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O Tribunal do Júri possui um procedimento bifásico, na primeira fase ocorre o juízo de formação 
de culpa (judicium accusatione), na segunda fase ocorre o julgamento da causa pelo Conselho 
de sentença (judicium causae). 
Ao receber a denúncia, o juiz ordenará a citação do acusado para responder a acusação em 10 
dias (art. 406 CPP). Não apresentada a resposta no prazo legal o juiz nomeará defensor que a 
apresentará em 10 dias, trata-se de ato estrutural do processo e sua falta gera nulidade absoluta 
(art. 408 CPP). 
O art. 397 CPP que prevê a absolvição sumária se aplica ao procedimento júri com fundamento 
no art. 394§ 4ºCPP e pela aplicação dos arts. 395/398. 
Outra corrente entende que o procedimento do júri é sui generis, já há a possibilidade do juiz 
absolver sumariamente o réu depois da audiência (art. 415 CPP). No tribunal do júri se aplica o 
princípio da especialidade, art. 394§ 3ºCPP. 
A estrutura da audiência de instrução é idêntica ao procedimento ordinário, com a oitiva da vítima 
na hipótese de tentativa, art. 411 CPP. Denis Sampaio entende que são indispensáveis a 
manifestação defensiva através de alegações finais. 
Decisões no encerramento da primeira fase: 
I- pronúncia (art. 413 CPP)é uma decisão processual, um juízo de admissibilidade, decisão 
interlocutória mista não terminativa, o que significa dizer que a pronúncia apenas verifica a 
admissibilidade da pretensão acusatória, por isso não possui repercussão no juízo cível. 
O juiz deverá fundamentar sua decisão com indicação da materialidade do fato e indícios de 
autoria ou participação (não pode valorar a prova ou analisar o mérito, se o fizer é nula por 
excesso de linguagem). Ex: a materialidade do delito se encontra consubstanciada no auto de 
exame cadavérico e os indícios de autoria conforme depoimento da testemunha X. 
Recurso cabível contra a decisão de pronúncia: RESE. 
Nessa fase do procedimento a dúvida milita em favor da sociedade, in dubio pro societate. Outra 
corrente, entende que a dúvida milita em favor do réu, decisão da 2ª turma do STF, in dubio pro 
reo. 
É possível a exclusão de qualificadora na decisão de pronúncia? 
Uma primeira corrente não admite porque qualificadora é mérito. Para a segunda corrente o juiz 
tem poderes implícitos, se ele pode impronunciar o réu de toda imputação também poderá excluir 
uma qualificadora. 
STF admite a exclusão de qualificadora desde que manifestamente improcedente. Na dúvida 
quanto a qualificadora ela deve ser reconhecida, in dubio pro societate. 
A decisão de exclusão de qualificadora na pronúncia qual o recurso cabível? Primeira corrente, 
caberá apelação (416 CPP), não está recorrendo da decisão de pronúncia e sim de impronúncia 
em relação a qualificadora. Para o STJ caberá RESE (581, IV CPP) porque o Ministério Público 
está recorrendo de uma decisão de pronúncia. Sendo possível a aplicação do princípio da 
fungibilidade. 
É possível Emendatio Libelli em decisão de pronúncia? 
Conforme art. 418 CPP o juiz pode dar definição diversa ainda que o acusado fique sujeito a 
pena mais grave. 
Ex: Ministério público denuncia mãe que matou filho após o parto e tipifica no art. 121 CP, pode 
o juiz na decisão de pronúncia classificar no art. 123 CP. 
É possível a Mutatio Libelli? 
