provido o cargo, o seu eventual ocupante será reconduzido ao cargo de origem, sem 
direito à indenização ou aproveitado em outro cargo, ou, ainda, posto em disponibilidade.
SEÇÃO X
DA RECONDUÇÃO
Art. 29. Recondução é o retorno do servidor estável ao cargo anteriormente ocupado e decorrerá de:
I - inabilitação em estágio probatório relativo a outro cargo;
II - reintegração do anterior ocupante.
Parágrafo único. Encontrando-se provido o cargo de origem, o servidor será aproveitado em outro, obser-
vado o disposto no art. 30.
SEÇÃO XI
DA DISPONIBILIDADE E DO APROVEITAMENTO
Art. 30. O retorno à atividade de servidor em disponibilidade far-se-á mediante aproveitamento obrigatório 
em cargo de atribuições e vencimentos compatíveis com o anteriormente ocupado.
Art. 31. O órgão Central do Sistema de Pessoal Civil determinará o imediato aproveitamento de servidor em 
disponibilidade em vaga que vier a ocorrer nos órgãos ou entidades da Administração Pública Federal.
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Parágrafo único. Na hipótese prevista no §3º do art. 37, o servidor posto em disponibilidade poderá ser man-
tido sob responsabilidade do órgão central do Sistemade Pessoal Civil da Administração Federal - SIPEC, até 
o seu adequado aproveitamento em outro órgão ou entidade.(Parágrafo incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
Art. 32. Será tornado sem efeito o aproveitamento e cassada a disponibilidade se o servidor não entrar em 
exercício no prazo legal, salvo doença comprovada por junta médica oficial.
CAPÍTULO II
DA VACÂNCIA
Art. 33. A vacância do cargo público decorrerá de:
I - exoneração;
II - demissão;
III - promoção;
IV - (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
V - (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
VI - readaptação;
VII - aposentadoria;
VIII - posse em outro cargo inacumulável;
IX - falecimento.
Art. 34. A exoneração de cargo efetivo dar-se-á a pedido do servidor, ou de ofício.
Parágrafo único. A exoneração de ofício dar-se-á:
I - quando não satisfeitas as condições do estágio probatório;
II - quando, tendo tomado posse, o servidor não entrar em exercício no prazo estabelecido.
Art. 35. A exoneração de cargo em comissão e a dispensa de função de confiança dar-se-á: (Redação dada 
pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
I - a juízo da autoridade competente;
II - a pedido do próprio servidor.
Parágrafo único. (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
CAPÍTULO III
DA REMOÇÃO E DA REDISTRIBUIÇÃO
SEÇÃO I
DA REMOÇÃO
Art. 36. Remoção é o deslocamento do servidor, a pedido ou de ofício, no âmbito do mesmo quadro, com 
ou sem mudança de sede.
Parágrafo único. Para fins do disposto neste artigo, entende-se por modalidades de remoção: (Redação 
dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
I - de ofício, no interesse da Administração; (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
II - a pedido, a critério da Administração; (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
III - a pedido, para outra localidade, independentemente do interesse da Administração:(Incluído pela Lei nº 
9.527, de 10.12.97)
a) para acompanhar cônjuge ou companheiro, também servidor público civil ou militar, de qualquer dos 
Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, que foi deslocado no interesse da Admi-
nistração;(Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
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b) por motivo de saúde do servidor, cônjuge, companheiro ou dependente que viva às suas expensas e 
conste do seu assentamento funcional, condicionada à comprovação por junta médica oficial; (Incluído pela Lei 
nº 9.527, de 10.12.97)
c) em virtude de processo seletivo promovido, na hipótese em que o número de interessados for superior 
ao número de vagas, de acordo com normas preestabelecidas pelo órgão ou entidade em que aqueles estejam 
lotados. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
SEÇÃO II
DA REDISTRIBUIÇÃO
Art. 37. Redistribuição é o deslocamento de cargo de provimento efetivo, ocupado ou vago no âmbito do 
quadro geral de pessoal, para outro órgão ou entidade do mesmo Poder, com prévia apreciação do órgão cen-
tral do SIPEC, observados os seguintes preceitos: (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
I - interesse da administração; (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
II - equivalência de vencimentos; (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
III - manutenção da essência das atribuições do cargo; (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
IV - vinculação entre os graus de responsabilidade e complexidade das atividades; (Incluído pela Lei nº 
9.527, de 10.12.97)
V - mesmo nível de escolaridade, especialidade ou habilitação profissional; (Incluído pela Lei nº 9.527, de 
10.12.97)
VI - compatibilidade entre as atribuições do cargo e as finalidades institucionais do órgão ou entidade.(Inclu-
ído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
§1º A redistribuição ocorrerá ex officio para ajustamento de lotação e da força de trabalho às necessidades 
dos serviços, inclusive nos casos de reorganização, extinção ou criação de órgão ou entidade. (Incluído pela 
Lei nº 9.527, de 10.12.97)
§2º A redistribuição de cargos efetivos vagos se dará mediante ato conjunto entre o órgão central do SIPEC 
e os órgãos e entidades da Administração Pública Federal envolvidos. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
§3º Nos casos de reorganização ou extinção de órgão ou entidade, extinto o cargo ou declarada sua desne-
cessidade no órgão ou entidade, o servidor estável que não for redistribuído será colocado em disponibilidade, 
até seu aproveitamento na forma dos arts. 30 e 31. (Parágrafo renumerado e alterado pela Lei nº 9.527, de 
10.12.97)
§4º O servidor que não for redistribuído ou colocado em disponibilidade poderá ser mantido sob responsa-
bilidade do órgão central do SIPEC, e ter exercício provisório, em outro órgão ou entidade, até seu adequado 
aproveitamento. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
CAPÍTULO IV
DA SUBSTITUIÇÃO
Art. 38. Os servidores investidos em cargo ou função de direção ou chefia e os ocupantes de cargo de Na-
tureza Especial terão substitutos indicados no regimento interno ou, no caso de omissão, previamente designa-
dos pelo dirigente máximo do órgão ou entidade. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
§1º O substituto assumirá automática e cumulativamente, sem prejuízo do cargo que ocupa, o exercício do 
cargo ou função de direção ou chefia e os de Natureza Especial, nos afastamentos, impedimentos legais ou re-
gulamentares do titular e na vacância do cargo, hipóteses em que deverá optar pela remuneração de um deles 
durante o respectivo período. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
§2º O substituto fará jus à retribuição pelo exercício do cargo ou função de direção ou chefia ou de cargo 
de Natureza Especial, nos casos dos afastamentos ou impedimentos legais do titular, superiores a trinta dias 
consecutivos, paga na proporção dos dias de efetiva substituição, que excederem o referido período. (Redação 
dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
Art. 39. O disposto no artigo anterior aplica-se aos titulares de unidades administrativas organizadas em 
nível de assessoria.
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TÍTULO III
DOS DIREITOS E VANTAGENS
CAPÍTULO I
DO VENCIMENTO E DA REMUNERAÇÃO
Art. 40. Vencimento é a retribuição pecuniária pelo exercício de cargo público, com valor fixado em lei.
Parágrafo único. (Revogado pela Medida Provisória nº 431, de 2008). (Revogado pela Lei nº 11.784, de 
2008)
Art. 41. Remuneração é o vencimento do cargo efetivo, acrescido das vantagens pecuniárias permanentes 
estabelecidas em lei.
§1º A remuneração do servidor investido em função ou cargo em comissão será paga na forma prevista no 
art. 62.
§2º O servidor investido em cargo em comissão de órgão ou entidade diversa da de sua lotação receberá a 
remuneração de acordo com o estabelecido no §1º do art. 93.
§3º O vencimento do cargo efetivo, acrescido das vantagens de caráter permanente, é irredutível.
§4º É assegurada a isonomia de vencimentos para cargos de atribuições iguais ou assemelhadas do mes-
mo Poder, ou entre servidores dos três Poderes, ressalvadas as vantagens de caráter individual e as relativas 
à natureza ou ao local de trabalho.
§5º Nenhum servidor receberá remuneração inferior ao salário mínimo. (Incluído pela Lei nº 11.784, de 2008
Art. 42. Nenhum servidor poderá perceber, mensalmente, a título de remuneração, importância superior 
à soma dos valores percebidos como remuneração, em espécie, a qualquer título, no âmbito dos respectivos 
Poderes, pelos Ministros de Estado, por membros do Congresso Nacional e Ministros do Supremo Tribunal 
Federal.
Parágrafo único. Excluem-se do teto de remuneração as vantagens previstas nos incisos II a VII do art. 61.
Art. 43. (Revogado pela Lei nº 9.624, de 2.4.98) (Vide Lei nº 9.624, de 2.4.98)
Art. 44. O servidor perderá:
I - a remuneração do dia em que faltar ao serviço, sem motivo justificado;(Redação dada pela Lei nº 9.527, 
de 10.12.97)
II - a parcela de remuneração diária, proporcional aos atrasos, ausências justificadas, ressalvadasas con-
cessões de que trata o art. 97, e saídas antecipadas, salvo na hipótese de compensação de horário, até o mês 
subseqüente ao da ocorrência, a ser estabelecida pela chefia imediata.(Redação dada pela Lei nº 9.527, de 
10.12.97)
Parágrafo único. As faltas justificadas decorrentes de caso fortuito ou de força maior poderão ser compensa-
das a critério da chefia imediata, sendo assim consideradas como efetivo exercício.(Incluído pela Lei nº 9.527, 
de 10.12.97)
Art. 45. Salvo por imposição legal, ou mandado judicial, nenhum desconto incidirá sobre a remuneração ou 
provento. (Vide Decreto nº 1.502, de 1995)(Vide Decreto nº 1.903, de 1996) (Vide Decreto nº 2.065, de 1996) 
(Regulamento) (Regulamento)
§1º (Revogado pela Lei nº 14.509, de 2022)
§2º (Revogado pela Lei nº 14.509, de 2022)
Art. 46. As reposições e indenizações ao erário, atualizadas até 30 de junho de 1994, serão previamente 
comunicadas ao servidor ativo, aposentado ou ao pensionista, para pagamento, no prazo máximo de trinta 
dias, podendo ser parceladas, a pedido do interessado. (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 
4.9.2001)
§1º O valor de cada parcela não poderá ser inferior ao correspondente a dez por cento da remuneração, 
provento ou pensão. (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)
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§2º Quando o pagamento indevido houver ocorrido no mês anterior ao do processamento da folha, a repo-
sição será feita imediatamente, em uma única parcela. (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 
4.9.2001)
§3º Na hipótese de valores recebidos em decorrência de cumprimento a decisão liminar, a tutela antecipada 
ou a sentença que venha a ser revogada ou rescindida, serão eles atualizados até a data da reposição. (Reda-
ção dada pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)
Art. 47. O servidor em débito com o erário, que for demitido, exonerado ou que tiver sua aposentadoria ou 
disponibilidade cassada, terá o prazo de sessenta dias para quitar o débito. (Redação dada pela Medida Provi-
sória nº 2.225-45, de 4.9.2001)
Parágrafo único. A não quitação do débito no prazo previsto implicará sua inscrição em dívida ativa. (Reda-
ção dada pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)
Art. 48. O vencimento, a remuneração e o provento não serão objeto de arresto, seqüestro ou penhora, 
exceto nos casos de prestação de alimentos resultante de decisão judicial.
CAPÍTULO II
DAS VANTAGENS
Art. 49. Além do vencimento, poderão ser pagas ao servidor as seguintes vantagens:
I - indenizações;
II - gratificações;
III - adicionais.
§1º As indenizações não se incorporam ao vencimento ou provento para qualquer efeito.
§2º As gratificações e os adicionais incorporam-se ao vencimento ou provento, nos casos e condições indi-
cados em lei.
Art. 50. As vantagens pecuniárias não serão computadas, nem acumuladas, para efeito de concessão de 
quaisquer outros acréscimos pecuniários ulteriores, sob o mesmo título ou idêntico fundamento.
SEÇÃO I
DAS INDENIZAÇÕES
Art. 51. Constituem indenizações ao servidor:
I - ajuda de custo;
II - diárias;
III - transporte.
IV - auxílio-moradia.(Incluído pela Lei nº 11.355, de 2006)
Art. 52. Os valores das indenizações estabelecidas nos incisos I a III do art. 51, assim como as condições 
para a sua concessão, serão estabelecidos em regulamento. (Redação dada pela Lei nº 11.355, de 2006)
SUBSEÇÃO I
DA AJUDA DE CUSTO
Art. 53. A ajuda de custo destina-se a compensar as despesas de instalação do servidor que, no interesse 
do serviço, passar a ter exercício em nova sede, com mudança de domicílio em caráter permanente, vedado o 
duplo pagamento de indenização, a qualquer tempo, no caso de o cônjuge ou companheiro que detenha tam-
bém a condição de servidor, vier a ter exercício na mesma sede. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
§1º Correm por conta da administração as despesas de transporte do servidor e de sua família, compreen-
dendo passagem, bagagem e bens pessoais.
§2º À família do servidor que falecer na nova sede são assegurados ajuda de custo e transporte para a 
localidade de origem, dentro do prazo de 1 (um) ano, contado do óbito.
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§3º Não será concedida ajuda de custo nas hipóteses de remoção previstas nos incisos II e III do parágrafo 
único do art. 36. (Incluído pela Lei nº 12.998, de 2014)
Art. 54. A ajuda de custo é calculada sobre a remuneração do servidor, conforme se dispuser em regulamen-
to, não podendo exceder a importância correspondente a 3 (três) meses.
Art. 55. Não será concedida ajuda de custo ao servidor que se afastar do cargo, ou reassumi-lo, em virtude 
de mandato eletivo.
Art. 56. Será concedida ajuda de custo àquele que, não sendo servidor da União, for nomeado para cargo 
em comissão, com mudança de domicílio.
Parágrafo único. No afastamento previsto no inciso I do art. 93, a ajuda de custo será paga pelo órgão ces-
sionário, quando cabível.
Art. 57. O servidor ficará obrigado a restituir a ajuda de custo quando, injustificadamente, não se apresentar 
na nova sede no prazo de 30 (trinta) dias.
SUBSEÇÃO II
DAS DIÁRIAS
Art. 58. O servidor que, a serviço, afastar-se da sede em caráter eventual ou transitório para outro ponto 
do território nacional ou para o exterior, fará jus a passagens e diárias destinadas a indenizar as parcelas de 
despesas extraordinária com pousada, alimentação e locomoção urbana, conforme dispuser em regulamento. 
(Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
§1º A diária será concedida por dia de afastamento, sendo devida pela metade quando o deslocamento não 
exigir pernoite fora da sede, ou quando a União custear, por meio diverso, as despesas extraordinárias cobertas 
por diárias. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
§2º Nos casos em que o deslocamento da sede constituir exigência permanente do cargo, o servidor não 
fará jus a diárias.
§3º Também não fará jus a diárias o servidor que se deslocar dentro da mesma região metropolitana, aglo-
meração urbana ou microrregião, constituídas por municípios limítrofes e regularmente instituídas, ou em áreas 
de controle integrado mantidas com países limítrofes, cuja jurisdição e competência dos órgãos, entidades 
e servidores brasileiros considera-se estendida, salvo se houver pernoite fora da sede, hipóteses em que as 
diárias pagas serão sempre as fixadas para os afastamentos dentro do território nacional. (Incluído pela Lei nº 
9.527, de 10.12.97)
Art. 59. O servidor que receber diárias e não se afastar da sede, por qualquer motivo, fica obrigado a resti-
tuí-las integralmente, no prazo de 5 (cinco) dias.
Parágrafo único. Na hipótese de o servidor retornar à sede em prazo menor do que o previsto para o seu 
afastamento, restituirá as diárias recebidas em excesso, no prazo previsto no caput.
SUBSEÇÃO III
DA INDENIZAÇÃO DE TRANSPORTE
Art. 60. Conceder-se-á indenização de transporte ao servidor que realizar despesas com a utilização de 
meio próprio de locomoção para a execução de serviços externos, por força das atribuições próprias do cargo, 
conforme se dispuser em regulamento.
