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FACULDADE DOM ALBERTO CURSO DE PÓS GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA VANDEIR DOS SANTOS FERREIRA A FORMAÇÃO DO PROFESSOR DE HISTÓRIA E O USO DA FERRAMENTA TECNOLÓGICA: KANVA URUAÇU-GO 2023 VANDEIR DOS SANTOS FERREIRA A FORMAÇÃO DO PROFESSOR DE HISTÓRIA E O USO DA FERRAMENTA TECNOLÓGICA: KANVA Trabalho de conclusão de curso apresentado como requisito parcial à obtenção do título especialista em História e Cultura Afro – Brasileira URUAÇU-GO 2023 A FORMAÇÃO DO PROFESSOR DE HISTÓRIA E O USO DA FERRAMENTA TECNOLÓGICA: KANVA Vandeir dos Santos Ferreira[footnoteRef:1] [1: Concluinte do Curso de Pós Graduação pela Faculdade Dom Alberto no Curso de História e Cultura Afro-Brasileira. Email: professorvandeirferreira@hotmail.com] Declaro que sou autor(a)¹ deste Trabalho de Conclusão de Curso. Declaro também que o mesmo foi por mim elaborado e integralmente redigido, não tendo sido copiado ou extraído, seja parcial ou integralmente, de forma ilícita de nenhuma fonte além daquelas públicas consultadas e corretamente referenciadas ao longo do trabalho ou daqueles cujos dados resultaram de investigações empíricas por mim realizadas para fins de produção deste trabalho. Assim, declaro, demonstrando minha plena consciência dos seus efeitos civis, penais e administrativos, e assumindo total responsabilidade caso se configure o crime de plágio ou violação aos direitos autorais. (Consulte a 3ª Cláusula, § 4º, do Contrato de Prestação de Serviços). RESUMO: Para se formar bons alunos vai depender da preparação para tal função. No campo da História essa afirmativa ganha ainda mais ímpeto, pois a disciplina é sempre é apontada como sendo decorativa e sem novidades. Esse trabalho tem como objetivo colocar uma discussão referente as capacidades imprescindíveis para a formação do professor de História e também colaborar para os estudos referentes à formação do historiador, pesquisar os aspectos formadores do professor de História e mostrar as dificuldades que o professor enfrenta no decorrer do seu trabalho. A metodologia do trabalho se refere a forma como é utilizado o aplicativo Kanva favorecendo e auxiliando o professor nas aulas. Do mesmo modo, organizou-se uma discussão baseada em autores que abordam os aspectos indispensáveis à formação do professor de História. Os principais materiais utilizados foram livros, sites, revistas, publicações, que tratam do professor de História e sua preparação para ensinar. A natureza da pesquisa pode ser entendida por qualitativa e descritiva, o material começou a ser coletado meses antes da confecção compreendendo os parâmetros acima citados. Esse trabalho está fundamentado nos autores BRANDÃO (2017) Rüssen (2014) AZEVEDO, (2018) e outros. Atualmente o desafio dos profissionais da educação é quebrar esses padrões que torna a História uma disciplina desprestigiada, sua utilidade é discutida pois dá muita importância a datas, números, heróis, enfim, há uma distância muito grande entre texto e contexto distinguindo a disciplina como tediosa e desestimuladora. É preciso que se leve a História para mais próximo dos alunos, ou leva-los para mais próximo da História, fazendo com eles se interessem mais pelos fatos e acontecimentos desde os primórdios. Palavras-Chave: Educação. Formação do professor. Ferramenta, Contexto. INTRODUÇÃO Ultimamente tem havido muitas mudanças na metodologia do ensino de História e o objetivo é encontrar o verdadeiro sentido e também o significado do que verdadeiramente venha a ser História. Diversos historiadores pesquisaram, e buscaram respostas para encontrar o conceito de História, e chegaram a conclusão que a História em si, é tudo aquilo que usado para explicar o processo histórico da humanidade. O tema do trabalho desse trabalho tem como objetivo pesquisar sobre o uso da ferramenta tecnológica Canva e a forma como os professores a utilizam em sala de aula , também a formação dos professores de História como esses profissionais tem feito uso de suas experiências e também conhecimento em sala de aula, pois é indispensável que esses profissionais tenham uma boa formação para poder enfrentar as transformações que acontecem a cada dia e que ultimamente tem se tornado um grande desafio a ser enfrentado pelas instituições de ensino em geral, é um desafio que faz parte da competência, habilidade e produção do conhecimento histórico na sala de aula. Percebe-se que muitos educadores nesta área ainda não conhecem as séries historiográficas tradicionais que servem de apoio à produção e abordagens de conteúdo histórico nos livros didáticos