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15
INTRODUÇÃO 
	O trabalho de Conclusão de Curso cujo tema é Depressão Infantil e suas Consequências no Processo de Ensino e visa esclarecer suas manifestações em crianças em idade escolar. Para determinar seu conceito, analisar sua manifestação e como os professores e educadores devem se posicionar, ajudar e identificar os alunos que vivenciam essa depressão por meio de seus sintomas e laudos de especialistas da área. 
	Em relação à metodologia utilizada, o presente trabalho utilizou-se de revisão bibliográfica, consultado, livros, monografias, artigos, dissertações, teses e demais materiais científicos que versassem sobre o tema abordado no intuito de produzir um texto coerente e coeso que facilite a compreensão do leitor.
	De acordo com Vieira (2018) atualmente a depressão tornou-se comum em crianças. É uma questão que pode contribuir para várias alterações, tais como isolamento e o baixo rendimento escolar.	 	
	Segundo Cruvinel e Boruchovitch (2003) a depressão infantil no ambiente escolar pode se manifestar por diferentes sintomas: tristeza persistente, diminuição de atividades psicocorporal, diminuição no rendimento escolar, fracasso em terminar as suas atividades escolares, isolamento social, agressividade ou verbalizações.
	De acordo com Dumas (2011) a ansiedade tem modalidades múltiplas de expressão. Em consonância a este aspecto, a ansiedade afeta cerca de 16% das crianças, causando impacto significativo sobre seu desenvolvimento. As crianças com transtorno de ansiedade tem mais problemas na escola (tanto acadêmicos quanto sociais) e muito mais chances de se tornarem adultos com problemas psicológicos. Além disso, ponderam-se alguns sintomas psíquicos que podem se sobressair nestes transtornos, como a tensão, a apreensão, a insegurança, a dificuldade de concentração, a sensação de estranheza, o nervosismo e outros sintomas afins. 
	As crianças deprimidas têm maior probabilidade de ter desempenho escolar insuficiente. Esse comportamento pode ser considerado um sinal ou indicador de depressão, mas pela complexidade do diagnóstico e pela falta de profissionais para determinar o problema (seja depressão) ou dificuldades de aprendizagem É necessário manter uma atitude cautelosa e crítica em relação às crianças, pois o tratamento adequado depende de orientação, encaminhamento e intervenção (COSTA, 2012).
	Um professor deve compreender os diversos fatores e indícios que indicam que a criança pode ter depressão, assim como outros tipos de transtornos mentais, pois do contrário ela pode ignorar esse transtorno mental ou seguir o bom senso que estigmatiza essa mentalidade. De acordo com Bahls I e Bahls II (2003) a depressão que começa na infância é geralmente considerada a mais séria porque afeta o desenvolvimento e o aprendizado da personalidade. Portanto, as crianças com esses sintomas devem ser diagnosticadas precocemente para que possa receber o tratamento adequado o mais rápido possível. Segundo Vieira (2018) fatores desencadeantes, como luto, perda, separação dos pais, mudanças na escola e na residência, novas circunstâncias e fatores genéticos, podem ser a causa do desencadeamento da depressão. 
1 O QUE É DEPRESSÃO?
O termo Depressão encontra-se nos dicionários desde 1960. Depressão em grego escreve-se deprimere – de baixar, quer dizer estar abaixo, (COSTA, 2012). Em latim, a palavra Depressão provém do termo depressus, que significa abatido ou aterrado. 
A Associação de Psiquiatria Americana (MDS, 2018) considera que a depressão é um transtorno de humor capaz de desencadear um sentimento de tristeza suficientemente intenso para afetar o desempenho de funções e/ou reduzir o interesse ou o prazer em atividades. É possível que ele surja depois de uma perda recente ou de outro acontecimento triste. Pode ser causada por diversas situações como: fatores hereditários, efeitos colaterais de medicamentos, eventos emocionalmente angustiantes, alterações dos níveis de hormônios ou outras substâncias no corpo contribuindo para que a pessoa expresse uma tristeza, fique sem energia, perca todo o interesse e prazer em atividades que costumava realizar. Os médicos baseiam o diagnóstico nos sintomas. Antidepressivos e psicoterapia podem ajudar. 
 	Segundo o MDS, 2018 o termo depressão costuma ser usado para descrever o humor triste ou desencorajado que resulta de eventos emocionalmente estressantes, como um desastre natural, uma doença séria ou a morte de um ente querido. É possível também que a pessoa diga que se sente deprimida em determinados momentos, como nas festas de fim de ano (tristeza de fim de ano) ou no aniversário da morte de um ente querido. No entanto, esses sentimentos normalmente não representam um transtorno. Normalmente, esses sentimentos são temporários e duram dias, não semanas ou meses, e ocorrem em ondas que tendem a estar relacionadas a pensamentos ou lembranças do evento perturbador. Além disso, esses sentimentos não interferem substancialmente com a funcionalidade durante qualquer período de tempo. 
	De acordo com dados do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM IV) Depois da ansiedade, a depressão é o transtorno de saúde mental que ocorre com mais frequência. Aproximadamente 30% das pessoas que consultam um clínico geral têm sintomas de depressão, porém, menos de 10% dessas pessoas apresentam depressão grave. A depressão normalmente surge em meados da adolescência ou ao redor dos 20 ou 30 anos; no entanto, a depressão pode começar praticamente em qualquer idade, incluindo durante a infância. Um episódio de depressão não tratado costuma durar cerca de seis meses, mas, às vezes, prolonga-se por dois anos ou mais. Os episódios tendem a se repetir diversas vezes ao longo da vida
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgada no dia 27/03/2018, através do endereço eletrônico “O GLOBO Sociedade” mostra que a depressão é a principal causa de doenças e deficiências no mundo. Segundo a entidade, mais de 300 milhões de pessoas vivem depressivas, um aumento de 18% entre 2005 a 2015. Os novos números foram divulgados pela OMS em antecipação ao Dia Mundial da Saúde, em 7 de abril, ponto alto da campanha  "Depression: let’s talk" (Depressão: vamos conversar). O objetivo, segundo a organização, é combater a teia de preconceitos sobre o assunto, com o objetivo de estimular quem tem depressão a buscar assistência. A organização ressaltou que a falta de apoio a essas pessoas se une ao medo do estigma para explicar por que os depressivos hesitam em procurar tratamento. A depressão não significa uma fraqueza de caráter e pode não refletir um transtorno de personalidade, um trauma de infância ou falta de atenção dos pais. A classe social, a origem étnica e fatores culturais aparentemente não exercem influência sobre a possibilidade de uma pessoa ter depressão ao longo da vida. Fatores genéticos contribuem para a depressão em aproximadamente metade das pessoas que a têm. Por exemplo, a depressão é mais comum em parentes de primeiro grau (especialmente em um gêmeo idêntico) de pessoas com depressão. Os fatores genéticos podem afetar o funcionamento de substâncias que ajudam as células nervosas a se comunicarem (neurotransmissores). A OMS atribui a Serotonina, dopamina e noradrenalina neurotransmissores que podem estar envolvidos na depressão. As mulheres são mais propensas a apresentarem depressão que os homens, embora as explicações para esse fato não sejam claras. Entre os fatores físicos, os hormônios são os mais associados à depressão. Alterações nos níveis hormonais podem causar alterações no humor um pouco antes da menstruação (como parte da síndrome pré-menstrual), durante a gravidez e depois do parto. Algumas mulheres ficam deprimidas durante a gravidez ou durante as quatro primeiras semanas após o parto (melancolia pós-parto ou, se a depressão for mais séria, depressão pós-parto). A função anormal da tireoide, que ocorre com bastante frequência em mulheres, pode ser outro fator. A depressão pode se manifestar em conjunto comum determinado número de doenças físicas e fatores ou ser causada por eles. Doenças físicas podem ser a causa direta de uma depressão (como quando uma doença da tireoide afeta os níveis hormonais), ou sua causa indireta (como quando a artrite reumatoide provoca dor e incapacidade). 
