Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.
left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

Prévia do material em texto

1 
 
 
 
Mucocele salivar com presença de sialólitos, em cadela: relato de caso 
Salivar mucocele with sialoliths in bitch: case report 
 
Cintia Kelly Lopes da Costa1 
Yurannê Raquel Moraes da Silva2 
Isabella Oliveira Barros3 
Maíra Clemente4 
Wirton Peixoto Costa5 
Jael Soares Batista6 
Eraldo Barbosa Calado7 
 
RESUMO 
A literatura aponta que as causas que predispõem cães a mucoceles salivares, apenas uma 
pequena minoria pode estar relacionada a causas pós-traumáticas e a causa da maioria das 
ocorrências ainda não foi determinada, permanecendo seus registros relacionados às 
causas indeterminadas. Entretanto, até o momento, não foi possível induzir 
experimentalmente a mucocele salivar e não encontramos registros na literatura de que 
também não foi possível a indução de formação de sialolitíase salivar associada; a 
literatura tem apontado a possibilidade de que metaplasia óssea local e a característica da 
alcalinidade salivar em cães podem ser fatores determinantes à ocorrência da enfermidade 
glândular salivar nesta espécie. Relata-se a ocorrência de mucocele mandibular cervical 
associada a sialolitíase em cadela que foi tratada cirurgicamente, tendo ocorrida 
cicatrização por primeira intenção sem intercorrências. 
 
_________________ 
1Bacharelanda em Medicina Veterinária pela UFERSA/CCA/DCA, Mossoró-RN, Brasil. 
2Médica Veterinária Autônoma, Especialista em Clínica Médica e Cirúrgica, Bicho Fashion Hospital Veterinário 24 horas, Natal-RN, 
Brasil. 
3Professora Doutora, na UFPB/CCA/DCV, Areias-PB, Brasil. 
4Médica Veterinária Radiologista Autônoma, Especialista em Diagnóstico por imagem _ Iracemápolis-SP, Brasil. 
5Professor Doutor, Diagnóstico por Imagem na UFERSA/CCA/DCA, Mossoró-RN, Brasil. 
6Professor Doutor, Patologia Veterinária na UFERSA/CCBS/DCA, Mossoró-RN, Brasil. 
7Professor Doutor, Clínica Cirúrgica de Pequenos Animais na UFERSA/CCBS/DCS, Mossoró-RN, Brasil. Autor para 
correspondência, calado@ufersa.edu.br. 
2 
 
 
 
Aventa-se a possibilidade de realizar outros questionamentos ainda não abordados na 
literatura, a exemplo da possibilidade de falha do óstio ductal salivar na cavidade oral 
predispondo a ocorrência de sialolitíase em pacientes idosos, predispondo a contaminação 
por conteúdo alimentar e secundária presença de bactérias, com sedimentação que possa 
participar na formação de concreções sialóticas, merecem ser discutidas e avaliadas em 
estudos futuros. 
Palavras-chave: metaplasia óssea, sialolitíase, concreções ósseas 
 
SUMMARY 
The literature shows that the causes that predispose dogs to salivary oral mucoceles, only 
a small minority may be related to post-traumatic and the cause of most cases has not 
been determined, and its records related to causes undetermined. However, so far, it has 
not been possible to induce experimentally the salivary mucocele and found records in 
the literature that it wasn't possible to induce formation of sialolithiasis salivate 
associated; the literature has pointed to the possibility that local bone metaplasia and the 
characteristic of salivary alkalinity in dogs can be determining factors to the occurrence 
of the disease glândular salivate on this species. It is reported the occurrence of 
mandibular cervical mucocele associated with sialolithiasis on dog that was treated 
surgically, having held healing by first intention without complications. It is suggested 
the possibility of holding other questions not yet addressed in the literature, such as the 
possibility of failure of ductal salivary ostium in the oral cavity predisposing the 
occurrence of sialolithiasis in elderly patients, predisposing the contamination by content 
secondary presence of bacteria and food, with sedimentation that may participate in the 
3 
 