dificultando um ensino aprendizagem mais crítico entre professor e aluno. Nos referenciais circulares traz a formação dos professores por repensar atuação profissional propondo uma reestruturação no processo de formação dos educadores de História. Piaget e Vygotsky por tratarem de princípios teóricos da psicologia que buscam compreender o funcionamento psicológico e social enquanto aperfeiçoamento da prática pedagógica. A problemática desse trabalho teve como objetivos estabelecer uma discussão sobre o uso das ferramentas tecnológicas, em especial o aplicativo Kanva e a forma como a mesma contribui para os estudos relacionados à formação do historiador, pesquisar paralelamente os aspectos formadores do professor de História e apresentar as dificuldades enfrentadas pelo profissional da educação. Optou-se por pesquisa bibliográfica onde foram consultados alguns autores como Fernando Azevedo em seu livro “A educação entre dois mundos: problemas, perspectivas e orientações” que muito ajudou no embasamento do tema. Além disso foi utilizado artigos científicos que abordam o tema e pesquisa às redes de comunicação informatizadas, no caso a internet. Ao final do trabalho conclui-se que muitos conceitos ainda precisam ser revistos para uma melhoria efetiva no rendimento das aulas de História por parte dos alunos e o uso da ferramenta tecnológica. O tradicionalismo ainda persiste no momento de planejar as aulas porque parece ser a maneira mais “fácil” de ensinar. Mudar nunca é fácil, mas é extremamente necessário sobretudo quando o assunto é a melhoria no processo de aprendizagem. 1.DIDÁTICA HISTÓRICA E SOCIAL Nesse contexto expõe que a educação é vista como sendo um processo universal que tanto escraviza quanto liberta a pessoa, algo que não se pode jamais deixar de acontecer, ou seja, se o sujeito continua a ser um analfabeto ele é escravo, não escreve, não faz uma leitura não consegue ter acesso à tecnologia e sempre vai precisar das pessoas para fazer isso por ele. Se aprende a ler, escrever, fazer uso da tecnologia, ele não precisa que ninguém faça isso por ele, automaticamente é independente. O propósito de nova investigação sobre os processos de formação docente no Brasil, a partir dos mecanismos didáticos pedagógicos relacionados aos mecanismos tecnológicos da Informação e da Comunicação nas atividades de ensino aprendizagem na Educação Básica. Nem todo professor tem domínio da tecnologia, alguns entendem pouco ou quase nada de computador. O professor deve estar apto a acompanhar as mudanças que acontecem a todo instante, tem que aprender a dominar e usar as tecnologias digitais, utilizar as tecnologias da informação e de comunicação no contexto das aprendizagens de forma eficiente e que produza uma melhoria no desenvolvimento e na aprendizagem de nossos alunos. A tecnologia deve ser trabalhada na sala de aula de forma crítica e compreender que é uma ferramenta de auxílio ao trabalho pedagógico. O professor não pode ter medo de mudanças, deve procurar uma forma de aprender com a tecnologia e repassar seus conhecimentos para os alunos. A inserção das tecnologias no trabalho de ensino e aprendizagem representa uma estratégia da política educacional e, desse modo, torna-se “uma alavanca de inovações pedagógicas a serviço da construção de saberes” (ALAVA, 2019,p. 14). Fazendo uso da tecnologia como estratégia no ensino aprendizagem facilita e muito na construção de saberes, na aquisição de conhecimentos. A prática educativa não é somente exigir da sociedade, mas, além disso, exigir também o processo de fazer com que as pessoas adquiriam conhecimentos e experiências culturais que os tornam prontos para agir no meio social e transformá-los para exercer suas necessidades econômicas, sociais e também políticas. Portanto, a educação é vista como sendo um fenômeno social complexo cujo significado é a prática educativa, através de processos didáticos pedagógicos, principalmente no que se refere aos objetivos, conteúdos de ensino, tudo que está ligado ao trabalho docente e está cuidada por fins e cobranças sociais, políticas e ideológicas. Sabe-se que a prática educativa em todo seu contexto faz parte da eficácia das relações sociais e também das formas da organização social. Assim sendo, tanto a prática educativa, a vida cotidiana, as relações professor-aluno, os objetivos da educação e quanto o trabalho docente, possuem significados sociais que se compõem a eficácia das relações sociais. Em todos os lugares existem a intervenção pedagógica por exemplo, na televisão, no rádio, nas revistas, nos jornais, em tudo que tem a função de informar, pois a mídia atua para transformar tanto os estados mental quanto afetivo das pessoas e no jeito de pensar, difundindo saberes e costumes de agir e também de sentir. “É surpreendente que instituições e profissionais cuja atividade está permeada de ações pedagógicas desconheçam a teoria pedagógica” (LIBÂNEO 2010, p. 21). 