Segundo dados da DSM IV e da OMS o uso de alguns medicamentos com receita médica, como alguns betabloqueadores (usados para tratar hipertensão arterial), pode causar depressão. Por razões desconhecidas, os corticosteroides provocam depressão com frequência quando o corpo os produz em grandes quantidades no contexto de um transtorno (como na síndrome de Cushing), mas quando administrados como um medicamento, eles tendem a causar hipomania (uma forma menos grave de mania) ou, raramente, mania. Algumas vezes, interromper a administração do medicamento pode causar depressão temporária. Vários transtornos de saúde mental podem predispor uma pessoa à depressão. Eles incluem certos transtornos de ansiedade, alcoolismo, outros transtornos de uso de substâncias e esquizofrenia. Pessoas que já tiveram depressão têm mais propensão a tê-la novamente. Eventos emocionalmente angustiantes, como a perda de um ente querido, às vezes podem desencadear depressão, mas geralmente apenas em pessoas predispostas à depressão, como as que têm pessoas na família com depressão. Contudo, a depressão pode surgir ou piorar sem nenhum motivo aparente ou significativo.
1.1 Sintomas 
De acordo com o DSM IV os sintomas da depressão em geral se desenvolvem gradativamente ao longo de dias ou semanas e podem variar muito. Por exemplo, uma pessoa que esteja se tornando depressiva pode ter um comportamento apático e triste ou irritável e ansioso. Muitas pessoas com depressão não conseguem sentir emoções, incluindo luto, alegria e prazer de forma normal. O mundo parece ter menos cores e menos vida. A pessoa perde o interesse ou o prazer em atividades de que costumava gostar. É possível que a pessoa deprimida esteja preocupada com intensos sentimentos de culpa e autodestrutivos e talvez não consiga se concentrar. Ela pode ter sentimentos de desespero, solidão e inutilidade. Essas pessoas costumam ficar indecisas e retraídas, ter uma sensação progressiva de desamparo e de falta de esperança e pensar em morte e em suicídio. 
A maior parte das pessoas deprimidas tem dificuldade para adormecer e despertam repetidas vezes, principalmente de manhã. Algumas pessoas com depressão dormem mais que o habitual. A falta de apetite e a perda de peso podem causar emaciação (perda de massa muscular e de gordura; extremo emagrecimento, extenuação) e, no caso das mulheres, é possível que a menstruação pare de vir. No entanto, a alimentação excessiva e o aumento de peso são comuns em pessoas com depressão leve.
Algumas pessoas deprimidas negligenciam a higiene pessoal ou mesmo seus filhos, outros entes queridos ou animais de estimação. Algumas pessoas se queixam de ter uma doença física, com vários sofrimentos e dores. O termo depressão é utilizado para descrever vários transtornos relacionados: transtorno depressivo maior, transtorno depressivo persistente, transtorno disfórico pré-menstrual.
1.2 Tipos de Transtornos Depressivos
	
O Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM IV) fornece através de seus dados os vários tipos de transtornos, inclusive a Classificação Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde (também conhecida como Classificação Internacional de Doenças – CID 10) 
Transtorno depressivo maior
A pessoa com transtorno depressivo grave fica deprimida na maior parte do dia por, no mínimo, duas semanas. Ela pode dar a impressão de estar se sentindo muito infeliz. Os olhos podem ficar cheios de lágrimas, as sobrancelhas podem estar franzidas e os cantos da boca podem estar voltados para baixo. É possível que ela se sinta desanimada e evite contato ocular. É possível que ela praticamente não se mova, mostre pouca expressão facial e converse de forma monotônica.
Transtorno depressivo persistente
	Uma pessoa com transtorno depressivo persistente fica deprimida a maior parte do tempo por dois anos ou mais. Os sintomas começam de modo gradativo, frequentemente durante a adolescência, e podem durar anos ou décadas. A quantidade de sintomas presentes concomitantemente varia e, às vezes, os sintomas são mais leves que os da depressão grave. A pessoa com esse transtorno pode estar triste, pessimista, descrente, sem senso de humor e incapaz de se divertir. Algumas são passivas, sem energia e introvertidas. Ela reclama constantemente e é rápida em criticar os outros e censurar a si mesma. Ela se preocupa com a inadequação, o fracasso e com acontecimentos negativos, ao ponto de chegar a desfrutar morbidamente dos seus próprios fracassos.
Transtorno disfórico pré-menstrual
Sintomas graves ocorrem antes da maioria dos períodos menstruais e desaparecem quando terminam. Os sintomas causam angústia substancial e/ou interferem bastante no desempenho de funções. Os sintomas são semelhantes aos da síndrome pré-menstrual, mas são mais graves, causando grande angústia e interferindo com o desempenho de funções no trabalho e interações sociais. O transtorno disfórico pré-menstrual pode surgir inicialmente em qualquer momento depois que as meninas começam a menstruar. Ele pode piorar conforme as mulheres se aproximam da menopausa, mas termina após a menopausa. Ele ocorre em cerca de 2% a 6% das mulheres que estão menstruando. Mulheres apresentam alterações de humor e ficam tristes e chorosas subitamente. Elas ficam irritáveis e se zangam com facilidade. Elas ficam bastante deprimidas, sem esperança, ansiosas e se sentem no limite. Elas podem se sentir sobrecarregadas ou sem controle. Elas costumam se colocar para baixo. 
Assim como com outros tipos de depressão, mulheres com esse transtorno podem perder o interesse em suas atividades normais, ter dificuldade para se concentrar e se sentir cansadas e sem energia. Elas podem comer em excesso ou ter compulsão por certos alimentos. Elas podem dormir pouco ou muito. Como muitas mulheres cuja menstruação está prestes a começar, essas mulheres podem sentir suas mamas sensíveis e edemaciadas e/ou dores em músculos e articulações. Elas podem se sentir inchadas e ganhar peso.
Os médicos usam certos termos para descrever sintomas específicos que podem ocorrer em pessoas com depressão. Esses termos incluem: angústia ansiosa onde a pessoa se sente tensa e, normalmente, inquieta. É possível que ela tenha dificuldade para se concentrar, porque se preocupa ou teme que algo terrível pode acontecer ou que pode perder controle de si própria, mista também apresenta três ou mais sintomas de mania. Estes sintomas incluem sentimentos de exuberância e/ou extrema autoconfiança, falar mais que o normal, dormir pouco e pensamentos acelerados. Essas pessoas não têm todos os sintomas exigidos para serem diagnosticadas com transtorno bipolar, mas elas correm o risco de eventualmente tê-lo, melancólica o indivíduo não sente mais prazer em nenhuma das atividades de que costumava gostar. Ela parece letárgica, triste e desanimada. Ela fala pouco, para de comer e perde peso. Ela pode se sentir excessivamente ou indevidamente culpada. Ela geralmente acorda cedo na manhã e não consegue voltar a dormir, atípica é possível que uma animação temporária quando algo bom acontece, como uma visita de seus filhos. Ela tem aumento do apetite, que resulta em ganho de peso. É possível que ela durma por longos períodos. Ela é excessivamente sensível à crítica ou rejeição percebida. Ela pode se sentir oprimida, como se mal conseguisse mover as pernas, psicótica acredita-se em crenças falsas (delírios), geralmente de ter cometido pecados ou crimes imperdoáveis, de sofrer de doenças incuráveis ou constrangedoras ou de ser observada ou perseguida. É possível que a pessoa tenha alucinações, geralmente vozes acusando-a de vários delitos ou condenando-a à morte, catatônica é caracterizada pelo isolamento profundo. 
A realização de ações comuns, como pensare falar, pode se tornar mais lenta, ao ponto de todas as ações voluntárias serem reprimidas. Algumas pessoas imitam a fala (ecolalia) ou os movimentos (ecopraxia) de outras, sazonal são considerados episódios de depressão ocorrem todos os anos em um período particular do ano, normalmente com início no outono ou inverno e término na primavera. Esses episódios são mais comuns nas latitudes extremas do norte e do sul, onde o inverno é, em geral, mais longo e rigoroso. A pessoa fica letárgica. Ela perde o interesse nas atividades cotidianas e desiste delas. Ela também pode dormir e a comer em excesso.
1.3 CID 10
	LISTA CID-10 - A Classificação Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde (também conhecida como Classificação Internacional de Doenças – CID 10) é publicada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e visa padronizar a codificação de doenças e outros problemas relacionados à saúde. O CID 10 fornece códigos relativos à classificação de doenças e de uma grande variedade de sinais, sintomas, aspectos anormais, queixas, circunstâncias sociais e causas externas para ferimentos ou doenças. A cada estado de saúde é atribuída uma categoria única à qual corresponde um código CID 10. Os episódios depressivos são classificados da seguinte forma: CID 10 - F32 Episódios depressivos, CID 10 - F32.0 Episódio depressivo leve, CID 10 - F32.1 Episódio depressivo moderado, CID 10 - F32.2  Episódio depressivo grave sem sintomas psicóticos, CID 10 - F32.3   Episódio depressivo grave com sintomas psicóticos, CID 10 - F32.8  Outros episódios depressivos, CID 10 - F32.9  Episódio depressivo não especificado. 