SUBSEÇÃO IV
DO AUXÍLIO-MORADIA
 (Incluído pela Lei nº 11.355, de 2006)
Art. 60-A. O auxílio-moradia consiste no ressarcimento das despesas comprovadamente realizadas pelo 
servidor com aluguel de moradia ou com meio de hospedagem administrado por empresa hoteleira, no prazo 
de um mês após a comprovação da despesa pelo servidor. (Incluído pela Lei nº 11.355, de 2006)
Art. 60-B. Conceder-se-á auxílio-moradia ao servidor se atendidos os seguintes requisitos: (Incluído pela Lei 
nº 11.355, de 2006)
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I - não exista imóvel funcional disponível para uso pelo servidor;(Incluído pela Lei nº 11.355, de 2006)
II - o cônjuge ou companheiro do servidornão ocupe imóvel funcional;(Incluído pela Lei nº 11.355, de 2006)
III - o servidor ou seu cônjuge ou companheiro não seja ou tenha sido proprietário, promitente comprador, 
cessionário ou promitente cessionário de imóvel no Município aonde for exercer o cargo, incluída a hipótese 
de lote edificado sem averbação de construção, nos doze meses que antecederem a sua nomeação; (Incluído 
pela Lei nº 11.355, de 2006)
IV - nenhuma outra pessoa que resida com o servidor receba auxílio-moradia;(Incluído pela Lei nº 11.355, 
de 2006)
V - o servidor tenha se mudado do local de residência para ocupar cargo em comissão ou função de con-
fiança do Grupo-Direção e Assessoramento Superiores - DAS, níveis 4, 5 e 6, de Natureza Especial, de Ministro 
de Estado ou equivalentes (Incluído pela Lei nº 11.355, de 2006)
VI - o Município no qual assuma o cargo em comissão ou função de confiança não se enquadre nas hipó-
teses do art. 58, §3º, em relação ao local de residência ou domicílio do servidor;(Incluído pela Lei nº 11.355, de 
2006)
VII - o servidor não tenha sido domiciliado ou tenha residido no Município, nos últimos doze meses, aonde 
for exercer o cargo em comissão ou função de confiança, desconsiderando-se prazo inferior a sessenta dias 
dentro desse período; e(Incluído pela Lei nº 11.355, de 2006)
VIII - o deslocamento não tenha sido por força de alteração de lotação ou nomeação para cargo efetivo.
(Incluído pela Lei nº 11.355, de 2006)
IX - o deslocamento tenha ocorrido após 30 de junho de 2006. (Incluído pela Lei nº 11.490, de 2007)
Parágrafo único. Para fins do inciso VII, não será considerado o prazo no qual o servidor estava ocupando 
outro cargo em comissão relacionado no inciso V. (Incluído pela Lei nº 11.355, de 2006)
 Art. 60-C. (Revogado pela Lei nº 12.998, de 2014)
Art. 60-D. O valor mensal do auxílio-moradia é limitado a 25% (vinte e cinco por cento) do valor do cargo em 
comissão, função comissionada ou cargo de Ministro de Estado ocupado. (Incluído pela Lei nº 11.784, de 2008
§1º O valor do auxílio-moradia não poderá superar 25% (vinte e cinco por cento) da remuneração de Minis-
tro de Estado. (Incluído pela Lei nº 11.784, de 2008
§2º Independentemente do valor do cargo em comissão ou função comissionada, fica garantido a todos os 
que preencherem os requisitos o ressarcimento até o valor de R$ 1.800,00 (mil e oitocentos reais). (Incluído 
pela Lei nº 11.784, de 2008
§3º (Incluído pela Medida Provisória nº 805, de 2017) (Vigência encerrada)
§4º (Incluído pela Medida Provisória nº 805, de 2017) (Vigência encerrada)
Art. 60-E. No caso de falecimento, exoneração, colocação de imóvel funcional à disposição do servidor ou 
aquisição de imóvel, o auxílio-moradia continuará sendo pago por um mês. (Incluído pela Lei nº 11.355, de 
2006)
SEÇÃO II
DAS GRATIFICAÇÕES E ADICIONAIS
Art. 61. Além do vencimento e das vantagens previstas nesta Lei, serão deferidos aos servidores as seguin-
tes retribuições, gratificações e adicionais:(Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
I - retribuição pelo exercício de função de direção, chefia e assessoramento; (Redação dada pela Lei nº 
9.527, de 10.12.97)
II - gratificação natalina;
III - (Revogado pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)
IV - adicional pelo exercício de atividades insalubres, perigosas ou penosas;
V - adicional pela prestação de serviço extraordinário;
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VI - adicional noturno;
VII - adicional de férias;
VIII - outros, relativos ao local ou à natureza do trabalho.
IX - gratificação por encargo de curso ou concurso. (Incluído pela Lei nº 11.314 de 2006)
SUBSEÇÃO I
DA RETRIBUIÇÃO PELO EXERCÍCIO DE FUNÇÃO DE DIREÇÃO, CHEFIA E ASSESSORAMENTO
 (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
Art. 62. Ao servidor ocupante de cargo efetivo investido em função de direção, chefia ou assessoramento, 
cargo de provimento em comissão ou de Natureza Especial é devida retribuição pelo seu exercício.(Redação 
dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
Parágrafo único. Lei específica estabelecerá a remuneração dos cargos em comissão de que trata o inciso 
II do art. 9º.(Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
Art. 62-A. Fica transformada em Vantagem Pessoal Nominalmente Identificada - VPNI a incorporação da 
retribuição pelo exercício de função de direção, chefia ou assessoramento, cargo de provimento em comissão 
ou de Natureza Especial a que se referem os arts. 3º e 10 da Lei no 8.911, de 11 de julho de 1994, e o art. 3º da 
Lei no 9.624, de 2 de abril de 1998. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)
Parágrafo único. A VPNI de que trata o caput deste artigo somente estará sujeita às revisões gerais de re-
muneração dos servidores públicos federais. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)
SUBSEÇÃO II
DA GRATIFICAÇÃO NATALINA
Art. 63. A gratificação natalina corresponde a 1/12 (um doze avos) da remuneração a que o servidor fizer jus 
no mês de dezembro, por mês de exercício no respectivo ano.
Parágrafo único. A fração igual ou superior a 15 (quinze) dias será considerada como mês integral.
Art. 64. A gratificação será paga até o dia 20 (vinte) do mês de dezembro de cada ano.
Parágrafo único. (VETADO).
Art. 65. O servidor exonerado perceberá sua gratificação natalina, proporcionalmente aos meses de exercí-
cio, calculada sobre a remuneração do mês da exoneração.
Art. 66. A gratificação natalina não será considerada para cálculo de qualquer vantagem pecuniária.
SUBSEÇÃO III
DO ADICIONAL POR TEMPO DE SERVIÇO
Art. 67. (Revogado pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 2001, respeitadas as situações constituídas até 
8.3.1999)
SUBSEÇÃO IV
DOS ADICIONAIS DE INSALUBRIDADE, PERICULOSIDADE OU ATIVIDADES PENOSAS
 Art. 68. Os servidores que trabalhem com habitualidade em locais insalubres ou em contato permanente 
com substâncias tóxicas, radioativas ou com risco de vida, fazem jus a um adicional sobre o vencimento do 
cargo efetivo.
§1º O servidor que fizer jus aos adicionais de insalubridade e de periculosidade deverá optar por um deles.
§2º O direito ao adicional de insalubridade ou periculosidade cessa com a eliminação das condições ou dos 
riscos que deram causa a sua concessão.
Art. 69. Haverá permanente controle da atividade de servidores em operações ou locais considerados pe-
nosos, insalubres ou perigosos.
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Parágrafo único. A servidora gestante ou lactante será afastada, enquanto durar a gestação e a lactação, 
das operações e locais previstos neste artigo, exercendo suas atividades em local salubre e em serviço não 
penoso e não perigoso.
Art. 70. Na concessão dos adicionais de atividades penosas, de insalubridade e de periculosidade, serão 
observadas as situações estabelecidas em legislação específica.
Art. 71. O adicional de atividade penosa será devido aos servidores em exercício em zonas de fronteira ou 
em localidades cujas condições de vida o justifiquem, nos termos, condições e limites fixados em regulamento.
Art. 72. Os locais de trabalho e os servidores que operam com Raios X ou substâncias radioativas serão 
mantidos sob controle permanente, de modo que as doses de radiação ionizante não ultrapassem o nível má-
ximo previsto na legislação própria.
Parágrafo único. Os servidores a que se refere este artigo serão submetidos a exames médicos a cada 6 
(seis) meses.
SUBSEÇÃO V
DO ADICIONAL POR SERVIÇO EXTRAORDINÁRIO
Art. 73. O serviço extraordinário será remunerado com acréscimo de 50% (cinqüenta por cento) em relação 
à hora normal de trabalho.
Art. 74. Somente será permitido serviço extraordinário para atender a situações excepcionais e temporárias, 
respeitado o limite máximo de 2 (duas) horas por jornada.
SUBSEÇÃO VI
DO ADICIONAL NOTURNO
Art. 75. O serviço noturno, prestado em horário compreendido entre 22 (vinte e duas) horas de um dia e 5 
(cinco)horas do dia seguinte, terá o valor-hora acrescido de 25% (vinte e cinco por cento), computando-se cada 
hora como cinqüenta e dois minutos e trinta segundos.
Parágrafo único. Em se tratando de serviço extraordinário, o acréscimo de que trata este artigo incidirá so-
bre a remuneração prevista no art. 73.
SUBSEÇÃO VII
DO ADICIONAL DE FÉRIAS
Art. 76. Independentemente de solicitação, será pago ao servidor, por ocasião das férias, um adicional cor-
respondente a 1/3 (um terço) da remuneração do período das férias.
Parágrafo único. No caso de o servidor exercer função de direção, chefia ou assessoramento, ou ocupar 
cargo em comissão, a respectiva vantagem será considerada no cálculo do adicional de que trata este artigo.
SUBSEÇÃO VIII
DA GRATIFICAÇÃO POR ENCARGO DE CURSO OU CONCURSO
 (Incluído pela Lei nº 11.314 de 2006)
Art. 76-A. A Gratificação por Encargo de Curso ou Concurso é devida ao servidor que, em caráter eventu-
al:(Incluído pela Lei nº 11.314 de 2006) (Regulamento)(Vide Decreto nº 11.069, de 2022)Vigência
I - atuar como instrutor em curso de formação, de desenvolvimento ou de treinamento regularmente institu-
ído no âmbito da administração pública federal;(Incluído pela Lei nº 11.314 de 2006)
II - participar de banca examinadora ou de comissão para exames orais, para análise curricular, para corre-
ção de provas discursivas, para elaboração de questões de provas ou para julgamento de recursos intentados 
por candidatos; (Incluído pela Lei nº 11.314 de 2006)
III - participar da logística de preparação e de realização de concurso público envolvendo atividades de pla-
nejamento, coordenação, supervisão, execução e avaliação de resultado, quando tais atividades não estiverem 
incluídas entre as suas atribuições permanentes;(Incluído pela Lei nº 11.314 de 2006)
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IV - participar da aplicação, fiscalizar ou avaliar provas de exame vestibular ou de concurso público ou su-
pervisionar essas atividades. (Incluído pela Lei nº 11.314 de 2006)
§1º Os critérios de concessão e os limites da gratificação de que trata este artigo serão fixados em regula-
mento, observados os seguintes parâmetros: (Incluído pela Lei nº 11.314 de 2006)
I - o valor da gratificação será calculado em horas, observadas a natureza e a complexidade da atividade 
exercida; (Incluído pela Lei nº 11.314 de 2006)
II - a retribuição não poderá ser superior ao equivalente a 120 (cento e vinte) horas de trabalho anuais, 
ressalvada situação de excepcionalidade, devidamente justificada e previamente aprovada pela autoridade 
máxima do órgão ou entidade, que poderá autorizar o acréscimo de até 120 (cento e vinte) horas de trabalho 
anuais; (Incluído pela Lei nº 11.314 de 2006)
III - o valor máximo da hora trabalhada corresponderá aos seguintes percentuais, incidentes sobre o maior 
vencimento básico da administração pública federal: (Incluído pela Lei nº 11.314 de 2006)
a) 2,2% (dois inteiros e dois décimos por cento), em se tratando de atividades previstas nos incisos I e II do 
caput deste artigo;(Redação dada pela Lei nº 11.501, de 2007)
b) 1,2% (um inteiro e dois décimos por cento), em se tratando de atividade prevista nos incisos III e IV do 
caput deste artigo. (Redação dada pela Lei nº 11.501, de 2007)
§2º A Gratificação por Encargo de Curso ou Concurso somente será paga se as atividades referidas nos 
incisos do caput deste artigo forem exercidas sem prejuízo das atribuições do cargo de que o servidor for titular, 
devendo ser objeto de compensação de carga horária quando desempenhadas durante a jornada de trabalho, 
na forma do §4º do art. 98 desta Lei. (Incluído pela Lei nº 11.314 de 2006)
§3º A Gratificação por Encargo de Curso ou Concurso não se incorpora ao vencimento ou salário do servidor 
para qualquer efeito e não poderá ser utilizada como base de cálculo para quaisquer outras vantagens, inclu-
sive para fins de cálculo dos proventos da aposentadoria e das pensões. (Incluído pela Lei nº 11.314 de 2006)
CAPÍTULO III
DAS FÉRIAS
Art. 77. O servidor fará jus a trinta dias de férias, que podem ser acumuladas, até o máximo de dois perío-
dos, no caso de necessidade do serviço, ressalvadas as hipóteses em que haja legislação específica. (Redação 
dada pela Lei nº 9.525, de 10.12.97) (Vide Lei nº 9.525, de 1997)
§1º Para o primeiro período aquisitivo de férias serão exigidos 12 (doze) meses de exercício.
§2º É vedado levar à conta de férias qualquer falta ao serviço.
§3º As férias poderão ser parceladas em até três etapas, desde que assim requeridas pelo servidor, e no 
interesse da administração pública.(Incluído pela Lei nº 9.525, de 10.12.97)
Art. 78. O pagamento da remuneração das férias será efetuado até 2 (dois) dias antes do início do respec-
tivo período, observando-se o disposto no §1º deste artigo. (Vide Lei nº 9.525, de 1997)
§1° e §2° (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
§3º O servidor exonerado do cargo efetivo, ou em comissão, perceberá indenização relativa ao período das 
férias a que tiver direito e ao incompleto, na proporção de um doze avos por mês de efetivo exercício, ou fração 
superior a quatorze dias. (Incluído pela Lei nº 8.216, de 13.8.91)
§4º A indenização será calculada com base na remuneração do mês em que for publicado o ato exonerató-
rio. (Incluído pela Lei nº 8.216, de 13.8.91)
§5º Em caso de parcelamento, o servidor receberá o valor adicional previsto no inciso XVII do art. 7º da 
Constituição Federal quando da utilização do primeiro período. (Incluído pela Lei nº 9.525, de 10.12.97)
Art. 79. O servidor que opera direta e permanentemente com Raios X ou substâncias radioativas gozará 
20 (vinte) dias consecutivos de férias, por semestre de atividade profissional, proibida em qualquer hipótese a 
acumulação.
Parágrafo único. (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
Apostila gerada especialmente para: carlos cesar César nogueira da silva e silva 978.677.991-68
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Art. 80. As férias somente poderão ser interrompidas por motivo de calamidade pública, comoção interna, 
convocação para júri, serviço militar ou eleitoral, ou por necessidade do serviço declarada pela autoridade má-
xima do órgão ou entidade. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) (Vide Lei nº 9.525, de 1997)
Parágrafo único. O restante do período interrompido será gozado de uma só vez, observado o disposto no 
art. 77. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
CAPÍTULO IV
DAS LICENÇAS
SEÇÃO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 81. Conceder-se-á ao servidor licença:
I - por motivo de doença em pessoa da família;
II - por motivo de afastamento do cônjuge ou companheiro;
III - para o serviço militar;
IV - para atividade política;
V - para capacitação; (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
VI - para tratar de interesses particulares;
VII - para desempenho de mandato classista.
§1º A licença prevista no inciso I do caput deste artigo bem como cada uma de suas prorrogações serão 
precedidas de exame por perícia médica oficial, observado o disposto no art. 204 desta Lei. (Redação dada 
pela Lei nº 11.907, de 2009)
§2º (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
§3º É vedado o exercício de atividade remunerada durante o período da licença prevista no inciso I deste 
artigo.
Art. 82. A licença concedida dentro de 60 (sessenta) dias do término de outra da mesma espécie será con-
siderada como prorrogação.