 
 
formation of concretions sialóticas, deserve to be discussed and evaluated in future 
studies. 
Keywords: bone metaplasia, sialolithiasis, bone concretions 
 
INTRODUÇÃO 
As causas de mucoceles salivares raramente são identificadas Radlinsky (2015). 
Entretanto, Ritter et. al. (2006) apontaram que apenas 7% das sialoceles ocorrem após 
trauma e 88% tiveram causa desconhecida. Após traumas ocorridos, a exemplo do uso 
inadequado de coleiras enforcadoras no ato de estrangulamento, mordeduras, feridas ou 
mastigar materiais estranhos podem estar associadas à formação de mucoceles cervicais. 
Uma outra possibilidade de acometimento de mucocele é a presença de sialólitos, que 
agem traumatizando, geralmente o ducto que interliga as glândulas mandibulares às 
sublinguais. Após ocorrido o trauma no ducto salivar, à medida que a saliva extravasa da 
glândula salivar, ela tende a se acumular no tecido subcutâneo adjacente e tem início 
intensa resposta inflamatória local, com formação de tecido de granulação. 
Gradualmente, uma cápsula de tecido conjuntivo se forma em torno da saliva para evitar 
que ela migre para outras áreas adjacentes. Após obstrução traumática, inflamatória ou 
ruptura no ducto que interliga tais glândulas salivares, a saliva mucóide produzida 
acumula-se no tecido subcutâneo, formando a mucocele salivar. Inicialmente, em fase 
aguda, a presença de sialólitos na glândula ou no sistema ductal da glândula salivar pode 
causar dor, presença de massa flutuante, hiperemia, comprometimento do fluxo salivar e 
acúmulo de saliva, levando à formação de mucocele. Tais sialólitos são estruturas 
mineralizadas, compostas por carbonato de cálcio ou fosfato de cálcio (ALCURE et al., 
2005; TIVERS e MOORE, 2007) que se formam pela deposição de sais minerais ao redor 
4 
 
 
 
de acúmulos de muco salivar, bactérias e ou células epiteliais descamadas nos processos 
de sialodenite crônica. Estas calcificações no ducto podem ser simples ou múltiplas, de 
coloração amarelada, cujo tamanho e forma variam. Smith (1986) apontou a possibilidade 
da causa da mucocele estar relacionada às atividades de cães jovens e a trauma ocorrido 
no complexo glandular e ducto que as interliga. Foram frustradas as tentativas de 
reproduzir a mucocele experimentalmente, seja após ligadura ou laceração ductal, ruptura 
da cápsula da glândula salivar mandibular com lesão do tecido glandular e injeção de 
fluido de mucocele, o que também demonstrou os relatos de Tivers e Moore (2007); 
observaram atrofia glandular após ligadura do ducto, o trauma direto ou laceração de 
ductos salivares resultaram em cicatrização ou estenose do ducto salivar e a injeção de 
fluido de mucocele salivar periglandular levaram a reação inflamatória transitória ao 
infiltrado e fibrose local. Relataram que esta impossibilidade de induzir 
experimentalmente a mucocele em cães saudáveis pode sugerir provável possibilidade de 
coexistir um elemento que predispõem cães a serem afetados. Smith (1986) ainda citou 
que a origem da mucocele geralmente se dá na porção rostral do complexo glândula 
sublingual monostomática e ducto salivar. Wiggs e Lobprise (1997) aventaram a 
possibilidade de que a característica da alcalinidade salivar em cães poderia ser um 
predisponente à sialolitíase nesta espécie. Fernandes et. al. (2012), relataram, que 
ocasionalmente, diferentes tipos de lesões metaplásicas, a exemplo da metaplasia 
escamosa e principalmente a metaplasia óssea podem ser observadas em associação com 
ocorrência de mucocele salivar em cães; apontando em seus estudos, que a sialolitíase 
salivar ocorrida em cão teria por agentes etiológicos lesões metaplásicas ósseas, uma rara 
e peculiar ocorrência de metaplasia osteóide relacionada a mucocele salivar em cão da 
raça shitzu, caracterizando ossificação ectópica em seus relatos. O diagnóstico da 
5 
 
