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1 Habilidades Clínicas – Neurologia 2 Larissa Lima M3 
Anamnese 
Neurológica 
COMPONENTES DA ANAMNESE 
 Identificação 
 Queixa principal 
 HDA 
 Interrogatório Sintomatológico 
 Antecedentes pessoais 
 Antecedentes familiares 
 Hábitos de vida 
 Condições socioeconômicas e culturais 
 
↪ A anamnese habilidosa frequentemente indica o 
diagnóstico provável, mesmo antes de serem realizados 
os exames físico, neurológico e de neurodiagnóstico; 
↪ Muitos erros de diagnóstico se devem a anamneses 
incompletas ou inexatas; 
↪ Em diversos distúrbios neurológicos comuns, o 
diagnóstico depende quase totalmente da anamnese, e 
a maioria dos casos de cefaleia recorrente está incluída 
nessa categoria, assim como tontura, transtornos do 
sono e perda de consciência episódica. Muitas vezes, as 
únicas manifestações de doença são subjetivas, sem 
sinais físicos demonstráveis, e só é possível conhecer 
sua natureza e evolução pela descrição; 
↪ É importante deixar o paciente concluir sobre suas 
queixas iniciais, sem interrupções; 
↪ Há muitas variações individuais de cada paciente que 
devem ser levadas em consideração no momento de 
avaliação dos sintomas (Ex.: paciente depressivo, 
hipocondríaco, ansioso); 
↪ Às vezes os pacientes ocultam informações 
importantes. Em alguns casos, eles podem não 
perceber que as informações são importantes; em 
outros, podem se sentir constrangidos demais para 
revelar detalhes. 
 
Como deve ser feita a anamnese? 
↪ Dentro da investigação inicial, deve-se procurar em 
que nível está localizado o processo que esta causando 
o problema do paciente. 
- Em que nível está localizado? Medular? Periférico? 
Fossa posterior (SNC)? 
- Qual o tipo de lesão? Focal? É localizada ou 
sistêmica? Direito ou esquerdo do SNC (processo 
localizado no lado direito do SNC vai dar repercussão 
no lado esquerdo do corpo (controlateral))? 
- Agudo? Crônico? Progressiva? 
- Origem? 
- Sistema? 
 
 OBSERVAÇÃO: Deverá compreender o SNC e 
o seu funcionamento básico para localização 
de uma possível lesão e traçar hipóteses 
diagnósticas. 
 
IDENTIFICAÇÃO 
 Nome 
 Idade (dependendo da idade do paciente será mais 
fácil de direcionar o diagnóstico - A idade do 
paciente pode ser uma dica importante sobre as 
causas prováveis de um problema neurológico. Por 
exemplo, epilepsia, esclerose múltipla e doença de 
Huntington em geral têm seu início na meia-idade, 
enquanto doença de Alzheimer, doença de 
Parkinson, tumores cerebrais e acidente vascular 
cerebral afetam, predominantemente, indivíduos 
mais idosos). 
 Gênero/sexo 
 Cor/etnia (branco, pardo, negro – tem mais 
tendência a ter hipertensão, com isso, se tiver 
hipertensão arterial descontrolada, terá mais 
facilidade de fazer um sangramento cerebral, pois 
as artérias podem romper e fazer uma doença 
vascular central hemorrágica) 
 Estado civil 
 Profissão (algumas profissões são mais vulneráveis 
a desenvolver problemas neurológicos, como por 
exemplo: jogador de futebol, lutador e profissionais 
que geram muito estresse). 
↪ Nas profissões em que os profissionais recebem 
muito impactos na cabeça, esses indivíduos ficam 
sujeitos a maiores repercussões neurológicas no 
futuro. Isso porque o encéfalo fica boiando no 
líquor, e à medida que esses profissionais recebem 
muitos impactos na cabeça, o encéfalo fica 
“raspando” em toda superfície óssea irregular do 
crânio, e com isso, pode gerar doenças como 
doença de Parkinson, Alzheimer e etc); 
↪ Quanto às profissões relacionadas ao estresse, 
podem gerar alteração da pressão arterial. E PA 
descontrolado, aumenta as chances de ocasionar 
hemorragia cerebral. 
 Local de trabalho 
 Naturalidade 
 Procedência 
 Residência (situação da moradia que pode estar 
associada a doenças características da situação) 
 Nome da mãe 
 Nome do responsável cuidador/acompanhante 
 Religião 
 
 
2 Habilidades Clínicas – Neurologia 2 Larissa Lima M3 
 OBSERVAÇÃO: Verificar se realmente é o 
paciente, pois, muitas vezes, ele é portador 
de uma doença neurológica que altera o seu 
comportamento. Existe pacientes que negam 
sua identidade, por isso a importância de 
confirmar se o paciente é quem ele está 
falando ser. 
 