3 O QUE É DEPRESSÃO INFANTIL ? 
A ansiedade, a angústia e o medo deve ser algo a ser considerado e compreendido antes de estabelecer um parâmetro sobre o que é a depressão infantil, portanto dispomos de alguns autores para fundamentar e consolidar a função educadora em perceber uma possível alteração de comportamento que leve a um quadro depressivo. Portanto segundo Dumas (2011), a ansiedade é uma reação natural e universal frente a objetos ou situações que representam uma ameaça ou um perigo real ou imaginário. Ela pode ser compreendida como a expressão dos sentimentos intensos de medo e angústia. O termo ansiedade, em geral, aparece na literatura associado ou discriminado de outros dois: angústia e medo. O medo é relativo a um objeto ou a uma situação específica; já a angústia é difusa e anterior a circunstâncias prejudiciais. 
Conforme Marcelli e Cohen (2010), a ansiedade é um afeto penoso associado a uma atitude de expectativa de um acontecimento imprevisto e sentido como desagradável. A angústia traduz-se como uma sensação de extremo mal-estar acompanhada de manifestações somáticas. O medo está ligado a um objeto, situação específica, seja em razão da experiência, seja em razão da educação. 
Segundo Cordioli e Manfro (2004), a ansiedade é um estado emocional vivenciado com a qualidade subjetiva do medo. É uma resposta a situações de perigo ou ameaças reais, como aos estresses e desafios do cotidiano. Caracteriza-se por apresentar sintomas somáticos (taquicardia, palpitação, dificuldade respiratória, tremor, calorões, calafrios, tensão muscular, náusea, dor de cabeça, sudorese, etc.), sintomas cognitivos (dificuldade de concentração, pensamento catastrófico, hipervigilância, medo de perder o controle), sintomas comportamentais (inquietude, isolamento, esquiva), sintomas emocionais (medo, apreensão, irritabilidade, impaciência) e sintomas perceptivos (despersonalização, desrealização e hiper-reatividade aos estímulos). 
De acordo com Cruvinel e Boruchovitch (2003) os primeiros estudos da Depressão Infantil (DI) surgiram no início do século XIX. No entanto, as primeiras tendências de conceituação da Depressão em crianças foram realizadas segundo um enfoque psicanalítico, visando à compreensão da psicodinâmica de pessoas deprimidas. No campo da psiquiatria, a Depressão Infantil despertou interesse somente a partir da década de 60. Antes disso, acreditava-se que a Depressão na criança não existia ou então, que seria muito rara. Hoje, dados epidemiológicos mostram que não há mais dúvida quanto à sua ocorrência (CRUVINEL; BORUCHOVITCH, 2003). Um estudo realizado no Brasil mostrou que a ocorrência da Depressão na infância é variável, porém fica claro que há incidência desta patologia em crianças (CRUVINEL; BORUCHOVITCH, 2003).
A Depressão na infância caracteriza-se pela associação de vários sintomas e sinais, dentre eles os mais presentes são a tristeza e a irritabilidade. Dependendo da intensidade, a DI pode gerar desinteresse pelas atividades rotineiras, queda no rendimento escolar, diminuição da atenção e hipersensibilidade emocional. Surgem ainda preocupações atípicas da infância, tais como a respeito da saúde e estabilidade dos pais, medo de separação e da morte, além de grande ansiedade. (BAHLS I; BAHLS I, 2003).
 	Assim como a Depressão, a DI é um Transtorno de Humor e o fato da criança ter pouca habilidade na verbalização de seus sentimentos deixa o diagnóstico mais difícil. É fundamental que haja um diagnóstico correto e preciso, por essa razão, é importante que se reconheçam bem seus sinais (CRUVINEL; BORUCHOVITCH, 2003).
A literatura traz muitos trabalhos sobre DI, mas em sua maioria são sobre a Depressão na adolescência. O presente trabalho foca a Depressão na infância e como ela se manifesta nas diversas fases do desenvolvimento infantil. O estudo da DI ainda é uma área nova, mas vem crescendo, na medida em que se faz necessário entender como esse transtorno se manifesta na infância para que se intervenha de uma forma coerente. Sendo assim, é fundamental conhecer a etiologia da Depressão visando à identificação já nos seus primeiros sintomas, pois a Depressão em geral é uma doença grave que pode acarretar inúmeras sequelas tanto no desenvolvimento da criança, quanto em sua fase adulta. (VIEIRA, 2018)
No decorrer da história da Depressão e de seus quadros clínicos, ela tem sido classificada e conceitualizada de diversas maneiras, gerando controvérsias em relação a este tema. A Depressão pode surgir como um sintoma de determinada doença ou aparecer em meio a outras patologias como comorbidade. Segundo Cruvinel e Boruchovitch (2003), a Depressão seria um transtorno de humor, que engloba vários fatores cognitivos, comportamentais, fisiológicos, sociais, econômicos e religiosos, estando ela presente em diversos outros distúrbios emocionais.
	É importante que fique claro que a depressão não deve ser resumida apenas a essa disfunção neural, mesmo porque isso não seria sua causa, mas apenas, uma característica do cérebro do paciente deprimido. A Depressão pode ser desencadeada a partir do estresse ou perdas, esses fatores podem ser chamados de efeito gatilhos. (VIEIRA, 2018)
O Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM IV TR, 2002) expõe que, para o sujeito ser diagnosticado com o Episódio Depressivo Maior, ele deve apresentar no mínimo cinco dos sintomas descritos abaixo, durante o mesmo período de duas semanas, e esses sintomas devem representar alteração a partir do funcionamento anterior, sendo que, ao menos um dos sintomas, é humor deprimido (1) ou (2) perda de interesse ou prazer. (1) humor deprimido na maior parte do dia, quase todos os dias, indicado por relato subjetivo (p. ex., sente-se triste ou vazio) ou observação feita por terceiros (p. ex., chora muito). Em crianças e adolescentes, pode ser humor irritável. (2) acentuada diminuição do interesse ou prazer em todas ou quase todas as atividades na maior parte do dia, quase todos os dias (indicado por relato subjetivo ou observação feita por terceiros). (3) perda ou ganho significativo de peso sem estar em dieta (p. ex., mais de 5% do peso corporal em 1 mês), ou diminuição ou aumento do apetite quase todos os dias. Em crianças, considerar incapacidade de apresentar os ganhos de peso esperado. (4) insônia ou hipersonia quase todos os dias. (5) agitação ou retardo psicomotor quase todos os dias (observáveis poroutros, não meramente sensações subjetivas de inquietação ou de estar mais lento). (6) fadiga ou perda de energia quase todos os dias. (7) sentimento de inutilidade ou culpa excessiva ou inadequada (que pode ser delirante), quase todos os dias (não meramente autorrecriminação ou culpa por estar doente). (8) capacidade diminuída de pensar ou concentrar-se, ou indecisão, quase todos os dias (por relato subjetivo ou observação feita por outros). (9) pensamentos de morte recorrentes (não apenas medo de morrer), ideação suicida recorrente sem um plano específico, tentativa de suicídio ou plano específico para cometer.
Cruvinel e Boruchovitch (2011) ressaltam que os sintomas básicos de um episódio Depressivo Maior no adulto são os mesmos para crianças e adolescentes; dessa maneira, a população infanto-juvenil pode ser diagnosticada pelos mesmos sintomas no adulto. Entretanto, como exposto acima, o DSM IV TR salienta algumas diferenciações, como a alteração do humor, do apetite e dificuldade de concentração. Sendo assim, a criança pode apresentar irritabilidade ao invés de tristeza, pode ter dificuldades em ter e manter o peso esperado para a sua idade e, por fim, apresentar baixa no rendimento escolar devido à dificuldade de concentração e atenção. Aconselha-se prestar atenção nos sintomas que se apresentam como formas de comunicação pré-verbal, tais como expressão facial, produções gráficas, súbitas mudanças de comportamento e postura.
