Prévia do material em texto
Conteudista: Prof.ª Dra. Gisele Damian Antonio Gouveia Revisão Textual: Prof.ª Dra. Selma Aparecida Cesarin Objetivo da Unidade: Aplicar as evidências científicas para o fortalecimento das Práticas Integrativas nos Serviços de Saúde. 📄 Material Teórico 📄 Material Complementar 📄 Referências As 29 Práticas Integrativas em Saúde no SUS Introdução A partir da década de 1970, a Organização Mundial da Saúde (OMS), em conjunto aos seus países membros, expressou o seu comprometimento no apoio às Políticas Públicas relacionadas à Medicina Tradicional, Complementar e Integrativa (MTCI) para fortalecimento delas nos Serviços de Saúde (TESSER et al., 2018). O principal objetivo era o desenvolvimento e a ampliação de recursos terapêuticos inovadores para a promoção e o cuidado de saúde. No Brasil, a discussão sobre as PICS ganhou força a partir dos movimentos sociais que deram origem ao Sistema Único de Saúde (SUS), na década de 1980. O Movimento da Reforma Sanitária e a 8ª Conferência Nacional de Saúde, cujo tema foi Democracia é Saúde, contribuíram para o fortalecimento da Promoção da Saúde e as Práticas Integrativas como Políticas de Saúde. Essa Conferência destacou a importância de promover a autonomia do usuário em seu processo de tomada de decisão para a escolha terapêutica, indicando a necessidade de ofertar outras possibilidades terapêuticas para além da Biomedicina (BRASIL, 2006). Assim, a regulamentação das PICS foi oficializada por meio da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) e a Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos, e suas atualizações que propõem a ampliação do leque de opções – a Portaria nº Página 1 de 3 📄 Material Teórico 849 de 2017 e Portaria n° 702 de 2018. Tais políticas promoveram o acesso às PICS, de forma democrática, nos Serviços de Saúde na rede pública. (BRASIL, 2017). As PICS podem ser integradas ao cuidado nos três níveis de atenção à saúde e em diversas situações de saúde-doença (BRASIL, 2015), têm uma visão vitalista sobre o pensar e o agir do cuidado em Saúde, considerando desde a dimensão biológica, mental, social, cultural e ambiental até a espiritual da singularidade humana, oferecendo uma potente contribuição tanto na prevenção quanto na promoção da saúde (NASCIMENTO et al., 2013). Na direção da integração das PICS ao SUS, a Atenção Primária tem papel fundamental. A implantação crescente de várias PICS nas Unidades Básicas de Saúde demonstram esse processo. Atualmente, o SUS conta com 29 Práticas Integrativas, das quais 77% dos municípios do Brasil têm oferta de alguma dessas PICS baseadas em evidências em seu atendimento (BRASIL, 2020). Clique no botão para conferir o conteúdo. ACESSE Leitura Mapas de Evidências sobre aplicação clínica das Práticas Integrativas e Complementares em Saúde Acesse o mapa de evidências sobre a aplicação clínica das Práticas Integrativas em Saúde, organizado pela Organização Panamericana de Saúde e o Consórcio Acadêmico de Saúde Integrativa. https://mtci.bvsalud.org/pt/mapas-de-evidencias-sobre-aplicacao-clinica-das-praticas-integrativas-e-complementares-em-saude/ As 29 Práticas Integrativas em Saúde e suas Evidências A Medicina Tradicional, Complementar e Integrativa (MTCI) engloba um grupo de recursos terapêuticos baseados em conhecimentos tradicionais associada às Técnicas da Biomedicina (WHO, 2002). Dessa forma, busca oferecer um cuidado continuado, humanizado e integral em saúde por meio da promoção de saúde e do próprio autocuidado (BRASIL, 2006). A partir da década de 1970, abriram-se caminhos para o fortalecimento das MTCI nos Serviços de Saúde a partir do incentivo da OMS e seus estados membros. Frente a isso, em 2006, o Ministério da Saúde, por meio da Portaria nº 971, de 3 de maio de 2006, publicou a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) no Sistema Único de Saúde (SUS) (BRASIL, 2006). A princípio, a PNPIC pautou apenas cinco Práticas Integrativas Complementares em suas diretrizes para serem empregadas no SUS. São elas: A Homeopatia; As Plantas Medicinais/Fitoterapia; O Termalismo/Crenoterapia; A Medicina Antroposófica; Medicina Tradicional Chinesa/Acupuntura (BRASIL, 2006). Contudo, devido ao crescente uso de outras práticas advindas das Medicinas Tradicionais pela população. de forma em geral, em 17 de março de 2017, a Portaria n° 849 inclui, na PNPIC, mais quatorze práticas: Arteterapia; Ayurveda; Biodança; Dança Circular; Meditação; Musicoterapia; Naturopatia; Osteopatia; Quiropraxia; Reflexoterapia; Reiki; Shantala; Terapia Comunitária Integrativa; Yoga. Ainda assim, fez-se necessária a inclusão de outras práticas na PNPIC, que ocorreu pela Portaria n° 702, de 21 de março de 2018, adicionando à lista mais dez práticas: No SUS, atualmente, são oferecidas, de forma integral e gratuita, 29 Práticas Integrativas e Complementares (BRASIL, 2018). Aromaterapia; Apiterapia; Bioenergética; Constelação Familiar; Cromoterapia; Geoterapia; Hipnoterapia; Imposição de mãos; Medicina Antroposófica/Antroposofia aplicada à Saúde; Ozonioterapia; Terapia de Florais; Termalismo Social/Crenoterapia. Vamos, agora, conhecer brevemente os aspectos conceituais e evidências científicas das 29 institucionalizadas no SUS. Antroposofia Aplicada à Saúde A Antroposofia, na esfera da Saúde, é a aplicação dos conhecimentos antroposóficos que buscam compreender e tratar o ser humano em sua integralidade, considerando sua biografia e sua relação com a Natureza (BRASIL, 2018). A Antroposofia foi desenvolvida por Rudolf Steiner, no começo do século XX. Essa abordagem terapêutica dispõe de um arsenal de recursos terapêuticos, tanto os não medicamentosos, como Massagem Rítmica, Banhos e Aplicações Externas, Terapia Artística, Aconselhamento Biográfico, Euritmia, Quirofonética, Cantoterapia, Musicoterapia e Fisioterapia, quanto os Métodos Medicamentosos, que podem ser alopáticos, mas também antroposóficos, homeopáticos e fitoterápicos. Figura 1 Fonte: Getty Images Apiterapia Apiterapia