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<p>DIREITO À SAÚDE – LAURO RIBEIRO</p><p>Aula 01</p><p>www.g7juridico.com.br 2</p><p>• PROFESSOR LAURO RIBEIRO – PROCURADOR DE JUSTIÇA MP/SP</p><p>• PANDEMIA COVID-19 – EXCEPCIONALIDADE - SITES STF e STJ</p><p>• DOUTRINA:O DIREITO EM ÉPOCAS EXTRAORDINÁRIAS/MARCOS STEFANI E</p><p>GREGÓRIO ASSAGRA DE ALMEIDA (COORD.).1ªED. BELO HORIZONTE, SÃO</p><p>PAULO:D’ PLACIDO, 2020</p><p>Direito à Saúde</p><p>www.g7juridico.com.br</p><p>Direito à Saúde</p><p>DO QUE ESTAMOS TRATANDO?</p><p>• CUIDAREMOS DA SAÚDE PÚBLICA – SUS -SEM TRATAR DE PLANO DE SAÚDE (SAÚDE</p><p>SUPLEMENTAR – serviços privados de saúde prestados exclusivamente na esfera</p><p>privada por operadoras de planos e seguros de saúde)</p><p>• Dado histórico interessante: Um dos marcos iniciais da civilização humana foi o</p><p>encontro de um fêmur quebrado e calcificado, indicando que alguém cuidou da</p><p>pessoa lesionada, que, portanto, não foi abandonada, como seria de se esperar</p><p>para época</p><p>3</p><p>www.g7juridico.com.br</p><p>CONCEITO DE SAÚDE</p><p>• CONCEITO DE SAÚDE: CF/88 NÃO TRAZ - OMS - UM ESTADO DE COMPLETO BEM-ESTAR FÍSICO,</p><p>MENTAL E SOCIAL E NÃO SOMENTE AUSÊNCIA DE AFECÇÕES E ENFERMIDADES</p><p>• NELE INTEGRAM OUTROS ELEMENTOS INDEPENDENTES, COMO A ALIMENTAÇÃO, O MEIO</p><p>AMBIENTE, O SANEAMENTO BÁSICO, O TRANSPORTE (art. 3º da Lei n. 8.080/1990 – Lei Orgânica</p><p>da Saúde – LOS) – EX. PACIENTES DIABÉTICOS E HIPERTENSOS</p><p>• BRASIL – AINDA SAÚDE = AUSÊNCIA DOENÇA – GRANDE DEMANDA JUDICIAL POR</p><p>MEDICAMENTOS E INSUMOS</p><p>4</p><p>www.g7juridico.com.br</p><p>PROTEÇÃO NORMATIVA NO PLANO INTERNACIONAL</p><p>• SISTEMA ONU – GLOBAL/UNIVERSAL:</p><p>• Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948) - arts. 22 e 25</p><p>• Pacto Internacional de Direitos Econômicos, Sociais e Culturais (PIDESC –</p><p>1966), internalizado pelo Dec.Leg. 226/1991 e promulgado pelo</p><p>Dec.591/1992 – art.12</p><p>• Objetivos de Desenvolvimento Sustentável” (ODS -2015) - 17 propostas,</p><p>complementando os “Objetivos de Desenvolvimento do Milênio” (ODM)</p><p>que não foram alcançados até aquele ano – Saúde é o 3º e perpassa outros</p><p>5</p><p>www.g7juridico.com.br</p><p>PROTEÇÃO NORMATIVA NO PLANO INTERNACIONAL</p><p>• PLANO REGIONAL INTERAMERICANO:</p><p>• Convenção Americana de Direitos Humanos (Pacto de São José da Costa</p><p>Rica), internalizado pelo Dec.Leg. 27/1992 e promulgado pelo Dec.</p><p>678/1992 (arts. 4º e 5º - mais genérico)</p><p>• Protocolo Adicional à Convenção Americana sobre Direitos Humanos em</p><p>matéria de Direitos Econômicos, Sociais e Culturais (Protocolo de São</p><p>Salvador), internalizado pelo Dec. Leg. 56/1995 e promulgado pelo Dec.</p><p>3.321/1999 (art.10 – específico)</p><p>• Sobre a força normativa desses documentos internacionais na saúde, vale</p><p>dar uma lida no voto do Min. Edson Fachin, na ADI 5501/DF</p><p>6</p><p>www.g7juridico.com.br</p><p>PROTEÇÃO NORMATIVA NO PLANO INTERNACIONAL</p><p>• Organização Mundial da Saúde (OMS): CONCEITO DE SAÚDE</p><p>• Declaração de Alma-Ata (1978):Resultado da Conferência</p><p>Internacional sobre Cuidados Primários de Saúde da OMS</p><p>• Regulamento Sanitário Internacional – cuida de emergência de</p><p>saúde pública de interesse internacional e vinculante aos membros da</p><p>OMS. Texto revisado foi promulgado pelo Decreto n. 10.212/20</p><p>7</p><p>www.g7juridico.com.br</p><p>DIREITO FUNDAMENTAL À SAÚDE</p><p>• A SAÚDE INTEGRA SEGURIDADE SOCIAL JUNTO COM A PREVIDENCIA E A</p><p>ASSISTÊNCIA SOCIAL</p><p>• É DIREITO FUNDAMENTAL E ATRELADO AO DIREITO À VIDA - RE 271286 AgR/RS,</p><p>CELSO DE MELLO (ART.6º E 196 A 200 DA CF/88 ALÉM DE OUTROS)</p><p>• DEFESA DA SAÚDE = TUTELA DO MÍNIMO EXISTENCIAL – condições materiais</p><p>mínimas para uma vida saudável (existência digna – art.170,”caput” da CF/88)</p><p>• DIREITO DE TODOS (TITULARIDADE UNIVERSAL) – ART.196 DA