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Lín
gu
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Po
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ug
ue
sa
Prefeitura de Lauro de Freitas - BA
Comum aos Cargos de Ensino Superior
Língua Portuguesa
Leitura e interpretação de textos (ficcionais e/ou não ficcionais); .................................. 1
Gêneros discursivos e tipologia textual; ......................................................................... 2
Ortografia ....................................................................................................................... 6
Acentuação..................................................................................................................... 7
Pontuação ...................................................................................................................... 8
Formação de palavras. .................................................................................................. 13
Léxico: adequação no emprego das palavras. Verbos: conjugação, emprego dos tem-
pos, modos e vozes verbais; as palavras de relação; .................................................... 18
Morfossintaxe ................................................................................................................. 25
Estrutura do período, da oração e da frase; .................................................................. 28
Concordância nominal e verbal; ..................................................................................... 36
Regência nominal e verbal; ........................................................................................... 38
Colocação pronominal; ................................................................................................... 41
Formas de tratamento (usos e adequações);................................................................. 42
Noções de fonética; Noções de prosódia; ...................................................................... 45
Estrutura do parágrafo. .................................................................................................. 49
Coesão e coerência textuais; ......................................................................................... 50
Estilística: denotação e conotação; ................................................................................ 51
Figuras de linguagem. .................................................................................................... 52
Níveis de linguagem. ..................................................................................................... 57
Semântica: sinonímia, antonímia, homonímia, paronímia, polissemia e figuras de lin-
guagem........................................................................................................................... 59
Manual de Redação da Presidência da República (3ª edição, revista, atualizada e am-
pliada) ............................................................................................................................. 59
Exercícios ....................................................................................................................... 77
Gabarito .......................................................................................................................... 92
1806035 E-book gerado especialmente para JESSICA DA HORA SOUSA
1
Leitura e interpretação de textos (ficcionais e/ou não ficcionais)
Compreender um texto trata da análise e decodificação do que de fato está escrito, seja das frases ou das 
ideias presentes. Interpretar um texto, está ligado às conclusões que se pode chegar ao conectar as ideias 
do texto com a realidade. Interpretação trabalha com a subjetividade, com o que se entendeu sobre o texto.
Interpretar um texto permite a compreensão de todo e qualquer texto ou discurso e se amplia no entendi-
mento da sua ideia principal. Compreender relações semânticas é uma competência imprescindível no merca-
do de trabalho e nos estudos.
Quando não se sabe interpretar corretamente um texto pode-se criar vários problemas, afetando não só o 
desenvolvimento profissional, mas também o desenvolvimento pessoal.
Busca de sentidos
Para a busca de sentidos do texto, pode-se retirar do mesmo os tópicos frasais presentes em cada pará-
grafo. Isso auxiliará na apreensão do conteúdo exposto.
Isso porque é ali que se fazem necessários, estabelecem uma relação hierárquica do pensamento defendi-
do, retomando ideias já citadas ou apresentando novos conceitos.
Por fim, concentre-se nas ideias que realmente foram explicitadas pelo autor. Textos argumentativos não 
costumam conceder espaço para divagações ou hipóteses, supostamente contidas nas entrelinhas. Deve-se 
ater às ideias do autor, o que não quer dizer que o leitor precise ficar preso na superfície do texto, mas é funda-
mental que não sejam criadas suposições vagas e inespecíficas. 
Importância da interpretação
A prática da leitura, seja por prazer, para estudar ou para se informar, aprimora o vocabulário e dinamiza o 
raciocínio e a interpretação. A leitura, além de favorecer o aprendizado de conteúdos específicos, aprimora a 
escrita.
Uma interpretação de texto assertiva depende de inúmeros fatores. Muitas vezes, apressados, descuida-
mo-nos dos detalhes presentes em um texto, achamos que apenas uma leitura já se faz suficiente. Interpretar 
exige paciência e, por isso, sempre releia o texto, pois a segunda leitura pode apresentar aspectos surpreen-
dentes que não foram observados previamente. Para auxiliar na busca de sentidos do texto, pode-se tam-
bém retirar dele os tópicos frasais presentes em cada parágrafo, isso certamente auxiliará na apreensão do 
conteúdo exposto. Lembre-se de que os parágrafos não estão organizados, pelo menos em um bom texto, de 
maneira aleatória, se estão no lugar que estão, é porque ali se fazem necessários, estabelecendo uma relação 
hierárquica do pensamento defendido, retomando ideias já citadas ou apresentando novos conceitos.
Concentre-se nas ideias que de fato foram explicitadas pelo autor: os textos argumentativos não costumam 
conceder espaço para divagações ou hipóteses, supostamente contidas nas entrelinhas. Devemos nos ater às 
ideias do autor, isso não quer dizer que você precise ficar preso na superfície do texto, mas é fundamental que 
não criemos, à revelia do autor, suposições vagas e inespecíficas. Ler com atenção é um exercício que deve 
ser praticado à exaustão, assim como uma técnica, que fará de nós leitores proficientes.
Diferença entre compreensão e interpretação
A compreensão de um texto é fazer uma análise objetiva do texto e verificar o que realmente está escrito 
nele. Já a interpretação imagina o que as ideias do texto têm a ver com a realidade. O leitor tira conclusões 
subjetivas do texto.
Gêneros Discursivos
Romance: descrição longa de ações e sentimentos de personagens fictícios, podendo ser de comparação 
com a realidade ou totalmente irreal. A diferença principal entre um romance e uma novela é a extensão do tex-
to, ou seja, o romance é mais longo. No romance nós temos uma história central e várias histórias secundárias.
1806035 E-book gerado especialmente para JESSICA DA HORA SOUSA
2
 
Conto: obra de ficção onde é criado seres e locais totalmente imaginário. Com linguagem linear e curta, 
envolve poucas personagens, que geralmente se movimentam em torno de uma única ação, dada em um só 
espaço, eixo temático e conflito. Suas ações encaminham-se diretamente para um desfecho.
 
Novela: muito parecida com o conto e o romance, diferenciado por sua extensão. Ela fica entre o conto e 
o romance, e tem a história principal, mas também tem várias histórias secundárias. O tempo na novela é ba-
seada no calendário. O tempo e local são definidos pelas histórias dos personagens. A história (enredo) tem um 
ritmo mais acelerado do que a do romance por ter um texto mais curto.
 
Crônica: texto que narra o cotidiano das pessoas, situações que nós mesmos já vivemos e normalmente é 
utilizado a ironia para mostrar um outro lado da mesma história. Na crônica o tempo nãoé relevante e quando 
é citado, geralmente são pequenos intervalos como horas ou mesmo minutos.
 
Poesia: apresenta um trabalho voltado para o estudo da linguagem, fazendo-o de maneira particular, refle-
tindo o momento, a vida dos homens através de figuras que possibilitam a criação de imagens. 
 
Editorial: texto dissertativo argumentativo onde expressa a opinião do editor através de argumentos e fatos 
sobre um assunto que está sendo muito comentado (polêmico). Sua intenção é convencer o leitor a concordar 
com ele.
Entrevista: texto expositivo e é marcado pela conversa de um entrevistador e um entrevistado para a ob-
tenção de informações. Tem como principal característica transmitir a opinião de pessoas de destaque sobre 
algum assunto de interesse. 
Cantiga de roda: gênero empírico, que na escola se materializa em uma concretude da realidade. A cantiga 
de roda permite as crianças terem mais sentido em relação a leitura e escrita, ajudando os professores a iden-
tificar o nível de alfabetização delas.
 
Receita: texto instrucional e injuntivo que tem como objetivo de informar, aconselhar, ou seja, recomendam 
dando uma certa liberdade para quem recebe a informação.
Gêneros discursivos e tipologia textual
Tipos e genêros textuais
Os tipos textuais configuram-se como modelos fixos e abrangentes que objetivam a distinção e definição 
da estrutura, bem como aspectos linguísticos de narração, dissertação, descrição e explicação. Eles apre-
sentam estrutura definida e tratam da forma como um texto se apresenta e se organiza. Existem cinco tipos 
clássicos que aparecem em provas: descritivo, injuntivo, expositivo (ou dissertativo-expositivo) dissertativo e 
narrativo. Vejamos alguns exemplos e as principais características de cada um deles. 
Tipo textual descritivo
A descrição é uma modalidade de composição textual cujo objetivo é fazer um retrato por escrito (ou não) 
de um lugar, uma pessoa, um animal, um pensamento, um sentimento, um objeto, um movimento etc.
Características principais:
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• Os recursos formais mais encontrados são os de valor adjetivo (adjetivo, locução adjetiva e oração adjeti-
va), por sua função caracterizadora.
• Há descrição objetiva e subjetiva, normalmente numa enumeração.
• A noção temporal é normalmente estática.
• Normalmente usam-se verbos de ligação para abrir a definição.
• Normalmente aparece dentro de um texto narrativo.
• Os gêneros descritivos mais comuns são estes: manual, anúncio, propaganda, relatórios, biografia, tutorial.
Exemplo:
Era uma casa muito engraçada
Não tinha teto, não tinha nada
Ninguém podia entrar nela, não
Porque na casa não tinha chão
Ninguém podia dormir na rede
Porque na casa não tinha parede
Ninguém podia fazer pipi
Porque penico não tinha ali
Mas era feita com muito esmero
Na rua dos bobos, número zero
(Vinícius de Moraes)
Tipo textual injuntivo
A injunção indica como realizar uma ação, aconselha, impõe, instrui o interlocutor. Chamado também de 
texto instrucional, o tipo de texto injuntivo é utilizado para predizer acontecimentos e comportamentos, nas leis 
jurídicas.
Características principais:
• Normalmente apresenta frases curtas e objetivas, com verbos de comando, com tom imperativo; há tam-
bém o uso do futuro do presente (10 mandamentos bíblicos e leis diversas).
• Marcas de interlocução: vocativo, verbos e pronomes de 2ª pessoa ou 1ª pessoa do plural, perguntas re-
flexivas etc.
Exemplo:
Impedidos do Alistamento Eleitoral (art. 5º do Código Eleitoral) – Não podem alistar-se eleitores: os que 
não saibam exprimir-se na língua nacional, e os que estejam privados, temporária ou definitivamente dos direi-
tos políticos. Os militares são alistáveis, desde que oficiais, aspirantes a oficiais, guardas-marinha, subtenentes 
ou suboficiais, sargentos ou alunos das escolas militares de ensino superior para formação de oficiais.
Tipo textual expositivo
A dissertação é o ato de apresentar ideias, desenvolver raciocínio, analisar contextos, dados e fatos, por 
meio de exposição, discussão, argumentação e defesa do que pensamos. A dissertação pode ser expositiva ou 
argumentativa. 
A dissertação-expositiva é caracterizada por esclarecer um assunto de maneira atemporal, com o objetivo 
de explicá-lo de maneira clara, sem intenção de convencer o leitor ou criar debate.
Características principais:
• Apresenta introdução, desenvolvimento e conclusão.
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• O objetivo não é persuadir, mas meramente explicar, informar.
• Normalmente a marca da dissertação é o verbo no presente.
• Amplia-se a ideia central, mas sem subjetividade ou defesa de ponto de vista.
• Apresenta linguagem clara e imparcial.
Exemplo:
O texto dissertativo consiste na ampliação, na discussão, no questionamento, na reflexão, na polemização, 
no debate, na expressão de um ponto de vista, na explicação a respeito de um determinado tema. 
Existem dois tipos de dissertação bem conhecidos: a dissertação expositiva (ou informativa) e a argumen-
tativa (ou opinativa).
Portanto, pode-se dissertar simplesmente explicando um assunto, imparcialmente, ou discutindo-o, parcial-
mente.
Tipo textual dissertativo-argumentativo
Este tipo de texto — muito frequente nas provas de concursos — apresenta posicionamentos pessoais e 
exposição de ideias apresentadas de forma lógica. Com razoável grau de objetividade, clareza, respeito pelo 
registro formal da língua e coerência, seu intuito é a defesa de um ponto de vista que convença o interlocutor 
(leitor ou ouvinte).
Características principais:
• Presença de estrutura básica (introdução, desenvolvimento e conclusão): ideia principal do texto (tese); 
argumentos (estratégias argumentativas: causa-efeito, dados estatísticos, testemunho de autoridade, citações, 
confronto, comparação, fato, exemplo, enumeração...); conclusão (síntese dos pontos principais com sugestão/
solução).
• Utiliza verbos na 1ª pessoa (normalmente nas argumentações informais) e na 3ª pessoa do presente do 
indicativo (normalmente nas argumentações formais) para imprimir uma atemporalidade e um caráter de ver-
dade ao que está sendo dito.
• Privilegiam-se as estruturas impessoais, com certas modalizações discursivas (indicando noções de pos-
sibilidade, certeza ou probabilidade) em vez de juízos de valor ou sentimentos exaltados.
• Há um cuidado com a progressão temática, isto é, com o desenvolvimento coerente da ideia principal, 
evitando-se rodeios.
Exemplo:
A maioria dos problemas existentes em um país em desenvolvimento, como o nosso, podem ser resolvidos 
com uma eficiente administração política (tese), porque a força governamental certamente se sobrepõe a pode-
res paralelos, os quais – por negligência de nossos representantes – vêm aterrorizando as grandes metrópoles. 
Isso ficou claro no confronto entre a força militar do RJ e os traficantes, o que comprovou uma verdade simples: 
se for do desejo dos políticos uma mudança radical visando o bem-estar da população, isso é plenamente pos-
sível (estratégia argumentativa: fato-exemplo). É importante salientar, portanto, que não devemos ficar de 
mãos atadas à espera de uma atitude do governo só quando o caos se estabelece; o povo tem e sempre terá 
de colaborar com uma cobrança efetiva (conclusão).
Tipo textual narrativo
O texto narrativo é uma modalidade textual em que se conta um fato, fictício ou não, que ocorreu num de-
terminado tempo e lugar, envolvendo certos personagens. Toda narração tem um enredo, personagens, tempo, 
espaço e narrador (ou foco narrativo).
Características principais:
• O tempo verbal predominante é o passado.
• Foco narrativo com narrador de 1ª pessoa (participa da história – onipresente) ou de 3ª pessoa (não par-
ticipa da história – onisciente).
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• Normalmente, nos concursos públicos, o texto aparece em prosa, não em verso.
Exemplo:Solidão
João era solteiro, vivia só e era feliz. Na verdade, a solidão era o que o tornava assim. Conheceu Maria, 
também solteira, só e feliz. Tão iguais, a afinidade logo se transforma em paixão. Casam-se. Dura poucas se-
manas. Não havia mesmo como dar certo: ao se unirem, um tirou do outro a essência da felicidade. 
Nelson S. Oliveira
Fonte: https://www.recantodasletras.com.br/contossurreais/4835684 
Gêneros textuais
Já os gêneros textuais (ou discursivos) são formas diferentes de expressão comunicativa. As muitas for-
mas de elaboração de um texto se tornam gêneros, de acordo com a intenção do seu produtor. Logo, os gê-
neros apresentam maior diversidade e exercem funções sociais específicas, próprias do dia a dia. Ademais, 
são passíveis de modificações ao longo do tempo, mesmo que preservando características preponderantes. 
Vejamos, agora, uma tabela que apresenta alguns gêneros textuais classificados com os tipos textuais que 
neles predominam. 
Tipo Textual Pre-
dominante
Gêneros Textuais
Descritivo Diário
Relatos (viagens, históricos, etc.)
Biografia e autobiografia
Notícia
Currículo
Lista de compras
Cardápio
Anúncios de classificados
Injuntivo Receita culinária
Bula de remédio
Manual de instruções
Regulamento
Textos prescritivos
Expositivo Seminários
Palestras
Conferências
Entrevistas
Trabalhos acadêmicos
Enciclopédia
Verbetes de dicionários
Dissertativo-argu-
mentativo
Editorial Jornalístico
Carta de opinião
Resenha
Artigo
Ensaio
Monografia, dissertação de mestrado e tese 
de doutorado
Narrativo Romance
Novela
Crônica
Contos de Fada
Fábula
Lendas
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Sintetizando: os tipos textuais são fixos, finitos e tratam da forma como o texto se apresenta. Os gêneros 
textuais são fluidos, infinitos e mudam de acordo com a demanda social. 
Ortografia
ORTOGRAFIA OFICIAL
• Mudanças no alfabeto: O alfabeto tem 26 letras. Foram reintroduzidas as letras k, w e y.
O alfabeto completo é o seguinte: A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V W X Y Z
• Trema: Não se usa mais o trema (¨), sinal colocado sobre a letra u para indicar que ela deve ser pronuncia-
da nos grupos gue, gui, que, qui.
Regras de acentuação
– Não se usa mais o acento dos ditongos abertos éi e ói das palavras paroxítonas (palavras que têm acento 
tônico na penúltima sílaba)
Como era Como fica
alcatéia alcateia
apóia apoia
apóio apoio
Atenção: essa regra só vale para as paroxítonas. As oxítonas continuam com acento: Ex.: papéis, herói, 
heróis, troféu, troféus.
– Nas palavras paroxítonas, não se usa mais o acento no i e no u tônicos quando vierem depois de um 
ditongo.
Como era Como fica
baiúca baiuca
bocaiúva bocaiuva
Atenção: se a palavra for oxítona e o i ou o u estiverem em posição final (ou seguidos de s), o acento per-
manece. Exemplos: tuiuiú, tuiuiús, Piauí.
– Não se usa mais o acento das palavras terminadas em êem e ôo(s).
Como era Como fica
abençôo abençoo
crêem creem
– Não se usa mais o acento que diferenciava os pares pára/para, péla(s)/ pela(s), pêlo(s)/pelo(s), pólo(s)/
polo(s) e pêra/pera.
Atenção:
• Permanece o acento diferencial em pôde/pode. 
• Permanece o acento diferencial em pôr/por. 
• Permanecem os acentos que diferenciam o singular do plural dos verbos ter e vir, assim como de seus 
derivados (manter, deter, reter, conter, convir, intervir, advir etc.).
• É facultativo o uso do acento circunflexo para diferenciar as palavras forma/fôrma.
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Uso de hífen
Regra básica:
Sempre se usa o hífen diante de h: anti-higiênico, super-homem.
Outros casos
1. Prefixo terminado em vogal:
– Sem hífen diante de vogal diferente: autoescola, antiaéreo.
– Sem hífen diante de consoante diferente de r e s: anteprojeto, semicírculo.
– Sem hífen diante de r e s. Dobram-se essas letras: antirracismo, antissocial, ultrassom.
– Com hífen diante de mesma vogal: contra-ataque, micro-ondas.
2. Prefixo terminado em consoante:
– Com hífen diante de mesma consoante: inter-regional, sub-bibliotecário.
– Sem hífen diante de consoante diferente: intermunicipal, supersônico.
– Sem hífen diante de vogal: interestadual, superinteressante.
Observações:
• Com o prefixo sub, usa-se o hífen também diante de palavra iniciada por r: sub-região, sub-raça. Palavras 
iniciadas por h perdem essa letra e juntam-se sem hífen: subumano, subumanidade.
• Com os prefixos circum e pan, usa-se o hífen diante de palavra iniciada por m, n e vogal: circum-navega-
ção, pan-americano.
• O prefixo co aglutina-se, em geral, com o segundo elemento, mesmo quando este se inicia por o: coobri-
gação, coordenar, cooperar, cooperação, cooptar, coocupante.
• Com o prefixo vice, usa-se sempre o hífen: vice-rei, vice-almirante.
• Não se deve usar o hífen em certas palavras que perderam a noção de composição, como girassol, ma-
dressilva, mandachuva, pontapé, paraquedas, paraquedista.
• Com os prefixos ex, sem, além, aquém, recém, pós, pré, pró, usa-se sempre o hífen: ex-aluno, sem-terra, 
além-mar, aquém-mar, recém-casado, pós-graduação, pré-vestibular, pró-europeu.
Viu? Tudo muito tranquilo. Certeza que você já está dominando muita coisa. Mas não podemos parar, não 
é mesmo?!?! Por isso vamos passar para mais um ponto importante. 
Acentuação
Acentuação é o modo de proferir um som ou grupo de sons com mais relevo do que outros. Os sinais dia-
críticos servem para indicar, dentre outros aspectos, a pronúncia correta das palavras. Vejamos um por um:
Acento agudo: marca a posição da sílaba tônica e o timbre aberto.
Já cursei a Faculdade de História.
Acento circunflexo: marca a posição da sílaba tônica e o timbre fechado.
Meu avô e meus três tios ainda são vivos.
Acento grave: marca o fenômeno da crase (estudaremos este caso afundo mais à frente).
Sou leal à mulher da minha vida.
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As palavras podem ser:
– Oxítonas: quando a sílaba tônica é a última (ca-fé, ma-ra-cu-já, ra-paz, u-ru-bu...)
– Paroxítonas: quando a sílaba tônica é a penúltima (me-sa, sa-bo-ne-te, ré-gua...)
– Proparoxítonas: quando a sílaba tônica é a antepenúltima (sá-ba-do, tô-ni-ca, his-tó-ri-co…)
As regras de acentuação das palavras são simples. Vejamos: 
• São acentuadas todas as palavras proparoxítonas (médico, íamos, Ângela, sânscrito, fôssemos...)
• São acentuadas as palavras paroxítonas terminadas em L, N, R, X, I(S), US, UM, UNS, OS, ÃO(S), Ã(S), 
EI(S) (amável, elétron, éter, fênix, júri, oásis, ônus, fórum, órfão...)
• São acentuadas as palavras oxítonas terminadas em A(S), E(S), O(S), EM, ENS, ÉU(S), ÉI(S), ÓI(S) (xa-
rás, convéns, robô, Jô, céu, dói, coronéis...)
• São acentuados os hiatos I e U, quando precedidos de vogais (aí, faísca, baú, juízo, Luísa...)
Viu que não é nenhum bicho de sete cabeças? Agora é só treinar e fixar as regras. 
Pontuação
— Visão Geral
O sistema de pontuação consiste em um grupo de sinais gráficos que, em um período sintático, têm a 
função primordial de indicar um nível maior ou menor de coesão entre estruturas e, ocasionalmente, manifestar 
as propriedades da fala (prosódias) em um discurso redigido. Na escrita, esses sinais substituem os gestos e 
as expressões faciais que, na linguagem falada, auxiliam a compreensão da frase. 
O emprego da pontuação tem as seguintes finalidades: 
– Garantir a clareza, a coerência e a coesão interna dos diversos tipos textuais;
– Garantir os efeitos de sentido dos enunciados;
– Demarcar das unidades de um texto; 
– Sinalizar os limites das estruturas sintáticas.
— Sinais de pontuação que auxiliam na elaboração de um enunciado
Vírgula 
De modo geral, sua utilidade é marcar uma pausa do enunciado para indicar que os termos por ela isolados, 
embora compartilhem da mesma frase ou período, não compõem unidade sintática. Mas, se, ao contrário, 
houver relação sintática entre os termos, estes não devem ser isoladospela vírgula. Isto quer dizer que, ao 
mesmo tempo que existem situações em que a vírgula é obrigatória, em outras, ela é vetada. Confira os casos 
em que a vírgula deve ser empregada: 
• No interior da sentença
1 – Para separar elementos de uma enumeração e repetição:
ENUMERAÇÃO
Adicione leite, farinha, açúcar, ovos, óleo e chocolate.
Paguei as contas de água, luz, telefone e gás.
 
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REPETIÇÃO
Os arranjos estão lindos, lindos!
Sua atitude foi, muito, muito, muito indelicada.
2 – Isolar o vocativo 
“Crianças, venham almoçar!” 
“Quando será a prova, professora?” 
3 – Separar apostos 
“O ladrão, menor de idade, foi apreendido pela polícia.” 
4 – Isolar expressões explicativas: 
“As CPIs que terminaram em pizza, ou seja, ninguém foi responsabilizado.” 
5 – Separar conjunções intercaladas 
“Não foi explicado, porém, o porquê das falhas no sistema.” 
6 – Isolar o adjunto adverbial anteposto ou intercalado: 
“Amanhã pela manhã, faremos o comunicado aos funcionários do setor.” 
“Ele foi visto, muitas vezes, vagando desorientado pelas ruas.” 
7 – Separar o complemento pleonástico antecipado: 
“Estas alegações, não as considero legítimas.” 
8 – Separar termos coordenados assindéticos (não conectadas por conjunções) 
“Os seres vivos nascem, crescem, reproduzem-se, morrem.” 
9 – Isolar o nome de um local na indicação de datas: 
“São Paulo, 16 de outubro de 2022”. 
10 – Marcar a omissão de um termo: 
“Eu faço o recheio, e você, a cobertura.” (omissão do verbo “fazer”). 
• Entre as sentenças
1 – Para separar as orações subordinadas adjetivas explicativas 
“Meu aluno, que mora no exterior, fará aulas remotas.” 
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2 – Para separar as orações coordenadas sindéticas e assindéticas, com exceção das orações iniciadas 
pela conjunção “e”: 
“Liguei para ela, expliquei o acontecido e pedi para que nos ajudasse.” 
3 – Para separar as orações substantivas que antecedem a principal: 
“Quando será publicado, ainda não foi divulgado.” 
4 – Para separar orações subordinadas adverbiais desenvolvidas ou reduzidas, especialmente as que 
antecedem a oração principal: 
Reduzida Por ser sempre assim, ninguém dá atenção!
Desenvolvida Porque é sempre assim, já ninguém dá atenção!
5 – Separar as sentenças intercaladas: 
“Querida, disse o esposo, estarei todos os dias aos pés do seu leito, até que você se recupere por 
completo.”
• Antes da conjunção “e”
1 – Emprega-se a vírgula quando a conjunção “e” adquire valores que não expressam adição, como 
consequência ou diversidade, por exemplo. 
“Argumentou muito, e não conseguiu convencer-me.” 
2 – Utiliza-se a vírgula em casos de polissíndeto, ou seja, sempre que a conjunção “e” é reiterada com com 
a finalidade de destacar alguma ideia, por exemplo:
“(…) e os desenrolamentos, e os incêndios, e a fome, e a sede; e dez meses de combates, e cem dias de 
cancioneiro contínuo; e o esmagamento das ruínas...” (Euclides da Cunha)
3 – Emprega-se a vírgula sempre que orações coordenadas apresentam sujeitos distintos, por exemplo: 
“A mulher ficou irritada, e o marido, constrangido.”
O uso da vírgula é vetado nos seguintes casos: separar sujeito e predicado, verbo e objeto, nome de 
adjunto adnominal, nome e complemento nominal, objeto e predicativo do objeto, oração substantiva e oração 
subordinada (desde que a substantivo não seja apositiva nem se apresente inversamente). 
Ponto
1 – Para indicar final de frase declarativa: 
“O almoço está pronto e será servido.”
2 – Abrevia palavras: 
– “p.” (página) 
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– “V. Sra.” (Vossa Senhoria) 
– “Dr.” (Doutor) 
3 – Para separar períodos: 
“O jogo não acabou. Vamos para os pênaltis.”
Ponto e Vírgula 
1 – Para separar orações coordenadas muito extensas ou orações coordenadas nas quais já se tenha 
utilizado a vírgula: 
“Gosto de assistir a novelas; meu primo, de jogos de RPG; nossa amiga, de praticar esportes.”
2 – Para separar os itens de uma sequência de itens: 
“Os planetas que compõem o Sistema Solar são: 
Mercúrio; 
Vênus; 
Terra; 
Marte; 
Júpiter; 
Saturno; 
Urano;
Netuno.” 
Dois Pontos
1 – Para introduzirem apostos ou orações apositivas, enumerações ou sequência de palavras que explicam 
e/ou resumem ideias anteriores. 
“Anote o endereço: Av. Brasil, 1100.” 
“Não me conformo com uma coisa: você ter perdoado aquela grande ofensa.” 
2 – Para introduzirem citação direta: 
“Desse estudo, Lavoisier extraiu o seu princípio, atualmente muito conhecido: “Nada se cria, nada se 
perde, tudo se transforma’.” 
3 – Para iniciar fala de personagens: 
“Ele gritava repetidamente: 
– Sou inocente!” 
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Reticências 
1 – Para indicar interrupção de uma frase incompleta sintaticamente: 
“Quem sabe um dia...” 
2 – Para indicar hesitação ou dúvida: 
“Então... tenho algumas suspeitas... mas prefiro não revelar ainda.” 
3 – Para concluir uma frase gramaticalmente inacabada com o objetivo de prolongar o raciocínio: 
“Sua tez, alva e pura como um foco de algodão, tingia-se nas faces duns longes cor-de-rosa...” (Cecília - 
José de Alencar).