A identificação empática por parte do educando sobre a depressão infantil, segue alguns sintomas que podem ser observados através de um contexto, que envolve a diminuição do rendimento acadêmico e problemas relacionados com a socialização (CRUNIVEL; BORUCHOVITCH, 2003). Além de ser um ambiente em que a criança pode apresentar sintomas, a escola pode desencadear alterações psicopatológicas tendo em vista que é um local onde a criança passar a ser mais exigida e também onde ocorrem situações competitivas. Enfatizadas pelo fracasso no âmbito escolar podendo sentir-se responsável por problemas familiares, construindo uma autoimagem negativa que afeta sua autoestima.
O diagnóstico da Depressão é baseado na sintomatologia do transtorno. Existem dois manuais que orientam esse diagnóstico: o CID 10 (Classificação Internacional de Doenças) e o DSM IV (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais). Para o diagnóstico da DI é utilizado o mesmo critério da Depressão em adultos, apesar do quadro ser apresentado de forma diferenciada na criança. Quanto menor a criança mais difícil o diagnóstico. Porém, o DSM IV tem pequenas ressalvas em torno da DI a fim de facilitar o diagnóstico de Depressão em crianças. Dentre estas ressalvas estão: queda abrupta no rendimento escolar, pouca concentração e queixas somáticas, retraimento social e retardo psicomotor. Já em crianças um pouco maiores, episódios depressivos ocorrem mais frequentemente em conjunto com outros transtornos mentais, especialmente Transtornos de Déficit de Atenção, Comportamento Destrutivo e Transtornos de Ansiedade (CRUVINEL; BORUCHOVITCH, 2003).
De acordo com DSM IV, os sintomas da Depressão são: humor deprimido na maior parte do dia, nenhum interesse nas atividades diárias, instabilidade no sono e apetite, baixo nível de energia, alteração na atividade motora, sentimento de inutilidade, baixo poder de concentração e ideias ou tentativas de suicídio. Porém, o quadro clínico da Depressão pode variar de pessoa para pessoa e, portanto, para se ter um diagnóstico de um Episódio Depressivo Maior, o indivíduo deve apresentar pelo menos cinco dos sintomas apresentados acima. Contudo, a presença do humor deprimido ou baixo interesse pelas atividades são indispensáveis para o diagnóstico. Além disso, tais sintomas devem persistir por, pelo menos, duas semanas. (BAHLS I; BAHLS I, 2003). 
	No estudo sobre Depressão Infantil (DI), muitas contradições marcam a tentativa de consolidação da patologia como própria da infância. Teorias associavam a baixa maturidade ao não desenvolvimento da DI ou a diagnosticavam com os mesmos métodos e técnicas utilizados com adultos (CRUVINEL; BORUCHOVITCH, 2003).
A Depressão na primeira infância está diretamente ligada às frustrações precoces e graves vivenciadas pelo infante no ambiente familiar desde sua geração até após seu nascimento. A falta de investimento maternal, lutos, atuações depressivas das mães e até mesmo falta de continuidade dos cuidados ou separações podem desencadear uma DI (SIGOLO,2008)
De acordo com Bahls I e Bahls II, a Depressão em um dos pais potencializa em até três vezes o risco de surgimento da patologia na infância da criança. Ele destaca como fatores de relevância no desencadeamento da DI, o abuso físico, sexual, perda de um dos pais, irmão ou amigo mais próximo. Cruvinel e Boruchovitch (2008) destacam ainda que um ambiente familiar caracterizado por condutas parentais impróprias, ou patologias de ordem psíquicas em um dos pais, pode contribuir no aparecimento da DI. Nesse sentido, uma dinâmica familiar inadequada seria um fator de risco para a Depressão e, portanto, poderia contribuir para o desenvolvimento da Depressão na criança.
 Desta forma, acredita-se que o contexto familiar influencia no surgimento de patologias. Sendo assim, a criança seria um objeto do meio com o qual convive e reflexo de onde está inserida (COSTA, 2012). Destacam como sintomas físicos característicos da DI, as dores de cabeça, dores abdominais, fadiga e tontura. A criança pode apresentar também ansiedade, fobias, agitação psicomotora ou hiperatividade, irritabilidade, diminuição do apetite, alteração do peso e, com menor frequência, a incontinência fecal. Há, ainda, os sintomas aparentes como a fisionomia triste, a comunicação deficiente, o choro frequente, movimentos repetitivos e comportamento agressivo, destrutivo e de autodepreciação, distúrbio do sono, diminuição da socialização, modificação de atitudes em relação à escola, perda de energia habitual, humor disfórico, retardo psicomotor, pesadelos, terror noturno, ansiedade de separação, diminuição da capacidade cognitiva e perda de interesse pelas atividades prazerosas dessa etapa da vida. As crianças deprimidas não conseguem rir, brincar ou brigar, por isso são consideradas enfermas, além disso, são tímidas e evitam estar com outras pessoas (BAHLS I; BAHLS I, 2003). 
	Conforme a criança vai crescendo, os sintomas podem ir se modificando. É preciso ficar atento, pois a Depressão pode surgir de forma mascarada. A Depressão em crianças com idade escolar é frequente, e um de seus principais problemas é o declínio no desempenho escolar, pois o infante passa a ter dificuldade de concentração ou falta de interesse. As fobias, ansiedade de separação e dores somáticas podem levar a recusa a ir à escola, bem como o isolamento e dificuldade em fazer amigos (CARMO; SILVA, 2009). A Depressão na infância pode ser classificada como Depressão Situacional, Síndrome Orgânica Depressiva, Primária ou Maior, Transtorno Dístico e, por fim, a Depressão Mascarada (FICHTNER, 1997).
	De acordo com Fichiner (1997) na Depressão Situacional, a DI se dá a partir do desenvolvimento normal da criança, inerente da ocorrência de fatos inesperados, que podem surgir como uma perda inesperada, traumas, entre outros. Porém, estes sintomas podem acarretar diversas mudanças no infante, principalmente de socialização, sendo esta mais explícita no ambiente escolar.
Na Síndrome Orgânica Depressiva, a Depressão Infantil é decorrente de doenças pré-existentes na criança. Doenças Endócrinas, neurológicas de ordem infecciosas, e os Transtornos de Déficits de Atenção e Hiperatividade potencializam o surgimento da DI.
Na Primária ou Maior, a DI está, na sua maioria, associada a um histórico de inadequação social pré-doentio da criança, assim como histórico de Depressão de forma contínua no âmbito familiar. O Transtorno Dístico se dá a partir do humor deprimido ou irritável, e tem a durabilidade de, no mínimo, um ano para assim ser diagnosticado. Ele apresenta ao mesmo tempo, doisou mais sintomas como: pouco apetite ou aumento exagerado do apetite, insônia ou hipersonia, cansaço ou pouca energia, baixa autoestima, pouca concentração, baixa capacidade em tomadas de decisões e constante sentimento de desamparo (FICHTNER, 1997).
Por último, está a Depressão Mascarada, que é visivelmente notada por suas características corporais, comportamentos inadequados ou persistentes. Este tipo é exclusivo de crianças (FICHTNER, 1997).
Costa (2012) acrescenta que a Depressão em crianças pode ter vários níveis: Rápida, Moderada e Grave. A Depressão Rápida é considerada bastante comum e se dá quando a criança passa por um momento de profunda tristeza, mas consegue ultrapassá-lo sozinha, sem que os pais tenham percepção do ocorrido. A Depressão Moderada ocorre quando a criança não consegue superar sozinho o momento de tristeza. Tais períodos de tristeza são mais longos e visivelmente percebidos pelos pais/cuidadores ou educadores, que poderão assim intervir e ajudá-la. Já a Depressão Grave é caracterizada por um longo período ininterrupto de intensa melancolia e pode levar a criança a pensamentos suicidas.
Para acrescentar, Sigolo (2008) descreve que a Depressão Infantil é um transtorno heterogêneo que se manifesta de forma distinta nas diferentes fases da infância. Ou seja, de acordo com a faixa etária da criança, a DI pode se manifestar de diversas formas.
De acordo com a DSM IV (1995) a Depressão Infantil em bebês é apresentada através dos seguintes sintomas: expressão facial triste, apatia, perda de peso ou dificuldade de ganhar o peso esperado para esta fase do desenvolvimento, choro frequente sem causa aparente, insônia, irritabilidade, atraso da linguagem ou no desenvolvimento motor.
