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<p>20/08/2024</p><p>1</p><p>Direito Tributário II</p><p>115</p><p>Aula 3</p><p>Professor: Wallace Calmon Rozetti</p><p>IMPOSTOS MUNICIPAIS</p><p>Art. 156. Compete aos Municípios instituir imposto sobre:</p><p>I – propriedade predial e territorial urbana.</p><p>Art. 34. Contribuinte do imposto é o proprietário do</p><p>imóvel, o titular do seu domínio útil, ou o seu possuidor a</p><p>qualquer título</p><p>20/08/2024</p><p>2</p><p>São sujeitos passivos do IPTU o proprietário (pleno, de domínio exclusivo ou na</p><p>condição de coproprietário), o titular do domínio útil (enfiteuta e usufrutuário) e o</p><p>possuidor (posse ad usucapionem, por exemplo, como aquela com a</p><p>possibilidade de aquisição do domínio ou propriedade pela usucapião).</p><p>Fato gerador - Segundo o art. 32 do CTN, o fato gerador do IPTU será “a</p><p>propriedade, o domínio útil ou a posse de bem imóvel, por natureza ou por</p><p>acessão física, como definido na lei civil, localizado na zona urbana do</p><p>Município”</p><p>§ 1º. Para efeito deste imposto, entende-se</p><p>como zona urbana a definida em lei municipal,</p><p>observando o requisito mínimo da existência de</p><p>melhoramentos indicados em pelo menos 2</p><p>(dois) dos incisos seguintes, construídos ou</p><p>mantidos pelo Poder Público:</p><p>I – meio-fio ou calçamento, com canalização de</p><p>águas pluviais;</p><p>II – abastecimento de água;</p><p>III – sistema de esgotos sanitários;</p><p>IV – rede de iluminação pública, com ou</p><p>sem posteamento para distribuição</p><p>domiciliar;</p><p>V – escola primária ou posto de saúde a</p><p>uma distância máxima de 3 (três)</p><p>quilômetros do imóvel considerado.</p><p>Não incide o IPTU quando o imóvel, mesmo situado na</p><p>zona urbana, recebe quaisquer das destinações não</p><p>urbanas (exploração vegetal, agrícola, pecuária ou</p><p>agroindustrial). Trata-se da prevalência do critério da</p><p>destinação econômica.</p><p>O critério da localização do imóvel é insuficiente</p><p>para que se decida sobre a incidência do IPTU ou</p><p>ITR, sendo necessário observar-se o critério da</p><p>destinação econômica, conforme já decidiu a</p><p>Egrégia 2ª Turma, com base em posicionamento</p><p>do STF sobre a vigência do DL n. 57/66. (AgRg</p><p>no Ag 498.512/RS, rel. Min. Francisco Peçanha</p><p>Martins, 2ª T., j. em 22-03-2005)</p><p>20/08/2024</p><p>3</p><p>Onde e quando se dá o fato gerador do IPTU?</p><p>a) espacial: é o território urbano do município (art. 156, I, CF c/c art. 32 do</p><p>CTN);</p><p>b) temporal: é o momento de apuração, ou seja, anual (1º de janeiro de</p><p>cada ano, mediante ficção jurídica).</p><p>Base de cálculo</p><p>Art. 33. A base de cálculo é o valor venal do</p><p>imóvel.</p><p>Parágrafo único. Na determinação da base de</p><p>cálculo, não se considera valor dos bens móveis</p><p>mantidos, em caráter permanente ou temporário,</p><p>no imóvel, para efeito de sua utilização,</p><p>exploração, aformoseamento ou comodidade.</p><p>TRIBUTÁRIO. IMPOSTO PREDIAL E TERRITORIAL URBANO (IPTU).</p><p>MAJORAÇÃO. LEGALIDADE TRIBUTÁRIA (CTN, ART. 97, II, PARÁGRAFOS 1 E</p><p>2). VALOR VENAL DO IMÓVEL. ATUALIZAÇÃO. ATO DO PODER EXECUTIVO.</p><p>PRECEDENTES DO STF E DO STJ. A majoração da base de cálculo do IPTU</p><p>depende da elaboração de lei, exceto nos casos de simples atualização monetária,</p><p>em atendimento ao princípio da reserva legal. – Não pode o município, por simples</p><p>decreto, atualizar o valor venal dos imóveis, para fins de cálculo do IPTU, com base</p><p>na planta de valores, ultrapassando a correção monetária autorizada por ato</p><p>administrativo. – Recurso conhecido e provido. (REsp 31.532/RS, 2ª T., rel. Min.