CF/88</p><p>8</p><p>www.g7juridico.com.br</p><p>RESPONSABILIDADE DOS ENTES FEDERATIVOS</p><p>• RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA -UNIÃO, ESTADOS, DF E MUNICÍPIOS</p><p>(ART.23, II DA CF/88)</p><p>• JURISPRUDÊNCIA CONSOLIDADA-STF: tema 793 da rep.geral -RE 855178</p><p>• Tese fixada:”Os entes da federação, em decorrência da competência</p><p>comum, são solidariamente responsáveis nas demandas prestacionais na</p><p>área da saúde, e diante dos critérios constitucionais de descentralização e</p><p>hierarquização, compete à autoridade judicial direcionar o cumprimento</p><p>conforme as regras de repartição de competências e determinar o</p><p>ressarcimento a quem suportou o ônus financeiro”</p><p>9</p><p>www.g7juridico.com.br</p><p>DEVER DE TODOS</p><p>• DEVER FUNDAMENTAL – RESPONSABILIDADE INDIVIDUAL (OMISSÃO:</p><p>INTERVENÇÃO ESTATAL- INTERNAÇÃO COMPULSÓRIA)</p><p>• PRINCÍPIO DA SOLIDARIEDADE: TODA SOCIEDADE EM PARTE É RESPONSÁVEL</p><p>PELA EFETIVAÇÃO DO DIREITO À SAÚDE</p><p>10</p><p>www.g7juridico.com.br</p><p>RELEVÂNCIA PÚBLICA</p><p>• AÇÃO E SERVIÇO DE SAÚDE – RELEVÂNCIA PÚBLICA (INDISPONÍVEL), SEJA</p><p>PRESTADOS PELO PODER PÚBLICO OU PELO PARTICULAR (ART.197 DA</p><p>CF/88)</p><p>• LEGITIMA INTERVENÇÃO DO MP E PODER JUDICIÁRIO NO CASO</p><p>OMISSÃO INCONSTITUCIONAL</p><p>11</p><p>www.g7juridico.com.br</p><p>Legitimidade do Ministério Público -jurisprudência</p><p>• STF: tema 262 da repercussão geral no RE 605533, Rel. Min. Marco Aurélio</p><p>– DEFESA DE INTERESSE INDIVIDUAL: TESE FIRMADA:</p><p>• “O Ministério Público é parte legítima para ajuizamento de ação civil</p><p>pública que vise ao fornecimento de remédios a portadores de certa</p><p>doença”</p><p>• STJ: tema REPETITIVO 766 : TESE FIRMADA: “O Ministério Púbico é parte</p><p>legítima para pleitear tratamento médico ou entrega de medicamentos nas</p><p>demandas de saúde propostas contra os entes federativos, mesmo quando</p><p>se tratar de feitos contendo beneficiários individualizados, porque se refere</p><p>a direitos individuais indisponíveis, na forma do art. 1º da Lei n. 8.625/1993</p><p>(Lei Orgânica Nacional do Ministério Público)”</p><p>12</p><p>www.g7juridico.com.br</p><p>Livre à iniciativa privada</p><p>• ASSISTÊNCIA À SAÚDE É LIVRE À INICIATIVA PRIVADA (ART.199 CF/88), MAS SERÁ SEMPRE DE</p><p>RELEVÂNCIA PÚBLICA</p><p>• SUJEITOS A REGULAMENTAÇÃO E FISCALIZAÇÃO ESTATAL</p><p>• Lei n.14.198/21:videochamadas diárias entre pacientes internados em serviços de saúde</p><p>impossibilitados de receber visitas e seus familiares. Previamente autorizada pelo profissional</p><p>responsável pelo acompanhamento do paciente (a contraindicação deve ser justificada e anotada</p><p>no prontuário) e outras cautelas sobre privacidade e sigilo</p><p>13</p><p>www.g7juridico.com.br</p><p>SISTEMA ÚNICO DE ASSISTÊNCIA À SAÚDE NA CF/88</p><p>• ASSISTÊNCIA A SAÚDE (AÇÕES E SERVIÇOS) INTEGRAM UM SISTEMA</p><p>ÚNICO, ATRAVÉS DE UMA REDE REGIONALIZADA E HIERARQUIZADA</p><p>(ART.198 DA CF/88)</p><p>14</p><p>www.g7juridico.com.br</p><p>SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE NA CF/88</p><p>• SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE (SUS) = UNIÃO, ESTADOS, DF e</p><p>MUNICÍPIOS PARTICIPAM DO SISTEMA E DELE SÃO SOLIDARIAMENTE</p><p>RESPONSÁVEIS PELAS AÇÕES, SERVIÇOS INERENTES À PROTEÇÃO,</p><p>RECUPERAÇÃO E PROMOÇÃO DA SAÚDE (ART.23,II DA CF/88 E STF:</p><p>tema 793 -RE 855178)</p><p>15</p><p>www.g7juridico.com.br</p><p>SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE NA CF/88</p><p>• SUS – NATUREZA CONSTITUCIONAL = GARANTIA INSTITUCIONAL</p><p>• É UM LIMITE MATERIAL À REFORMA CONSTITUCIONAL</p><p>• ESTÁ PROTEGICO CONTRA O RETROCESSO SOCIAL</p><p>16</p><p>www.g7juridico.com.br</p><p>SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE NA CF/88</p><p>• AS DIRETRIZES DO SISTEMA ÚNICO ESTÃO NO ART.198 DA CF/88:</p><p>• DESCENTRALIZAÇÃO</p><p>• ATENDIMENTO INTEGRAL</p><p>• PARTICIPAÇÃO