Prévia do material em texto
a Processo Constitucional Estudante de Direito: João Paulo Couto 2ª Avaliação Estudante de Direito: João Paulo Couto 1 de 14 Processo Constitucional 2ª Avaliação Processo Constitucional SUMÁRIO 1 – Parâmetro de controle 2 2 – Espécies de Controle 3 2.1 – Concentrado / Abstrato 3 2.2 – Difuso / Concreto 3 2.3 – Controle preventivo 4 3 – Ações do Controle Concentrado 5 4 – Espécies de Inconstitucionalidade 6 5 – Ação direta de inconstitucionalidade (ADI) 6 6 – Ação declaratória de constitucionalidade (ADC) 9 7 – ADI por Omissão (ADO) 10 8 – Representação Interventiva (ADI Interventiva) 11 9 – Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 12 10 – ADI ESTADUAL 13 11 – Considerações finais 14 Estudante de Direito: João Paulo Couto 2 de 14 Processo Constitucional Controle de Constitucionalidade 1 – Parâmetro de controle O parâmetro de controle é o ponto inicial para o estudo de controle de constitucionalidade. O parâmetro simplesmente é a norma constitucional ofendida por uma lei. São parâmetros: (I) Texto Constitucional Preâmbulo Corpo fixo (art. 1 até 250) ADCT |__NÃO É PARÂMETRO_____||__________________SÃO PARÂMETROS_ _ _______ __ | (II) Bloco de Constitucionalidade ADIN 595 – E5 (Informativo nº 258) ADI 595 – E5 O conceito de bloco de constitucionalidade projeta-se tal seja o sentido que se dê para além da totalidade das regras constitucionais meramente escritas e dos princípios contemplados implicitamente ou explicitamente o corpo normativo da própria constituição formal, chegando até mesmo a compreender normas de caráter infraconstitucional, desde que vocacionados desenvolver em toda sua plenitude a eficácia dos postulados e dos preceitos inscritos na lei fundamental, viabilizando, desse modo e em função de perspectivas conceituais mais amplas, a concretização da ideia de ordem constitucional. ADCT = Atos das Disposições Constitucionais Transitórias Estudante de Direito: João Paulo Couto 3 de 14 Processo Constitucional 2 – Espécies de Controle 2.1 – Concentrado / Abstrato - Concentrado em um único órgão - Caráter abstrato A questão constitucional assume o papel de questão principal, porque é relacionada ao próprio objeto da demanda diferenciando-se do controle incidental onde a questão constitucional se limita a mera questão prejudicial ventilada como incidente ou causa de pedir nunca como pedido. - Efeito ERGA OMNES Vale para todos, não apenas para partes de um determinado processo. - Legitimados Possui Legitimados mais restritos que no controle difuso e esses tem seus nomes especificados em lei( na grande maioria dos casos são os previstos no artigo 103 da CF/88) 2.2 – Difuso / Concreto - Qualquer juiz ou tribunal Não é concentrado em um único órgão, qualquer juiz ou tribunal pode declarar a inconstitucionalidade da norma. - Caráter concreto Significa que a norma que está sendo analisada serve para ajudar a decidir um caso concreto, como por exemplo um processo comum. - Efeito INTER PARTES Diferente do abstrato, que o seu efeito atinge todos, aqui os únicos atingidos serão as partes do processo em que foi levantada a possibilidade de inconstitucionalidade da norma. - Legitimados Por poder ser feita em vários processos existe uma infinidade de legitimados para solicitar a análise da constitucionalidade da norma diante do controle difuso/concreto. Quando o parâmetro for a CF = STF Quando o parâmetro for a CE = TJ Estudante de Direito: João Paulo Couto 4 de 14 Processo Constitucional Cláusula de reserva de plenário/Súmula vinculante 10 do STF A cláusula de reserva de plenário demostra quem pode declarar a inconstitucionalidade de normas nos tribunais, por meio do controle difuso, sendo esta prevista no artigo 97 da Constituição Federal: Art. 97. Somente pelo voto da maioria absoluta de seus membros ou dos membros do respectivo órgão especial poderão os tribunais declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público. Enunciado da súmula vinculante 10 do STF: Viola a cláusula de reserva de plenário (CF , art. 97) a decisão de órgão fracionário de tribunal que, embora não declare expressamente a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público, afasta a sua incidência no todo ou em parte. Concluindo Sendo assim, diante desta súmula, podemos dizer que somente por maioria dos membros do pleno ou de órgão especial de tribunal que se pode declarar a inconstitucionalidade lei ou ato normativo na via do controle difuso, ficando vedado essa possibilidade para órgãos fracionários, mas já havendo decisão do pleno, órgão especial ou do STF, o órgão fracionário não precisa se submeter a cláusula de reserva de plenário. Também não se pode afastar a aplicação do ato, no todo ou em parte, sem declaração expressa de inconstitucionalidade. 