QUEIXA PRINCIPAL 
↪ Anotar a queixa usando as palavras que o paciente 
descreveu; 
↪ Comece com uma pergunta aberta, como: “Qual é 
o seu problema?”; 
↪ Queixas neurológicas comuns incluem confusão, 
tontura, fraqueza, alterações do movimento, dormência, 
visão turva e crises. Cada um desses termos tem um 
significado diferente para cada pessoa. Assim, é 
importante conduzir a avaliação do problema na 
direção correta, obtendo esclarecimentos necessários 
sobre aquilo que o paciente está tentando transmitir. 
 Confusão: a confusão relatada pelo paciente ou 
por seus familiares pode incluir distúrbio de 
memória, perder-se facilmente, dificuldade de 
compreender ou produzir linguagem escrita ou 
falada, problemas com números, julgamento 
inadequado, alteração de personalidade ou suas 
combinações. Os sintomas de confusão podem 
ser difíceis de caracterizar, podendo ser útil 
solicitar exemplos específicos a esse respeito. 
 Tontura: pode ser uma vertigem (a ilusão de 
movimento do próprio corpo ou do ambiente), 
um desequilíbrio (instabilidade decorrente de 
déficits extrapiramidais, vestibulares, cerebelares 
ou sensoriais), ou uma pré-síncope (obnubilação 
resultante de hipoperfusão cerebral). 
 Fraqueza: é o termo que os neurologistas usam 
para a perda de força decorrente de distúrbios 
que afetam as vias motoras no sistema nervoso 
central ou periférico, ou o músculo esquelético. 
No entanto, os pacientes, às vezes, usam esse 
termo para descrever fadiga generalizada, letargia 
ou mesmo distúrbios sensoriais. 
 Alterações do movimento: podem representar 
movimentos anormais, como tremor, coreia, 
atetose, mioclonia ou fasciculação, mas o paciente 
não é capaz de classificar seu problema de 
acordo com essa terminologia. 
 Dormência: pode se referir a qualquer distúrbio 
sensorial, incluindo hipoestesia (redução da 
sensibilidade), hiperestesia (aumento da 
sensibilidade) ou parestesia (sensação de picadas 
ou agulhadas). Os pacientes, ocasionalmente, 
também usam esse termo quando querem se 
referir à fraqueza. 
 Visão turva: ou borrada pode representar uma 
diplopia (visão dupla), oscilações oculares, redução 
da acuidade visual, ou perdas de campo visual. 
 Crises: indicam sintomas episódicos e com 
frequência recorrente, como pode ser observado 
com epilepsia ou síncope (desmaio). 
 
HISTÓRIA DA DOENÇA ATUAL 
↪ Depois de identificar a queixa principal ou o motivo 
do encaminhamento, solicite que o paciente inicie a 
história e siga em ordem mais ou menos cronológica. 
Muitos só farão isso se orientados; 
↪ O período até o início dos sintomas deve ser 
analisado para revelar informações como a vacina que 
precipitou um episódio de amiotrofia neurálgica, a 
diarreia anterior a um episódio de síndrome de Guillain-
Barré ou o acampamento em que ocorreu a picada de 
carrapato. Os pacientes supõem rapidamente que 
algum acontecimento recente seja a causa de sua 
dificuldade atual; 
↪ Identifique o período exato de início dos sintomas e 
se são constantes ou intermitentes; se intermitentes, 
verifique o caráter, a duração, a frequência, a 
intensidade e a relação com fatores externos; 
↪ Avalie o avanço ou a regressão de cada sintoma – 
se há alguma variação sazonal, diurna ou noturna – e a 
resposta ao tratamento; 
↪ Em pacientes cuja principal queixa é dor, verifique a 
localização; o caráter ou a qualidade; a intensidade; os 
sintomas associados e, se episódica, a frequência, a 
duração e os fatores específicos que a precipitam ou a 
aliviam; 
↪ Em pacientes neurológicos, deve-se dar atenção 
especial à verificação do tempo de evolução da 
doença, pois isso, frequentemente,ajuda a identificar a 
etiologia; 
↪ O início abrupto seguido por melhora com graus 
variáveis de recuperação é característico de 
traumatismo e eventos vasculares; doenças 
degenerativas têm início gradual dos sintomas e 
velocidade variável de avanço; e tumores têm início 
gradual e avanço contínuo dos sintomas, e a velocidade 
de avanço depende do tipo de tumor; 
↪ Em algumas neoplasias, a hemorragia ou a necrose 
espontânea podem ter início ou agravamento súbito; 
↪ Na maioria das vezes, a esclerose múltipla é 
caracterizada por remissões e exacerbações, com 
aumento progressivo da intensidade dos sintomas. 
Também existem os tipos estacionário, intermitente e 
progressivo crônico; 
↪ Em geral, as infecções têm início relativamente 
súbito, mas não drástico. Costumam ser seguidas por 
melhora gradual e por recuperação completa ou 
incompleta; 
 
3 Habilidades Clínicas – Neurologia 2 Larissa Lima M3 
↪ É necessário conhecer os marcos principais da 
doença: quando o paciente considerou que estava bem 
pela última vez, quando precisou parar de trabalhar, 
quando começou a usar um dispositivo auxiliar, quando 
foi forçado a ficar acamado. 
 