é uma prática terapêutica que consiste em usar produtos derivados de abelhas, tais como apitoxinas, mel, pólen, geleia real, própolis, para promoção da saúde e fins terapêuticos (BRASIL, 2018). Nos últimos dez anos, a Apiterapia tem ganhado destaque como Ciência, os produtos da colmeia apresentam propriedades bioativas e atuam no aporte de micronutrientes (zinco, ferro, vitaminas e aminoácidos essenciais), juntamente com açúcares redutores, dentre outros; aporte de substâncias protetoras contra a inflamação e a morte celular (polifenois e outros antioxidantes) e aporte de agentes que melhoram a fluidez sanguínea e linfática, agentes vasodilatadores (FRATELLONE, 2015). Segundo Fratellone (2015), os apiterápicos são: Figura 3 Fonte: Getty Images Veneno da abelha: anti-inflamatórios, antimicrobianos, antioxidantes. Tem sido usado como artrite, neuralgia pós-herpética (FRATELLONE, 2015); Própolis: contém ceras 10-35%, óleos essenciais 6-10%, pólen 5%, minerais como Mg, Ca, I, Na, Zn, Mn, Fe, vitaminas como A, B1, B2, B6, C, E e enzimas. Tem sido usado como regenerador tecidual, antibacteriano, antivirais, antiparasitárias e anticâncer; Pólen: é um nutracêutico que contém proteínas, aminoácidos livres e açúcares. É eficaz para doenças crônicas, como a hipertensão, hipertrofia prostática benigna, perda de memória e câncer. Recomendado para doença autoimune como tireoidite, esclerose múltipla, lúpus e doença celíaca; Geleia real: antibacteriana, antifúngica, regeneradora de tecidual, antioxidante. Indicada para melhorar o sistema imunológico, regular hormônios, bem como melhorar a cognitiva, a osteoporose e diminuir os níveis lipídicos; Mel: pode variar em sabor e cor com base na região de onde se origina. Tem indicações externas e internas. Tem ação antimicrobiana, cicatrizante de feridas e queimaduras, expectorante e digestiva. Aromaterapia AAromaterapia é uma prática terapêutica que utiliza as propriedades dos óleos essenciais para recuperar o equilíbrio e a harmonia do organismo visando à promoção da saúde física e mental (BRASIL, 2018). Os óleos essenciais são substâncias odoríferas, altamente voláteis de grande complexidade química, extraídos das plantas e extremamente concentrados. As principais formas de aplicação terapêutica dos óleos essenciais são: inalação, aplicação de compressas, banho, massagem, pulverização e difusão aéreas. A via olfativa, é uma das formas de atuação. A inalação de um óleo essencial, atravessa as vias respiratórias superiores chegando até as vias inferiores, sendo absorvidos pelos vasos sanguíneos pulmonares agindo, assim, em todo o sistema respiratório. São capazes de penetrar através da membrana celular e participar do metabolismo da célula, sendo consideradas substâncias ativas com ação farmacológica no sistema límbico. Já na via tópica, podem ser usadas na pele ou na mucosa e, sendo absorvidas, caem na corrente sanguínea e são levadas para todos os tecidos e órgãos do corpo (NASCIMENTO; PRADE, 2020). Figura 3 Fonte: Getty Images Arteterapia A Arteterapia é uma prática expressiva artística (materiais gráficos, plásticos, sonoros, corporais e espaciais) visual que atua como elemento terapêutico na análise do consciente e do inconsciente, favorecendo a saúde física e mental do indivíduo (BRASIL, 2018). Pode dar forma, com a imaginação ou com material concreto. A Arteterapia auxilia a acolher e a enfrentar aquilo que perturba e, assim, ressignificar situações, trazendo a tranquilidade para restabelecer o equilíbrio demandado por novos desafios. A Arteterapia pode ser ofertada em atendimentos individuais e de grupos para promoção do bem- estar, a redução de conflitos ou de estresse e o autocuidado. Auxilia na adolescência, na aposentadoria, no luto, na gravidez ou nos cuidados paliativos, em situações de confronto ou conflitos dentro de um grupo e ante emoções difíceis de se lidar como raiva, medo e dor em momentos traumáticos, que provocam ansiedade ou paralisação (UBAAT, 2006). Figura 4 Fonte: Getty Images Ayurveda Ayurveda é uma abordagem terapêutica de origem indiana, segundo a qual o corpo humano é composto por cinco elementos – éter, ar, fogo, água e terra, que compõem o organismo, os estados energéticos e emocionais e, em desequilíbrio, podem induzir o surgimento de doenças (BRASIL, 2018). O Ayurveda tem resultados efetivos para o tratamento de doenças crônicas não transmissíveis e também tem se mostrado efetiva a integração entre o Ayurveda e as Medicinas Alopáticas para melhor desfecho em doenças como Hipertensão arterial, Diabetes mellitus, Osteoartrite e Obesidade, que são doenças crônicas que requerem tratamento prolongado. Figura 5 Fonte: Getty Images Biodança A Biodança é uma prática expressiva corporal que promove vivências integradoras por meio da música, do canto, da dança e de atividades em grupo, visando restabelecer o equilíbrio afetivo e a renovação orgânica, necessários ao desenvolvimento humano (BRASIL, 2018). Nesse sentido, é um sistema de desenvolvimento pessoal que utiliza a música e os movimentos corporais em grupo para despertar o conhecimento de si mesmo e da relação com as demais pessoas que estão no grupo. Colabora, ainda, com a reeducação motora e mental, consequentemente, diminuindo os fatores de risco para doenças cardiovasculares e mentais, assim como colabora para uma Educação inclusiva e para a capacidade de desenvolvimento físico e psicológico (SCHNEIDER et al., 2020; REIS, 2014). Bioenergética A Bioenergética é uma visão diagnóstica que, aliada a uma compreensão etiológica do sofrimento/adoecimento, adota a psicoterapia corporal e os exercícios terapêuticos em grupos, como, por exemplo, os movimentos sincronizados com a respiração (BRASIL, 2018). Foi desenvolvida por Alexander Lowen, um psicanalista estadunidense (1910-2008) de orientação freudiana e um dos alunos de Wilhelm Reich. Essa prática usa exercícios direcionados a liberar as tensões do corpo e facilitar a expressão dos sentimentos. É indicada para trabalhar