 
 
mucocele cervical pode ser especulado após anamnese, sintomatologia clínica e análise 
citológica do aspirado obtido na paracentese local, a avaliação do fluido obtido com o 
ácido periódico Schiff (PAS) confirmará a presença de saliva; a imagística diagnóstica 
radiográficasimples (Figura 1), ou através de uma sialografia com 0,5 a 1,5mL de 
contraste radiopaco com auxílio de pequeno catéter introduzido no óstio do ducto 
auxiliará o clínico no diagnóstico da sialolitíase salivar além de possibilitar o diferencial 
à presença de corpos estranhos ou neoplasias (WIGGS e LOBPRISE, 1997; GIOSO, 
2007), a realização de exame sialográfico, apesar de oneroso e laborioso, terá a vantagem 
de possibilitar determinar qual antímero encontra-se afetado; a presença de cistos 
congênitos e hematomas também deverão ser excluídas no diagnóstico diferencial 
(FERNANDES et. al., 2012), e a conduta mais adequada à sua resolução é cirúrgica, com 
exérese das glândulas e ducto salivares envolvidos. Recorrências das mucocele podem 
estar relacionadas à exérese incompleta da porção rostral da glândula salivar sublingual 
monostomática (DUNNING, 2007; RITTER, 2012; RADLINSKY, 2015) ou a exérese 
das glândulas e ducto não acometidos, tais recidivas independem do acesso cirúrgico 
conforme proposto por Ritter et. al. (2006), Tivers e Moore (2007). A proposta deste 
estudo foi relatar caso clínico cirúrgico ocorrido em paciente canina acometida por 
mucocele salivar associada à presença de múltiplos sialólitos e levantar questionamentos 
sobre as possibilidades de fatores que possam estar contribuindo com esta enfermidade 
em cães. 
 
 
 
 
6 
 
 
 
RELATO DE CASO 
Relata-se caso clínico-cirúrgico, de paciente canina atendida no Hospital Veterinário da 
Universidade Federal Rural do Semi-Árido (HOVET/UFERSA), em Mossoró-RN, 
Brasil; a cadela (Figuras 2 e 3), sem raça definida (SRD), com 13 anos de idade, 
apresentava massa flutuante indolor com aumento gradativo de volume na região cervical 
esquerda. 
 
 
Figura 1. Fotografia de Película radiográfica evidenciando a presença de inúmeros 
sialólitos (seta) na região cervical de canino, com aumento de volume na região 
ventral do pescoço, primário a acometimento por mucocele salivar cervical. FONTE: 
Arquivo pessoal de Maíra Clemente (2017). 
 
http://pt.pons.com/tradu%C3%A7%C3%A3o/portugu%C3%AAs-ingl%C3%AAs/figura
7 
 
 
 
 
Figura 2. Fotografia da paciente canina com aumento de volume na região ventral do 
pescoço, secundário a acometimento por mucocele cervical. FONTE: Arquivo pessoal 
(2017). 
 