↪ Data do início da doença: 
 Muito recente: horas ou dias; 
 Recente: semanas ou poucos meses; 
 Longa duração: muitos meses ou anos 
 
 OBSERVAÇÃO: 
 Processo muito recente tem grande chance 
de ser hemorragia cerebral; 
 Processo de muito tempo, geralmente 
doença degenerativa. 
 
↪ Modo de instalação: 
 Quando o sistema nervoso é comprometido 
agudamente, costuma-se afirmar que se não foi 
por traumatismo, foi por distúrbio vascular (excesso 
ou falta de sangue); 
 Ao contrário, uma enfermidade de instalação lenta 
levanta a suspeita de processo degenerativo ou 
neoplásico. 
 
↪ Evolução cronológica: 
Os sintomas foram surgindo ou desaparecendo, pois 
isso reflete a história natural das doenças. Por exemplo: 
 Tumor cerebral -> Gradativamente rápido ou não 
na região afetada. 
 Doença degenerativa -> modo progressivo, porém 
muito lento. 
 Doenças Vasculares encefálicas -> Também 
chamadas de AVC, podem ocorrer de duas formas: 
hemorrágica e isquêmica (diferenciar a forma é 
importante para o tratamento adequado). São 
súbitas, porém ocorre a recuperação completa ou 
incompleta. 
 Epilepsia e enxaqueca -> as manifestações 
aparecem em crises, o paciente nada apresenta de 
anormal. 
- A epilepsia pode cursar sem convulsão. 
- Epilepsia: é um desarranjo, uma atividade anormal 
das células nervosas que causam uma descarga 
elétrica nervosa grande que gera crises de 
ausência (causa amnésia) ou de convulsão. 
- Enxaqueca: dor pulsátil, latejante e forte. 
Precedida de náuseas, tonturas e possui gatilhos 
que facilitam a sua instalação. 
 
 OBSERVAÇÃO: Exames e tratamentos 
realizados com os respectivos resultados. 
Estado atual do enfermo. 
- O mais importante é saber quando iniciou a 
doença. 
 
 
 
INTERROGATÓRIO SINTOMATOLÓGICO 
↪ Sintomas que serão investigados no interrogatório 
sintomatológico: 
 Episódios de perda de consciência: Epilepsia, 
síncope (perde da consciência, perda da postura, 
desmaio) ou lipotimia (é a pré-sincope sem ocorrer 
o desmaio propriamente dito, hipotensão postural). 
 Cefaleia: enxaqueca, aneurisma intracraniano ou 
tumor. 
 Convulsões: Epilepsia, intoxicações exógenas e 
hipoglicemia. 
 Ambliopia: O paciente perde um pouco da acuidade 
visual, olho preguiçoso, visão danificada. Causa: 
tumor cerebral, neurite óptica. 
 Diplopia: visão dobrada por lesão dos nervos e 
paralisia de músculos. 
 Hipoacusia/Anacusia ou zumbido: doenças no 
ouvido ou tumor no ponto-cerebelar. 
 Náuseas/ Vômitos: enxaqueca, labiritopatia, tumor 
cerebral e hipertensão intracraniana. 
 Disfagia ou disfonia: lesão bulbar ou dos nervos 
responsáveis pela deglutição e fonação. 
 Parestesia: dormência - lesões no sistema periférico. 
 Paralisia: lesões nas vias motoras. 
 
 OBSERVAÇÃO: Vômito digestivo - paciente 
suja a própria roupa; vômito em jato (SNC) – 
suja a roupa da pessoa a frente. 
 