com todas as questões emocionais, sendo benéfica para o tratamento de fobias, transtornos obsessivos, ansiedade, depressão, baixa autoestima, problemas respiratórios, digestivos e distúrbios neurológicos. A análise bioenergética é uma forma específica de psicoterapia e tem como objetivo funcionar por meio da verbalização, da educação corporal e de técnicas de respiração. Não foi identificada nenhuma revisão sistemática que avaliou essa intervenção. Constelação Familiar A Constelação Familiar é uma abordagem sistêmica, energética e fenomenológica do processo vida-saúde-doença, que busca reconhecer a origem dos problemas e/ou alterações trazidas pelo usuário, bem como o que está encoberto nas relações familiares para, por meio do conhecimento das forças que atuam no inconsciente familiar e das Leis do relacionamento humano, encontrar a ordem, o pertencimento e o equilíbrio, criando condições para que a pessoa reoriente o seu movimento em direção à cura e ao crescimento. Foi desenvolvida pelo psicoterapeuta alemão Bert Hellinger na década de 1980. É uma técnica de representação espacial das relações familiares que possibilita identificar possíveis bloqueios emocionais envolvendo o sistema familiar do indivíduo (BRASIL, 2018). A Constelação Familiar pode ser aplicada para pessoas de todas as idades e, sem qualquer vínculo ou abordagem religiosa, sendo uma prática fenomenológica, podendo ser realizada em grupo (workshops) ou em atendimentos individuais (HELLINGER, TEM HÖVEl, 2001). Figura 6 Fonte: Getty Images Cromoterapia A Cromoterapia é uma prática terapêutica que utiliza as cores do espectro solar – vermelho, laranja, amarelo, verde, azul, anil e violeta – para restaurar o equilíbrio físico e energético do corpo (BRASIL, 2018). Desde a década de 1990, estudos têm demonstrado resultados positivos na utilização da Cromoterapia na Área da Saúde, seja no controle da pressão arterial, no tratamento de doenças crônicas, na diminuição da dor, nos desequilíbrios emocionais, seja na redução do estresse, dilatação e controle da irritabilidade durante o trabalho de parto, aumentando a cicatrização de feridas e úlceras, na melhora da capacidade cognitiva de idosos. Figura 7 Fonte: Getty Images Dança Circular A dança circular é uma prática expressiva corporal que utiliza a dança de roda, o canto e o ritmo para promover a integração humana, o auxílio mútuo e a igualdade, visando ao bem-estar físico, mental, emocional e social (BRASIL, 2018). Essa prática favorece a melhora dos aspectos físicos como: postura, equilíbrio, coordenação motora, fortalecimento de tecidos, ossos e músculos. Seus princípios estão focalizados na compreensão de que o ato da dança desperta emoções positivas, sensação de prazer e oportunidade de socialização. A dança circular, quando desenvolvida para atender a uma necessidade de idosos, apresenta resultados exitosos, pois melhora a coordenação motora, a agilidade, a estabilidade articular e a amplitude de movimentos e ativa a circulação sanguínea. Destaca-se, ainda, que, ao ativar a movimentação corporal juntamente com a musicalidade, contribuem para o bem-estar físico, social e psicológico, uma vez que representam recursos terapêuticos que desenvolvem as potencialidades e capacidades dos indivíduos (BORGES; COX, 2018). Figura 8 Fonte: Getty Images Geoterapia Geoterapia ou Argiloterapia é a técnica terapêutica que consiste na aplicação de argila, na forma de compressas, em determinadas regiões do corpo, para que as propriedades homeostáticas dos minerais de sua composição realizem trocas energéticas, iônicas e radiônicas, e harmonizem o organismo. Existem vários tipos de argila, de cores que variam de acordo com sua composição, com poderes curativos e regeneradores diferentes (BRASIL, 2018). A Argiloterapiaé utilizada com fins antissépticos, anti-inflamatórios, cicatrizantes e esfoliantes, entre outros. A argila contém manganês, magnésio, alumínio, ferro, sílica, titânio, cobre, zinco, cálcio, fósforo, potássio, boro, selênio, lítio, níquel, sódio e outros elementos (MEDEIROS, 2013). Figura 9 Fonte: Getty Images Hipnoterapia A Hipnoterapia é um conjunto de técnicas que, por meio de intenso relaxamento, concentração e/ou foco, induz a pessoa a alcançar um estado de consciência aumentado que permita alterar uma ampla gama de condições ou comportamentos indesejados, como medos, fobias, insônia, depressão, angústia, estresse e dores crônicas (BRASIL, 2018). Atualmente, sabe-se que os resultados da hipnoterapia são efetivos, especialmente, em casos como transtornos alimentares, de ansiedade, sono, depressão, fobias e abuso de substâncias químicas. Figura 10 Fonte: Getty Images Homeopatia A Homeopatia é uma abordagem terapêutica de caráter holístico e vitalista que vê a pessoa como um todo, não em partes, e cujo método terapêutico envolve três princípios fundamentais: a Lei dos Semelhantes, a experimentação no homem sadio e o uso da ultradiluição de medicamentos. Os medicamentos homeopáticos da Farmacopeia Homeopática Brasileira estão incluídos na Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (Rename) (BRASIL, 2018). Diversos estudos publicados relatam a eficácia e a aplicabilidade da Homeopatia nas mais diversas patologias, porque trata o indivíduo como um todo e não a doença localizada. Recentemente, a principal entidade associativa homeopática internacional, a LMHI (Liga Medicorum Homoeopathica Internationalis) produziu importantes documentos abordando o estado da produção de evidências científicas da Homeopatia em diversas partes do mundo, intitulado Scientific Framework of Homeopathy – Evidence Based Homeopathy (2016) e a versão atualizada (An Update), em 2017. A primeira edição incluiu 458 referências revisadas por pares e o suplemento somou outras 151, abrangendo da pesquisa básica à pesquisa clínica randomizada, que vai desde o tratamento de sintomas como problemas respiratórios, condições alérgicas e doenças crônicas até câncer (JONAS; LEVIN, 2001). Figura 11 Fonte: Getty Images Imposição de Mãos A Imposição de Mãos é uma prática terapêutica secular que implica a transferência de energia vital (ki, Qi, Chi ou prana) por meio das mãos com o intuito de restabelecer o equilíbrio do campo energético dos seres vivos, auxiliando no processo saúde-doença. A energia vital constitui tudo o que existe e compõe não só a matéria, mas também elementos mais sutis. A livre circulação do Ki mantém o indivíduo em equilíbrio, favorecendo harmoniosamente a saúde física e mental (BRASIL, 2018). Há diversas técnicas de imposição de mãos, além do Reiki. Elas compartilham o princípio básico de transmissão de energia vital por meio da intencionalidade do terapeuta, visando a restabelecer o equilíbrio do campo energético humano, auxiliando no processo de restabelecimento da saúde (OLIVEIRA, 2003). Existem diversos relatos na Literatura a respeito dos possíveis efeitos benéficos decorrentes das técnicas de imposição de mãos, especialmente, o Reiki, tais como: na redução da dor e da fadiga em pacientes oncológicos (OLIVEIRA, 2003), na melhora de parâmetros psicofisiológicos e de qualidade de vida em diferentes populações, na redução de estresse e de ansiedade, nas sensações de relaxamento, no alívio de dores, no aumento do bem-estar e na melhora do sono, além de contribuições para o autocuidado e ressignificação das formas de conceber e lidar com os processos saúde-doença (KUREBAYASHI et al., 2016). Figura 12 Fonte: Getty Images Medicina Tradicional Chinesa A Medicina Tradicional Chinesa é uma abordagem terapêutica milenar, de origem chinesa, que tem a teoria do Yin-Yang e a teoria dos cinco elementos como bases fundamentais para avaliar o estado energético e orgânico do indivíduo, na inter-relação harmônica entre as partes, visando a tratar quaisquer desequilíbrios em sua integralidade (BRASIL, 2018). Utiliza como elementos: anamnese, palpação do pulso, observação da face e da língua em suas várias modalidades de tratamento (acupuntura com aplicação de agulhas, acupuntura com aplicação de moxabustão ou ventosaterapia, fitoterapia chinesa, dietoterapia chinesa, práticas corporais e mentais, meditação, eletroestimulação e auriculoterapia). Os estudos têm mostrado que o estímulo dos acupontos por meio de agulhas, ventosas, moxabustão, digitopressão ativa terminações nervosas existentes na pele e nos tecidos subjacentes, principalmente nos músculos. A “mensagem” gerada por esses estímulos segue pelos nervos periféricos até o sistema nervoso central (medula e cérebro), liberando neurotransmissores e desencadeando efeitos analgésicos, anti-inflamatórios e relaxante muscular, além de ter uma ação moduladora sobre as emoções, sobre os sistemas endócrino e imunológico e sobre várias outras funções orgânicas. Vários conselhos de profissões da saúde regulamentadas reconhecem a acupuntura como especialidade em nosso país, e os cursos de formação encontram-se disponíveis em diversas unidades federadas. Na busca por “acupuncture”, no PubMed, nos últimos cinco anos e textos completos encontrou-se 4127 artigos, o que mostra a importância desta especialidade e a repercussão na geração de dados científicos sobre a sua eficácia. Todo paciente pode ser beneficiado com o tratamento de práticas da MTC, independentemente de ter ou não uma patologia específica, pois podemos usá-la para proporcionar um reequilíbrio energético, alívio do estresse e ansiedades. Figura 13 Fonte: Getty Images Meditação A Meditação é uma prática mental individual que consiste em treinar a focalização da atenção de modo não analítico ou discriminativo, a diminuição do pensamento repetitivo e a reorientação cognitiva, promovendo alterações favoráveis no humor e melhora no desempenho cognitivo, além de proporcionar maior integração entre mente, corpo e mundo exterior. Há diferentes técnicas de meditação: a prática mental da Medicina Tradicional Chinesa e a meditação Mindfulness, entre outras. Estudos têm mostrado que a Meditação promove bem-estar, reduz a ansiedade, o estresse, a depressão, a irritabilidade e contribui para a melhora das condições clínicas como as doenças cardíacas, diabetes, no comportamento aditivo e na dor. Figura 14 Fonte: Getty Images Musicoterapia A Musicoterapia é uma prática expressiva que utiliza basicamente a música e/ou seus elementos no seu mais amplo sentido – som, ritmo, melodia e harmonia –, em grupo ou de forma individualizada (BRASIL, 2018). Em 1978, a Musicoterapia foi reconhecida como carreira de Nível Superior pelo Parecer nº 829/78 do Conselho Federal de Educação, em decorrência do Conservatório Brasileiro de Música ter aberto o Curso de Graduação em Musicoterapia no Rio de Janeiro. Essa prática pode ser realizada individualmente, em grupos ou em uma comunidade, a fim de proporcionar a melhoria na qualidade de vida, na saúde física, psíquica e espiritual, favorecendo o convívio social e a comunicação e, segundo a World Federation of Music Therapy (2022), procura otimizar sua qualidade de vida e melhorar seu físico, seu social, seu comunicativo, seu emocional, seu intelectual, sua saúde espiritual e seu bem-estar. A Musicoterapia oferece ao paciente a oportunidade de manifestar habilidades e potencialidades, expressar emoções de desconforto e contentamento, além de alcançar descontração por meio do canto e da participação ativa na execução da música, na possibilidade de tocar diferentes instrumentos musicais (UNIÃO BRASILEIRA DE ASSOCIAÇÕES DE MUSICOTERAPIA, 2020). Figura 15 Fonte: Getty Image Naturopatia/Naturologia A Naturopatia/Naturologia é uma abordagem terapêutica embasada na pluralidade de sistemas terapêuticos complexos vitalistas, que parte de uma visão multidimensional do processo vida- saúde-doença eutiliza a relação de interagência e de práticas naturais no cuidado e na atenção à saúde para promover, manter ou melhorar a qualidade de vida e o bem-estar dos indivíduos (BRASIL, 2018). Internacionalmente, é denominada Naturopatia. Estudos mostram resultados positivos em indivíduos