 
 
 
Figura 3. Fotografia da paciente canina com aumento de volume na região ventral do 
pescoço, secundário a acometimento por mucocele cervical. É importante o histórico 
adequadamente anotado para investigar e reconhecer junto às informações do 
proprietário em qual antímero teve início o aumento de volume, o que facilitará 
determinar quais glândulas salivares encontram-se acometidas. FONTE: Arquivo 
pessoal (2017). 
 
http://pt.pons.com/tradu%C3%A7%C3%A3o/portugu%C3%AAs-ingl%C3%AAs/figura
http://pt.pons.com/tradu%C3%A7%C3%A3o/portugu%C3%AAs-ingl%C3%AAs/figura
http://pt.pons.com/tradu%C3%A7%C3%A3o/portugu%C3%AAs-ingl%C3%AAs/%C3%89
http://pt.pons.com/tradu%C3%A7%C3%A3o/portugu%C3%AAs-ingl%C3%AAs/importante
http://pt.pons.com/tradu%C3%A7%C3%A3o/portugu%C3%AAs-ingl%C3%AAs/reconhecer
http://pt.pons.com/tradu%C3%A7%C3%A3o/portugu%C3%AAs-ingl%C3%AAs/determinar
http://pt.pons.com/tradu%C3%A7%C3%A3o/portugu%C3%AAs-ingl%C3%AAs/que
http://pt.pons.com/tradu%C3%A7%C3%A3o/portugu%C3%AAs-ingl%C3%AAs/gl%C3%A2ndula
http://pt.pons.com/tradu%C3%A7%C3%A3o/portugu%C3%AAs-ingl%C3%AAs/salivar
8 
 
 
 
Após tricotomia e preparo antisséptico de área, realizou-se punção aspirativa (Figura 4), 
com agulha 27x08 e seringa de 3mL, cujo achado era líquido de aspecto mucóide, incolor, 
de alta densidade e cordiforme (Figura 5). A paciente foi encaminhada para 
sialoadenectomia mandibular, sublingual monostomática e exérese do ducto que as 
interligava. 
 
 
Figura 4. Fotografia mostrando realização de paracentese aspirativa na área de 
mucocele cervical da paciente canina, para teste de Schiff. Um procedimento simples, 
rápido e substancialmente muito conclusivo para os achados que auxiliaram a compor 
o diagnóstico definitivo. FONTE: Arquivo pessoal (2017). 
 
 
http://pt.pons.com/tradu%C3%A7%C3%A3o/portugu%C3%AAs-ingl%C3%AAs/figura
9 
 
 
 
 
Figura 5. Fotografia mostrando líquido de aspecto mucóide, levemente amarelado, 
de alta densidade e cordiforme, coletados por punção aspirativa na área da mucocele 
cervical da paciente canina. FONTE: Arquivo pessoal (2017). 
 
 
A paciente foi medicada preemptivamente com cloridrato de tramadol (1mg.kg-1), pré-
anestesiada com acepromazina (0,1mg.kg-1), induzida por propofol (4mg.kg-1) e mantida 
com 1,69 V% de isofluorano, diluído em oxigênio a 100%, em fluxo diluente de 30mL.kg-
1, num sistema semi-fechado com reinalação parcial. Após tricotomização e antissepsia 
do campo cirúrgico, foi posicionada em decúbito lateral direito, com aumento de volume 
pendendo para região cervical acometida (Figura 6). 
http://pt.pons.com/tradu%C3%A7%C3%A3o/portugu%C3%AAs-ingl%C3%AAs/figura
10 
 
 
 
 
Figura 6. Fotografia mostrando aumento de volume na região cervical, devido a 
acometimento por mucocele cervical, pendendo para o antímero esquerdo da paciente. 
FONTE: Arquivo pessoal (2017). 
 