SEÇÃO II
DA LICENÇA POR MOTIVO DE DOENÇA EM PESSOA DA FAMÍLIA
Art. 83. Poderá ser concedida licença ao servidor por motivo de doença do cônjuge ou companheiro, dos 
pais, dos filhos, do padrasto ou madrasta e enteado, ou dependente que viva a suas expensas e conste do seu 
assentamento funcional, mediante comprovação por perícia médica oficial. (Redação dada pela Lei nº 11.907, 
de 2009)
§1º A licença somente será deferida se a assistência direta do servidor for indispensável e não puder ser 
prestada simultaneamente com o exercício do cargo ou mediante compensação de horário, naforma do dispos-
to no inciso II do art. 44. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) 
§2º A licença de que trata o caput, incluídas as prorrogações, poderá ser concedida a cada período de doze 
meses nas seguintes condições: (Redação dada pela Lei nº 12.269, de 2010)
I - por até 60 (sessenta) dias, consecutivos ou não, mantida a remuneração do servidor; e (Incluído pela Lei 
nº 12.269, de 2010)
II - por até 90 (noventa) dias, consecutivos ou não, sem remuneração. (Incluído pela Lei nº 12.269, de 2010)
§3º O início do interstício de 12 (doze) meses será contado a partir da data do deferimento da primeira licen-
ça concedida. (Incluído pela Lei nº 12.269, de 2010)
§4º A soma das licenças remuneradas e das licenças não remuneradas, incluídas as respectivas prorroga-
ções, concedidas em um mesmo período de 12 (doze) meses, observado o disposto no §3º, não poderá ultra-
passar os limites estabelecidos nos incisos I e II do §2º. (Incluído pela Lei nº 12.269, de 2010)
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SEÇÃO III
DA LICENÇA POR MOTIVO DE AFASTAMENTO DO CÔNJUGE
Art. 84. Poderá ser concedida licença ao servidor para acompanhar cônjuge ou companheiro que foi deslo-
cado para outro ponto do território nacional, para o exterior ou para o exercício de mandato eletivo dos Poderes 
Executivo e Legislativo.
§1º A licença será por prazo indeterminado e sem remuneração.
 §2º No deslocamento de servidor cujo cônjuge ou companheiro também seja servidor público, civil ou 
militar, de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, poderá haver 
exercício provisório em órgão ou entidade da Administração Federal direta, autárquica ou fundacional, desde 
que para o exercício de atividade compatível com o seu cargo.(Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
SEÇÃO IV
DA LICENÇA PARA O SERVIÇO MILITAR
Art. 85. Ao servidor convocado para o serviço militar será concedida licença, na forma e condições previstas 
na legislação específica.
Parágrafo único. Concluído o serviço militar, o servidor terá até 30 (trinta) dias sem remuneração para reas-
sumir o exercício do cargo.
SEÇÃO V
DA LICENÇA PARA ATIVIDADE POLÍTICA
Art. 86. O servidor terá direito a licença, sem remuneração, durante o período que mediar entre a sua es-
colha em convenção partidária, como candidato a cargo eletivo, e a véspera do registro de sua candidatura 
perante a Justiça Eleitoral.
§1º O servidor candidato a cargo eletivo na localidade onde desempenha suas funções e que exerça cargo 
de direção, chefia, assessoramento, arrecadação ou fiscalização, dele será afastado, a partir do dia imediato 
ao do registro de sua candidatura perante a Justiça Eleitoral, até o décimo dia seguinte ao do pleito.(Redação 
dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
§2º A partir do registro da candidatura e até o décimo dia seguinte ao da eleição, o servidor fará jus à licença, 
assegurados os vencimentos do cargo efetivo, somente pelo período de três meses.(Redação dada pela Lei nº 
9.527, de 10.12.97)
SEÇÃO VI
DA LICENÇA PARA CAPACITAÇÃO
 (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
Art. 87. Após cada qüinqüênio de efetivo exercício, o servidor poderá, no interesse da Administração, afas-
tar-se do exercício do cargo efetivo, com a respectiva remuneração, por até três meses, para participar de curso 
de capacitação profissional. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)(Vide Decreto nº 5.707, de 2006)
Parágrafo único. Os períodos de licença de que trata o caput não são acumuláveis. (Redação dada pela Lei 
nº 9.527, de 10.12.97)
Art. 88. (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
Art. 89. (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
Art. 90. (VETADO).
SEÇÃO VII
DA LICENÇA PARA TRATAR DE INTERESSES PARTICULARES
Art. 91. A critério da Administração, poderão ser concedidas ao servidor ocupante de cargo efetivo, desde 
que não esteja em estágio probatório, licenças para o trato de assuntos particulares pelo prazo de até três anos 
consecutivos, sem remuneração. (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)
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Parágrafo único. A licença poderá ser interrompida, a qualquer tempo, a pedido do servidor ou no interesse 
do serviço. (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)
SEÇÃO VIII
DA LICENÇA PARA O DESEMPENHO DE MANDATO CLASSISTA
Art. 92. É assegurado ao servidor o direito à licença sem remuneração para o desempenho de mandato 
em confederação, federação, associação de classe de âmbito nacional, sindicato representativo da categoria 
ou entidade fiscalizadora da profissão ou, ainda, para participar de gerência ou administração em sociedade 
cooperativa constituída por servidores públicos para prestar serviços a seus membros, observado o disposto 
na alínea c do inciso VIII do art. 102 desta Lei, conforme disposto em regulamento e observados os seguintes 
limites: (Redação dada pela Lei nº 11.094, de 2005) (Regulamento)(Regulamento)
I - para entidades com até 5.000 (cinco mil) associados, 2 (dois) servidores; (Redação dada pela Lei nº 
12.998, de 2014)
II - para entidades com 5.001 (cinco mil e um) a 30.000 (trinta mil) associados, 4 (quatro) servidores; (Reda-
ção dada pela Lei nº 12.998, de 2014)
III - para entidades com mais de 30.000 (trinta mil) associados, 8 (oito) servidores. (Redação dada pela Lei 
nº 12.998, de 2014)
§1º Somente poderão ser licenciados os servidores eleitos para cargos de direção ou de representação nas 
referidas entidades, desde que cadastradas no órgão competente.(Redação dada pela Lei nº 12.998, de 2014)
§2º A licença terá duração igual à do mandato, podendo ser renovada, no caso de reeleição. (Redação dada 
pela Lei nº 12.998, de 2014)
CAPÍTULO V
DOS AFASTAMENTOS
SEÇÃO I
DO AFASTAMENTO PARA SERVIR A OUTRO ÓRGÃO OU ENTIDADE
Art. 93. O servidor poderá ser cedido para ter exercício em outro órgão ou entidade dos Poderes da União, 
dos Estados, ou do Distrito Federal e dos Municípios, nas seguintes hipóteses:(Redação dada pela Lei nº 8.270, 
de 17.12.91) (Regulamento) (Vide Decreto nº 4.493, de 3.12.2002) (Vide Decreto nº 5.213, de 2004) (Vide De-
creto nº 9.144, de 2017)
I - para exercício de cargo em comissão ou função de confiança; (Redação dada pela Lei nº 8.270, de 
17.12.91)
II - em casos previstos em leis específicas. (Redação dada pela Lei nº 8.270, de 17.12.91)
§1º Na hipótese do inciso I, sendo a cessão para órgãos ou entidades dos Estados, do Distrito Federal ou 
dos Municípios, o ônus da remuneração será do órgão ou entidade cessionária, mantido o ônus para o cedente 
nos demais casos. (Redação dada pela Lei nº 8.270, de 17.12.91) 
§2º Na hipótese de o servidor cedido a empresa pública ou sociedade de economia mista, nos termos das 
respectivas normas, optar pela remuneração do cargo efetivo ou pela remuneração do cargo efetivo acrescida 
de percentual da retribuição do cargo em comissão, a entidade cessionária efetuará o reembolso das despesas 
realizadas pelo órgão ou entidade de origem. (Redação dada pela Lei nº 11.355, de 2006)
§3º A cessão far-se-á mediante Portaria publicada no Diário Oficial da União. (Redação dada pela Lei nº 
8.270, de 17.12.91)
§4º Mediante autorização expressa do Presidente da República, o servidor do Poder Executivo poderá ter 
exercício em outro órgão da Administração Federal direta que não tenha quadro próprio de pessoal, para fim 
determinado e a prazo certo. (Incluído pela Lei nº 8.270, de 17.12.91)
§5º Aplica-se à União, em se tratando de empregado ou servidor por ela requisitado, as disposições dos 
§§1º e 2º deste artigo. (Redação dada pela Lei nº 10.470, de 25.6.2002)
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§6º As cessões de empregados de empresa pública ou de sociedade de economia mista, que receba re-
cursos de Tesouro Nacional para o custeio total ou parcialda sua folha de pagamento de pessoal, independem 
das disposições contidas nos incisos I e II e §§1º e 2º deste artigo, ficando o exercício do empregado cedido 
condicionado a autorização específica do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, exceto nos casos 
de ocupação de cargo em comissão ou função gratificada. (Incluído pela Lei nº 10.470, de 25.6.2002)
§7° O Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, com a finalidade de promover a composição da 
força de trabalho dos órgãos e entidades da Administração Pública Federal, poderá determinar a lotação ou o 
exercício de empregado ou servidor, independentemente da observância do constante no inciso I e nos §§1º e 
2º deste artigo. (Incluído pela Lei nº 10.470, de 25.6.2002)(Vide Decreto nº 5.375, de 2005)
SEÇÃO II
DO AFASTAMENTO PARA EXERCÍCIO DE MANDATO ELETIVO
Art. 94. Ao servidor investido em mandato eletivo aplicam-se as seguintes disposições:
I - tratando-se de mandato federal, estadual ou distrital, ficará afastado do cargo;
II - investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, sendo-lhe facultado optar pela sua remune-
ração;
III - investido no mandato de vereador:
a) havendo compatibilidade de horário, perceberá as vantagens de seu cargo, sem prejuízo da remunera-
ção do cargo eletivo;
b) não havendo compatibilidade de horário, será afastado do cargo, sendo-lhe facultado optar pela sua re-
muneração.
§1º No caso de afastamento do cargo, o servidor contribuirá para a seguridade social como se em exercício 
estivesse.
§2º O servidor investido em mandato eletivo ou classista não poderá ser removido ou redistribuído de ofício 
para localidade diversa daquela onde exerce o mandato.
SEÇÃO III
DO AFASTAMENTO PARA ESTUDO OU MISSÃO NO EXTERIOR
Art. 95. O servidor não poderá ausentar-se do País para estudo ou missão oficial, sem autorização do Pre-
sidente da República, Presidente dos Órgãos do Poder Legislativo e Presidente do Supremo Tribunal Federal. 
(Vide Decreto nº 1.387, de 1995)
§1º A ausência não excederá a 4 (quatro) anos, e finda a missão ou estudo, somente decorrido igual perío-
do, será permitida nova ausência.
§2º Ao servidor beneficiado pelo disposto neste artigo não será concedida exoneração ou licença para tratar 
de interesse particular antes de decorrido período igual ao do afastamento, ressalvada a hipótese de ressarci-
mento da despesa havida com seu afastamento.
§3º O disposto neste artigo não se aplica aos servidores da carreira diplomática.
§4º As hipóteses, condições e formas para a autorização de que trata este artigo, inclusive no que se refere 
à remuneração do servidor, serão disciplinadas em regulamento.(Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
Art. 96. O afastamento de servidor para servir em organismo internacional de que o Brasil participe ou com 
o qual coopere dar-se-á com perda total da remuneração.(Vide Decreto nº 3.456, de 2000)
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SEÇÃO IV
 (Incluído pela Lei nº 11.907, de 2009)
DO AFASTAMENTO PARA PARTICIPAÇÃO EM PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO 
SENSU NO PAÍS
Art. 96-A. O servidor poderá, no interesse da Administração, e desde que a participação não possa ocorrer 
simultaneamente com o exercício do cargo ou mediante compensação de horário, afastar-se do exercício do 
cargo efetivo, com a respectiva remuneração, para participar em programa de pós-graduação stricto sensu em 
instituição de ensino superior no País. (Incluído pela Lei nº 11.907, de 2009)
§1º Ato do dirigente máximo do órgão ou entidade definirá, em conformidade com a legislação vigente, os 
programas de capacitação e os critérios para participação em programas de pós-graduação no País, com ou 
sem afastamento do servidor, que serão avaliados por um comitê constituído para este fim. (Incluído pela Lei 
nº 11.907, de 2009)
§2º Os afastamentos para realização de programas de mestrado e doutorado somente serão concedidos 
aos servidores titulares de cargos efetivos no respectivo órgão ou entidade há pelo menos 3 (três) anos para 
mestrado e 4 (quatro) anos para doutorado, incluído o período de estágio probatório, que não tenham se afasta-
do por licença para tratar de assuntos particulares para gozo de licença capacitação ou com fundamento neste 
artigo nos 2 (dois) anos anteriores à data da solicitação de afastamento.(Incluído pela Lei nº 11.907, de 2009)
§3º Os afastamentos para realização de programas de pós-doutorado somente serão concedidos aos servi-
dores titulares de cargos efetivo no respectivo órgão ou entidade há pelo menos quatro anos, incluído o período 
de estágio probatório, e que não tenham se afastado por licença para tratar de assuntos particulares ou com 
fundamento neste artigo, nos quatro anos anteriores à data da solicitação de afastamento.(Redação dada pela 
Lei nº 12.269, de 2010)
§4º Os servidores beneficiados pelos afastamentos previstos nos §§1º, 2º e 3º deste artigo terão que per-
manecer no exercício de suas funções após o seu retorno por um período igual ao do afastamento concedido. 
(Incluído pela Lei nº 11.907, de 2009)
§5º Caso o servidor venha a solicitar exoneração do cargo ou aposentadoria, antes de cumprido o período 
de permanência previsto no §4º deste artigo, deverá ressarcir o órgão ou entidade, na forma do art. 47 da Lei no 
8.112, de 11 de dezembro de 1990, dos gastos com seu aperfeiçoamento.(Incluído pela Lei nº 11.907, de 2009)
§6º Caso o servidor não obtenha o título ou grau que justificou seu afastamento no período previsto, aplica-
-se o disposto no §5º deste artigo, salvo na hipótese comprovada de força maior ou de caso fortuito, a critério 
do dirigente máximo do órgão ou entidade.(Incluído pela Lei nº 11.907, de 2009)
§7º Aplica-se à participação em programa de pós-graduação no Exterior, autorizado nos termos do art. 95 
desta Lei, o disposto nos §§1º a 6º deste artigo. (Incluído pela Lei nº 11.907, de 2009)
CAPÍTULO VI
DAS CONCESSÕES
Art. 97. Sem qualquer prejuízo, poderá o servidor ausentar-se do serviço:
I - por 1 (um) dia, para doação de sangue;
II - pelo período comprovadamente necessário para alistamento ou recadastramento eleitoral, limitado, em 
qualquer caso, a 2 (dois) dias; (Redação dada pela Lei nº 12.998, de 2014)
III - por 8 (oito) dias consecutivos em razão de :
a) casamento;
b) falecimento do cônjuge, companheiro, pais, madrasta ou padrasto, filhos, enteados, menor sob guarda 
ou tutela e irmãos.
Art. 98. Será concedido horário especial ao servidor estudante, quando comprovada a incompatibilidade 
entre o horário escolar e o da repartição, sem prejuízo do exercício do cargo.
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§1º Para efeito do disposto neste artigo, será exigida a compensação de horário no órgão ou entidade que 
tiver exercício, respeitada a duração semanal do trabalho. (Parágrafo renumerado e alterado pela Lei nº 9.527, 
de 10.12.97)
§2º Também será concedido horário especial ao servidor portador de deficiência, quando comprovada a ne-
cessidade por junta médica oficial, independentemente de compensação de horário.(Incluído pela Lei nº 9.527, 
de 10.12.97)
§3º As disposições constantes do §2º são extensivas ao servidor que tenha cônjuge, filho ou dependente 
com deficiência. (Redação dada pela Lei nº 13.370, de 2016)
§4º Será igualmente concedido horário especial, vinculado à compensação de horário a ser efetivada no 
prazo de até 1 (um) ano, ao servidor que desempenhe atividade prevista nos incisos I e II do caput do art. 76-A 
desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 11.501, de 2007)
Art. 99. Ao servidor estudante que mudar de sede no interesse da administração é assegurada, na localida-
de da nova residência ou na mais próxima, matrícula em instituição de ensino congênere, em qualquer época, 
independentemente de vaga.
Parágrafo único. O disposto neste artigo estende-se ao cônjuge ou companheiro, aos filhos, ou enteados 
do servidor que vivam na sua companhia,bem como aos menores sob sua guarda, com autorização judicial.
CAPÍTULO VII
DO TEMPO DE SERVIÇO
Art. 100. É contado para todos os efeitos o tempo de serviço público federal, inclusive o prestado às Forças 
Armadas.
Art. 101. A apuração do tempo de serviço será feita em dias, que serão convertidos em anos, considerado 
o ano como de trezentos e sessenta e cinco dias.