</p><p>Peçanha Martins, j. em 27-10-1993)</p><p>Súmula n. 160 do STJ - “É defeso ao Município atualizar o IPTU, mediante</p><p>Decreto, em percentual superior ao índice oficial de correção monetária”</p><p>20/08/2024</p><p>4</p><p>Alíquota</p><p>Imóvel Edificado</p><p>Ocupação residencial;</p><p>•Valor venal de R$ 30.000,01 a R$ 60.000,00 – alíquota 0,16%;</p><p>•Valor venal acima de R$ de 60.000,01 – alíquota 0,20%.</p><p>Ocupação não residencial</p><p>•Valor venal de R$ 30.000,01 a R$ 120.000,00 – alíquota 0,20%;</p><p>•Valor venal de R$ 120.000,01 a R$ 180.000,00 – alíquota 0,30%;</p><p>•Valor venal de R$ 180.000,01 a R$ 240.000,00 – alíquota 0,32%;</p><p>•Valor venal de R$ 240.000,01 a R$ 300.000,00 – alíquota 0,34%;</p><p>•Valor venal acima de R$ 300.000,01 – 0,40%.</p><p>Imóvel não Edificado (terrenos)</p><p>•Valor venal de R$ 7.000,01 a R$ 240.000,00 – alíquota 2,00%;</p><p>•Valor venal de R$ 240.000,01 a R$ 500.000,00 – alíquota 2,50%;</p><p>•Valor venal acima de R$ 500.000,01 – alíquota 3,00%.</p><p>Art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos sobre: (...)</p><p>I – propriedade predial e territorial urbana; (...)</p><p>§ 1º. Sem prejuízo da progressividade no tempo a que se</p><p>refere o art. 182, § 4º, II, o imposto previsto no inciso I poderá:</p><p>I – ser progressivo em razão do valor do imóvel; e</p><p>II – ter alíquotas diferentes de acordo com a localização e</p><p>o uso do imóvel</p><p>O STF ratificou essa visão, ao evidenciar que “a progressividade</p><p>extrafiscal, baseada na função social da propriedade, sempre foi</p><p>permitida pelo texto Constitucional. Esta é a modalidade de</p><p>progressividade que se opera conforme as condições previstas pelo</p><p>Estatuto da Cidade. (...).” (AgR no ARE 639.632, rel. Min. Roberto</p><p>Barroso, 1ª T., j. em 22-10-2013</p><p>20/08/2024</p><p>5</p><p>Art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos</p><p>sobre: (...)</p><p>III – serviços de qualquer natureza, não</p><p>compreendidos no art. 155, II, definidos em lei</p><p>complementar (...).</p><p>O pontos mais controvertidos do ISS refere-se ao “local da prestação dos</p><p>serviços”, no plano da sujeição ativa do ISS, para qual município deverá</p><p>ser recolhido o imposto:</p><p>(I) para o município do estabelecimento do prestador; ou</p><p>(II) para o município do estabelecimento do tomador; ou, finalmente,</p><p>(III) para o Município da prestação, no qual se concretiza o fato gerador,</p><p>executando-se ali o próprio serviço.</p><p>20/08/2024</p><p>6</p><p>Sujeito passivo</p><p>o prestador de serviço, na condição de</p><p>empresa (v.g., hotel) ou de profissional</p><p>autônomo (e.g., médico, dentista,</p><p>contador, advogado, ou seja, todos os</p><p>“vendedores dos bens imateriais”),</p><p>com ou sem estabelecimento fixo.</p><p>O fato gerador do ISS é a prestação – por empresa ou</p><p>profissional autônomo, com ou sem estabelecimento fixo</p><p>– de serviços constantes da Lista anexa à LC n.</p><p>116/2003, a qual enumera, aproximadamente, 230</p><p>serviços, divididos em 40 itens.</p><p>Quais os serviços que não estão compreendidos no fato</p><p>gerador do ISS:</p><p>20/08/2024</p><p>7</p><p>A base de cálculo do ISS é o preço do serviço (o seu “valor bruto”),</p><p>consoante o art. 7º da LC n. 116/2003. Tal valor não incluirá parcelas</p><p>relativas a juros, seguros, multas ou indenizações.