 O procedimento cirúrgico (Figuras 7 e 8), ocorreu conforme preconizado por 
RADLINSKY (2015), foi iniciada a diérese dérmica, exposição e diérese da cápsula 
fibrosa da glândula mandibular esquerda (Figura 9), que foi incisada, drenada (Figura 10) 
e dissecada (Figura 11), quando foi constatada cápsula de tecido conjuntivo com presença 
de inúmeros sialólitos (Figuras 11, 12, 13, 14 e 15) que estavam presentes próximo às 
adjacências do ducto que interligava as glândulas mandibular e sublingual esquerdas, 
tinham coloração branco marfim, de formatos arredondados (Figuras 13, 14 e 15), ovais, 
de tamanhos distintos que variaram de 2 até 4mm com superfície lisa (Figura 13). 
Continuou-se dissecando rostralmente, seguindo trajeto ductal que interligava a glândula 
salivar mandibular à sublingual monostomática esquerda, para ligadura e exérese das 
glândulas e ducto envolvidos. Concluídas as exéreses, procedeu-se a redução de espaço 
morto anatômico e síntese de subcutâneo com cat-gut cromado 2-0 em padrão simples 
contínuo, na dermorafia náilon monofilamentar 2-0, em padrão simples separado. Foi 
http://pt.pons.com/tradu%C3%A7%C3%A3o/portugu%C3%AAs-ingl%C3%AAs/figura
11 
 
 
 
fixado um dreno fenestrado de látex (Figura 16) próximo à linha de incisão. A ferida 
cirúrgica e drenos foram protegidos por ataduras e uso de colar elisabetano até a 
cicatrização. Para o pós-operatório, para a paciente, foi prescrito uso de antibiótico, 
antinflamatório e analgésico. A retirada do dreno ocorreu no quinto dia pós-operatório. A 
drenagem, sialoadenectomias, exérese ductal e capsular associada à colocação e fixação 
de dreno foi suficiente para resolução da enfermidade, não tendo havido nenhuma 
recidiva ou complicações pós-operatórias, com cicatrização ocorrida por primeira 
intenção, com retirada do dreno no quinto dia e das suturas dérmicas aos 10 dias do pós-
cirúrgico. A cicatrização ocorreu por primeira intenção na linha de incisão e por segunda 
intenção no local de colocação do dreno. 
 
 
 
Figura 7. Fotografia da exposição de glândula mandibular (seta) esquerda de paciente 
canina acometida por mucocele glandular salivar esquerda com sialólitos. FONTE: 
Arquivo pessoal (2017). 
 
http://pt.pons.com/tradu%C3%A7%C3%A3o/portugu%C3%AAs-ingl%C3%AAs/figura
12 
 
 
 
 
Figura 8. Fotografia de sialoadenectomia mandibular esquerda, ducto inter glandular 
e porção caudal da glândula salivar sublingual esquerda de paciente canina com 
mucocele cervical e sialólitos. FONTE: Arquivo pessoal (2017). 
 
 
 
Figura 9. Fotografia da exposição e diérese da cápsula fibrosa (seta) que continha o 
conteúdo salivar encapsulado e presença de inúmeros sialólitos arredondados, ovais e 
de tamanhos distintos, na região glandularsalivar mandibular esquerda, que foi 
incisada, drenada e dissecada. FONTE: Arquivo pessoal (2017). 
 
http://pt.pons.com/tradu%C3%A7%C3%A3o/portugu%C3%AAs-ingl%C3%AAs/figura
http://pt.pons.com/tradu%C3%A7%C3%A3o/portugu%C3%AAs-ingl%C3%AAs/figura
13 
 
 
 
 
Figura 10. Fotografia da realização de drenagem, com seringa de 5 mL, do conteúdo 
salivar da paciente canina com mucocele cervical, após diérese da cápsula fibrosa 
formada próximo à glândula mandibular esquerda. FONTE: Arquivo pessoal (2017). 
 
 
 
 
 
Figura 11. Fotografia da dissecação de glândula salivar mandibular esquerda da 
paciente canina com sialolitíase. FONTE: Arquivo pessoal (2017). 
 
 
http://pt.pons.com/tradu%C3%A7%C3%A3o/portugu%C3%AAs-ingl%C3%AAs/figura
http://pt.pons.com/tradu%C3%A7%C3%A3o/portugu%C3%AAs-ingl%C3%AAs/figura
14 
 
 
 
 
Figura 12. Fotografia da dissecação de glândula mandibular esquerda de paciente 
canina com presença de sialólitos (setas pretas com pontas cheias) e Início da 
dissecação do ducto e glândula sublingual, com preservação do músculo digástrico 
(seta preta com ponta vazia) utilizando tesoura Metzenbaum curva auxiliado por pinça 
Allis que tracionou caudalmente a glândula mandibular. FONTE: Arquivo pessoal 
(2017). 
 