4 – Suprimem palavras em uma transcrição: 
“Quando penso em você (...) menos a felicidade.” (Canteiros - Raimundo Fagner).
Ponto de Interrogação 
1 – Para perguntas diretas: 
“Quando você pode comparecer?” 
2 – Algumas vezes, acompanha o ponto de exclamação para destacar o enunciado: 
“Não brinca, é sério?!” 
Ponto de Exclamação 
1 – Após interjeição: 
“Nossa Que legal!” 
2 – Após palavras ou sentenças com carga emotiva 
“Infelizmente!” 
3 – Após vocativo 
“Ana, boa tarde!” 
4 – Para fechar de frases imperativas: 
“Entre já!” 
Parênteses 
a) Para isolar datas, palavras, referências em citações, frases intercaladas de valor explicativo, podendo 
substituir o travessão ou a vírgula: 
“Mal me viu, perguntou (sem qualquer discrição, como sempre) 
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quem seria promovido.” 
Travessão 
1 – Para introduzir a fala de um personagem no discurso direto: 
“O rapaz perguntou ao padre: 
— Amar demais é pecado?” 
2 – Para indicar mudança do interlocutor nos diálogos: 
“— Vou partir em breve. 
— Vá com Deus!” 
3 – Para unir grupos de palavras que indicam itinerários: 
“Esse ônibus tem destino à cidade de São Paulo — SP.”
4 – Para substituir a vírgula em expressões ou frases explicativas: 
“Michael Jackson — o retorno rei do pop — era imbatível.” 
Aspas 
1 – Para isolar palavras ou expressões que violam norma culta, como termos populares, gírias, neologismos, 
estrangeirismos, arcaísmos, palavrões, e neologismos. 
“Na juventude, ‘azarava’ todas as meninas bonitas.” 
“A reunião será feita ‘online’.” 
2 – Para indicar uma citação direta: 
“A índole natural da ciência é a longanimidade.” (Machado de Assis)
Formação de palavras
As palavras são formadas por estruturas menores, com significados próprios. Para isso, há vários processos 
que contribuem para a formação das palavras.
Estrutura das palavras
As palavras podem ser subdivididas em estruturas significativas menores - os morfemas, também chama-
dos de elementos mórficos: 
– radical e raiz;
– vogal temática;
– tema;
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– desinências;
– afixos;
– vogais e consoantes de ligação.
Radical: Elemento que contém a base de significação do vocábulo.
Exemplos
VENDer, PARTir, ALUNo, MAR.
Desinências: Elementos que indicam as flexões dos vocábulos.
Dividem-se em:
Nominais
Indicam flexões de gênero e número nos substantivos.
Exemplos
pequenO, pequenA, alunO, aluna.
pequenoS, pequenaS, alunoS, alunas.
Verbais
Indicam flexões de modo, tempo, pessoa e número nos verbos
Exemplos
vendêSSEmos, entregáRAmos. (modo e tempo)
vendesteS, entregásseIS. (pessoa e número)
Indica,nos verbos, a conjugação a que pertencem.
Exemplos
1ª conjugação: – A – cantAr
2ª conjugação: – E – fazEr
3ª conjugação: – I – sumIr
Observação
Nos substantivos ocorre vogal temática quando ela não indica oposição masculino/feminino.
Exemplos
livrO, dentE, paletó.
Tema: União do radical e a vogal temática.
Exemplos
CANTAr, CORREr, CONSUMIr.
Vogal e consoante de ligação: São os elementos que se interpõem aos vocábulos por necessidade de eu-
fonia.
Exemplos
chaLeira, cafeZal.
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Afixos
Os afixos são elementos que se acrescentam antes ou depois do radical de uma palavra para a formação 
de outra palavra. Dividem-se em:
Prefixo: Partícula que se coloca antes do radical.
Exemplos
DISpor, EMpobrecer, DESorganizar.
Sufixo
Afixo que se coloca depois do radical.
Exemplos
contentaMENTO, reallDADE, enaltECER.
Processos de formação das palavras
Composição: Formação de uma palavra nova por meio da junção de dois ou mais vocábulos primitivos. 
Temos:
Justaposição: Formação de palavra composta sem alteração na estrutura fonética das primitivas.
Exemplos
passa + tempo = passatempo
gira + sol = girassol
Aglutinação: Formação de palavra composta com alteração da estrutura fonética das primitivas.
Exemplos
em + boa + hora = embora
vossa + merce = você
Derivação: 
Formação de uma nova palavra a partir de uma primitiva. Temos:
Prefixação: Formação de palavra derivada com acréscimo de um prefixo ao radical da primitiva.
Exemplos
CONter, INapto, DESleal.
Sufixação: Formação de palavra nova com acréscimo de um sufixo ao radical da primitiva.
Exemplos
cafezAL, meninINHa, loucaMENTE.
Parassíntese: Formação de palavra derivada com acréscimo de um prefixo e um sufixo ao radical da primi-
tiva ao mesmo tempo.
Exemplos
EMtardECER, DESanimADO, ENgravidAR.
Derivação imprópria: Alteração da função de uma palavra primitiva.
Exemplo
Todos ficaram encantados com seu andar: verbo usado com valor de substantivo.
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Derivação regressiva: Ocorre a alteração da estrutura fonética de uma palavra primitiva para a formação de 
uma derivada. Em geral de um verbo para substantivo ou vice-versa.
Exemplos
combater – o combate
chorar – o choro
Prefixos
Os prefixos existentes em Língua Portuguesa são divididos em: vernáculos, latinos e gregos.
Vernáculos: Prefixos latinos que sofreram modificações ou foram aportuguesados: a, além, ante, aquém, 
bem, des, em, entre, mal, menos, sem, sob, sobre, soto.
Nota-se o emprego desses prefixos em palavras como: abordar, além-mar, bem-aventurado, desleal, engar-
rafar, maldição, menosprezar, sem-cerimônia, sopé, sobpor, sobre-humano, etc.
Latinos: Prefixos que conservam até hoje a sua forma latina original:
a, ab, abs – afastamento: aversão, abjurar.
a, ad – aproximação, direção: amontoar.
ambi – dualidade: ambidestro.
bis, bin, bi – repetição, dualidade: bisneto, binário.
centum – cem: centúnviro, centuplicar, centígrado.
circum, circun, circu – em volta de: circumpolar, circunstante.
cis – aquem de: cisalpino, cisgangético.
com, con, co – companhia, concomitância: combater, contemporâneo.
contra – oposição, posição inferior: contradizer.
de – movimento de cima para baixo, origem, afastamento: decrescer, deportar.
des – negação, separação, ação contrária: desleal, desviar.
dis, di – movimento para diversas partes, ideia contrária: distrair, dimanar.
entre – situação intermediaria, reciprocidade: entrelinha, entrevista.
ex, es, e – movimento de dentro para fora, intensidade, privação, situação cessante: exportar, espalmar, 
ex-professor.
extra – fora de, além de, intensidade: extravasar, extraordinário.
im, in, i – movimento para dentro; ideia contraria: importar, ingrato.
inter – no meio de: intervocálico, intercalado.
intra – movimento para dentro: intravenoso, intrometer.
justa – perto de: justapor.
multi – pluralidade: multiforme.
ob, o – oposição: obstar, opor, obstáculo.
pene – quase: penúltimo, península.
per – movimento através de, acabamento de ação; ideia pejorativa: percorrer.
post, pos – posteridade: postergar, pospor.
pre – anterioridade: predizer, preclaro.
preter – anterioridade, para além: preterir, preternatural.
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pro – movimento para diante, a favor de, em vez de: prosseguir, procurador, pronome.
re – movimento para trás, ação reflexiva, intensidade, repetição: regressar, revirar.
retro – movimento para trás: retroceder.
satis – bastante: satisdar.
sub, sob, so, sus – inferioridade: subdelegado, sobraçar, sopé.
subter – por baixo: subterfúgio.
super, supra – posição superior, excesso: super-homem, superpovoado.
trans, tras, tra, tres – para além de, excesso: transpor.
tris, três, tri – três vezes: trisavô, tresdobro.
ultra – para além de, intensidade: ultrapassar, ultrabelo.
uni – um: unânime, unicelular.
Grego: Os principais prefixos de origem grega são:
a, an – privação, negação: ápode, anarquia.
ana – inversão, parecença: anagrama, analogia.
anfi – duplicidade, de um e de outro lado: anfíbio, anfiteatro.
anti – oposição: antipatia, antagonista.
apo – afastamento: apólogo, apogeu.
arqui, arque, arce, arc – superioridade: arcebispo, arcanjo.
caco – mau: cacofonia.
cata – de cima para baixo: cataclismo, catalepsia.
deca – dez: decâmetro.
dia – através de, divisão: diáfano, diálogo.
dis – dualidade, mau: dissílabo, dispepsia.
en – sobre, dentro: encéfalo, energia.
endo – para dentro: endocarpo.
epi – por cima: epiderme, epígrafe.
eu – bom: eufonia, eugênia, eupepsia.
hecto – cem: hectômetro.
hemi – metade: hemistíquio, hemisfério.
hiper – superioridade: hipertensão, hipérbole.
hipo – inferioridade: hipoglosso, hipótese, hipotermia.
homo – semelhança, identidade: homônimo.
meta – união, mudança, além de: metacarpo, metáfase.
míria – dez mil: miriâmetro.
mono – um: monóculo, monoculista.
neo – novo, moderno: neologismo, neolatino.
para – aproximação, oposição: paráfrase, paradoxo.
penta – cinco: pentágono.
peri – em volta de: perímetro.
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poli – muitos: polígono, polimorfo.
pro – antes de: prótese, prólogo, profeta.
Sufixos
Os sufixos podem ser: nominais, verbais e adverbial.
Nominais
Coletivos: -aria, -ada, -edo, -al, -agem, -atro, -alha, -ama.
Aumentativos e diminutivos: -ão, -rão, -zão, -arrão, -aço, -astro, -az.
Agentes: -dor, -nte, -ário, -eiro, -ista.
Lugar: -ário, -douro, -eiro, -ório.
Estado: -eza, -idade, -ice, -ência, -ura, -ado, -ato.
Pátrios: -ense, -ista, -ano, -eiro, -ino, -io, -eno, -enho, -aico.
Origem, procedência: -estre, -este, -esco.
Verbais
Comuns: -ar, -er, -ir.
Frequentativos: -açar, -ejar, -escer, -tear, -itar.
Incoativos: -escer, -ejar, -itar.
Diminutivos: -inhar, -itar, -icar, -iscar.
Adverbial = há apenas um
MENTE: mecanicamente, felizmente etc.
Léxico: adequação no emprego das palavras. Verbos: conjugação, emprego dos tem-
pos, modos e vozes verbais; as palavras de relação
CLASSES DE PALAVRAS
Substantivo 
São as palavras que atribuem nomes aos seres reais ou imaginários (pessoas, animais, objetos), lugares, 
qualidades, ações e sentimentos, ou seja, que tem existência concreta ou abstrata. 
Classificação dos substantivos
SUBSTANTIVO SIMPLES: 
apresentam um só radical em sua 
estrutura. 
Olhos/água/
muro/quintal/caderno/macaco/sabão
SUBSTANTIVOS 
COMPOSTOS: são formados 
por mais de um radical em sua 
estrutura.
Macacos-prego/
porta-voz/
pé-de-moleque
SUBSTANTIVOS PRIMITIVOS: 
são os que dão origem a outras 
palavras, ou seja, ela é a primeira.
Casa/
mundo/
população
/formiga
SUBSTANTIVOS DERIVADOS: 
são formados por outros radicais 
da língua.
Caseiro/mundano/populacional/
formigueiro
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SUBSTANTIVOS PRÓPRIOS: 
designa determinado ser entre 
outros da mesma espécie. 
São sempreiniciados por letra 
maiúscula.
Rodrigo
/Brasil
/Belo Horizonte/Estátua da 
Liberdade
SUBSTANTIVOS COMUNS: 
referem-se qualquer ser de uma 
mesma espécie.
biscoitos/ruídos/estrelas/cachorro/
prima
SUBSTANTIVOS 
CONCRETOS: nomeiam seres 
com existência própria. Esses 
seres podem ser animadoso ou 
inanimados, reais ou imaginários.
Leão/corrente
/estrelas/fadas
/lobisomem
/saci-pererê
SUBSTANTIVOS ABSTRATOS: 
nomeiam ações, estados, 
qualidades e sentimentos que não 
tem existência própria, ou seja, só 
existem em função de um ser.
Mistério/
bondade/
confiança/
lembrança/
amor/
alegria
SUBSTANTIVOS COLETIVOS: 
referem-se a um conjunto de 
seres da mesma espécie, mesmo 
quando empregado no singular e 
constituem um substantivo comum.
Elenco (de atores)/
acervo (de obras artísticas)/buquê 
(de flores)
NÃO DEIXE DE PESQUISAR A REGÊNCIA DE OUTRAS PALAVRAS 
QUE NÃO ESTÃO AQUI!
Flexão dos Substantivos
• Gênero: Os gêneros em português podem ser dois: masculino e feminino. E no caso dos substantivos 
podem ser biformes ou uniformes
– Biformes: as palavras tem duas formas, ou seja, apresenta uma forma para o masculino e uma para o 
feminino: tigre/tigresa, o presidente/a presidenta, o maestro/a maestrina
– Uniformes: as palavras tem uma só forma, ou seja, uma única forma para o masculino e o feminino. Os 
uniformes dividem-se em epicenos, sobrecomuns e comuns de dois gêneros.
a) Epicenos: designam alguns animais e plantas e são invariáveis: onça macho/onça fêmea, pulga macho/
pulga fêmea, palmeira macho/palmeira fêmea.
b) Sobrecomuns: referem-se a seres humanos; é pelo contexto que aparecem que se determina o gênero: 
a criança (o criança), a testemunha (o testemunha), o individuo (a individua).
c) Comuns de dois gêneros: a palavra tem a mesma forma tanto para o masculino quanto para o feminino: 
o/a turista, o/a agente, o/a estudante, o/a colega.
• Número: Podem flexionar em singular (1) e plural (mais de 1).
– Singular: anzol, tórax, próton, casa.
– Plural: anzóis, os tórax, prótons, casas.
• Grau: Podem apresentar-se no grau aumentativo e no grau diminutivo.
– Grau aumentativo sintético: casarão, bocarra.
– Grau aumentativo analítico: casa grande, boca enorme.
– Grau diminutivo sintético: casinha, boquinha
– Grau diminutivo analítico: casa pequena, boca minúscula. 
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Adjetivo 
É a palavra variável que especifica e caracteriza o substantivo: imprensa livre, favela ocupada. Locução 
adjetiva é expressão composta por substantivo (ou advérbio) ligado a outro substantivo por preposição com o 
mesmo valor e a mesma função que um adjetivo: golpe de mestre (golpe magistral), jornal da tarde (jornal 
vespertino).
Flexão do Adjetivos
• Gênero:
– Uniformes: apresentam uma só para o masculino e o feminino: homem feliz, mulher feliz.
– Biformes: apresentam uma forma para o masculino e outra para o feminino: juiz sábio/ juíza sábia, bairro 
japonês/ indústria japonesa, aluno chorão/ aluna chorona. 
• Número:
– Os adjetivos simples seguem as mesmas regras de flexão de número que os substantivos: sábio/ sábios, 
namorador/ namoradores, japonês/ japoneses.
– Os adjetivos compostos têm algumas peculiaridades: luvas branco-gelo, garrafas amarelo-claras, cintos 
da cor de chumbo.
• Grau:
– Grau Comparativo de Superioridade: Meu time é mais vitorioso (do) que o seu.
– Grau Comparativo de Inferioridade: Meu time é menos vitorioso (do) que o seu.
– Grau Comparativo de Igualdade: Meu time é tão vitorioso quanto o seu.
– Grau Superlativo Absoluto Sintético: Meu time é famosíssimo.
– Grau Superlativo Absoluto Analítico: Meu time é muito famoso.
– Grau Superlativo Relativo de Superioridade: Meu time é o mais famoso de todos.
– Grau Superlativo Relativo de Inferioridade; Meu time é menos famoso de todos.
Artigo 
É uma palavra variável em gênero e número que antecede o substantivo, determinando de modo particular 
ou genérico.
• Classificação e Flexão do Artigos
– Artigos Definidos: o, a, os, as.
O menino carregava o brinquedo em suas costas.
As meninas brincavam com as bonecas.
– Artigos Indefinidos: um, uma, uns, umas.
Um menino carregava um brinquedo.
Umas meninas brincavam com umas bonecas.
Numeral 
É a palavra que indica uma quantidade definida de pessoas ou coisas, ou o lugar (posição) que elas ocupam 
numa série.
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• Classificação dos Numerais
– Cardinais: indicam número ou quantidade: 
Trezentos e vinte moradores.
– Ordinais: indicam ordem ou posição numa sequência: 
Quinto ano. Primeiro lugar.
– Multiplicativos: indicam o número de vezes pelo qual uma quantidade é multiplicada: 
O quíntuplo do preço.
– Fracionários: indicam a parte de um todo: 
Dois terços dos alunos foram embora.
Pronome 
É a palavra que substitui os substantivos ou os determinam, indicando a pessoa do discurso.
• Pronomes pessoais vão designar diretamente as pessoas em uma conversa. Eles indicam as três pessoas 
do discurso. 
Pessoas do Discurso
Pronomes Retos
Função Subjetiva
Pronomes Oblíquos
Função Objetiva
1º pessoa do singular Eu Me, mim, comigo
2º pessoa do singular Tu Te, ti, contigo
3º pessoa do singular Ele, ela, Se, si, consigo, lhe, o, a
1º pessoa do plural Nós Nos, conosco
2º pessoa do plural Vós Vos, convosco
3º pessoa do plural Eles, elas Se, si, consigo, lhes, os, as
• Pronomes de Tratamento são usados no trato com as pessoas, normalmente, em situações formais de 
comunicação. 
Pronomes de Trata-
mento
Emprego
Você Utilizado em situações informais.
Senhor (es) e Senhora 
(s)
Tratamento para pessoas mais velhas.
Vossa Excelência Usados para pessoas com alta autoridade 
Vossa Magnificência Usados para os reitores das Universidades.
Vossa Senhoria Empregado nas correspondências e textos escritos.
Vossa Majestade Utilizado para Reis e Rainhas
Vossa Alteza Utilizado para príncipes, princesas, duques.
Vossa Santidade Utilizado para o Papa
Vossa Eminência Usado para Cardeais.
Vossa Reverendíssima Utilizado para sacerdotes e religiosos em geral.
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• Pronomes Possessivos referem-se às pessoas do discurso, atribuindo-lhes a posse de alguma coisa.
Pessoa do Discurso Pronome Possessivo
1º pessoa do singular Meu, minha, meus, minhas
2º pessoa do singular teu, tua, teus, tuas
3º pessoa do singular seu, sua, seus, suas
1º pessoa do plural Nosso, nossa, nossos, nossas
2º pessoa do plural Vosso, vossa, vossos, vossas
3º pessoa do plural Seu, sua, seus, suas
• Pronomes Demonstrativos são utilizados para indicar a posição de algum elemento em relação à pes-
soa seja no discurso, no tempo ou no espaço.
Pronomes Demonstra-
tivos
Singular Plural
Feminino esta, essa, aquela estas, essas, aquelas
Masculino este, esse, aquele estes, esses, aqueles
• Pronomes Indefinidos referem-se à 3º pessoa do discurso, designando-a de modo vago, impreciso, inde-
terminado. Os pronomes indefinidos podem ser variáveis (varia em gênero e número) e invariáveis (não variam 
em gênero e número).
Classificação Pronomes Indefinidos
Variáveis
algum, alguma, alguns, algumas, nenhum, nenhuma, nenhuns, nenhumas, 
muito, muita, muitos, muitas, pouco, pouca, poucos, poucas, todo, toda, to-
dos, todas, outro, outra, outros, outras, certo, certa, certos, certas, vário, vária, 
vários, várias, tanto, tanta, tantos, tantas, quanto, quanta, quantos, quantas, 
qualquer, quaisquer, qual, quais, um, uma, uns, umas.
Invariáveis quem, alguém, ninguém, tudo, nada, outrem, algo, cada.
• Pronomes Interrogativos são palavras variáveis e invariáveis utilizadas para formular perguntas diretas e 
indiretas.
Classificação Pronomes Interrogativos
Variáveis qual, quais, quanto, quantos, quanta, quantas.
Invariáveis quem, que.
• Pronomes Relativos referem-se a um termo já dito anteriormente na oração, evitando sua repeti-
ção. Eles também podem ser variáveis e invariáveis. 
Classifi-
cação Pronomes RelativosVariáveis o qual, a qual, os quais, as quais, cujo, cuja, cujos, cujas, quanto, quanta, quantos, 
quantas.
I n v a r i á -
veis quem, que, onde.
Verbos 
São as palavras que exprimem ação, estado, fenômenos meteorológicos, sempre em relação ao um deter-
minado tempo. 
• Flexão verbal
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Os verbos podem ser flexionados de algumas formas. 
– Modo: É a maneira, a forma como o verbo se apresenta na frase para indicar uma atitude da pessoa que 
o usou. O modo é dividido em três: indicativo (certeza, fato), subjuntivo (incerteza, subjetividade) e imperativo 
(ordem, pedido). 
– Tempo: O tempo indica o momento em que se dá o fato expresso pelo verbo. Existem três tempos no 
modo indicativo: presente, passado (pretérito perfeito, imperfeito e mais-que-perfeito) e futuro (do presente e do 
pretérito). No subjuntivo, são três: presente, pretérito imperfeito e futuro.
– Número: Este é fácil: singular e plural. 
– Pessoa: Fácil também: 1ª pessoa (eu amei, nós amamos); 2º pessoa (tu amaste, vós amastes); 3ª pessoa 
(ele amou, eles amaram).
• Formas nominais do verbo
Os verbos têm três formas nominais, ou seja, formas que exercem a função de nomes (normalmente, subs-
tantivos). São elas infinitivo (terminado em -R), gerúndio (terminado em –NDO) e particípio (terminado em –DA/
DO). 
• Voz verbal 
É a forma como o verbo se encontra para indicar sua relação com o sujeito. Ela pode ser ativa, passiva ou 
reflexiva. 
– Voz ativa: Segundo a gramática tradicional, ocorre voz ativa quando o verbo (ou locução verbal) indica 
uma ação praticada pelo sujeito. Veja:
João pulou da cama atrasado
– Voz passiva: O sujeito é paciente e, assim, não pratica, mas recebe a ação. A voz passiva pode ser ana-
lítica ou sintética. A voz passiva analítica é formada por:
Sujeito paciente + verbo auxiliar (ser, estar, ficar, entre outros) + verbo principal da ação conjugado no 
particípio + preposição por/pelo/de + agente da passiva.
A casa foi aspirada pelos rapazes
A voz passiva sintética, também chamada de voz passiva pronominal (devido ao uso do pronome se) é 
formada por:
Verbo conjugado na 3.ª pessoa (no singular ou no plural) + pronome apassivador «se» + sujeito pa-
ciente.
Aluga-se apartamento.
Advérbio 
É a palavra invariável que modifica o verbo, adjetivo, outro advérbio ou a oração inteira, expressando uma 
determinada circunstância. As circunstâncias dos advérbios podem ser:
– Tempo: ainda, cedo, hoje, agora, antes, depois, logo, já, amanhã, tarde, sempre, nunca, quando, jamais, 
ontem, anteontem, brevemente, atualmente, à noite, no meio da noite, antes do meio-dia, à tarde, de manhã, 
às vezes, de repente, hoje em dia, de vez em quando, em nenhum momento, etc.
– Lugar: Aí, aqui, acima, abaixo, ali, cá, lá, acolá, além, aquém, perto, longe, dentro, fora, adiante, defronte, 
detrás, de cima, em cima, à direita, à esquerda, de fora, de dentro, por fora, etc.
– Modo: assim, melhor, pior, bem, mal, devagar, depressa, rapidamente, lentamente, apressadamente, fe-
lizmente, às pressas, às ocultas, frente a frente, com calma, em silêncio, etc.
– Afirmação: sim, deveras, decerto, certamente, seguramente, efetivamente, realmente, sem dúvida, com 
certeza, por certo, etc. 
– Negação: não, absolutamente, tampouco, nem, de modo algum, de jeito nenhum, de forma alguma, etc.
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– Intensidade: muito, pouco, mais, menos, meio, bastante, assaz, demais, bem, mal, tanto, tão, quase, ape-
nas, quanto, de pouco, de todo, etc.
– Dúvida: talvez, acaso, possivelmente, eventualmente, porventura, etc.
Preposição 
É a palavra que liga dois termos, de modo que o segundo complete o sentido do primeiro. As preposições 
são as seguintes: 
Conjunção 
É palavra que liga dois elementos da mesma natureza ou uma oração a outra. As conjunções podem ser 
coordenativas (que ligam orações sintaticamente independentes) ou subordinativas (que ligam orações com 
uma relação hierárquica, na qual um elemento é determinante e o outro é determinado). 
• Conjunções Coordenativas
Tipos Conjunções Coordenativas
Aditivas e, mas ainda, mas também, nem...
Adversati-
vas contudo, entretanto, mas, não obstante, no entanto, porém, todavia...
Alternat i -
vas já…, já…, ou, ou…, ou…, ora…, ora…, quer…, quer…
Conclusi-
vas
assim, então, logo, pois (depois do verbo), por conseguinte, por isso, 
portanto...
Expl icat i-
vas pois (antes do verbo), porquanto, porque, que...
• Conjunções Subordinativas
Tipos Conjunções Subordinativas
Causais Porque, pois, porquanto, como, etc.
Concessivas Embora, conquanto, ainda que, mesmo que, posto que, etc.
Condicionais Se, caso, quando, conquanto que, salvo se, sem que, etc.
Conformativas Conforme, como (no sentido de conforme), segundo, consoan-
te, etc.
Finais Para que, a fim de que, porque (no sentido de que), que, etc.
Proporcionais À medida que, ao passo que, à proporção que, etc.
Temporais Quando, antes que, depois que, até que, logo que, etc.
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Comparativas Que, do que (usado depois de mais, menos, maior, menor, 
melhor, etc.
Consecutivas Que (precedido de tão, tal, tanto), de modo que, De maneira 
que, etc.
Integrantes Que, se.
Interjeição 
É a palavra invariável que exprime ações, sensações, emoções, apelos, sentimentos e estados de espírito, 
traduzindo as reações das pessoas.
• Principais Interjeições
Oh! Caramba! Viva! Oba! Alô! Psiu! Droga! Tomara! Hum!
Dez classes de palavras foram estudadas agora. O estudo delas é muito importante, pois se você tem bem 
construído o que é e a função de cada classe de palavras, não terá dificuldades para entender o estudo da 
Sintaxe. 
Morfossintaxe
1Não há como separar o conhecimento sintático do morfológico, afinal esse conhecimento contribui para 
uma maior segurança na determinação das funções sintáticas dos termos da oração: “a base ou a natureza 
morfológica de um sintagma (constituinte imediato das orações) determina ou autoriza sua função sintática”.
Nada na língua funciona de maneira isolada. E é por isso que reconhecer a natureza morfológica das 
palavras é importante para a compreensão de quais funções sintáticas elas poderão assumir em uma frase.
Vamos utilizar esse pensamento para analisar a existência de adjetivos no seguinte enunciado:
A lua brilhava intensamente naquela noite fria de inverno.
Para descobrir a quantidade de adjetivos que esse enunciado contém, é possível proceder morfossintaticamente 
dessa forma:
1° – Na Língua Portuguesa, os adjetivos são variáveis em gênero e/ou número;
2° – Os adjetivos permitem-se articular (ou modificar) por outras palavras que sejam advérbios;
3° – Somente adjetivos aceitam o sufixo -mente, dando origem a um advérbio nominal.
Seguindo o critério mórfico, nesse enunciado, apenas a palavra fria aceitaria o sufixo -mente, originando 
um advérbio nominal. No enunciado, já temos o advérbio nominal intensamente, que, primitivamente, é um 
adjetivo de intensidade. Esse fato reforça o terceiro item da explicação.
Com o mesmo raciocínio, somente as palavras fria e intensamente permitem-se articular (ou modificar) por 
outras que sejam advérbios intensificadores, como tão, muito e bem, dependendo do contexto.
1 https://educacao.uol.com.br/disciplinas/portugues/analise-morfossintatica---adjetivo-natureza-morfologi-
ca-e-sintatica.htm.
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É possível que surja uma dúvida: se o advérbio, assim como o adjetivo, permite-se articular por tão, muito 
e bem, como é possível estabelecer um critério rigoroso para encontrar o adjetivo sem confundi-lo com o 
advérbio?