2.3 – Controle preventivo Diferente dos controles concentrado e concreto que acontecem de maneiras repressivas, também existe o controle preventivo de constitucionalidade que possui esse nome, pois é feito antes da norma entrar em vigor. º Quais poderes o exerce º Legislativo: O legislativo exercesse esse controle por meio de comissões, por exemplo, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) º Executivo: O executivo ao utilizar este poder faz isso mediante o veto, por exemplo, o veto que o presidente pode dar a determinadas leis que vão para ele vetar ou sancionar. º Judiciário: O controle feito pelo judiciário acontece de maneira excecional, que é quando se tem um mandado de segurança impetrado por parlamentar, em razão da inobservância no devido processo legislativo constitucional ou diante de uma emenda tendente a abolir cláusula pétrea. http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988 http://www.jusbrasil.com.br/topicos/872507/artigo-97-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988 Estudante de Direito: João Paulo Couto 5 de 14 Processo Constitucional 3 – Ações do Controle Concentrado AÇÕES CONTROLE CONCENTRADO FEDERAL Órgão Julgador Ação direta de Inconstitucionalidade (ADI) STF Ação de declaratória de constitucionalidade (ADC) STF Arguição de descumprimento de preceito fundamental (ADPF) STF Ação direta de inconstitucionalidade por omissão (ADO) STF Ação Direta de Inconstitucionalidade Interventiva STF AÇÃO DE CONTROLE CONCENTRADO ESTADUAL Órgão Julgador ADI ESTADUAL TJ Meme que retrata a competência para julgamento das ações do controle concentrado Estudante de Direito: João Paulo Couto 6 de 14 Processo Constitucional 4 – Espécies de Inconstitucionalidade- POR MEIO DE AÇÃO Acontece quando se está diante de uma conduta violadora da Constituição Federal º Formal Quando se tem um vício de procedimento, por exemplo, vicio de iniciativa para a criação de uma lei. º Material Quando se viola um fundamento previsto na Constituição Federal, a matéria/conteúdo é incompatível, por exemplo, a criação de uma lei que seja atentatória a dignidade da pessoa humana, princípio fundamental da república. OBS: É possível ter as duas ao mesmo tempo, ambas levam a invalidação do ato. - POR OMISSÃO Trata de um não fazer do Estado, como por exemplo, a ausência de norma regulamentadores de dispositivo constitucional de eficácia limitada. 5 – Ação direta de inconstitucionalidade (ADI) - Fundamentos legais: º Artigo 102, inc. I, alínea a, CF/88 º Artigo 103, CF/88 º Lei Nº 9.868/99 - Objetivo: Declaração de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal, estadual ou distrital. - Objeto: Lei ou ato normativo federal, estadual ou distrital em face da Constituição Federal. - Desistência: Não é admitida. - Requisitos da petição: Dispositivo impugnado (lei toda ou apenas algum artigo) e fundamentos jurídico do pedido. - Quórum: Existem dois quóruns, um para instalação que são necessários 08 ministros e outro para o julgamento, em que o STF decide pela maioria absoluta dos votos de seus membros, ou seja, 6 votos é o suficiente para declarar a inconstitucionalidade. Estudante de Direito: João Paulo Couto 7 de 14 Processo Constitucional - Legitimados Ativos da ADI: Estão previstos no artigo 103 da CF Art. 103 Podem propor a ação direta de inconstitucionalidade e a ação declaratória de constitucionalidade: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) I - o Presidente da República; II - a Mesa do Senado Federal; III - a Mesa da Câmara dos Deputados; IV a Mesa de Assembléia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) V o Governador de Estado ou do Distrito Federal; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) VI - o Procurador-Geral