 
4 Habilidades Clínicas – Neurologia 2 Larissa Lima M3 
 
 
ANTECEDENTES PESSOAIS 
↪ A história pregressa é importante porque os 
sintomas neurológicos podem estar relacionados com 
doenças sistêmicas; 
↪ As informações pertinentes incluem relato sobre a 
saúde geral; história das doenças atuais, crônicas e 
passadas; hospitalizações; operações; acidentes ou 
lesões, sobretudo traumatismo cranioencefálico; 
doenças infecciosas; doenças venéreas; anomalias 
congênitas; alimentação e padrões de sono; 
↪ Perguntas sobre alergias e outras reações 
medicamentosas devem ser feitas; 
↪ Algumas situações e comorbidades são 
particularmente importantes em indivíduos com 
sintomas neurológicos. Pessoas vegetarianas ou com 
história de cirurgia gástrica ou doença intestinal 
inflamatória podem ter deficiência de vitamina B12, e as 
complicações neurológicas de distúrbios do tecido 
conjuntivo, diabetes, doença da tireoide e sarcoidose 
assumem diferentes formas; 
↪ Em alguns casos, mesmo em adultos, a história do 
nascimento e do desenvolvimento inicial é pertinente, 
inclusive eventuais complicações da gravidez, do 
trabalho de parto e do parto, traumatismo de parto, 
peso ao nascimento, doenças pós-natais, saúde e 
desenvolvimento na infância, convulsões com febre, 
capacidade de aprendizado e desempenho escolar; 
↪ Levantamento dos medicamentos em uso, 
prescritos e de venda livre, é sempre importante. 
Muitos fármacos têm efeitos colaterais neurológicos 
consideráveis. Por exemplo, um paciente idoso pode 
apresentar confusão decorrente do uso de uma 
solução oftálmica com betabloqueador; anti-inflamatórios 
não esteroides podem causar meningite asséptica; o 
uso de muitos fármacos pode ocasionar tontura, cãibra, 
parestesia, fraqueza e cefaleia (esta também é o efeito 
colateral mais comum dos inibidores da bomba de 
prótons). 
 
↪ Condições pré-natais: 
 Ocorrência de traumatismo 
 Toxemia gravídica 
 Infeções 
 Uso de medicamentos 
 Tentativas de abortamento 
 
↪ Condições do nascimento: 
 Parto normal ou cesáreo (Qual motivo) 
 Demora no trabalho de parto 
 Fórceps, circular de cordão. 
 Manobras de reanimação 
 Peso e estatura 
 Icterícia, cianose, palidez. 
 Chorou ou não ao nascer 
 
↪ Condições do desenvolvimento psicomotor: 
 Aleitamento 
 Quando firmou a cabeça-4 meses 
 Quando sentou – 7meses 
 Andou e falou- 16 meses 
 
↪ Vacinações: 
 A vacinação pode prevenir diversas doenças 
neurológicas, incluindo poliomielite, difteria, 
tétano, raiva e meningite meningocócica; 
 As vacinações podem estar associadas à 
encefalite, mielite ou neurite autoimune pós-
vacinação (inflamação do cérebro, da medula 
espinal ou dos nervos periféricos); 
 Sarampo. 
 
↪ Doenças anteriores: 
 Viroses na infância 
 Meningite, traumatismo, TB, tripanossomíase 
 Alcoolismo 
 Carência alimentar (carência de vitamina B3 
causa pelagra, que se caracteriza pela 
demência). 
 Intoxicações 
 Cirurgias (cirurgias a céu aberto podem ser 
complicadas por AVC ou estado confusional). 
 DM, HAS, HIV 
 Convulsões 
 
ANTECEDENTES FAMILIARES 
↪ A história familiar (HF) é basicamente um 
questionamento sobre a possibilidade de distúrbios 
heredofamiliares como: 
 Doenças musculares 
 Degenerativas 
 Indagar sobre consanguinidade dos pais 
(aconselhamento de exame genético por aumentar 
a incidência de doenças genéticas). 
 Incompatibilidade sanguínea materna (gera icterícia, 
hemólise). 
 
 
5 Habilidades Clínicas – Neurologia 2 Larissa Lima M3 
↪ Diversas doenças neurológicas são herdadas em 
padrão mendeliano ou em padrões mais complexos, 
como a doença de Huntington (autossômica 
dominante), a doença de Wilson (autossômica recessiva) 
ea distrofia muscular progressiva de Duchenne 
(recessiva ligada ao X; 
↪ Em alguns casos, convém questionar sobre HF de 
alcoolismo ou outros tipos de abuso de substâncias; 
↪ Em algumas situações, é importante investigar a 
origem étnica do paciente porque alguns distúrbios 
neurológicos ocorrem em determinados grupos étnicos 
ou em pacientes de certas regiões geográficas. 
 
HÁBITOS DE VIDA 
↪ A história social inclui elementos como a situação 
conjugal, o nível de educação, a ocupação e os hábitos 
pessoais; 
 Alimentação 
 Habitação 
 Vícios (referência especial ao consumo de álcool, 
tabaco, fármacos, café, chá, refrigerante e 
substâncias semelhantes ou aos motivos da 
abstinência); 
 Ocupação (deve aprofundar-se em ocupações 
atuais e passadas – com especial referência ao 
contato com neurotoxinas, uso de equipamento de 
proteção individual, ambiente de trabalho, níveis de 
esforço e atividades com movimentos repetitivos, 
bem como doenças dos colegas de trabalho). 
 