 
 
 
 
Figura 13. Fotografia mostrando alguns dos sialólitos (setas) em formatos 
arredondados, ovais e de tamanhos distintos, coletados na paciente canina acometida 
por mucocele salivar cervical. FONTE: Arquivo pessoal (2017). 
http://pt.pons.com/tradu%C3%A7%C3%A3o/portugu%C3%AAs-ingl%C3%AAs/figura
http://pt.pons.com/tradu%C3%A7%C3%A3o/portugu%C3%AAs-ingl%C3%AAs/figura
15 
 
 
 
 
 
Figura 14. Fotografia mostrando glândulas e ducto que foram excisados e alguns dos 
sialólitos (setas) em formatos arredondados, ovais e de tamanhos distintos, coletados 
na paciente canina acometida por mucocele salivar cervical. FONTE: Arquivo pessoal 
(2017). 
 
 
 
 
 
Figura 15. Fotografia mostrando, em detalhe, sialólito (seta) que foi coletado com 
auxílio de cureta de Bruns, da paciente canina acometida por mucocele cervical. 
FONTE: Arquivo pessoal (2017). 
 
http://pt.pons.com/tradu%C3%A7%C3%A3o/portugu%C3%AAs-ingl%C3%AAs/figura
http://pt.pons.com/tradu%C3%A7%C3%A3o/portugu%C3%AAs-ingl%C3%AAs/figura
16 
 
 
 
 
Figura 16 Fotografia mostrando posicionamento de dreno de 5mm, fenestrado, em 
látex, antes da redução do espaço morto anatômico na paciente canina acometida por 
mucocele salivar cervical. FONTE: Arquivo pessoal (2017). 
 
 
 
Figura 17 Fotografia mostrando aspecto macroscópico interno da glândula salivar 
mandibular esquerda sialoadenectomizada, sem alterações, da paciente canina 
acometida por mucocele cervical. FONTE: Arquivo pessoal (2017). 
 
http://pt.pons.com/tradu%C3%A7%C3%A3o/portugu%C3%AAs-ingl%C3%AAs/figura
http://pt.pons.com/tradu%C3%A7%C3%A3o/portugu%C3%AAs-ingl%C3%AAs/figura
17 
 
 
 
DISCUSSÃO 
A mucocele cervical com presença de múltiplos sialólitos, apesar de bastante citada na 
literatura, os registros das imagens destas concreções são escassos, o que pode estar 
relacionado à baixa casuística desta enfermidade em cães e menos frequente ainda em 
felinos domésticos. E conforme aponta a literatura (RITTER et al., 2006; BASSIN et al., 
2007; TIVERS e MOORE, 2007; PIGNONE et al., 2009; FERNANDES et al., 2012; 
RITTER, M.J. e STANLEY, 2012), a presença de sialólitos na glândula ou no sistema 
ductal da glândula salivar na fase aguda poderá cursar com dor, presença de massa 
flutuante, hiperemia, comprometimento do fluxo salivar e acúmulo de saliva, levando à 
formação da mucocele. Na paciente do presente relato, não foi constatada sensibilidade 
nociceptiva local, ou hiperemia o que pode ser relacionado à fase em que foi atendida, 
em fase crônica. Por ocasião do exame clínico, a palpação não foi suficientemente 
elucidativa para o diagnóstico da presença dos sialólitos, provavelmente devido ao grande 
volume de saliva e o tipo de superfície deles, o que pode ter conferido uma relativa 
cinética de sua presença, diferentemente do que foi relatado por Bassin et al., (2007) 
constatando a presença de única concreção sialolítica. O conteúdo fluídico coletado após 
realização da paracentese local, da área com aumento de volume, apresentava 
características de fluido levemente amarelado, viscoso de alta densidade, de aspecto 
filamentoso cordiforme semelhante à saliva, que dentro de nossas limitações constituiu 
indicativo suficiente para a decisão de realização da cirurgia. Em nossa casuística ainda 
não havíamos constatado sialolitíase em tamanha quantidade de concreções em mucocele 
salivar cervical. Pode-se considerar demasiadamente especulativa a afirmação de que 
apenas o trauma possa predispor à formação de sialólitos o que vai ao encontro dos relatos 
de Smith (1986). Entretanto, mucoceles com presença de concreções sialolíticas parecem 
18 
 