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10636447/artigo-406-do-decreto-lei-n-3689-de-03-de-outubro-de-1941
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/91622/codigo-processo-penal-decreto-lei-3689-41
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10636242/artigo-408-do-decreto-lei-n-3689-de-03-de-outubro-de-1941
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/91622/codigo-processo-penal-decreto-lei-3689-41
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10641837/artigo-397-do-decreto-lei-n-3689-de-03-de-outubro-de-1941
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/91622/codigo-processo-penal-decreto-lei-3689-41
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10635385/artigo-415-do-decreto-lei-n-3689-de-03-de-outubro-de-1941
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/91622/codigo-processo-penal-decreto-lei-3689-41
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10636094/artigo-411-do-decreto-lei-n-3689-de-03-de-outubro-de-1941
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/91622/codigo-processo-penal-decreto-lei-3689-41
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10635669/artigo-413-do-decreto-lei-n-3689-de-03-de-outubro-de-1941
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/91622/codigo-processo-penal-decreto-lei-3689-41
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/91622/codigo-processo-penal-decreto-lei-3689-41
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/91622/codigo-processo-penal-decreto-lei-3689-41
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10635060/artigo-418-do-decreto-lei-n-3689-de-03-de-outubro-de-1941
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/91622/codigo-processo-penal-decreto-lei-3689-41
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10625629/artigo-121-do-decreto-lei-n-2848-de-07-de-dezembro-de-1940
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/91614/codigo-penal-decreto-lei-2848-40
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10625040/artigo-123-do-decreto-lei-n-2848-de-07-de-dezembro-de-1940
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/91614/codigo-penal-decreto-lei-2848-40
Sim, pode aditar a denúncia até a decisão de pronúncia. Transitada em julgado a decisão de 
pronúncia ela não pode mais ser alterada. Tem uma única exceção prevista no 
art. 421 CPP, circunstância superveniente que altere a classificação do crime. Não se pode 
aditar para incluir qualificadora ou causa de aumento. 
Ex: denunciado por homicídio tentado, após a pronúncia a vítima morre. O juiz remeterá o 
processo ao MP para aditar a denúncia para constar homicídio consumado, art 421§ 1º CPP. 
Ex: decisão de pronúncia por homicídio simples, MP não recorreu, apenas a defesa. Tribunal deu 
provimento e anulou todo o processo desde a citação. E o juiz pronúncia por homicídio 
qualificado, não pode reformatio in pujus. 
Obs.: A simples leitura da pronúncia no Plenário do Júri não leva à nulidade do julgamento, que 
somente ocorre se a referência for utilizada como argumento de autoridade que beneficie ou 
prejudique o acusado. STJ. AgRg no AREsp 429.039, j. 27/09/2016. 
II- impronúncia (art. 414 CP) segundo a doutrina é uma decisão interlocutória mista terminativa, 
põe termo ao processo sem julgamento do mérito. Para o CPP trata a impronúncia como uma 
sentença, caberá recurso de apelação (416 CPP). 
A impronúncia faz coisa julgada formal, porque se houver prova nova, poderá ser oferecida nova 
denúncia. Prova nova é aquela substancialmente nova e altera o acervo probatório existente até 
então. 
A defesa pode recorrer da impronúncia? 
Embora não tenha repercussão na esfera cível, a doutrina entende que sim, tem legitimidade e 
interesse para bsucar uma absolvição sumária que faz coisa julgada material e impede a 
propositura de uma ação civil ex delicto. 
Ex: impronúncia por ausência de provas de indícios de autoria do réu que cumpria pena no 
regime semiaberto e se encontrava no estabelecimento penal na hora que ocorreu o crime de 
que fora acusado. MP recorreu da impronúncia, assim como a defesa, para obter a absolvição 
sumária. 
III- absolvição sumária: (art. 415 CPP) quando: 
a) provada a inexistência do fato; 
b) não ser o acusado autor ou partícipe do fato; 
c) o fato não constituir crime; 
d) causa de isenção de pena ou de exclusão do crime - excludente de 
ilicitude (o procedimento comum prevê a possibilidade de absolvição sumária por “manifesta 
causa excludente de ilicitude” art. 397, I, CPP). 
A absolvição sumária não mais desafia recurso de ofício porque o artigo 574 II CPP está 
tacitamente revogado porque faz referência a texto do art. 411 já revogado. 
Em 2008 o STF decide que absolvição sumária de inimputável com medida de segurança viola 
o princípio da presunção de inocência. 
Em seguida entre em vigor o novo procedimento, não se aplica a absolvição sumária aos casos 
de inimputabilidade, somente se esta for a única tese defensiva. Se tiveroutra tese defensiva 
terá que pronunciar (a concorrência de outras teses defensivas permite a absolvição própria do 
acusado quando do julgamento pelo plenário). 
Crítica: O art. 415, parágrafo único CPP, se mostra manifestamente inconstitucional porque o 
júri é soberano e pode absolver o réu pelo motivo que ele quiser. 