da República; VII - o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil; VIII - partido político com representação no Congresso Nacional; IX - confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional. Entre os legitimados há uma diferenciação neles, existem os legitimados universais e os especiais. Os especiais para propor uma ADI precisam demostrar uma certa pertinência temática com a lei e a sua atuação como representante de determinado ente. Os legitimados universais não precisam demostrar essa pertinência temática, ou seja, eles podem propor ADI a respeito de qualquer tema. Presidente Mesa do senado federal Mesa da câmara dos deputados Procurador-Geral da República Conselho Federal da OAB Partido político com representação no CN Mesa da assembleia Legislativa Câmara legislativa do distrito federal Governador do Estado ou do Distrito Federal Confederação sindical ou entidade classe de âmbito nacional Sobre os legitimados ativos da ADI, julgue: O Governador de Sergipe pode propor uma ADI em lei de Alagoas que não prejudique em nada o estado de Sergipe. LEGITIMADOS UNIVERSAIS LEGITIMADOS ESPECIAIS Estudante de Direito: João Paulo Couto 8 de 14 Processo Constitucional A assertiva está incorreta. Governador de Estado é um dos legitimados especiais, sendo assim, precisa demostrar a pertinência temática para propor uma ADI e no caso supracitado isso não foi demostrado. - Efeitos Erga omnes (vale para todos), vinculante (poder judiciário tem que obedecer a decisão do STF, nem o poder executivo pode contrariar a decisão) e ex tunc ( em regra). º Modulação de efeitos temporais: Em regra a ADI tem os seus efeitos de maneira ex tunc. Porém em caso de risco a segurança jurídica e interesse social o STF com votação de 2/3 e seus membros podem transformar essa decisão em ex nunc ou até mesmo pro futuro(o efeito só começa a valer de uma data futura). - Amicus Curiae “Amigo da corte” é admitido a sua participação, ele é um terceiro no processo que não é parte dele, mas está ali para fornecer subsídios ao órgão jurisdicional para o julgamento da causa, oferendo melhores bases para questões relevantes, isso por ele. - Atuação do Advogado Geral da União na ADI A sua atuação é obrigatória nas Ações Diretas de Inconstitucionalidade, tem como função defender a norma impugnada e sua previsão legal está no artigo 103 § 3º da Constituição Federal. Art. 103. Podem propor a ação direta de inconstitucionalidade e a ação declaratória de constitucionalidade: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) § 3º Quando o Supremo Tribunal Federal apreciar a inconstitucionalidade, em tese, de norma legal ou ato normativo, citará, previamente, o Advogado-Geral da União, que defenderá o ato ou texto impugnado. - Medida Cautelar na ADI A concessão de medida cautelar em ação direta de inconstitucionalidade – ADIn está disciplinada nos artigos 10 a 12 da Lei nº 9.868/99. A medida cautelar assegura, em caráter temporário, até o julgamento final da ação, a suspensão dos efeitos da norma impugnada. Estudante de Direito: João Paulo Couto 9 de 14 Processo Constitucional 6 – Ação declaratória de constitucionalidade (ADC) - Fundamentos legais: º Artigo 102, inc. I, alínea a, CF/88 º Artigo 103, CF/88 º Lei Nº 9.868/99 - Objetivo: Declarar a constitucionalidade de lei ou ato normativo federal (diferente da ADI aqui só abrange o âmbito federal). - Objeto: Lei ou ato normativo federal em face da Constituição Federal. - Desistência: Não é admitida. - Legitimados Ativos da ADC Estão previstos no artigo 103 da CF. São os mesmos da ADI e também possuem a mesma diferenciação entre legitimados universais e especiais. - Efeitos Erga omnes (vale para todos), vinculante (poder judiciário tem que obedecer a decisão do STF, nem o poder executivo pode contrariar a decisão) e ex tunc (em regra). OBS: O efeito vinculante não atinge o poder legislativo, ele pode até criar uma norma em contrário a decisão. Isso é chamado de Efeito Blacklash. º Modulação de efeitos temporais: Só se pode aplicar a modulação de efeitos na ADC se esta for dada como improcedente, fazendo com que a norma seja considerada inconstitucional. - Natureza dúplice das ações ADC e ADI podem chegar ao mesmo resultado, quando uma for