	Na fase pré-escolar, a criança poderá apresentar inquietação motora, retraimento, choro frequente, recusa em se alimentar, perturbação do sono e apatia. É comum ela não responder a estímulos visuais e verbais, terem mudanças súbitas ou inesperadas de comportamento, dores de cabeças ou de estômago, dificuldade de separação ou separação sem reação, isolamento social, linguagem e movimentos ou reações lentas.
Em crianças de 7 a 12 anos, percebe-se sintomas somáticos como dores de cabeça, abdominais, déficit na aquisição de peso esperado para a idade, fisionomia triste ou de lamentação, irritação constante, diminuição de apetite, agitação psicomotora ou hiperatividade, retardo psicomotor, distúrbio do sono, balanceio ou movimentos estereotipados entre outros movimentos repetitivos. A criança pode apresentar ainda auto e heteroagressão, podendo colocar-se em situação de perigo. Pode apresentar também regressão na linguagem, ecolalia, enurese, dependência excessiva, controle precário em torno dos impulsos, sensação subjetiva de Depressão, queixas com relatos de estarem tristes acompanhadas pelos sentimentos de infelicidade, culpa, ou pesar, raiva, mau humor, aborrecimento, reações desproporcionais às situações, anedonia, falta de desejo de frequentar a escola, dificuldade de concentração, pensamento lento, queda de rendimento escolar, cansaço e falta de energia, pensamentos de morte ou suicídio, baixo poder de criação, iniciativa e compreensão, choro constante e sem motivo aparente e problemas de conduta.
A Depressão em adolescentes é bem semelhante a do adulto. Este apresentará sentimento de desesperança, dificuldade de concentração, ideias e tentativas suicidas, distúrbios do sono, perda de apetite, perda de energia e desinteresse pelas atividades diárias, anedonia, humor irritável, angústia, ansiedade, inquietação e agressividade, dificuldade de lidar com os sentimentos de baixa autoestima, desamparo e desapontamento consigo, desesperança, sensação que as coisas não irão mudar; abuso de álcool e drogas em 25% dos casos, pensamento depressivo e sentimento de inferioridade. O adolescente frequentemente se descreve como bobo ruim ou rejeitado. Pode ainda apresentar hipocondria e baixo rendimento escolar (SIGOLO, 2008).
Embora tenhamos descrito os sintomas da DI de forma detalhada e organizada, é importante ressaltar que a Depressão é uma doença que pode se manifestar de formas variadas. Estas manifestações vão depender de como a criança vai lidar com suas emoções.
Faz-se necessário uma reflexão sobre os sintomas que uma criança pode apresentar, analisando os padrões de comportamento atípicos, pois quanto mais tempo esse comportamento se reproduzir, mais a criança acomoda-se e resiste às mudanças propostas para um ideal tratamento.
	Para um tratamento adequado, o primeiro passo é fazer uma avaliação criteriosa em torno das condições físicas, psíquicas e familiares dessa criança e verificar se ela está associada a outras comorbidades. Neste sentido, é extremamente importante avaliar a sua duração e as falhas funcionais que a acompanham, pois muitas vezes encontramos sintomas associados, como perturbação do comportamento, déficits de atenção e hiperatividade ou mesmo autismo, que mascaram a Depressão na infância (COSTA, 2012).
Alguns autores consideram a avaliação dos processos cognitivos, também denominada avaliação neuropsicológica uma grande facilitadora no processo de investigação de transtornos neuropsiquiátricos, visto que ela pode fornecer subsídios aos profissionais envolvidos no tratamento, quanto ao diagnóstico. Dessa forma, o profissional da saúde poderá orientar-se para a melhor forma de tratamento a ser adotada, pois é possível controlar alguns casos leves apenas com a psicoterapia e orientação dos pais. Entretanto, em casos mais graves, faz-se necessária uma intervenção farmacológica (FERREIRA, FONSECA, 2011).
É importante salientar o fato de o desenvolvimento cerebral ter características próprias de cada faixa etária. Portanto, é necessário estabelecer atividades avaliativas de acordo com o processo maturacional do cérebro da criança (COSTA, 2012).
Uma intervenção psicológica geralmente começa quando o problema já se cristalizou e se repercutiu em diversas esferas da vida do indivíduo. Dessa forma, a terapia deve focar as relações da criança com os pais, a escola, a comunidade, enfim, com todos que estão diretamente envolvidos na dinâmica da criança, pois todos é parte do problema e parte da solução (GUILHARDI, 2006).
 Segundo Vieira (2018) a infância é considerada um período onde não há problemas, preocupações ou responsabilidades, porém, a Depressão nessa faixa etária traz comprometimentos importantes, com prejuízo nas esferas emocional e cognitiva, influenciando no desenvolvimento infantil, afetando não só a criança, mas também, sua família e o grupo ao qual se relaciona. É importante que seja realizado um diagnóstico precoce para subsidiar uma intervenção adequada.
De acordo com Costa (2012) a psicoterapia como uma forma de tratamento bastante eficaz, mais especificamente, a Psicoterapia Cognitivo-Comportamental, onde pensamentos, emoções, crenças e atitudes do paciente são revistos e reeducados, para que os chamados comportamentos disfuncionais sejam modificados e novos comportamentos sejam aprendidos. Além desta intervenção, é necessário que seja feito também um acompanhamento junto aos pais e a todos que estejam diretamente relacionados à criança, pois esta necessita de toda ajuda possível para quebrar seus obstáculos particulares e se preparar para a vida.
Cabe aos pais, professores e psicopedagogos observarem o comportamento das crianças e perceberem sua emoção através de alguns sinais que a própria criança apresenta, como a perda de peso, o isolamento, a irritação, entre outros.
Disponibilizar um maior conhecimento acerca de Depressão Infantil para pais e professores pode propiciar um olhar mais atento às crianças que apresentam possíveis sintomas, permitindo um encaminhamento oportuno e um diagnóstico mais rápido, o que conduzirá à intervenção adequada, em tempo hábil (CRUVINEL; BORUCHOVITCH, 2003).
É importante a interação do terapeuta com a criança, ouvindo-a e informando-a, quando possível, sobre o processo de tratamento, permitindo que esta criança sinta-se parte importante e necessária,como realmente é, contribuindo, assim, para um resultado mais eficiente e promissor.
	Há ainda outro fator importante no contexto da Depressão Infantil, que é a relação de afetividade entre a criança e os adultos, pois a forma como a criança é tratada fornece a ela informações sobre quem ela é e como ela é, pois, os adultos funcionam como espelhos para a criança, na formação de sua identidade (FERREIRA, FONSECA, 2011)
	Segundo Ferreira (2011) a imagem do/a professor/a da escola tradicional parece que desencadeava nos alunos afetos mais negativos do que positivos, por exemplo, a sensação de submissão, de ter que reprimir seus desejos e afetos, de esconder suas tendências, incluindo seus temores. Quando a escola obriga a criança a deixar do lado de fora do portão seus afetos e interesses através de um ensino que é somente voltado para o ambiente interno considerando apenas os resultados proporcionando uma atividade intelectual idealizada, faz da educação uma adaptação e a criança ao educar, torna-se um objeto da projeção de um ideal. No mecanismo de negação o sujeito consiste na negação de um desejo ou uma fantasia, bloqueando certas percepções do mundo externo, o indivíduo nega sua existência para se proteger de um sofrimento. Um exemplo disto é quando o aluno tem dificuldade em aprender certos conteúdos e por isso não realiza as atividades dentro de sala, ou seja, ele nega a sua própria dificuldade. 
A repressão impede que lembranças dolorosas, impulsos ameaçadores, desejos proibidos, retornem à consciência, que causariam angústia e ansiedade. Na escola esse mecanismo é acionado quando o aluno ao absorver determinado conteúdo, considerado inoportuno, fica gravado na memória, mas é bloqueado. Mesmo com a ajuda do/a professor/a o aluno não consegue ter acesso a este conteúdo. Uma criança ao ser criada num lar onde haja amor, respeito e afeto acreditará mais nela própria e lidará melhor com os percalços do caminho, preparando-se assim para a vida.