</p><p>Quanto à gratuidade do serviço, o STF já se manifestou:</p><p>EMENTA: ISS EXIGIDO EM RELAÇÃO A INGRESSOS GRATUITOS</p><p>(“PERMANENTES”), FORNECIDOS POR EXIBIDORES DE</p><p>ESPETÁCULOS CINEMATOGRÁFICOS. Cobrança indevida, por falta de</p><p>base de cálculo, capaz de configurar a hipótese legal de incidência (art. 9º</p><p>do CTN). Recurso extraordinário de que não se conhece. (RE 112.923, rel.</p><p>Min. Octavio Gallotti, 1ª T., j. em 10-04-1987)</p><p>Alíquota</p><p>O ISS é um imposto eminentemente fiscal, não demonstrando</p><p>potencialidade reguladora de mercado ou da economia, como ocorre</p><p>com alguns impostos extrafiscais, ditos “flexíveis”, tais como II, IE, IPI,</p><p>IOF</p><p>3. Ato Complementar n. 34/67: Art. 9º. Ficam estabelecidas as</p><p>seguintes alíquotas máximas para a cobrança do imposto municipal</p><p>sobre serviços:</p><p>I – execução de obras hidráulicas ou de construção civil, até 2%;</p><p>II – jogos e diversões públicas, até 10%;</p><p>III – demais serviços, até 5%.</p><p>20/08/2024</p><p>8</p><p>20/08/2024</p><p>9</p><p>ITBI</p><p>Art. 156. Compete aos Municípios instituir imposto sobre:</p><p>(...)</p><p>II – transmissões inter vivos, a qualquer título, por ato oneroso,</p><p>de bens imóveis, por natureza ou acessão física, e de direitos</p><p>reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de</p><p>direitos a sua aquisição. (...)</p><p>Art. 42. Contribuinte do imposto é qualquer das partes na</p><p>operação tributada, como dispuser a lei.</p><p>20/08/2024</p><p>10</p><p>Os planos espacial e temporal do fato gerador do ITBI</p><p>a) Elemento espacial: é o território</p><p>do Município da situação do bem</p><p>(art. 156, II e § 2º, II, da CF);</p><p>b) Elemento temporal: é o momento</p><p>da transmissão patrimonial ou da</p><p>cessão de direitos (art. 156, II, da</p><p>CF; art. 35 do CTN).</p><p>20/08/2024</p><p>11</p><p>É base de cálculo do ITBI o valor venal dos bens imóveis transmitidos</p><p>ou direitos reais cedidos</p><p>(art. 38 do CTN). Vale dizer que a base de</p><p>cálculo será o valor de mercado (ou preço de venda, à vista, em</p><p>condições normais de mercado), sendo irrelevante o preço de venda</p><p>constante da escritura.</p><p>As alíquotas do ITBI são proporcionais, estabelecidas em lei municipal,</p><p>incidindo em percentagem única sobre as bases de cálculo.</p><p>Súmula n. 656 do STF: “É inconstitucional a lei que estabelece</p><p>alíquotas progressivas para o ITBI com base no valor venal do</p><p>imóvel”</p><p>I. 1% (um por cento), na transmissão de imóvel adquirido através do</p><p>sistema de cooperativa habitacional;</p><p>II. 2% (dois por cento), nas demais transmissões.</p><p>20/08/2024</p><p>12</p><p>20/08/2024</p><p>13</p><p>TRIBUTÁRIO E PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO INTERNO NO</p><p>RECURSO ESPECIAL. IMUNIDADE DE ENTIDADE BENEFICENTE.</p><p>CEBAS. RENOVAÇÃO. NATUREZA DECLARATÓRIA DO ATO.</p><p>EFEITOS RETROATIVOS À DATA EM QUE A ENTIDADE CUMPRE OS</p><p>PRESSUPOSTOS LEGAIS PARA SUA CONCESSÃO. 1. "De acordo</p><p>com a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, a decisão</p><p>administrativa que reconhece a imunidade tributária tem natureza</p><p>declaratória e, por conseguinte, produz efeitos ex tunc, de forma a</p><p>autorizar a retroação dos seus efeitos, a partir do momento em que</p><p>preenchidos os requisitos legais, para a concessão da imunidade" (AgRg</p><p>no AREsp 194.981/RJ, Rel. Ministra Assusete Magalhães, Segunda</p><p>Turma, julgado em 23/6/2015, DJe 1º/7/2015).