Basta utilizar o primeiro item da explicação, ou seja, os adjetivos são variáveis em gênero e número. Veja 
o exemplo:
A lua brilhava intensamentes naquelas noites frias de inverno.
Em Língua Portuguesa, jamais alguém falaria intensamentes, afinal o advérbio é invariável.Frias soa bem 
aos ouvidos, pois se trata de uma construção normal. Dessa forma, nota-se que frias varia em gênero e/ou 
número, sendo esta a característica que a diferencia de um advérbio.
Seguindo os critérios estabelecidos anteriormente, apenas a palavra fria daquele primeiro enunciado é um 
adjetivo.
A partir dessas explicações, fica claro que sempre que for falado sobre o estudo das Articulações 
Morfossintáticas, é preciso conhecer e estudar as Classes de Palavras e a Análise Sintática.
A morfologia estuda a classe e a forma, já a sintaxe, a relação e a função.
2Exemplo: 
“O dia está nublado”. 
Análise morfológica
O – artigo.
Dia – substantivo.
Está – verbo (estar).
Nublado – adjetivo.
Análise Sintática
O dia – Sujeito Simples.
Está nublado – predicado nominal, porque o verbo proposto denota estado, se tratando de um verbo de 
ligação.
Nublado – predicado do sujeito, afinal revela uma característica sobre o mesmo.
“João e José gostam de jogar todos os dias”.
Análise morfológica
João – substantivo próprio.
José – substantivo próprio.
Gostam – verbo (gostar).
De – preposição.
Jogar – verbo no infinitivo (forma original).
Todos – pronome indefinido.
Os – artigo definido.
Dias – substantivo simples.
Análise Sintática
2 https://brasilescola.uol.com.br/gramatica/analise-sintatica-analise-morfologica.htm.
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João e José – sujeito composto (dois núcleos).
Gostam de jogar todos os dias – predicado verbal.
De jogar – objeto indireto (complementa o sentido do verbo).
Todos os dias – adjunto adverbial de tempo.
CLASSE 
GRAMATICAL FUNÇÃO SINTÁTICA CLASSIFICAÇÃO SINTATICAMENTE
Substantivo
Denomina os seres em 
geral;
É uma palavra nuclear;
O substantivo (ou a 
palavra com valor de 
substantivo) sempre vai 
funcionar como núcleo 
dos termos.
– Comum e Próprio;
– Concreto e Abstrato;
– Primitivo e derivado;
– Simples e composto;
– Coletivo.
– Núcleo do sujeito;
– Núcleo do objeto direto;
– Núcleo do objeto indireto;
– Núcleo do complemento 
nominal;
– Núcleo do predicativo do 
sujeito;
– Núcleo do agente da 
passiva;
– Núcleo do adjunto 
adverbial.
Artigo Indica o gênero e o 
número do substantivo.
– Definidos;
– Indefinidos.
– Adjunto adnominal
Adjetivo
Acompanha o substantivo, 
indicando qualidades ou 
características.
– Locução adjetiva;
– Substantivação do 
adjetivo;
– Flexões do adjetivo.
– Adjunto adnominal;
– Nome predicativo.
Numeral
Palavra que indica 
número de ordem, 
múltiplo, quantidade ou 
fração.
– Cardinais;
– Ordinais;
– Multiplicativos;
– Fracionários.
– Nome predicativo;
– Adjunto adnominal.
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Pronome Palavra que acompanha 
ou substitui o substantivo.
– Pessoal;
– Tratamento;
– Possessivo;
– Demonstrativo;
– Indefinido;
– Interrogativo;
– Relativo.
– Pronome substantivo 
(substitui o nome): núcleo dos 
termos;
– Pronome adjetivo 
(acompanha o nome): adjunto 
adnominal;
– Objeto indireto;
– Adjunto adnominal;
– Complemento nominal.
Verbo
Indica processo (estado, 
ação, mudança, 
aparência, fenômeno da 
natureza.
O verbo é o núcleo do 
predicado.
Empregos de tempos e 
modos verbais.
– Verbo intransitivo: núcleo do 
predicado verbal;
– Verbo transitivo direto: 
núcleo do predicado verbal;
– Verbo de ligação: predicado 
como núcleo do predicado.
Advérbio
Modifica o verbo, 
o adjetivo ou outro 
advérbio, já que exprime 
circunstâncias (de lugar, 
modo, tempo).
– Modo;
– Tempo;
– Afirmação;
– Lugar;
– Negação;
– Intensidade;
– Dúvida;
– Interrogação.
– Adjunto adverbial;
– Locução adverbial (modo, 
lugar, tempo, etc.).
Preposição
Função de ligar 
palavras ou orações, 
subordinando-as.
Essenciais e acidentais.
– Não tem função sintática, 
funciona somente como 
conectivo.
Conjunções Liga palavras e orações. Coordenativas e 
subordinativas.
Não possui função sintática, 
funciona somente como 
conetivo.
Interjeição
Palavra que expressa 
surpresa, emoções, 
aplauso.
As interjeições são 
classificadas segundo as 
emoções ou sentimentos.
Não apresenta função 
sintática, exprime emoções.
Estrutura do período, da oração e da frase
Frase
É todo enunciado capaz de transmitir a outrem tudo aquilo que pensamos, queremos ou sentimos.
Exemplos
Caía uma chuva.
Dia lindo.
Oração
É a frase que apresenta estrutura sintática (normalmente, sujeito e predicado, ou só o predicado).
Exemplos
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Ninguém segura este menino. (Ninguém: sujeito; segura este menino: predicado)
Havia muitos suspeitos. (Oração sem sujeito; havia muitos suspeitos: predicado)
Termos da oração
1. Termos 
essenciais
sujeito
predicado 
2. Termos 
integrantes
complemento 
verbal
complemento 
nominal
agente da 
passiva
 
objeto direto
objeto 
indireto
 
 
3. Termos 
acessórios
Adjunto 
adnominal
adjunto 
adverbial
aposto
 
4. Vocativo 
Diz-se que sujeito e predicado são termos “essenciais”, mas note que o termo que realmente é o núcleo da 
oração é o verbo:
Chove. (Não há referência a sujeito.)
Cansei. (O sujeito e eu, implícito na forma verbal.)
Os termos “acessórios” são assim chamados por serem supostamente dispensáveis, o que nem sempre é 
verdade.
Sujeito e predicado
Sujeito é o termo da oração com o qual, normalmente, o verbo concorda.
Exemplos
A notícia corria rápida como pólvora. (Corria está no singular concordando com a notícia.)
As notícias corriam rápidas como pólvora. (Corriam, no plural, concordando com as notícias.)
O núcleo do sujeito é a palavra principal do sujeito, que encerra a essência de sua significação. Em torno 
dela, como que gravitam as demais.
Exemplo: Os teus lírios brancos embelezam os campos. (Lírios é o núcleo do sujeito.)
Podem exercer a função de núcleo do sujeito o substantivo e palavras de natureza substantiva. Veja:
O medo salvou-lhe a vida. (substantivo)
Os medrosos fugiram. (Adjetivo exercendo papel de substantivo: adjetivo substantivado.)
A definição mais adequada para sujeito é: sujeito é o termo da oração com o qual o verbo normalmente 
concorda.
Sujeito simples: tem um só núcleo.
Exemplo: As flores morreram.
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Sujeito composto: tem mais de um núcleo.
Exemplo: O rapaz e a moça foram encostados ao muro.
Sujeito elíptico (ou oculto): não expresso e que pode ser determinado pela desinência verbal ou pelo 
contexto.
Exemplo: Viajarei amanhã. (sujeito oculto: eu)
Sujeito indeterminado: é aquele que existe, mas não podemos ou não queremos identificá-lo com precisão.
Ocorre:
- quando o verbo está na 3ª pessoa do plural, sem referência a nenhum substantivo anteriormente expres-
so.
Exemplo: Batem à porta.
- com verbos intransitivo (VI), transitivo indireto (VTI) ou de ligação (VL) acompanhados da partícula SE, 
chamada de índice de indeterminação do sujeito (IIS).
Exemplos:
Vive-se bem. (VI)
Precisa-se de pedreiros. (VTI)
Falava-se baixo. (VI)
Era-se feliz naquela época. (VL)
Orações sem sujeito
São orações cujos verbos são impessoais, com sujeito inexistente.
Ocorrem nos seguintes casos:
- com verbos que se referem a fenômenos meteorológicos.
Exemplo: Chovia. Ventava durante a noite.
- haver no sentido de existir ou quando se refere a tempo decorrido.
Exemplo: Há duas semanas não o vejo. (= Faz duas semanas)
- fazer referindo-se a fenômenos meteorológicos ou a tempo decorrido.
Exemplo: Fazia 40° à sombra.
- ser nas indicações de horas, datas e distâncias.
Exempl: São duas horas.
Predicado nominal
O núcleo, em torno do qual as demais palavras do predicado gravitam e que contém o que de mais impor-
tante se comunica a respeito do sujeito, e um nome (isto é, um substantivo ou adjetivo, ou palavra de natureza 
substantiva). O verbo e de ligação (liga o núcleo ao sujeito) e indica estado (ser, estar, continuar, ficar, perma-
necer; também andar, com o sentido de estar;virar, com o sentido de transformar-se em; e viver, com o sentido 
de estar sempre).
Exemplo: 
Os príncipes viraram sapos muito feios. (verbo de ligação mais núcleo substantivo: sapos)
Verbos de ligação
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São aqueles que, sem possuírem significação precisa, ligam um sujeito a um predicativo. São verbos de 
ligação: ser, estar, ficar, parecer, permanecer, continuar, tornar-se etc.
Exemplo: A rua estava calma.
Predicativo do sujeito
É o termo da oração que, no predicado, expressa qualificação ou classificação do sujeito.
Exemplo: Você será engenheiro.
- O predicativo do sujeito, além de vir com verbos de ligação, pode também ocorrer com verbos intransiti-
vos ou com verbos transitivos.
Predicado verbal
Ocorre quando o núcleo é um verbo. Logo, não apresenta predicativo. E formado por verbos transitivos ou 
intransitivos.
Exemplo: A população da vila assistia ao embarque. (Núcleo do sujeito: população; núcleo do predica-
do: assistia, verbo transitivo indireto)
Verbos intransitivos
São verbos que não exigem complemento algum; como a ação verbal não passa, não transita para nenhum 
complemento, recebem o nome de verbos intransitivos. Podem formar predicado sozinhos ou com adjuntos 
adverbiais.
Exemplo: Os visitantes retornaram ontem à noite.
Verbos transitivos
São verbos que, ao declarar alguma coisa a respeito do sujeito, exigem um complemento para a perfeita 
compreensão do que se quer dizer. Tais verbos se denominam transitivos e a pessoa ou coisa para onde se 
dirige a atividade transitiva do verbo se denomina objeto. Dividem-se em: diretos, indiretos e diretos e indiretos.
Verbos transitivos diretos: Exigem um objeto direto.
Exemplo: Espero-o no aeroporto.
Verbos transitivos indiretos: Exigem um objeto indireto.
Exemplo: Gosto de flores.
Verbos transitivos diretos e indiretos: Exigem um objeto direto e um objeto indireto.
Exemplo: Os ministros informaram a nova política econômica aos trabalhadores. (VTDI)
Complementos verbais
Os complementos verbais são representados pelo objeto direto (OD) e pelo objeto indireto (OI).
Objeto indireto
É o complemento verbal que se liga ao verbo pela preposição por ele exigida. Nesse caso o verbo pode ser 
transitivo indireto ou transitivo direto e indireto. Normalmente, as preposições que ligam o objeto indireto ao 
verbo são a, de, em, com, por, contra, para etc.
Exemplo: Acredito em você.
Objeto direto
Complemento verbal que se liga ao verbo sem preposição obrigatória. Nesse caso o verbo pode ser transi-
tivo direto ou transitivo direto e indireto.
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Exemplo: Comunicaram o fato aos leitores.
Objeto direto preposicionado
É aquele que, contrariando sua própria definição e característica, aparece regido de preposição (geralmente 
preposição a).
O pai dizia aos filhos que adorava a ambos.
Objeto pleonástico
É a repetição do objeto (direto ou indireto) por meio de um pronome. Essa repetição assume valor enfático 
(reforço) da noção contida no objeto direto ou no objeto indireto.
Exemplos
Ao colega, já lhe perdoei. (objeto indireto pleonástico)
Ao filme, assistimos a ele emocionados. (objeto indireto pleonástico)
Predicado verbo-nominal
Esse predicado tem dois núcleos (um verbo e um nome), é formado por predicativo com verbo transiti-
vo ou intransitivo.
Exemplos: 
A multidão assistia ao jogo emocionada. (predicativo do sujeito com verbo transitivo indireto)
A riqueza tornou-o orgulhoso. (predicativo do objeto com verbo transitivo direto)
Predicativo do sujeito
O predicativo do sujeito, além de vir com verbos de ligação, pode também ocorrer com verbos intransitivos 
ou transitivos. Nesse caso, o predicado é verbo-nominal.
Exemplo: A criança brincava alegre no parque.
Predicativo do objeto
Exprime qualidade, estado ou classificação que se referem ao objeto (direto ou indireto).
Exemplo de predicativo do objeto direto:
O juiz declarou o réu culpado.
Exemplo de predicativo do objeto indireto:
Gosto de você alegre.
Adjunto adnominal
É o termo acessório que vem junto ao nome (substantivo), restringindo-o, qualificando-o, determinando-o 
(adjunto: “que vem junto a”; adnominal: “junto ao nome”). Observe:
Os meus três grandes amigos [amigos: nome substantivo] vieram me fazer uma visita [visita: nome subs-
tantivo] agradável ontem à noite.
São adjuntos adnominais os (artigo definido), meus (pronome possessivo adjetivo), três (numeral), gran-
des (adjetivo), que estão gravitando em torno do núcleo do sujeito, o substantivo amigos; o mesmo acontece 
com uma (artigo indefinido) e agradável (adjetivo), que determinam e qualificam o núcleo do objeto direto, o 
substantivo visita.
O adjunto adnominal prende-se diretamente ao substantivo, ao passo que o predicativo se refere ao subs-
tantivo por meio de um verbo. 
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Complemento nominal
É o termo que completa o sentido de substantivos, adjetivos e advérbios porque estes não têm sentido 
completo.
- Objeto – recebe a atividade transitiva de um verbo.
- Complemento nominal – recebe a atividade transitiva de um nome.
O complemento nominal é sempre ligado ao nome por preposição, tal como o objeto indireto.
Exemplo: Tenho necessidade de dinheiro.
Adjunto adverbial
É o termo da oração que modifica o verbo ou um adjetivo ou o próprio advérbio, expressando uma circuns-
tância: lugar, tempo, fim, meio, modo, companhia, exclusão, inclusão, negação, afirmação, duvida, concessão, 
condição etc.
Período
Enunciado formado de uma ou mais orações, finalizado por: ponto final ( . ), reticencias (...), ponto de excla-
mação (!) ou ponto de interrogação (?). De acordo com o número de orações, classifica-se em:
Apresenta apenas uma oração que é chamada absoluta.
O período é simples quando só traz uma oração, chamada absoluta; o período é composto quando traz mais 
de uma oração. Exemplo: Comeu toda a refeição. (Período simples, oração absoluta.); Quero que você leia. 
(Período composto.)
Uma maneira fácil de saber quantas orações há num período é contar os verbos ou locuções verbais. Num 
período haverá tantas orações quantos forem os verbos ou as locuções verbais nele existentes. 
Há três tipos de período composto: por coordenação, por subordinação e por coordenação e subordinação 
ao mesmo tempo (também chamada de misto).
Período Composto por Coordenação 
As três orações que formam esse período têm sentido próprio e não mantêm entre si nenhuma dependência 
sintática: são independentes. Há entre elas uma relação de sentido, mas uma não depende da outra sintatica-
mente.
As orações independentes de um período são chamadas de orações coordenadas (OC), e o período forma-
do só de orações coordenadas é chamado de período composto por coordenação.
As orações coordenadas podem ser assindéticas e sindéticas.
As orações são coordenadas assindéticas (OCA) quando não vêm introduzidas por conjunção. Exemplo:
Os jogadores correram, / chutaram, / driblaram.
 OCA OCA OCA
- As orações são coordenadas sindéticas (OCS) quando vêm introduzidas por conjunção coordenativa. 
Exemplo:
A mulher saiu do prédio / e entrou no táxi.
 OCA OCS
As orações coordenadas sindéticas se classificam de acordo com o sentido expresso pelas conjunções 
coordenativas que as introduzem. Pode ser:
- Orações coordenadas sindéticas aditivas: e, nem, não só... mas também, não só... mas ainda.
A 2ª oração vem introduzida por uma conjunção que expressa ideia de acréscimo ou adição com referência 
à oração anterior, ou seja, por uma conjunção coordenativa aditiva.
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- Orações coordenadas sindéticas adversativas: mas, porém, todavia, contudo, entretanto, no entanto.
A 2ª oração vem introduzida por uma conjunção que expressa ideia de oposição à oração anterior,ou seja, 
por uma conjunção coordenativa adversativa.
- Orações coordenadas sindéticas conclusivas: portanto, por isso, pois, logo.
A 2ª oração vem introduzida por uma conjunção que expressa ideia de conclusão de um fato enunciado na 
oração anterior, ou seja, por uma conjunção coordenativa conclusiva.
- Orações coordenadas sindéticas alternativas: ou, ou... ou, ora... ora, seja... seja, quer... quer.
A 2ª oração vem introduzida por uma conjunção que estabelece uma relação de alternância ou escolha com 
referência à oração anterior, ou seja, por uma conjunção coordenativa alternativa.
- Orações coordenadas sindéticas explicativas: que, porque, pois, porquanto.
A 2ª oração é introduzida por uma conjunção que expressa ideia de explicação, de justificativa em relação 
à oração anterior, ou seja, por uma conjunção coordenativa explicativa.
Período Composto por Subordinação
Nesse período, a segunda oração exerce uma função sintática em relação à primeira, sendo subordinada a 
ela. Quando um período é formado de pelo menos um conjunto de duas orações em que uma delas (a subordi-
nada) depende sintaticamente da outra (principal), ele é classificado como período composto por subordinação. 
As orações subordinadas são classificadas de acordo com a função que exercem.
Orações Subordinadas Adverbiais
Exercem a função de adjunto adverbial da oração principal (OP). São classificadas de acordo com a conjun-
ção subordinativa que as introduz:
- Causais: Expressam a causa do fato enunciado na oração principal. Conjunções: porque, que, como (= 
porque), pois que, visto que.
- Condicionais: Expressam hipóteses ou condição para a ocorrência do que foi enunciado na principal. 
Conjunções: se, contanto que, a menos que, a não ser que, desde que.
- Concessivas: Expressam ideia ou fato contrário ao da oração principal, sem, no entanto, impedir sua re-
alização. Conjunções: embora, ainda que, apesar de, se bem que, por mais que, mesmo que.
- Conformativas: Expressam a conformidade de um fato com outro. Conjunções: conforme, como (=con-
forme), segundo.
- Temporais: Acrescentam uma circunstância de tempo ao que foi expresso na oração principal. Conjun-
ções: quando, assim que, logo que, enquanto, sempre que, depois que, mal (=assim que).
- Finais: Expressam a finalidade ou o objetivo do que foi enunciado na oração principal. Conjunções: para 
que, a fim de que, porque (=para que), que.
- Consecutivas: Expressam a consequência do que foi enunciado na oração principal. Conjunções: porque, 
que, como (= porque), pois que, visto que.
- Comparativas: Expressam ideia de comparação com referência à oração principal. Conjunções: como, as-
sim como, tal como, (tão)... como, tanto como, tal qual, que (combinado com menos ou mais).
- Proporcionais: Expressam uma ideia que se relaciona proporcionalmente ao que foi enunciado na princi-
pal. Conjunções: à medida que, à proporção que, ao passo que, quanto mais, quanto menos.
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Orações Subordinadas Substantivas
São aquelas que, num período, exercem funções sintáticas próprias de substantivos, geralmente são intro-
duzidas pelas conjunções integrantes que e se. 
- Oração Subordinada Substantiva Objetiva Direta: É aquela que exerce a função de objeto direto do 
verbo da oração principal. Observe: O filho quer a sua ajuda. (objeto direto)
- Oração Subordinada Substantiva Objetiva Indireta: É aquela que exerce a função de objeto indireto do 
verbo da oração principal. Observe: Preciso de sua ajuda. (objeto indireto)
- Oração Subordinada Substantiva Subjetiva: É aquela que exerce a função de sujeito do verbo da ora-
ção principal. Observe: É importante sua ajuda. (sujeito)
- Oração Subordinada Substantiva Completiva Nominal: É aquela que exerce a função de complemento 
nominal de um termo da oração principal. Observe: Estamos certos de sua inocência. (complemento nominal)
- Oração Subordinada Substantiva Predicativa: É aquela que exerce a função de predicativo do sujeito 
da oração principal, vindo sempre depois do verbo ser. Observe: O principal é sua felicidade. (predicativo)
- Oração Subordinada Substantiva Apositiva: É aquela que exerce a função de aposto de um termo da 
oração principal. Observe: Ela tinha um objetivo: a felicidade de todos. (aposto)
Orações Subordinadas Adjetivas
Exercem a função de adjunto adnominal de algum termo da oração principal. 
As orações subordinadas adjetivas são sempre introduzidas por um pronome relativo (que, qual, cujo, quem, 
etc.) e são classificadas em:
- Subordinadas Adjetivas Restritivas: São restritivas quando restringem ou especificam o sentido da pa-
lavra a que se referem. 
- Subordinadas Adjetivas Explicativas: São explicativas quando apenas acrescentam uma qualidade à 
palavra a que se referem, esclarecendo um pouco mais seu sentido, mas sem restringi-lo ou especificá-lo. 
Orações Reduzidas
São caracterizadas por possuírem o verbo nas formas de gerúndio, particípio ou infinitivo. Ao contrário das 
demais orações subordinadas, as orações reduzidas não são ligadas através dos conectivos. Há três tipos de 
orações reduzidas:
- Orações reduzidas de infinitivo:
Infinitivo: terminações –ar, -er, -ir.
Reduzida: Meu desejo era ganhar na loteria.
Desenvolvida: Meu desejo era que eu ganhasse na loteria. (Oração Subordinada Substantiva Predicativa)
- Orações Reduzidas de Particípio:
Particípio: terminações –ado, -ido.
Reduzida: A mulher sequestrada foi resgatada.
Desenvolvida: A mulher que sequestraram foi resgatada. (Oração Subordinada Adjetiva Restritiva)
- Orações Reduzidas de Gerúndio:
Gerúndio: terminação –ndo.
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Reduzida: Respeitando as regras, não terão problemas.
Desenvolvida: Desde que respeitem as regras, não terão problemas. (Oração Subordinada Adverbial Con-
dicional)
Concordância nominal e verbal
Visão Geral: sumariamente, as concordâncias verbal e nominal estudam a sintonia entre os componentes 
de uma oração. 
– Concordância verbal: refere-se ao verbo relacionado ao sujeito, sendo que o primeiro deve, 
obrigatoriamente, concordar em número (flexão em singular e plural) e pessoa (flexão em 1a, 2a, ou 3a pessoa) 
com o segundo. Isto é, ocorre quando o verbo é flexionado para concordar com o sujeito.
– Concordância nominal: corresponde à harmonia em gênero (flexão em masculino e feminino) e número 
entre os vários nomes da oração, ocorrendo com maior frequência sobre os substantivos e o adjetivo. Em 
outras palavras, refere-se ao substantivo e suas formas relacionadas: adjetivo, numeral, pronome, artigo. Tal 
concordância ocorre em gênero e pessoa
Casos específicos de concordância verbal 
Concordância verbal com o infinitivo pessoal: existem três situações em que o verbo no infinitivo é fle-
xionado: 
I – Quando houver um sujeito definido; 
II – Sempre que se quiser determinar o sujeito; 
III – Sempre que os sujeitos da primeira e segunda oração forem distintos.
 Observe os exemplos: 
“Eu pedir para eles fazerem a solicitação.” 
“Isto é para nós solicitarmos.” 
Concordância verbal com o infinitivo impessoal: não há flexão verbal quando o sujeito não for definido, 
ou sempre que o sujeito da segunda oração for igual ao da primeira oração, ou mesmo em locuções verbais, 
com verbos preposicionados e com verbos imperativos. 
Exemplos: 
“Os membros conseguiram fazer a solicitação.” 
“Foram proibidos de realizar o atendimento.” 
Concordância verbal com verbos impessoais: nesses casos, verbo ficará sempre em concordância com 
a 3a pessoa do singular, tendo em vista que não existe um sujeito.
Observe os casos a seguir:
– Verbos que indicam fenômenos da natureza, como anoitecer, nevar, amanhecer.
Exemplo: “Não chove muito nessa região” ou “Já entardeceu.» 
– O verbo haver com sentido de existir. Exemplo: “Havia duas professoras vigiando as crianças.” 
– O verbo fazer indicando tempo decorrido. Exemplo: “Faz duas horas que estamos esperando.” 
Concordânciaverbal com o verbo ser: diante dos pronomes tudo, nada, o, isto, isso e aquilo como sujeito, 
há concordância verbal com o predicativo do sujeito, podendo o verbo permanecer no singular ou no plural: 
– “Tudo que eu desejo é/são férias à beira-mar.”
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– “Isto é um exemplo do que o ocorreria.” e “Isto são exemplos do que ocorreria.” 
Concordância verbal com pronome relativo quem: o verbo, ou faz concordância com o termo precedente 
ao pronome, ou permanece na 3a pessoa do singular: 
– “Fui eu quem solicitou.» e “Fomos nós quem solicitou.» 
Concordância verbal com pronome relativo que: o verbo concorda com o termo que antecede o pronome: 
– “Foi ele que fez.» e “Fui eu que fiz.» 
– “Foram eles que fizeram.” e “Fomos nós que fizemos.»
Concordância verbal com a partícula de indeterminação do sujeito se: nesse caso, o verbo cria 
concordância com a 3a pessoa do singular sempre que a oração for constituída por verbos intransitivos ou por 
verbos transitivos indiretos: 
– «Precisa-se de cozinheiro.” e «Precisa-se de cozinheiros.” 
Concordância com o elemento apassivador se: aqui, verbo concorda com o objeto direto, que desempe-
nha a função de sujeito paciente, podendo aparecer no singular ou no plural: 
– Aluga-se galpão.” e “Alugam-se galpões.” 
Concordância verbal com as expressões a metade, a maioria, a maior parte: preferencialmente, o verbo 
fará concordância com a 3° pessoa do singular. Porém, a 3a pessoa do plural também pode ser empregada: 
– “A maioria dos alunos entrou” e “A maioria dos alunos entraram.” 
– “Grande parte das pessoas entendeu.” e “Grande parte das pessoas entenderam.”
Concordância nominal muitos substantivos: o adjetivo deve concordar em gênero e número com o 
substantivo mais próximo, mas também concordar com a forma no masculino plural: 
– “Casa e galpão alugado.” e “Galpão e casa alugada.”
– “Casa e galpão alugados.” e “Galpão e casa alugados.” 
Concordância nominal com pronomes pessoais: o adjetivo concorda em gênero e número com os 
pronomes pessoais:
– “Ele é prestativo.” e “Ela é prestativa.”
– “Eles são prestativos.” e “Elas são prestativas.”
Concordância nominal com adjetivos: sempre que existir dois ou mais adjetivos no singular, o substantivo 
permanece no singular, se houver um artigo entre os adjetivos. Se o artigo não aparecer, o substantivo deve 
estar no plural: 
– “A blusa estampada e a colorida.” e “O casaco felpudo e o xadrez.”
– “As blusas estampada e colorida.” e “Os casacos felpudo e xadrez.” 
Concordância nominal com é proibido e é permitido: nessas expressões, o adjetivo flexiona em gênero 
e número, sempre que houver um artigo determinando o substantivo. Caso não exista esse artigo, o adjetivo 
deve permanecer invariável, no masculino singular: 
– “É proibida a circulação de pessoas não identificadas.” e “É proibido circulação de pessoas não identificadas.”
– “É permitida a entrada de crianças.” e “É permitido entrada de crianças acompanhadas.” 
Concordância nominal com menos: a palavra menos permanece é invariável independente da sua atua-
ção, seja ela advérbio ou adjetivo: 
– “Menos pessoas / menos pessoas”.
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– “Menos problema /menos problemas.” 