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10634789/artigo-421-do-decreto-lei-n-3689-de-03-de-outubro-de-1941
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/91622/codigo-processo-penal-decreto-lei-3689-41
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/91622/codigo-processo-penal-decreto-lei-3689-41
https://stj.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/862873351/agravo-regimental-no-agravo-em-recurso-especial-agrg-no-aresp-429039-mg-2013-0376439-2
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/91622/codigo-processo-penal-decreto-lei-3689-41
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/91622/codigo-processo-penal-decreto-lei-3689-41
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10619139/artigo-574-do-decreto-lei-n-3689-de-03-de-outubro-de-1941
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10619074/inciso-ii-do-artigo-574-do-decreto-lei-n-3689-de-03-de-outubro-de-1941
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/91622/codigo-processo-penal-decreto-lei-3689-41
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10635385/artigo-415-do-decreto-lei-n-3689-de-03-de-outubro-de-1941
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10635177/paragrafo-1-artigo-415-do-decreto-lei-n-3689-de-03-de-outubro-de-1941
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/91622/codigo-processo-penal-decreto-lei-3689-41
IV- despronúncia: o réu é pronunciado na primeira instância, mas o Tribunal dá provimento ao 
recurso defensivo para despronucniar o réu. 
V- desclassificação da infração: (art. 419 CPP) 
Desclassificação própria: o juiz desclassifica a infração para outra que não seja da 
competência do tribunal do júri e remeterá ao juiz competente. Ex: tentativa de homicídio para 
lesão corporal. 
Desclassificação imprópria: o juiz desclassifica a infração para outra que também seja da 
competência do júri. Ex: homicídio para infanticídio. 
Desclassificação na sessão de julgamento pelo Conselho de Sentença: 
Perpetuação da jurisdição com sentença proferida pelo juiz presidente, exceto se o crime 
remanescente tiver competência constitucional. 
a) Crime desclassificado para lesão corporal leve de competência do JECRIM: não é 
constitucional, perpetua a jurisdição e nesse caso o juiz presidente deverá verificar a 
possibilidade de medidas despenalizadoras (transação penal, suspensão condicional do 
processo, ANPP), se não for o caso, profere sentença. 
b) Crime desclassificado para lesão corporal grave de competência do juiz singular: não é 
constitucional, perpetua a jurisdição e nesse caso o juiz presidente deverá verificar a 
possibilidade de medidas despenalizadoras (suspensão condicional do processo) se não for o 
caso, profere sentença. 
c) Crime desclassificado para lesão corporal gravíssima de competência do juiz 
singular: não é constitucional, perpetua a jurisdição e nesse caso o juiz presidente deverá 
proferir sentença. 
d) Crime desclassificado para lesão corporal no âmbito da violência doméstica, não 
importando a natureza da lesão, competência do juiz singular: não é constitucional, perpetua 
a jurisdição e nesse caso o juiz presidente deverá proferir sentença. 
e) Crime desclassificado para lesão corporal praticada por militar em situação de atividade 
contra um civil: a competência da justiça militar é constitucional, os autos serão encaminhados 
para auditoria de justiça militar, está aqui a exceção. 
Preparação para julgamento: 
Preclusa a pronúncia, as partes tem o prazo de 5 dias para arrolar no máximo 5 testemunhas e 
requerer diligências. 
Cumpre ressaltar que no caso de ter sido cassado o primeiro julgamento, não poderá haver 
inovação probatória no segundo julgamento. Ex: MP arrola como testemunhas, José, João e 
Joaquim. Esse julgamento é cassado porque o Tribunal entende que a decisão foi 
manifestamente contrária a prova dos autos, no novo julgamento o MP substitui João por Maria. 
Esse requerimento deve ser indeferido. 
A falta de manifestação defensiva na forma no art. 422 CPP não gera nulidade, o que gera 
nulidade (relativa) é a falta de intimação se ficar provado o prejuízo, se a defesa tinha 
testemunhas a arrolar ou diligências a requerer. 
Alistamento dos jurados: 
Anualmente, serão alistados pelo presidente do Tribunal do Júri nas comarcas de: 
- mais de 1.000.000 de habitantes: de 800 a 1.500 jurados. 
- mais de 100.000 habitantes: de 300 a 700 jurados. 
- nas comarcas de menor população (menos de 100 mil): de 80 a 400 jurados. 