COMUNITÁRIA</p><p>• PODEMOS ACRESCENTAR A GRATUIDADE</p><p>17</p><p>www.g7juridico.com.br</p><p>SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE NA CF/88</p><p>• 1ª DIRETRIZ: DESCENTRALIZAÇÃO – A RESPONSABILIDADE POLÍTICO-</p><p>ADMINISTRATIVA PELO SISTEMA NÃO É DE UM ÓRGÃO CENTRAL E</p><p>ÚNICO</p><p>• REPASSE PAULATIVO DESSA PRESTAÇÃO E DIREÇÃO AO MUNICÍPIO</p><p>(ART.30,VII DA CF/88): MUNICIPALIZAÇÃO</p><p>18</p><p>www.g7juridico.com.br</p><p>SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE NA CF/88</p><p>• DESCENTRALIZAÇÃO É ADMINISTRATIVA (REPARTIÇÃO DE FUNÇÕES)</p><p>• COMPLEMENTA IDEIA DE REGIONALIZAÇÃO E HIERARQUIZAÇÃO (ART 198 DA</p><p>CF/88 E ART.7º, IX, “a” e “b”, DA LEI n. 8.080/1990 - Lei Orgânica da Saúde - LOS)</p><p>• NÃO AFASTA SOLIDARIEDADE DOS ENTES FEDERADOS NA PRESTAÇÃO DO</p><p>SERVIÇO (art.23,II, da CF/88)</p><p>19</p><p>www.g7juridico.com.br</p><p>SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE NA CF/88</p><p>• REGIONALIZAÇÃO: PERMITE ATUAÇÃO QUE GARANTA AS</p><p>NECESSIDADES LOCAIS</p><p>• HIERARQUIZAÇÃO: INDICA A DIVISÃO EM ORDEM CRESCENTE DE</p><p>COMPLEXIDADE. ACESSO A SAÚDE A PARTIR DO MAIS SIMPLES</p><p>(ATENÇÃO BÁSICA) PARA OS DE MAIOR COMPLEXIDADE (ALTA</p><p>COMPLEXIDADE) DE ACORDO COM O CASO CONCRETO</p><p>20</p><p>www.g7juridico.com.br</p><p>SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE</p><p>NA CF/88</p><p>• GRATUIDADE:VEDAÇÃO A QUALQUER FORMA DE</p><p>CONTRAPRESTAÇÃO AO SERVIÇO OFERECIDO PELO SUS</p><p>• NÃO É EXPRESSA MAS DECORRE DO SISTEMA</p><p>21</p><p>www.g7juridico.com.br</p><p>SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE NA CF/88</p><p>• 2ª DIRETRIZ: INTEGRALIDADE DO ATENDIMENTO:</p><p>• COBERTURA A MAIS AMPLA POSSÍVEL, INCLUINDO INTERNAÇÃO,</p><p>REMÉDIOS E INSUMOS (P.EX. FRALDAS DESCARTÁVEIS, LEITE</p><p>ESPECIAL)</p><p>22</p><p>www.g7juridico.com.br</p><p>INTEGRALIDADE DO ATENDIMENTO – JURISPRUDÊNCIA</p><p>• MEDICAMENTO NÃO INCORPORADO EM ATO NORMATIVO DO SUS</p><p>• STJ - Tema 106 – Repetitivo - Resp.1.657.156, Rel. Min. Benedito Gonçalves: “A concessão dos</p><p>medicamentos não incorporados em atos normativos do SUS exige a presença cumulativa dos seguintes</p><p>requisitos: (i) Comprovação, por meio de laudo médico fundamentado e circunstanciado expedido por</p><p>médico que assiste o paciente, da imprescindibilidade ou necessidade do medicamento, assim como da</p><p>ineficácia, para o tratamento da moléstia, dos fármacos fornecidos pelo SUS; (ii) incapacidade financeira de</p><p>arcar com o custo do medicamento prescrito; (iii) existência de registro na Anvisa do medicamento,</p><p>observados os usos autorizados pela agência (VEDAÇÃO DO USO OFF LABEL). Modulou-se a incidência da</p><p>decisão para os processos que forem distribuídos a partir da conclusão do julgamento, que se deu com a</p><p>publicação do acórdão no DJe de 04.05.2018, quando ocorreu a publicidade da decisão.</p><p>23</p><p>www.g7juridico.com.br</p><p>INTEGRALIDADE DO ATENDIMENTO - JURISPRUDÊNCIA</p><p>• MEDICAMENTO NÃO REGISTRADO NA ANVISA:STF: tema 500 - RE 657718 - (J.22.05.2019)</p><p>• TESE FIRMADA: "1. O Estado não pode ser obrigado a fornecer medicamentos experimentais.</p><p>2. A ausência de registro na ANVISA impede, como regra geral, o fornecimento de</p><p>medicamento por decisão judicial. 3. É possível, excepcionalmente, a concessão judicial de</p><p>medicamento sem registro sanitário, em caso de mora irrazoável da ANVISA em apreciar o</p><p>pedido (prazo superior ao previsto na Lei nº 13.411/2016), quando preenchidos três</p><p>requisitos: (i) a existência de pedido de registro do medicamento no Brasil (salvo no caso de</p><p>medicamentos órfãos para doenças raras e ultrarraras);(ii) a existência de registro do</p><p>medicamento em renomadas agências de regulação no exterior; e (iii) a inexistência de</p><p>substituto terapêutico com registro no Brasil. 