Parágrafo único. (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
Art. 102. Além das ausências ao serviço previstas no art. 97, são considerados como de efetivo exercício os 
afastamentos em virtude de: (Vide Decreto nº 5.707, de 2006)
I - férias;
II - exercício de cargo em comissão ou equivalente, em órgão ou entidade dos Poderes da União, dos Esta-
dos, Municípios e Distrito Federal;
III - exercício de cargo ou função de governo ou administração, em qualquer parte do território nacional, por 
nomeação do Presidente da República;
IV - participação em programa de treinamento regularmente instituído ou em programa de pós-graduação 
stricto sensu no País, conforme dispuser o regulamento; (Redação dada pela Lei nº 11.907, de 2009) (Vide 
Decreto nº 5.707, de 2006)
V - desempenho de mandato eletivo federal, estadual, municipal ou do Distrito Federal, exceto para promo-
ção por merecimento;
VI - júri e outros serviços obrigatórios por lei;
VII - missão ou estudo no exterior, quando autorizado o afastamento, conforme dispuser o regulamento; 
(Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)(Vide Decreto nº 5.707, de 2006)
VIII - licença:
a) à gestante, à adotante e à paternidade;
b) para tratamento da própria saúde, até o limite de vinte e quatro meses, cumulativo ao longo do tempo 
de serviço público prestado à União, em cargo de provimento efetivo; (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 
10.12.97)
c) para o desempenho de mandato classista ou participação de gerência ou administração em sociedade 
cooperativa constituída por servidores para prestar serviços a seus membros, exceto para efeito de promoção 
por merecimento; (Redação dada pela Lei nº 11.094, de 2005)
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d) por motivo de acidente em serviço ou doença profissional;
e) para capacitação, conforme dispuser o regulamento; (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
f) por convocação para o serviço militar;
IX - deslocamento para a nova sede de que trata o art. 18;
X - participação em competição desportiva nacional ou convocação para integrar representação desportiva 
nacional, no País ou no exterior, conforme disposto em lei específica;
XI - afastamento para servir em organismo internacional de que o Brasil participe ou com o qual coopere. 
(Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
Art. 103. Contar-se-á apenas para efeito de aposentadoria e disponibilidade:
I - o tempo de serviço público prestado aos Estados, Municípios e Distrito Federal;
II - a licença para tratamento de saúde de pessoal da família do servidor, com remuneração, que exceder a 
30 (trinta) dias em período de 12 (doze) meses.(Redação dada pela Lei nº 12.269, de 2010)
III - a licença para atividade política, no caso do art. 86, §2º;
IV - o tempo correspondente ao desempenho de mandato eletivo federal, estadual, municipal ou distrital, 
anterior ao ingresso no serviço público federal;
V - o tempo de serviço em atividade privada, vinculada à Previdência Social;
VI - o tempo de serviço relativo a tiro de guerra;
VII - o tempo de licença para tratamento da própria saúde que exceder o prazo a que se refere a alínea “b” 
do inciso VIII do art. 102.(Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
§1º O tempo em que o servidor esteve aposentado será contado apenas para nova aposentadoria.
§2º Será contado em dobro o tempo de serviço prestado às Forças Armadas em operações de guerra.
§3º É vedada a contagem cumulativa de tempo de serviço prestado concomitantemente em mais de um 
cargo ou função de órgão ou entidades dos Poderes da União, Estado, Distrito Federal e Município, autarquia, 
fundação pública, sociedade de economia mista e empresa pública.
CAPÍTULO VIII
DO DIREITO DE PETIÇÃO
Art. 104. É assegurado ao servidor o direito de requerer aos Poderes Públicos, em defesa de direito ou 
interesse legítimo.
Art. 105. O requerimento será dirigido à autoridade competente para decidi-lo e encaminhado por intermédio 
daquela a que estiver imediatamente subordinado o requerente.
Art. 106. Cabe pedido de reconsideração à autoridade que houver expedido o ato ou proferido a primeira 
decisão, não podendo ser renovado.(Vide Lei nº 12.300, de 2010)
Parágrafo único. O requerimento e o pedido de reconsideração de que tratam os artigos anteriores deverão 
ser despachados no prazo de 5 (cinco) dias e decididos dentro de 30 (trinta) dias.
Art. 107. Caberá recurso: (Vide Lei nº 12.300, de 2010)
I - do indeferimento do pedido de reconsideração;
II - das decisões sobre os recursos sucessivamente interpostos.
§1º O recurso será dirigido à autoridade imediatamente superior à que tiver expedido o ato ou proferido a 
decisão, e, sucessivamente, em escala ascendente, às demais autoridades.
§2º O recurso será encaminhado por intermédio da autoridade a que estiver imediatamente subordinado o 
requerente.
Art. 108. O prazo para interposição de pedido de reconsideração ou de recurso é de 30 (trinta) dias, a contar 
da publicação ou da ciência, pelo interessado, da decisão recorrida. (Vide Lei nº 12.300, de 2010)
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Art. 109. O recurso poderá ser recebido com efeito suspensivo, a juízo da autoridade competente.
Parágrafo único. Em caso de provimento do pedido de reconsideração ou do recurso, os efeitos da decisão 
retroagirão à data do ato impugnado.
Art. 110. O direito de requerer prescreve:
I - em 5 (cinco) anos, quanto aos atos de demissão e de cassação de aposentadoria ou disponibilidade, ou 
que afetem interesse patrimonial e créditos resultantes das relações de trabalho;
II - em 120 (cento e vinte) dias, nos demais casos, salvo quando outro prazo for fixado em lei.
Parágrafo único. O prazo de prescrição será contado da data da publicação do ato impugnado ou da data 
da ciência pelo interessado, quando o ato não for publicado.
Art. 111. O pedido de reconsideração e o recurso, quando cabíveis, interrompem a prescrição.
Art. 112. A prescrição é de ordem pública, não podendo ser relevada pela administração.
Art. 113. Para o exercício do direito de petição, é assegurada vista do processo ou documento, na reparti-
ção, ao servidor ou a procurador por ele constituído.
Art. 114. A administração deverá rever seus atos, a qualquer tempo, quando eivados de ilegalidade.
Art. 115. São fatais e improrrogáveis os prazos estabelecidos neste Capítulo, salvo motivo de força maior.
TÍTULO IV
DO REGIME DISCIPLINAR
CAPÍTULO I
DOS DEVERES
Art. 116. São deveres do servidor:
I - exercer com zelo e dedicação as atribuições do cargo;
II - ser leal às instituições a que servir;
III - observar as normas legais e regulamentares;
IV - cumprir as ordens superiores, exceto quando manifestamente ilegais;
V - atender com presteza:
a) ao público em geral, prestando as informações requeridas, ressalvadas as protegidas por sigilo;
b) à expedição de certidões requeridas para defesa de direito ou esclarecimento de situações de interesse 
pessoal;
c) às requisições para a defesa da Fazenda Pública.
VI - levar as irregularidades de que tiver ciência em razão do cargo ao conhecimento da autoridade superior 
ou, quando houver suspeita de envolvimento desta, ao conhecimento de outra autoridade competente para 
apuração; (Redação dada pela Lei nº 12.527, de 2011)
VII - zelar pela economia do material e a conservação do patrimônio público;
VIII - guardar sigilo sobre assunto da repartição;
IX - manter conduta compatível com a moralidade administrativa;
X - ser assíduo e pontual ao serviço;
XI - tratar com urbanidade as pessoas;
XII - representarcontra ilegalidade, omissão ou abuso de poder.
Parágrafo único. A representação de que trata o inciso XII será encaminhada pela via hierárquica e aprecia-
da pela autoridade superior àquela contra a qual é formulada, assegurando-se ao representando ampla defesa.
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CAPÍTULO II
DAS PROIBIÇÕES
Art. 117. Ao servidor é proibido: (Vide Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)
I - ausentar-se do serviço durante o expediente, sem prévia autorização do chefe imediato;
II - retirar, sem prévia anuência da autoridade competente, qualquer documento ou objeto da repartição;
III - recusar fé a documentos públicos;
IV - opor resistência injustificada ao andamento de documento e processo ou execução de serviço;
V - promover manifestação de apreço ou desapreço no recinto da repartição;
VI - cometer a pessoa estranha à repartição, fora dos casos previstos em lei, o desempenho de atribuição 
que seja de sua responsabilidade ou de seu subordinado;
VII - coagir ou aliciar subordinados no sentido de filiarem-se a associação profissional ou sindical, ou a par-
tido político;
VIII - manter sob sua chefia imediata, em cargo ou função de confiança, cônjuge, companheiro ou parente 
até o segundo grau civil;
IX - valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, em detrimento da dignidade da função 
pública;
X - participar de gerência ou administração de sociedade privada, personificada ou não personificada, exer-
cer o comércio, exceto na qualidade de acionista, cotista ou comanditário;(Redação dada pela Lei nº 11.784, 
de 2008
XI - atuar, como procurador ou intermediário, junto a repartições públicas, salvo quando se tratar de benefí-
cios previdenciários ou assistenciais de parentes até o segundo grau, e de cônjuge ou companheiro;
XII - receber propina, comissão, presente ou vantagem de qualquer espécie, em razão de suas atribuições;
XIII - aceitar comissão, emprego ou pensão de estado estrangeiro;
XIV - praticar usura sob qualquer de suas formas;
XV - proceder de forma desidiosa;
XVI - utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição em serviços ou atividades particulares;
XVII - cometer a outro servidor atribuições estranhas ao cargo que ocupa, exceto em situações de emer-
gência e transitórias;
XVIII - exercer quaisquer atividades que sejam incompatíveis com o exercício do cargo ou função e com o 
horário de trabalho;
XIX - recusar-se a atualizar seus dados cadastrais quando solicitado.(Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
Parágrafo único. A vedação de que trata o inciso X do caput deste artigo não se aplica nos seguintes casos: 
(Incluído pela Lei nº 11.784, de 2008
I - participação nos conselhos de administração e fiscal de empresas ou entidades em que a União detenha, 
direta ou indiretamente, participação no capital social ou em sociedade cooperativa constituída para prestar 
serviços a seus membros; e(Incluído pela Lei nº 11.784, de 2008
II - gozo de licença para o trato de interesses particulares, na forma do art. 91 desta Lei, observada a legis-
lação sobre conflito de interesses. (Incluído pela Lei nº 11.784, de 2008
CAPÍTULO III
DA ACUMULAÇÃO
Art. 118. Ressalvados os casos previstos na Constituição, é vedada a acumulação remunerada de cargos 
públicos.
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§1º A proibição de acumular estende-se a cargos, empregos e funções em autarquias, fundações públicas, 
empresas públicas, sociedades de economia mista da União, do Distrito Federal, dos Estados, dos Territórios 
e dos Municípios.
§2º A acumulação de cargos, ainda que lícita, fica condicionada à comprovação da compatibilidade de ho-
rários.
§3º Considera-se acumulação proibida a percepção de vencimento de cargo ou emprego público efetivo 
com proventos da inatividade, salvo quando os cargos de que decorram essas remunerações forem acumulá-
veis na atividade. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
Art. 119. O servidor não poderá exercer mais de um cargo em comissão, exceto no caso previsto no pará-
grafo único do art. 9º, nem ser remunerado pela participação em órgão de deliberação coletiva.(Redação dada 
pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica à remuneração devida pela participação em con-
selhos de administração e fiscal das empresas públicas e sociedades de economia mista, suas subsidiárias e 
controladas, bem como quaisquer empresas ou entidades em que a União, direta ou indiretamente, detenha 
participação no capital social, observado o que, a respeito, dispuser legislação específica. (Redação dada pela 
Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)
Art. 120. O servidor vinculado ao regime desta Lei, que acumular licitamente dois cargos efetivos, quando 
investido em cargo de provimento em comissão, ficará afastado de ambos os cargos efetivos, salvo na hipótese 
em que houver compatibilidade de horário e local com o exercício de um deles, declarada pelas autoridades 
máximas dos órgãos ou entidades envolvidos. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
CAPÍTULO IV
DAS RESPONSABILIDADES
Art. 121. O servidor responde civil, penal e administrativamente pelo exercício irregular de suas atribuições.
Art. 122. A responsabilidade civil decorre de ato omissivo ou comissivo, doloso ou culposo, que resulte em 
prejuízo ao erário ou a terceiros.
§1º A indenização de prejuízo dolosamente causado ao erário somente será liquidada na forma prevista no 
art. 46, na falta de outros bens que assegurem a execução do débito pela via judicial.
§2º Tratando-se de dano causado a terceiros, responderá o servidor perante a Fazenda Pública, em ação 
regressiva.
§3º A obrigação de reparar o dano estende-se aos sucessores e contra eles será executada, até o limite do 
valor da herança recebida.
Art. 123. A responsabilidade penal abrange os crimes e contravenções imputadas ao servidor, nessa quali-
dade.
Art. 124. A responsabilidade civil-administrativa resulta de ato omissivo ou comissivo praticado no desem-
penho do cargo ou função.
Art. 125. As sanções civis, penais e administrativas poderão cumular-se, sendo independentes entre si.
Art. 126. A responsabilidade administrativa do servidor será afastada no caso de absolvição criminal que 
negue a existência do fato ou sua autoria.
 Art. 126-A. Nenhum servidor poderá ser responsabilizado civil, penal ou administrativamente por dar ciência 
à autoridade superior ou, quando houver suspeita de envolvimento desta, a outra autoridade competente para 
apuração de informação concernente à prática de crimes ou improbidade de que tenha conhecimento, ainda 
que em decorrência do exercício de cargo, emprego ou função pública.(Incluído pela Lei nº 12.527, de 2011)
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CAPÍTULO V
DAS PENALIDADES
Art. 127. São penalidades disciplinares:
I - advertência;
II - suspensão;
III - demissão;
IV - cassação de aposentadoria ou disponibilidade; (Vide ADPF nº 418)
V - destituição de cargo em comissão;
VI - destituição de função comissionada.
Art. 128. Na aplicação das penalidades serão consideradas a natureza e a gravidade da infração cometida, 
os danos que dela provierem para o serviço público, as circunstâncias agravantes ou atenuantes e os antece-
dentes funcionais.
Parágrafo único. O ato de imposição da penalidade mencionará sempre o fundamento legal e a causa da 
sanção disciplinar.(Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
 Art. 129. A advertência será aplicada por escrito, nos casos de violação de proibição constante do art. 117, 
incisos I a VIII e XIX, e de inobservância de dever funcional previsto em lei, regulamentação ou norma interna, 
que não justifique imposição de penalidade mais grave. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
 Art. 130. A suspensão será aplicada em caso de reincidência das faltas punidas com advertênciae de viola-
ção das demais proibições que não tipifiquem infração sujeita a penalidade de demissão, não podendo exceder 
de 90 (noventa) dias.
§1º Será punido com suspensão de até 15 (quinze) dias o servidor que, injustificadamente, recusar-se a 
ser submetido a inspeção médica determinada pela autoridade competente, cessando os efeitos da penalidade 
uma vez cumprida a determinação.
 §2º Quando houver conveniência para o serviço, a penalidade de suspensão poderá ser convertida em mul-
ta, na base de 50% (cinqüenta por cento) por dia de vencimento ou remuneração, ficando o servidor obrigado 
a permanecer em serviço.
Art. 131. As penalidades de advertência e de suspensão terão seus registros cancelados, após o decurso 
de 3 (três) e 5 (cinco) anos de efetivo exercício, respectivamente, se o servidor não houver, nesse período, 
praticado nova infração disciplinar.
Parágrafo único. O cancelamento da penalidade não surtirá efeitos retroativos.
Art. 132. A demissão será aplicada nos seguintes casos:
I - crime contra a administração pública;
II - abandono de cargo;
III - inassiduidade habitual;
IV - improbidade administrativa;
V - incontinência pública e conduta escandalosa, na repartição;
VI - insubordinação grave em serviço;
VII - ofensa física, em serviço, a servidor ou a particular, salvo em legítima defesa própria ou de outrem;
VIII - aplicação irregular de dinheiros públicos;
IX - revelação de segredo do qual se apropriou em razão do cargo;
X - lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio nacional;
XI - corrupção;
XII - acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas;
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XIII - transgressão dos incisos IX a XVI do art. 117.
 Art. 133. Detectada a qualquer tempo a acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas, a au-
toridade a que se refere o art. 143 notificará o servidor, por intermédio de sua chefia imediata, para apresentar 
opção no prazo improrrogável de dez dias, contados da data da ciência e, na hipótese de omissão, adotará 
procedimento sumário para a sua apuração e regularização imediata, cujo processo administrativo disciplinar 
se desenvolverá nas seguintes fases: (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
I - instauração, com a publicação do ato que constituir a comissão, a ser composta por dois servidores está-
veis, e simultaneamente indicar a autoria e a materialidade da transgressão objeto da apuração;(Incluído pela 
Lei nº 9.527, de 10.12.97)
II - instrução sumária, que compreende indiciação, defesa e relatório; (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
III - julgamento. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
§1º A indicação da autoria de que trata o inciso I dar-se-á pelo nome e matrícula do servidor, e a materiali-
dade pela descrição dos cargos, empregos ou funções públicas em situação de acumulação ilegal, dos órgãos 
ou entidades de vinculação, das datas de ingresso, do horário de trabalho e do correspondente regime jurídico. 
(Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
§2º A comissão lavrará, até três dias após a publicação do ato que a constituiu, termo de indiciação em que 
serão transcritas as informações de que trata o parágrafo anterior, bem como promoverá a citação pessoal do 
servidor indiciado, ou por intermédio de sua chefia imediata, para, no prazo de cinco dias, apresentar defesa 
escrita, assegurando-se-lhe vista do processo na repartição, observado o disposto nos arts. 163 e 164. (Reda-
ção dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
§3º Apresentada a defesa, a comissão elaborará relatório conclusivo quanto à inocência ou à responsabili-
dade do servidor, em que resumirá as peças principais dos autos, opinará sobre a licitude da acumulação em 
exame, indicará o respectivo dispositivo legal e remeterá o processo à autoridade instauradora, para julgamen-
to. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
§4º No prazo de cinco dias, contados do recebimento do processo, a autoridade julgadora proferirá a sua 
decisão, aplicando-se, quando for o caso, o disposto no §3º do art. 167. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
§5º A opção pelo servidor até o último dia de prazo para defesa configurará sua boa-fé, hipótese em que se 
converterá automaticamente em pedido de exoneração do outro cargo.(Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
§6º Caracterizada a acumulação ilegal e provada a má-fé, aplicar-se-á a pena de demissão, destituição ou 
cassação de aposentadoria ou disponibilidade em relação aos cargos, empregos ou funções públicas em regi-
me de acumulação ilegal, hipótese em que os órgãos ou entidades de vinculação serão comunicados. (Incluído 
pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
§7º O prazo para a conclusão do processo administrativo disciplinar submetido ao rito sumário não excederá 
trinta dias, contados da data de publicação do ato que constituir a comissão, admitida a sua prorrogação por até 
quinze dias, quando as circunstâncias o exigirem.(Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
§8º O procedimento sumário rege-se pelas disposições deste artigo, observando-se, no que lhe for aplicá-
vel, subsidiariamente, as disposições dos Títulos IV e V desta Lei.(Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
Art. 134. Será cassada a aposentadoria ou a disponibilidade do inativo que houver praticado, na atividade, 
falta punível com a demissão. (Vide ADPF nº 418)
Art. 135. A destituição de cargo em comissão exercido por não ocupante de cargo efetivo será aplicada nos 
casos de infração sujeita às penalidades de suspensão e de demissão.
Parágrafo único. Constatada a hipótese de que trata este artigo, a exoneração efetuada nos termos do art. 
35 será convertida em destituição de cargo em comissão.
Art. 136. A demissão ou a destituição de cargo em comissão, nos casos dos incisos IV, VIII, X e XI do art. 
132, implica a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, sem prejuízo da ação penal cabível.
Art. 137. A demissão ou a destituição de cargo em comissão, por infringência do art. 117, incisos IX e XI, 
incompatibiliza o ex-servidor para nova investidura em cargo público federal, pelo prazo de 5 (cinco) anos. (Vide 
ADIN 2975)
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Parágrafo único. Não poderá retornar ao serviço público federal o servidor que for demitido ou destituído do 
cargo em comissão por infringência do art. 132, incisos I, IV, VIII, X e XI.
Art. 138. Configura abandono de cargo a ausência intencional do servidor ao serviço por mais de trinta dias 
consecutivos.
Art. 139. Entende-se por inassiduidade habitual a falta ao serviço, sem causa justificada, por sessenta dias, 
interpoladamente, durante o período de doze meses.
Art. 140. Na apuração de abandono de cargo ou inassiduidade habitual, também será adotado o procedi-
mento sumário a que se refere o art. 133, observando-se especialmente que: (Redação dada pela Lei nº 9.527, 
de 10.12.97)
I - a indicação da materialidade dar-se-á: (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
a) na hipótese de abandono de cargo, pela indicação precisa do período de ausência intencional do servidor 
ao serviço superior a trinta dias; (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
b) no caso de inassiduidade habitual, pela indicação dos dias de falta ao serviço sem causa justificada, por 
período igual ou superior a sessenta dias interpoladamente, durante o período de doze meses; (Incluído pela 
Lei nº 9.527, de 10.12.97)
II - após a apresentação da defesa a comissão elaborará relatório conclusivo quanto à inocência ou à res-
ponsabilidade do servidor, em que resumirá as peças principais dos autos, indicará o respectivo dispositivo 
legal, opinará, na hipótese de abandono de cargo, sobre a intencionalidade da ausência ao serviço superior 
a trinta dias e remeterá o processo à autoridade instauradora para julgamento. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 
10.12.97)
Art. 141. As penalidades disciplinares serão aplicadas:I - pelo Presidente da República, pelos Presidentes das Casas do Poder Legislativo e dos Tribunais Fe-
derais e pelo Procurador-Geral da República, quando se tratar de demissão e cassação de aposentadoria ou 
disponibilidade de servidor vinculado ao respectivo Poder, órgão, ou entidade;
II - pelas autoridades administrativas de hierarquia imediatamente inferior àquelas mencionadas no inciso 
anterior quando se tratar de suspensão superior a 30 (trinta) dias;
III - pelo chefe da repartição e outras autoridades na forma dos respectivos regimentos ou regulamentos, 
nos casos de advertência ou de suspensão de até 30 (trinta) dias;
IV - pela autoridade que houver feito a nomeação, quando se tratar de destituição de cargo em comissão.
Art. 142. A ação disciplinar prescreverá:
I - em 5 (cinco) anos, quanto às infrações puníveis com demissão, cassação de aposentadoria ou disponi-
bilidade e destituição de cargo em comissão;
II - em 2 (dois) anos, quanto à suspensão;
III - em 180 (cento e oitenta) dias, quanto à advertência.
§1º O prazo de prescrição começa a correr da data em que o fato se tornou conhecido.
§2º Os prazos de prescrição previstos na lei penal aplicam-se às infrações disciplinares capituladas também 
como crime.
§3º A abertura de sindicância ou a instauração de processo disciplinar interrompe a prescrição, até a deci-
são final proferida por autoridade competente.
§4º Interrompido o curso da prescrição, o prazo começará a correr a partir do dia em que cessar a interrup-
ção.
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TÍTULO V
DO PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 143. A autoridade que tiver ciência de irregularidade no serviço público é obrigada a promover a sua 
apuração imediata, mediante sindicância ou processo administrativo disciplinar, assegurada ao acusado ampla 
defesa.
§1º (Revogado pela Lei nº 11.204, de 2005)
§2º (Revogado pela Lei nº 11.204, de 2005)
§3º A apuração de que trata o caput, por solicitação da autoridade a que se refere, poderá ser promovida 
por autoridade de órgão ou entidade diverso daquele em que tenha ocorrido a irregularidade, mediante compe-
tência específica para tal finalidade, delegada em caráter permanente ou temporário pelo Presidente da Repú-
blica, pelos presidentes das Casas do Poder Legislativo e dos Tribunais Federais e pelo Procurador-Geral da 
República, no âmbito do respectivo Poder, órgão ou entidade, preservadas as competências para o julgamento 
que se seguir à apuração.(Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
Art. 144. As denúncias sobre irregularidades serão objeto de apuração, desde que contenham a identifica-
ção e o endereço do denunciante e sejam formuladas por escrito, confirmada a autenticidade.
Parágrafo único. Quando o fato narrado não configurar evidente infração disciplinar ou ilícito penal, a denún-
cia será arquivada, por falta de objeto.
Art. 145. Da sindicância poderá resultar:
I - arquivamento do processo;
II - aplicação de penalidade de advertência ou suspensão de até 30 (trinta) dias;
III - instauração de processo disciplinar.
Parágrafo único. O prazo para conclusão da sindicância não excederá 30 (trinta) dias, podendo ser prorro-
gado por igual período, a critério da autoridade superior.
Art. 146. Sempre que o ilícito praticado pelo servidor ensejar a imposição de penalidade de suspensão por 
mais de 30 (trinta) dias, de demissão, cassação de aposentadoria ou disponibilidade, ou destituição de cargo 
em comissão, será obrigatória a instauração de processo disciplinar.
CAPÍTULO II
DO AFASTAMENTO PREVENTIVO
Art. 147. Como medida cautelar e a fim de que o servidor não venha a influir na apuração da irregularidade, 
a autoridade instauradora do processo disciplinar poderá determinar o seu afastamento do exercício do cargo, 
pelo prazo de até 60 (sessenta) dias, sem prejuízo da remuneração.
Parágrafo único. O afastamento poderá ser prorrogado por igual prazo, findo o qual cessarão os seus efei-
tos, ainda que não concluído o processo.
CAPÍTULO III
DO PROCESSO DISCIPLINAR
Art. 148. O processo disciplinar é o instrumento destinado a apurar responsabilidade de servidor por infra-
ção praticada no exercício de suas atribuições, ou que tenha relação com as atribuições do cargo em que se 
encontre investido.
Art. 149. O processo disciplinar será conduzido por comissão composta de três servidores estáveis desig-
nados pela autoridade competente, observado o disposto no §3º do art. 143, que indicará, dentre eles, o seu 
presidente, que deverá ser ocupante de cargo efetivo superior ou de mesmo nível, ou ter nível de escolaridade 
igual ou superior ao do indiciado. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
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§1º A Comissão terá como secretário servidor designado pelo seu presidente, podendo a indicação recair 
em um de seus membros.
§2º Não poderá participar de comissão de sindicância ou de inquérito, cônjuge, companheiro ou parente do 
acusado, consangüíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau.
Art. 150. A Comissão exercerá suas atividades com independência e imparcialidade, assegurado o sigilo 
necessário à elucidação do fato ou exigido pelo interesse da administração.
Parágrafo único. As reuniões e as audiências das comissões terão caráter reservado.
Art. 151. O processo disciplinar se desenvolve nas seguintes fases:
I - instauração, com a publicação do ato que constituir a comissão;
II - inquérito administrativo, que compreende instrução, defesa e relatório;
III - julgamento.
Art. 152. O prazo para a conclusão do processo disciplinar não excederá 60 (sessenta) dias, contados da 
data de publicação do ato que constituir a comissão, admitida a sua prorrogação por igual prazo, quando as 
circunstâncias o exigirem.
§1º Sempre que necessário, a comissão dedicará tempo integral aos seus trabalhos, ficando seus membros 
dispensados do ponto, até a entrega do relatório final.
§2º As reuniões da comissão serão registradas em atas que deverão detalhar as deliberações adotadas.
SEÇÃO I
DO INQUÉRITO
Art. 153. O inquérito administrativo obedecerá ao princípio do contraditório, assegurada ao acusado ampla 
defesa, com a utilização dos meios e recursos admitidos em direito.
Art. 154. Os autos da sindicância integrarão o processo disciplinar, como peça informativa da instrução.
Parágrafo único. Na hipótese de o relatório da sindicância concluir que a infração está capitulada como ilíci-
to penal, a autoridade competente encaminhará cópia dos autos ao Ministério Público, independentemente da 
imediata instauração do processo disciplinar.
Art. 155. Na fase do inquérito, a comissão promoverá a tomada de depoimentos, acareações, investigações 
e diligências cabíveis, objetivando a coleta de prova, recorrendo, quando necessário, a técnicos e peritos, de 
modo a permitir a completa elucidação dos fatos.
Art. 156. É assegurado ao servidor o direito de acompanhar o processo pessoalmente ou por intermédio 
de procurador, arrolar e reinquirir testemunhas, produzir provas e contraprovas e formular quesitos, quando se 
tratar de prova pericial.
§1º O presidente da comissão poderá denegar pedidos considerados impertinentes, meramente protelató-
rios, ou de nenhum interesse para o esclarecimento dos fatos.
§2º Será indeferido o pedido de prova pericial, quando a comprovação do fato independer de conhecimento 
especial de perito.
Art. 157. As testemunhas serão intimadas a depor mediante mandado expedido pelo presidente da comis-
são, devendo a segunda via, com o ciente do interessado, ser anexado aos autos.
Parágrafo único. Se a testemunha for servidor público, a expedição do mandado será imediatamente comu-
nicada ao chefe da repartição onde serve, com a indicação do dia e hora marcados para inquirição.
Art. 158. O depoimento será prestado oralmente e reduzido a termo, não sendo lícito àtestemunha trazê-lo 
por escrito.
§1º As testemunhas serão inquiridas separadamente.
§2º Na hipótese de depoimentos contraditórios ou que se infirmem, proceder-se-á à acareação entre os 
depoentes.
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Art. 159. Concluída a inquirição das testemunhas, a comissão promoverá o interrogatório do acusado, ob-
servados os procedimentos previstos nos arts. 157 e 158.
§1º No caso de mais de um acusado, cada um deles será ouvido separadamente, e sempre que divergirem 
em suas declarações sobre fatos ou circunstâncias, será promovida a acareação entre eles.
§2º O procurador do acusado poderá assistir ao interrogatório, bem como à inquirição das testemunhas, 
sendo-lhe vedado interferir nas perguntas e respostas, facultando-se-lhe, porém, reinquiri-las, por intermédio 
do presidente da comissão.
Art. 160. Quando houver dúvida sobre a sanidade mental do acusado, a comissão proporá à autoridade 
competente que ele seja submetido a exame por junta médica oficial, da qual participe pelo menos um médico 
psiquiatra.
Parágrafo único. O incidente de sanidade mental será processado em auto apartado e apenso ao processo 
principal, após a expedição do laudo pericial.
Art. 161. Tipificada a infração disciplinar, será formulada a indiciação do servidor, com a especificação dos 
fatos a ele imputados e das respectivas provas.
§1º O indiciado será citado por mandado expedido pelo presidente da comissão para apresentar defesa 
escrita, no prazo de 10 (dez) dias, assegurando-se-lhe vista do processo na repartição.
§2º Havendo dois ou mais indiciados, o prazo será comum e de 20 (vinte) dias.
§3º O prazo de defesa poderá ser prorrogado pelo dobro, para diligências reputadas indispensáveis.
§4º No caso de recusa do indiciado em apor o ciente na cópia da citação, o prazo para defesa contar-se-á 
da data declarada, em termo próprio, pelo membro da comissão que fez a citação, com a assinatura de (2) duas 
testemunhas.
Art. 162. O indiciado que mudar de residência fica obrigado a comunicar à comissão o lugar onde poderá 
ser encontrado.
Art. 163. Achando-se o indiciado em lugar incerto e não sabido, será citado por edital, publicado no Diário 
Oficial da União e em jornal de grande circulação na localidade do último domicílio conhecido, para apresentar 
defesa.
Parágrafo único. Na hipótese deste artigo, o prazo para defesa será de 15 (quinze) dias a partir da última 
publicação do edital.
Art. 164. Considerar-se-á revel o indiciado que, regularmente citado, não apresentar defesa no prazo legal.
§1º A revelia será declarada, por termo, nos autos do processo e devolverá o prazo para a defesa.
§2º Para defender o indiciado revel, a autoridade instauradora do processo designará um servidor como 
defensor dativo, que deverá ser ocupante de cargo efetivo superior ou de mesmo nível, ou ter nível de escola-
ridade igual ou superior ao do indiciado. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
Art. 165. Apreciada a defesa, a comissão elaborará relatório minucioso, onde resumirá as peças principais 
dos autos e mencionará as provas em que se baseou para formar a sua convicção.
§1º O relatório será sempre conclusivo quanto à inocência ou à responsabilidade do servidor.
§2º Reconhecida a responsabilidade do servidor, a comissão indicará o dispositivo legal ou regulamentar 
transgredido, bem como as circunstâncias agravantes ou atenuantes.
Art. 166. O processo disciplinar, com o relatório da comissão, será remetido à autoridade que determinou a 
sua instauração, para julgamento.
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SEÇÃO II
DO JULGAMENTO
Art. 167. No prazo de 20 (vinte) dias, contados do recebimento do processo, a autoridade julgadora proferirá 
a sua decisão.
§1º Se a penalidade a ser aplicada exceder a alçada da autoridade instauradora do processo, este será 
encaminhado à autoridade competente, que decidirá em igual prazo.
§2º Havendo mais de um indiciado e diversidade de sanções, o julgamento caberá à autoridade competente 
para a imposição da pena mais grave.
§3º Se a penalidade prevista for a demissão ou cassação de aposentadoria ou disponibilidade, o julgamento 
caberá às autoridades de que trata o inciso I do art. 141.
§4º Reconhecida pela comissão a inocência do servidor, a autoridade instauradora do processo determi-
nará o seu arquivamento, salvo se flagrantemente contrária à prova dos autos.(Incluído pela Lei nº 9.527, de 
10.12.97)
Art. 168. O julgamento acatará o relatório da comissão, salvo quando contrário às provas dos autos.
Parágrafo único. Quando o relatório da comissão contrariar as provas dos autos, a autoridade julgadora 
poderá, motivadamente, agravar a penalidade proposta, abrandá-la ou isentar o servidor de responsabilidade.
Art. 169. Verificada a ocorrência de vício insanável, a autoridade que determinou a instauração do processo 
ou outra de hierarquia superior declarará a sua nulidade, total ou parcial, e ordenará, no mesmo ato, a consti-
tuição de outra comissão para instauração de novo processo. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
§1º O julgamento fora do prazo legal não implica nulidade do processo.