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10634653/artigo-422-do-decreto-lei-n-3689-de-03-de-outubro-de-1941
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/91622/codigo-processo-penal-decreto-lei-3689-41
Publicação da listagem: 
A primeira lista é publicada em 10 de outubro e pode ser impugnada até a publicação da listagem 
definitiva em 10 de novembro. 
Sorteio dos jurados: 
Para cada reunião periódica serão sorteados 25 jurados, para que inicie o julgamento devem 
estar presentes pelo menos 15 jurados, dos quais 7 serão sorteados para formar o conselho de 
sentença. 
Art. 433. O sorteio, presidido pelo juiz, far-se-á a portas abertas, cabendo-lhe retirar as cédulas 
até completar o número de 25 (vinte e cinco) jurados, para a reunião periódica ou 
extraordinária. 
§ 1º O sorteio será realizado entre o 15º (décimo quinto) e o 10º (décimo) dia útil antecedente 
à instalação da reunião. 
O jurado que tiver integrado o Conselho de Sentença nos 12 (doze) meses que antecederem à 
publicação da lista geral fica dela excluído. 
Marido e mulher podem estar entre os 25 jurados sorteados, mas não podem estar no mesmo 
conselho de sentença (7 sorteados). 
Princípio do ineditismo da causa: 
Não poderá servir o jurado que tiver funcionado em julgamento anterior do mesmo processo, 
independentemente da causa determinante do julgamento posterior e no caso do concurso de 
pessoas, houver integrado o Conselho de Sentença que julgou o outro acusado. 
Princípio da imparcialidade do jurado: 
Não poderá servir o jurado que tiver tiver manifestado prévia disposição para condenar ou 
absolver o acusado. 
Ex: João é julgado por conselho de sentença em que participa a jurada Aline. Não pode esta 
participar do conselho de sentença de Joaquim que praticou o crime em concurso com João. 
Súmula 206 do STF: É nulo o julgamento ulterior pelo júri com a participação de jurado que 
funcionou em julgamento anterior do mesmo processo. 
Antes se entendia que a nulidade é relativa devendo a parte comprovar o prejuízo. No exemplo 
acima se Aline funcionou no julgamento de João, está proibida de participar do julgamento de 
Joaquim, mas se mesmo assim participa, tendo o júri condenado o réu por 7x0 a participação de 
Aline não foi decisiva, não causou prejuízo, em razão da incomunicabilidade dos jurados, os 
outros não são contaminados. Porém se o resultado foi 4x3, aí sim poderia se afirmar que a sua 
participação causou prejuízo. 
Art. 483 § 1º A resposta negativa, de mais de 3 (três) jurados, a qualquer dos quesitos referidos 
nos incisos I e II do caput deste artigo encerra a votação e implica a absolvição do acusado. 
Hoje, se encerra a votação no 4º voto para se garantir o sigilo dos votos. Então podemos afirmar 
que o julgamento do corréu com participação de jurado que participou do júri do corréu é de 
nulidade absoluta. 
Aproveitamento para computar o mínimo de jurados para instalação da sessão: 
Art. 451. Os jurados excluídos por impedimento, suspeição ou incompatibilidade serão 
considerados para a constituição do número legal exigível para a realização da sessão. 
Da Organização da Pauta 
Salvo motivo relevante que autorize alteração na ordem dos julgamentos, terão preferência: 
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1503907193/constituicao-federal-constituicao-da-republica-federativa-do-brasil-1988I – os acusados presos; 
II – dentre os acusados presos, aqueles que estiverem há mais tempo na prisão; 
III – em igualdade de condições, os precedentemente pronunciados. 
Antecedência da organização da pauta e após o sorteio dos jurados: 
Em seguida à organização da pauta, o juiz presidente determinará a intimação do Ministério 
Público, da Ordem dos Advogados do Brasil e da Defensoria Pública para acompanharem, em 
dia e hora designados, o sorteio dos jurados que atuarão na reunião periódica. 
Depois de sorteados os jurados não pode haver alteração na pauta. 
Desaforamento: (art. 427/428 CPP) 
É a transferência do julgamento para outra comarca da mesma região, onde não existam aqueles 
motivos, preferindo-se as mais próximas. Não pode ser feita automaticamente para a capital. Ex: 
Crime cometido em Arraila do Cabo será desaforado para a comarca de Cabo Frio. 