4. As ações que demandem fornecimento de</p><p>medicamentos sem registro na ANVISA deverão necessariamente ser propostas em face da</p><p>União”</p><p>24</p><p>www.g7juridico.com.br</p><p>INTEGRALIDADE DO ATENDIMENTO - JURISPRUDÊNCIA</p><p>• MEDICAMENTO NÃO REGISTRADO NA ANVISA:STF: tema 1161</p><p>• leading case de um novo tema de repercussão geral (RE 1165959</p><p>Tema 1161):</p><p>“Dever do Estado de fornecer medicamento que, embora não possua</p><p>registro na ANVISA, tem a sua importação autorizada pela agência de</p><p>vigilância sanitária”</p><p>25</p><p>www.g7juridico.com.br</p><p>SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE NA CF/88</p><p>• 3ª DIRETRIZ:PARTICIPAÇÃO COMUNITÁRIA</p><p>• PARTICIPAÇÃO DIRETA OU INDIRETA DA COMUNIDADE:NA</p><p>DEFINIÇÃO E CONTROLE DAS AÇÕES E POLÍTICAS DE SAÚDE</p><p>(CONTROLE SOCIAL)</p><p>26</p><p>www.g7juridico.com.br</p><p>SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE NA CF/88</p><p>• REPRESENTANTES DA SOCIEDADE CIVIL: LEI 8.142/90</p><p>• NAS CONFERÊNCIAS DE SAÚDE:PROPOSIÇÕES SOBRE POLÍTICAS DE</p><p>SAÚDE EM CADA NÍVEL DA FEDERAÇÃO (U, E, DF e M)</p><p>• NOS CONSELHOS DE SAÚDE: PLANEJAMENTO E CONTROLE DO SUS</p><p>• JUNTO ÀS AGÊNCAS REGULADORAS (p.ex. Anvisa)</p><p>27</p><p>www.g7juridico.com.br</p><p>FINANCIAMENTO DO SUS</p><p>OBRIGATORIEDADE DE ASSEGURAR RECURSOS NECESSÁRIOS:ART.2º,ITEM 1, DO</p><p>PACTO INTERNACIONAL SOBRE DIREITOS ECONÔMICOS, SOCIAIS E CULTURAIS</p><p>(PROMULGADO PELO DECRETO 591/92)</p><p>ART.1º DO PROTOCOLO ADICIONAL À CONVENÇÃO DE SÃO SALVADOR</p><p>(PROMULGADO PELO DECRETO N.3.321/99) – crítica ao texto: acrescenta-se uma</p><p>interpretação restritiva e a ressalva de que se trata de obrigações progressivas,</p><p>condicionadas ao grau de desenvolvimento e a legislação interna dos países</p><p>signatários</p><p>28</p><p>www.g7juridico.com.br</p><p>FINANCIAMENTO DO SUS</p><p>• PROPORCIONALIDADE ENTRE RECEITA E DESPESA ESTÁ PROTEGIDA PELO</p><p>PRINCÍPIO DA PROIBIÇÃO DA PROTEÇÃO DEFICIENTE</p><p>• VINCULAÇÃO DE RECEITA: ARTS.167,IV, 198,§2º DA CF/88, COM PREVISÃO</p><p>DE MECANISMOS DE PROTEÇÃO (ART.34,VII,”E”, 35,III E 160,PAR.ÚNICO,II</p><p>DA CF/88)</p><p>• STJ, REsp 1.752.162: conduta ilegal de qualquer estado da federação</p><p>aplicar menos que o estabelecido constitucionalmente nesta área.</p><p>Obrigação de repor</p><p>29</p><p>www.g7juridico.com.br</p><p>FINANCIAMENTO DO SUS</p><p>O MODELO TRIPARTITE:</p><p>AS RECEITAS VÊM DA UNIÃO, ESTADOS, D F E MUNICÍPIOS) ART.198,§1º</p><p>E 195 DA CF/88</p><p>30</p><p>www.g7juridico.com.br</p><p>FINANCIAMENTO DO SUS</p><p>• ALTERAÇÕES MAIS RECENTES:</p><p>• EC 86/15 – OBJETO DA ADI 5595-DF-liminar suspendeu seus arts.2º e 3º</p><p>• EC 95/16 – OBJETO DAS ADIs 5658-DF, 5680-DF e 5633-DF</p><p>• L.C n. 141/2012: PREVISTA NO § 3º do art. 198 da CF/88 –TEVE SEU ART.11</p><p>DECLARADO INCONSTITUCIONAL NO JULGAMENTO DA ADI 5897/SC, rel Min. Luiz</p><p>Fux, j.24.04.2019- POR VÍCIO FORMAL E MATERIAL</p><p>31</p><p>www.g7juridico.com.br</p><p>NORMATIZAÇÃO E EXECUÇÃO</p><p>• NORMATIZAÇÃO ADMINISTRATIVA:BASICAMENTE PELA UNIÃO</p><p>• EXECUÇÃO: PELOS MUNICÍPIOS – MAIOR EFICIÊNCIA E EVITANDO</p><p>SOBREPOSIÇÃO DE ESTRUTURA ADMINISTRATIVA</p><p>• ATRIBUIÇÃO MUNICIPAL – ART. 30,VII DA CF/88 E ART.18,I,IV E V DA</p><p>LOS</p><p>32</p><p>www.g7juridico.com.br</p><p>NORMATIZAÇÃO E EXECUÇÃO</p><p>• ESTADO TEM MENOR RELEVÂNCIA</p><p>• STF - Ação Civel Originária (ACO) 3463:Liminar (Plenário): a</p><p>requisição administrativa (p.ex. de insumos contratados pelo Estado</p><p>para seu uso) não pode se voltar contra bem ou serviço de outro ente</p><p>federativo, pena de caracterizar indevida interferência na autonomia</p><p>de um sobre o outro</p><p>33</p><p>www.g7juridico.com.br</p><p>LOS – LEI ORGÂNICA DA SAÚDE</p><p>• LEI ORGÂNICA DA SAÚDE:LEI N. 8.080/90 (LOS)</p><p>• DECORRE DO ART.197 DA CF/88 (Art. 197. São de relevância pública</p><p>as ações e serviços de saúde, cabendo ao Poder Público dispor, nos</p><p>termos da lei, sobre sua regulamentação, fiscalização e controle ...)