1.1. A educação e o ensino da História A opinião padrão sobre o que é a didática da História a forma como ela age e onde está localizada no que se refere à centralização das pessoas e a didática da História que é vista como sendo uma abordagem formalizada para ensinar História tanto em ensinos primários quanto secundários os quais representam uma parte fundamental da transformação de historiadores profissionais em professores de História nestas escolas. A especificidade do campo do ensino de História impõe a necessidade de analisar a natureza desse conhecimento e sua relação com as culturas escolares. Assim sendo, os trabalhos de Rüssen (2014) podem ser aceitos como referência para construir um diálogo entre o ensino da História e as perspectivas dessa ciência, levando-se em conta a categoria de cultura histórica. A didática da História é diferente do trabalho do historiador, ela serve como uma ferramenta que leva conhecimento histórico dos aprendizados, para que os alunos aprendam a conhecer o que realmente é a História e seus ensinamentos. Segundo Rüssen (2014): Ensino e aprendizagem eram considerados no mais amplo sentido, como o fenômeno e o processo fundamental na cultura humana, não restrito simplesmente à escola. O conhecido ditado “História vitae Magistra” (História mestra da vida), que define a tarefa da historiografia ocidental da antiguidade até as últimas décadas do século dezoito, indica que a escrita da História era orientada pela moral e pelos problemas práticos da vida, e não pelos problemas teóricos ou empíricos da cognição metódica. Mesmo durante o Iluminismo, quando as formas modernas de pesquisa e discurso acadêmicos foram sendo forjadas, historiadores profissionais ainda discutiam os princípios didáticos da escrita histórica como sendo fundamentais para seu trabalho. (RUSSEN, 2014, p.29) O aumento da profissionalização da História, a importância da didática da História foi diminuindo, foram surgindo outras prioridades no campo do conhecimento. No decorrer do século XIX, quando os historiadores determinaram sua disciplina, eles começaram a perder de vista um importante princípio, saber que a História é essencial para as necessidades sociais com o objetivo de orientar a vida dentro da estrutura tempo. Para o entendimento histórico é preciso se interessar pelo assunto, saber fazer um julgamento e também ter uma função importante na cultura política da sociedade dos historiadores. A forma como os historiadores do século XIX tiveram coragem em fazer com que a História se tornasse uma ciência, e isso foi redefinido para incluir somente o mínimo de profissionais especialistas treinados. A didática da História não era somente o centro da reflexão dos historiadores que escolheram essa profissão, foi substituída pelo método da pesquisa histórica. O professor tem por obrigação entender a educação como o historiador tem que entender a História, ou seja, como um tipo de contexto que é formado pela coragem do ser humano que contém um sentido que pode ser compreendido, onde são mostradas as intenções do leitor e também as possibilidades de interação entre texto e leitor. A concepção hermenêutica, historicista que a História é formada pela força da mente onde o historiador se torna um intérprete onde pode repensar ou apropriar, e que encaminham suas questões históricas e interpretações. Tanto a didática da História quanto a ciência histórica dividiram esta posição historicista, ambas requerem a ideia de serem forças educativas do desenvolvimento histórico. Mas o relacionamento formal existente entre a História e a didática da História era marcada pela divisão de trabalho. A didática da História fornecia os estatutos básicos da função educacional do conhecimento histórico e também dos objetivos correspondentes para o ensino de História nas escolas, incluindo também uma didática oculta, aquela que ao fazer a reprodução dos estudos históricos baixava seu nível a pesquisa para as salas de aula, ou seja, era feita a cópia ou reprodução didática. A didática da História se transformou e passou a mostrar uma reorientação cultural em todo seu contexto e a mudança no sistema educacional. Sua percepção hermenêutica foi alterada e transformada em uma nova forma de argumentação. Atualmente a educação histórica não é vista como sendo uma simples