§2º A autoridade julgadora que der causa à prescrição de que trata o art. 142, §2º, será responsabilizada na 
forma do Capítulo IV do Título IV.
Art. 170. Extinta a punibilidade pela prescrição, a autoridade julgadora determinará o registro do fato nos 
assentamentos individuais do servidor.
Art. 171. Quando a infração estiver capitulada como crime, o processo disciplinar será remetido ao Ministé-
rio Público para instauração da ação penal, ficando trasladado na repartição.
Art. 172. O servidor que responder a processo disciplinar só poderá ser exonerado a pedido, ou aposentado 
voluntariamente, após a conclusão do processo e o cumprimento da penalidade, acaso aplicada.
Parágrafo único. Ocorrida a exoneração de que trata o parágrafo único, inciso I do art. 34, o ato será con-
vertido em demissão, se for o caso.
Art. 173. Serão assegurados transporte e diárias:
I - ao servidor convocado para prestar depoimento fora da sede de sua repartição, na condição de testemu-
nha, denunciado ou indiciado;
II - aos membros da comissão e ao secretário, quando obrigados a se deslocarem da sede dos trabalhos 
para a realização de missão essencial ao esclarecimento dos fatos.
SEÇÃO III
DA REVISÃO DO PROCESSO
Art. 174. O processo disciplinar poderá ser revisto, a qualquer tempo, a pedido ou de ofício, quando se 
aduzirem fatos novos ou circunstâncias suscetíveis de justificar a inocência do punido ou a inadequação da 
penalidade aplicada.
§1º Em caso de falecimento, ausência ou desaparecimento do servidor, qualquer pessoa da família poderá 
requerer a revisão do processo.
§2º No caso de incapacidade mental do servidor, a revisão será requerida pelo respectivo curador.
Art. 175. No processo revisional, o ônus da prova cabe ao requerente.
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Art. 176. A simples alegação de injustiça da penalidade não constitui fundamento para a revisão, que requer 
elementos novos, ainda não apreciados no processo originário.
Art. 177. O requerimento de revisão do processo será dirigido ao Ministro de Estado ou autoridade equiva-
lente, que, se autorizar a revisão, encaminhará o pedido ao dirigente do órgão ou entidade onde se originou o 
processo disciplinar.
Parágrafo único. Deferida a petição, a autoridade competente providenciará a constituição de comissão, na 
forma do art. 149.
Art. 178. A revisão correrá em apenso ao processo originário.
Parágrafo único. Na petição inicial, o requerente pedirá dia e hora para a produção de provas e inquirição 
das testemunhas que arrolar.
Art. 179. A comissão revisora terá 60 (sessenta) dias para a conclusão dos trabalhos.
Art. 180. Aplicam-se aos trabalhos da comissão revisora, no quecouber, as normas e procedimentos pró-
prios da comissão do processo disciplinar.
Art. 181. O julgamento caberá à autoridade que aplicou a penalidade, nos termos do art. 141.
Parágrafo único. O prazo para julgamento será de 20 (vinte) dias, contados do recebimento do processo, no 
curso do qual a autoridade julgadora poderá determinar diligências.
Art. 182. Julgada procedente a revisão, será declarada sem efeito a penalidade aplicada, restabelecendo-se 
todos os direitos do servidor, exceto em relação à destituição do cargo em comissão, que será convertida em 
exoneração.
Parágrafo único. Da revisão do processo não poderá resultar agravamento de penalidade.
TÍTULO VI
DA SEGURIDADE SOCIAL DO SERVIDOR
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 183. A União manterá Plano de Seguridade Social para o servidor e sua família.
§1º O servidor ocupante de cargo em comissão que não seja, simultaneamente, ocupante de cargo ou em-
prego efetivo na administração pública direta, autárquica e fundacional não terá direito aos benefícios do Plano 
de Seguridade Social, com exceção da assistência à saúde.(Redação dada pela Lei nº 10.667, de 14.5.2003)
§2º O servidor afastado ou licenciado do cargo efetivo, sem direito à remuneração, inclusive para servir em 
organismo oficial internacional do qual o Brasil seja membro efetivo ou com o qual coopere, ainda que contribua 
para regime de previdência social no exterior, terá suspenso o seu vínculo com o regime do Plano de Segurida-
de Social do Servidor Público enquanto durar o afastamento ou a licença, não lhes assistindo, neste período, 
os benefícios do mencionado regime de previdência.(Incluído pela Lei nº 10.667, de 14.5.2003)
§3º Será assegurada ao servidor licenciado ou afastado sem remuneração a manutenção da vinculação ao 
regime do Plano de Seguridade Social do Servidor Público, mediante o recolhimento mensal da respectiva con-
tribuição, no mesmo percentual devido pelos servidores em atividade, incidente sobre a remuneração total do 
cargo a que faz jus no exercício de suas atribuições, computando-se, para esse efeito, inclusive, as vantagens 
pessoais. (Incluído pela Lei nº 10.667, de 14.5.2003)
§4º O recolhimento de que trata o §3º deve ser efetuado até o segundo dia útil após a data do pagamento 
das remunerações dos servidores públicos, aplicando-se os procedimentos de cobrança e execução dos tribu-
tos federais quando não recolhidas na data de vencimento.(Incluído pela Lei nº 10.667, de 14.5.2003)
Art. 184. O Plano de Seguridade Social visa a dar cobertura aos riscos a que estão sujeitos o servidor e sua 
família, e compreende um conjunto de benefícios e ações que atendam às seguintes finalidades:
I - garantir meios de subsistência nos eventos de doença, invalidez, velhice, acidente em serviço, inativida-
de, falecimento e reclusão;
II - proteção à maternidade, à adoção e à paternidade;
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III - assistência à saúde.
Parágrafo único. Os benefícios serão concedidos nos termos e condições definidos em regulamento, obser-
vadas as disposições desta Lei.
Art. 185. Os benefícios do Plano de Seguridade Social do servidor compreendem:
I - quanto ao servidor:
a) aposentadoria;
b) auxílio-natalidade;
c) salário-família;
d) licença para tratamento de saúde;
e) licença à gestante, à adotante e licença-paternidade;
f) licença por acidente em serviço;
g) assistência à saúde;
h) garantia de condições individuais e ambientais de trabalho satisfatórias;
II - quanto ao dependente:
a) pensão vitalícia e temporária;
b) auxílio-funeral;
c) auxílio-reclusão;
d) assistência à saúde.
§1º As aposentadorias e pensões serão concedidas e mantidas pelos órgãos ou entidades aos quais se 
encontram vinculados os servidores, observado o disposto nos arts. 189 e 224.
§2º O recebimento indevido de benefícios havidos por fraude, dolo ou má-fé, implicará devolução ao erário 
do total auferido, sem prejuízo da ação penal cabível.
CAPÍTULO II
DOS BENEFÍCIOS
SEÇÃO I
DA APOSENTADORIA
Art. 186. O servidor será aposentado:(Vide art. 40 da Constituição)
I - por invalidez permanente, sendo os proventos integrais quando decorrente de acidente em serviço, mo-
léstia profissional ou doença grave, contagiosa ou incurável, especificada em lei, e proporcionais nos demais 
casos;
II - compulsoriamente, aos setenta anos de idade, com proventos proporcionais ao tempo de serviço;
III - voluntariamente:
a) aos 35 (trinta e cinco) anos de serviço, se homem, e aos 30 (trinta) se mulher, com proventos integrais;
b) aos 30 (trinta) anos de efetivo exercício em funções de magistério se professor, e 25 (vinte e cinco) se 
professora, com proventos integrais;
c) aos 30 (trinta) anos de serviço, se homem, e aos 25 (vinte e cinco) se mulher, com proventos proporcio-
nais a esse tempo;
d) aos 65 (sessenta e cinco) anos de idade, se homem, e aos 60 (sessenta) se mulher, com proventos pro-
porcionais ao tempo de serviço.
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§1º Consideram-se doenças graves, contagiosas ou incuráveis, a que se refere o inciso I deste artigo, tuber-
culose ativa, alienação mental, esclerose múltipla, neoplasia maligna, cegueira posterior ao ingresso no serviço 
público, hanseníase, cardiopatia grave, doença de Parkinson, paralisia irreversível e incapacitante, espondilo-
artrose anquilosante, nefropatia grave, estados avançados do mal de Paget (osteíte deformante), Síndrome de 
Imunodeficiência Adquirida - AIDS, e outras que a lei indicar, com base na medicina especializada.
§2º Nos casos de exercício de atividades consideradas insalubres ou perigosas, bem como nas hipóteses 
previstas no art. 71, a aposentadoria de que trata o inciso III, “a” e “c”, observará o disposto em lei específica.
§3º Na hipótese do inciso I o servidor será submetido à junta médica oficial, que atestará a invalidez quando 
caracterizada a incapacidade para o desempenho das atribuições do cargo ou a impossibilidade de se aplicar 
o disposto no art. 24. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
Art. 187. A aposentadoria compulsória será automática, e declarada por ato, com vigência a partir do dia 
imediato àquele em que o servidor atingir a idade-limite de permanência no serviço ativo.
Art. 188. A aposentadoria voluntária ou por invalidez vigorará a partir da data da publicação do respectivo 
ato.
§1º A aposentadoria por invalidez será precedida de licença para tratamento de saúde, por período não 
excedente a 24 (vinte e quatro) meses.
§2º Expirado o período de licença e não estando em condições de reassumir o cargo ou de ser readaptado, 
o servidor será aposentado.
§3º O lapso de tempo compreendido entre o término da licença e a publicação do ato da aposentadoria será 
considerado como de prorrogação da licença.
§4º Para os fins do disposto no §1º deste artigo, serão consideradas apenas as licenças motivadas pela 
enfermidade ensejadora da invalidez ou doenças correlacionadas. (Incluído pela Lei nº 11.907, de 2009)
§5º A critério da Administração, o servidor em licença para tratamento de saúde ou aposentado por invalidez 
poderá ser convocado a qualquer momento, para avaliação das condições que ensejaram o afastamento ou a 
aposentadoria. (Incluído pela Lei nº 11.907, de 2009)
Art. 189. O provento da aposentadoria será calculado com observância do disposto no §3º do art. 41, e re-
visto na mesma data e proporção, sempre que se modificar a remuneração dos servidores em atividade.
Parágrafo único. São estendidos aos inativos quaisquer benefícios ou vantagens posteriormente concedi-
das aos servidores em atividade, inclusive quando decorrentes de transformação ou reclassificação do cargo 
ou função em que se deu a aposentadoria.
Art. 190. O servidor aposentado com provento proporcional ao tempo de serviço se acometido de qualquer 
das moléstias especificadas no §1º do art. 186 desta Lei e, por esse motivo, for consideradoinválido por junta 
médica oficial passará a perceber provento integral, calculado com base no fundamento legal de concessão da 
aposentadoria. (Redação dada pela Lei nº 11.907, de 2009)
Art. 191. Quando proporcional ao tempo de serviço, o provento não será inferior a 1/3 (um terço) da remu-
neração da atividade.
Art. 192.(Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
Art. 193. (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
Art. 194. Ao servidor aposentado será paga a gratificação natalina, até o dia vinte do mês de dezembro, em 
valor equivalente ao respectivo provento, deduzido o adiantamento recebido.
Art. 195. Ao ex-combatente que tenha efetivamente participado de operações bélicas, durante a Segunda 
Guerra Mundial, nos termos da Lei nº 5.315, de 12 de setembro de 1967, será concedida aposentadoria com 
provento integral, aos 25 (vinte e cinco) anos de serviço efetivo.
SEÇÃO II
DO AUXÍLIO-NATALIDADE
Art. 196. O auxílio-natalidade é devido à servidora por motivo de nascimento de filho, em quantia equivalen-
te ao menor vencimento do serviço público, inclusive no caso de natimorto.
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§1º Na hipótese de parto múltiplo, o valor será acrescido de 50% (cinqüenta por cento), por nascituro.
§2º O auxílio será pago ao cônjuge ou companheiro servidor público, quando a parturiente não for servidora.
SEÇÃO III
DO SALÁRIO-FAMÍLIA
Art. 197. O salário-família é devido ao servidor ativo ou ao inativo, por dependente econômico.
Parágrafo único. Consideram-se dependentes econômicos para efeito de percepção do salário-família:
I - o cônjuge ou companheiro e os filhos, inclusive os enteados até 21 (vinte e um) anos de idade ou, se 
estudante, até 24 (vinte e quatro) anos ou, se inválido, de qualquer idade;
II - o menor de 21 (vinte e um) anos que, mediante autorização judicial, viver na companhia e às expensas 
do servidor, ou do inativo;
III - a mãe e o pai sem economia própria.
Art. 198. Não se configura a dependência econômica quando o beneficiário do salário-família perceber ren-
dimento do trabalho ou de qualquer outra fonte, inclusive pensão ou provento da aposentadoria, em valor igual 
ou superior ao salário-mínimo.
Art. 199. Quando o pai e mãe forem servidores públicos e viverem em comum, o salário-família será pago a 
um deles; quando separados, será pago a um e outro, de acordo com a distribuição dos dependentes.
Parágrafo único. Ao pai e à mãe equiparam-se o padrasto, a madrasta e, na falta destes, os representantes 
legais dos incapazes.
Art. 200. O salário-família não está sujeito a qualquer tributo, nem servirá de base para qualquer contribui-
ção, inclusive para a Previdência Social.
Art. 201. O afastamento do cargo efetivo, sem remuneração, não acarreta a suspensão do pagamento do 
salário-família.
SEÇÃO IV
DA LICENÇA PARA TRATAMENTO DE SAÚDE
Art. 202. Será concedida ao servidor licença para tratamento de saúde, a pedido ou de ofício, com base em 
perícia médica, sem prejuízo da remuneração a que fizer jus.
 Art. 203. A licença de que trata o art. 202 desta Lei será concedida com base em perícia oficial. (Redação 
dada pela Lei nº 11.907, de 2009)
§1º Sempre que necessário, a inspeção médica será realizada na residência do servidor ou no estabeleci-
mento hospitalar onde se encontrar internado.
§2º Inexistindo médico no órgão ou entidade no local onde se encontra ou tenha exercício em caráter per-
manente o servidor, e não se configurando as hipóteses previstas nos parágrafos do art. 230, será aceito ates-
tado passado por médico particular. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
§3º No caso do §2º deste artigo, o atestado somente produzirá efeitos depois de recepcionado pela unidade 
de recursos humanos do órgão ou entidade. (Redação dada pela Lei nº 11.907, de 2009)
§4º A licença que exceder o prazo de 120 (cento e vinte) dias no período de 12 (doze) meses a contar do 
primeiro dia de afastamento será concedida mediante avaliação por junta médica oficial. (Redação dada pela 
Lei nº 11.907, de 2009)
§5º A perícia oficial para concessão da licença de que trata o caput deste artigo, bem como nos demais ca-
sos de perícia oficial previstos nesta Lei, será efetuada por cirurgiões-dentistas, nas hipóteses em que abranger 
o campo de atuação da odontologia. (Incluído pela Lei nº 11.907, de 2009)
Art. 204. A licença para tratamento de saúde inferior a 15 (quinze) dias, dentro de 1 (um) ano, poderá ser 
dispensada de perícia oficial, na forma definida em regulamento. (Redação dada pela Lei nº 11.907, de 2009)
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Art. 205. O atestado e o laudo da junta médica não se referirão ao nome ou natureza da doença, salvo 
quando se tratar de lesões produzidas por acidente em serviço, doença profissional ou qualquer das doenças 
especificadas no art. 186, §1º.
Art. 206. O servidor que apresentar indícios de lesões orgânicas ou funcionais será submetido a inspeção 
médica.
Art. 206-A. O servidor será submetido a exames médicos periódicos, nos termos e condições definidos em 
regulamento. (Incluído pela Lei nº 11.907, de 2009) (Regulamento).
Parágrafo único. Para os fins do disposto no caput, a União e suas entidades autárquicas e fundacionais 
poderão: (Incluído pela Lei nº 12.998, de 2014)
I - prestar os exames médicos periódicos diretamente pelo órgão ou entidade à qual se encontra vinculado 
o servidor; (Incluído pela Lei nº 12.998, de 2014)
II - celebrar convênio ou instrumento de cooperação ou parceria com os órgãos e entidades da administra-
ção direta, suas autarquias e fundações; (Incluído pela Lei nº 12.998, de 2014)
III - celebrar convênios com operadoras de plano de assistência à saúde, organizadas na modalidade de 
autogestão, que possuam autorização de funcionamento do órgão regulador, na forma do art. 230; ou (Incluído 
pela Lei nº 12.998, de 2014)
IV - prestar os exames médicos periódicos mediante contrato administrativo, observado o disposto na Lei no 
8.666, de 21 de junho de 1993, e demais normas pertinentes.(Incluído pela Lei nº 12.998, de 2014)
SEÇÃO V
DA LICENÇA À GESTANTE, À ADOTANTE E DA LICENÇA-PATERNIDADE
Art. 207. Será concedida licença à servidora gestante por 120 (cento e vinte) dias consecutivos, sem preju-
ízo da remuneração. (Vide Decreto nº 6.690, de 2008)
§1º A licença poderá ter início no primeiro dia do nono mês de gestação, salvo antecipação por prescrição 
médica.