</p><p>• REGULA:AÇÕES E SERVIÇOS NO ÂMBITO NACIONAL, EXECUTADOS</p><p>POR PESSOAS NATURAIS OU JURÍDICAS, DE DIREITO PÚBLICO OU</p><p>PRIVADO</p><p>34</p><p>www.g7juridico.com.br</p><p>LOS – LEI ORGÂNICA DA SAÚDE</p><p>• REAFIRMA:SAÚDE É DIREITO DE TODOS</p><p>• ESTABELECE COMPOSIÇÃO DO SUS</p><p>• ABRE À INICITIVA PRIVADA (EM CARÁTER COMPLEMENTAR)</p><p>35</p><p>www.g7juridico.com.br</p><p>LOS – LEI ORGÂNICA DA SAÚDE</p><p>FIXA:</p><p>OBJETIVOS E ATRIBUIÇÕES DO SUS</p><p>PRINCÍPIOS E DIRETRIZES DO SUS: integralidade, universalidade, gratuidade, igualdade,</p><p>descentralização (nele incluídos:regionalização e hierarquização), participação social e</p><p>informação</p><p>ORGANIZAÇÃO, DIREÇÃO E GESTÃO DO SISTEMA</p><p>ATRIBUIÇÕES DO ENTES FEDERATIVOS</p><p>RECURSOS HUMANOS E FINANCIAMENTO DO SUS</p><p>CARACTERIZAÇÃO DE “CRIME DE EMPREGO IRREGULAR DE VERBAS OU RENDAS PÚBLICAS”.</p><p>36</p><p>www.g7juridico.com.br</p><p>LOS – LEI ORGÂNICA DA SAÚDE</p><p>• ALTERAÇÕES IMPORTANTES E SEM PARTICIPAÇÃO POPULAR:</p><p>• LEI 12.401/11 (restrição de assistência farmacêutica e incorporação</p><p>de tecnologia no SUS, define protocolo clínico e diretriz terapêutica)</p><p>e a Lei 12.466/11 (questões operacionais)</p><p>• REGULAMENTAÇÃO DA LEI 8.080/90:DECRETO 7.508/11: DISPÕE</p><p>SOBRE PLANEJAMENTO E ASSISTENCIA À SAÚDE E ARTICULAÇÃO</p><p>ENTRE OS ENTES FEDERATIVOS</p><p>37</p><p>www.g7juridico.com.br</p><p>TERCEIRIZAÇÃO DO SERVIÇO DE SAÚDE</p><p>• TERCEIRIZAÇÃO DO SERVIÇO DE SAÚDE (ART.197 DA CF)</p><p>• APENAS DE FORMA COMPLEMENTAR E SEGUINDO DIRETRIZ DO SUS</p><p>• MEDIANTE CONTRATO DE DIREITO PÚBLICO OU CONVENIO</p><p>• PREFERENIALMENTE COM ENTIDADE FILANTRÓPICA E SEM FINS LUCRATIVOS</p><p>(ART.199,§1º DA CF/88) – OS e OSCIP</p><p>• STF -ADI 1923: INCONSTITUCIONALIDADE DA LEI 9.637/98 (modelo parceria</p><p>Poder Público – Organizações Sociais) – PARCIAL PROVIMENTO PARA DAR</p><p>INTERPRETAÇÃO CONFORME</p><p>38</p><p>www.g7juridico.com.br</p><p>SAÚDE MENTAL</p><p>• PESSOAS COM TRANSTORNO MENTAL/SOFRIMENTO PSÍQUICO (ATUAL</p><p>DENOMINAÇÃO DE DOENÇA MENTAL)</p><p>• DECLARAÇÃO DE CARACAS:DIREITOS BÁSICOS DOS PACIENTES PSIQUIÁTRICOS</p><p>• A.G. DA ONU/91 – “PRINCÍPIOS PARA A PROTEÇÃO DOS ENFERMOS MENTAIS E</p><p>PARA A MELHORIA DA ATENÇÃO À SAÚDE MENTAL”</p><p>• MUDANÇA: NÃO HOSPITALIZAÇÃO; SIM ATENDIMENTO EM MEIO ABERTO,</p><p>PRESERVANDO CONVIVÊNCIA FAMILIAR</p><p>• ATENDIMENTO PRIORIZADO VIA</p><p>CAPS (CENTRO DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL) E</p><p>RESIDENCIAS TERAPÊUTICAS (VINCULADAS AO CAPS)</p><p>39</p><p>www.g7juridico.com.br</p><p>SAÚDE MENTAL</p><p>• REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE MENTAL:</p><p>• INTEGRA O SUS ATRAVÉS DA REDE DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL (RAPS) – vários</p><p>serviços e equipamento, pex. UBS, CAPS, RESIDÊNCIA TERAPÊUTICA</p><p>• INTEGRA A RAPS A “Atenção Residencial de Caráter Transitório” E DENTRE ELAS</p><p>AS COMUNIDADES TERAPÊUTICAS ACOLHEDORAS</p><p>40</p><p>www.g7juridico.com.br</p><p>COMUNIDADE TERAPÊUTICA ACOLHEDORA</p><p>• entidades privadas de “acolhimento” voluntário de usuário ou</p><p>dependente de droga;</p><p>• em regime residencial e temporário (por até 09 meses);</p><p>• C T A são proibidas de atender em qualquer modalidade de</p><p>internação - voluntária, involuntária e compulsória (art.23-A,§9º da</p><p>Lei n.11.343/06, com a redação dada pela Lei n.13.840/19, o art.4º,</p><p>§§ 2º e 3º da Lei n. 10.216/01 e o art.19,III, da Resolução ANVISA RDC</p><p>29/11)</p><p>41</p><p>www.g7juridico.com.br</p><p>COMUNIDADE TERAPÊUTICA ACOLHEDORA</p><p>• As 3 modalidades de internações só em unidades de saúde e</p><p>estabelecimentos hospitalares (art.23-A,§2º da referida Lei</p><p>n.11.343/06);</p><p>• Não pode acolher crianças e adolescentes diante da</p><p>incompatibilidade com o