 
 
ocorrer de forma mais inter-relacionadas. A constatação macroscópica da integridade 
parenquimal da glândula salivar mandibular (Figura 17) e sublinguais monostomáticas, 
sem vestígios ou presença de sialólitos, fortalece a tese de que todos os eventos tiveram 
início na área do ducto salivar que as interligava. Embora, nenhum dos fatores aventados 
por Tivers e Moore (2007) não possam ser aplicados na paciente do presente relato, 
sustentado até pela impossibilidade de reproduzir a enfermidade experimentalmente e ao 
fato de que a formação de sialólitos na paciente possa ter ocorrida devido à deposição de 
sais minerais ao redor do muco salivar, bactérias e ou células de descamação, nos permite 
aventar a possibilidade de ter ocorrido mucocele salivar cervical com sialólitos 
paralelamente à metaplasia óssea ocorrida em associação com a presença de muco salivar 
e sua alcalinidade. Pode-se, ainda, especular a quanto à possibilidade de que a migração 
de conteúdo alimentar, bactérias ou células de descamação possam ter ido para o ducto 
salivar por via ascendente através do óstio do ducto salivar, favorecendo, assim, a 
deposição de sais nestes elementos, com formação de sialólitos na luz do ducto, seguida 
de obstrução, levando a compressão de sua parede com posterior ruptura e deposição de 
sialólitos na área periductal e extravasamento salivar local. Apesar de não ter sido 
realizado estudo histológico, não se pode deixar de especular a possibilidade de ter 
ocorrida metaplasia óssea na região periductal salivar, similar ao relatado por Fernandes 
et al. (2012), com a formação de sialólitos e posterior ruptura do ducto; outro aspecto a 
ser considerado é que a particularidade da alcalinidade salivar nesta espécie possa 
contribuir na formação destas concreções sialolíticas, parâmetro importante na formação 
de sialólitos nesta espécie, conforme citou Wiggs e Lobprise (1997). Outros 
questionamentos devem ser considerados, a exemplo da idade dos pacientes seria um fator 
predisponente? O pH pode ser o mesmo nas duas glândulas e no ducto em tais condições? 
19 
 
 
 
Uma contaminação por muco, resíduo alimentar e ou células de descamação migrando 
por via ascendente em que magnitude poderá alterar o pH local? Ocorre falha ou 
relaxamento na abertura do óstio ductal salivar em pacientes mais idosos que possam 
contribuir com possível migração de contaminantes que irão predispor à formação de 
sialólitos? São questionamentos que precisam ser melhor avaliados em outros estudos. 
 
CONCLUSÕES 
A resolução de mucocele mandibular cervical associada a sialolitíase em cadela foi 
tratada cirurgicamente, tendo ocorrida cicatrização por primeira intenção sem 
intercorrências ou recidivas. Aventa-se a necessidade de avaliar pontos ainda não 
abordados na literatura, a exemplo da possibilidade de falha ou relaxamento do óstio 
ductal salivar na cavidade oral, possa predispor a ocorrência de sialolitíase em pacientes 
idosos, após contaminação por conteúdo alimentar, secundáriaà presença de bactérias, 
com sedimentações que possam participar na formação de concreções sialolíticas e 
levando a obstruções e ruptura ductal, merecem ser discutidos e melhor avaliados em 
outros estudos. 
 