Hipóteses: 
1) Se o interesse da ordem pública o reclamar; 
2) Se houver dúvida sobre a imparcialidade do júri; 
3) Se houver risco à segurança pessoal do acusado; 
4) Se o julgamento não puder ser realizado no prazo de 6 (seis) meses, contado do trânsito em 
julgado da decisão de pronúncia. - Nesse caso o juiz não pode representar. 
Quem pode requerer: 
- requerimento do Ministério Público, do assistente, do querelante ou do acusado; 
- mediante representação do juiz competente; 
Competência: 
O pedido de desaforamento será distribuído imediatamente e terá preferência de julgamento na 
Câmara ou Turma competente. Será ouvido o juiz presidente, quando a medida não tiver sido 
por ele solicitada. A súmula 712 exige o contraditório na decisão de desaforamento: 
S. 712 STF: É nula a decisão que determina o desaforamento de processo da competência do 
júri sem audiência da defesa. 
Momento: após o trânsito em julgado da decisão de pronúncia. Não cabe na fase de inquérito, 
nem na primeira fase do júri. 
Adiamento do Júri: se faltar o juiz presidente, se faltar o promotor de justiça será adiado para o 
primeiro desimpedido da mesma reunião (art. 455 CPP), se faltar o defensor porque a defesa 
técnica é indispensável, devem estar presente pelo menos 15 jurados. 
Presença do réu: é um direito dispensável, não se pode obrigar o réu a estar presente. Réu 
solto regularmente intimado não comparece, será julgado a sua revelia. Se ele estiver preso será 
requisitado, mas caso não queira estar presente, basta subscrever petição dispensando sua 
presença: 
Art. 457. O julgamento não será adiado pelo não comparecimento do acusado solto, do 
assistente ou do advogado do querelante, que tiver sido regularmente intimado. 
§ 2º Se o acusado preso não for conduzido, o julgamento será adiado para o primeiro dia 
desimpedido da mesma reunião, salvo se houver pedido de dispensa de comparecimento 
subscrito por ele e seu defensor. 
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10631403/artigo-455-do-decreto-lei-n-3689-de-03-de-outubro-de-1941
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/91622/codigo-processo-penal-decreto-lei-3689-41
Ausência de testemunha: 
Se foi arrolada em caráter imprescindível e encontrada no endereço indicado, caso a testemunha 
não compareça determinará a condução coercitiva ou adia o julgamento para o primeiro dia 
desimpedido. 
Art. 461. O julgamento não será adiado se a testemunha deixar de comparecer, salvo se uma 
das partes tiver requerido a sua intimação por mandado, na oportunidade de que trata o art. 422 
deste Código, declarando não prescindir do depoimento e indicando a sua localização. 
§ 1o Se, intimada, a testemunha não comparecer, o juiz presidente suspenderá os trabalhos e 
mandará conduzi-la ou adiará o julgamento para o primeiro dia desimpedido, ordenando a sua 
condução. 
Ausência de testemunha fora da terra: na primeira fase será ouvida por carta precatória. Na 
segunda fase a prova é produzida perante o conselho de sentença, se a testemunha não 
comparecer o julgamento não será adiado. O juiz onde tramita o processo não tem poderes para 
praticar ato fora de sua jurisdição, não sendo possível determinar sua condução coercitiva. 
Réu no plenário não pode estar de algemas: 
Não se permitirá o uso de algemas no acusado durante o período em que permanecer no plenário 
do júri, salvo se absolutamente necessário à ordem dos trabalhos, à segurança das testemunhas 
ou à garantia da integridade física dos presentes. 
Sorteio dos jurados: cada parte pode sem qualquer fundamentação recusar até 3 jurados 
(defesa/acusação). Assistente não participa da formação do conselho. São 3 recusas por réu, se 
a defesa defense 3 réus, pode recusar até 9 jurados. 
Formação do Conselho de Sentença: 
Os jurados serão investidos na jurisdição. 
Art. 472. Formado o Conselho de Sentença, o presidente, levantando-se, e, com ele, todos os 
presentes, fará aos jurados a seguinte exortação: 
Em nome da lei, concito-vos a examinar esta causa com imparcialidade e a proferir a vossa 
decisão de acordo com a vossa consciência e os ditames da justiça. 
Os jurados, nominalmente chamados pelo presidente, responderão: Assim o prometo. 