de risco para doenças crônicas ou com a doença já instalada, promovendo melhora da qualidade de vida, aumento de sobrevida da pessoa com câncer e, também, observou-se aumento na qualidade de vida e melhora na dor em outras situações crônicas como em idosos com problemas reumáticos (WHO, 2010). A Naturopatia tem atuação dentro dos espaços do Sistema Primário de Atenção à Saúde, podendo ser usada de maneira complementar à Medicina Convencional (HECHTMAN, 2011). Figura 16 Fonte: Getty Images Osteopatia Osteopatia é uma prática terapêutica que adota uma abordagem integral no Cuidado em Saúde e utiliza várias técnicas manuais, dentre elas, a manipulação do sistema musculoesquelético (ossos, músculos e articulações) para auxiliar no tratamento de doenças, incluindo tratamento para os órgãos internos, por meio da osteopatia visceral (BRASIL, 2018). Esse sistema terapêutico foi introduzido pelo médico e cirurgião Andrew Taylor Still (1828-1917), no fim do século XIX. São inúmeros os benefícios atribuídos à Osteopatia, os quais, de acordo com as correntes mais recentes de pensamento, estão relacionados às desordens do movimento e da mobilidade e não necessariamente a doenças, especificamente. Os benefícios dessa prática são: mobilidade para alterações do sistema muscular, disfunções do sistema esquelético, alterações dos mecanismos modulares do sistema nervoso, alterações do elemento biomecânico e diferentes síndromes de alterações do movimento de segmentos corporais, especialmente as dolorosas. Figura 17 Fonte: Getty Images Ozonioterapia ou Terapia Oxigênio-Ozônio (O2/O3) Ozonioterapia é um recurso natural que ativa processos endógenos benéficos ao organismo. O Ozônio (O3) é uma molécula formada por três átomos de Oxigênio, encontrada em estado gasoso, em condições específicas de pressão e temperatura. Sua obtenção para fins terapêuticos ocorre pela passagem de oxigênio medicinal através de um gerador específico para essa finalidade, num fluxo de oxigênio é submetido a uma determinada carga elétrica, gerando a formação de uma concentração de ozônio. A Ozonioterapia é uma terapia que utiliza uma mistura gasosa com 5% de ozônio (O3) e 95% de oxigênio (O2) medicinal puro que funciona como “gatilho” para um efeito modulador nas mais variadas funções celulares já conhecidas. Essas atividades, no nível bioquímico, e não a ação direta do ozônio, é que são as responsáveis pelos efeitos terapêuticos positivos observados nas mais diversas patologias. Algumas de suas diversas propriedades terapêuticas, a saber: destrói bactérias, fungos e vírus, melhora a oxigenação dos tecidos, anti-inflamatórias, antioxidante, auxilia no controle das taxas de glicose (açúcar) no sangue e acelera a cicatrização de feridas. O Mapa de Evidências publicado pela Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) em Medicinas Tradicionais, Complementares e Integrativas, demonstra nível de confiabilidade forte da Ozonioterapia em pelo menos 20 doenças, nas mais diversas vias de aplicação conforme sua indicação. Em uma meta-análise de ensaios clínicos randomizados da Ozonioterapia para o tratamento da Lombalgia por aplicação percutânea, os ensaios clínicos selecionados, de 779 Artigos identificados, mostram que o grupo do ozônio é mais efetivo para o alívio da dor lombar em comparação a outras terapias convencionais. Foi demonstrado nível de confiabilidade forte em estudo randomizado da Insuflação Retal na redução de marcadores inflamatórios de Estresse Oxidativo em pacientes com feridas. Figura 18 Fonte: Getty Images Plantas Medicinais/Fitoterapia A Fitoterapia é uma prática terapêutica que emprega Plantas Medicinais e Medicamentos Fitoterápicos para o tratamento das mais diversas finalidades terapêuticas. A comprovação de seus efeitos farmacológicos e a determinação de sua segurança é imprescindível, pois a planta medicinal é composta por uma complexa rede de substâncias fitoquímicas, que podem ser benéficas e/ou nocivas. Figura 19 Fonte: Getty Images Quiropraxia A Quiropraxia é uma prática terapêutica que atua no diagnóstico, no tratamento e na prevenção das disfunções mecânicas do sistema musculoesquelético e seus efeitos na função normal do sistema nervoso e na saúde geral. A Quiropraxia é uma graduação na Área da Saúde, e foi criada por David Daniel Palmer, em 1985, nos Estados Unidos da América, que estudava a cura magnética. Alguns relatam que seu filho B.J Palmer recebeu esses conhecimentos, seguiu os passos do pai e, junto com outros quiropraxistas, evoluiu o pensamento quiroprático, que está embasado no paradigma vitalista e no tripé Filosofia, Ciência e Arte. A quiropraxia tem diversas técnicas manuais, dependendo da condição de saúde do indivíduo, bem como em que fase do ciclo vital se encontra a pessoa (tem técnicas específicas para cada idade). Atualmente, o foco da quiropraxia está nas condições musculoesqueléticas (como dores na coluna vertebral). Entretanto, a quiropraxia tem uma base vitalista que merece ser estudada e apresentada à comunidade. Figura 20 Fonte: Getty Images Reiki Usui O Reiki Usui é uma prática terapêutica que utiliza a imposição das mãos para canalização da energia vital, visando A promover o equilíbrio energético necessário ao bem-estar físico e mental (BRASIL, 2018). A técnica terapêutica Reiki Usui foi desenvolvida pelo Mestre-Professor Mikao Usui, em 1922, e essa prática foi trazida ao ocidente pela Mestre-Professora Hawayo Takata. No Brasil, chegou em dezembro de 1983. Passou a ser conhecida em todo o mundo pelo termo Reiki. A formação na técnica terapêutica Reiki Usui inclui 3 níveis: nível 1, nível 2 e nível 3 (subdividido em 3A e 3B). A partir do Nível 2, o terapeuta está habilitado para enviar e fazer tratamento com Reiki a distância, com os mesmos benefícios para quem o recebe. O Reiki Usui pode ser aplicado presencialmente (por toque e/ou imposição de mãos) ou enviado à distância e pode ser utilizado para seres humanos de todas as faixas etárias, animais, alimentos, água e