OSCE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CONSIDERAÇÕES INICIAIS 
↪ É a resistência muscular que se sente ao manipular 
uma articulação em repouso; 
↪ É um estado constante de pressão a que os 
músculos estão submetidos; 
↪ É definido como a tensão no músculo relaxado ou a 
resistência ao movimento passivo quando não há 
contração voluntária; 
↪ Em virtude do tônus de repouso, os músculos 
normais oferecem leve resistência ao movimento 
passivo mesmo no estado relaxado. Os atributos 
inerentes do tecido muscular – como viscosidade, 
elasticidade e extensibilidade – contribuem para o tônus 
de repouso; 
↪ Neurônio motor - é um nerônio longo e divide-se 
em dois tipos: neurônio motor superior e neurônio 
motor inferior. Estão localizados na área motora do 
cérebro (cortex motor superior) e no tronco cerebral 
na porção inferior; Eles regulam a atividade muscular 
através de neurotransmissores; 
- Doenças ou traumas que acometam neurônio 
motor, gera problemas na contração voluntária dos 
músculos; 
- Geralmente, as doenças que acometem os 
neurônios motores evoluem para estados terminais 
de fraqueza muscular; 
- Na fase inicial de doenças que acometem esses 
neurônios, estes apresentam fasciculações 
(tremores, movimentos involuntários) na língua. 
 
↪ O tônus muscular pode ser dividido em: 
 TÔNUS NORMAL: 
↪ Leve resistência ao longo da extensão (quando 
você faz um movimento contra a vontade do paciente 
e percebe uma certa resistência); 
↪ O calcanhar se levanta levemente da maca. 
 
 TÔNUS DIMINUÍDO: 
↪ Perda da resistência ao movimento; 
↪ Calcanhar não se levanta da maca quando o joelho é 
levantado – lesão do neurônnio motor inferior ou 
cerebellar. 
 
 TÔNUS AUMENTADO: 
↪ A resistência aumenta subitamente; 
↪ O calcanhar deixa facilmente a maca quando o joelho 
é levantado bruscamente: espasticidade – lesão do 
neurônio motor superior. A espasticidade é causada por 
lesão das vias corticospinais. 
 
↪ Aumentado em toda a extensão do movimento, 
como se dobrássemos um cano de chumbo: rigidez 
 
6 Habilidades Clínicas – Neurologia 2 Larissa Lima M3 
em cano de chumbo. (Pede-se ao paciente para 
executar um movimento de extensão e flexão no 
braço; o examinador tenta esticar o braço do paciente, 
quando o braço estiver muito rígido, este não 
conseguirá forçar o movimento). 
 
↪ Rigidez em roda dentada: quebra regular no tônus 
durante toda a extensão do movimento; o paciente 
executa o movimento em “cliques”, pausadamente, 
como se tivesse várias articulações. Isso ocorre em: 
parkinson, fenotiazinas (drogas antipsicóticas). 
 
↪ Gegenhalten ou paratonia: o paciente 
aparentemente se opõe às suas tentativas de mover o 
seu membro – lesão bilateral dos lobos frontais - 
doenças cerebrovasculares, demências. 
 
SITUAÇÕES ESPECIAIS 
 MIOTONIA: relaxamento lento seguindo a 
contração (o músculo não acompanha a instrução 
mental); 
- Demonstrada pedindo-se ao paciente que cerre o 
punho e depois abra a mão rapidamente. 
- Na miotonia a mão só se abrirá lentamente - 
distrofia miotônica (associada a alopécia frontal, 
ptose, catarata e defeito da condução cardíaca) e 
miotonia congênita. 
- Movimentos súbitos podem causar espasmo 
intenso e incapacidade de relaxar. Na miotonia de 
preensão, o paciente tem dificuldade de soltar um 
objeto depois de segurá-lo com firmeza. A 
miotonia geralmente diminui com a repetição do 
movimento. 
 DISTONIA: o paciente mantém postura no 
extremo do movimento com contração de 
agonista e antagonista. 
 MIOTONIA À PERCUSSÃO: pode ser 
demosntrada quando um músculo mantém uma 
área de identação após percussão com um 
martelo de reflexos. 
 