questão de tradução de formas e valores de estudiosos profissionais para a sala de aula. O ponto de vista que está sendo colocada em questão é se aquele conhecimento e a forma de pensamento que ele representa critérios educacionais preexistentes e extra disciplinares. Juntos, contribuíram para o desenvolvimento de um novo movimento histórico comprometido em refletir sobre os fundamentos dos estudos históricos e sua inter- relação com a vida prática de modo geral e também com a educação em particular. A didática da História argumentou sobre a nova concepção de História para esclarecer a natureza específica e simbólica do pensamento e da explicação histórica. Uma vez estabelecida essa ideia de História se tornou o meio e o objetivo de aprendizado e educação. A História através dos tempos teve, e continua tendo, papel relevante na formação e preparação das pessoas para a vida social, por meio de suas experiências didáticas, o ensino de História auxilia bastante na construção da democracia e da cidadania. Para auxiliar o professor no ensino de história em sala de aula, o mesmo pode fazer uso de diversas ferramentas que irão ajuda a tornar as aulas mais eficazes e interessantes para os alunos. Essas ferramentas de auxílio para as aulas de história podem ser filmes, jogos e músicas, aplicativos e muitos outros. Ultimamente a tecnologia tem ajudado e muito o professor a planejar e também ministrar as aulas, foram desenvolvidas várias ferramentas tendo como objetivo tornas as aulas mais atraentes e estimulantes E preciso estimular os alunos não somente a usar as ferramentas tecnológicas, mas a entender e explicar como, quando e porque dos acontecimentos que se sucederam historicamente. Considera-se que, aprender e ensinar História vai bem além dos muros das escolas, entendendo-o como um aprendizado para vida, portanto, uma reflexão sobre o ensino escolar da História, de seus conceitos e preocupações estruturantes se torna uma busca pela compreensão do papel desempenhado pelo conhecimento histórico. A aprendizagemé um processo no qual o indivíduo apropria-se de conhecimentos, e assim desenvolve costumes, táticas e valores, ou seja, vai adquirindo durante sua vida muitas informações, que será ampliado através das vivencias interna ou externa no seu meio sócio-histórico (NUNES; SILVEIRA, 2019). O professor como responsável pelo ensino escolar deve perceber a maneira como seus alunos constituem afinidades, a forma como dão sentido e organizam seus conhecimentos, aumentando dessa forma a sua prática pedagógica. 2 A FORMAÇÃO DO PROFESSOR DE HISTÓRIA Azevedo (2018), enfatiza que o Brasil s no século XX se apresenta coo sendo um regime republicano recém construído e com forças políticas conservadoras que se desdobravam para manter as relações de poder estabelecidas, enquanto outros grupos sociais e políticos emergentes, orientados por concepções ideológicas modernizantes, manifestavam-se mediante diversos movimentos de renovação social, política, econômica e cultural. Se destacou através de movimentos políticos e culturais como por exemplo: as greves operárias; o movimento tenentista; a Semana de Arte Moderna (1922); a criação da Academia Brasileira de Ciências (1922); a Associação Brasileira de Educação (1924); e a criação do Partido Comunista (1922), que intensificou o embate que culminou com o deslocamento do eixo de decisões pela chamada Revolução de 1930 e a ascensão de Getúlio Vargas ao posto de mandatário máximo do país. O “entusiasmo pela educação” e o “otimismo pedagógico” surgem para afirmar a ideia de que a escola constrói o homem novo, evidenciado pela seguinte afirmação: “[...] reformar a sociedade pela reforma do homem, para o que a escolarização tem um papel insubstituível, pois é interpretada como o mais decisivo instrumento de aceleração histórica” (NAGLE, 2021, p. 100). O gráfico educacional seguiu de perto esta situação política onde era apresentada formas diferenciadas causando rebatimentos de grande proporção em diversas esferas dessa área. No campo da História, antes de surgir os primeiros cursos de formação de professores de História no Brasil, o currículo escolar já contava com esta disciplina, lembrando que antes de ter professores formados profissionalmente nesta área de ensino, já existiam outros profissionais com diversas formações como religiosos, bacharéis em Direito, que tomaram para si a responsabilidade por essa docência. Deixando claro o descompasso existente entre a base de uma disciplina autônoma num currículo que era constituído por determinações oficiais e a falta de prática de uma política de formação de quadros profissionais