De acordo com a Classificação Internacional das Doenças CID -10 (1993) no capítulo de Transtornos Mentais e de Comportamento, a depressão está classificada entre os Transtornos de Humor, onde o indivíduo acometido de tal patologia apresenta um rebaixamento do humor; redução da energia e diminuição da atividade; alteração da capacidade de experimentar o prazer; perda de interesse; diminuição da capacidade de concentração associadas em geral à fadiga importante, mesmo após um esforço mínimo. Observam-se em geral problemas do sono e diminuição do apetite. Existe quase sempre uma diminuição da autoestima e da autoconfiança e frequentemente ideias de culpabilidade e ou de indignidade, mesmo nas formas leves. O humor depressivo varia pouco de dia para dia ou segundo as circunstâncias e pode se acompanhar de sintomas ditos "somáticos", por exemplo, perda de interesse ou prazer; despertar matinal precoce, várias horas antes da hora habitual de despertar; agravamento matinal da depressão; lentidão psicomotora importante; agitação; perda de apetite; perda de peso e perda da libido. 
Transtornos Mentais DSM IV (1995) caracteriza a depressão como: A característica essencial de um Episódio Depressivo Maior é um período mínimo de 2 semanas, durante as quais há um humor deprimido ou perda de interesse ou prazer por quase todas as atividades. Em crianças e adolescentes, o humor pode ser irritável ao invés de triste. O indivíduo também deve experimentar pelo menos quatro sintomas adicionais, extraídos de uma lista que inclui: alterações no apetite ou peso, sono e atividade psicomotora; diminuição da energia; sentimentos de desvalia ou culpa; dificuldades para pensar, concentrar-se ou tomar decisões, ou pensamentos recorrentes sobre morte ou ideação suicida, planos ou tentativas de suicídio. 
No DSM IV (1995), conforme descrito acima, existem algumas ressalvas no que se refere às crianças e adolescentes indicando que pessoas nesta faixa etária, acometidas pela depressão, podem desenvolver um humor irritável ou rabugento, ao invés de um humor triste ou abatido. Esta apresentação deve ser diferenciada de um padrão de "criança mimada", que se irrita quando é frustrada. (DSM IV, 1995). Dados epidemiológicos atuais evidenciam que apesar da depressão infantil ser um quadro com difícil diagnóstico, pelo fato dos sintomas diferirem dos apresentados pelos adultos, é uma patologia que ocorre em grande escala. 
De acordo com a DSM IV (1995) as diversas possibilidades de manifestação do transtorno depressivo abrangem aspectos emocionais e intelectuais do indivíduo. Tratando-se de aspectos importantes para a aquisição do conhecimento como atenção, criatividade, interesse, dentre outros é praticamente inevitável que a criança ou o adolescente não apresente reflexos em seu rendimento escolar. 
Cruvinel e Boruchovitch (2003) afirmam que crianças com história de depressão apresentam um desempenho acadêmico abaixo do esperado. Sommerhalder e Stela (2001) descrevem que na criança deprimida, as funções cognitivas como atenção, concentração, memória e raciocínio encontram-se alteradas, o que interfere no desempenho escolar, uma vez que na sala de aula a criança com sintomas de depressão normalmente mostra-se desinteressada pelas atividades, apresenta dificuldade em permanecer atenta nas tarefas e esse comportamento interfere de forma negativa na aprendizagem dessas crianças. 
Segundo Vieira (2018) tanto as crianças como mesmo os adultos que a rodeiam, muitas vezes julgam essas manifestações comportamentais como preguiça, má vontade ou birra. Ou então, estas crianças são indicadas como portadoras de problemas de aprendizagem e, o que se deve perceber é que o problema deles não está tão somente na aprendizagem, pois o reflexo no rendimento escolar é somente um sintoma que vem avisar que sua vida psíquica não vai nada bem. Para as crianças que apresentam sintomas de depressão chama a atenção sobre a importância de um diagnóstico diferencial desta patologia afirmando que: Antes que o diagnóstico psiquiátrico seja feito em uma criança ou adolescente, condições orgânicas que imitam ou causam sintomas psiquiátricos devem ser excluídas. A incidência de tais condições pode variar de acordo com a idade. Portanto, de acordo com Sigolo (2008 o conhecimento do desenvolvimento normal é fundamental para fazer um diagnóstico preciso). Por exemplo, pré-escolares apresentando síndromes depressivas deveriam também ser avaliados para malignidades, negligências/ abuso, transtorno de ansiedade de separação, transtorno de ajustamento com humor deprimido. 
Em crianças pré-puberais, o diagnóstico diferencial para depressão inclui transtorno de ansiedade de separação e transtorno de conduta. Atualmente buscando-se aperfeiçoar o diagnóstico da depressão em crianças foram desenvolvidos questionários direcionados às crianças, à família e à escola, da mesma forma que se busca aperfeiçoar os critérios diagnósticos (VIEIRA, 2018). A depressão, integra fatores sócio-familiares, psicológicos e biológicos, onde as diferentes teorias não se excluem, mas se completam, contribuindo não somente para uma maior compreensão da natureza multicausal deste transtorno, mas também para a concepção do sujeito em sua totalidade bio-psico-social. Há uma necessidade extrema, portanto, de que sejam realizadas avaliações adequadas com testes e exames eficazes que apontem o problema real evitando um prejuízo ainda maior tanto na produção escolar como no desenvolvimento do indivíduo como um todo. 
Segundo Costa (2012) durante o período em que a criança está na escola ela poderá viver situações que a levem a estados depressivos podendo inclusive agravar seu quadro, caso já o apresente. O contexto escolar torna-se, portanto, de suma importância tanto para identificação de comportamentos alterados como para a própria manutenção dos mesmos. Ocasiões em que a criança sinta-se impedida de brincar sem que entenda que no momento não é possível; ou sinta-se angustiada por reconhecer-se incapaz de realizar atividades em que não tenha compreensão e motivaçãonecessária para persistir ou enfrentar as dificuldades; ou mesmo as constantes perdas em atividades que envolvam competições, são experiências que agem de forma negativa sobre a auto valorização da criança, tornando-a triste e podendo ter consequências depressivas. 
Tanto os professores que estão ao lado destas crianças como os demais adultos responsáveis direta ou indiretamente por elas necessitam manterem-se informados a respeito de transtornos mentais e dos principais problemas e conflitos vividos pelas crianças com quem trabalham e convivem, permanecendo atentos às mudanças comportamentais das mesmas. Dentro da escola é o professor, que pelo contato direto com os alunos, tem grandes oportunidades para observar as condições dos mesmos e, se necessário, tomar providências junto aos pais e/ou órgãos de atendimentos para solução de problemas. Da mesma forma, na vida fora da escola os pais, familiares ou responsáveis precisam também se mostrar atentos frente a tais situações. 
Em ambiente familiar, comportamentos de irritabilidade, agressividade ou tristeza também são possíveis de serem observados, uma vez que para a pessoa deprimida os sentimentos que fazem sofrer podem ser persistentes, incapacitantes e desproporcionais em relação a qualquer causa externa (BAHLS I; BAHLS I, 2003). 
Como já foi dito no início, a depressão é uma doença como qualquer outra, e pode acometer qualquer pessoa independente de gênero, idade, ou nível social. Portanto, ao identificar tais alterações de comportamentos os professores, ou demais responsáveis devem buscar um especialista sobre o assunto, podendo ser um psicólogo, psiquiatra ou neurologista. E a partir do momento que for identificado algum problema pelo especialista é importante que as pessoas envolvidas com a criança trabalhem juntas: psicólogos, neurologistas, pais, professores, escola, dentre outros. 
	De acordo com Cruvinel e Boruchovitch (2003) os problemas psicológicos infantis não devem ser considerados como um fenômeno transitório e sem gravidade, já que dados sugerem que essas dificuldades podem apresentar uma grande estabilidade temporal e ainda contribuem para afetar negativamente o processo de desenvolvimento da criança como um todo. A depressão infantil, embora passe por um processo de expansão, já dispõe de tratamentos eficazes. Para as crianças, dificilmente é indicado medicação, a não ser em casos bastante severos o qual chegue a atrapalhar todo andamento de sua vida. 
Normalmente a psicoterapia que envolva trabalhos com família e escola mostra-se eficiente. Portanto, um correto diagnóstico mostra-se de grande importância para um tratamento adequado e que de fato venha a proporcionar um bom prognóstico, incluindo prevenção a outras patologias e, sobretudo, para que gere tranquilidade e sabedoria à família no trato da criança. (VIEIRA, 2018) Um contexto familiar que se caracterize por trocas afetivas, intimidade e comunicação apropriada, tem sido identificado como um importante fator de proteção, ajudando as crianças a manterem um senso de estabilidade e rotina frente a mudanças. As condições físicas e mentais das crianças influenciam no seu desenvolvimento, no ajustamento e, por fim, no rendimento escolar.