EXAME DO TÔNUS 
↪ Assegurar que o paciente esteja relaxado, não pode 
estar fazendo movimentos, pois pode alterar o exame; 
↪ Desde que o paciente entrar no consultório, deve-se 
observer os dois lados dele (D e E), nessa observação 
já é possivel identificar alterações na musculatura, na 
marcha; 
↪ Os testes devem ser feitos quantas vezes for 
necessário para encontrar um diagnóstico; 
↪ Deve-se avaliar o tônus por movimentos lentos e 
rápidos e na amplitude de movimento parcial e total, e 
registrar a distribuição, o tipo e a intensidade de 
qualquer anormalidade. 
↪ Observar os braços: se possui atrofia, fasciculações, 
principalmente nas escápulas, deltóides e mãos; 
↪ Os músculos podem ter consistência firme à 
palpação provocada por edema, inflamação, espasmo 
por dor ou pseudo-hipertrofia; 
↪ A parte mais importante do exame do tônus é 
avaliar a resistência dos músculos relaxados à 
manipulação passiva, bem como a extensibilidade, a 
flexibilidade e a amplitude de movimento; 
↪ Inicie pelas mãos, realizando manobras para avaliar 
tônus dos punhos e antebraços (pronação e 
supinação); 
↪ Tônus do quadril - rolar joelhos; 
↪ Tônus dos joelhos – colocar a mão atrás do joelho 
e levantá-lo rapidamente; 
↪ Manobras de Mingazinee e de Barré. 
↪ Condições patológicas podem aumentar ou diminuir 
o tônus. Além disso, existem diferentes tipos de 
hipotonia e hipertonia. A hipotonia pode ser causada por 
doença da unidade motora e das vias proprioceptivas, 
lesões cerebelares e coreias; O músculo pode ser 
flácido, débil e de consistência mole à palpação. As 
articulações acometidas oferecem menor resistência ao 
movimento passivo. A excursão da articulação pode 
estar aumentada, com ausência da ação normal de 
“controle” ao movimento passivo extremo. Quando é 
levantado e solto, o membro acometido cai 
abruptamente. 
 
MEMBROS SUPERIORES 
TESTE DO PRONADOR 
↪ Braços esticados e palmas das mãos para cima; 
↪ Olhos fechados; 
↪ Realizado com o paciente em pé para a melhor 
visualização do desnível dos braços; 
↪ Realizar esses commandos por pelo menos por 1 
min; 
↪ Se o paciente tiver lesão de neurônio motor 
ocorrerá: pronação (rotação interna dos braços) de um 
dos braços – fraqueza unilateral; dos dois braços – 
fraqueza bilateral ou queda do membro; 
↪ O teste será positivo caso ocorra pronação ou 
queda do membro superior; 
↪ Identificar se foi unilateral ou bilateral. 
 
 
↪ Mais importante! 
 
 
7 Habilidades Clínicas – Neurologia 2 Larissa Lima M3 
 
 
ABDUÇÃO DO OMBRO 
↪ Paciente em pé e olhando para frente; 
↪ Levantar os ombros; 
↪ Pedir para o paciente levantar os braços 
lateralmente pra cima, e o examinador vai segurar 
levemente a mão do paciente contra o movimento que 
o paciente está executando (“impeder” o paciente de 
levantar o braço); 
↪ Músculos envolvidos nesse teste– deltóide; 
↪ Nervo envolvido – axillar; 
↪ Raiz envolvida - C5. 
 
FLEXÃO DO COTOVELO 
↪ Paciente em pé; 
↪ Pedir ao paciente fazer um ângulo de 90º no 
cotovelo; 
↪ Segure o cotovelo e o punho do paciente e peça 
para ele forçar em direção ao próprio rosto; 
↪ Músculo – bíceps braquial; 
↪ Nervo- músculo cutâneo; 
↪ Raiz – C5 - C6. 
 
EXTENSÃODO COTOVELO 
↪ Segure o cotovelo e punho e peça ao paciente que 
estenda o cotovelo; 
↪ Músculo – triceps; 
↪ Nervo - radial; 
↪ Raiz – C6-7-8; 
 
 
EXTENSÃO DO PUNHO 
↪ Segure o antebraço do paciente e com a mão 
fechada peça que dobre para cima; 
↪ Músculo - extensor ulnar e radial do carpo; 
↪ Nervo – radial; 
↪ Raiz - C6-7-8; 
 
 
 
EXTENSÃO DOS DEDOS 
↪ Dedos retos e juntos, palma da mão virada para 
baixo; 
↪ Tentar manter os dedos retos contra a força do 
examinador; 
↪ Músculo – extensor dos dedos; 
↪ Nervo- interósseo posterior; 
↪ Raiz – C7 C8; 
 
 
 
FLEXÃO DOS DEDOS 
↪ Movimento em garra; 
↪ Músculo – flexor superficial e profundo dos dedos; 
 
8 Habilidades Clínicas – Neurologia 2 Larissa Lima M3 
↪ Nervo- mediano e ulnar; 
↪ Raiz – C8. 
 
ABDUÇÃO DOS DEDOS 
↪ Abrir os dedos em leque, segurar a porção média 
dos dedos menores e tentar vencer a força do 
indicador; 
↪ Músculo – 1 interósseo dorsal; 
↪ Nervo – ulnar; 
↪ Raiz – T1. 
 
ADUÇÃO DOS DEDOS 
↪ Unir os dedos, segurando o mínimo, anular e médio 
e tentar abrir o dedo indicador; 
↪ Músculo – 2 interósseo palmar; 
↪ Nervo – ulnar; 
↪ Raiz –T1. 
 