plantas. O Reiki é uma técnica não invasiva e não possui conotação religiosa, é seguro, não apresenta efeitos colaterais conhecidos e traz inúmeros benefícios (ao terapeuta e ao interagente) comprovados por evidências científicas, dentre as quais: melhora de parâmetros de qualidade de vida, autoestima, bem-estar físico, emocional, serenidade (JAHANTIQH et al. 2018); promoção de saúde em idosos (OLIVEIRA, 2013); melhora significativa nas queixas de dores crônicas em idosos (FREITAG et al., 2014); auxílio no controle da pressão arterial alterada (SALLES et al., 2014); redução de estresse e ansiedade (KUREBAYASHI et al., 2016); modificação de comportamentos como humor, depressão, agressividade, tolerância e sociabilidade (MIWA, 2012) e potencialização do afeto positivo, do bem-estar subjetivo (BESSA et al., 2017). Figura 22 Fonte: Getty Images Reflexoterapia A Reflexologia é uma Prática terapêutica que utiliza os microssistemas e os pontos reflexos do corpo, existentes nos pés, nas mãos e nas orelhas, para auxiliar na eliminação de toxinas, na sedação da dor e no relaxamento (BRASIL, 2018). A Reflexologia mais usual é chamada reflexologia podal, e é realizada nos pés do indivíduo, por ter maior área de ação. Também pode ser realizada nas mãos e na face. Pesquisas destacam resultados com uma alta eficácia da reflexologia como terapia adjuvante com os medicamentos convencionais, auxiliando e prevenindo as complicações da neuropatia diabética em grupos de idosos e em melhora de pacientes com dores lombares. Figura 22 Fonte: Getty Images Shantala A Shantala é uma prática terapêutica que consiste na manipulação (massagem)do corpo do bebê pelos pais, favorecendo o vínculo entre eles e proporcionando uma série de benefícios em virtude do alongamento dos membros e da ativação da circulação (BRASIL, 2018). É originária do Sul da Índia. Foi descoberta na década de 1960, por meio do médico francês Frederick Leboyer que, em uma de suas viagens ao sul da Índia, observou uma mãe massageando seu filho. A maioria dos estudos científicos concentra-se em massagem aplicada por profissionais de saúde em recém-nascidos internados e com os seguintes desfechos: redução de dor, melhora do crescimento, desenvolvimento neuropsicomotor, tempo de internação hospitalar, imunidade, estresse e qualidade do sono. Figura 23 Fonte: Getty Images Terapia Comunitária Integrativa A Terapia comunitária integrativa é uma prática terapêutica coletiva que envolve os membros da comunidade numa atividade de construção de Redes Sociais solidárias para promoção da vida e mobilização dos recursos e competências dos indivíduos, famílias e comunidades (BRASIL, 2018). É originaria do Ceará, em 1987, pelo trabalho coletivo do psiquiatra, teólogo e antropólogo Adalberto de Paula Barreto com grande colaboração do advogado Airton Barreto, em resposta aos sofrimentos e às angústias das pessoas que eram atendidas no Centro de Direitos Humanos da Comunidade do Pirambú, a maior favela do Estado (BARRETO, 2008). A Metodologia da TCI consiste nas seguintes etapas: acolhimento, escolha do tema, contextualização, problematização e finalização (BARRETO, 2008), por meio da qual busca a promoção da saúde e o desenvolvimento psicossocial das comunidades. Figura 24 Fonte: Getty Images Terapia Floral Terapia de Florais é a prática terapêutica que utiliza essências derivadas de flores para atuar nos estados mentais e emocionais (BRASIL, 2018). O pioneiro das essências florais foi o médico inglês Edward Bach que, na década de 1930. Segue o princípio vitalista, baseado na arte de curar indivíduos doentes, recuperando a sua vitalidade, sem foco exclusivo na doença (NEVES et al., 2010). Estudos têm demonstrado benefícios do uso das essências florais em quadros diversos, físicos e emocionais (COSTA, GONÇALVES, 2021), por exemplo redução no nível de ansiedade. Figura 25 Fonte: Getty Images Termalismo Social e Crenoterapia O Termalismo Social é uma prática terapêutica que consiste no uso da água com propriedades físicas, térmicas, radioativas e outras – e eventualmente submetida a ações hidromecânicas – como agente em tratamentos de saúde (BRASIL, 2018). As águas minerais e termais são usadas para promoção, prevenção, recuperação e reabilitação em saúde, como um direito do cidadão, é recente e incipiente (HELLMANN; DRAGO, 2017). As terminologias para o uso da água como recurso terapêutico são diversas e dependem da temperatura a ser utilizada, da composição química da água, do modo de utilização e, por vezes, do profissional que a utiliza: balneoterapia (ingesta, inalações e banhos com água mineral quente ou morna); crenoterapia (água mineral); termalismo (água mineral naturalmente quente); crioterapia (água mineral extremamente fria); talassoterapia (água marinha e outros elementos marítimos); hidroterapia (utilizado por profissionais como naturólogos e fisioterapeutas); hidroginástica (utilizados por educadores físicos) e hidrologia médica (HELLMANN, RODRIGUES, 2017; HELLMANN; DALLA VIA, 2000). Figura 26 Fonte: Getty Images Yoga Yoga é uma prática corporal e mental de origem oriental utilizada como técnica para controlar corpo e mente, associada à meditação (BRASIL, 2018). As principais vantagens relatadas da Yogaterapia são a redução do estresse e ansiedade, tratamento da depressão, aumento da disposição, maior flexibilidade, além de também proporcionar autoconhecimento. A diminuição do estresse, em especial, relatada por estudiosos e comprovada por praticantes, é de extrema importância para a promoção da saúde e prevenção de doenças de origem cardiovasculares, imunológicas e mentais (OLIVEIRA, 2016) Figura 27 Fonte: Getty Images Em Síntese Chegamos ao final da Unidade cujo objetivo foi compartilhar evidências científicas das vinte e nove Práticas Integrativas e Complementares que podem ser ofertadas nos Serviços de Saúde do SUS. Detalhamos os aspectos conceituais e as principais indicações para que você conheça um pouco de cada uma delas e consiga organizar o