 Segundo Sommerhalder e Stela (2001) os transtornos depressivos geram sintomas que comprometem os indivíduos, independente da faixa etária, em suas relações sociais e familiares, bem como no desenvolvimento cognitivo, escolar e emocional, havendo alterações na forma de pensar, mudanças de humor e de comportamento. Tendo em vista a complexidade desse fenômeno, sabe-se que reconhecer os sintomas depressivos nas crianças pode ser uma tarefa difícil tanto para os pais, quanto para os professores, considerando a sua similaridade com outras dificuldades como hiperatividade, distúrbio de conduta, agressividade, entre outros. Nesta estreita relação, confunde-se qual destes problemas aparece como sendo primário: os sintomas da depressão contribuem para prejudicar a aprendizagem, ou as dificuldades de aprendizagem levam a em estado depressivo. 	Por isso, vê-se a necessidade de informar, esclarecer e levar ao conhecimento das pessoas quais são os sintomas desta desordem afetiva objetivando conduzir os professores e/ou familiares a um cauteloso olhar às crianças, para que manifestações comportamentais modificadas, ou mesmo o baixo rendimento escolar recebam atenção adequada. A criança é o ponto chave no tratamento, ou seja, um sinal de alerta do funcionamento familiar e que cada elemento possui uma ordem a ser investigada com cuidado. Levando em consideração as tensões familiares que recaem sobre a criança tida como “problemática”, considerando que há muitas famílias que têm dificuldades, depositando suas frustrações nos próprios filhos.
Essas situações analisadas por Cruvinel e Boruchovitch (2009), fica evidente que a família é de suma importância no tratamento e pode criar um ambiente favorável para que o processo seja bem-sucedido, mas, para isso, em muitos casos, ela necessita de profundas mudanças em seu funcionamento e, não raramente, também necessita de tratamento. Conscientizar os responsáveis é de extrema importância para a qualidade de vida das crianças com depressão, pois o tratamento pode evitar graves consequências não só para a infância, mas para todo o ciclo vital deste sujeito.
A respeito da prática medicamentosa, fica claro que para os participantes ela é necessária, principalmente no início do tratamento. É notório que os psicólogos são fundamentais para essa prática, pois eles acompanham mais de perto as crianças, podendo manter o psiquiatra informado sobre os efeitos que os medicamentos estão causando, visto que podem ocorrer sérias complicações. Quanto à utilização de medicamentos para essa população, torna-se necessária a realização de mais pesquisas voltadas para a efetividade e para as consequências da sua utilização.
Diante da depressão infantil é de suma importância o trabalho em caráter multidisciplinar. Essa característica é citada na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, que propõe que os cursos de Pedagogia desenvolvam certas competências nos graduandos, utilizado como forma de garantir melhor qualidade dos serviços, pois o conhecimento de um pode complementar o do outro. Valorizar a horizontalidade e flexibilidade dos diversos poderes instalados nas instituições de saúde, possibilitando uma maior autonomia e criatividade dos profissionais envolvidos neste fazer, faz parte dos resultados esperados de um trabalho multiprofissional. 
3 A DEPRESSÃO INFANTIL E OS PROCESSOS DE ENSINO E APRENDIZAGEM
	Para Cruvinel e Boruchovitch (2003) a depressão em qualquer momento da vida é um transtorno que se evidencia fundamentalmente através de uma angústia profunda, relacionados a perturbações, prostração, falta de apetite associados a dores de cabeça, tontura, palpitação e transpiração Na criança, mais constante que a infelicidade é a irritabilidade é o mau temperamento e a ausência de entusiasmo com as práticas regulares como divertir-se sair com os amigos, brincar ver televisão e estudar.
	Uma criança pode demonstrar depressão como resultado de uma aflição psicológica, incluindo a incapacidade de prever e lidar com as casualidades que o mundo real oferece e que as pessoas têm a tendência de fazer coisas que provocam sensações boas e evitar o que causa dor. As pessoas, inclusive as crianças, assumem a tarefa de explorar o mundo. Por outro lado, quando se deparam com situações que causam dor, costumam evitá-las no futuro. O comportamento, durante uma depressão, pode ser compreendido ao observarem-se as interações entre as pessoas e o ambiente, ou pode ser o resultado da observação de formas ineficientes de se comportar utilizadas por outros, inclusive pais e amigos, para lidar com as dificuldades da vida. A depressão infantil pode ser o resultado da sensação da criança de que ela não tem controle sobre como obter recompensas, como boas notas, aceitação dos colegas ou aprovação dos pais. Essa sensação de desamparo resulta em desânimo,que resulta em menos tentativas e esforços para obter recompensas e uma vez que desista, a criança recebe cada vez menos recompensas. Uma forma de ajudar a criança a encontrar formas de conseguir os objetivos desejados e recuperar uma sensação de controle e competência. 
3.1 A depressão infantil e o rendimento escolar
	
	A existência de questões emocionais, mais especificamente depressão, acontece com certa frequência em crianças de séries escolares iniciais e normalmente estão relacionados a outras dificuldades de comportamento. As Crianças com histórico de depressão podem apresentar um desempenho acadêmico inferior ao desejado, a criança depressiva é resultado das suas funções cognitivas como atenção, concentração, memória e raciocínio desencadeando o baixo desempenho escolar, uma vez que na sala de aula, a criança com sintomas de depressão normalmente mostra-se desinteressada pelas atividades, apresenta dificuldade em permanecer atenta nas tarefas e esse comportamento interfere de forma negativa na aprendizagem dessas crianças.
A Depressão em crianças com idade escolar é frequente, e um de seus principais problemas é o declínio no desempenho escolar, pois o infante passa a ter dificuldade de concentração ou falta de interesse. As fobias, ansiedade de separação e dores somáticas podem levar a recusa a ir à escola, bem como o isolamento e dificuldade em fazer amigos (CARMO; SILVA, 2009,p.226).
		
	A partir do momento que os sintomas depressivos estão associados ao baixo rendimento escolar, os problemas eminentes podem apresentar-se como uma possível expressão de pressão, diretamente relacionada a falta de interesse da criança em participar das tarefas escolares e em função dos sentimentos de autodesvalorização. 	Portanto a insuficiência no desempenho escolar pode ocorrer com mais frequência na criança deprimida e que esse comportamento pode ser visto como um sinal ou um indicador de distúrbio depressivo, contudo a complexidade no diagnóstico e a carência de profissionais na identificação dos problemas, seja a depressão ou a dificuldade de aprendizagem é necessário um olhar cauteloso e crítico diante da criança, visto que o tratamento adequado depende de orientação, encaminhamento e intervenção. 
4.2 Os sintomas depressivos na criança
	De modo geral o diagnóstico da depressão na criança tem por base a princípio critérios comumente relacionados aos sintomas depressivos de um adulto, com algumas especificações podendo se apresentar de forma diferenciada e atípica, levando- se em consideração variáveis como idade e fases do desenvolvimento, os principais sintomas são comuns a todas as idades. Essas manifestações atípicas sugere que a depressão infantil pode ocorrer, porém é sinalizada através de outros problemas de comportamento como, hiperatividade, insônia, agressividade e ansiedade.
 Uma intervenção psicológica geralmente começa quando o problema já se cristalizou e se repercutiu em diversas esferas da vida do indivíduo. Dessa forma, a terapia deve focar as relações da criança com os pais, a escola, a comunidade, enfim, com todos que estão diretamente envolvidos na dinâmica da criança, pois todos é parte do problema e parte da solução. (GUILHARDI, 2006,p.96).
	Uma pessoa com sintomas depressivos pode vir a apresentar sérios comprometimentos nas suas relações sociais e familiares, bem como no desenvolvimento cognitivo. Uma criança deprimida, assim como um adulto deprimido, apresenta uma tendência para distorcer os acontecimentos de forma negativa e disfuncional, alterando sua realidade de maneira que passa a selecionar eventos traumáticos dando ênfase maior a essas situações, descartando os aspectos positivos vividos até o determinado momento. 