aceita e a outra negada. O aceite da ADC é o mesmo que negar a ADI, ambas levariam a constitucionalidade da norma e o contrário também acontece, fazendo com que a norma possa ser declarada inconstitucional por meio das duas ações. São ações dúplices as que geram essencialmente a mesma solução jurídica, qual seja, a declaração de inconstitucionalidade ou da constitucionalidade das leis ou atos normativos. - Atuação do Advogado Geral da União na ADC:O Advogado Geral da União não é citado na ADC, pois presume-se a constitucionalidade da norma - Medida Cautelar na ADI Também se tem a medida cautelar na ADC, na ADC ela serve para suspender os processos em andamento. Estudante de Direito: João Paulo Couto10 de 14 Processo Constitucional 7 – ADI por Omissão (ADO) Se dá quando há a falta de medida regulamentadora de norma constitucional de eficácia limitada, sendo utilizado a ADO para sanar essa omissão. - Pressupostos de omissão º Norma constitucional certa e determinada. º Decurso de “tempo razoável” para a edição de lei regulamentadora. º Norma constitucional não exequível por si mesma(eficácia limitada). - Legitimados ativos Os mesmo da ADI e ADC(artigo 103 CF). - Modalidade da omissão º Total/Formal/Absoluta A norma regulamentadora não existe. º Parcial/Material/Relativa A norma existe, mas não é capaz de atingir todos os potenciais destinatários do direito. - Efeitos da decisão Cientificar o órgão responsável pela mora legislativa. Fixa prazo razoável para edição da norma. Determinar a aplicação analógica (Efeito de solução, aqui o STF faz meio que uma medida provisória). Trancamento de pauta (O congresso não pode aprovar mais nada antes de criar essa norma regulamentadora). Ergma omnes. Vinculante. - Medida Cautelar na ADO A medida cautelar poderá consistir na suspensão da aplicação da lei ou do ato normativo questionado, no caso de omissão parcial, bem como na suspensão de processos judiciais ou de procedimentos administrativos, ou ainda em outra providência a ser fixada pelo Tribunal. Estudante de Direito: João Paulo Couto 11 de 14 Processo Constitucional 8 – Representação Interventiva (ADI Interventiva) Em regra, nenhum ente federativo deve intervir em outro, no entanto, existe algumas exceções previstas na própria constituição em seu artigo 34. A ADI Interventiva serve para provocar a intervenção federal. - Cabimento As suas formas de cabimento estão previstas no artigo 34 da Constituição Federal. Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para: I - manter a integridade nacional; II - repelir invasão estrangeira ou de uma unidade da Federação em outra; III - pôr termo a grave comprometimento da ordem pública; IV - garantir o livre exercício de qualquer dos Poderes nas unidades da Federação; V - reorganizar as finanças da unidade da Federação que: a) suspender o pagamento da dívida fundada por mais de dois anos consecutivos, salvo motivo de força maior; b) deixar de entregar aos Municípios receitas tributárias fixadas nesta Constituição dentro dos prazos estabelecidos em lei; VI - prover a execução de lei federal, ordem ou decisão judicial; VII - assegurar a observância dos seguintes princípios constitucionais: a) forma republicana, sistema representativo e regime democrático; b) direitos da pessoa humana; c) autonomia municipal; d) prestação de contas da administração pública, direta e indireta; e) aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos estaduais, compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde. - Legitimidade º Âmbito Federal: Procurador Geral da República. º Âmbito Estadual: Procurador Geral de Justiça. - Competência º Âmbito Federal: STF º Âmbito Estadual: TJ - Característica especial da ação Diferente das outras Ações Diretas de Inconstitucionalidade, nessa existe uma discussão de caso concreto. Estudante de Direito: João Paulo Couto 12 de 14 Processo Constitucional - Procedimento PGR STF Presidente OBS: Se o presidente não decretar a intervenção irá responder por crime de responsabilidade PGJ TJ Governador - Partes De um lado do polo processual temos o PGR ou PGJ dependendo se é estadual ou federal e do outro lado fica o a Autoridade/Ente Federativo que é responsável pela inobservância de tal princípio. 