sistema de acolhimento institucional</p><p>preconizado pelo ECA. Na contramão, a Resolução nº 3, de 24 de</p><p>julho de 2020, do Conselho Nacional de Políticas sobre Drogas</p><p>(CONAD), “Regulamenta o Acolhimento de adolescentes em</p><p>Comunidades Terapêuticas”</p><p>42</p><p>www.g7juridico.com.br</p><p>SAÚDE MENTAL</p><p>• LEI 10.216/01 – LEI DA REFORMA PSIQUIÁTRICA:</p><p>• ART.2º DA LEI 10.216/01: GARANTE PROTEÇÃO SEM QUALQUER</p><p>PRECONCEITO E O PARÁGRAFO ÚNICO ELENCA OS DIREITOS BÁSICOS</p><p>• ART.4º DA LEI 10.216/01: INTERNAÇÃO ÚLTIMO RECURSO</p><p>• ART.4º,§3º DA LEI 10.216/01: VEDA A INTERNAÇÃO DE PACIENTES</p><p>PORTADORES DE TRANSTORNOS MENTAIS EM INSTITUIÇÕES COM</p><p>CARACTERISTICAS ASILARES (P.EX. ILPI)</p><p>43</p><p>www.g7juridico.com.br</p><p>SAÚDE MENTAL</p><p>• ART.6º DA LEI 10.216/01: TRÊS MODALIDADES DE INTERNAÇÃO</p><p>PSIQUIÁTRICA, TODAS PRECEDIDAS DE LAUDO MÉDICO</p><p>CIRCUNSTANCIADO:</p><p>• INTERNAÇÃO VOLUNTÁRIA</p><p>• INTERNAÇÃO INVOLUNTÁRIA</p><p>• INTERNAÇÃO COMPULSÓRIA</p><p>44</p><p>www.g7juridico.com.br</p><p>SAÚDE MENTAL</p><p>• INTERNAÇÃO VOLUNTÁRIA (EXTRAJUDICIAL)</p><p>• INTERNAÇÃO INVOLUNTÁRIA (EXTRAJUDICIAL E SEM</p><p>CONSENTIMENTO DO PACIENTE DEVENDO SER COMUNICADA AO MP</p><p>ESTADUAL EM 72 HRS PELO RESPONSAVEL TÉCNICO DO</p><p>ESTABELECIMENTO)</p><p>• INTERNAÇÃO COMPULSÓRIA (DETERMINADA JUDICIALMENTE –</p><p>TAMBÉM TEM PREVISÃO NO ESTATUTO DO IDOSO -ART.45,IV)</p><p>45</p><p>www.g7juridico.com.br</p><p>SAÚDE MENTAL</p><p>• INTERNAÇÃO COMPULSÓRIA – RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA PELA</p><p>EFETIVAÇÃO É DA UNIÃO, ESTADO DF E MUNICÍPIO (ART.23,II DA</p><p>CF/88)</p><p>• NÃO ATENDIDOS OS REQUISITOS LEGAIS – HABEAS CORPUS</p><p>46</p><p>www.g7juridico.com.br</p><p>Lei de drogas n.11.343/06</p><p>• Lei n.11.343/06:institui o Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas –</p><p>Sisnad</p><p>• redação dada pela Lei n.13.840/19, estabelece:</p><p>• internação de dependentes de drogas somente em unidades de saúde ou</p><p>hospitais gerais, dotados de equipes multidisciplinares</p><p>• deverá ser obrigatoriamente autorizada por médico devidamente registrado no</p><p>Conselho Regional de Medicina do Estado onde se localize o estabelecimento no</p><p>qual se dará a internação (art.23-A,§2º)</p><p>47</p><p>www.g7juridico.com.br</p><p>Lei de drogas n.11.343/06 com redação da Lei 13.840/19</p><p>• define dois tipos de internação: VOLUNTÁRIA E INVOLUNTÁRA</p><p>• Involuntária: além do tradicional pedido de familiar ou do responsável legal, também poderá ocorrer, na</p><p>absoluta falta daqueles, de servidor público da área de saúde, da assistência social ou dos órgãos públicos</p><p>integrantes do Sisnad, com exceção de servidores da área de segurança pública, que constate a existência</p><p>de motivos que justifiquem a medida.</p><p>• estabelece em seu art.23-A,§7º: todas as internações e altas de que ela trata (voluntária e involuntária –</p><p>art.23-A,§3º) deverão ser informadas, em, no máximo, de 72 (setenta e duas) horas, ao Ministério Público, à</p><p>Defensoria Pública e a outros órgãos de fiscalização.</p><p>48</p><p>www.g7juridico.com.br</p><p>INTERNAÇÃO COMPULSÓRIA NO CASO DE DROGADIÇÃO</p><p>• DROGADIÇÃO: Ministério Público continua legitimado para:</p><p>• ajuizar ação de internação compulsória quando o assistido não dispuser de</p><p>respaldo familiar e estiverem satisfeitos os demais requisitos legais,</p><p>especialmente a recomendação médica</p><p>• Se for necessário buscar uma avaliação médica, p.ex. no caso da pessoa</p><p>estar em situação de rua, na rua e sem respaldo familiar poderá:</p><p>• intentar ação civil pública de obrigação de fazer contra a Municipalidade</p><p>para tal fim e, constatada a necessidade, deixar que a internação prossiga</p><p>na modalidade involuntária (a pedido de servidor público da área de saúde,</p><p>da assistência social ou dos órgãos públicos integrantes do Sisnad, com</p><p>exceção de servidores da área de segurança pública)</p><p>49</p><p>www.g7juridico.com.br</p><p>SAÚDE MENTAL</p><p>• REDUÇÃO DE DANO:</p><p>• CONJUNTO DE POLÍTICAS, PROGRAMAS E PRÁTICAS</p><p>• OBJETIVO:REDUZIR OS DANOS QUE SÃO ASSOCIADOS AO USO DE</p><p>DROGAS PSICOATIVAS.