Concordância nominal com muito, pouco, bastante, longe, barato, meio e caro: esses termos instauram 
concordância em gênero e número com o substantivo quando exercem função de adjetivo: 
– “Tomei bastante suco.” e “Comprei bastantes frutas.” 
– “A jarra estava meia cheia.” e “O sapato está meio gasto”. 
– “Fizemos muito barulho.” e “Compramos muitos presentes.” 
Regência nominal e verbal
=Visão geral: na Gramática, regência é o nome dado à relação de subordinação entre dois termos. Quando, 
em um enunciado ou oração, existe influência de um tempo sobre o outro, identificamos o que se denomina 
termo determinante, essa relação entre esses termos denominamos regência.
— Regência Nominal
É a relação entre um nome o seu complemento por meio de uma preposição. Esse nome pode ser um 
substantivo, um adjetivo ou um advérbio e será o termo determinante. 
O complemento preenche o significado do nome, cujo sentido estaria impreciso ou ambíguo se não fosse 
pelo complemento. 
Observe os exemplos:
“A nova entrada é acessível a cadeirantes.” 
“Eu tenho o sonho de viajar para o nordeste.”
“Ele é perito em investigações como esta.”
Na primeira frase, adjetivo “acessível” exige a preposição a, do contrário, seu sentido ficaria incompleto. O 
mesmo ocorre com os substantivos “sonho“ e “perito”, nas segunda e terceira frases, em que os nomes exigem 
as preposições de e em para completude de seus sentidos. Veja nas tabelas abaixo quais são os nomes que 
regem. Veja nas tabelas abaixo quais são os nomes que regem uma preposição para que seu sentido seja 
completo. 
REGÊNCIA COM A PREPOSIÇÃO A
acessível a cego a fiel a nocivo a
agradável a cheiro a grato a oposto a
alheio a comum a horror a perpendicular a
análogo a contrário a idêntico a posterior a
anterior a desatento a inacessível a prestes a
apto a equivalente a indiferente a surdo a
atento a estranho a inerente a visível a
avesso a favorável a necessário a
REGÊNCIA COM A PREPOSIÇÃO POR
admiração por devoção por responsável por
ansioso por respeito por
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[
REGÊNCIA COM A PREPOSIÇÃO DE
amante de cobiçoso de digno de inimigo de natural de sedento de
amigo de contemporâneo de dotado de livre de obrigação de seguro de
ávido de desejoso de fácil de longe de orgulhoso de sonho de
capaz de diferente de impossível de louco de passível de
cheio de difícil de incapaz de maior de possível de
REGÊNCIA COM A PREPOSIÇÃO EM
doutor em hábil em interesse em negligente em primeiro em
exato em incessante em lento em parco em versado em
firme em indeciso em morador em perito em
REGÊNCIA COM A PREPOSIÇÃO PARA
apto para essencial para mau para
bastante para impróprio para pronto para
bom para inútil para próprio para
REGÊNCIA COM A PREPOSIÇÃO COM
amoroso com compatível com descontente com intolerante com
aparentado com cruel com furioso com liberal com
caritativo com cuidadoso com impaciente com solícito com
— Regência Verbal 
Os verbos são os termos regentes, enquanto os objetos (direto e indireto) e adjuntos adverbiais são os 
termos regidos. Um verbo possui a mesma regência do nome do qual deriva. 
Observe as duas frases:
 I – “Eles irão ao evento.” O verbo ir requer a preposição a (quem vai, vai a algum lugar), e isso o classifica 
como verbo transitivo direto; “ao evento” são os termos regidos pelo verbo, isto é, constituem seu complemento. 
II – “Ela mora em região pantanosa.” O verbo morar exige a preposição em (quem mora mora em algum 
lugar), portanto, é verbo transitivo indireto. 
VERBO No sentido de / pela 
transitividade
REGE
PREPOSIÇÃO?
EXEMPLO
Assistir
ajudar, dar assistência NÃO “Por favor, assista o time.”
ver SIM “Você assistiu ao jogo?”
pertencer SIM “Assiste aos cidadãos o direito de 
protestar.”
Custar
valor, preço NÃO “Esse imóvel custa caro.”
desafio, dano, peso 
moral SIM “Dizer a verdade custou a ela.”
Proceder
fundamento / verbo 
instransitivo NÃO “Isso não procede.”
origem SIM “Essa conclusão procede de muito 
vivência.”
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Visar
finalidade, objetivo SIM “Visando à garantia dos direitos.”
avistar, enxergar NÃO “O vigia logo visou o suspeito.”
Querer
desejo NÃO “Queremos sair cedo.”
estima SIM “Quero muito aos meus sogros.”
Aspirar
pretensão SIM “Aspiro a ascensão política.”
absorção ou 
respiração NÃO “Evite aspirar fumaça.”
Implicar
consequência / verbo 
transitivo direto NÃO “A sua solicitação implicará alteração do 
meu trajeto.”
insistência, birra SIM “Ele implicou com o cachorro.”
Chamar
convocação NÃO “Chame todos!”
apelido
Rege complemento, 
com e sem 
preposição
“Chamo a Talita de Tatá.”
“Chamo Talitade Tatá.”
“Chamo a Talita Tatá.”
“Chamo Talita Tatá.”
Pagar
o que se paga NÃO “Paguei o aluguel.”
a quem se paga SIM “Pague ao credor.”
Chegar
quem chega, chega 
a algum lugar / verbo 
transitivo indireto
SIM “Quando chegar ao local, espere.”
Obedecer
quem obedece a algo 
/ alguém / transitivo 
indireto
SIM “Obedeçam às regras.”
Esquecer verbo transitivo direito NÃO “Esqueci as alianças.”
Informar verbo transitivo direito 
e indireto, portanto...
... exige um 
complemento 
sem e outro com 
preposição
“Informe o ocorrido ao gerente.”
Ir
quem vai vai a algum 
lugar / verbo transitivo 
indireto
SIM “Vamos ao teatro.”
Morar
Quem mora em algum 
lugar (verbo transitivo 
indireto)
SIM
“Eles moram no interior.”
(Preposição “em” + artigo “o”).
Namorar verbo transitivio 
direito NÃO “Júlio quer namorar Maria.”
Preferir verbo bi transitivo 
(direto e indireto) SIM “Prefira assados a frituras.”
Simpatizar
quem simpatiza 
simpatiza com 
algo/ alguém/ verbo 
transitivo indireto
SIM “Simpatizei-me com todos.”
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Colocação pronominal
A colocação do pronome átono está relacionada à harmonia da frase. A tendência do português falado no 
Brasil é o uso do pronome antes do verbo – próclise. No entanto, há casos em que a norma culta prescreve o 
emprego do pronome no meio – mesóclise – ou após o verbo – ênclise.
De acordo com a norma culta, no português escrito não se inicia um período com pronome oblíquo átono. 
Assim, se na linguagem falada diz-se “Me encontrei com ele”, já na linguagem escrita, formal, usa-se “Encon-
trei-me’’ com ele.
Sendo a próclise a tendência, é aconselhável que se fixem bem as poucas regras de mesóclise e ênclise. 
Assim, sempre que estas não forem obrigatórias, deve-se usar a próclise, a menos que prejudique a eufonia 
da frase.
Próclise
Na próclise, o pronome é colocado antes do verbo.
Palavra de sentido negativo: Não me falou a verdade.
Advérbios sem pausa em relação ao verbo: Aqui te espero pacientemente.
Havendo pausa indicada por vírgula, recomenda-se a ênclise: Ontem, encontrei-o no ponto do ônibus.
Pronomes indefinidos: Ninguém o chamou aqui.
Pronomes demonstrativos: Aquilo lhe desagrada.
Orações interrogativas: Quem lhe disse tal coisa?
Orações optativas (que exprimem desejo), com sujeito anteposto ao verbo: Deus lhe pague, Senhor!
Orações exclamativas: Quanta honra nos dá sua visita!
Orações substantivas, adjetivas e adverbiais, desde que não sejam reduzidas: Percebia que o observavam.
Verbo no gerúndio, regido de preposição em: Em se plantando, tudo dá.
Verbo no infinitivo pessoal precedido de preposição: Seus intentos são para nos prejudicarem.
Ênclise
Na ênclise, o pronome é colocado depois do verbo.
Verbo no início da oração, desde que não esteja no futuro do indicativo: Trago-te flores.
Verbo no imperativo afirmativo: Amigos, digam-me a verdade!
Verbo no gerúndio, desde que não esteja precedido pela preposição em: Saí, deixando-a aflita.
Verbo no infinitivo impessoal regido da preposição a. Com outras preposições é facultativo o emprego de 
ênclise ou próclise: Apressei-me a convidá-los.
Mesóclise
Na mesóclise, o pronome é colocado no meio do verbo.
É obrigatória somente com verbos no futuro do presente ou no futuro do pretérito que iniciam a oração.
Dir-lhe-ei toda a verdade.
Far-me-ias um favor?
Se o verbo no futuro vier precedido de pronome reto ou de qualquer outro fator de atração, ocorrerá a pró-
clise.
Eu lhe direi toda a verdade.
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Tu me farias um favor?
Colocação do pronome átono nas locuções verbais
Verbo principal no infinitivo ou gerúndio: Se a locução verbal não vier precedida de um fator de próclise, 
o pronome átono deverá ficar depois do auxiliar ou depois do verbo principal.
Exemplos:
Devo-lhe dizer a verdade.
Devo dizer-lhe a verdade.
Havendo fator de próclise, o pronome átono deverá ficar antes do auxiliar ou depois do principal.
Exemplos:
Não lhe devo dizer a verdade.
Não devo dizer-lhe a verdade.
Verbo principal no particípio: Se não houver fator de próclise, o pronome átono ficará depois do auxiliar.
Exemplo: Havia-lhe dito a verdade.
Se houver fator de próclise, o pronome átono ficará antes do auxiliar.
Exemplo: Não lhe havia dito a verdade. 
Haver de e ter de + infinitivo: Pronome átono deve ficar depois do infinitivo.
Exemplos:
Hei de dizer-lhe a verdade.
Tenho de dizer-lhe a verdade. 
Observação
Não se deve omitir o hífen nas seguintes construções:
Devo-lhe dizer tudo.
Estava-lhe dizendo tudo.
Havia-lhe dito tudo.
Formas de tratamento (usos e adequações)
PRONOMES DE TRATAMENTO
Os pronomes de tratamento são expressões usadas para as pessoas com quem se fala. Pronomes de 2ª 
pessoa, empregados com verbo na 3ª pessoa. Estes pronomes são formas de reverência a pessoas pelas suas 
qualidades ou cargos que ocupam.
– Abade, prior, superior, visitador de ordem religiosa - Paternidade - Revmo. Dom (Padre);
– Abadessa - Caridade - Revma. Madre;
– Almirante - Excelência - Exmo. Sr. Almirante;
– Arcebispo - Excelência e Reverendíssima - Exmo. e Revmo. Dom;
– Arquiduque - Alteza - A Sua Alteza Arquiduque;
– Bispo - Excelência e Reverendíssima - Exmo. E Revmo. Dom;
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– Brigadeiro - Excelência - Exmo. Sr. Brigadeiro;
– Cardeal - Eminência e Reverendíssima - Emmo. E Revmo. Cardeal Dom;
– Cônego - Reverendíssima - Revmo. Sr. Côn.;
– Cônsul - Senhoria (Vossa Senhoria) - Ilmo. Sr. Cônsul;
– Coronel - Senhoria - Ilmo. Sr. Cel.;
– Deputado - Excelência - Exmo. Sr. Deputado;
– Desembargador - Excelência - Exmo. Sr. Desembargador;
– Duque - Alteza (Sereníssimo Senhor) - A Sua Alteza Duque;
– Embaixador - Excelência - Exmo. Sr. General;
– Frade - Reverendíssima - Revmo. Sr. Fr.;
– Freira - Reverendíssima - Revma. Ir.;
– General - Excelência - Exmo. Sr. General;
– Governador de Estado - Excelência - Exmo. Sr. Governador;
– Imperador - Majestade (Senhor) - A Sua Majestade Imperador;
– Irmã (Madre, Sóror) - Reverendíssima - Rema. Ir. (Madre, Sóror);
– Juiz - Excelência (Meritíssimo Juiz) - Exmo. Sr. Dr.;
– Major - Senhoria - Ilmo. Sr. Major;
– Marechal - Excelência - Emo. Sr. Marechal;
– Ministro - Excelência - Exmo. Sr. Ministro;
– Monsenhor - Reverendíssima - Revmo. Sr. Mons.;
– Padre - Reverendíssima - Revmo. Sr. Padre;
– Papa - Santidade (Santíssimo Padre), Beatitude - A Sua Santidade Papa (Ao Beatíssimo Padre);
– Patriarca - Excelência, Reverendíssima e Beatitude - Exmo. E Revmo. Dom (Ao Beatíssimo Padre);
– Prefeito - Excelência - Exmo. Sr. Prefeito;
– Presidente de Estado - Excelência - Exmo. Sr. Presidente;
– Príncipe, Princesa - Alteza (Sereníssimo Senhor, Sereníssima Senhor) - A Sua Alteza Príncipe (ou Prin-
cesa);
– Rei, Rainha - Majestade (Senhor, Senhora) - A Sua Majestade Rei (ou Rainha);
– Reitor (de Universidade) - Magnificência (Magnífico Reitor) - Exmo. Sr. Reitor;
– Reitor (de Seminário) - Reverendíssimo - Revmo. Sr. Pe.;
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– Secretário de Estado - Excelência - Exmo. Sr. Secretário;
– Senador - Excelência - Exmo. Sr. Senador;
– Tenente Coronel - Senhoria - Ilmo. Sr. Ten. Cel.;
– Vereador - Excelência - Ilmo. Sr. Vereador;
– Demais autoridades, oficiais e particulares, chefes de seção, presidentes de bancos, órgãos de 
segundo escalão do governo - Senhoria - Ilmo. Sr.;
— Abreviatura das Formas de Tratamento
A forma por extenso demonstra maior respeito, geralmente é a mais utilizada, principalmente em correspon-
dência dirigida ao Presidente da República. 
No entanto, qualquer forma de tratamento pode ser escrita por extenso.
— Pronomes de Tratamento mais usados nas Redações Oficiais
1. Autoridades de Estado
Civis
Pronome 
de tratamento Abreviatura Usado para
Vossa 
Excelência V. Ex.ª
Presidente da República, Senadores da República, 
Ministro de Estado, Governadores, DeputadosFede-
rais e Estaduais, Prefeitos, Embaixadores, Vereadores, 
Cônsules, Chefes das Casas Civis e Casas Militares
Vossa 
Magnificência V. Mag.ª. Reitores de Universidade
Vossa 
Senhoria V. S.ª Diretores de Autarquias Federais, Estaduais e Muni-
cipais
Judiciárias
Pronome de tratamento Abreviatura Usado para
Vossa Excelência V. Ex.ª Desembargador da Justiça, curador, promotor
Meritíssimo Juiz M. Juiz Juízes de Direito
Militares
Pronome de tratamento Abreviatura Usado para
Vossa Excelência V. Ex.ª Oficiais generais (até coronéis)
Vossa Senhoria V. S.A. Outras patentes militares
2. Autoridades Eclesiásticas
Pronome de tratamento Abreviatura Usado para
Vossa Santidade V. S. Papa
Vossa Eminência Reve-
rendíssima V. Em.ª Revm.ª Cardeais, arcebispos e bispos
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Vossa 
Reverendíssima V. Revmª
Abades, superiores de conventos, outras 
autoridades eclesiásticas e sacerdotes em 
geral
3. Autoridades Monárquicas
Pronome de trata-
mento
Abrevia-
tura Usado para
Vossa Majestade V. M. Reis e Impe-
radores
Vossa Alteza V. A. Príncipes
4. Outros Títulos
Pronome de tra-
tamento
Abrevia-
tura Usado para
Vossa Senhoria V. S.ª Dom
Doutor Dr. Doutor
Comendador Com. Comenda-
dor
Professor Prof. Professor
http://www.pucrs.br/manua
Na Correspondência Pública, costuma-se usar V.Sª para pessoa de categoria igual ou inferior, e V. Exª para 
pessoa de categoria superior.
Consultor geral, Chefe de Estado, Chefe de gabinetes Legislativo e demais autoridades recebem como 
pronome de tratamento Vossa Senhoria. Como vocativo - quando se dirige a autoridade (forma adequada ao 
Cargo): Usa-se “Senhor”.
Todos os tratamentos podem aparecer na forma oblíqua, após dirigir-se a uma autoridade. Podemos, sem 
temor de erro, dizer: “Formulamos-lhe”, “pedimos-lhe”, vemos na sua pessoa”, em vez de formulamos a V. Sª., 
ou a V.Exª., etc.
Noções de fonética; Noções de prosódia
FONOLOGIA – ESTRUTURA FONÉTICA
— Fonologia
Fonologia3 é o ramo da linguística que estuda o sistema sonoro de um idioma. Ao estudar a maneira como 
os fones ou fonemas (sons) se organizam dentro de uma língua, classifica-os em unidades capazes de distin-
guir significados.
4A Fonologia estuda o ponto de vista funcional dos Fonemas.
3 https://bit.ly/36RQAOb.
4 https://bit.ly/2slhcYZ.
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— Estrutura Fonética
Fonema
O fonema5 é a menor unidade sonora da palavra e exerce duas funções: formar palavras e distinguir uma 
palavra da outra. Veja o exemplo:
C + A + M + A = CAMA. Quatro fonemas (sons) se combinaram e formaram uma palavra. Se substituirmos 
agora o som M por N, haverá uma nova palavra, CANA.
A combinação de diferentes fonemas permite a formação de novas palavras com diferentes sentidos. Por-
tanto, os fonemas de uma língua têm duas funções bem importantes: formar palavras e distinguir uma pala-
vra da outra.
Ex.: mim / sim / gim...
Letra
A letra é um símbolo que representa um som, é a representação gráfica dos fonemas da fala. É bom saber 
dois aspectos da letra: pode representar mais de um fonema ou pode simplesmente ajudar na pronúncia 
de um fonema.
Por exemplo, a letra X pode representar os sons X (enxame), Z (exame), S (têxtil) e KS (sexo; neste caso a 
letra X representa dois fonemas – K e S = KS). Ou seja, uma letra pode representar mais de um fonema.
Às vezes a letra é chamada de diacrítica, pois vem à direita de outra letra para representar um fonema só. 
Por exemplo, na palavra cachaça, a letra H não representa som algum, mas, nesta situação, ajuda-nos a per-
ceber que CH tem som de X, como em xaveco.
Vale a pena dizer que nem sempre as palavras apresentam número idêntico de letras e fonemas.
Ex.: bola > 4 letras, 4 fonemas
 guia > 4 letras, 3 fonemas
Os fonemas classificam-se em vogais, semivogais e consoantes.
Vogais 
São fonemas produzidos livremente, sem obstrução da passagem do ar. São mais tônicos, ou seja, têm a 
pronúncia mais forte que as semivogais. São o centro de toda sílaba. Podem ser orais (timbre aberto ou fecha-
do) ou nasais (indicadas pelo ~, m, n). As vogais são A, E, I, O, U, que podem ser representadas pelas letras 
abaixo. Veja:
A: brasa (oral), lama (nasal)
E: sério (oral), entrada (oral, timbre fechado), dentro (nasal)
I: antigo (oral), índio (nasal)
O: poste (oral), molho (oral, timbre fechado), longe (nasal)
U: saúde (oral), juntar (nasal)
Y: hobby (oral)
Observação: As vogais ainda podem ser tônicas ou átonas.
Tônica aquela pronunciada com maior intensidade. Ex.: café, bola, vidro.
5 PESTANA, Fernando. A gramática para concursos públicos. – 1. ed. – Rio de Janeiro: Elsevier, 2013.
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Átona aquela pronunciada com menor intensidade. Ex.: café, bola, vidro.
Semivogais
São as letras “e”, “i”, “o”, “u”, representadas pelos fonemas (e, y, o, w), quando formam sílaba com uma 
vogal. Ex.: No vocábulo “história” a sílaba “ria” apresenta a vogal “a” e a semivogal “i”.
Os fonemas semivocálicos (ou semivogais) têm o som de I e U (apoiados em uma vogal, na mesma sílaba). 
São menos tônicos (mais fracos na pronúncia) que as vogais. São representados pelas letras I, U, E, O, M, N, 
W, Y. Veja:
– pai: a letra I representa uma semivogal, pois está apoiada em uma vogal, na mesma sílaba.
– mouro: a letra U representa uma semivogal, pois está apoiada em uma vogal, na mesma sílaba.
– mãe: a letra E representa uma semivogal, pois tem som de I e está apoiada em uma vogal, na mesma 
sílaba.
– pão: a letra O representa uma semivogal, pois tem som de U e está apoiada em uma vogal, na mesma 
sílaba.
– cantam: a letra M representa uma semivogal, pois tem som de U e está apoiada em uma vogal, na mesma 
sílaba (= cantãu).
– dancem: a letra M representa uma semivogal, pois tem som de I e está apoiada em uma vogal, na mesma 
sílaba (= dancẽi).
– hífen: a letra N representa uma semivogal, pois tem som de I e está apoiada em uma vogal, na mesma 
sílaba (= hífẽi).
– glutens: a letra N representa uma semivogal, pois tem som de I e está apoiada em uma vogal, na mesma 
sílaba (= glutẽis).
– windsurf: a letra W representa uma semivogal, pois tem som de U e está apoiada em uma vogal, na 
mesma sílaba.
– office boy: a letra Y representa uma semivogal, pois tem som de I e está apoiada em uma vogal, na mes-
ma sílaba.
Quadro de vogais e semivogais
Fonemas Regras
A Apenas VOGAL
E - O
VOGAIS, exceto quando está com A ou quando estão juntas
(Neste caso a segunda é semivogal)
I - U
SEMIVOGAIS, exceto quando formam um hiato ou quando estão juntas
(Neste caso a letra “I” é vogal)
AM
Quando aparece no final da palavra é SEMIVOGAL. 
Ex.: Dançam
EM - EN
Quando aparecem no final de palavras são SEMIVOGAIS.
Ex.: Montem / Pólen
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Consoantes
São fonemas produzidos com interferência de um ou mais órgãos da boca (dentes, língua, lábios). Todas as 
demais letras do alfabeto representam, na escrita, os fonemas consonantais: B, C, D, F, G, H, J, K, L, M, N, P, 
Q, R, S, T, V, W (com som de V, Wagner), X, Z.
— Encontros Vocálicos
Como o nome sugere, é o contato entre fonemas vocálicos. Há três tipos:
Hiato
Ocorre hiato quando há o encontro de duas vogais, que acabam ficando em sílabas separadas (Vogal – Vo-
gal), porque só pode haver uma vogal por sílaba.
Ex.: sa-í-da, ra-i-nha, ba-ús, ca-ís-te, tu-cu-mã-í, su-cu-u-ba, ru-im, jú-ni-or.
Ditongo
Existem dois tipos: crescente ou decrescente (oral ou nasal).
Crescente (SV + V, na mesma sílaba). Ex.: magistério (oral), série (oral), várzea (oral), quota (oral), qua-
torze (oral), enquanto (nasal), cinquenta (nasal), quinquênio (nasal).
Decrescente (V + SV, na mesma sílaba). Ex.: item (nasal), amam (nasal), sêmen (nasal), cãibra (nasal), 
caule (oral), ouro (oral), veia (oral), fluido (oral), vaidade (oral).
Tritongo
O tritongo é a união de SV + V + SV na mesma sílaba; pode ser oralou nasal. Ex.: saguão (nasal), Paraguai 
(oral), enxáguem (nasal), averiguou (oral), deságuam (nasal), aguei (oral).
Encontros Consonantais
Ocorre quando há um grupo de consoantes sem vogal intermediária. Ex.: flor, grade, digno. 
Dígrafos: duas letras representadas por um único fonema. Ex.: passo, chave, telha, guincho, aquilo.
Os dígrafos podem ser consonantais e vocálicos.
– Consonantais: ch (chuva), sc (nascer), ss (osso), sç (desça), lh (filho), xc (excelente), qu (quente), nh 
(vinho), rr (ferro), gu (guerra).
– Vocálicos: am, an (tampa, canto), em, en (tempo, vento), im, in (limpo, cinto), om, on (comprar, tonto), 
um, un (tumba, mundo).
LEMBRE-SE!
Nos dígrafos, as duas letras representam um só fonema; nos encontros consonantais, cada letra representa 
um fonema.
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Estrutura do parágrafo
Uma boa redação é dividida em ideias relacionadas entre si ajustadas a uma ideia central que norteia todo o 
pensamento do texto. Um dos maiores problemas nas redações é estruturar as ideias para fazer com que o lei-
tor entenda o que foi dito no texto. Fazer uma estrutura no texto para poder guiar o seu pensamento e o do leitor.
Parágrafo
O parágrafo organizado em torno de uma ideia-núcleo, que é desenvolvida por ideias secundárias. O pa-
rágrafo pode ser formado por uma ou mais frases, sendo seu tamanho variável. No texto dissertativo-argu-
mentativo, os parágrafos devem estar todos relacionados com a tese ou ideia principal do texto, geralmente 
apresentada na introdução.
Embora existam diferentes formas de organização de parágrafos, os textos dissertativo-argumentativos 
e alguns gêneros jornalísticos apresentam uma estrutura-padrão. Essa estrutura consiste em três partes: a 
ideia-núcleo, as ideias secundárias (que desenvolvem a ideia-núcleo) e a conclusão (que reafirma a ideia-bási-
ca). Em parágrafos curtos, é raro haver conclusão.
Introdução: faz uma rápida apresentação do assunto e já traz uma ideia da sua posição no texto, é 
normalmente aqui que você irá identificar qual o problema do texto, o porque ele está sendo escrito. Normalmente 
o tema e o problema são dados pela própria prova.
Desenvolvimento: elabora melhor o tema com argumentos e ideias que apoiem o seu posicionamento sobre 
o assunto. É possível usar argumentos de várias formas, desde dados estatísticos até citações de pessoas que 
tenham autoridade no assunto.
Conclusão: faz uma retomada breve de tudo que foi abordado e conclui o texto. Esta última parte pode ser 
feita de várias maneiras diferentes, é possível deixar o assunto ainda aberto criando uma pergunta reflexiva, 
ou concluir o assunto com as suas próprias conclusões a partir das ideias e argumentos do desenvolvimento.
Outro aspecto que merece especial atenção são os conectores. São responsáveis pela coesão do texto e 
tornam a leitura mais fluente, visando estabelecer um encadeamento lógico entre as ideias e servem de ligação 
entre o parágrafo, ou no interior do período, e o tópico que o antecede. 
Saber usá-los com precisão, tanto no interior da frase, quanto ao passar de um enunciado para outro, é uma 
exigência também para a clareza do texto. 
Sem os conectores (pronomes relativos, conjunções, advérbios, preposições, palavras denotativas) as 
ideias não fluem, muitas vezes o pensamento não se completa, e o texto torna-se obscuro, sem coerência.
Esta estrutura é uma das mais utilizadas em textos argumentativos, e por conta disso é mais fácil para os 
leitores. 
Existem diversas formas de se estruturar cada etapa dessa estrutura de texto, entretanto, apenas segui-la 
já leva ao pensamento mais direto.
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Coesão e coerência textuais
Coesão 
É a ligação entre as partes do texto (palavras, expressões, frases, parágrafos) por meio de determinados 
elementos linguísticos. Com ela, fica mais fácil ler e compreender um texto.
Veja um exemplo de texto coeso:
Último Recurso
Quando fazemos tudo para que nos amem e não conseguimos, resta-nos um último recurso: não fazer mais 
nada. Por isso, digo, quando não obtivermos o amor, o afeto ou a ternura que havíamos solicitado, melhor será 
desistirmos e procurar mais adiante os sentimentos que nos negaram. Não fazer esforços inúteis, pois o amor 
nasce, ou não, espontaneamente, mas nunca por força de imposição. Às vezes, é inútil esforçar-se demais, 
nada se consegue; outras vezes, nada damos e o amor se rende aos nossos pés. Os sentimentos são sempre 
uma surpresa. Nunca foram uma caridade mendigada, uma compaixão ou um favor concedido. Quase sempre 
amamos a quem nos ama mal, e desprezamos quem melhor nos quer. Assim, repito, quando tivermos feito 
tudo para conseguir um amor, e falhado, resta-nos um só caminho... o de mais nada fazer.
Clarice Lispector
Coerência
É a relação semântica que se estabelece entre as diversas partes do texto, criando uma unidade de sentido. 