para atuar no ensino de maneira formal. A inclusão da História do Brasil como disciplina autônoma no currículo do ensino secundário foi determinada por Portaria do Ministério da Educação, em março de 1940. Com efeito, até aquela data, a História do Brasil era estudada dentro do programa de História Geral. A portaria de Gustavo Capanema foi posta imediatamente em prática, ainda no ano de 1940. Em 1941, a revista Nação Armada elogia esta decisão e inicia uma campanha para melhorar o ensino de História do Brasil nas escolas (HORTA, 2019, p. 181). De acordo com os estudos, a História é uma ciência investigativa que procura através de experiencias diferentes espaços e tempos, busca analisar, criticar e também compreender o contexto histórico dos acontecimentos. Os conhecimentos são organizados no entorno dos processos históricos em suas manifestações coletivas tendo como objetivo entender o processo de transformação social e também a presença do ser humano na realidade atual. A educação e as políticas educacionais, adquiridas no modelo de Estado que se reconfigurava, tinha por obrigação cumprir sua função na afirmação da nova ordem contestada e assim a disciplina História passa a ter ainda maior importância na realização dos interesses do Estado para elevar as ilusões de nacionalismo. “A História enquanto disciplina escolar autônoma surge no século XIX na França, imbricada nos movimentos de laicização da sociedade e de constituição das nações modernas” (NADAI, 2019, p. 144). Uma afirmação pode ser observada no seguinte posicionamento: A História emerge a condição de disciplina curricular no nosso país no bojo do forte embate teórico e ideológico do final do século XIX, sob grande influência das tradições europeias, sobretudo na tentativa de afirmação da História universal e a laicização da sociedade. “Tal situação em nada surpreende, ao contrário, está em plena consonância com os movimentos republicanos e os ideais positivistas em expansão e praticamente hegemônicos no Brasil no final do século XIX” (HORN; GERMINARI, 2016, p. 27). Assim sendo, entende-se que a Ciência Histórica leva as pessoas a se preocupar em conhecer o passado. A intenção seria conhecer como os ascendentes viviam, os costumes e História de um grupo social. Após sentir a necessidade de preservar a presença do ser humano no mundo. Devido os registros diversos das atividades do homem moderno e através de pesquisas pode se ter conhecimento do que se passou há milhares de anos. Da mesma forma existem outras ciências que guardam memórias das sociedades no tempo. Daí a importância de preservar, conhecer e também apoderar-se da memória histórica. 2.2. A subdivisão da História para fins didáticos pedagógicos Contextualizando, de uma forma geral a História é subdividida em períodos ou idades, e é utilizado como sendo um recurso necessário para fins didáticos-pedagógicos e também organizacionais. Aliás, não são momentos e movimentos que tem dinamismo como por exemplo, a existência humana. Constituindo assim, os fatos e datas históricas que são inerentes de um contexto econômico, cultural, político e social que que junta ao objeto de estudo do Historiador. O acadêmico que se quer formar em Historiador ressalta uma História do Tempo Presente que parte do princípio que ao buscar referências do passado está se aprofundado no presente que forma um contexto distinto do tema em questão. O curso de História proporciona o conhecimento de obras clássicas da historiografia e as escolas que a associam, assim também como gera a capacidade de pensar e ver implicâncias na forma do conhecimento histórico. Mobiliza e também leva o acadêmico a ter noção de como criar e conhecer novos métodos, novas fontes de pesquisa, e também buscar de conceitos cada vez mais próximo ao meio cultural. O ensino e a aprendizagem caminham juntos e sempre irão exigir uma conexão entre saberes que envolve pessoas em atitudes interpessoais. Se ensinar é uma tarefa difícil, pode-se dizer que o ensinar a ensinar é em si é a dificuldade total, pois exige do professor-orientador um trabalho com muitas dificuldades, pois é necessário levar para os alunos em formação no Ensino Superior, situações reais do contexto escolar (Educação Básica). Portanto, é possível dar condições para debater sobre a realidade vigente, procurando um jeito de oferecer mais qualidade de seus serviços. \o professor-orientador deve buscar meios que viabilizem o desenvolvimento de posturas investigativas nos futuros docentes. Ao utilizar ferramentas que lhe possibilitem uma leitura crítica da prática docente e a identificação de caminhos para a superação