142 pág.

Pré-visualização | Página 7 de 36
escopo do empreendimento, o tamanho da planta a ser desenvolvida e o reconhecimento das principais variáveis a influir na sua realização. b) Consolidação: nesta fase é definido o produto desejado definido no projeto básico, que permite desenvolver o estudo de viabilidade técnico-econômico do empreendimento, bem como dar início aos projetos exigidos para aprovação nos organismos fiscalizadores. ECV 5307 - Administração da construção Profa Cristine N. Mutti – UFSC – atualização 2013 24 c) Desenvolvimento: projeto oficial: após definido o Projeto Básico é possível desenvolver os demais projetos e especificações, o que permite instruir o processo de construção e fornecimento de equipamentos. Compreende o projeto executivo, detalhamento do projeto, projetos complementares, especificação técnica, memorial descritivo, caderno de encargos e o projeto oficial (projeto para legalização RIMA). CONCEPÇÃO Termos de referência Estudo preliminar Anteprojeto CONSOLIDAÇÃO Projeto básico Análise de viabilidade DESENVOLVIMENTO Projeto Executivo Detalhamento do projeto Projetos complementares Especificação técnica Memorial descritivo Caderno de encargos PROJETO OFICIAL Projeto para legalização RIMA Figura 12: Fases do projeto. 2.6 Documentos de projeto3 A seguir são apresentados os documentos que devem compor um projeto completo: a) Termos de referência (documento que explicita os objetivos do projeto, seus destinos e usos, a qualidade e desempenho desejados. Objetivo é orientar o profissional quanto à elaboração do projeto); b) Estudo preliminar (esboço ou concepção iniciais do que deverá ser construído para verificar se as necessidades foram corretamente especificadas, e se as construção as atenderá satisfatoriamente. Envolve o reconhecimento do terreno); c) Anteprojeto (apresentação gráfica simplificada em escala de construção para confirmação e/ou correção o estudo preliminar e definição do projeto); d) Projeto básico (concepção final do projeto. A partir dele se podem desenvolver os projetos executivo e complementares), e avaliar e orçar o produto final); e) Estudo de viabilidade (estuda a viabilidade técnica e econômico-financeira do empreendimento); f) Projeto legal (contém as informações legais necessárias à aprovação e registro nos órgãos públicos de fiscalização e nas concessionárias de serviços públicos); g) Projeto executivo (projeto completo, com todas as informações gerenciais necessárias à execução. Prevê todas as interferências entre os projetos complementares); ECV 5307 - Administração da construção Profa Cristine N. Mutti – UFSC – atualização 2013 25 h) Detalhamento do projeto (definição precisa de todos os elementos construtivos a serem empregados na construção. Detalhes construtivos são as informações gráficas adicionais para melhor definição, visualização ou esclarecimento de elementos construtivos a serem executados); i) Projetos complementares (projetos que complementam os projetos executivos. São os projetos de fundações, estruturas, instalações, etc.); j) Especificação técnica (a ser definido na próxima secção); k) Memorial descritivo (a ser definido na próxima secção); l) Caderno de encargos (a ser definido na próxima secção); m) Orçamento (já definido); n) Relatório de impacto ambiental (RIMA): documento onde constem os impactos, óbices e vantagens do projeto para o meio ambiente, bem como a recomendação e solução apresentada. Em obras de pequeno e médio porte, é comum o empreendimento ser iniciado sem que o projeto tenha sido efetivamente desenvolvido, e com todos os seus elementos concluídos, especialmente quanto a detalhamentos e especificações, em virtude de economia de recursos. Como os prazos da construção são longos, a tendência é imaginar que alguns dos projetos complementares e detalhamentos possam ser realizados durante o andamento da obra. Mas com os prazos apertados, muitas vezes a complementação não é realizada a tempo, acarretando atrasos e prejuízos. 2.7 Memorial descritivo, especificações técnicas e cadernos de encargos 2 O projeto (plantas, cortes, fachada, etc), em geral, explica bem a forma do que irá ser feito, porém não esclarece que material vai ser empregado e o seu acabamento. Por exemplo, um projeto, geralmente constituído de plantas, não diz se uma determinada esquadria será de cedro e que terá como ferragens uma fechadura tipo Yale e três dobradiças de 4", niqueladas, não diz que tipo de revestimento será usado, tipo e marca de piso, etc. Surge então a necessidade do memorial descritivo, especificações técnicas e de acabamento de uma obra. Estes documentos têm como objetivo primário fornecer informações complementares quanto às especificações técnicas e detalhadas dos materiais previstos em obra (fabricantes, dimensões, cores, modelos, etc.), bem como os métodos, normas e técnicas construtivas a serem seguidas. Este conjunto de variáveis incide diretamente em: Custos da construção; Métodos construtivos para a execução dos serviços; Prazo técnico da obra; Padrão de acabamento do empreendimento, Qualidade na aquisição de materiais em obra, etc. As especificações técnicas, que devem ser definidas ainda na fase do planejamento da obra (portanto antes do início da construção), são aquelas que definem métodos e técnicas para a execução de serviços de construção, descritos ou não nos projetos. ECV 5307 - Administração da construção Profa Cristine N. Mutti – UFSC – atualização 2013 26 As especificações técnicas devem, ainda, providenciar a indicação correta de locais de aplicação de cada um dos tipos de serviços, indicar as normas para verificação específica de materiais, elementos, instalações, equipamentos. O memorial descritivo representa a relação dos materiais e equipamentos que irão constituir cada parte da obra, devendo constar todos os detalhes que possam interessar à gestão eficiente do empreendimento. O caderno de encargos normalmente é fornecido pelo contratante (por exemplo, em caso de Licitações), contendo Especificações Técnicas e Memorial Descritivo, bem como demais determinações estabelecida no contrato entre as partes. Estas informações são primordiais para a elaboração de um orçamento de obra, para fins de acompanhamento físico-financeiro. A falta destas informações leva o orçamentista a fazer considerações a respeito das características técnicas da obra que, muitas vezes, fogem bastante da realidade construtiva. As definições prévias das especificações técnicas beneficiam o engenheiro da obra quanto a cometer o mínimo possível de improvisos, além de possibilitar uma programação para fechamento de contratos (materiais e serviços), com a antecedência conveniente. Para se elaborar as especificações técnicas de uma obra, há necessidade de identificar, a partir das plantas dos diversos projetos que compõem a obra, os elementos que podem ser considerados relevantes de serem especificados. Entre estes elementos podemos citar: detalhamento dos projetos; equipe de administração; projeto de canteiro de obra; trabalhos em terra; tipo de fundação; tipo de estrutura; elevadores, alvenaria; soleiras, rodapés e peitoris; esquadrias; ferragens; vidros; cobertura; tratamentos; revestimentos; pinturas; pavimentação; instalações: elétricas, hidráulicas, telefone, gás, incêndio; esgoto sanitário; águas pluviais; lixo; aparelhos; elementos decorativos; complementação da obra; fachadas, dimensionamento e detalhes de fixação de mobiliário, etc. As especificações de acabamentos definem claramente quais serão os materiais que comporão os revestimentos e acessórios do empreendimento, em cada compartimento e no seu todo. O caderno de especificações deve caracterizar as condições de execução e o padrão de acabamento dos serviços. Vários são os critérios a serem usados para a definição dos acabamentos do projeto. Podemos citar, entre outros: Conforto na sua utilização Aspecto estético; Conservação e