</p><p>TRIBUTÁRIO E PROCESSUAL CIVIL. CONSTITUIÇÃO DEFINITIVA DO CRÉDITO.</p><p>AUSÊNCIA DE RECURSO ADMINISTRATIVO. PRESCRIÇÃO. TERMO INICIAL.</p><p>NOTIFICAÇÃO DO CONTRIBUINTE. ACERCA DA CONSTITUIÇÃO DEFINITIVA</p><p>DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO. ART. 174 do CTN. 1. No caso dos autos, o Tribunal de</p><p>origem afirmou que o débito tributário foi constituído em 2001 e que a citação do devedor</p><p>ocorreu em 2009, de modo que ocorreu a prescrição. Não há nenhuma menção de</p><p>impugnação administrativa. Desconstituir tais premissas requer, necessariamente, o reexame</p><p>de fatos e provas, o que é vedado ao STJ, em Recurso Especial, por esbarrar no óbice da</p><p>Súmula 7/STJ. 2. Nos termos da redação original do art. 174, parágrafo único, I, do CTN, a</p><p>prescrição era interrompida com a citação do devedor. Com a edição da LC 118/05, que</p><p>modificou o inciso referido, o lapso prescricional passou a ser interrompido pelo "despacho que</p><p>ordena a citação". A nova regra, entretanto, tem incidência somente nos casos em que a data</p><p>do despacho ordinatório da citação seja posterior a sua entrada em vigor. 3. Sobre o tema, o</p><p>Superior Tribunal de Justiça firmou compreensão de que, uma vez constituído o crédito</p><p>tributário pela notificação do auto de infração, não há falar em decadência, mas em prescrição,</p><p>cujo termo inicial é a data da constituição definitiva do crédito, que se dá, nos casos de</p><p>lançamento de ofício, quando não couber recurso administrativo ou quando se houver</p><p>esgotado o prazo para sua interposição.</p><p>20/08/2024</p><p>14</p><p>TRIBUTÁRIO E PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NO</p><p>AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. PRESCRIÇÃO DO CRÉDITO</p><p>TRIBUTÁRIO EM MOMENTO ANTERIOR À ADESÃO DO CONTRIBUINTE</p><p>AO PROGRAMA DE PARCELAMENTO FISCAL. RESTABELECIMENTO</p><p>DA EXIGIBILIDADE DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO. IMPOSSIBILIDADE.</p><p>PRECEDENTES DA CORTE. AGRAVO REGIMENTAL IMPROVIDO. I. Na</p><p>esteira da jurisprudência desta Corte, "o parcelamento postulado depois de</p><p>transcorrido o prazo prescricional não restabelece a exigibilidade do crédito</p><p>tributário. Isso porque: a) não é possível interromper a prescrição de crédito</p><p>tributário já prescrito; e b) a prescrição tributária não está sujeita à renúncia,</p><p>uma vez que ela não é causa de extinção, apenas, do direito de ação, mas,</p><p>sim, do próprio direito ao crédito tributário (art. 156, V, do CTN)" (STJ, AgRg</p><p>no AREsp 51.538/MG, Rel. Ministro BENEDITO GONÇALVES, PRIMEIRA</p><p>TURMA, DJe de 21/08/2012)</p><p>TRIBUTÁRIO. TRIBUTO SUJEITO A LANÇAMENTO POR</p><p>HOMOLOGAÇÃO. COMPENSAÇÃO. DENÚNCIA ESPONTÂNEA NÃO</p><p>CARACTERIZADA. PRECEDENTES. Nos termos da jurisprudência</p><p>dominante do Superior Tribunal de Justiça, "a extinção do crédito tributário</p><p>por meio de compensação está sujeita à condição resolutória da sua</p><p>homologação. Caso a homologação, por qualquer razão, não se efetive,</p><p>tem-se por não pago o crédito tributário declarado, havendo incidência, de</p><p>consequência, dos encargos moratórios. Nessa linha, sendo que a</p><p>compensação ainda depende de homologação, não se chega à conclusão</p><p>de que o contribuinte ou responsável tenha, espontaneamente,</p><p>denunciado o não pagamento de tributo e realizado seu pagamento com</p><p>os acréscimos legais, por isso que não se observa a hipótese do art. 138</p><p>do CTN" (AgRg no REsp 1.461.757/RS, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL</p><p>MARQUES, SEGUNDA TURMA, julgado em 03/09/2015, DJe</p><p>17/09/2015.).