de suas dificuldades, o professor se sentirá menos dependente do poder sociopolítico e econômico e mais livre para tomar decisões próprias (ANDRÉ, 2006, pag. 123). O aluno que aprende a pesquisar, aprende a habilidade mais básica para sua permanente renovação profissional, sem falar naquela de estudar melhor e aprender de maneira reconstrutiva; não vem à instituição para escutar aula, tomar nota, fazer prova, mas para reconstruir conhecimento sistematicamente; este tipo de aluno tem peso no futuro do país e é a fonte principal para a instituição de novas vocações docentes (DEMO, 2017 pag. 116). Ficabastante claro, que existe a possibilidade de que o professor-aluno tenha que reproduzir suas aulas de acordo com a prática que vivenciou em seu curso de formação. 3. O APLICATIVO CANVA COMO FERRAMENTA TECNOLÓGICA NO ENSINO DE HISTÓRIA É sabido que a tecnologia educacional ainda enfrenta muita resistência nos referentes as questões como a convivência entre os alunos e o estímulo às habilidades manuais.[footnoteRef:2] [2: O aplicativo Canva tem sido bastante utilizado na plataforma, pois é uma ferramenta tecnológica que tem facilitado e muito o ensino aprendizado ajudando os professores a fazer um trabalho diferenciado em tempos de pandemia.] Canvas é uma ferramenta que auxilia na visualização e estruturação de estratégias, comumente utilizada em negócios. Além disso, é apresentada no Ensino Fundamental e no Ensino Superior. Dessa forma, os alunos têm a oportunidade de conhecer e experimentar previamente, contribuindo, assim, para seu futuro profissional. Os ferramentais digitais contribuíram bastante modificando o cenário educacional e vem sendo construído nesses tempos remotos, sempre existiu expectativas na inserção de tecnologias como soluções rápidas no ensino educacional, entretanto, mesmo ampliando vários conceitos a tecnologia por si só não soluciona toda lacuna educacional. Em tempos de educação remota, as ferramentas tecnológicas contribuíram bastante para o ensino aprendizagem, existem várias plataformas e cada uma oferece o seu melhor, cabe ao educador aderir a que melhor convém as suas necessidades. Na pesquisa realizada mostra que no ensino de História, a plataforma Canvas mostra a dimensão do que pode ser estudado; imagens, gráficos, textos etc. Muitas ferramentas digitais são sempre criadas e nem sempre são usadas da maneira correta o uso do computador, celular, tablet, blogs e rede sociais são exemplos de recursos que estão sempre sendo utilizados e a todo momento pela sociedade, trazendo para a realidade um mundo virtual com diversas alternativas e características. Quando tais ferramentas entram no contexto educacional agindo de maneira pedagógica e bem empregada, aumenta o número de possibilidades que antes eram restritas e agora se expande em um mundo cheio de atuações. O Canva é um site de ferramentas digitais que contém vários recursos gráficos, porém, a construção de infográficos é o recurso evidenciado nesse processo. Em seu uso pode-se explorar fotografias, gráficos, fontes, ícones entre tantos outros meios. Além disso, possui uma dinâmica de “arrastar e soltar” favorecendo acesso aos recursos gráficos. A plataforma do Canva foi projetada para que tanto o professor quanto o aluno consigam criar materiais customizados e atividades dentro da metodologia da sua instituição de ensino para estimular o contato entre os alunos, mesmo que não tenha familiaridade com comunicação visual. Assim, o professor consegue elaborar uma aula do seu jeito, com recursos que vão deixar os alunos ainda mais interessados em aprender o conteúdo transmitido. O aplicativo Canva[footnoteRef:3] tem demonstrado que consegue auxiliar no desenvolvimento de infográficos contendo variados elementos visuais e textuais, contribuindo assim, com o estimulo a criatividade e tornando-se uma considerável ferramenta digital na construção de conteúdo. [3: Business Model Generation - Inovação em Modelos de Negócios é um manual prático e inspirador para qualquer um que busque aprimorar um modelo de negócios ou desenvolver um novo. Ele ensinará a você técnicas de inovação poderosas e práticas] Esse recurso pode ser utilizado dentro e fora de sala de aula, e é bastante oportuno nesse momento de pandemia, pois oferece várias alternativas para ter acesso à informação e comunicação com o mundo lá fora. No SAE digital diz que “As ferramentas digitais ajudam os alunos a desenvolverem habilidades digitais práticas que podem ser aplicadas nas tarefas do cotidiano, dentro e fora da sala de aula, e permitem explorar o mundo através da comunicação e informação”. As competências