§2º No caso de nascimento prematuro, a licença terá início a partir do parto.
§3º No caso de natimorto, decorridos 30 (trinta) dias do evento, a servidora será submetida a exame médico, 
e se julgada apta, reassumirá o exercício.
§4º No caso de aborto atestado por médico oficial, a servidora terá direito a 30 (trinta) dias de repouso re-
munerado.
Art. 208. Pelo nascimento ou adoção de filhos, o servidor terá direito à licença-paternidade de 5 (cinco) dias 
consecutivos.
Art. 209. Para amamentar o próprio filho, até a idade de seis meses, a servidora lactante terá direito, durante 
a jornada de trabalho, a uma hora de descanso, que poderá ser parcelada em dois períodos de meia hora.
Art. 210. À servidora que adotar ou obtiver guarda judicial de criança até 1 (um) ano de idade, serão conce-
didos 90 (noventa) dias de licença remunerada. (Vide Decreto nº 6.691, de 2008)
Parágrafo único. No caso de adoção ou guarda judicial de criança com mais de 1 (um) ano de idade, o prazo 
de que trata este artigo será de 30 (trinta) dias.
SEÇÃO VI
DA LICENÇA POR ACIDENTE EM SERVIÇO
Art. 211. Será licenciado, com remuneração integral, o servidor acidentado em serviço.
Art. 212. Configura acidente em serviço o dano físico ou mental sofrido pelo servidor, que se relacione, me-
diata ou imediatamente, com as atribuições do cargo exercido.
Parágrafo único. Equipara-se ao acidente em serviço o dano:
I - decorrente de agressão sofrida e não provocada pelo servidor no exercício do cargo;
II- sofrido no percurso da residência para o trabalho e vice-versa.
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Art. 213. O servidor acidentado em serviço que necessite de tratamento especializado poderá ser tratado 
em instituição privada, à conta de recursos públicos.
Parágrafo único. O tratamento recomendado por junta médica oficial constitui medida de exceção e somente 
será admissível quando inexistirem meios e recursos adequados em instituição pública.
Art. 214. A prova do acidente será feita no prazo de 10 (dez) dias, prorrogável quando as circunstâncias o 
exigirem.
SEÇÃO VII
DA PENSÃO
Art. 215. Por morte do servidor, os seus dependentes, nas hipóteses legais, fazem jus à pensão por morte, 
observados os limites estabelecidos no inciso XI do caput do art. 37 da Constituição Federal e no art. 2º da Lei 
nº 10.887, de 18 de junho de 2004. (Redação dada pela Lei nº 13.846, de 2019)
Art. 216. (Revogado pela Medida Provisória nº 664, de 2014)(Vigência) (Revogado pela Lei nº 13.135, de 
2015)
Art. 217. São beneficiários das pensões: 
I - o cônjuge;(Redação dada pela Lei nº 13.135, de 2015)
a) (Revogada);(Redação dada pela Lei nº 13.135, de 2015)
b) (Revogada);(Redação dada pela Lei nº 13.135, de 2015)
c) (Revogada);(Redação dada pela Lei nº 13.135, de 2015)
d) (Revogada);(Redação dada pela Lei nº 13.135, de 2015)
e) (Revogada); (Redação dada pela Lei nº 13.135, de 2015)
II - o cônjuge divorciado ou separado judicialmente ou de fato, com percepção de pensão alimentícia esta-
belecida judicialmente; (Redação dada pela Lei nº 13.135, de 2015)
a) (Revogada);(Redação dada pela Lei nº 13.135, de 2015)
b) (Revogada);(Redação dada pela Lei nº 13.135, de 2015)
c) Revogada);(Redação dada pela Lei nº 13.135, de 2015)
d) (Revogada); (Redação dada pela Lei nº 13.135, de 2015)
III - o companheiro ou companheira que comprove união estável como entidade familiar;(Incluído pela Lei 
nº 13.135, de 2015)
IV - o filho de qualquer condição que atenda a um dos seguintes requisitos:(Incluído pela Lei nº 13.135, de 
2015)
a) seja menor de 21 (vinte e um) anos; (Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015)
b) seja inválido;(Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015)
c)(Vide Lei nº 13.135, de 2015) (Vigência)
d) tenha deficiência intelectual ou mental; (Redação dada pela Lei nº 13.846, de 2019)
V - a mãe e o pai que comprovem dependência econômica do servidor; e (Incluído pela Lei nº 13.135, de 
2015)
VI - o irmão de qualquer condição que comprove dependência econômica do servidor e atenda a um dos 
requisitos previstos no inciso IV.(Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015)
 §1º A concessão de pensão aos beneficiários de que tratam os incisos I a IV do caput exclui os beneficiários 
referidos nos incisos V e VI. (Redação dada pela Lei nº 13.135, de 2015)
§2º A concessão de pensão aos beneficiários de que trata o inciso V do caput exclui o beneficiário referido 
no inciso VI.(Redação dada pela Lei nº 13.135, de 2015)
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 §3º O enteado e o menor tutelado equiparam-se a filho mediante declaração do servidor e desde que com-
provada dependência econômica, na forma estabelecida em regulamento.(Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015)
§4º (VETADO).(Incluído pela Lei nº 13.846, de 2019)
Art. 218. Ocorrendo habilitação de vários titulares à pensão, o seu valor será distribuído em partes iguais 
entre os beneficiários habilitados.(Redação dada pela Lei nº 13.135, de 2015)
§1º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.135, de 2015)
§2º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.135, de 2015)
§3º (Revogado).(Redação dada pela Lei nº 13.135, de 2015)
Art. 219. A pensão por morte será devida ao conjunto dos dependentes do segurado que falecer, aposenta-
do ou não, a contar da data: (Redação dada pela Lei nº 13.846, de 2019)
I - do óbito, quando requerida em até 180 (cento e oitenta dias) após o óbito, para os filhos menores de 16 
(dezesseis) anos, ou em até 90 (noventa) dias após o óbito, para os demais dependentes; (Redação dada pela 
Lei nº 13.846, de 2019)
II - do requerimento, quando requerida após o prazo previsto no inciso I do caput deste artigo; ou (Redação 
dada pela Lei nº 13.846, de 2019)
III - da decisão judicial, na hipótese de morte presumida. (Redação dada pela Lei nº 13.846, de 2019)
§1º A concessão da pensão por morte não será protelada pela falta de habilitação de outro possível depen-
dente e a habilitação posterior que importe em exclusão ou inclusão de dependente só produzirá efeito a partir 
da data da publicação da portaria de concessão da pensão ao dependente habilitado. (Redação dada pela Lei 
nº 13.846, de 2019)
§2º Ajuizada a ação judicial para reconhecimento da condição de dependente, este poderá requerer a sua 
habilitação provisória ao benefício de pensão por morte, exclusivamente para fins de rateio dos valores com 
outros dependentes, vedado o pagamento da respectiva cota até o trânsito em julgado da respectiva ação, res-
salvada a existência de decisão judicial em contrário. (Redação dada pela Lei nº 13.846, de 2019)
§3º Nas ações em que for parte o ente público responsável pela concessão da pensão por morte, este po-
derá proceder de ofício à habilitação excepcional da referida pensão, apenas para efeitos de rateio, descontan-
do-se os valores referentes a esta habilitação das demais cotas, vedado o pagamento da respectiva cota até 
o trânsito em julgado da respectiva ação, ressalvada a existência de decisão judicial em contrário. (Redação 
dada pela Lei nº 13.846, de 2019)
§4º Julgada improcedente a ação prevista no §2º ou §3º deste artigo, o valor retido será corrigido pelos ín-
dices legais de reajustamento e será pago de forma proporcional aos demais dependentes, de acordo com as 
suas cotas e o tempo de duração de seus benefícios.(Incluído pela Lei nº 13.846, de 2019)
§5º Em qualquer hipótese, fica assegurada ao órgão concessor da pensão por morte a cobrança dos valores 
indevidamente pagos em função de nova habilitação. (Incluído pela Lei nº 13.846, de 2019)
Art. 220. Perde o direito à pensão por morte:(Redação dada pela Lei nº 13.135, de 2015)
I - após o trânsito em julgado, o beneficiário condenado pela prática de crime de que tenha dolosamente 
resultado a morte do servidor; (Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015)
II - o cônjuge, o companheiro ou a companheira se comprovada, a qualquer tempo, simulação ou fraude 
no casamento ou na união estável, ou a formalização desses com o fim exclusivo de constituir benefício previ-
denciário, apuradas em processo judicial no qual será assegurado o direito ao contraditório e à ampla defesa. 
(Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015)
Art. 221. Será concedida pensão provisória por morte presumida do servidor, nos seguintes casos:
I - declaração de ausência, pela autoridade judiciária competente;
II - desaparecimento em desabamento, inundação, incêndio ou acidente não caracterizado como em servi-
ço;
III - desaparecimento no desempenho das atribuições do cargo ou em missão de segurança.
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Parágrafo único. A pensão provisória será transformada em vitalícia ou temporária, conforme o caso, de-
corridos 5 (cinco) anos de sua vigência, ressalvado o eventual reaparecimento do servidor, hipótese em que o 
benefício será automaticamente cancelado.
Art. 222. Acarreta perda da qualidade de beneficiário:
I - o seu falecimento;
II - a anulação do casamento, quando a decisão ocorrer após a concessão da pensão ao cônjuge;
III - a cessação da invalidez, em se tratando de beneficiário inválido, ou o afastamento da deficiência, em 
se tratando de beneficiário com deficiência, respeitados os períodos mínimos decorrentes da aplicação das 
alíneas a e b do inciso VII do caput deste artigo; (Redação dada pela Lei nº 13.846, de 2019)
IV - o implemento da idade de 21 (vinte e um) anos, pelofilho ou irmão; (Redação dada pela Lei nº 13.135, 
de 2015)
V - a acumulação de pensão na forma do art. 225;
VI - a renúncia expressa; e(Redação dada pela Lei nº 13.135, de 2015)
VII - em relação aos beneficiários de que tratam os incisos I a III do caput do art. 217: (Incluído pela Lei nº 
13.135, de 2015)
a) o decurso de 4 (quatro) meses, se o óbito ocorrer sem que o servidor tenha vertido 18 (dezoito) contribui-
ções mensais ou se o casamento ou a união estável tiverem sido iniciados em menos de 2 (dois) anos antes do 
óbito do servidor; (Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015)
b) o decurso dos seguintes períodos, estabelecidos de acordo com a idade do pensionista na data de óbito 
do servidor, depois de vertidas 18 (dezoito) contribuições mensais e pelo menos 2 (dois) anos após o início do 
casamento ou da união estável: (Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015)
1) 3 (três) anos, com menos de 21 (vinte e um) anos de idade; (Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015)
2) 6 (seis) anos, entre 21 (vinte e um) e 26 (vinte e seis) anos de idade; (Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015)
3) 10 (dez) anos, entre 27 (vinte e sete) e 29 (vinte e nove) anos de idade; (Incluído pela Lei nº 13.135, de 
2015)
4) 15 (quinze) anos, entre 30 (trinta) e 40 (quarenta) anos de idade; (Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015)
5) 20 (vinte) anos, entre 41 (quarenta e um) e 43 (quarenta e três) anos de idade; (Incluído pela Lei nº 
13.135, de 2015)
6) vitalícia, com 44 (quarenta e quatro) ou mais anos de idade. (Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015)
§1º A critério da administração, o beneficiário de pensão cuja preservação seja motivada por invalidez, por 
incapacidade ou por deficiência poderá ser convocado a qualquer momento para avaliação das referidas con-
dições.(Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015)
§2º Serão aplicados, conforme o caso, a regra contida no inciso III ou os prazos previstos na alínea “b” do 
inciso VII, ambos do caput, se o óbito do servidor decorrer de acidente de qualquer natureza ou de doença 
profissional ou do trabalho, independentemente do recolhimento de 18 (dezoito) contribuições mensais ou da 
comprovação de 2 (dois) anos de casamento ou de união estável. (Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015)
§3º Após o transcurso de pelo menos 3 (três) anos e desde que nesse período se verifique o incremento 
mínimo de um ano inteiro na média nacional única, para ambos os sexos, correspondente à expectativa de 
sobrevida da população brasileira ao nascer, poderão ser fixadas, em números inteiros, novas idades para os 
fins previstos na alínea “b” do inciso VII do caput, em ato do Ministro de Estado do Planejamento, Orçamento 
e Gestão, limitado o acréscimo na comparação com as idades anteriores ao referido incremento.(Incluído pela 
Lei nº 13.135, de 2015)
§4º O tempo de contribuição a Regime Próprio de Previdência Social (RPPS) ou ao Regime Geral de Pre-
vidência Social (RGPS) será considerado na contagem das 18 (dezoito) contribuições mensais referidas nas 
alíneas “a” e “b” do inciso VII do caput.(Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015)
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§5º Na hipótese de o servidor falecido estar, na data de seu falecimento, obrigado por determinação judicial 
a pagar alimentos temporários a ex-cônjuge, ex-companheiro ou ex-companheira, a pensão por morte será 
devida pelo prazo remanescente na data do óbito, caso não incida outra hipótese de cancelamento anterior do 
benefício. (Redação dada pela Lei nº 13.846, de 2019)
§6º O beneficiário que não atender à convocação de que trata o §1º deste artigo terá o benefício suspenso, 
observado o disposto nos incisos I e II do caput do art. 95 da Lei nº 13.146, de 6 de julho de 2015.(Redação 
dada pela Lei nº 13.846, de 2019)
§7º O exercício de atividade remunerada, inclusive na condição de microempreendedor individual, não im-
pede a concessão ou manutenção da cota da pensão de dependente com deficiência intelectual ou mental ou 
com deficiência grave. (Incluído pela Lei nº 13.846, de 2019)
§8º No ato de requerimento de benefícios previdenciários, não será exigida apresentação de termo de 
curatela de titular ou de beneficiário com deficiência, observados os procedimentos a serem estabelecidos em 
regulamento. (Incluído pela Lei nº 13.846, de 2019)
Art. 223. Por morte ou perda da qualidade de beneficiário, a respectiva cota reverterá para os cobeneficiá-
rios. (Redação dada pela Lei nº 13.135, de 2015)
I - (Revogado); (Redação dada pela Lei nº 13.135, de 2015)
II - (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.135, de 2015)
Art. 224. As pensões serão automaticamente atualizadas na mesma data e na mesma proporção dos rea-
justes dos vencimentos dos servidores, aplicando-se o disposto no parágrafo único do art. 189.
Art. 225. Ressalvado o direito de opção, é vedada a percepção cumulativa de pensão deixada por mais de 
um cônjuge ou companheiro ou companheira e de mais de 2 (duas) pensões.(Redação dada pela Lei nº 13.135, 
de 2015)
SEÇÃO VIII
DO AUXÍLIO-FUNERAL
Art. 226. O auxílio-funeral é devido à família do servidor falecido na atividade ou aposentado, em valor equi-
valente a um mês da remuneração ou provento.
§1º No caso de acumulação legal de cargos, o auxílio será pago somente em razão do cargo de maior re-
muneração.
§2º (VETADO).
§3º O auxílio será pago no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, por meio de procedimento sumaríssimo, à 
pessoa da família que houver custeado o funeral.
Art. 227. Se o funeral for custeado por terceiro, este será indenizado, observado o disposto no artigo ante-
rior.
Art. 228. Em caso de falecimento de servidor em serviço fora do local de trabalho, inclusive no exterior, as 
despesas de transporte do corpo correrão à conta de recursos da União, autarquia ou fundação pública.
SEÇÃO IX
DO AUXÍLIO-RECLUSÃO
Art. 229. À família do servidor ativo é devido o auxílio-reclusão, nos seguintes valores:
I - dois terços da remuneração, quando afastado por motivo de prisão, em flagrante ou preventiva, determi-
nada pela autoridade competente, enquanto perdurar a prisão;
II - metade da remuneração, durante o afastamento, em virtude de condenação, por sentença definitiva, a 
pena que não determine a perda de cargo.
§1º Nos casos previstos no inciso I deste artigo, o servidor terá direito à integralização da remuneração, 
desde que absolvido.
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§2º O pagamento do auxílio-reclusão cessará a partir do dia imediato àquele em que o servidor for posto em 
liberdade, ainda que condicional.