Está ligada ao entendimento, à possibilidade de interpretação daquilo que se ouve ou lê. Enquanto a coesão 
está para os elementos conectores de ideias no texto, a coerência está para a harmonia interna do texto, o 
sentido.
Muitos professores, infelizmente, ainda ensinam que só há coerência se houver coesão. Não obstante, 
vejamos:
Coeso e incoerente
“Os jornalistas se comprometem a divulgar artigos políticos de maneira polida e imparcial, no entanto eles 
comumente afligem a opinião daqueles que se empenham em ter um cerne ou um ponto de vista menos fun-
damentalista. ”
Do que o texto fala mesmo? O elemento coesivo “no entanto” estabelece uma relação de oposição com o 
quê? Com o fato de os artigos ou os jornalistas afligirem a opinião de quem? Dos leitores, dos jornalistas ou dos 
artigos políticos? Percebe que há uma confusão, que gera uma incompreensão do texto? Logo, podemos dizer 
que não houve coerência, apesar de ter havido coesão.
Incoeso e coerente
Chinelos, vaso, descarga. Pia, sabonete. Água. Escova, creme dental, água, espuma, creme de barbear, 
pincel, espuma, gilete, água, cortina, sabonete, água fria, água quente, toalha. Creme para cabelo, pente. 
Cueca, camisa, abotoaduras, calça, meias, sapatos, gravata, paletó. Carteira, níqueis, documentos, caneta, 
chaves, lenço. Relógio, maço de cigarros, caixa de fósforos, jornal. Mesa, cadeiras, xícara e pires, prato, bule, 
talheres, guardanapos. Quadros. Pasta, carro. Cigarro, fósforo. Mesa e poltrona, cadeira, cinzeiro, papéis, te-
lefone, agenda, copo com lápis, canetas, blocos de notas, espátula, pastas, caixas de entrada, de saída, vaso 
com plantas, quadros, papéis, cigarro, fósforo. Bandeja, xícara pequena. Cigarro e fósforo. Papéis, telefone, 
relatórios, cartas, notas, vales, cheques, memorandos, bilhetes, telefone, papéis. Relógio. Mesa, cavalete, cin-
zeiros, cadeiras, esboços de anúncios, fotos, cigarro, fósforo, bloco de papel, caneta, projetos de filmes, xícara, 
cartaz, lápis, cigarro, fósforo, quadro-negro, giz, papel. Mictório, pia. Água. Táxi, mesa, toalha, cadeiras, copos, 
pratos, talheres, garrafa, guardanapo, xícara. Maço de cigarros, caixa de fósforos. Escova de dentes, pasta, 
água. Mesa e poltrona, papéis, telefone, revista, copo de papel, cigarro, fósforo, telefone interno, externo, pa-
péis, prova de anúncio, caneta e papel, relógio, papel, pasta, cigarro, fósforo, papel e caneta, telefone, caneta 
e papel, telefone, papéis, folheto, xícara, jornal, cigarro, fósforo, papel e caneta. Carro. Maço de cigarros, caixa 
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de fósforos. Paletó, gravata. Poltrona, copo, revista. Quadros. Mesa, cadeiras, pratos, talheres, copos, guarda-
napos. Xícaras. Cigarro e fósforo. Poltrona, livro. Cigarro e fósforo. Televisor, poltrona. Cigarro e fósforo. Abo-
toaduras, camisa, sapatos, meias, calça, cueca, pijama, espuma, água. Chinelos. Coberta, cama, travesseiro.
Ricardo Ramos
Fonte: https://revistamacondo.wordpress.com/2012/02/29/conto-circuito-fechado-ricardo-ramos/Perceba que não houve nenhum elemento conectando as frases; houve apenas justaposição de frases. 
Realmente não houve coesão stricto sensu, mas houve total coerência, pois as frases mantêm relações de 
sentido. A “incoesão”, ausência de elementos conectores ou referenciadores, não prejudicou o sentido do texto, 
ou seja, a coerência.
Estilística: denotação e conotação
Visão Geral: o significado das palavras é objeto de estudo da semântica, a área da gramática que se dedica 
ao sentido das palavras e também às relações de sentido estabelecidas entre elas.
Denotação e conotação 
Denotação corresponde ao sentido literal e objetivo das palavras, enquanto a conotação diz respeito ao 
sentido figurado das palavras. Exemplos: 
“O gato é um animal doméstico.”
“Meu vizinho é um gato.” 
No primeiro exemplo, a palavra gato foi usada no seu verdadeiro sentido, indicando uma espécie real de 
animal. Na segunda frase, a palavra gato faz referência ao aspecto físico do vizinho, uma forma de dizer que 
ele é tão bonito quanto o bichano. 
Hiperonímia e hiponímia
Dizem respeito à hierarquia de significado. Um hiperônimo, palavra superior com um sentido mais abrangente, 
engloba um hipônimo, palavra inferior com sentido mais restrito.
Exemplos: 
– Hiperônimo: mamífero: – hipônimos: cavalo, baleia.
– Hiperônimo: jogo – hipônimos: xadrez, baralho.
Polissemia e monossemia 
A polissemia diz respeito ao potencial de uma palavra apresentar uma multiplicidade de significados, de 
acordo com o contexto em que ocorre. A monossemia indica que determinadas palavras apresentam apenas 
um significado. Exemplos: 
– “Língua”, é uma palavra polissêmica, pois pode por um idioma ou um órgão do corpo, dependendo do 
contexto em que é inserida. 
– A palavra “decalitro” significa medida de dez litros, e não tem outro significado, por isso é uma palavra 
monossêmica. 
 
Sinonímia e antonímia 
A sinonímia diz respeito à capacidade das palavras serem semelhantes em significado. Já antonímia se refere 
aos significados opostos. Desse modo, por meio dessas duas relações, as palavras expressam proximidade e 
contrariedade.
Exemplos de palavras sinônimas: morrer = falecer; rápido = veloz. 
Exemplos de palavras antônimas: morrer x nascer; pontual x atrasado.
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Homonímia e paronímia 
A homonímia diz respeito à propriedade das palavras apresentarem: semelhanças sonoras e gráficas, 
mas distinção de sentido (palavras homônimas), semelhanças homófonas, mas distinção gráfica e de sentido 
(palavras homófonas) semelhanças gráficas, mas distinção sonora e de sentido (palavras homógrafas). A 
paronímia se refere a palavras que são escritas e pronunciadas de forma parecida, mas que apresentam 
significados diferentes. Veja os exemplos:
– Palavras homônimas: caminho (itinerário) e caminho (verbo caminhar); morro (monte) e morro (verbo 
morrer). 
– Palavras homófonas: apressar (tornar mais rápido) e apreçar (definir o preço); arrochar (apertar com força) 
e arroxar (tornar roxo).
– Palavras homógrafas: apoio (suporte) e apoio (verbo apoiar); boto (golfinho) e boto (verbo botar); choro 
(pranto) e choro (verbo chorar) . 
– Palavras parônimas: apóstrofe (figura de linguagem) e apóstrofo (sinal gráfico), comprimento (tamanho) e 
cumprimento (saudação).
Figuras de linguagem
As figuras de linguagem ou de estilo são empregadas para valorizar o texto, tornando a linguagem mais 
expressiva. É um recurso linguístico para expressar de formas diferentes experiências comuns, conferindo ori-
ginalidade, emotividade ao discurso, ou tornando-o poético. 
As figuras de linguagem classificam-se em
– figuras de palavra;
– figuras de pensamento;
– figuras de construção ou sintaxe.
Figuras de palavra
Emprego de um termo com sentido diferente daquele convencionalmente empregado, a fim de se conseguir 
um efeito mais expressivo na comunicação.
Metáfora: comparação abreviada, que dispensa o uso dos conectivos comparativos; é uma comparação 
subjetiva. Normalmente vem com o verbo de ligação claro ou subentendido na frase.
Exemplos
...a vida é cigana
É caravana
É pedra de gelo ao sol.
(Geraldo Azevedo/ Alceu Valença)
Encarnado e azul são as cores do meu desejo.
(Carlos Drummond de Andrade)
Comparação: aproxima dois elementos que se identificam, ligados por conectivos comparativos explícitos: 
como, tal qual, tal como, que, que nem. Também alguns verbos estabelecem a comparação: parecer, asseme-
lhar-se e outros.
Exemplo
Estava mais angustiado que um goleiro na hora do gol, quando você entrou em mim como um sol no quintal.
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(Belchior)
Catacrese: emprego de um termo em lugar de outro para o qual não existe uma designação apropriada.
Exemplos
– folha de papel
– braço de poltrona
– céu da boca
– pé da montanha
Sinestesia: fusão harmônica de, no mínimo, dois dos cinco sentidos físicos.
Exemplo 
Vem da sala de linotipos a doce (gustativa) música (auditiva) mecânica.
(Carlos Drummond de Andrade)
A fusão de sensações físicas e psicológicas também é sinestesia: “ódio amargo”, “alegria ruidosa”, “paixão 
luminosa”, “indiferença gelada”.
Antonomásia: substitui um nome próprio por uma qualidade, atributo ou circunstância que individualiza o 
ser e notabiliza-o.
Exemplos
O filósofo de Genebra (= Calvino).
O águia de Haia (= Rui Barbosa).
Metonímia: troca de uma palavra por outra, de tal forma que a palavra empregada lembra, sugere e retoma 
a que foi omitida.
Exemplos
Leio Graciliano Ramos. (livros, obras)
Comprei um panamá. (chapéu de Panamá)
Tomei um Danone. (iogurte)
Alguns autores, em vez de metonímia, classificam como sinédoque quando se têm a parte pelo todo e o 
singular pelo plural.
Exemplo
A cidade inteira viu assombrada, de queixo caído, o pistoleiro sumir de ladrão, fugindo nos cascos de seu 
cavalo. (singular pelo plural)
(José Cândido de Carvalho)
Figuras Sonoras
Aliteração: repetição do mesmo fonema consonantal, geralmente em posição inicial da palavra.
Exemplo
Vozes veladas veludosas vozes volúpias dos violões, vozes veladas.
(Cruz e Sousa)
Assonância: repetição do mesmo fonema vocal ao longo de um verso ou poesia.
Exemplo
Sou Ana, da cama,
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da cana, fulana, bacana
Sou Ana de Amsterdam.
(Chico Buarque)
Paronomásia: Emprego de vocábulos semelhantes na forma ou na prosódia, mas diferentes no sentido.
Exemplo
Berro pelo aterro pelo desterro berro por seu berro pelo seu
[erro
quero que você ganhe que
[você me apanhe
sou o seu bezerro gritando
[mamãe.
(Caetano Veloso)
Onomatopeia: imitação aproximada de um ruído ou som produzido por seres animados e inanimados.
Exemplo
Vai o ouvido apurado
na trama do rumor suas nervuras
inseto múltiplo reunido
para compor o zanzineio surdo
circular opressivo
zunzin de mil zonzons zoando em meio à pasta de calor
da noite em branco 
(Carlos Drummond de Andrade)
Observação: verbos que exprimem os sons são considerados onomatopaicos, como cacarejar, tiquetaque-
ar, miar etc.
Figuras de sintaxe ou de construção
Dizem respeito a desvios em relação à concordância entre os termos da oração, sua ordem, possíveis re-
petições ou omissões.
Podem ser formadas por:
omissão: assíndeto, elipse e zeugma;
repetição: anáfora, pleonasmo e polissíndeto;
inversão: anástrofe, hipérbato, sínquise e hipálage;
ruptura: anacoluto;
concordância ideológica: silepse.
Anáfora: repetição da mesma palavra no início de um período, frase ou verso.
Exemplo
Dentro do tempo o universo
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[na imensidão.
Dentro do sol o calor peculiar
[do verão.
Dentro da vida uma vida me
[conta uma estória que fala
[de mim.
Dentro de nós os mistérios
[do espaço sem fim!
(Toquinho/Mutinho)
Assíndeto: ocorre quando orações ou palavras que deveriam vir ligadas por conjunções coordenativas 
aparecem separadas porvírgulas.
Exemplo
Não nos movemos, as mãos é
que se estenderam pouco a
pouco, todas quatro, pegando-se,
apertando-se, fundindo-se.
(Machado de Assis)
Polissíndeto: repetição intencional de uma conjunção coordenativa mais vezes do que exige a norma gra-
matical.
Exemplo
Há dois dias meu telefone não fala, nem ouve, nem toca, nem tuge, nem muge.
(Rubem Braga)
Pleonasmo: repetição de uma ideia já sugerida ou de um termo já expresso.
Pleonasmo literário: recurso estilístico que enriquece a expressão, dando ênfase à mensagem.
Exemplos
Não os venci. Venceram-me
eles a mim.
(Rui Barbosa)
Morrerás morte vil na mão de um forte.
(Gonçalves Dias)
Pleonasmo vicioso: Frequente na linguagem informal, cotidiana, considerado vício de linguagem. Deve ser 
evitado.
Exemplos
Ouvir com os ouvidos.
Rolar escadas abaixo.
Colaborar juntos.
Hemorragia de sangue.
Repetir de novo.
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Elipse: Supressão de uma ou mais palavras facilmente subentendidas na frase. Geralmente essas palavras 
são pronomes, conjunções, preposições e verbos.
Exemplos
Compareci ao Congresso. (eu)
Espero venhas logo. (eu, que, tu)
Ele dormiu duas horas. (durante)
No mar, tanta tormenta e tanto dano. (verbo Haver)
(Camões)
Zeugma: Consiste na omissão de palavras já expressas anteriormente.
Exemplos
Foi saqueada a vila, e assassina dos os partidários dos Filipes.
(Camilo Castelo Branco)
 Rubião fez um gesto, Palha outro: mas quão diferentes.
(Machado de Assis)
Hipérbato ou inversão: alteração da ordem direta dos elementos na frase.
Exemplos
Passeiam, à tarde, as belas na avenida.
(Carlos Drummond de Andrade)
Paciência tenho eu tido...
(Antônio Nobre)
Anacoluto: interrupção do plano sintático com que se inicia a frase, alterando a sequência do processo lógi-
co. A construção do período deixa um ou mais termos desprendidos dos demais e sem função sintática definida.
Exemplos
E o desgraçado, tremiam-lhe as pernas.
(Manuel Bandeira)
Aquela mina de ouro, ela não ia deixar que outras espertas botassem as mãos.
(José Lins do Rego)
Hipálage: inversão da posição do adjetivo (uma qualidade que pertence a um objeto é atribuída a outro, na 
mesma frase).
Exemplo
...em cada olho um grito castanho de ódio.
(Dalton Trevisan)
...em cada olho castanho um grito de ódio)
Silepse
Silepse de gênero: Não há concordância de gênero do adjetivo ou pronome com a pessoa a que se refere.
Exemplos
Pois aquela criancinha, longe de ser um estranho...
(Rachel de Queiroz)
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V. Ex.a parece magoado...
(Carlos Drummond de Andrade)
Silepse de pessoa: Não há concordância da pessoa verbal com o sujeito da oração.
Exemplos
Os dois ora estais reunidos...
(Carlos Drummond de Andrade)
Na noite do dia seguinte, estávamos reunidos algumas pessoas.
(Machado de Assis)
Silepse de número: Não há concordância do número verbal com o sujeito da oração.
Exemplo
Corria gente de todos os lados, e gritavam.
(Mário Barreto)
Níveis de linguagem
Definição de linguagem
Linguagem é qualquer meio sistemático de comunicar ideias ou sentimentos através de signos convencio-
nais, sonoros, gráficos, gestuais etc. A linguagem é individual e flexível e varia dependendo da idade, cultura, 
posição social, profissão etc. A maneira de articular as palavras, organizá-las na frase, no texto, determina 
nossa linguagem, nosso estilo (forma de expressão pessoal).
As inovações linguísticas, criadas pelo falante, provocam, com o decorrer do tempo, mudanças na estrutura 
da língua, que só as incorpora muito lentamente, depois de aceitas por todo o grupo social. Muitas novidades 
criadas na linguagem não vingam na língua e caem em desuso.
Língua escrita e língua falada
A língua escrita não é a simples reprodução gráfica da língua falada, por que os sinais gráficos não conse-
guem registrar grande parte dos elementos da fala, como o timbre da voz, a entonação, e ainda os gestos e a 
expressão facial. Na realidade a língua falada é mais descontraída, espontânea e informal, porque se manifesta 
na conversação diária, na sensibilidade e na liberdade de expressão do falante. Nessas situações informais, 
muitas regras determinadas pela língua padrão são quebradas em nome da naturalidade, da liberdade de ex-
pressão e da sensibilidade estilística do falante.
Linguagem popular e linguagem culta
Podem valer-se tanto da linguagem popular quanto da linguagem culta. Obviamente a linguagem popular é 
mais usada na fala, nas expressões orais cotidianas. Porém, nada impede que ela esteja presente em poesias 
(o Movimento Modernista Brasileiro procurou valorizar a linguagem popular), contos, crônicas e romances em 
que o diálogo é usado para representar a língua falada.
Linguagem Popular ou Coloquial
Usada espontânea e fluentemente pelo povo. Mostra-se quase sempre rebelde à norma gramatical e é 
carregada de vícios de linguagem (solecismo – erros de regência e concordância; barbarismo – erros de pro-
núncia, grafia e flexão; ambiguidade; cacofonia; pleonasmo), expressões vulgares, gírias e preferência pela 
coordenação, que ressalta o caráter oral e popular da língua. A linguagem popular está presente nas conversas 
familiares ou entre amigos, anedotas, irradiação de esportes, programas de TV e auditório, novelas, na expres-
são dos esta dos emocionais etc.
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A Linguagem Culta ou Padrão
É a ensinada nas escolas e serve de veículo às ciências em que se apresenta com terminologia especial. 
É usada pelas pessoas instruídas das diferentes classes sociais e caracteriza-se pela obediência às normas 
gramaticais. Mais comumente usada na linguagem escrita e literária, reflete prestígio social e cultural. É mais 
artificial, mais estável, menos sujeita a variações. Está presente nas aulas, conferências, sermões, discursos 
políticos, comunicações científicas, noticiários de TV, programas culturais etc.
Gíria
A gíria relaciona-se ao cotidiano de certos grupos sociais como arma de defesa contra as classes domi-
nantes. Esses grupos utilizam a gíria como meio de expressão do cotidiano, para que as mensagens sejam 
decodificadas apenas por eles mesmos.
Assim a gíria é criada por determinados grupos que divulgam o palavreado para outros grupos até chegar à 
mídia. Os meios de comunicação de massa, como a televisão e o rádio, propagam os novos vocábulos, às ve-
zes, também inventam alguns. A gíria pode acabar incorporada pela língua oficial, permanecer no vocabulário 
de pequenos grupos ou cair em desuso.
Ex.: “chutar o pau da barraca”, “viajar na maionese”, “galera”, “mina”, “tipo assim”.
Linguagem vulgar
Existe uma linguagem vulgar relacionada aos que têm pouco ou nenhum contato com centros civilizados. 
Na linguagem vulgar há estruturas com “nóis vai, lá”, “eu di um beijo”, “Ponhei sal na comida”.
Linguagem regional
Regionalismos são variações geográficas do uso da língua padrão, quanto às construções gramaticais e 
empregos de certas palavras e expressões. Há, no Brasil, por exemplo, os falares amazônico, nordestino, baia-
no, fluminense, mineiro, sulino.
Os níveis de linguagem e de fala são determinados pelos fatores a seguir:
O interlocutor:
Os interlocutores (emissor e receptor) são parceiros na comunicação, por isso, esse é um dos fatores deter-
minantes para a adequação linguística. O objetivo de toda comunicação é a busca pelo sentido, ou seja, precisa 
haver entendimento entre os interlocutores, caso contrário, não é possível dizer que houve comunicação. Por 
isso, considerar o interlocutor é fundamental. Por exemplo, um professor não pode usar a mesma linguagem 
com um aluno na faculdade e na alfabetização, logo, escolher a linguagem pensando em quem será o seu par-
ceiro é um fator de adequação linguística.
Ambiente:
A linguagem também é definida a partir do ambiente, por isso, é importante prestar atenção para não come-
ter inadequações. É impossívelusar o mesmo tipo de linguagem entre amigos e em um ambiente corporativo 
(de trabalho); em um velório e em um campo de futebol; ou, ainda, na igreja e em uma festa.
Assunto:
Semelhante à escolha da linguagem, está a escolha do assunto. É preciso adequar a linguagem ao que será 
dito, logo, não se convida para um chá de bebê da mesma maneira que se convida para uma missa de 7º dia. 
É preciso ter bom senso no momento da escolha da linguagem, que deve ser usada de acordo com o assunto.
Relação falante-ouvinte:
A presença ou ausência de intimidade entre os interlocutores é outro fator utilizado para a adequação lin-
guística. Portanto, ao pedir uma informação a um estranho, é adequado que se utilize uma linguagem mais 
formal, enquanto para parabenizar a um amigo, a informalidade é o ideal.
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Intencionalidade (efeito pretendido):
Nenhum texto (oral ou escrito) é despretensioso, ou seja, sem pretensão, sem objetivo, todos são carre-
gados de intenções. E para cada intenção existe uma forma de linguagem que será compatível, por isso, as 
declarações de amor são feitas diferentes de uma solicitação de emprego. Há maneiras distintas para criticar, 
elogiar ou ironizar. É importante fazer essas considerações.
Semântica: sinonímia, antonímia, homonímia, paronímia, polissemia e figuras de lin-
guagem.
Prezado Candidato, o tema acima supracitado, já foi abordado em tópicos anteriores.
Manual de Redação da Presidência da República (3ª edição, revista, atualizada e am-
pliada)
A terceira edição do Manual de Redação da Presidência da República foi lançado no final de 2018 e apre-
senta algumas mudanças quanto ao formato anterior. Para contextualizar, o manual foi criado em 1991 e surgiu 
de uma necessidade de padronizar os protocolos à moderna administração pública. Assim, ele é referência 
quando se trata de Redação Oficial em todas as esferas administrativas.
O Decreto de nº 9.758 de 11 de abril de 2019 veio alterar regras importantes, quanto aos substantivos 
de tratamento. Expressões usadas antes (como: Vossa Excelência ou Excelentíssimo, Vossa Senhoria, Vossa 
Magnificência, doutor, ilustre ou ilustríssimo, digno ou digníssimo e respeitável) foram retiradas e substituídas 
apenas por: Senhor (a). Excepciona a nova regra quando o agente público entender que não foi atendido pelo 
decreto e exigir o tratamento diferenciado.
A redação oficial é 
A maneira pela qual o Poder Público redige comunicações oficiais e atos normativos e deve caracterizar-se 
pela: clareza e precisão, objetividade, concisão, coesão e coerência, impessoalidade, formalidade e padroniza-
ção e uso da norma padrão da língua portuguesa.
SINAIS E ABREVIATURAS EMPREGADOS
• Indica forma (em geral sintática) inacei-
tável ou agramatical
§ Parágrafo
adj. adv. Adjunto adverbial
arc. Arcaico
art.; arts. Artigo; artigos
cf. Confronte
CN Congresso Nacional
Cp. Compare
EM Exposição de Motivos
f.v. Forma verbal
fem. Feminino
ind. Indicativo
ICP - 
Brasil
Infraestrutura de Chaves Públicas Bra-
sileira
masc. Masculino
obj. dir. Objeto direto
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obj. ind. Objeto indireto
p. Página
p. us. Pouco usado
pess. Pessoa
pl. Plural
pref. Prefixo
pres. Presente
Res. Resolução do Congresso Nacional
RICD Regimento Interno da Câmara dos De-
putados
RISF Regimento Interno do Senado Federal
s. Substantivo
s.f. Substantivo feminino
s.m. Substantivo masculino
SEI! Sistema Eletrônico de Informações
sing. Singular
tb. Também
v. Ver ou verbo
v.g. verbi gratia
var. pop. Variante popular
A finalidade da língua é comunicar, quer pela fala, quer pela escrita. Para que haja comunicação, são ne-
cessários:
a) alguém que comunique: o serviço público. 
b) algo a ser comunicado: assunto relativo às atribuições do órgão que comunica.
c) alguém que receba essa comunicação: o público, uma instituição privada ou outro órgão ou entidade 
pública, do Poder Executivo ou dos outros Poderes.
Além disso, deve-se considerar a intenção do emissor e a finalidade do documento, para que o texto esteja 
adequado à situação comunicativa. Os atos oficiais (atos de caráter normativo) estabelecem regras para a con-
duta dos cidadãos, regulam o funcionamento dos órgãos e entidades públicos. Para alcançar tais objetivos, em 
sua elaboração, precisa ser empregada a linguagem adequada. O mesmo ocorre com os expedientes oficiais, 
cuja finalidade precípua é a de informar com clareza e objetividade.
Atributos da redação oficial:
• clareza e precisão; 
• objetividade; 
• concisão; 
• coesão e coerência; 
• impessoalidade; 
• formalidade e padronização; e 
• uso da norma padrão da língua portuguesa.
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CLAREZA PRECISÃO
Para a obtenção de clareza, sugere-se: 
a) utilizar palavras e expressões simples, em 
seu sentido comum, salvo quando o texto versar 
sobre assunto técnico, hipótese em que se utilizará 
nomenclatura própria da área; 
b) usar frases curtas, bem estruturadas; apre-
sentar as orações na ordem direta e evitar interca-
lações excessivas. Em certas ocasiões, para evitar 
ambiguidade, sugere-se a adoção da ordem inver-
sa da oração; 
c) buscar a uniformidade do tempo verbal em 
todo o texto; 
d) não utilizar regionalismos e neologismos; 
e) pontuar adequadamente o texto; 
f) explicitar o significado da sigla na primeira re-
ferência a ela; e 
g) utilizar palavras e expressões em outro idio-
ma apenas quando indispensáveis, em razão de 
serem designações ou expressões de uso já con-
sagrado ou de não terem exata tradução. Nesse 
caso, grafe-as em itálico.
O atributo da precisão complementa 
a clareza e caracteriza-se por: 
a) articulação da linguagem comum 
ou técnica para a perfeita compreensão 
da ideia veiculada no texto; 
b) manifestação do pensamento ou 
da ideia com as mesmas palavras, evi-
tando o emprego de sinonímia com pro-
pósito meramente estilístico; e 
c) escolha de expressão ou palavra 
que não confira duplo sentido ao texto.
Por sua vez, ser objetivo é ir diretamente ao assunto que se deseja abordar, sem voltas e sem redundân-
cias. Para conseguir isso, é fundamental que o redator saiba de antemão qual é a ideia principal e quais são as 
secundárias. A objetividade conduz o leitor ao contato mais direto com o assunto e com as informações, sem 
subterfúgios, sem excessos de palavras e de ideias. É errado supor que a objetividade suprime a delicadeza de 
expressão ou torna o texto rude e grosseiro. 
Conciso é o texto que consegue transmitir o máximo de informações com o mínimo de palavras. Não se 
deve de forma alguma entendê-la como economia de pensamento, isto é, não se deve eliminar passagens 
substanciais do texto com o único objetivo de reduzi-lo em tamanho. Trata-se, exclusivamente, de excluir pala-
vras inúteis, redundâncias e passagens que nada acrescentem ao que já foi dito.
É indispensável que o texto tenha coesão e coerência. Tais atributos favorecem a conexão, a ligação, a har-
monia entre os elementos de um texto. Percebe-se que o texto tem coesão e coerência quando se lê um texto 
e se verifica que as palavras, as frases e os parágrafos estão entrelaçados, dando continuidade uns aos outros. 
Alguns mecanismos que estabelecem a coesão e a coerência de um texto são: 
• Referência (termos que se relacionam a outros necessários à sua interpretação);
• Substituição (colocação de um item lexical no lugar de outro ou no lugar de uma oração);
• Elipse (omissão de um termo recuperável pelo contexto);
• Uso de conjunção (estabelecer ligação entre orações, períodos ou parágrafos).
A redação oficial é elaborada sempre em nome do serviço público e sempre em atendimento ao interesse 
geral dos cidadãos. Sendo assim, os assuntos objetos dos expedientes oficiais não devem ser tratados de outra 
forma que não a estritamente impessoal.
As comunicações administrativas devem ser sempre formais, isto é, obedecer a certas regras deforma. Isso 
é válido tanto para as comunicações feitas em meio eletrônico, quanto para os eventuais documentos impres-
sos. Recomendações: 
• A língua culta é contra a pobreza de expressão e não contra a sua simplicidade; 
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• O uso do padrão culto não significa empregar a língua de modo rebuscado ou utilizar figuras de linguagem 
próprias do estilo literário; 
• A consulta ao dicionário e à gramática é imperativa na redação de um bom texto.
