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<p>Resumo: Giardia Duodenalis</p><p>01. Introdução</p><p>A Giardia duodenalis, também conhecida como Giardia intestinalis, G. lamblia ou Lamblia intestinalis é um parasita flagelado que apresenta uma ampla distribuição geográfica, sendo uma das causas de diarreia relacionada à contaminação da água.</p><p>A infecção também é comum em cães, gatos e no gado, sendo considerada uma zoonose.</p><p>A giardíase é uma doença debilitante, especialmente em crianças, com impacto no crescimento linear e desenvolvimento psicomotor, uma vez que o parasita causa anemia ferropriva, deficiências de micronutrientes e retardo de crescimento associado à diarreia e síndrome de má absorção.</p><p>02. Morfologia</p><p>Giardia duodenalis é um enteroprotozoário flagelado que mede entre 10 a 20 µm de comprimento por 5 a 15 µm de largura.</p><p>Apresenta um ciclo de vida monoxênico, no qual são observadas duas formas evolutivas: trofozoíto e cisto (Figura 01).</p><p>Morfologia do trofozoíto</p><p>· Possui corpo piriforme, mas bastante deformável, tem simetria bilateral e é achatado dorsoventralmente.</p><p>· No citoplasma as estruturas são, em geral, duplicadas e simétricas:</p><p>· Axonemas (feixes de microtúbulos), que percorrem longitudinalmente</p><p>· Quatro pares de flagelos (anterior, posterior, caudal e ventral);</p><p>· Dois núcleos iguais e simétricos, porém ovoides;</p><p>· Corpos parabasais ou medianos, estrutura em forma de vírgula, que correspondem ao aparelho de Golgi;</p><p>· Disco ventral (suctorial ou adesivo) que lhe permite aderir ao epitélio intestinal.</p><p>No citoplasma são encontrados: vacúolos lisossômicos, ribossomos e grânulos de glicogênio.</p><p>Não possui mitocôndrias, invés disso nutre-se por pinocitose ou por transporte ativo através da sua membrana celular.</p><p>A reprodução é exclusivamente assexuada, por divisão binária longitudinal.</p><p>Morfologia do cisto</p><p>Os cistos são a forma de resistência e infectante do parasita, medem de 8 a 12 µm de comprimento e 7 a 9 µm de largura.</p><p>Possuem forma elíptica, circundado por uma parede espessa e apresentam as mesmas estruturas do trofozoíto, porém duplicadas.</p><p>Biologia</p><p>· A Giardia duodenalis é um parasita monoxênico de ciclo direto.</p><p>· A via normal de infecção do ser humano é a ingestão de cistos, sendo necessários de 10 a 100 cistos para que o hospedeiro se infecte.</p><p>· Após a ingestão do cisto e com o meio ácido do estômago, ocorre o rompimento da parede cística no duodeno e jejuno, onde ocorre, em seguida, a colonização do intestino delgado pelo trofozoíto. Os trofozoítos aderem ao epitélio intestinal por meio do disco ventral e moléculas de adesão (lectinas).</p><p>TRANSMISSÃO</p><p>· A transmissão ocorre com a ingestão de cistos viáveis pelo hospedeiro (transmissão fecal-oral)</p><p>· Por meio da água deficientemente tratada; frutas, legumes e hortaliças cruas mal lavadas.</p><p>· Alimentos contaminados por mãos de manipuladores de alimentos e cistos carreados por vetores mecânicos; água e alimentos crus contaminados por fezes de animais; relação anal-oral.</p><p>PATOGENIA</p><p>A infecção pelos trofozoítos de Giardia duodenalis pode ser assintomática, oligossintomática ou ocasionar sintomas graves, relacionados com a má absorção de nutrientes.</p><p>Os principais sinais e sintomas da giardíase são:</p><p>· A atrofia de microvilosidades,</p><p>· Diminuição da ação de várias enzimas (como a sacarase, maltase, lipase, amilase e tripsina)</p><p>· Aumento da permeabilidade em decorrência da inflamação da mucosa intestinal.</p><p>· Aumento do peristaltismo, dentre outros fatores.</p><p>· Mais de 90% dos casos acompanha-se de diarreia, com grande número de evacuações líquidas ou pastosas, com muco nas fezes, esteatorréia (fezes gordurosas), flatulência e cólicas intestinais; menos frequentemente pode ocorrer náuseas, vômitos e perda de peso.</p><p>DIAGNÓSTICO</p><p>O diagnóstico da giardíase é realizado, de forma frequente, por meio da pesquisa de trofozoítos e/ou cistos nas fezes, sendo os principais:</p><p>· O exame parasitológico de fezes.</p><p>· Coleta de fezes recém emitidas e visualização direta de uma pequena alíquota diluída em solução salina entre lâmina e lamínula.</p><p>· Os métodos imunológicos, por meio da pesquisa de antígenos nas fezes, também podem ser empregados no diagnóstico desta parasitose.</p><p>· Técnicas moleculares para diagnóstico da giardíase humana, baseadas na amplificação de sequências do DNA do parasito ou Polymerase Chain Reaction (PCR), tem aplicação em pesquisas e podem ser utilizadas em análises ambientais, de forma a evidenciar contaminação de cistos em águas brutas superficiais e tratadas.</p><p>image1.png</p><p>image2.png</p>

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