</p><p>• ESTÁ FOCADA NAS PESSOAS QUE AINDA USAM DROGA</p><p>• VISA PREVENÇÃO DE DANOS E NÃO A PARALIZAÇÃO DO USO (EX.</p><p>ORIENTAÇÃO PARA USO DE MATERIAL DESCARTÁVEL).</p><p>50</p><p>www.g7juridico.com.br</p><p>Judicialização - jurisprudência – importante lembrar</p><p>• STJ – TEMAS</p><p>• 106:Medicamentos não incorporados em atos normativos dos SUS</p><p>(atenção porque a decisão primitiva foi alterada em razão do acolhimento</p><p>de embargos de declaração e também sofreu modulação)</p><p>• 766: Legitimidade do MP para postular medicamentos ou tratamentos</p><p>médicos nas demandas de saúde propostas contra os entes federativos,</p><p>mesmo quando se tratar de feitos contendo beneficiários individualizados</p><p>• 98 – Possibilidade de imposição de multa diária (astreintes) como meio de</p><p>compelir a Fazenda Pública a adimplir a obrigação de fornecimento de</p><p>medicamento</p><p>51</p><p>www.g7juridico.com.br</p><p>Jurisprudência - importante lembrar</p><p>• STF - TEMAS</p><p>• 262 – Legitimidade do MP para ajuizar ação civil pública que</p><p>tem como objetivo compelir entes federados a entregar</p><p>medicamentos a portadores de certas doenças</p><p>• 500 – Obrigatoriedade do Estado de fornecer medicamento</p><p>não registrado na ANVISA (há indicação de vários requisitos)</p><p>• 793 - Existência de solidariedade entre os entes federados</p><p>nas demandas prestacionais na área da saúde (art.23,II da</p><p>CF/88)</p><p>52</p><p>www.g7juridico.com.br</p><p>Jurisprudência - importante lembrar</p><p>• STF – TEMAS</p><p>• 1003- ”É inconstitucional a aplicação do preceito secundário do artigo 273 do Código</p><p>Penal, com a redação dada pela Lei 9.677/1998 – reclusão de 10 a 15 anos – à</p><p>hipótese prevista no seu parágrafo 1º - B, inciso I, que versa sobre a importação de</p><p>medicamentos sem registro no órgão de vigilância sanitária. Para esta situação</p><p>específica, fica repristinado o preceito secundário do art.273, na redação originária –</p><p>reclusão de um a três anos e multa”. Lembrando que a repristinação ocorreu neste</p><p>caso porque o dispositivo legal em análise voltou a vigorar após a declaração de</p><p>inconstitucionalidade da norma que o revogou.</p><p>• 1.161 - “Dever do Estado de fornecer medicamento que, embora não possua registro</p><p>na ANVISA, tem a sua importação autorizada pela agência de vigilância sanitária”</p><p>(leading case de um novo tema de repercussão geral e tem relação com o tema 500)</p><p>53</p><p>www.g7juridico.com.br</p><p>Jurisprudência - importante lembrar</p><p>• STF – julgamentos</p><p>• ADI 5.779 inconstitucionalidade da Lei 13.454/2017, que autorizava a produção, a</p><p>comercialização e o consumo dos inibidores de apetite, sob fundamento de</p><p>contrariar recomendação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA)</p><p>• ADI 5.501 – inconstitucionalidade da Lei n. 13.269/2016, que autorizava o uso da</p><p>“pílula do câncer” por pacientes diagnosticados com câncer, dispensando</p><p>exigibilidade de registro na ANVISA</p><p>• ADI 2.435 inconstitucionalidade da Lei estadual 3.542/01 (RJ), que concedia</p><p>desconto de até 30% aos idosos para aquisição de medicamentos em farmácias do</p><p>estado, sob fundamento de que a regra invade a competência da União para a</p><p>regulação do setor e pode gerar desequilíbrios nas políticas públicas</p><p>federais</p><p>54</p><p>www.g7juridico.com.br</p><p>Jurisprudência - importante lembrar</p><p>• STF – julgamentos provisórios - acompanhar</p><p>• ACO 3518 MC-Ref/DF: A súbita modificação da sistemática de</p><p>distribuição dos imunizantes contra Covid19 pela União (fundamento</p><p>vale para qualquer programa de imunização da população) — com</p><p>abrupta redução do número de doses — evidencia a possibilidade de</p><p>frustração do planejamento sanitário estabelecido pelos entes</p><p>federados e acarretam uma indesejável descontinuidade das políticas</p><p>públicas de saúde desses entes</p><p>55</p><p>www.g7juridico.com.br</p><p>Jurisprudência - importante lembrar</p><p>• STF – julgamentos provisórios - acompanhar</p><p>• ADPF 756 (Oitava Tutela Provisória Incidental):a decisão de promover</p><p>a imunização de adolescentes acima de 12 anos é da competência</p><p>dos estados, do Distrito Federal e dos municípios. Segundo o ministro,</p><p>para efetuar a imunização, os entes federados devem considerar as</p><p>situações concretas que vierem a enfrentar, sempre sob sua exclusiva</p><p>responsabilidade, e observar as cautelas e as recomendações dos</p><p>fabricantes das vacinas, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária</p><p>(Anvisa) e das autoridades médicas, adotando a ordem de prioridade</p><p>de vacinação.</p><p>56</p><p>www.g7juridico.com.br</p><p>Jurisprudência relevante</p><p>• STF - ACOMPANHAR (ainda não julgado):</p><p>• TEMA 698 (RECURSO EXTRAORDINÁRIO 684612/RJ):Limites do Poder</p><p>Judiciário para determinar obrigações de fazer ao Estado</p><p>(implementação de política pública na área da saúde)</p><p>• RECURSO EXTRAORDINÁRIO 566471/RN, REL. Min. Marco Aurélio:</p><p>dever do Estado de fornecer medicamento de alto custo a portador</p><p>de doença grave que não possui condições financeiras para compra-lo</p><p>57</p><p>www.g7juridico.com.br</p><p>Jurisprudência relevante</p><p>• STF - ACOMPANHAR (ainda não julgado):</p><p>• ADPF 787 – Relator, Min. Gilmar Mendes, determinou, dentre outras</p><p>providências, que o Ministério da Saúde altere, em 30 dias, os</p><p>sistemas de informação do SUS para garantir que as marcações de</p><p>consultas e exames de todas as especialidades médicas sejam</p><p>realizadas independentemente do registo do sexo biológico.</p><p>58</p><p>www.g7juridico.com.br</p><p>Jurisprudência relevante</p><p>• STF - ACOMPANHAR (ainda não julgado):</p><p>• Relator:“É necessário garantir aos homens e mulheres trans acesso</p><p>igualitário a todas as ações e programas de saúde do SUS,</p><p>especialmente os relacionados à saúde sexual e reprodutiva”, ou seja,</p><p>consultas em ginecologia, obstetrícia e urologia independentemente</p><p>da identidade de gênero da pessoa atendida”</p><p>• STF exerceu o papel contramajoritáro, ou seja, quando, no controle</p><p>de constitucionalidade, atua como mecanismo de proteção de</p><p>direitos fundamentais e salvaguarda das minorias contra a vontade da</p><p>maioria política.</p><p>59</p><p>www.g7juridico.com.br</p><p>Jurisprudência relevante</p><p>• STF - ACOMPANHAR (ainda não julgado) - TEMA NOVO</p><p>• ADPF 822, ajuizada por 18 entidades coletivas: Relator, Min. Marco</p><p>Aurélio, convertia-se a apreciação da liminar em julgamento final,</p><p>declarando o estado de coisas inconstitucional na condução das</p><p>políticas públicas destinadas à realização dos direitos à vida e à saúde,</p><p>considerada a pandemia covid-19, além de outras providências.</p><p>60</p><p>www.g7juridico.com.br</p><p>Jurisprudência relevante</p><p>• STF - ACOMPANHAR (ainda não julgado) - TEMA NOVO</p><p>• Relevância da decisão: natureza estrutural do debate, porque se busca a</p><p>alteração de uma realidade, que está violando direitos fundamentais, para outra</p><p>realidade que os assegure e a nítida interferência do Poder Judiciário no</p><p>funcionamento de outro Poder, o Executivo (pedido de vista Min. Gilmar Mendes)</p><p>• Caso precedente: medida cautelar da Arguição de Descumprimento de Preceito</p><p>Fundamental (ADPF) 347, que trata do estado de calamidade do sistema</p><p>carcerário brasileiro.</p><p>61</p>

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