O único pronome de tratamento utilizado na co-
municação com agentes públicos federais é “se-
nhor”, independentemente do nível hierárquico, da 
natureza do cargo ou da função ou da ocasião.
Obs. O pronome de tratamento é flexionado 
para o feminino e para o plural.
São formas de tratamento vedadas: 
I - Vossa Excelência ou Excelentíssimo; 
II - Vossa Senhoria; 
III - Vossa Magnificência; 
IV - doutor; 
V - ilustre ou ilustríssimo; 
VI - digno ou digníssimo; e 
VII - respeitável. 
Todavia, o agente público federal que exigir o uso dos pronomes de tratamento, mediante invocação de nor-
mas especiais referentes ao cargo ou carreira, deverá tratar o interlocutor do mesmo modo. Ademais, é vedado 
negar a realização de ato administrativo ou admoestar o interlocutor nos autos do expediente caso haja erro na 
forma de tratamento empregada.
O endereçamento das comunicações dirigidas a agentes públicos federais não conterá pronome de trata-
mento ou o nome do agente público. Poderão constar o pronome de tratamento e o nome do destinatário nas 
hipóteses de: 
I – A mera indicação do cargo ou da função e do setor da administração ser insuficiente para a identificação 
do destinatário; ou 
II - A correspondência ser dirigida à pessoa de agente público específico.
Até a segunda edição deste Manual, havia três tipos de expedientes que se diferenciavam antes pela fina-
lidade do que pela forma: o ofício, o aviso e o memorando. Com o objetivo de uniformizá-los, deve-se adotar 
nomenclatura e diagramação únicas, que sigam o que chamamos de padrão ofício.
Consistem em partes do documento no padrão ofício:
• Cabeçalho: O cabeçalho é utilizado apenas na primeira página do documento, centralizado na área deter-
minada pela formatação. No cabeçalho deve constar o Brasão de Armas da República no topo da página; nome 
do órgão principal; nomes dos órgãos secundários, quando necessários, da maior para a menor hierarquia; 
espaçamento entrelinhas simples (1,0). Os dados do órgão, tais como endereço, telefone, endereço de cor-
respondência eletrônica, sítio eletrônico oficial da instituição, podem ser informados no rodapé do documento, 
centralizados.
1806035 E-book gerado especialmente para JESSICA DA HORA SOUSA
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• Identificação do expediente: 
a) nome do documento: tipo de expediente por extenso, com todas as letras maiúsculas; 
b) indicação de numeração: abreviatura da palavra “número”, padronizada como Nº; 
c) informações do documento: número, ano (com quatro dígitos) e siglas usuais do setor que expede o do-
cumento, da menor para a maior hierarquia, separados por barra (/); 
d) alinhamento: à margem esquerda da página.
• Local e data: 
a) composição: local e data do documento; 
b) informação de local: nome da cidade onde foi expedido o documento, seguido de vírgula. Não se deve 
utilizar a sigla da unidade da federação depois do nome da cidade; 
c) dia do mês: em numeração ordinal se for o primeiro dia do mês e em numeração cardinal para os demais 
dias do mês. Não se deve utilizar zero à esquerda do número que indica o dia do mês; 
d) nome do mês: deve ser escrito com inicial minúscula; 
e) pontuação: coloca-se ponto-final depois da data; 
f) alinhamento: o texto da data deve ser alinhado à margem direita da página.
• Endereçamento: O endereçamento é a parte do documento que informa quem receberá o expediente. 
Nele deverão constar :
a) vocativo;
b) nome: nome do destinatário do expediente; 
c) cargo: cargo do destinatário do expediente; 
d) endereço: endereço postal de quem receberá o expediente, dividido em duas linhas: primeira linha: in-
formação de localidade/logradouro do destinatário ou, no caso de ofício ao mesmo órgão, informação do setor; 
segunda linha: CEP e cidade/unidade da federação, separados por espaço simples. Na separação entre cidade 
e unidade da federação pode ser substituída a barra pelo ponto ou pelo travessão. No caso de ofício ao mes-
mo órgão, não é obrigatória a informação do CEP, podendo ficar apenas a informação da cidade/unidade da 
federação; 
e) alinhamento: à margem esquerda da página.
• Assunto: O assunto deve dar uma ideia geral do que trata o documento, de forma sucinta. Ele deve ser 
grafado da seguinte maneira: 
a) título: a palavra Assunto deve anteceder a frase que define o conteúdo do documento, seguida de dois-
-pontos; 
b) descrição do assunto: a frase que descreve o conteúdo do documento deve ser escrita com inicial maiús-
cula, não se deve utilizar verbos e sugere-se utilizar de quatro a cinco palavras; 
c) destaque: todo o texto referente ao assunto, inclusive o título, deve ser destacado em negrito; 
d) pontuação: coloca-se ponto-final depois do assunto; 
e) alinhamento: à margem esquerda da página.
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• Texto:
NOS CASOS EM QUE NÃO SEJA USADO 
PARA ENCAMINHAMENTO DE DOCUMENTOS, 
O EXPEDIENTE DEVE CONTER A SEGUINTE 
ESTRUTURA:
QUANDO FOREM USADOS PARA ENCAMI-
NHAMENTO DE DOCUMENTOS, A ESTRUTU-
RA É MODIFICADA:
a) introdução: em que é apresentado o objetivo 
da comunicação. Evite o uso das formas: Tenho a 
honra de, Tenho o prazer de, Cumpre-me informar 
que. Prefira empregar a forma direta: Informo, Soli-
cito, Comunico; 
b) desenvolvimento: em que o assunto é deta-
lhado; se o texto contiver mais de uma ideia sobre 
o assunto, elas devem ser tratadas em parágrafos 
distintos, o que confere maior clareza à exposição; e 
c) conclusão: em que é afirmada a posição sobre 
o assunto.
a) introdução: deve iniciar com referência ao ex-
pediente que solicitou o encaminhamento. Se a re-
messa do documento não tiver sido solicitada, deve 
iniciar com a informação do motivo da comunica-
ção, que é encaminhar, indicando a seguir os dados 
completos do documento encaminhado (tipo, data, 
origem ou signatário e assunto de que se trata) e a 
razão pela qual está sendo encaminhado; 
b) desenvolvimento: se o autor da comunicação 
desejar fazer algum comentário a respeito do docu-
mento que encaminha, poderá acrescentar parágra-
fos de desenvolvimento. Caso contrário, não há pa-
rágrafos de desenvolvimento em expediente usado 
para encaminhamento de documentos.
Em qualquer uma das duas estruturas, o texto do documento deve ser formatado da seguinte maneira: 
a) alinhamento: justificado; 
b) espaçamento entre linhas: simples; 
c) parágrafos: espaçamento entre parágrafos: de 6 pontos após cada parágrafo; recuo de parágrafo: 2,5 cm 
de distância da margem esquerda; numeração dos parágrafos: apenas quando o documento tiver três ou mais 
parágrafos, desde o primeiro parágrafo. Não se numeram o vocativo e o fecho; 
d) fonte: Calibri ou Carlito; corpo do texto: tamanho 12 pontos; citações recuadas: tamanho 11 pontos; notas 
de Rodapé: tamanho 10 pontos.
e) símbolos: para símbolos não existentes nas fontes indicadas, pode-se utilizar as fontes Symbol e Wing-
dings. 
• Fechos para comunicações: O fecho das comunicações oficiais objetiva, além da finalidade óbvia de arre-
matar o texto, saudar o destinatário. 
a) Para autoridades de hierarquia superior a do remetente, inclusive o Presidente da República: Respeito-
samente, 
b) Para autoridades de mesma hierarquia, de hierarquia inferior ou demais casos: Atenciosamente,
• Identificação do signatário: Excluídas as comunicações assinadas pelo Presidente da República, todas as 
demais comunicações oficiais devem informar o signatário segundo o padrão: 
a) nome: nome da autoridade que as expede, grafado em letrasmaiúsculas, sem negrito. Não se usa linha 
acima do nome do signatário; 
b) cargo: cargo da autoridade que expede o documento, redigido apenas com as iniciais maiúsculas. As 
preposições que liguem as palavras do cargo devem ser grafadas em minúsculas; e 
c) alinhamento: a identificação do signatário deve ser centralizada na página. Para evitar equívocos, reco-
menda-se não deixar a assinatura em página isolada do expediente. Transfira para essa página ao menos a 
última frase anterior ao fecho.
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• Numeração de páginas: A numeração das páginas é obrigatória apenas a partir da segunda página da 
comunicação. Ela deve ser centralizada na página e obedecer à seguinte formatação: 
a) posição: no rodapé do documento, ou acima da área de 2 cm da margem inferior; e 
b) fonte: Calibri ou Carlito.
Quanto a formatação e apresentação, os documentos do padrão ofício devem obedecer à seguinte forma:
a) tamanho do papel: A4 (29,7 cm x 21 cm); 
b) margem lateral esquerda: no mínimo, 3 cm de largura; 
c) margem lateral direita: 1,5 cm; 
d) margens superior e inferior: 2 cm; 
e) área de cabeçalho: na primeira página, 5 cm a partir da margem superior do papel; 
f) área de rodapé: nos 2 cm da margem inferior do documento; 
g) impressão: na correspondência oficial, a impressão pode ocorrer em ambas as faces do papel. Nesse 
caso, as margens esquerda e direita terão as distâncias invertidas nas páginas pares (margem espelho); 
h) cores: os textos devem ser impressos na cor preta em papel branco, reservando-se, se necessário, a 
impressão colorida para gráficos e ilustrações; 
i) destaques: para destaques deve-se utilizar, sem abuso, o negrito. Deve-se evitar destaques com uso de 
itálico, sublinhado, letras maiúsculas, sombreado, sombra, relevo, bordas ou qualquer outra forma de formata-
ção que afete a sobriedade e a padronização do documento; 
j) palavras estrangeiras: palavras estrangeiras devem ser grafadas em itálico;
k) arquivamento: dentro do possível, todos os documentos elaborados devem ter o arquivo de texto pre-
servado para consulta posterior ou aproveitamento de trechos para casos análogos. Deve ser utilizado, prefe-
rencialmente, formato de arquivo que possa ser lido e editado pela maioria dos editores de texto utilizados no 
serviço público, tais como DOCX, ODT ou RTF. 
l) nome do arquivo: para facilitar a localização, os nomes dos arquivos devem ser formados da seguinte 
maneira: tipo do documento + número do documento + ano do documento (com 4 dígitos) + palavras-chaves 
do conteúdo.
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Os documentos oficiais podem ser identificados de acordo com algumas possíveis variações: 
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a) [NOME DO EXPEDIENTE] + CIRCULAR: Quando um órgão envia o mesmo expediente para mais de um 
órgão receptor. A sigla na epígrafe será apenas do órgão remetente. 
b) [NOME DO EXPEDIENTE] + CONJUNTO: Quando mais de um órgão envia, conjuntamente, o mesmo 
expediente para um único órgão receptor. As siglas dos órgãos remetentes constarão na epígrafe. 
c) [NOME DO EXPEDIENTE] + CONJUNTO CIRCULAR: Quando mais de um órgão envia, conjuntamente, 
o mesmo expediente para mais de um órgão receptor. As siglas dos órgãos remetentes constarão na epígrafe.
Nos expedientes circulares, por haver mais de 
um receptor, o órgão remetente poderá inserir no 
rodapé as siglas ou nomes dos órgãos que recebe-
rão o expediente.
Exposição de motivos (EM) 
É o expediente dirigido ao Presidente da República ou ao VicePresidente para: 
a) propor alguma medida; 
b) submeter projeto de ato normativo à sua consideração; ou 
c) informa-lo de determinado assunto.
A exposição de motivos é dirigida ao Presidente da República por um Ministro de Estado. Nos casos em 
que o assunto tratado envolva mais de um ministério, a exposição de motivos será assinada por todos os mi-
nistros envolvidos, sendo, por essa razão, chamada de interministerial. Independentemente de ser uma EM 
com apenas um autor ou uma EM interministerial, a sequência numérica das exposições de motivos é única. A 
numeração começa e termina dentro de um mesmo ano civil.
A exposição de motivos é a principal modalidade de comunicação dirigida ao Presidente da República pe-
los ministros. Além disso, pode, em certos casos, ser encaminhada cópia ao Congresso Nacional ou ao Poder 
Judiciário.
O Sistema de Geração e Tramitação de Documentos Oficiais (Sidof) é a ferramenta eletrônica utilizada 
para a elaboração, a redação, a alteração, o controle, a tramitação, a administração e a gerência das exposições 
de motivos com as propostas de atos a serem encaminhadas pelos Ministérios à Presidência da República. 
Ao se utilizar o Sidof, a assinatura, o nome e o 
cargo do signatário são substituídos pela assinatu-
ra eletrônica que informa o nome do ministro que 
assinou a exposição de motivos e do consultor jurí-
dico que assinou o parecer jurídico da Pasta.
A Mensagem é o instrumento de comunicação oficial entre os Chefes dos Poderes Públicos, notadamente 
as mensagens enviadas pelo Chefe do Poder Executivo ao Poder Legislativo para informar sobre fato da admi-
nistração pública; para expor o plano de governo por ocasião da abertura de sessão legislativa; para submeter 
ao Congresso Nacional matérias que dependem de deliberação de suas Casas; para apresentar veto; enfim, 
fazer comunicações do que seja de interesse dos Poderes Públicos e da Nação.
Minuta de mensagem pode ser encaminhada pelos ministérios à Presidência da República, a cujas asses-
sorias caberá a redação final. As mensagens mais usuais do Poder Executivo ao Congresso Nacional têm as 
seguintes finalidades: 
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a) Encaminhamento de proposta de emenda constitucional, de projeto de lei ordinária, de projeto de lei 
complementar e os que compreendem plano plurianual, diretrizes orçamentárias, orçamentos anuais e créditos 
adicionais.
b) Encaminhamento de medida provisória.
c) Indicação de autoridades.
d) Pedido de autorização para o Presidente ou o Vice-Presidente da República se ausentarem do país por 
mais de 15 dias.
e) Encaminhamento de atos de concessão e de renovação de concessão de emissoras de rádio e TV.
f) Encaminhamento das contas referentes ao exercício anterior.
g) Mensagem de abertura da sessão legislativa.
h) Comunicação de sanção (com restituição de autógrafos).
i) Comunicação de veto.
j) Outras mensagens remetidas ao Legislativo, ex. Apreciação de intervenção federal.
As mensagens contêm: 
a) brasão: timbre em relevo branco; 
b) identificação do expediente: MENSAGEM Nº, alinhada à margem esquerda, no início do texto; 
c) vocativo: alinhado à margem esquerda, de acordo com o pronome de tratamento e o cargo do destinatá-
rio, com o recuo de parágrafo dado ao texto; 
d) texto: iniciado a 2 cm do vocativo; 
e) local e data: posicionados a 2 cm do final do texto, alinhados à margem direita. A mensagem, como os 
demais atos assinados pelo Presidente da República, não traz identificação de seu signatário.
A utilização do e-mail para a comunicação tornou-se prática comum, não só em âmbito privado, mas também 
na administração pública. O termo e-mail pode ser empregado com três sentidos. Dependendo do contexto, 
pode significar gênero textual, endereço eletrônico ou sistema de transmissão de mensagem eletrônica. Como 
gênero textual, o e-mail pode ser considerado um documento oficial, assim como o ofício. Portanto, deve-se 
evitar o uso de linguagem incompatível com uma comunicação oficial. Como endereço eletrônico utilizado pelos 
servidores públicos, o e-mail deve ser oficial, utilizando-se a extensão “.gov.br”, por exemplo. Como sistema de 
transmissão de mensagens eletrônicas, por seu baixo custo e celeridade, transformou-se na principal forma de 
envio e recebimento de documentos na administração pública.
Nos termosda Medida Provisória nº 2.200-2, de 24 de agosto de 2001, para que o e-mail tenha valor docu-
mental, isto é, para que possa ser aceito como documento original, é necessário existir certificação digital que 
ateste a identidade do remetente, segundo os parâmetros de integridade, autenticidade e validade jurídica da 
Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira – ICPBrasil.
O destinatário poderá reconhecer como válido o e-mail sem certificação digital ou com certificação digital 
fora ICP-Brasil; contudo, caso haja questionamento, será obrigatório a repetição do ato por meio documento 
físico assinado ou por meio eletrônico reconhecido pela ICP-Brasil. Salvo lei específica, não é dado ao ente 
público impor a aceitação de documento eletrônico que não atenda os parâmetros da ICP-Brasil.
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Um dos atrativos de comunicação por correio eletrônico é sua flexibilidade. Assim, não interessa definir pa-
dronização da mensagem comunicada. O assunto deve ser o mais claro e específico possível, relacionado ao 
conteúdo global da mensagem. Assim, quem irá receber a mensagem identificará rapidamente do que se trata; 
quem a envia poderá, posteriormente, localizar a mensagem na caixa do correio eletrônico. 
O texto dos correios eletrônicos deve ser iniciado por uma saudação. Quando endereçado para outras ins-
tituições, para receptores desconhecidos ou para particulares, deve-se utilizar o vocativo conforme os demais 
documentos oficiais, ou seja, “Senhor” ou “Senhora”, seguido do cargo respectivo, ou “Prezado Senhor”, “Pre-
zada Senhora”.
Atenciosamente é o fecho padrão em comunicações oficiais. Com o uso do e-mail, popularizou-se o uso de 
abreviações como “Att.”, e de outros fechos, como “Abraços”, “Saudações”, que, apesar de amplamente usa-
dos, não são fechos oficiais e, portanto, não devem ser utilizados em e-mails profissionais.
Sugere-se que todas as instituições da administração pública adotem um padrão de texto de assinatura. A 
assinatura do e-mail deve conter o nome completo, o cargo, a unidade, o órgão e o telefone do remetente.
A possibilidade de anexar documentos, planilhas e imagens de diversos formatos é uma das vantagens 
do e-mail. A mensagem que encaminha algum arquivo deve trazer informações mínimas sobre o conteúdo do 
anexo.
Os arquivos anexados devem estar em formatos usuais e que apresentem poucos riscos de segurança. 
Quando se tratar de documento ainda em discussão, os arquivos devem, necessariamente, ser enviados, em 
formato que possa ser editado. 
A correção ortográfica é requisito elementar de qualquer texto, e ainda mais importante quando se trata de 
textos oficiais. Muitas vezes, uma simples troca de letras pode alterar não só o sentido da palavra, mas de toda 
uma frase. O que na correspondência particular seria apenas um lapso na digitação pode ter repercussões in-
desejáveis quando ocorre no texto de uma comunicação oficial ou de um ato normativo. Assim, toda revisão que 
se faça em determinado documento ou expediente deve sempre levar em conta também a correção ortográfica.
HÍFEN ASPAS ITÁLICO NEGRITO E SUBLINHA-
DO
O hífen é um sinal 
usado para: 
a) ligar os elementos 
de palavras compostas: 
vice-ministro; 
b) para unir prono-
mes átonos a verbos: 
agradeceu-lhe; e 
c) para, no final de 
uma linha, indicar a se-
paração das sílabas de 
uma palavra em duas 
partes (a chamada 
translineação): com-/pa-
rar, gover-/no. 
As aspas têm os se-
guintes empregos: 
a) antes e depois de 
uma citação textual dire-
ta, quando esta tem até 
três linhas, sem utilizar 
itálico; 
b) quando neces-
sário, para diferenciar 
títulos, termos técnicos, 
expressões fixas, defini-
ções, exemplificações e 
assemelhados.
Emprega-se itálico 
em: 
a) títulos de publi-
cações (livros, revistas, 
jornais, periódicos etc.) 
ou títulos de congres-
sos, conferências, slo-
gans, lemas sem o uso 
de aspas (com inicial 
maiúscula em todas as 
palavras, exceto nas de 
ligação); 
b) palavras e as ex-
pressões em latim ou 
em outras línguas es-
trangeiras não incorpo-
radas ao uso comum 
na língua portuguesa ou 
não aportuguesadas.
Usa-se o negrito para 
realce de palavras e tre-
chos. Deve-se evitar o uso 
de sublinhado para realçar 
palavras e trechos em co-
municações oficiais.
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PARÊNTESES E TRAVESSÃO USO DE SIGLAS E ACRÔNIMOS
Os parênteses são empregados para interca-
lar, em um texto, explicações, indicações, comen-
tários, observações, como por exemplo, indicar 
uma data, uma referência bibliográfica, uma sigla.
O travessão, que é representado graficamente 
por um hífen prolongado (–), substitui parênteses, 
vírgulas, dois-pontos.
Para padronizar o uso de siglas e acrônimos nos 
atos normativos, serão adotados os conceitos sugeri-
dos pelo Manual de Elaboração de Textos da Consul-
toria Legislativa do Senado Federal (1999), em que: 
a) sigla: constitui-se do resultado das somas das 
iniciais de um título; e 
b) acrônimo: constitui-se do resultado da soma de 
algumas sílabas ou partes dos vocábulos de um título.
Sintaxe é a parte da Gramática que estuda a palavra, não em si, mas em relação às outras, que, com ela, se 
unem para exprimir o pensamento. Temos, assim, a seguinte ordem de colocação dos elementos que compõem 
uma oração: 
SUJEITO + VERBO + COMPLEMENTO + ADJUNTO ADVERBIAL
O sujeito é o ser de quem se fala ou que executa a ação enunciada na oração. De acordo com a gramática 
normativa, o sujeito da oração não pode ser preposicionado. Ele pode ter complemento, mas não ser comple-
mento.
Embora seja usada como recurso estilístico na literatura, a fragmentação de frases deve ser evitada nos 
textos oficiais, pois muitas vezes dificulta a compreensão.
A omissão de certos termos, ao fazermos uma comparação, omissão própria da língua falada, deve ser 
evitada na língua escrita, pois compromete a clareza do texto: nem sempre é possível identificar, pelo contexto, 
o termo omitido. A ausência indevida de um termo pode impossibilitar o entendimento do sentido que se quer 
dar a uma frase.
Ambígua é a frase ou oração que pode ser tomada em mais de um sentido. Como a clareza é requisito bá-
sico de todo texto oficial, deve-se atentar para as construções que possam gerar equívocos de compreensão. A 
ambiguidade decorre, em geral, da dificuldade de identificar-se a que palavra se refere um pronome que possui 
mais de um antecedente na terceira pessoa.
A concordância é o processo sintático segundo o qual certas palavras se acomodam, na sua forma, às 
palavras de que dependem. Essa acomodação formal se chama flexão e se dá quanto a gênero e número (nos 
adjetivos – nomes ou pronomes), números e pessoa (nos verbos). Daí, a divisão: concordância nominal e con-
cordância verbal. 
CONCORDÂNCIA VERBAL CONCORDÂNCIA NOMINAL
O verbo concorda com seu sujeito em pessoa e 
número.
Adjetivos (nomes ou pronomes), artigos e nume-
rais concordam em gênero e número com os subs-
tantivos de que dependem.
Regência é, em gramática, sinônimo de dependência, subordinação. Assim, a sintaxe de regência trata das 
relações de dependência que as palavras mantêm na frase. Dizemos que um termo rege o outro que o com-
plementa. Numa frase, os termos regentes ou subordinantes (substantivos, adjetivos, verbos) regem os termos 
regidos ou subordinados (substantivos, adjetivos, preposições) que lhes completam o sentido.
Os sinais de pontuação, ligados à estrutura sintática, têm as seguintes finalidades: 
a) assinalar as pausas e as inflexões da voz (a entoação) na leitura; 
b) separar palavras, expressões e orações que, segundo o autor, devem merecer destaque; e 
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c) esclarecer o sentido da frase, eliminando ambiguidades.
A vírgula serve para marcar as separações breves de sentido entre termos vizinhos, as inversões e as in-
tercalações, quer na oração, quer no período. O ponto e vírgula, em princípio,separa estruturas coordenadas 
já portadoras de vírgulas internas. É também usado em lugar da vírgula para dar ênfase ao que se quer dizer.
Emprega-se este sinal de pontuação para introduzir citações, marcar enunciados de diálogo e indicar um 
esclarecimento, um resumo ou uma consequência do que se afirmou. 
O ponto de interrogação, como se depreende de seu nome, é utilizado para marcar o final de uma frase 
interrogativa direta. O ponto de exclamação é utilizado para indicar surpresa, espanto, admiração, súplica etc. 
Seu uso na redação oficial fica geralmente restrito aos discursos e às peças de retórica.
O uso do pronome demonstrativo obedece às seguintes circunstâncias:
a) Emprega-se este(a)/isto quando o termo referente estiver próximo ao emissor, ou seja, de quem fala ou 
redige.
b) Emprega-se esse(a)/isso quando o termo referente estiver próximo ao receptor, ou seja, a quem se fala 
ou para quem se redige. 
c) Emprega-se aquele(a)/aquilo quando o termo referente estiver distante tanto do emissor quanto do re-
ceptor da mensagem.
d) Emprega-se este(a) para referir-se ao tempo presente;
e) Emprega-se esse(a) para se referir ao tempo passado;
f) Emprega-se aquele(a)/aquilo em relação a um tempo passado mais longínquo, ou histórico.
g) Usa-se este(a)/isto para introduzir referência que, no texto, ainda será mencionado;
h) Usa-se este(a)para se referir ao próprio texto;
i) Emprega-se esse(a)/isso quando a informação já foi mencionada no texto.
A Semântica estuda o sentido das palavras, expressões, frases e unidades maiores da comunicação verbal, 
os significados que lhe são atribuídos. Ao considerarmos o significado de determinada palavra, levamos em 
conta sua história, sua estrutura (radical, prefixos, sufixos que participam da sua forma) e, por fim, o contexto 
em que se apresenta.
Sendo a clareza um dos requisitos fundamentais de todo texto oficial, deve-se atentar para a tradição no 
emprego de determinada expressão com determinado sentido. O emprego de expressões ditas de uso consa-
grado confere uniformidade e transparência ao sentido do texto. Mas isso não quer dizer que os textos oficiais 
devam limitar-se à repetição de chavões e de clichês.
Verifique sempre o contexto em que as palavras estão sendo utilizadas. Certifique-se de que não há repeti-
ções desnecessárias ou redundâncias. Procure sinônimos ou termos mais precisos para as palavras repetidas; 
mas se sua substituição for comprometer o sentido do texto, tornando-o ambíguo ou menos claro, não hesite 
em deixar o texto como está. 
É importante lembrar que o idioma está em constante mutação. A própria evolução dos costumes, das 
ideias, das ciências, da política, enfim da vida social em geral, impõe a criação de novas palavras e de formas 
de dizer.
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A redação oficial não pode alhear-se dessas transformações, nem incorporá-las acriticamente. Quanto às 
novidades vocabulares, por um lado, elas devem sempre ser usadas com critério, evitando-se aquelas que po-
dem ser substituídas por vocábulos já de uso consolidado sem prejuízo do sentido que se lhes quer dar.
De outro lado, não se concebe que, em nome de suposto purismo, a linguagem das comunicações oficiais 
fique imune às criações vocabulares ou a empréstimos de outras línguas. A rapidez do desenvolvimento tecno-
lógico, por exemplo, impõe a criação de inúmeros novos conceitos e termos, ditando de certa forma a veloci-
dade com que a língua deve incorporá-los. O importante é usar o estrangeirismo de forma consciente, buscar 
o equivalente português quando houver ou conformar a palavra estrangeira ao espírito da Língua Portuguesa. 
O problema do abuso de estrangeirismos inúteis ou empregados em contextos em que não cabem, é em 
geral causado ou pelo desconhecimento da riqueza vocabular de nossa língua, ou pela incorporação acrítica 
do estrangeirismo.
• A homonímia é a designação geral para os casos em que palavras de sentidos diferentes têm a mesma 
grafia (os homônimos homógrafos) ou a mesma pronúncia (os homônimos homófonos). 
• Os homógrafos podem coincidir ou não na pronúncia, como nos exemplos: quarto (aposento) e quarto 
(ordinal), manga (fruta) e manga (de camisa), em que temos pronúncia idêntica; e apelo (pedido) e apelo (com 
e aberto, 1ª pess. Do sing. Do pres. Do ind. Do verbo apelar), consolo (alívio) e consolo (com o aberto, 1ª pess. 
Do sing. Do pres. Do ind. Do verbo consolar), com pronúncia diferente. Os homógrafos de idêntica pronúncia 
diferenciam-se pelo contexto em que são empregados.
• Já o termo paronímia designa o fenômeno que ocorre com palavras semelhantes (mas não idênticas) 
quanto à grafia ou à pronúncia. É fonte de muitas dúvidas, como entre descrição (ato de descrever) e discrição 
(qualidade do que é discreto), retificar (corrigir) e ratificar (confirmar).