§3º Ressalvado o disposto neste artigo, o auxílio-reclusão será devido, nas mesmas condições da pensão 
por morte, aos dependentes do segurado recolhido à prisão.(Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015)
CAPÍTULO III
DA ASSISTÊNCIA À SAÚDE
Art. 230. A assistência à saúde do servidor, ativo ou inativo, e de sua família compreende assistência mé-
dica, hospitalar, odontológica, psicológica e farmacêutica, terá como diretriz básica o implemento de ações 
preventivas voltadas para a promoção da saúde e será prestada pelo Sistema Único de Saúde – SUS, direta-
mente pelo órgão ou entidade ao qual estiver vinculado o servidor, ou mediante convênio ou contrato, ou ainda 
na forma de auxílio, mediante ressarcimento parcial do valor despendido pelo servidor, ativo ou inativo, e seus 
dependentes ou pensionistas com planos ou seguros privados de assistência à saúde, na forma estabelecida 
em regulamento. (Redação dada pela Lei nº 11.302 de 2006)
§1º Nas hipóteses previstas nesta Lei em que seja exigida perícia, avaliação ou inspeção médica, na ausên-
cia de médico ou junta médica oficial, para a sua realização o órgão ou entidade celebrará, preferencialmente, 
convênio com unidades de atendimento do sistema público de saúde, entidades sem fins lucrativos declara-
das de utilidade pública, ou com o Instituto Nacional do Seguro Social - INSS. (Incluído pela Lei nº 9.527,de 
10.12.97)
§2º Na impossibilidade, devidamente justificada, da aplicação do disposto no parágrafo anterior, o órgão ou 
entidade promoverá a contratação da prestação de serviços por pessoa jurídica, que constituirá junta médica 
especificamente para esses fins, indicando os nomes e especialidades dos seus integrantes, com a comprova-
ção de suas habilitações e de que não estejam respondendo a processo disciplinar junto à entidade fiscaliza-
dora da profissão. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
§3º Para os fins do disposto no caput deste artigo, ficam a União e suas entidades autárquicas e fundacio-
nais autorizadas a: (Incluído pela Lei nº 11.302 de 2006)
I - celebrar convênios exclusivamente para a prestação de serviços de assistência à saúde para os seus ser-
vidores ou empregados ativos, aposentados, pensionistas, bem como para seus respectivos grupos familiares 
definidos, com entidades de autogestão por elas patrocinadas por meio de instrumentos jurídicos efetivamente 
celebrados e publicados até 12 de fevereiro de 2006 e que possuam autorização de funcionamento do órgão 
regulador, sendo certo que os convênios celebrados depois dessa data somente poderão sê-lo na forma da 
regulamentação específica sobre patrocínio de autogestões, a ser publicada pelo mesmo órgão regulador, no 
prazo de 180 (cento e oitenta) dias da vigência desta Lei, normas essas também aplicáveis aos convênios exis-
tentes até 12 de fevereiro de 2006; (Incluído pela Lei nº 11.302 de 2006)
II - contratar, mediante licitação, na forma da Lei no 8.666, de 21 de junho de 1993, operadoras de planos 
e seguros privados de assistência à saúde que possuam autorização de funcionamento do órgão regulador; 
(Incluído pela Lei nº 11.302 de 2006)
III - (VETADO) (Incluído pela Lei nº 11.302 de 2006)
§4º (VETADO) (Incluído pela Lei nº 11.302 de 2006)
§5º O valor do ressarcimento fica limitado ao total despendido pelo servidor ou pensionista civil com plano 
ou seguro privado de assistência à saúde. (Incluído pela Lei nº 11.302 de 2006)
CAPÍTULO IV
DO CUSTEIO
Art. 231. (Revogado pela Lei nº 9.783, de 28.01.99)
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TÍTULO VII
CAPÍTULO ÚNICO
DA CONTRATAÇÃO TEMPORÁRIA DE EXCEPCIONAL INTERESSE PÚBLICO
Art. 232.(Revogado pela Lei nº 8.745, de 9.12.93)
Art. 233.(Revogado pela Lei nº 8.745, de 9.12.93)
Art. 234.(Revogado pela Lei nº 8.745, de 9.12.93)
Art. 235.(Revogado pela Lei nº 8.745, de 9.12.93)
TÍTULO VIII
CAPÍTULO ÚNICO
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 236. O Dia do Servidor Público será comemorado a vinte e oito de outubro.
Art. 237. Poderão ser instituídos, no âmbito dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, os seguintes 
incentivos funcionais, além daqueles já previstos nos respectivos planos de carreira:
I - prêmios pela apresentação de idéias, inventos ou trabalhos que favoreçam o aumento de produtividade 
e a redução dos custos operacionais;
II - concessão de medalhas, diplomas de honra ao mérito, condecoração e elogio.
Art. 238. Os prazos previstos nesta Lei serão contados em dias corridos, excluindo-se o dia do começo e 
incluindo-se o do vencimento, ficando prorrogado, para o primeiro dia útil seguinte, o prazo vencido em dia em 
que não haja expediente.
Art. 239. Por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, o servidor não poderá ser pri-
vado de quaisquer dos seus direitos, sofrer discriminação em sua vida funcional, nem eximir-se do cumprimento 
de seus deveres.
Art. 240. Ao servidor público civil é assegurado, nos termos da Constituição Federal, o direito à livre asso-
ciação sindical e os seguintes direitos, entre outros, dela decorrentes:
a) de ser representado pelo sindicato, inclusive como substituto processual;
b) de inamovibilidade do dirigente sindical, até um ano após o final do mandato, exceto se a pedido;
c) de descontar em folha, sem ônus para a entidade sindical a que for filiado, o valor das mensalidades e 
contribuições definidas em assembléia geral da categoria.
d) (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) 
e) (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
Art. 241. Consideram-se da família do servidor, além do cônjuge e filhos, quaisquer pessoas que vivam às 
suas expensas e constem do seu assentamento individual.
Parágrafo único. Equipara-se ao cônjuge a companheira ou companheiro, que comprove união estável 
como entidade familiar.
Art. 242. Para os fins desta Lei, considera-se sede o município onde a repartição estiver instalada e onde o 
servidor tiver exercício, em caráter permanente.
TÍTULO IX
CAPÍTULO ÚNICO
DAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS E FINAIS
Art. 243. Ficam submetidos ao regime jurídico instituído por esta Lei, na qualidade de servidores públicos, 
os servidores dos Poderes da União, dos ex-Territórios, das autarquias, inclusive as em regime especial, e das 
fundações públicas, regidos pela Lei nº 1.711, de 28 de outubro de 1952 - Estatuto dos Funcionários Públicos 
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Civis da União, ou pela Consolidação das Leis do Trabalho, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio 
de 1943, exceto os contratados por prazo determinado, cujos contratos não poderão ser prorrogados após o 
vencimento do prazo de prorrogação.
§1º Os empregos ocupados pelos servidores incluídos no regime instituído por esta Lei ficam transformados 
em cargos, na data de sua publicação.
§2º As funções de confiança exercidas por pessoas não integrantes de tabela permanente do órgão ou en-
tidade onde têm exercício ficam transformadas em cargos em comissão, e mantidas enquanto não for implan-
tado o plano de cargos dos órgãos ou entidades na forma da lei.
§3º As Funções de Assessoramento Superior - FAS, exercidas por servidor integrante de quadro ou tabela 
de pessoal, ficam extintas na data da vigência desta Lei.
§4º (VETADO).
§5º O regime jurídico desta Lei é extensivo aos serventuários da Justiça, remunerados com recursos da 
União, no que couber.
§6º Os empregos dos servidores estrangeiros com estabilidade no serviço público, enquanto não adquirirem 
a nacionalidade brasileira, passarão a integrar tabela em extinção, do respectivo órgão ou entidade, sem preju-
ízo dos direitos inerentes aos planos de carreira aos quais se encontrem vinculados os empregos.
§7º Os servidores públicos de que trata o caput deste artigo, não amparados pelo art. 19 do Ato das Dispo-
sições Constitucionais Transitórias, poderão, no interesse da Administração e conforme critérios estabelecidos 
em regulamento, ser exonerados mediante indenização de um mês de remuneração por ano de efetivo exercí-
cio no serviço público federal.(Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
§8º Para fins de incidência do imposto de renda na fonte e na declaração de rendimentos, serão considera-
dos como indenizações isentas os pagamentos efetuados a título de indenização prevista no parágrafo anterior. 
(Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
§9º Os cargos vagos em decorrência da aplicação do disposto no §7º poderão ser extintos pelo Poder Exe-
cutivo quando considerados desnecessários. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
Art. 244. Os adicionais por tempo de serviço, já concedidos aos servidores abrangidos por esta Lei, ficam 
transformados em anuênio.
Art. 245. A licença especial disciplinada pelo art. 116 da Lei nº 1.711, de 1952, ou por outro diploma legal, 
fica transformada em licença-prêmio por assiduidade, na forma prevista nos arts. 87 a 90.
Art. 246. (VETADO).
Art. 247. Para efeito do disposto no Título VI desta Lei, haverá ajuste de contas com a Previdência Social, 
correspondente ao período de contribuição por parte dos servidores celetistas abrangidos pelo art. 243. (Reda-
ção dada pela Lei nº 8.162, de 8.1.91) 
Art. 248. As pensões estatutárias, concedidas até a vigência desta Lei, passam a ser mantidas pelo órgão 
ou entidade de origem do servidor.
Art. 249. Até a ediçãoda lei prevista no §1º do art. 231, os servidores abrangidos por esta Lei contribuirão na 
forma e nos percentuais atualmente estabelecidos para o servidor civil da União conforme regulamento próprio.
Art. 250. O servidor que já tiver satisfeito ou vier a satisfazer, dentro de 1 (um) ano, as condições necessá-
rias para a aposentadoria nos termos do inciso II do art. 184 do antigo Estatuto dos Funcionários Públicos Civis 
da União, Lei n° 1.711, de 28 de outubro de 1952, aposentar-se-á com a vantagem prevista naquele dispositivo. 
(Mantido pelo Congresso Nacional)
Art. 251. (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
Art. 252. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, com efeitos financeiros a partir do primeiro dia 
do mês subseqüente.
Art. 253. Ficam revogadas a Lei nº 1.711, de 28 de outubro de 1952, e respectiva legislação complementar, 
bem como as demais disposições em contrário.
Brasília, 11 de dezembro de 1990; 169º da Independência e 102º da República.
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Poderes administrativos: poder hierárquico; poder disciplinar; poder regulamentar; 
poder de polícia; uso e abuso do poder
Poder Hierárquico
Trata-se o poder hierárquico, de poder conferido à autoridade administrativa para distribuir e dirimir funções 
em escala de seus órgãos, vindo a estabelecer uma relação de coordenação e subordinação entre os servidores 
que estiverem sob a sua hierarquia.
A estrutura de organização da Administração Pública é baseada em dois aspectos fundamentais, sendo eles: 
a distribuição de competências e a hierarquia.
Em decorrência da amplitude das competências e das responsabilidades da Administração, jamais seria 
possível que toda a função administrativa fosse desenvolvida por um único órgão ou agente público. Assim 
sendo, é preciso que haja uma distribuição dessas competências e atribuições entre os diversos órgãos e 
agentes integrantes da Administração Pública.
Entretanto, para que essa divisão de tarefas aconteça de maneira harmoniosa, os órgãos e agentes 
públicos são organizados em graus de hierarquia e poder, de maneira que o agente que se encontra em 
plano superior, detenha o poder legal de emitir ordens e fiscalizar a atuação dos seus subordinados. Essa 
relação de subordinação e hierarquia, por sua vez, causa algumas sequelas, como o dever de obediência dos 
subordinados, a possibilidade de o imediato superior avocar atribuições, bem como a atribuição de rever os 
atos dos agentes subordinados.
Denota-se, porém, que o dever de obediência do subordinado não o obriga a cumprir as ordens 
manifestamente ilegais, advindas de seu superior hierárquico. Ademais, nos ditames do art. 116, XII, da Lei 
8.112/1990, o subordinado tem a obrigação funcional de representar contra o seu superior caso este venha a 
agir com ilegalidade, omissão ou abuso de poder.
Registra-se que a delegação de atribuições é uma das manifestações do poder hierárquico que consiste 
no ato de conferir a outro servidor atribuições que de âmbito inicial, faziam parte dos atos de competência 
da autoridade delegante. O ilustre Hely Lopes Meirelles aduz que a delegação de atribuições se submete a 
algumas regras, sendo elas:
A) A impossibilidade de delegação de atribuições de um Poder a outro, exceto quando devidamente autorizado 
pelo texto da Constituição Federal. Exemplo: autorização por lei delegada, que ocorre quando a Constituição 
Federal autoriza o Legislativo a delegar ao Chefe do Executivo a edição de lei. 
B) É impossível a delegação de atos de natureza política. Exemplos: o veto e a sanção de lei;
C) As atribuições que a lei fixar como exclusivas de determinada autoridade, não podem ser delegadas;
D) O subordinado não pode recusar a delegação;
E) As atribuições não podem ser subdelegadas sem a devida autorização do delegante.
Sem prejuízo do entendimento doutrinário a respeito da delegação de competência, a Lei Federal 9.784/1999, 
que estabelece os ditames do processo administrativo federal, estabeleceu as seguintes regras relacionadas a 
esse assunto:
– A competência não pode ser renunciada, porém, pode ser delegada se não houver impedimento legal;
– A delegação de competência é sempre exercida de forma parcial, tendo em vista que um órgão administrativo 
ou seu titular não detém o poder de delegar todas as suas atribuições;
– A título de delegação vertical, depreende-se que esta pode ser feita para órgãos ou agentes subordinados 
hierarquicamente, e, a nível de delegação horizontal, também pode ser feita para órgãos e agentes não 
subordinados à hierarquia.
Não podem ser objeto de delegação:
– A edição de atos de caráter normativo;
– A decisão de recursos administrativos; 
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– As matérias de competência exclusiva do órgão ou autoridade;
Ressalta-se com afinco que o ato de delegação e a sua revogação deverão ser publicados no meio oficial, 
nos trâmites da lei. Ademais, deverá o ato de delegação especificar as matérias e os poderes transferidos, 
os limites da atuação do delegado, a duração e os objetivos da delegação e também o recurso devidamente 
cabível à matéria que poderá constar a ressalva de exercício da atribuição delegada.
O ato de delegação poderá ser revogado a qualquer tempo pela autoridade delegante como forma de 
transferência não definitiva de atribuições, devendo as decisões adotadas por delegação, mencionar de forma 
clara esta qualidade, que deverá ser considerada como editada pelo delegado.
No condizente à avocação, afirma-se que se trata de procedimento contrário ao da delegação de competência, 
vindo a ocorrer quando o superior assume ou passa a desenvolver as funções que eram de seu subordinado. 
De acordo com a doutrina, a norma geral, é a possibilidade de avocação pelo superior hierárquico de qualquer 
competência do subordinado, ressaltando-se que nesses casos, a competência a ser avocada não poderá ser 
privativa do órgão subordinado.
Dispõe a Lei 9.784/1999 que a avocação das competências do órgão inferior apenas será permitida em 
caráter excepcional e temporário com a prerrogativa de que existam motivos relevantes e impreterivelmente 
justificados. 
O superior também pode rever os atos dos seus subordinados, como consequência do poder hierárquico 
com o fito de mantê-los, convalidá-los, ou ainda, desfazê-los, de ofício ou sob provocação do interessado. 
Convalidar significa suprir o vício de um ato administrativo por intermédio de um segundo ato, tornando válido 
o ato viciado. No tocante ao desfazimento do ato administrativo, infere-se que pode ocorrer de duas formas:
a) Por revogação: no momento em que a manutenção do ato válido se tornar inconveniente ou inoportuna; 
b) Por anulação: quando o ato apresentar vícios. 
No entanto, a utilização do poder hierárquico nem sempre poderá possibilitar a invalidação feita pela 
autoridade superior dos atos praticados por seus subordinados. Nos ditames doutrinários, a revisão hierárquica 
somente é possível enquanto o ato não tiver se tornado definitivo para a Administração Pública e, ainda, se 
houver sido criado o direito subjetivo para o particular.
– Observação importante: “revisão” do ato administrativo não se confunde com “reconsideração” desse 
mesmo ato. A revisão de ato é condizente à avaliação por parte da autoridade superior em relação à manutenção 
ou não de ato que foi praticado por seu subordinado, no qual o fundamento é o exercício do poder hierárquico. 
Já na reconsideração, a apreciação relativa à manutenção do ato administrativo é realizada pela própria 
autoridade que confeccionou o ato, não existindo, desta forma, manifestação do poder hierárquico.
Ressalte-se, também, que a relação de hierarquia é inerente à função administrativa e não há hierarquia entre 
integrantes do Poder Legislativo e do Poder Judiciário no desempenho de suas funções típicas constitucionais. 
No entanto, os membros

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