ABDUÇÃO DO POLEGAR 
↪ Palma da mão para cima, imobilizada, pedir ao 
paciente que leve o polegar em direção ao nariz, 
tentar vencer a resistência; 
↪ Músculo – abdutor curto do polegar; 
↪ Nervo- mediano; 
↪ Raiz – T1. 
 
MEMBROS INFERIORES 
↪ Observe as pernas; 
↪ Observar a deambulação do paciente desde o 
momento que adentra no consultório; 
↪ Procure por atrofias e fasciculações; 
↪ Observe o format dos pés – chato e cavo. 
 
FLEXÃO DO QUADRIL 
↪ Levantar o joelho a 90 º, pedir para forçar para 
cima, enquanto o examinador faz força contrária; 
↪ Músculo – íleopsoas; 
↪ Nervo- plexo lombo sacro; 
↪ Raiz - L1 - L2. 
 
EXTENSÃO DO QUADRIL 
↪ Paciente deitado com as pernas esticadas; 
↪ Examinador com a mão sob o calcanhar, força para 
a cima; 
↪ Pedir que o paciente faça força para baixo e resista 
ao movimento; 
↪ Músculo – glúteo máximo; 
↪ Nervo- glúteo inferior 
↪ Raizes – L5- S1. 
 
FLEXÃO DO JOELHO 
↪ Paciente com o joelho dobrado, levando o calcanhar 
em direção à região glútea; 
↪ Quando o joelho estiver a 90 graus, tentar esticar a 
perna enquanto o examinador segura o joelho. 
 
EXTENSÃO DO JOELHO 
↪ Paciente com o joelho dobrado; 
↪ Quando o joelho estiver fletido a 90 graus, o 
examinador sustenta-o com uma das mãos e coloca a 
outra sobre o seu tornozelo, pedindo ao paciente para 
esticar a perna; 
↪ Músculo – quadríceps femoral; 
↪ Nervo- femoral; 
↪ Raízes L3 – L4. 
 
 
DORSIFLEXÃO DO PÉ 
↪ Paciente deitado ou em pé, pedir que movimente o 
pé ou, caminhar no calcanhar em direção à cabeça; 
↪ Músculo – tibial anterior; 
↪ Nervo-fibular profundo; 
↪ Raiz – L4-L5. 
 
 
 
FLEXÃO PLANTAR DO PÉ 
↪ Pedir ao paciente que aponte com os dedos do pé 
mantendo a perna reta. Tentar vencer o movimento; 
↪ Músculo – gastrocnêmio; 
↪ Nervo - nervo tibial posterior; 
↪ Raiz – S1. 
 
 
 
EXTENSÃO DO HÁLUX 
↪ Pedir ao paciente que mova o hálux em direção ao 
próprio rosto. Tente empurrar para baixo a falange 
distal do dedo; 
 
9 Habilidades Clínicas – Neurologia 2 Larissa Lima M3 
↪ Músculo – extensor longo do hálux 
↪ Nervo – nervo fibular profundo 
↪ Raiz – L5 
 
 
 OBSERVAÇÃO: A doença mais comum que 
acomete os neurônios motores é a 
ELA ou Esclerose Lateral Amiotrófica é uma 
doença que afeta o sistema nervoso de 
forma degenerativa e progressiva e acarreta 
em paralisia motora irreversível. Pacientes 
com a doença sofrem paralisia gradual e 
morte precoce como resultado da perda de 
capacidades cruciais, como falar, 
movimentar, engolir e até mesmo respirar. 
 
MANOBRA DE MINGAZINEE 
↪ Manobra de avaliação dos membros inferiores; 
↪ Paciente em decúbito dorsal, com pernas fletidas, 
formando um ângulo de 90º e pés na vertical durante 
2 min; 
↪ Quedas isoladas da perna indicam déficits dos 
músculos da face anterior da coxa; 
↪ Queda isolada da coxa indica déficit do músculo 
psoas; 
 
 
A. Manobra dde Mingazinee. 
 
 
B. Déficit no músculo psoas. 
 
OSCE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://www.saude.gov.br/#Esclerose%20Lateral%20Amiotr%C3%B3fica
 
10 Habilidades Clínicas – Neurologia 2 Larissa Lima M3 
 
Rigidez de nuca 
 
CONSIDERAÇÕES INICIAIS 
↪ Conceito: É o espasmo da musculatura cervical, 
que produz dor quando se flexiona o pescoço, sem, no 
entanto impedir a rotação lateral do mesmo; 
↪ A rigidez de nuca pode indicar meningite ou 
hemorragia subaracnóidea; 
 
↪ O que causa: 
 Lesão muscular; 
 Irritação meníngea. 
 