No Estado de Direito, as normas jurídicas cumprem a tarefa de concretizar a Constituição. Elas devem criar 
os fundamentos de justiça e de segurança que assegurem um desenvolvimento social harmônico em um con-
texto de paz e de liberdade. Esses complexos objetivos da norma jurídica são expressos nas funções: 
I) de integração: a lei cumpre função de integração ao compensar as diferenças jurídico-políticas no quadro 
de formação da vontade do Estado (desigualdades sociais, regionais); 
II) de planificação: a lei é o instrumento básico de organização, de definição e de distribuição de competên-
cias; 
III) de proteção: a lei cumpre função de proteção contra o arbítrio ao vincular os próprios órgãos do Estado; 
IV) de regulação: a lei cumpre função reguladora ao direcionar condutas por meio de modelos; 
V) de inovação: a lei cumpre função de inovação na ordem jurídica e no plano social.
Requisitos da elaboração normativa: 
• Clareza e determinação da norma;
• Princípio da reserva legal;
• Reserva legal qualificada (algumas providências sejam precedidas de específica autorização legislativa, 
vinculada à determinada situação ou destinada a atingir determinado objetivo);
• Princípio da legalidade nos âmbitos penal, tributário e administrativo;
• Princípio da proporcionalidade;
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• Densidade da norma (a previsão legal contenha uma disciplina suficientemente concreta);
• Respeito ao direito adquirido, ao ato jurídico perfeito e à coisa julgada;
• Remissões legislativas (se as remissões forem inevitáveis, sejam elas formuladas de tal modo que permi-
tam ao intérprete apreender o seu sentido sem ter de compulsar o texto referido).
Além do processo legislativo disciplinado na Constituição (processo legislativo externo), a doutrina identifi-
ca o chamado processo legislativo interno, que se refere à forma de fazer adotada para a tomada da decisão 
legislativa.
Antes de decidir sobre as providências a serem tomadas, é essencial identificar o problema a ser enfren-
tado. Realizada a identificação do problema em decorrência de impulsos externos (manifestações de órgãos 
de opinião pública, críticas de segmentos especializados) ou graças à atuação dos mecanismos próprios de 
controle, o problema deve ser delimitado de forma precisa.
A análise da situação questionada deve contemplar as causas ou o complexo de causas que eventualmente 
determinaram ou contribuíram para o seu desenvolvimento. Essas causas podem ter influências diversas, tais 
como condutas humanas, desenvolvimentos sociais ou econômicos, influências da política nacional ou inter-
nacional, consequências de novos problemas técnicos, efeitos de leis antigas, mudanças de concepção etc.
Para verificar a adequação dos meios a serem utilizados, deve-se realizar uma análise dos objetivos que se 
esperam com a aprovação da proposta. A ação do legislador, nesse âmbito, não difere, fundamentalmente, da 
atuação do homem comum, que se caracteriza mais por saber exatamente o que não quer, sem precisar o que 
efetivamente pretende.
A avaliação emocional dos problemas, a crítica generalizadae, às vezes, irrefletida sobre o estado de coisas 
dominante acabam por permitir que predominem as soluções negativistas, que têm por escopo, fundamental-
mente, suprimir a situação questionada sem contemplar, de forma detida e racional, as alternativas possíveis 
ou as causas determinantes desse estado de coisas negativo. Outras vezes, deixa-se orientar por sentimento 
inverso, buscando, pura e simplesmente, a preservação do status quo. 
Essas duas posições podem levar, nos seus extremos, a uma imprecisa definição dos objetivos. A definição 
da decisão legislativa deve ser precedida de uma rigorosa avaliação das alternativas existentes, seus prós e 
contras. A existência de diversas alternativas para a solução do problema não só amplia a liberdade do legisla-
dor, como também permite a melhoria da qualidade da decisão legislativa. 
Antes de decidir sobre a alternativa a ser positivada, devem-se avaliar e contrapor as alternativas existen-
tes sob dois pontos de vista: a) De uma perspectiva puramente objetiva: verificar se a análise sobre os dados 
fáticos e prognósticos se mostra consistente; b) De uma perspectiva axiológica: aferir, com a utilização de 
critérios de probabilidade (prognósticos), se os meios a serem empregados mostram-se adequados a produzir 
as consequências desejadas. Devem-se contemplar, igualmente, as suas deficiências e os eventuais efeitos 
colaterais negativos.
O processo de decisão normativa estará incompleto caso se entenda que a tarefa do legislador se encerre 
com a edição do ato normativo. Uma planificação mais rigorosa do processo de elaboração normativa exige um 
cuidadoso controle das diversas consequências produzidas pelo novo ato normativo.
É recomendável que o legislador redija as leis dentro de um espírito de sistema, tendo em vista não só a 
coerência e a harmonia interna de suas disposições, mas também a sua adequada inserção no sistema jurídico 
como um todo. Essa sistematização expressa uma característica da cientificidade do Direito e corresponde às 
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exigências mínimas de segurança jurídica, à medida que impedem uma ruptura arbitrária com a sistemática 
adotada na aplicação do Direito. Costuma-se distinguir a sistemática da lei em sistemática interna (compa-
tibilidade teleológica e ausência de contradição lógica) e sistemática externa (estrutura da lei).
Regras básicas a serem observadas para a sistematização do texto do ato normativo, com o objetivo de 
facilitar sua estruturação: 
a) matérias que guardem afinidade objetiva devem ser tratadas em um mesmo contexto ou agrupamento; 
b) os procedimentos devem ser disciplinados segundo a ordem cronológica, se possível; 
c) a sistemática da lei deve ser concebida de modo a permitir que ela forneça resposta à questão jurídica a 
ser disciplinada; e 
d) institutos diversos devem ser tratados separadamente.
• O artigo de alteração da norma deve fazer menção expressa ao ato normativo que está sendo alterado.
• Na hipótese de alteração parcial de artigo, os dispositivos que não terão o seu texto alterado serão subs-
tituídos por linha pontilhada, cujo uso é obrigatório para indicar a manutenção e a não alteração do trecho do 
artigo.
O termo “republicação” é utilizado para designar apenas a hipótese de o texto publicado não correspon-
der ao original assinado pela autoridade. Não se pode cogitar essa hipótese por motivo de erro já constante 
do documento subscrito pela autoridade ou, muito menos, por motivo de alteração na opinião da autoridade. 
Considerando que os atos normativos somente produzem efeitos após a publicação no Diário Oficial da União, 
mesmo no caso de republicação, não se poderá cogitar a existência de efeitos retroativos com a publicação do 
texto corrigido. Contudo, o texto publicado sem correspondência com aquele subscrito pela autoridade poderá 
ser considerado inválido com efeitos retroativos.
Já a retificação se refere aos casos em que texto publicado corresponde ao texto subscrito pela autoridade, 
mas que continha lapso manifesto. A retificação requer nova assinatura pelas autoridades envolvidas e, em 
muitos casos, é menos conveniente do que a mera alteração da norma. 
A correção de erro material que não afete a substância do ato singular de caráter pessoal e as retificações 
ou alterações da denominação de cargos, funções ou órgãos que tenham tido a denominação modificada em 
decorrência de lei ou de decreto superveniente à expedição do ato pessoal a ser apostilado são realizadas por 
meio de apostila. O apostilamento é de competência do setor de recurso humanos do órgão, autarquia ou fun-
dação, e dispensa nova assinatura da autoridade que subscreveu o ato originário. 
Atenção: Deve-se ter especial atenção quando do uso do apostilamento para os atos relativos à vacância 
ou ao provimento decorrente de alteração de estrutura de órgão, autarquia ou fundação pública. O apostila-
mento não se aplica aos casos nos quais a essência do cargo em comissão ou da função de confiança tenham 
sido alterados, tais como nos casos de alteração do nível hierárquico, transformação de atribuição de assesso-
ramento em atribuição de chefia (ou vice-versa) ou transferência de cargo para unidade com outras competên-
cias. Também deve-se alertar para o fato que a praxe atual tem sido exigir que o apostilamento decorrente de 
alteração em estrutura regimental seja realizado na mesma data da entrada em vigor de seu decreto.
A estrutura dos atos normativos é composta por dois elementos básicos: a ordem legislativa e a matéria 
legislada. A ordem legislativa compreende a parte preliminar e o fecho da lei ou do decreto; a matéria legislada 
diz respeito ao texto ou ao corpo do ato.
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A lei ordinária é ato normativo primário e contém, em regra, normas gerais e abstratas. Embora as leis se-
jam definidas, normalmente, pela generalidade e pela abstração (lei material), estas contêm, não raramente, 
normas singulares (lei formal ou ato normativo de efeitos concretos). 
As leis complementares são um tipo de lei que não têm a rigidez dos preceitos constitucionais, e tampouco 
comportam a revogação por força de qualquer lei ordinária superveniente. Com a instituição de lei complemen-
tar, o constituinte buscou resguardar determinadas matérias contra mudanças céleres ou apressadas, sem 
deixá-las exageradamente rígidas, o que dificultaria sua modificação. A lei complementar deve ser aprovada 
pela maioria absoluta de cada uma das Casas do Congresso Nacional.
Lei delegada é o ato normativo elaborado e editado pelo Presidente da República em decorrência de auto-
rização do Poder Legislativo, expedida por meio de resolução do Congresso Nacional e dentro dos limites nela 
traçados. Medida provisória é ato normativo com força de lei que pode ser editado pelo Presidente da República 
em caso de relevância e urgência. Decretos são atos administrativos de competência exclusiva do Chefe do 
Executivo, destinados a prover as situações gerais ou individuais, abstratamente previstas, de modo expresso 
ou implícito, na lei.
• Decretos singulares ou de efeitos concretos: Os decretos podem conter regras singulares ou concretas 
(por exemplo, decretos referentes à questão de pessoal, de abertura de crédito, de desapropriação, de cessão 
de uso de imóvel, de indulto, de perda de nacionalidade, etc.). 
• Decretos regulamentares: Os decretos regulamentares são atos normativos subordinados ou secundários.
• Decretos autônomos: Limita-se às hipóteses de organização e funcionamento da administração pública 
federal, quando não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos, e de extinção 
de funções ou cargos públicos, quando vagos.
Portaria é o instrumento pelo qual Ministros ou outras autoridades expedem instruções sobre a organização 
e o funcionamento de serviço, sobre questões de pessoal e outros atos de sua competência. 
O processo legislativo abrangenão só a elaboração das leis propriamente ditas (leis ordinárias, leis comple-
mentares, leis delegadas), mas também a elaboração das emendas constitucionais, das medidas provisórias, 
dos decretos legislativos e das resoluções.
A iniciativa é a proposta de edição de direito novo. A iniciativa comum ou concorrente compete ao Presidente 
da República, a qualquer Deputado ou Senador, a qualquer comissão de qualquer das Casas do Congresso, e 
aos cidadãos – iniciativa popular. A Constituição confere a iniciativa da legislação sobre certas matérias, privati-
vamente, a determinados órgãos, denominada de iniciativa reservada. A Constituição prevê, ainda, sistema de 
iniciativa vinculada, na qual a apresentação do projeto é obrigatória. Nesse caso, o Chefe do Executivo Federal 
deve encaminhar ao Congresso Nacional os projetos referentes às leis orçamentárias (plano plurianual, lei de 
diretrizes orçamentárias e o orçamento anual).
A disciplina sobre a discussão e a instrução do 
projeto de lei é confiada, fundamentalmente, aos 
Regimentos das Casas Legislativas.
Emenda é a proposição apresentada como acessória de outra proposição. Nem todo titular de iniciativa tem 
poder de emenda. Essa faculdade é reservada aos parlamentares. Se, entretanto, for de iniciativa do Poder 
Executivo ou do Poder Judiciário, o seu titular também pode apresentar modificações, acréscimos, o que fará 
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por meio de mensagem aditiva, dirigida ao Presidente da Câmara dos Deputados, que justifique a necessidade 
do acréscimo. A apresentação de emendas a qualquer projeto de lei oriundo de iniciativa reservada é autoriza-
da, desde que não implique aumento de despesa e que tenha estrita pertinência temática.
A Constituição não impede a apresentação de emendas ao projeto de lei orçamentária. Elas devem ser, to-
davia, compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias e devem indicar os recursos 
necessários, sendo admitidos apenas aqueles provenientes de anulação de despesa. A Constituição veda a 
propositura de emendas ao projeto de lei de diretrizes orçamentárias que não guardem compatibilidade com o 
plano plurianual.
A votação da matéria legislativa constitui ato coletivo das Casas do Congresso. Realiza-se, normalmente, 
após a instrução do projeto nas comissões e dos debates no plenário. A sanção é o ato pelo qual o Chefe do 
Executivo manifesta a sua anuência ao projeto de lei aprovado pelo Poder Legislativo. Verifica-se aqui a fusão 
da vontade do Congresso Nacional com a do Presidente, da qual resulta a formação da lei.
O veto é o ato pelo qual o Chefe do Poder Executivo nega sanção ao projeto – ou a parte dele –, obstando 
à sua conversão em lei. Dois são os fundamentos para a recusa de sanção: a) inconstitucionalidade; ou b) 
contrariedade ao interesse público.
O veto deve ser expresso e motivado, e oposto no prazo de 15 dias úteis, contado da data do recebimento 
do projeto, e comunicado ao Congresso Nacional nas 48 horas subsequentes à sua oposição. O veto não im-
pede a conversão do projeto em lei, podendo ser superado por deliberação do Congresso Nacional.
A promulgação e a publicação constituem fases essenciais da eficácia da lei. A promulgação das leis com-
pete ao Presidente da República. Ela deverá ocorrer dentro do prazo de 48 horas, decorrido da sanção ou da 
superação do veto. Nesse último caso, se o Presidente não promulgar a lei, competirá a promulgação ao Presi-
dente do Senado Federal, que disporá, igualmente, de 48 horas para fazê-lo; se este não o fizer, deverá fazê-lo 
o Vice-Presidente do Senado Federal, em prazo idêntico. 
O período entre a publicação da lei e a sua entrada em vigor é chamado de período de vacância ou vacatio 
legis. Na falta de disposição especial, vigora o princípio que reconhece o decurso de um lapso de tempo entre 
a data da publicação e o termo inicial da obrigatoriedade (45 dias).
Podem-se distinguir seis tipos de procedimento legislativo: 
a) procedimento legislativo normal: Trata da elaboração das leis ordinárias (excluídas as leis financeiras 
e os códigos) e complementares.
b) procedimento legislativo abreviado: Este procedimento dispensa a competência do Plenário, ocorren-
do, por isso, a deliberação terminativa sobre o projeto de lei nas próprias Comissões Permanentes.
c) procedimento legislativo sumário: Entre as prerrogativas regimentais das Casas do Congresso Nacio-
nal existe a de conferir urgência a certas proposições. 
d) procedimento legislativo sumaríssimo: Existe nas duas Casas do Congresso Nacional mecanismo 
que assegura deliberação instantânea sobre matérias submetidas à sua apreciação.
e) procedimento legislativo concentrado: O procedimento legislativo concentrado tipifica-se, basicamen-
te, pela apresentação das matérias em reuniões conjuntas de deputados e senadores. Ex. para leis financeiras 
e delegadas.
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f) procedimento legislativo especial: Nesse procedimento, englobam-se dois ritos distintos com caracte-
rísticas próprias, um destinado à elaboração de emendas à Constituição; outro, à de códigos.
Exercícios
1. (PREFEITURA DE ARACRUZ - ES – CONTADOR - IBADE - 2019)
LEMBRANÇA E ESQUECIMENTO
“Como é antigo o passado recente!” Gostaria que a frase fosse minha, mas ela é de Nelson Rodrigues numa 
crônica de “A Menina sem Estrela”. Também fico perplexa com esse fenômeno rápido e turbulento que é o tem-
po da vida. Não são poucas as vezes em que me volto para algum acontecimento acreditando que ele ainda é 
atual e descubro que ele faz parte do passado para outros. Um exemplo é quando, em sala de aula, refiro-me 
a eventos que se passaram nos anos 70 e meus alunos me olham como se eu falasse da Idade Média... E eu 
nem contei para eles que andei de bonde!
 A distância entre nós não é apenas uma questão de gerações. Eles nasceram em um mundo já transformado 
pela tecnologia e pela informática. Uma transformação que começou nos anos 50 e que não nos trouxe somente 
mais eletrodomésticos e aparelhos digitais. Ela instalou uma transformação radical do nosso modo de vida.
Mudou o mundo e mudou o jeito de viver. Mudou o jeito de namorar, de vestir, de procurar emprego, de 
andar na rua e de se locomover pela cidade. Mudou o corpo. Mudou o jeito de escrever, de estudar, de morar e 
de se divertir. Mudou o valor da vida, do dinheiro e das pessoas...
Outros tempos. E, quando um jeito de viver muda, ele não tem volta. Não se pode ter a experiência dele 
nunca mais. Por isso, meus alunos e eu só podemos compartilhar o tempo atual. Não podemos compartilhar 
um tempo que, para eles, é passado, mas, para mim, ainda é presente. Os fatos de 30 anos atrás não são 
passado na minha vida. Para mim, meu passado não passou e minha história não envelhece. Minha memória 
pode alcançar os acontecimentos que vivi a qualquer momento, e posso revivê-los como se ocorressem agora. 
Mas, se eu os narrar, quem me ouve não pode, como eu, vivenciá-los. Por isso, para meus alunos, são contos 
o que para mim é vida.
Mas é assim que corre o rio da vida dos homens, transformando em palavras o que hoje é ação. Se não 
forem narrados, os acontecimentos e os nossos feitos passam sem deixar rastros. Faladas ou escritas, são as 
palavras que salvam o já vivido e o conservam entre nós. Salvam os feitos e os acontecimentos da sua total 
desintegração no esquecimento.
A memória do já vivido e a sua narração numa história é o que possibilita a construção da História e das 
nossas histórias pessoais. Só os feitos e os acontecimentos narrados em histórias são capazes de salvaguar-
dar nossa existência e nossa identidade.
Só conservados pela lembrança é que os feitos e os acontecimentos podem entrar no tempo e fazer parte 
de um passado. Recente ou antigo.
(CRITELLI, Dulce. In cronicasbrasil.blogspot.com/search/ label/Dulce%20 Critelli) 
O título “Lembrança e esquecimento” constitui uma antítese que está relacionada a umaoposição de ideias 
presentes no texto, correspondente:
(A) as gerações mais velhas e os mais jovens.
(B) os feitos e acontecimentos passados e a vida presente.
(C) a geração dos professores e a geração dos alunos.
(D) as mudanças do passado e a permanência do presente.
(E) o passado narrado e o passado sem narração.
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2. (CORE-MT – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO – INSTITUTO EXCELÊNCIA – 2019)
Morte
Sou, em princípio, contra a pena de morte, mas admito algumas exceções. Por exemplo: pessoas que con-
tam anedotas como se fossem experiências reais vividas por elas e só no fim você descobre que é anedota. 
Estas deviam ser fuziladas.
Todos os outros crimes puníveis com a pena capital, na minha opinião, têm a ver, de alguma maneira, com 
telefone.
Cadeira elétrica para as telefonistas que perguntam: “Da onde?”
Forca para pessoas que estendem o polegar e o dedinho ao lado da cabeça quando querem imitar um telefone. 
Curiosamente, uma mímica desenvolvida há pouco. Ninguém, misericordiosamente, tinha pensado nela antes, embora 
o telefone, o polegar e o mindinho existam há anos.
Garrote vil para os donos de telefone celular em geral e garrote seguido de desmembramento para os donos 
de telefone celular que gostam de falar no meio de multidões e fazem questão de que todos saibam que se 
atrasou para a reunião porque o furúnculo infeccionou. Claro, a condenação só viria depois de um julgamento, 
mas com o Aristides Junqueira na defesa.
(L. F. Veríssimo, “Morte”, Jornal do Brasil. Rio de Janeiro, 22/12/1994. Caderno Opinião, p. 11)
O texto lido é uma crônica. Assinale a alternativa em que a definição contraria a justificativa inicial:
(A) Porque se ocupa em relatar e expor determinada pessoa, objeto, lugar ou acontecimento.
(B) Porque é um tipo de texto narrativo curto, geralmente, produzido para meios de comunicação, por exem-
plo, jornais, revistas, etc.
(C) Porque se encarrega de expor um tema ou assunto por meio de argumentações.
(D) Porque é um tipo de texto que apresenta uma linguagem simples.
(E) Nenhuma das alternativas.
3. (PREFEITURA DE ARACRUZ - ES - PROFESSOR DE CIÊNCIA - IBADE - 2019)
CUIDEM DOS GAROTOS
1. O problema de Bruno está resolvido. Rapidamente, mas não poderia se diferente: raras vezes um com-
portamento criminoso é identificado e provado em pouco tempo com tanta abundância de provas, tanta escas-
sez de atenuantes. O ex-goleiro e ex-ídolo do Flamengo mostrou ser tudo que um atleta popular não pode ser.
2. Seus ex-patrões, e não falo só do flamengo, bem que poderiam fazer um exame de consciência e pergun-
tar a si mesmos se, antes de matar a companheira com repugnantes requintes de violência, Bruno já não teria 
dado sinais ou mesmo provas de que alguma coisa estava errada com ele
3. Talvez não, mas o que está mesmo em questão é a possível necessidade de uma política preventiva a 
respeito dos jogadores. 
4. Profissionais do futebol não são funcionários comuns de uma empresa. Ao assinarem contrato com o 
clube, passam a ser parte de sua história e de sua imagem, o que significa tanto compromisso como honra – e 
implica responsabilidades especiais, dentro das quatro linhas e fora delas.
5. A condição de ídolo popular tem tantas responsabilidades quanto prazeres. Sei que estou apenas citando 
lugares-comuns, o que pode ser cansativo para o leitor, mas peço um pouco de paciência: eles só ficam 
comuns por serem verdadeiros e resistirem ao tempo.
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6. O Flamengo agiu com rapidez e eficiência, tanto quanto a polícia, no caso do Bruno, mas o torcedor tem o 
direito de perguntar: o que o clube e os outros estão dispostos a fazer, não para reagir a episódios semelhantes, 
mas simplesmente para evitá-los?
7. É comum, e absolutamente desejável, que rapazes, muitos ainda adolescentes, mostrem nos gramados 
um grau de excelência no exercício da profissão prematuro e incomum em outras profissões. As leis da 
concorrência mandam que sejam regiamente pagos por isso, mas o sucesso antes da maturidade tem riscos 
óbvios. Talvez deva partir dos clubes, tanto por razões éticas como em defesa de sua própria imagem, a 
iniciativa de preparar suas jovens estrelas para a administração correta do sucesso. Dá trabalho com certeza, 
mas, em prazo não muito longo, trata-se da defesa de seus interesses e de seu patrimônio, sem falar no aspec-
to ético de uma política nesse sentido.
8. O caso de Bruno é, obviamente, uma aberração. Não conheço outro craque assassino, mas não faltam 
exemplos de bons jogadores que jogaram fora suas carreiras e não foram cidadãos exemplares – ou pelo 
menos cidadãos comuns – por absoluta incompetência na administração do êxito. Principalmente porque o 
sucesso no esporte costuma chegar muito antes do que acontece com outras profissões. 
9. Bruno não foi formado no Flamengo. A ele chegou pronto, para o melhor e para o pior. O que fez de sua 
vida não é culpa do clube, mas serve como advertência para todos os clubes,
10. Cartolas, cuidem de seu patrimônio, cuidem de seus garotos.
Luiz Garcia – Cronista do Jornal O Globo Falecido em abril de 2018 
A crônica é um tipo de texto:
(A) narrativo longo.
(B) narrativo curto.
(C) descritivo curto.
(D) descritivo longo.
(E) expositivo.
4. (Prefeitura de Piracicaba - SP - Professor - Educação Infantil - VUNESP - 2020)
Escola inclusiva
É alvissareira a constatação de que 86% dos brasileiros concordam que há melhora nas escolas quando se 
incluem alunos com deficiência.
Uma década atrás, quando o país aderiu à Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e as-
sumiu o dever de uma educação inclusiva, era comum ouvir previsões negativas para tal perspectiva generosa. 
Apesar das dificuldades óbvias, ela se tornou lei em 2015 e criou raízes no tecido social.
A rede pública carece de profissionais satisfatoriamente qualificados até para o mais básico, como o ensino 
de ciências; o que dizer então de alunos com gama tão variada de dificuldades.
Os empecilhos vão desde o acesso físico à escola, como o enfrentado por cadeirantes, a problemas de 
aprendizado criados por limitações sensoriais – surdez, por exemplo – e intelectuais.
Bastaram alguns anos de convívio em sala, entretanto, para minorar preconceitos. A maioria dos entrevis-
tados (59%), hoje, discorda de que crianças com deficiência devam aprender só na companhia de colegas na 
mesma condição.
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Tal receptividade decerto não elimina o imperativo de contar com pessoal capacitado, em cada estabeleci-
mento, para lidar com necessidades específicas de cada aluno. O censo escolar indica 1,2 milhão de alunos 
assim categorizados. Embora tenha triplicado o número de professores com alguma formação em educação 
especial inclusiva, contam-se não muito mais que 100 mil deles no país. Não se concebe que possa haver um 
especialista em cada sala de aula.
As experiências mais bem-sucedidas criaram na escola uma estrutura para o atendimento inclusivo, as 
salas de recursos. Aí, ao menos um profissional preparado se encarrega de receber o aluno e sua família para 
definir atividades e de auxiliar os docentes do período regular nas técnicas pedagógicas.
Não faltam casos exemplares na rede oficial de ensino. Compete ao Estado disseminar essas iniciativas 
exitosas por seus estabelecimentos. Assim se combate a tendência ainda existente a segregar em salas es-
peciais os estudantes com deficiência – que não se confunde com incapacidade, como felizmente já vamos 
aprendendo.
(Editorial. Folha de S.Paulo, 16.10.2019. Adaptado)
Assinale a alternativa em que, com a mudança da posição do pronome em relação ao verbo, conforme 
indicado nos parênteses, a redação permanece em conformidade com a norma-padrão de colocação dos pro-
nomes.
(A) ... há melhora nas escolas quando se incluem alunos com deficiência. (incluem-se)
(B) ... em educação especial inclusiva,contam-se não muito mais que 100 mil deles no país. (se contam)
(C) Não se concebe que possa haver um especialista em cada sala de aula. (concebe-se)
(D) Aí, ao menos um profissional preparado se encarrega de receber o aluno... (encarrega-se)
(E) ... que não se confunde com incapacidade, como felizmente já vamos aprendendo. (confunde-se)
5. (Prefeitura de Caranaíba - MG - Agente Comunitário de Saúde - FCM - 2019)
Dieta salvadora
A ciência descobre um micróbio adepto de um
alimento abundante: o lixo plástico no mar.
O ser humano revelou-se capaz de dividir o átomo, derrotar o câncer e produzir um “Dom Quixote”. Só não 
consegue dar um destino razoável ao lixo que produz. E não se contenta em brindar os mares, rios e lagoas 
com seus próprios dejetos. Intoxica-os também com garrafas plásticas, pneus, computadores, sofás e até car-
caças de automóveis. Tudo que perde o uso é atirado num curso d’água, subterrâneo ou a céu aberto, que se 
encaminha inevitavelmente para o mar. O resultado está nas ilhas de lixo que se formam, da Guanabara ao 
Pacífico.
De repente, uma boa notícia. Cientistas da Grécia, Suíça, Itália, China e dos Emirados Árabes descobriram 
em duas ilhas gregas um micróbio marinho que se alimenta do carbono contido no plástico jogado ao mar. 
Parece que, depois de algum tempo ao sol e atacado pelo sal, o plástico, seja mole, como o das sacolas, ou 
duro, como o das embalagens, fica quebradiço – no ponto para que os micróbios, de guardanapo ao pescoço, 
o decomponham e façam a festa. Os cientistas estão agora criando réplicas desses micróbios, para que eles 
ajudem os micróbios nativos a devorar o lixo. Haja estômago.
Em “A Guerra das Salamandras”, romance de 1936 do tcheco Karel Čapek (pronuncia-se tchá-pek), um 
explorador descobre na costa de Sumatra uma raça de lagartos gigantes, hábeis em colher pérolas e construir 
diques submarinos. Em troca das pérolas que as salamandras lhe entregam, ele lhes fornece facas para se de-
fenderem dos tubarões. O resto, você adivinhou: as salamandras se reproduzem, tornam-se milhões, ocupam 
os litorais, aprendem a falar e inundam os continentes. São agora bilhões e tomam o mundo.
