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<p>Todos os direitos reservados ao Master Juris. www.masterjuris.com.br</p><p>P</p><p>ág</p><p>in</p><p>a1</p><p>Curso/Disciplina: Direito Processual Penal</p><p>Aula: Preparação do Processo para Julgamento/Desaforamento- 72</p><p>Professor(a): Marcelo Machado</p><p>Monitor(a): Eloisia Nascimento</p><p>Aula nº. 72</p><p>Preparação do Processo para Julgamento/Desaforamento</p><p>Das quatro decisões que podem ser proferidas são: a pronúncia, a impronúncia, a absolvição</p><p>sumaria e a desclassificação. A única que encaminha o réu ao Tribunal do Júri é a de pronúncia.</p><p>Art. 422. Ao receber os autos, o presidente do Tribunal do Júri determinará a intimação do</p><p>órgão do Ministério Público ou do querelante, no caso de queixa, e do defensor, para, no</p><p>prazo de 5 (cinco) dias, apresentarem rol de testemunhas que irão depor em plenário, até o</p><p>máximo de 5 (cinco), oportunidade em que poderão juntar documentos e requerer</p><p>diligência.</p><p>STJ já decidiu que não pode haver inovação no conjunto probatório, após o primeiro julgamento</p><p>ter sido cassado pelo fato da decisão do júri ter sido contrária a prova dos autos.</p><p>Ex: As testemunhas: João, José e Joaquim. É realizado o primeiro julgamento do réu que é absolvido. O MP</p><p>apela alegando que a decisão dos jurados foi manifestamente contrária à prova nos autos. Esse julgamento é</p><p>cassado e um segundo julgamento será realizado. Antes do segundo julgamento o MP pede a substituição</p><p>da testemunha José pela testemunha Maria, que não foi ouvida no processo.</p><p>De acordo com STJ não pode apresentar prova nova, nem mesmo nova testemunha no segundo</p><p>julgamento (Art. 593, §3º, CPP). O juiz vai se manifestar na forma do art. 423 do CPP, deferindo ou não as</p><p>diligências pelas partes, irá sanar eventuais nulidades, elaborar um relatório que será entregue aos jurados</p><p>e incluirá o feito em pauta.</p><p>Art. 593. Caberá apelação no prazo de 5 (cinco) dias:</p><p>§ 3o Se a apelação se fundar no no III, d, deste artigo, e o tribunal ad quem se convencer de</p><p>que a decisão dos jurados é manifestamente contrária à prova dos autos, dar-lhe-á</p><p>provimento para sujeitar o réu a novo julgamento; não se admite, porém, pelo mesmo</p><p>motivo, segunda apelação.</p><p>Art. 423. Deliberando sobre os requerimentos de provas a serem produzidas ou exibidas no</p><p>plenário do júri, e adotadas as providências devidas, o juiz presidente:</p><p>Todos os direitos reservados ao Master Juris. www.masterjuris.com.br</p><p>P</p><p>ág</p><p>in</p><p>a2</p><p>I - ordenará as diligências necessárias para sanar qualquer nulidade ou esclarecer fato que</p><p>interesse ao julgamento da causa;</p><p>II - fará relatório sucinto do processo, determinando sua inclusão em pauta da reunião do</p><p>Tribunal do Júri.</p><p>Desaforamento: É a transferência do julgamento para uma comarca da mesa região. Uma</p><p>alteração de competência, conforme arts. 427 e 428 do CPP, vejamos:</p><p>Art. 427. Se o interesse da ordem pública o reclamar ou houver dúvida sobre a</p><p>imparcialidade do júri ou a segurança pessoal do acusado, o Tribunal, a requerimento do</p><p>Ministério Público, do assistente, do querelante ou do acusado ou mediante representação</p><p>do juiz competente, poderá determinar o desaforamento do julgamento para outra</p><p>comarca da mesma região, onde não existam aqueles motivos, preferindo-se as mais</p><p>próximas.</p><p>§ 1o O pedido de desaforamento será distribuído imediatamente e terá preferência de</p><p>julgamento na Câmara ou Turma competente.</p><p>§ 2o Sendo relevantes os motivos alegados, o relator poderá determinar,</p><p>fundamentadamente, a suspensão do julgamento pelo júri.</p><p>§ 3o Será ouvido o juiz presidente, quando a medida não tiver sido por ele solicitada.</p><p>§ 4o Na pendência de recurso contra a decisão de pronúncia ou quando efetivado o</p><p>julgamento, não se admitirá o pedido de desaforamento, salvo, nesta última hipótese,</p><p>quanto a fato ocorrido durante ou após a realização de julgamento anulado.</p><p>Art. 428. O desaforamento também poderá ser determinado, em razão do comprovado</p><p>excesso de serviço, ouvidos o juiz presidente e a parte contrária, se o julgamento não puder</p><p>ser realizado no prazo de 6 (seis) meses, contado do trânsito em julgado da decisão de</p><p>pronúncia. (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008)</p><p>§ 1o Para a contagem do prazo referido neste artigo, não se computará o tempo de</p><p>adiamentos, diligências ou incidentes de interesse da defesa.</p><p>§ 2o Não havendo excesso de serviço ou existência de processos aguardando julgamento</p><p>em quantidade que ultrapasse a possibilidade de apreciação pelo Tribunal do Júri, nas</p><p>reuniões periódicas previstas para o exercício, o acusado poderá requerer ao Tribunal que</p><p>determine a imediata realização do julgamento.</p><p>Existem três hipóteses previstas no art. 427 e a quarta no art. 428 do CPP, analisemos:</p><p>1) Interesse público em reclamar.</p><p>2) Dúvida sobre a imparcialidade do Júri.</p><p>3) Risco a segurança pessoal do réu.</p><p>4) Quando o julgamento não for realizado no prazo de 6 meses contados do trânsito em julgado</p><p>da pronúncia.</p><p>Nessas três primeiras hipóteses, o desaforamento pode ser deflagrado mediante requerimento do</p><p>MP, do querelando, do assistente da defesa, do réu ou por representação do juiz.</p><p>Todos os direitos reservados ao Master Juris. www.masterjuris.com.br</p><p>P</p><p>ág</p><p>in</p><p>a3</p><p>Quem vai julgar o desaforamento é Tribunal de Justiça.</p><p>O rito é bem semelhante ao do Habeas Corpus. Será distribuindo para uma Câmera Criminal.</p><p>Sorteado o relator, abre vista ao MP e pede informações ao juiz, salvo se o desaforamento foi deflagrado</p><p>mediante representação do magistrado, nesse caso não precisará das informações ( S. 712 do STF)</p><p>Súmula 712: É nula a decisão que determina o desaforamento de processo da competência do júri</p><p>sem audiência da defesa.</p>

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