</p><p>20/08/2024</p><p>15</p><p>Impostos Estaduais</p><p>Representa cerca de 80% da arrecadação dos Estados</p><p>O sujeito passivo do ICMS poderá ser, consoante a dicção</p><p>do art. 4º da Lei Complementar n. 87/96:</p><p>a) pessoas que pratiquem operações relativas à circulação</p><p>de mercadorias;</p><p>b) importadores de bens de qualquer natureza;</p><p>c) prestadores de serviços de transporte interestadual e</p><p>intermunicipal;</p><p>d) prestadores de serviços de comunicação.</p><p>20/08/2024</p><p>16</p><p>Fato gerador - é a circulação de mercadoria ou prestação de serviços</p><p>interestadual ou intermunicipal de transporte e de comunicação, ainda</p><p>que iniciados no exterior (art. 155, II, da CF).</p><p>A base de cálculo pode ser:</p><p>a) o valor da operação, em se tratando de operação de circulação de</p><p>mercadoria;</p><p>b) o preço do serviço, em se tratando de transporte (interurbano e</p><p>interestadual) e de comunicação;</p><p>c) o valor da mercadoria ou bem importado, constante em documento</p><p>de importação, convertido em moeda nacional pela mesma taxa de</p><p>câmbio utilizada para cálculo do imposto de importação, e acrescido</p><p>do IPI, do IOF, do próprio II (Imposto de Importação) e das despesas</p><p>aduaneiras.</p><p>20/08/2024</p><p>17</p><p>Princípio constitucional da seletividade</p><p>§ 2º. O imposto previsto no inciso II atenderá ao seguinte: (...)</p><p>III – poderá ser seletivo, em função da essencialidade das mercadorias e</p><p>serviços.</p><p>A seletividade decorre da conceituação do que é mais</p><p>essencial ou do que é menos essencial ou supérfluo,</p><p>visando-se à minimização da carga tributária daquilo que é</p><p>mais essencial e maior onerosidade do que é dispensável.</p><p>Importante: Caso não exista uma alíquota específica</p><p>definida, será aplicada a regra geral, que é uma alíquota de</p><p>18%.</p><p>Descrição Alíquota</p><p>Prestações de serviços de transporte intermunicipal 12%</p><p>Leite 12%</p><p>Medicamento genérico 12%</p><p>Bebidas alcoólicas 25%</p><p>Perfumes e cosméticos 25%</p><p>Armas e munições, suas partes e acessórios 25%</p><p>Mercadorias que compõem a cesta básica 7%</p><p>20/08/2024</p><p>18</p><p>20/08/2024</p><p>19</p><p>20/08/2024</p><p>20</p><p>20/08/2024</p><p>21</p><p>Impostos Estaduais</p><p>Sujeito passivo - É o proprietário de veículo automotor – pessoa física</p><p>ou pessoa jurídica, presumindo-se como tal aquele em cujo nome o</p><p>veículo esteja licenciado.</p><p>Fato gerador - É a propriedade (e não o “uso”) de veículo automotor de</p><p>qualquer espécie (automóvel, motocicleta, caminhão etc.)</p><p>IPVA – Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (CF, art.</p><p>155, III; CF 69, art. 23, III e § 13, cf. EC 27/85): campo de incidência que</p><p>não inclui embarcações e aeronaves. (RE 134.509/AM, Pleno, rel. Min.</p><p>Sepúlveda Pertence, j. em 29-05-2002; ver, ademais, o RE 255.111-2,</p><p>rel. Min. Marco Aurélio, Pleno, j. em 20-05-2002)</p><p>20/08/2024</p><p>22</p><p>Elemento temporal do fato gerador - É anual, por ficção jurídica (1º de</p><p>janeiro de cada ano) ou data estabelecida em</p><p>lei estadual. Ressalte-se que o momento do fato gerador poderá ser a</p><p>data da aquisição, para veículo novo, e a data do desembaraço</p><p>aduaneiro, para o veículo importado.