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Não quero dizer que os micróbios comedores de lixo podem se tornar as salamandras de Čapek. É que, no 
livro, as salamandras aprendem a gerir o mundo melhor do que nós. Com os micróbios no comando, nossos 
mares, pelo menos, estarão a salvo.
Ruy Castro, jornalista, biógrafo e escritor brasileiro. Folha de S. Paulo. Caderno Opinião, p. A2, 20 mai. 2019.
Os pronomes pessoais oblíquos átonos, em relação ao verbo, possuem três posições: próclise (antes do 
verbo), mesóclise (no meio do verbo) e ênclise (depois do verbo).
Avalie as afirmações sobre o emprego dos pronomes oblíquos nos trechos a seguir.
I – A próclise se justifica pela presença da palavra negativa: “E não se contenta em brindar os mares, rios e 
lagoas com seus próprios dejetos.”
II – A ênclise ocorre por se tratar de oração iniciada por verbo: “Intoxica-os também com garrafas plásticas, 
pneus, computadores, sofás e até carcaças de automóveis.”
III – A próclise é sempre empregada quando há locução verbal: “Não quero dizer que os micróbios comedo-
res de lixo podem se tornar as salamandras de Čapek.”
IV – O sujeito expresso exige o emprego da ênclise: “O ser humano revelou-se capaz de dividir o átomo, 
derrotar o câncer e produzir um ‘Dom Quixote’”.
Está correto apenas o que se afirma em
(A) I e II.
(B) I e III.
(C) II e IV.
(D) III e IV.
6. (Prefeitura de Birigui - SP - Educador de Creche - VUNESP - 2019)
Certo discurso ambientalista tradicional recorrentemente busca indícios de que o problema ambiental seja 
universal (e de fato é), atemporal (nem tanto) e generalizado (o que é desejável). Alguma ingenuidade concei-
tual poderia marcar o ambientalismo apologético; haveria dilemas ambientais em todos os lugares, tempos, 
culturas. É a bambificação(*) da natureza. Necessária, no entanto, como condição de sobrevivência. Há quem 
tenha encontrado normas ambientais na Bíblia, no Direito grego, e até no Direito romano. São Francisco de 
Assis, nessa linha, prosaica, seria o santo padroeiro das causas ambientais; falava com plantas e animais.
A proteção do meio ambiente seria, nesse contexto, instintiva, predeterminando objeto e objetivo. Por outro 
lado, e este é o meu argumento, quando muito, e agora utilizo uma categoria freudiana, a pretensão de prote-
ção ambiental seria pulsional, dado que resiste a uma pressão contínua, variável na intensidade. Assim, numa 
dimensão qualitativa, e não quantitativa, é que se deveria enfrentar a questão, que também é cultural. E que 
culturalmente pode ser abordada.
O problema, no entanto, é substancialmente econômico. O dilema ambiental só se revela como tal quando 
o meio ambiente passa a ser limite para o avanço da atividade econômica. É nesse sentido que a chamada 
internalização da externalidade negativa exige justificativa para uma atuação contra-fática.
Uma nuvem de problematização supostamente filosófica também rondaria a discussão. Antropocêntricos 
acreditam que a proteção ambiental seria narcisística, centrada e referenciada no próprio homem. Os geocên-
tricos piamente entendem que a natureza deva ser protegida por próprios e intrínsecos fundamentos e caracte-
rísticas. Posições se radicalizam.
A linha de argumento do ambientalista ingênuo lembra-nos o “salto do tigre” enunciado pelo filósofo da cultu-
ra Walter Benjamin, em uma de suas teses sobre a filosofia da história. Qual um tigre mergulhamos no passado, 
e apenas apreendemos o que interessa para nossa argumentação. É o que se faz, a todo tempo.
(Arnaldo Sampaio de Moraes Godoy. Disponível em: https://www.conjur.com.br/2011. Acesso em: 10.08.2019. 
Adaptado)
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(*) Referência ao personagem Bambi, filhote de cervo conhecido como “Príncipe da Floresta”, em sua saga 
pela sobrevivência na natureza. 
Assinale a alternativa que reescreve os trechos destacados empregando pronomes, de acordo com a nor-
ma-padrão de regência e colocação. 
Uma nuvem de problematização supostamente filosófica também rondaria a discussão. / Alguma ingenui-
dade conceitual poderia marcar o ambientalismo apologético.
(A) ... lhe rondaria ... o poderia marcar
(B) ... rondá-la-ia ... poderia marcar ele
(C) ... rondaria-a ... podê-lo-ia marcar
(D) ... rondaria-lhe ... poderia o marcar
(E) ... a rondaria ... poderia marcá-lo
7. PM-MT – SARGENTO DA POLÍCIA MILITAR – PM-MT – 2021
(Armandinho. http://tirasbeck.blogspot.com.br Acesso em 30/01/2021)
Na tira, há três palavras homófonas heterográficas: cestas, sestas e sextas. Sobre a significação das pala-
vras (sinônimas, antônimas, homônimas, polissêmicas, conotativas e denotativas), assinale a afirmativa correta. 
(A) Na frase Os antagonistas de um partido político nem sempre se posicionam como adversários, depende 
de seus interesses políticos, há exemplo de antonímia.
(B) Na frase A descrição da obra, feita pelo crítico, revelou toda discrição que ele usou para não ferir susce-
tibilidades, há exemplo de homonímia perfeita.
(C) Na frase As luzes a serem encontradas no paraíso contrastam com as trevas do inferno, há exemplo de 
sinonímia.
(D) Na frase Todos sabem que aquele político passou a nadar em ouro após assumir alto posto, há exemplo 
de conotação.
(E) Na frase No final do filme, o facínora conseguiu sair da cela, colocou uma sela em um cavalo e fugiu em 
disparada., há exemplo de homonímia homográfica.
8. PREFEITURA DE SONORA-MS – ASSISTENTE DE ADMINISTRAÇÃO – MS CONCURSOS – 2019
Quanto à significação das palavras, marque a alternativa correta em relação aos itens:
1 – Homônimos: são palavras que apresentam significados diferentes, mas que são pronunciadas da mesma 
forma, como cem e sem. 
2 – Parônimos: grafia(escrita) parecida, fonética(som) parecido, significado diferente: comprimento e 
cumprimento.1806035 E-book gerado especialmente para JESSICA DA HORA SOUSA
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3 – Ortoepia: é o emprego correto da acentuação tônica das palavras, ela está ligada à oralidade: côndor 
(errado), condor (correto). 
4 – Prosódia: é o estudo da correta pronúncia das palavras, ocupa-se não só da correta pronúncia dos 
fonemas, mas também do ritmo e entoação delas. 
(A) Apenas 1 e 2 estão corretos.
(B) Apenas 1, 2 e 3 estão corretos.
(C) Apenas 2, 3 e 4 estão corretos.
(D) 1, 2, 3 e 4 estão corretos.
9. PREFEITURA DE CHUPINGUAIA-RO – ASSISTENTE SOCIAL – MS CONCURSOS – 2020
Correlacione as colunas, sobre a significação das palavras e assinale a alternativa correta.
COLUNA I
A – Sinônimos. 
B – Antônimos. 
C – Homônimos. 
D – Parônimos. 
E – Polissemia. 
F – Conotação. 
G – Denotação.
COLUNA II. 
(1) Comprei um anel de ouro. 
(2) Descrição e discrição. 
(3) Contraveneno e antídoto. 
(4) Pena (pluma) e pena (dó). 
(5) Aço (substantivo) e asso (verbo). 
(6) Meu vizinho nadava em ouro. 
(7) Bendizer e maldizer.
(A) A (7) - B (3) - C (5) - D (1) - E (2) - F (4) - G (6).
(B) A (3) - B (7) - C (2) - D (5) - E (4) - F (6) - G (1).
(C) A (3) - B (7) - C (5) - D (2) - E (4) - F (6) - G (1).
(D) A (3) - B (7) - C (5) - D (2) - E (4) - F (1) - G (6).
10. PREFEITURA DE BARRETOS-SP – AGENTE DE COMUNICAÇÃO SOCIAL – VUNESP – 2018 
Assinale a alternativa em que tanto a concordância quanto a regência estão de acordo com a norma-padrão 
da língua.
(A) Consciente que tudo que escrevia, inclusive as mensagens nas redes sociais, eram lidos pelo pai, 
passou a censurar-se.
(B) Divulgados nos principais jornais do país, o escândalo atingiu em cheio a vida das pessoas que ele mais 
se dedicava.
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(C) Foi feito, naquele caso, diversas tentativas de acordo para resolver o conflito que as partes estavam 
envolvidas.
(D) Escrever e falar com clareza sobre quaisquer temas é uma das exigências impostas àqueles profissionais 
atuantes nas mídias.
(E) Estando ciente que os atestados foram anexados ao e-mail, os funcionários deram prosseguimento do 
inquérito.
11. MPE-GO – SECRETÁRIO AUXILIAR – MPE-GO – 2018
Elas estavam ____ cansadas quando chegaram ____ dormitório. Assinale a alternativa que completa esse 
enunciado de acordo com a norma culta.
(A) meias – ao
(B) meia – no
(C) meio – ao
(D) meia – no
(E) meio - no
12. IPERON-RO – TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO – UERR – 2018
Facebook está construindo sua própria cidade na Califórnia 
O Facebook está construindo uma espécie de minicidade para seus funcionários. A ampliação do seu 
campus em Menlo Park, Califórnia, será repleta de regalias para os moradores - já que os funcionários vão 
morar praticamente dentro do trabalho. 
O Wall Street Journal relatou que a rede social de Mark Zuckerberg está trabalhando para construir uma 
comunidade de US$ 120 milhões, com 394 unidades habitacionais a uma curta distância de seus escritórios. 
Com 192 mil metros quadrados, o chamado Anton Menlo vai incluir tudo, desde um bar de esportes até uma 
creche para cachorros. 
O projeto do Facebook ultrapassa todas as novidades que as empresas do Vale do Silício já inventaram 
para tornar seus escritórios mais divertidos e descolados. Porém, uma porta-voz da empresa disse que a ideia 
de criar a propriedade não é para reter os funcionários - que estão cada dia mais disputados entre as empresas 
de tecnologia. 
“Certamente estamos animados para ter opções de moradia mais perto do campus, mas acreditamos que 
as pessoas trabalham no Facebook porque o que elas fazem é gratificante, e elas acreditam em nossa missão”, 
disse a porta-voz. Em outras palavras, eles dizem que não querem apenas bajular os funcionários com todas 
as regalias possíveis para que eles não saltem para a concorrência. 
Apesar de soar como inovadora, a ideia evoca memórias das “cidades empresas”, que eram comuns 
na virada do século 20, onde os operários norte-americanos viviam em com unidades pertencentes ao seu 
empregador e recebiam moradia, cuidados de saúde, polícia, igreja e praticamente todos os serviços oferecidos 
em uma cidade. Porém, elas acabaram extintas por colocar os trabalhadores completamente nas mãos dos 
empregadores, que muitas vezes se aproveitavam para explorá-los. 
É claro que ninguém espera que o Facebook faça isso. O que acontece é que os preços dos imóveis estão 
subindo rapidamente no Vale do Silício - calcula-se um aumento de 24% desde o quarto trimestre de 2012, e 
alguns funcionários da empresa acabam enfrentando problemas com isso. Além disso, a cidade do Facebook 
terá capacidade para abrigar apenas 10% dos funcionários da companhia. 
(Disponível em: http//www.canaltech.com.br - por Redação - 03/10/2013. Acesso em 22/08/2017) 
 
Uma das opções a seguir está correta quanto à concordância verbal, assim como o binômio: “calcula-se um 
aumento”/calculam-se aumentos. 
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(A) Necessita-se de funcionário. / Necessitam-se de funcionários.
(B) Vive-se bem nesta cidade. / Vivem-se bem nestas cidades.
(C) Obedece-se à lei trabalhista. / Obedecem-se às leis trabalhistas.
(D) Precisa-se de funcionário. / Precisam-se de funcionários.
(E) Conserta-se computador. / Consertam-se computadores.
13. CÂMARA DE PILÕEZINHOS-PB – AGENTE ADMINISTRATIVO – CPCON – 2019
O Manual de Redação da Presidência da República recomenda o emprego do padrão culto da linguagem. 
Assinale a alternativa cuja concordância verbal está INADEQUADA conforme as orientações da norma culta.
(A) No programa do concurso havia mais de dez assuntos para estudar.
(B) Precisam-se de professores qualificados para melhorar a educação no Brasil.
(C) Fazia mais de três anos que ele havia deixado de estudar.
(D) Nos comentários das provas, choveram críticas para o professor.
(E) Vendem-se apostilas com questões de concurso comentadas.
14. CÂMARA DE CERRO CORÁ-RN – AGENTE ADMINISTRATIVO – CPCON – 2020
A linguagem usada nos documentos oficiais deve estar de acordo com a norma culta da língua. Nesse 
sentido, marque a alternativa em que a concordância verbal esteja DE ACORDO com a norma culta vigente na 
língua portuguesa.
(A) Haviam muitas perguntas e poucas respostas para a causa do acidente.
(B) Precisam-se de funcionários qualificados, por isso é importante contratar os aprovados no concurso.
(C) Já fazem anos que haviam neste local árvores e flores. Hoje, só há ervas daninhas.
(D) Existe na atualidade diferentes tipos de inseticidas prejudiciais à saúde do homem.
(E) Durante as apresentações teatrais choveram aplausos para a garotinha que cantava para seus colegas.
15. CÂMARA DE MANGARATIBA-RJ – REDATOR LEGISLATIVO – ACCESS – 2020
Na Redação Oficial, os pronomes possessivos apresentam certas peculiaridades quanto às concordâncias 
verbal, nominal e pronominal. Embora se refiram a segunda pessoa gramatical (à pessoa com quem se fala), 
levam a concordância para a terceira pessoa. (Fonte: Manual de Redação da Presidência da República. 
(3ª Edição, revista, atualizada e ampliada, 2018) 
Com base nessa informação, selecione a opção que apresenta a concordância correta.
(A) Vossa Senhoria designará o substituto.
(B) Vossa Senhoria designará seu substituto.
(C) Vossa Senhoria designará teu substituto.
(D) Vossa Senhoria designará vosso substituto.
(E) Vossa Senhoria designar-lhe-á vL.
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16. CONSÓRCIO DE TRAIRÍ-RN – ADMINISTRADOR – FUNCERN – 2018
Assinale a opção em que está corretamente indicada a ordem dos sinais de pontuação que preencham, 
RESPECTIVAMENTE, as lacunas da seguinte frase:
“Quando se trata de eleição ___ duas coisas devem ser observadas ____ uma é o projeto político proposto 
pelo candidato ___ a outra é o posicionamento dele ante as demandas populares.”
(A) dois pontos – vírgula – ponto e vírgula. 
(B) ponto e vírgula – vírgula – vírgula.
(C) vírgula – dois pontos – ponto e vírgula.(D) vírgula – vírgula – ponto e vírgula.
17. PREFEITURA DE ARAPIRACA-AL – PROFESSOR DE MATEMÁTICA – PREF. DE ARAPIRACA – 2018
Quanto à significação das palavras, marque a alternativa correta em relação aos itens:
Assinale a alternativa que explicita a sequência de sinais de pontuação correspondente à confissão do amor 
do eu-lírico por Helena, com base no poema anônimo abaixo:
Se consultar a razão digo que amo Beatriz Não Helena cuja bondade ser humano não teria Não aspiro à 
mão de Laura que não tem pouca beldade (Texto adaptado).
(A) vírgula, interrogação, exclamação, vírgula, ponto final, vírgula, ponto final.
(B) vírgula, ponto final, vírgula, ponto final, vírgula, exclamação.
(C) vírgula, interrogação, exclamação, vírgula, interrogação, exclamação, vírgula, interrogação.
(D) ponto e vírgula, interrogação, exclamação, vírgula, interrogação, exclamação, vírgula, ponto final.
(E) ponto e vírgula, interrogação, exclamação, ponto final, interrogação, exclamação, ponto final.
18. SEE-AC – PROFESSOR DE LINGUAGENS – FUNCAB – 2018
O texto adiante é uma adaptação da matéria “Índia Yawanawá vence preconceito e faz revolução feminina 
na floresta”, originalmente publicada por Mariana Sanches, em O GLOBO, em outubro de 2014. Leia-o, 
atentamente, e responda às questões propostas a seguir. 
“Índia Yawanawá vence preconceito e faz revolução feminina na floresta”
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A voz é mansa. O tom é baixo. A fala é pausada. Rucharlo Yawanawá, de 35 anos, conversa como se a tran-
quilidade a habitasse. Nunca encara o interlocutor nos olhos, não gesticula, não grita ou gargalha. Seus modos 
contrastam com a revolução que liderou em sua própria vida e na tribo Yawanawá. Emuma aldeia nomeio da 
densa FlorestaAmazônica e distante sete horas de barco do município acriano mais próximo, Rucharlo se tor-
nou a primeira mulher pajé - líder espiritual - de seu povo e, talvez, do país. É um raríssimo caso de liderança 
espiritual indígena feminina no Brasil.
O xamã ou pajé é, ao lado do cacique, a maior autoridade de um grupo indígena. No caso dos Yawanawá, 
são eles os guardiões dos conhecimentos da tribo, desde a medicina até as artes. Acredita-se que tenham 
dons sobrenaturais - de adivinhação, de cura e até mesmo de matar inimigos telepaticamente. Fazem também 
a interlocução entre os vivos e os ancestrais. Segundo a sabedoria indígena, são os espíritos que ensinam ao 
pajé os segredos mágicos. [...] Tais comunicações acontecem em rituais em que os líderes espirituais tomam 
ayahuasca (chamada por eles de uni) e inalamrapé (umamistura de tabaco empó e da casca moída de uma 
árvore amazônica chamada por eles de tsunu).
O efeito alucinógeno e estimulante das substâncias permitiria aos xamãs entrar no mundo dos mortos e nos 
sonhos das pessoas doentes. As doenças, segundo os Yawanawá, sempre têm explicação espiritual. E é o 
xamã quem descobre a causa do problema nessas incursões oníricas [...].
O processo para se tornar líder espiritual é, assim como o uso da ayahuasca, milenar. Até 2005, era també-
mexclusivamentemasculino [...].
No período da reclusão, Rucharlo começou a desenhar as revelações que recebia. Sem conhecer as le-
tras, ela se fazia entender e registrava seu aprendizado por rabiscos. De tão bonitos, seus quadros já foram 
expostos em museus no Rio de Janeiro e em Minas Gerais. Com o tempo também descobriu que tinha o dom 
de “sentir o cheiro das doenças”, como descreve - habilidade fundamental para qualquer curandeiro.Mas, no 
processo, também chegoumuito perto damorte. [...].
- Eu tinha que provar que era capaz. Sabia que era minha missão colocar as mulheres em um novo patamar, 
eu tinha que resistir - afirmaRucharlo [...].
Na crença indígena, pajés são seres evoluídos, a meio caminho entre os vivos e os mortos. Por isso falam 
vagarosamente e não encaram um olhar. Se o mundo de Rucharlo mudou depois de sua experiência, ela tam-
bémmudou a tribo e omundo das de mais mulheres da aldeia.
“Em uma aldeia no meio da densa Floresta Amazônica e distante sete horas de barco do município acria-
no mais próximo,Rucharlo se tornou a primeira mulher pajé – líder espiritual – de seu povo ....’’
Nesse trecho, a jornalista utilizou dois tipos de sinais de pontuação: a vírgula e o travessão. Assinale a 
alternativa na qual seu uso está respectiva e corretamente justificado.
(A) Separa o adjunto adverbial de lugar antecipado; destaca uma expressão. 
(B) Separa o predicado; indica a mudança de interlocutor.
(C) Separa o adjunto adverbial de modo antecipado; indica uma pausa.
(D) Separa uma oração intercalada; introduz o fim do período.
(E) Separa a oração principal; isola o complemento verbal.
19. Observe as assertivas relacionadas ao texto “A lama que ainda suja o Brasil”:
I- O texto é coeso, mas não é coerente, já que tem problemas no desenvolvimento do assunto. 
II- O texto é coerente, mas não é coeso, já que apresenta problemas no uso de conjunções e preposições. 
III- O texto é coeso e coerente, graças ao bom uso das classes de palavras e da ordem sintática. 
IV- O texto é coeso e coerente, já que apresenta progressão temática e bom uso dos recursos coesivos. 
Analise as assertivas e responda:
(A) Somente a I é correta.
(B) Somente a II é incorreta.
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(C) Somente a III é correta.
(D) Somente a IV é correta.
Leia o texto abaixo para responder a questão.
A lama que ainda suja o Brasil
Fabíola Perez(fabiola.perez@istoe.com.br)
A maior tragédia ambiental da história do País escancarou um dos principais gargalos da conjuntura po-
lítica e econômica brasileira: a negligência do setor privado e dos órgãos públicos diante de um desastre de 
repercussão mundial. Confirmada a morte do Rio Doce, o governo federal ainda não apresentou um plano de 
recuperação efetivo para a área (apenas uma carta de intenções). Tampouco a mineradora Samarco, controla-
da pela brasileira Vale e pela anglo-australiana BHP Billiton. A única medida concreta foi a aplicação da multa 
de R$ 250 milhões – sendo que não há garantias de que ela será usada no local. “O leito do rio se perdeu e a 
calha profunda e larga se transformou num córrego raso”, diz Malu Ribeiro, coordenadora da rede de águas da 
Fundação SOS Mata Atlântica, sobre o desastre em Mariana, Minas Gerais. “O volume de rejeitos se tornou 
uma bomba relógio na região.” 
 Para agravar a tragédia, a empresa declarou que existem riscos de rompimento nas barragens de Ger-
mano e de Santarém. Segundo o Departamento Nacional de Produção Mineral, pelo menos 16 barragens 
de mineração em todo o País apresentam condições de insegurança. “O governo perdeu sua capacidade 
de aparelhar órgãos técnicos para fiscalização”, diz Malu. Na direção oposta 
 Ao caminho da segurança, está o projeto de lei 654/2015, do senador Romero Jucá (PMDB-RR) que 
prevê licença única em um tempo exíguo para obras consideradas estratégicas. O novo marco regulatório 
da mineração, por sua vez, também concede prioridade à ação de mineradoras. “Ocorrerá um aumento dos 
conflitos judiciais, o que não será interessante para o setor empresarial”, diz Maurício Guetta, advogado do 
Instituto Sócio Ambiental (ISA). Com o avanço dessa legislação outros danos irreversíveis podem ocorrer.
FONTE: http://www.istoe.com.br/reportagens/441106_A+LA MA+QUE+AINDA+SUJA+O+BRASIL
20. Observe as assertivas relacionadas ao texto lido:
I. O texto é predominantemente narrativo, já que narra um fato.
II. O texto é predominantemente expositivo, já que pertence ao gênero textual editorial. 
III. O texto é apresenta partes narrativas e partes expositivas, já que se trata de uma reportagem. 
IV. O texto apresenta partes narrativas e partes expositivas, já se trata de um editorial. 
Analise as assertivas e responda:
(A) Somente a I é correta.
(B) Somente a II é incorreta.
(C) Somente a III é correta
(D) A III e IV são corretas. 
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21. Assinale a alternativa que apresenta a correta classificação morfológica do pronome “alguém” (l. 44).
(A) Pronome demonstrativo.
(B) Pronome relativo.
(C) Pronome possessivo.
(D) Pronome pessoal.
(E) Pronome indefinido.
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22. Em relação à classe e ao emprego de palavras no texto, na oração “A abordagem social constitui-se em 
um processo de trabalho planejado de aproximação” (linhas 1 e 2), os vocábulos sublinhados classificam-se, 
respectivamente, em
(A) preposição, pronome, artigo, adjetivo e substantivo.
(B) pronome, preposição, artigo, substantivo e adjetivo.
(C) conjunção, preposição, numeral, substantivo e pronome.
(D) pronome, conjunção, artigo, adjetivo e adjetivo.
(E) conjunção, conjunção, numeral, substantivo e advérbio.
23. (IABAS – FARMACÊUTICO - IBADE - 2019)
Infestação de escorpiões no Brasil pode ser imparável
A infestação de escorpião no Brasil é o exemplo perfeito de como a vida moderna se tornou imprevisível. 
É uma característica do que, no complexo campo de problemas, chamamos de um mundo “VUCA” (Volatility, 
uncertainty, complexity and ambiguity em inglês) - um mundo volátil, incerto, complexo e ambíguo.
Escorpiões, como as baratas que eles comem, são um a espécie incrivelmente adaptável. O número de pes-
soas picadas em todo o Brasil aumentou de 12 mil em 2000 para 140 mil no ano passado, de acordo com o Mi-
nistério da Saúde. A espécie que aterroriza os brasileiros é o perigoso escorpião amarelo, ou Tityus serrulatus. 
Ele se reproduz por meio do milagre da partenogênese, significando que um escorpião feminino simplesmente 
gera cópias de si mesma duas vezes por ano - nenhuma participação masculina é necessária.
A infestação do escorpião urbano no Brasil é um clássico “problema perverso”. Este termo, usado pela pri-
meira vez em 1973, refere-se a enormes problemas sociais ou culturais como pobreza e guerra - sem solução 
simples ou definitiva, e que surgem na interseção de outros problemas. Nesse caso, a infestação do escorpião 
urbano no Brasil é o resultado de uma gestão inadequada do lixo, saneamento inapropriado, urbanização rápi-
da e mudanças climáticas.
No VUCA, quanto mais recursos você der para os problemas, melhor. Isso pode significar tudo, desde cam-
panhas de conscientização pública que educam brasileiros sobre escorpiões até forças-tarefa exterminadoras 
que trabalham para controlar sua população em áreas urbanas. Os cientistas devem estar envolvidos. O siste-
ma nacional de saúde pública do Brasil precisará se adaptar a essa nova ameaça.
Apesar da obstinada cobertura da imprensa, as autoridades federais de saúde mal falaram publicamente 
sobre o problema do escorpião urbano no Brasil. E, além de alguns esforços mornos em nível nacional e es-
tadual para treinar profissionais de saúde sobre o risco de escorpião, as autoridades parecem não ter nenhum 
plano para combater a infestação no nível epidêmico para o qual ela está se dirigindo.
Temo que os escorpiões amarelos venenosos tenham reivindicado seu lugar ao lado de crimes violentos, 
tráfico brutal e outros problemas crônicos com os quais os urbanitas no Brasil precisam lidar diariamente. 
* Hamilton Coimbra Carvalho é pesquisador em Problemas Sociais Complexos, na Universidade de São 
Paulo (USP).
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Texto adaptado de Revista Galileu
(https://revistagalileu.globo.com/Ciencia/MeioAmbiente/noticia/2019/02/infestacao-de-escorpioes-no-brasil-
pode-ser-imparavel-diz-pesquisador.html)
Observe a oração destacada:
“A infestação do escorpião urbano no Brasil é um clássico “problema perverso.”
Sobre seus termos, é correto afirmar que:
(A) escorpião é núcleo do sujeito.
(B) urbano é predicativo do objeto.
(C) perverso é núcleo do sujeito.
(D) clássico é núcleo do predicativo do objeto.
(E) problema é núcleo do predicativo do sujeito.
24. (SEAP-GO - AGENTE DE SEGURANÇA PRISIONAL - IADES - 2019)
COYLE, A. Administração penitenciária: uma abordagem de direitos humanos. Manual para servidores peni-
tenciários. Brasília: Ministério da Justiça, 2002, p. 21.
Com base nas relações morfossintáticas estabelecidas pelo autor no primeiro período, assinale a alternativa 
correta.
(A) Na linha 1, a conjunção “Quando” relaciona orações coordenadas entre si.
(B) Os termos “em prisões” (linha 1) e “seu aspecto físico” (linha 2) funcionam como complementos verbais 
e classificam-se, respectivamente, como objeto indireto e objeto direto.
(C) As formas verbais “pensam” (linha 1) e “tendem a considerar” (linhas 1 e 2) referem-se ao mesmo sujeito 
sintático: “as pessoas” (linha 1).
(D) Na linha 1, a exclusão do pronome “elas” alteraria a estrutura do período, pois o predicado da segunda 
oração passaria a se referir a um sujeito indeterminado.
(E) Na linha 2, o adjetivo “físico” completa o sentido do substantivo “aspecto”, por isso desempenha a função 
de complemento nominal.
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Gabarito
01 E
02 C
03 B
04 D
05 A
06 E
07 A
08 A
09 C
10 D
11 C
12 E
13 B
14 E
15 B
16 C
17 A
18 A
19 D
20 C
21 E
22 B
23 E
24 B
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