9 – Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) - Cabimento Cabe ADPF em lei ou ato normativo federal, estadual, distrital ou municipal em face da Constituição Federal, inclusive para atos anteriores a Constituição e também em atos normativos secundários. - Objeto: Lei ou ato normativo federal, estadual, distrital ou municipal em face da Constituição Federal. - Desistência: Não é admitida. - Conceito de “Preceito Fundamental” Não há uma definição nem um rol que os definam, mas existe alguns exemplos como os princípios constitucionais sensíveis e as garantias fundamentais. - Legitimados Ativos da ADPF Estão previstos no artigo 103 da CF. São os mesmos da ADI e ADC, também possuem a mesma diferenciação entre legitimados universais e especiais. ADII ÂÂmbito Federal eral Decreta Intervenção Âmbito Estadual Decreta Intervenção Estudante de Direito: João Paulo Couto 13 de 14 Processo Constitucional - Efeitos Erga omnes (vale para todos), vinculante e ex tunc (Cabe modulação temporal aqui também). - Princípio da subsidiariedade A Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental possui um caráter residual/subsidiário, que quer dizer, se cabe outra ação no mesmo caso será aplicada a outra, a ADPF só em último caso se não houver mais nenhuma ação cabível. 10 – ADI ESTADUAL - Cabimento Cabe ADI estadual em leis ou atos normativos municipais e estaduais em face da constituição estadual. - Objeto: Lei ou ato normativo estadual ou municipal em face da Constituição Estadual. - Competência: TJ OBS: O controle de constitucionalidade não é apenas exercido pelo STF, mesmo que a maior parte das ações sejam direcionadas a ele, podemos falar que é o STF só quando temos como parâmetro a Constituição Federal. - Legitimados ativos A Constituição Federal não determina os legitimados, quem atribui a legitimação da propositura da ADI Estadual são as próprias Constituições Estaduais, a Constituição Federal só exige que a legitimidade não seja atribuída a um único órgão. Segue abaixo, dispositivo que trata do que foi supracitado: Artigo 125 CF: Os Estados organizarão sua Justiça, observados os princípios estabelecidos nesta Constituição. § 2º - Cabe aos Estados a instituição de representação de inconstitucionalidade de leis ou atos normativos estaduais ou municipais em face da Constituição Estadual, vedada a atribuição da legitimação para agir a um único órgão. - Possibilidade de recurso na ADI Estadual Em regra não cabe nenhum recurso, o controle abstrato é marcado por análise onde não há casos concretos, em razão disso caberá apenas ao TJ fazer essa análise de forma abstrata e dá o seu entendimento. A única situação excepcional que a jurisprudência do STF tem admitido recurso extraordinário nessa situação é quando se trata de uma norma da Constituição Estadual que seja de repetição obrigatória da Constituição Federal. Em outras palavras, só se admite recurso extraordinário se a norma analisada pelo TJ for uma norma estadual que reproduz dispositivo idêntico a Constituição Federal. Estudante de Direito: João Paulo Couto 14 de 14 Processo Constitucional - Constituição de Sergipe Segue abaixo, dispositivos retirados da Constituição do estado de Sergipe que discorrem a respeito da competência e legitimados da ADI estadual em Sergipe. Art. 107. Somente pelo voto da maioria absoluta de seus membrospoderá o Tribunal declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público. Art. 108. Podem propor a ação de inconstitucionalidade: I - o Governador do Estado; II - a Mesa da Assembléia Legislativa; III - o Procurador Geral de Justiça; IV - o Conselho Seccional da Ordem dos Advogados; V - partido político com representação na Assembléia Legislativa ou na Câmara de Vereadores; VI - o Prefeito Municipal e a Mesa da Câmara de Vereadores; VII - federação sindical ou entidade de classe de âmbito estadual. Efeitos da ADI Estadual Como todos a maioria das ações do controle concentrado de constitucionalidade, aqui não é diferente, seus efeitos são: Erga omnes (vale para todos), vinculante e ex tunc. 11 – Considerações finais Se encerra aqui a revisão da 2ª Avaliação de Processo Constitucional, a respeito do controle de constitucionalidade. Em caso de dúvida, entrar em contato: jpcoutos199@gmail.com (79) 99890-2979