seu processo de planejamento e subsidiar os projetos de PICS. É importante conhecer as evidências científicas para organizar o acesso das PICS nos serviços ofertados à população. Esperamos que o material aqui apresentado contribua com as suas reflexões e práticas, bem como com a ampliação do escopo de ações de PICS em seu município. Nesse contexto, a interação entre as Práticas Integrativas e as práticas biomédicas favorecem um cuidado humanizado, acolhedor e qualificado. Saiba Mais Você conhece os benefícios das águas termais? Figura 28 Fonte: Reprodução Os benefícios das águas termais são vários. Para o relaxamento ou até para o tratamento de doenças crônicas, quem usufrui de um banho termal pela primeira vez tende a voltar várias outras vezes. Na Grande Florianópolis, o município de Santo Amaro da Imperatriz oferece no SUS atendimentos de Termalismo Social, com água direto da fonte, a 42°C, dentro da propriedade do Hotel centenário Caldas da Imperatriz e em meio à vegetação. Vídeo Recursos do Termalismo Social e Crenoterapia em Saúde Conheça a experiência sobre Termalismo e suas evidências. Webpalestra - Recursos do termalismo Social e Crenoterapia em sWebpalestra - Recursos do termalismo Social e Crenoterapia em s…… https://www.youtube.com/watch?v=Yi11BBcAd30 Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade: Vídeos Recuperação da Vida e o Cuidado nas PICS A live fala sobre a vida saudável no Planeta e o que as Práticas Integrativas têm a ver com isso. O vídeo conta com a participação da socióloga Madel Luz, do médico de família Marcos Trajano (SES-DF) e do antropólogo indígena Tukano João Paulo Lima Barreto (Yupuri), pesquisador do Núcleo de Estudos da Amazônia Indígena (Neai). Clique no botão para conferir o vídeo indicado. ASSISTA Leitura Página 2 de 3 📄 Material Complementar https://youtu.be/44lesJOm5xU Mapa de Evidência de Aromaterapia O Mapa de evidências clínicas criado pela cooperação entre a BIREME e o CABSIn, apresenta uma ampla revisão de estudos clínicos sobre a Aromaterapia e suas implicações para a prática e pesquisa. Bem como os principais achado. Clique no botão para conferir o conteúdo. ACESSE Mapa de Evidência de Apiterapia O Mapa de evidências clínicas é fruto do Projeto de Cooperação entre a BIREME e o CABSIn. Ele apresenta uma ampla revisão de 51 estudos clínicos sobre a Apiterapia e suas implicações para a prática e pesquisa, bem como os principais achados. Clique no botão para conferir o conteúdo. ACESSE Contribuciones de Las Medicinas Tradicionales, Complementarias e Integrativas (MTCI) en el Contexto de COVID-19 O Mapa de evidências clínicas sobre as contribuições das Medicinas Tradicionais, Complementares e Integrativas apresenta uma ampla revisão de estudos clínicos sobre a as MTCI para Covid-19 e suas implicações para a prática e pesquisa, bem como os principais achados. Clique no botão para conferir o conteúdo. ACESSE https://mtci.bvsalud.org/pt/mapa-de-evidencias-efetividade-clinica-da-Aromaterapia/ https://mtci.bvsalud.org/pt/mapa-de-evidencias-efetividade-clinica-da-apiterapia/ https://mtci.bvsalud.org/contribuciones-de-las-medicinas-tradicionales-complementarias-e-integrativas-mtci-en-el-contexto-de-covid-19/ ANDRADE, R. R. et al. Efetividade da ozonioterapia comparada a outras terapias para dor lombar: revisão sistemática com metanálise de ensaios clínicos randomizados. Rev Bras Anestesiol., v. 69, n. 5, p. 493-501, 2019. Disponível em: <https://mtci.bvsalud.org/pt/efetividade-clinica-da- ozonioterapia-medica/>. Acessoem: 20/02/2022. ARAÚJO, N. A.; SOLIDADE, D. S. da; LEITE, T. S. A. A musicoterapia no tratamento de crianças com autismo: revisão integrativa. ReonFacema, v. 4, n. 2, p. 1102-1106, abr.-jun. 2018. Disponível em: <https://www.facema.edu.br/ojs/index.php/ReOnFacema/article/download/349/246>. Acesso em: 20/02/2022. BABIOR, B. M. et al. Investigating antibody-catalyzed ozone generation by human neutrophils. Proceedings of the National Academy of Sciences of the United States of America, EUA: PubMed Central, v. 100, n. 6, p. 3031-3034, mar. 2013. Disponível em: <https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC152239/>. Acesso em: 24/03/2022. BARRETO, A. de P. Terapia comunitária passo a passo. Fortaleza: LCR, 2008. BESSA, J. H. do N. et al. Efeito do Reiki no bem‐estar subjetivo: estudo experimental. Revista eletrônica trimestral de enfermagem, BNCS, n. 48, p. 417-420, out. 2017. Disponível em: <https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/ibc-166724>. Acesso em: 24/03/2022. BOCCI, V. A new medical drug. Dordrecht: Springer, 2005. ________. V. Ozone: a new medical drug. Netherlands: Springer, 2011. Página 3 de 3 📄 Referências BOGDANOV, S. Antiviral properties of the bee products: a review. Bee Product Science. 2020. Disponível em: <www.bee-hexagon.net>. Acesso em: 24/03/2022. BORGES DA COSTA, A. L.; COX, D. L. A experiência do significado na dança circular. Journal of Occupational Science, v. 25, n. 3, p. III-XVI, 2018. Disponível em: <https://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/14427591.2018.1469380?journalCode=rocc20>. Acesso em: 24/03/2022. BRASIL. Ministério da Saúde. Coordenação Nacional de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde. Relatório de Monitoramento Nacional das Práticas Integrativas e Complementares em Saúde nos Sistemas de Informação em Saúde. 2020. Disponível em: <http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/documentos/pics/Relatorio_Monitoramento_das_PIC S_no_Brasil_julho_2020_v1_0.pdf>. ________. Ministério da Saúde. Portaria Consolidada n. 2, de 28 de setembro de 2017. Disponível em: <https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2017/prc0002_03_10_2017.html>. ________. Ministério da Saúde. Política Nacional de Prática Integrativa e Complementar no SUS. Como Implantar? 