digitais na educação são fundamentais para que os alunos utilizem as Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) de maneira adequada e desenvolvam as habilidades do futuro e as competências propostas pela BNCC. As competências podem ser definidas como sendo o conjunto de valores, crenças, conhecimentos, capacidades e atitudes para utilizar adequadamente as tecnologias, que possibilitam a busca, o acesso, a organização e a utilização da informação para construir conhecimento. A ideia do Canvas surgiu nos anos de 1990, junto com os primeiros negócios de web. Mas só entrou em um acordo referente a sua construção quando Alex e Pigneur lançaram o livro Business Model Generation – Inovação em Modelagem de Negócios2 O modelo consolidado é uma interpretação do que era usado antes, mas só foi possível criar um conceito bastante claro sobre qualquer negócio. O Canvas de constitui em nove quadros que permitem que seja inserido todas as informações sobre os elementos mais importantes da proposta: infraestrutura, oferta, cliente e finanças. Lembrando que a estruturação do conteúdo não precisa ser difícil, nem tampouco definitiva. A principal função do Canvas é permitir que seu modelo fique simples e esteja sempre mudando, pois está evoluindo sempre. Outros motivos: · Permite a visualização do conteúdo estudado tanto pelo professor quanto pelos alunos; · O professor consegue uma visão clara sobre quais são os próximos passos e o que é mais interessante estrategicamente. · É como se fosse um protótipo da aula que pode passar por várias versões até ser definitivo. · Por envolver todos os participantes em uma só visualização, fica mais fácil entender o papel de cada um na construção da aula; . Se for trabalhar com inovação, precisa utilizar as ferramentas que tem alcance para verificar a aplicabilidade da sua solução, geralmente têm um destes quatro objetivos: · Oferecer uma solução inovadora para a qual já existe demanda no mercado (Dropbox). · Levar uma nova tecnologia ou produto para as pessoas (Apple). · Aprimorar um serviço que já existe, mas não oferece tudo o que poderia (WhatsApp). · Criar um interesse totalmente novo ou uma carência que as pessoas nem sabiam que tinham (Airbnb). Acredita-se que o Canvas pode ser aplicado como uma maneira de fortalecer e colaborar com as pessoas envolvidas na superação de um obstáculo, a solução e os diferenciais da proposta. Portanto, o aplicativo Canvas se torna um processo visual o que é importante para estimular a criatividade dos alunos. Enfim, existem espaços a serem preenchidos, e isso dá coragem para os estudantes pensarem em maneiras estratégicas de resumir e definir os aspectos relevantes. Além disso, o próprio método ajuda a incentivar novas formas de pensar, com o objetivo de gerar uma solução única e original. CONSIDERAÇÕES FINAIS Ao longo do tempo é possível observar o surgimento de propostas de renovação do ensino de História que abordam uma revisão profunda nos métodos de ensino e seus currículos. Percebe-se que sempre tem ocorrido uma fragmentação entre a maneira que os professores se propõem a ensinar já há muito tempo antiquada frente a um mundo múltiplo, implacável, que classifica friamente quem pode e quem não pode participar do processo produtivo. Por isso mesmo, todas as iniciativas pedagógicas devem contribuir e gerar o tão sonhado conhecimento, que pode ser chamado de entendimento, que possibilite a quebra dos monopólios do saber, que ao longo de nossa História tem condenado uma grande parcela da população à servidão e à miséria. Atualmente, o desafio dos profissionais da educação é rescindir os padrões que torna a História uma disciplina sem utilidade, sendo sua serventia discutida, uma vez que é dada tanta importância a datas, números, heróis, enfim, há uma distância muito grande entre texto e contexto caracterizando a disciplina como enfadonha e desestimuladora. É preciso levar a História para mais perto dos alunos, oumesmo leva-los para mais perto da História. Na repetição de informações, o professor pode se superar através de outros meios, tem-se como exemplo o computador e a internet. É através de mudanças, acreditar na capacidade de superar, somente dessa maneira os professores poderão convencer seus alunos ,a sociedade, que se pode encontrar na escola através dos conhecimentos que são realmente importantes, específicos, necessários para a vida. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ANDRÉ, Marli E. D. A. de. Ensinar a pesquisar: como e para quê? In: VEIGA, lma P.A. Veiga (Org.). Lições de didática. Ed. Papirus. 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