Tempo dos debates: art. 477 CPP 
Acusação: 1:30h / Defesa: 1:30h 
Réplica: 1 h / Tréplica: 1 h 
Mais de um acusador ou mais de um defensor: combinarão entre si, de forma a não exceder 
o determinado neste artigo. 
Havendo mais de 1 (um) acusado: 
Acusação: 1:30h / Defesa: 1:30h 
Réplica: 1 h / Tréplica: 1 h 
Admite-se a inovação na tréplica? 
O tema é controvertido, a primeira corrente não admite porque viola o princípio do contraditório 
já que o MP não terá outra oportunidade sobre a nova tese apresentada.Para o MP pouco importa 
a tese defensiva, plenitude de defesa. 
Art. 478. Durante os debates as partes não poderão, sob pena de nulidade, fazer referências: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del3689compilado.htm#art422
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del3689compilado.htm#art422
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10629315/artigo-477-do-decreto-lei-n-3689-de-03-de-outubro-de-1941
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/91622/codigo-processo-penal-decreto-lei-3689-41
I – à decisão de pronúncia, às decisões posteriores que julgaram admissível a acusação ou à 
determinação do uso de algemas como argumento de autoridade que beneficiem ou 
prejudiquem o acusado; 
II – ao silêncio do acusado ou à ausência de interrogatório por falta de requerimento, em seu 
prejuízo. 
Poderá ser feita a leitura da pronúncia. 
Art. 479 Durante o julgamento não será permitida a leitura de documento ou a exibição de objeto 
que não tiver sido juntado aos autos com a antecedência mínima de 3 (três) dias úteis, dando-
se ciência à outra parte. 
Contagem processual de trás para frente. No CPP a contagem de dias são corridos. Ex: 
julgamento marcado para sexta-feira, quinta, quarta, terça será o último dia. 
Juntada de documentos: 
Quanto a juntada, importa saber se a parte contrária tomou ciência desse documento. Havendo 
concordância o documento pode ser exibido no dia do julgamento. 
Se documento é exibido contra a vontade da parte contrária, deve-se consignar em ata que 
documento novo está sendo apresentado, consignar em ata, apreensão e juntada aos autos. 
Ordem de quesitação: M-A-A-D-Q-A 
I – a materialidade do fato; 
II – a autoria ou participação; 
III – se o acusado deve ser absolvido; 
IV – se existe causa de diminuição de pena alegada pela defesa; 
V – se existe circunstância qualificadora ou causa de aumento de pena reconhecidas na 
pronúncia ou em decisões posteriores que julgaram admissível a acusação. 
Aparte - intervenção de uma das partes: 
Art. 497. São atribuições do juiz presidente do Tribunal do Júri, além de outras expressamente 
referidas neste Código: XII – regulamentar, durante os debates, a intervenção de uma das partes, 
quando a outra estiver com a palavra, podendo conceder até 3 (três) minutos para 
cada aparte requerido, que serão acrescidos ao tempo desta última 
- A impugnação a quesitaçãono júri deve ser imediata e não "antes da leitura da sentença em 
plenário". Conforme art. 484 do Código de Processo Penal, após formular os quesitos o juiz-
presidente os lerá, indagando às partes se têm qualquer objeção a fazer, o que deverá constar 
obrigatoriamente em ata. 
- Alegação de excludente de ilicitude será analisada no quesito genérico de absolvição, já que 
tal tese pode levar à absolvição do acusado. 
- Ao Tribunal do Júri compete o julgamento dos crimes dolosos contra a vida e dos delitos 
conexos, salvo os eleitorais e os militares. Se os jurados votarem pela absolvição do acusado do 
crime doloso contra a vida, afere-se que reconheceram sua competência para o julgamento do 
feito, logo, ao Conselho de sentença também caberá o julgamento da infração conexa. 
- O Superior Tribunal de Justiça possui entendimento que a formulação de quesitos complexa, 
dificultando o entendimento dos jurados, é causa de nulidade do julgamento. 
- A afirmação pelos jurados da existência de crime de homicídio tentado prejudica a análise do 
quesito de desistência voluntária. 
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/91622/codigo-processo-penal-decreto-lei-3689-41
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10627983/artigo-484-do-decreto-lei-n-3689-de-03-de-outubro-de-1941
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/91622/codigo-processo-penal-decreto-lei-3689-41

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