2022. Disponível em: <https://aps.saude.gov.br/ape/pics/comoimplantar>. ________. Ministério da Saúde. Secretaria-Executiva. Secretaria de Atenção à Saúde. Glossário temático: Práticas Integrativas e complementares em saúde Brasília: Ministério da Saúde, 2018. COSTA, L.M. O.; GONÇALVES, K. A. M. Efetividade da terapia com florais de Bach. Brazilian Journal of Development, Curitiba, v. 7, n. 11, p. 107027-10703, nov. 2021. Disponível em: <https://brazilianjournals.com/index.php/BRJD/article/view/39979/pdf>. Acesso em: 24/03/2022. DALLA VIA, G. A hidroterapia: a cura pela água. Lisboa: Estampa, 2000. (Coleção Medicinas Alternativas – 34). FRATELLONE, P. Apitherapy products for medicinal use. J. Nutr. Food Sci. PubMed v. 5, n. 6, p. 1020-1022, 2015. Disponível em: <https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/27463767/#:~:text=Apitherapy%20is%20the%20science%20an d,for%20the%20last%2010%20years>. Acesso em 24/03/2022 FREITAG, V. L. et al. Benefícios do Reiki em população idosa com dor crônica. Texto Contexto Enferm., Florianópolis, v. 23, n. 4, p. 1032-1040. out-dez, 2014. HECHTMAN, L. Clinical naturopathic medicine. Austrália: Elsevier, 2011. HELLINGER, B; TEN HÖVEL, G. Constelações familiares: o reconhecimento das ordens do amor. São Paulo: Cultrix, 2001. HELLMANN F. RODRIGUES, D.M.O. Termalismo e Crenoterapia no Brasil e no Mundo. Palhoça: UNISUL, 2017p. JAHANTIQH, F. et al. Effects of Reiki Versus Physiotherapy on Relieving Lower Back Pain and Improving Activities Daily Living of Patients With Intervertebral Disc Hernia. J Evid Based Integr Med, v. 23, p. 1-5, 2018. Disponível em: <https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5871054/>. Acesso em: 24/03/2022. JONAS, W. B.; LEVIN, J. S. Tratado de Medicina Complementar e Alternativa. São Paulo: Manole, 2001. KAWAHARA, R; JOAQUIM, J. G. F. Ozonioterapia: quando a compreensão faz toda diferença. Boletim Apamvet, 2020, Disponível em: <https://publicacoes.apamvet.com.br/Artigos/Details/105>. Acesso em: 24/03/2022. KUREBAYASHI, L. F. S. et al. Massagem e Reiki para redução de estresse e ansiedade: Ensaio Clínico Randomizado. Rev. Latino‐Am. Enfermagem., 2016. MEDEIROS, G. M. da S. de. O poder da argila medicinal. Blumenau: Nova Letra, 2013. MIWA, M. J. Com o poder nas mãos: um estudo sobre johrei e reiki. 2012. 124p. Tese (Doutorado em Enfermagem) – Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo. Ribeirão Preto, 2012. Disponível em: <https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22131/tde- 15012013-155042/pt-br.php>. Acesso em: 24/03/2022. NASCIMENTO, A., PRADE, A. C. K. Aromaterapia: O poder das plantas e dos óleos essenciais. Cuidado integral na Covid 19. ObservaPICS, n. 2, Recife/Fiocruz, 2020. Disponível em: <http://observapics.fiocruz.br/wp-content/uploads/2020/06/Cuidado-integral-na-Covid- Aromaterapia-ObservaPICS.pdf>. Acesso em: 20/02/2022. NASCIMENTO, M. C. do et al. A categoria racionalidade médica e uma nova epistemologia em saúde. Ciência & Saúde Coletiva, v. 18, n. 12, p. 3595-3604, 2013. Disponível em: <https://www.scielo.br/j/csc/a/pc64qpYhDGL9QDZp9DnJWzc/?format=pdf&lang=pt>. Acesso em: 20/02/2022. NEVES, L. C. P.; SELLI L. J. R. A integralidade na Terapia Floral e a viabilidade de sua inserção no Sistema Único de Saúde. O Mundo da Saúde, v. 34, n.1, p. 57-64. 2010. Disponível: <http://www.saocamilo-sp.br/pdf/mundo_saude/74/07_original_integridade.pdf>. Acesso em: 20/02/2022. OLIVEIRA, R. M. J. de. Avaliação de efeitos da prática de impostação de mãos sobre os sistemas hematológico e imunológico de camundongos machos. 2003. 95p. Dissertação (Mestrado em Ciências) – Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. São Paulo, 2003. Disponível em: <https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5160/tde-23092014-145211/pt- br.php>. Acesso em: 23/04/2022. ________. Efeitos da prática do reiki sobre aspectos psicofisiológicos e de qualidade de vida de idosos com sintomas de estresse: estudo placebo e randomizado. 2013. 191p. Tese (Doutorado em Ciências) – Universidade Federal de São Paulo – Escola Paulista de Medicina. São Paulo, 2013. Disponível em: <https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/22764>. Aceso em 23/04/2022. PAULINO, N.. Própolis: da colmeia à Clínica. São Paulo: Nelpa, 2022. REIS, A. C. dos. Arteterapia: a arte como instrumento no trabalho do Psicólogo. Psicol. cienc. Prof. v. 34, n. 1, 2014. Disponível em: <https://www.scielo.br/j/pcp/a/5vdgTHLvfkzynKFHnR84jqP/? lang=pt>. Acesso em: 20/02/2022. SALLES, F. L. et al. Efeito do Reiki na Hipertensão Arterial. Revista Act Paul Enferm. São Paulo, v. 27, n. 5, p. 479-84, 2014. Disponível em: <https://www.scielo.br/j/ape/a/MYQ6Yh6V34QSqyRcKRYdBkQ/?lang=pt>. Acesso em 24/03/2022 SCHNEIDER, A. S. et al. Aplicabilidade e benefícios da dançaterapia como prática de cuidado em saúde: Uma revisão integrativa. Research, Society and Development, v. 9, n. 7. Disponível em: <https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/4009>. Acesso em: 20/02/2022. SORATTO M. T.; BOTELHO, S. H. A Terapia Floral no controle do estresse do professor enfermeiro. Saúde Rev., Piracicaba v. 12, n. 31, p. 31-42, 2012. Disponível em: <https://www.researchgate.net/publication/276328731_A_Terapia_Floral_no_Controle_do_Estress e_do_Professor_Enfermeiro>. Acesso em: 9/03/2022. UBAAT. Contribuição da Arteterapia para a Atenção Integral do SUS. 2006. Disponível em: <http://aatergs.com.br/wp-content/uploads/2019/07/Cartilha-de-orienta%C3%A7%C3%A3o-para- inser%C3%A7%C3%A3o-da-arteterapia-nas-praticas-complementares-do-SUS..pdf>. Acesso em: 20/02/2022. WHO – WORLD HEALTH ORGANIZATION. Benchmarks for training in traditional complementary and alternative medicine. 2010. Disponível em: <http://apps.who.int/medicinedocs/documents/s17553en/s17553en.pdf>.Acesso em: 20/02/2022. Sites Visitados UNIÃO BRASILEIRA DE ASSOCIAÇÕES DE MUSICOTERAPIA (Brasil). História e surgimento da Musicoterapia no Brasil. Disponível em: <https://ubammusicoterapia.com.br/>. Acesso em: 20/02/2022. WORLD FEDERATION OF MUSIC THERAPY. WFMT Guideline and Policies. Disponível em: <https://wfmt.info/>. Acesso em: 24/03/2022.