REFERÊNCIAS 
 
ALCURE, M.L.; VARGAS, P.A.; JORGE JÚNIOR, J.; HIPÓLITO JÚNIOR, O.; 
LOPES, M.A. Clinical and histopatological finding of sialoliths. Brazilian Journal of 
Oral Science. 15: 899-903. 2005. 
 
AMAYA, J.; AVILA, J.C. Mucocele cervical em um canino. Rev Zooc 1(2): 3-6, 2014. 
BASSIN, K.C.; BOTELHO, R.P.; PEREIRA, J.T.; WAKOFF, T.; ALBUQUERQUE DA 
SILVA, M.F.; CORREIA, B.D. Mucocele mandibular em cão: um caso incomum de 
sialólitos e calcificação de ducto salivar. Acta scientiae veterinariae. 35 (sup 2): pp.366-
367, 2007. 
 
20 
 
 
 
DUNNING, D. Língua, Lábios, Bochechas, Faringe e Glândulas Salivares. In: 
SLATTER, D. Manual de Cirurgia de Pequenos Animais. 3.ed. Barueri: Manole, v.1., 
pp.558-561, 2007. 
 
FERNANDES, T.R.; GRANDI, F.; MONTEIRO, L.N.; SALGADO, B.S.; ROCHA, 
R.M.; ROCHA, N.S. Ectopic ossification presenting as osteoid metaplasia in salivar 
mucocele in a shi tzu dog. BMC Veterinary Research, p.8-13, 2012. Disponível em: 
http://biomedcentral.com/1746-6148/8/13. 
 
GIOSO, M.A. Glândulas Salivares. In: Odontologia para o Clínico de Pequenos 
Animais. 2.ed. São Paulo: Manole, pp.109-112, 2007. 
 
KAZEMI, D.; DOUSTAR, Y.; ASSASNASSAB, G. Surgical treatment of a chronically 
case of cervical mucocele in a german Shepherd dog. Case Reports in Veterinary 
Medicine. 2012. 4p. 
 
PIGNONE, V.N.; FARACO, C.S.; ALBUQUERQUE, P.B.; RECLA, G.; GIANOTTI, 
G.; CONTESINI, E.A. Sialólito no ducto da glândula mandibular em cão. Acta Scientiae 
Veterinariae. 37(3): p.277-280, 2009. 
 
RADLINSKY, M. G.; In: FOSSUM, Theresa W. Cirurgia da Cavidade Oral e da 
Orofaringe. 4. ed. São Paulo: Mosby Elsevier, 2015. pp.417-422. 
 
RITTER, M.J.; STANLEY, B. J. In: TOBIAS, K.M.; JOHNSTON, S.A. Veterinary 
Surgery: Small animal. Vol.1, Missouri:Elsevier, pp.1439-1447, 2012. 
 
RITTER, M.J.; VON PFEIL, D.J.F.; STANLEY, B.J.; HAUPTMAN, J.G.; WALSHAW, 
R. Mandibular and sublingual sialocoeles in the dog: A retrospective evaliation of 41 
cases, using the ventral approach for treatment. New Zeland Veterinary Journal 54(6), 
pp. 333-337, 2006. 
 
SMITH, M.M. Cirurgia do sistema salivar do cão. cães e gatos. Jan/fev, p. 7-11, 1986. 
 
TIVERS, M.S.; MOORE, A.H. Surgical treatment of a parotid duct sialolith in a bulldog. 
Veterinary Record. August 161, pp.271-272, 2007. 
 
WIGGS, R.; LOBPRISE, H. Veterinary Dentistry_Principles e Practice. Philadelphia: 
Lippincott - Raven, p.748. 1997.

Mais conteúdos dessa disciplina