	As alterações de comportamento são mais comumente observadas em crianças do que em adolescentes e adultos. Entre eles estão: cansaço, fadiga, falta de energia e interesse pelas atividades diárias, dificuldade para concentrar-se e prejuízo nas relações sociais. Os problemas orgânicos ou somáticos também são mais encontrados em crianças menores. É frequente observar uma criança deprimida com diminuição ou aumento de apetite, mudanças no hábito de sono, lentidão motora ou agitação excessiva. Reconhecer os sintomas depressivos nas crianças têm sido uma tarefa difícil tanto para os pais, quanto para os professores, dado a sua semelhança com outras dificuldades como hiperatividade, distúrbio de conduta, agressividade, entre outros As crianças acabam sendo frequentemente identificadas como tendo um problema específico de aprendizagem. Esse desconhecimento dos sintomas depressivos por parte da escola, sem dúvida, acarreta em encaminhamentos, orientações e tratamentos incorretos para esses alunos.
	A falta de informações de pais e professores sobre a depressão infantil pode contribuir para aumentar as dificuldades dos alunos e inúmeras seqüelas emocionais no futuro. É evidente que família e educadores não estão preparados para fazer um diagnóstico na criança. Cabe ressaltar que nem é esse o papel dos mesmos. No entanto, disponibilizar um maior conhecimento acerca de depressão infantil para pais e professores pode propiciar um olhar mais atento à crianças que apresentam possíveis sintomas permitindo um encaminhamento oportuno e um diagnóstico mais rápido, o que conduzirá a intervenção adequada.
	Os sintomas de depressão podem se manifestar de diferentes formas no ambiente escolar. O professor deve estar alerto a alguns sinais indicativos e pensar na possibilidade de depressão diante de uma criança que revela uma expressão de tristeza, ou mudança no nível de atividade, diminuição no rendimento escolar, fracasso em terminar suas tarefas escolares, isolamento social, agressividade ou verbalizações.
3.3 Contextos escolares e a relação entre o professor e o aluno 
	Primeiramente devem-se encontrar as causas dessa patologia psíquica tanto na dimensão afetivo-emocional quanto na dimensão educacional. A partir deste ponto é possível orientar os professores para identificar os transtornos psíquicos e traçar estratégias de como ajudar a criança que esteja passando por um período depressivo; e também ajustar o posicionamento docente nesses casos bem como saber que métodos de ensino podem ser utilizados, ou seja, como conduzir a relação professor e aluno com depressão, e esclarecer sobre as possibilidades dessas crianças que estão sujeitas a mudanças contínuas no seu comportamento, inclusive em sala de aula. 
	O professor transmite o conteúdo por meio da sua didática e metodologia, esses conteúdos transmitidos devem ser recebidos pelos alunos como conhecimentos levando assim ao processo de aprendizagem do mesmo. Quando essa transmissão não ocorre da maneira correta, é explicada por diversos desajustes intelectuais e emocionais relacionados ao professor ou ao aluno. Embora o professor seja competente para ensinar os conteúdos programáticos, é preciso a conscientização para entender que a educação não é possível sem o conhecimento de parte da vida da criança como o conhecimento corporal da mesma. 
	O professor quando conhece o funcionamento psíquico do aluno é capaz de perceber quais são as necessidades de cada um e quais instrumentos didático-pedagógicos ele [professor/a] teria que se adequar à sua prática e conteúdo e cultura. 
Disponibilizar um maior conhecimento acerca de Depressão Infantil para pais e professores pode propiciar um olhar mais atento às crianças que apresentam possíveis sintomas, permitindo um encaminhamento oportuno e um diagnóstico mais rápido, o que conduzirá à intervenção adequada, em tempo hábil (CRUVINEL; BORUCHOVITCH, 2003,p.142).
Seja qual for o fator primário, precisa ser encarado com seriedade logo no início. Diante do exposto salienta-se a importância de aprofundar os estudos cada vez mais a respeito dos aspectos emocionaisdas crianças e sua interferência no rendimento escolar. A depressão infantil é um transtorno que merece olhar atento, pois se acredita que o fato de se conhecer melhor a depressão infantil e suas características, possibilita o encaminhamento precoce, bem como uma atuação preventiva por parte daqueles envolvidos com a criança.
Uma criança deprimida pode apresentar humor irritável ao invés de tristeza; ou ainda revelar uma queda no rendimento acadêmico em função do prejuízo na capacidade para pensar e concentrar. (CRUVINEL; BORUCHOVITCH, 2003) 
Desse modo, em decorrência tanto da ausência de um diagnóstico psiquiátrico como de um psicodiagnóstico equivocado, crianças em fase escolar com depressão, além de danos causados ao seu rendimento de aprendizagem deixam de receber tratamento adequado. Portanto, sem a ajuda necessária danos graves podem vir a ocorrer, comprometendo principalmente a autoestima e o desempenho escolar, pois o aluno pode ter dificuldades de leitura, escrita, memorização, desinteresse e limitações na socialização.
	É importante sempre ressaltar que o professor não pode associar qualquer momento de tristeza ou desinteresse do aluno à depressão, ou seja, fazer ele mesmo um diagnóstico da criança sem antes consultar um profissional da área. 	Sobre a função docente de operar para além de ensinar conteúdos do currículo, isto é, os professores também deveriam aprender a reconhecer os afetos, emoções, os mecanismos de defesa, e eventuais transtornos psíquicos, como é a depressão em crianças em idade escolar. Reconhecendo a dimensão afetiva e emocional da criança, fica mais fácil obter melhor resultado no processo de ensino e aprendizagem. Portanto, deveria ser função dos professores. 
	É importante ressaltar o papel do educador como mediador no processo de ensino – aprendizagem e seu posicionamento diante dos transtornos de ansiedade. No Brasil (1996), a partir da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (nº 9.394), e da construção dos Parâmetros Curriculares Nacionais, a abordagem do tema Saúde foi ganhando mais consistência nas escolas, passando a ser integrado como um tema transversal, permeando todo o currículo escolar e, assim, possibilitando uma abordagem mais ampla dos diversos aspectos vinculados ao processo de saúde individual e coletiva. Os Parâmetros Curriculares Nacionais estão em congruência com os princípios de promoção de saúde em escolas indicados pela OMS, ou seja, busca a sustentação da saúde e do aprendizado, além de integrar profissionais de saúde, educação, pais, alunos e membros da comunidade, ajudando a transformar a escola em um lugar saudável e propício ao bem-estar, ao crescimento e ao desenvolvimento (VIEIRA, 2014) 
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
	
	Como conclusão deste trabalho, reforçamos nossa compreensão sobre a importância de conhecer as teorias e se esclarecer sobre a depressão infantil e as suas consequências no desenvolvimento intelectual dos alunos dentro do contexto escolar. 
	 Com os conhecimentos adquiridos por meio das leituras e estudos, compreendemos que de fato a depressão pode estar relacionada a fatores hereditários, sociais e familiares, e a mesma pode afetar diretamente o processo de ensino aprendizagem do aluno e o seu convívio social.
	A depressão infantil precisa de uma maior conscientização por meio dos professores, pais, educadores, médicos, psicólogos, e demais profissionais relacionados e envolvidos com essas crianças que estão passando por um período depressivo. Principalmente os profissionais da educação devem estar atentos aos sintomas que a criança apresenta para que os mesmos não passem despercebidos e causem danos à própria e ao ambiente de convivência. 	
	A escola tem uma função primaria que é ensinar e/ou transmitir conhecimentos sistemáticos e não “tratar”, nem “medicar”, e nem fazer diagnósticos. Se algumas crianças têm grande dificuldade para expressar o que estão sentindo, se estão sofrendo psiquicamente, pois ainda não conseguem distinguir e nomear as suas próprias emoções cabe a escola fazer seu trabalho, sim, mas não lhe cabe proporcionar “tratamento psicológico”. Muitas crianças não compreendem que os sintomas pelos quais estão passando são resultados de histórico social e cultural determinado ao longo da sua existência. 
	Esperamos por meio deste trabalho, orientar e auxiliar de alguma maneira os familiares e educadores, para que os mesmos se esclareçam sobre o assunto bem como traçar estratégias e metodologias adequadas para que esses alunos consigam receber uma educação de qualidade; que os preparem psicologicamente e socialmente para serem capazes de enfrentar, lutar e superar os desafios que forem expostos a fim de conquistar seus sonhos e seus objetivos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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