↪ Epidemiologia: 
- Agentes etiológicos: Streptococcus pneumoniae, 
Neisseria meningitidis, Haemophilus influenzae e Listeria 
monocytogenes, são os agentes mais comuns nas 
meningites, a meningocócica ocorre em epidemias em 
ciclos de até 10 anos, mais frequentes em crianças e 
adolescentes. Haemophilus afetam mais as crianças de 2 
a 5 anos; 
- Agentes oportunistas: Escherichia coli, Stafilo aureus, 
Klebisiela, Proteus, Listeria, afetam pacientes 
imunodeprimidos e traumatizados de crânio (aberto); 
- Meningite meningocócica (espaço subaracnóideo): 
afeta uma faixa etária mais jovem; provocam mais 
sequelas comparadas as outras meningites; pode dar 
perda auditiva, paralisia cerebral, alteração da fala e 
epilepsia para o resto da vida; 
- Haemophilus influenzae: ocorre mais em crianças; 
decorrem de infecções aéreas superiores (IVAS); 
 
↪ Existem três meninges: (de fora pra dentro): dura-
máter, aracnoide e pia-máter (fica aderida a todo SNC). 
 
 
SINAIS MENÍNGEOS 
↪ A irritação das meninges ou sinal meníngeos se 
fazem presentes nos quadros de infecção que 
acometem as meninges, bactérias, fungos, vírus e 
sangramento subaracnoide; 
↪ Geralmente essa irritação das meninges que 
corroboram nos sinais meníngeos ocorre na dura-
máter (mais comum); 
↪ Principais sinais: 
 Cefaleia (dor de cabeça que não melhora com 
analgésicos, dor de cabeça irritante, dor de cabeça 
incapacitante); 
 Vômitos (em jatos, que acometem o SNC); 
 Fotofobia (irritação/aversão nos olhos a luz); 
 Contratura muscular da nuca juntamente refletida 
nos membros inferiores, pois as meninges saem do 
cérebro, passam pelo tronco cerebral, medula e 
vão até a região sacral (onde tem a cauda equina 
que inerva os membros inferiores); 
 
↪ Além da contratura muscular, o paciente pode 
apresentar confusão mental, mal estar (astenia), fadiga 
e convulsões; 
 
 
 
MENINGISMO 
↪ Ocorre quando a rigidez de nuca não é proveniente 
de infecção das meninges, geralmente em casos de 
infecções sistêmicas, acometendo mais as crianças; 
↪ Termo muito usado na pediatria; 
↪ Meningismo na pediatria não significa meningite, pois 
a criança pode apresentar infecções sistêmicas sem 
acometer as meninges, e ainda assim, apresentar os 
mesmos sintomas de meningite (rigidez de nuca, 
fotofobia e cefaleia). Isso ocorre por infecção sistêmica 
ou infecção próxima (Ex.: infecção de ouvido); 
 
11 Habilidades Clínicas – Neurologia 2 Larissa Lima M3 
↪ Nesse caso, por a bactéria estar sistêmica, ocorre 
toxemia. Com isso, a criança apresenta febre e 
prostração; 
 
 
SINAIS 
↪ Sinais de pesquisa de irritação das meninges; 
↪ Paciente em decúbito dorsal, examinador a direita do 
paciente; 
 
 SINAL DE KERNIG 
↪ Com o paciente deitado em decúbito dorsal, flexiona 
o quadril e os joelhos a 90º e tenta-se fazer uma 
extensão dos membros provocando a contratura do 
pescoço imediatamente após a manobra, indicando a 
presença da rigidez; 
↪ Fletir a coxa sobre o quadril e realizar uma extensão 
da perna. Se o sinal de Kernig forpositivo, haverá uma 
flexão do pescoço e, provavelmente, o paciente vai 
sentir dor; 
↪ Sinal negativo: paciente não refere dor; 
↪ Fazer nas duas pernas; 
 
 
 SINAL DE BRUDZINSKI 
↪ Com o paciente em decúbito dorsal tenta-se fletir o 
pescoço em direção ao tórax e encostar o queixo no 
mesmo, a incapacidade de realizar a manobra indica a 
presença de rigidez; 
↪ Examinador: coloca a mão no tórax do paciente e a 
outra na nuca para realizar a manobra (ao lado direto 
do paciente); 
↪ Se o sinal for positivo, o paciente sentirá dor e 
movimentará as pernas (contração das coxas sobre os 
quadris); 
 
 
 
 
 SINAL DE LHERMITTE 
↪ Com o paciente sentado ou deitado em decúbito 
dorsal, flexiona levemente o pescoço em direção ao 
tórax e o paciente irá referir sensação de choque nas 
extremidades de MMSS e MMII, ocorre em processos 
de compressão medular e na EM. 
 
 
 
 
12 Habilidades Clínicas – Neurologia 2 Larissa Lima M3 
 SINAL DO DESCONFORTO LOMBAR 
↪ É o sinal mais precoce de irritação das meninges, da 
mesma forma que no sinal de Kernig, com a diferença 
que neste tenta-se mover os pés na horizontal (para 
frente) em um pé por vez, e a resposta será o 
desconforto na região lombar. 
 
OSCE

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