</p><p>Base de cálculo - É o valor venal do veículo ou o preço comercial de</p><p>tabela (= valor de mercado).</p><p>Estado Alíquota</p><p>Acre 2%</p><p>Bahia 2,5%</p><p>Ceará 3,5%</p><p>Distrito Federal 3,5%</p><p>Espírito Santo 2%</p><p>Minas Gerais 4%</p><p>Rio de Janeiro 4%</p><p>São Paulo 4%</p><p>Rio Grande do Sul 3%</p><p>Santa Catarina 2%</p><p>Goiás 3,75%</p><p>Amazonas 3%</p><p>20/08/2024</p><p>23</p><p>20/08/2024</p><p>24</p><p>O imposto de transmissão causa mortis (herança e legados, em virtude</p><p>de falecimento de uma pessoa natural)</p><p>e o imposto de transmissão</p><p>inter vivos (referente a atos, fatos ou negócios jurídicos celebrados</p><p>entre pessoas de forma não onerosa)</p><p>São sujeitos passivos do ITCMD:</p><p>a) herdeiro ou o legatário (transmissões causa mortis);</p><p>b) qualquer das partes adstritas à doação (doador ou donatário), na</p><p>forma da lei.</p><p>O fato gerador do ITCMD é:</p><p>a) transmissão de propriedade de quaisquer bens (por exemplo, bens</p><p>imóveis ou móveis, tais como: veículos, valores financeiros, títulos de</p><p>crédito etc.);</p><p>b) transmissão (cessão) de direitos em decorrência de: – falecimento de</p><p>seu titular; – transmissão e cessão gratuitas.</p><p>20/08/2024</p><p>25</p><p>base de cálculo - o valor venal dos bens ou direitos transmitidos e da</p><p>doação.</p><p>Alíquotas - máximo fixado pelo Senado Federal por meio da Resolução</p><p>n. 9/92 em 8%. (No ES é de 4%, SP Mínimo de 2% e máximo de 4%, RJ</p><p>Mínimo de 4% e máximo de 8%, MG 4%)</p><p>Ex.:</p><p>- 4,0% (quatro por cento), para valores até 70.000 UFIR-RJ;</p><p>- 4,5% (quatro e meio por cento), para valores acima de 70.000 UFIR-RJ e até 100.000</p><p>5,0% (cinco por cento), para valores acima de 100.000 UFIR-RJ e até 200.000 UFIR-RJ</p><p>6% (seis por cento), para valores acima de 200.000 UFIR-RJ e até 300.000 UFIR-RJ</p><p>7% (sete por cento), para valores acima de 300.000 UFIR-RJ e até 400.000 UFIR-RJ</p><p>8% (oito por cento) para valores acima de 400.000 UFIR-RJ</p><p>20/08/2024</p><p>26</p><p>Impostos Federais</p><p>20/08/2024</p><p>27</p><p>Sujeito passivo - abrange aquele que detém qualquer direito de gozo,</p><p>relativamente ao bem imóvel rural, seja pleno ou limitado. Sendo o</p><p>proprietário (pleno, de domínio exclusivo ou na condição de</p><p>coproprietário), o titular do domínio útil (enfiteuta e usufrutuário) ou o</p><p>possuidor (ad usucapionem, isto é, aquele com a possibilidade de</p><p>aquisição do domínio ou propriedade pela usucapião).</p><p>O fato gerador do ITR é a propriedade, o domínio útil ou a posse de</p><p>imóvel por natureza, localizado fora da zona urbana do município, em 1º</p><p>de janeiro de cada ano.</p><p>A base de cálculo do ITR é o valor fundiário do imóvel (valor da terra</p><p>nua).</p><p>As alíquotas do ITR são proporcionais e progressivas, segundo o grau</p><p>de utilização da área rural (caráter extrafiscal – art. 153, § 4º, CF). A</p><p>fixação da alíquota é feita segundo critérios do art. 34 do Decreto n.</p><p>4.382/2002, como se nota adiante:</p><p>20/08/2024</p><p>28</p><p>20/08/2024</p><p>29</p><p>Impostos Federais</p><p>I - Será seletivo, em função da essencialidade do produto;</p><p>A seletividade é uma técnica de incidência de alíquotas, cuja variação dar-</p><p>se-á em função da indispensabilidade do produto. Os produtos de</p><p>primeira necessidade devem ter baixa tributação, e os produtos supérfluos</p><p>devem receber tributação mais elevada (art. 153, § 3º, I, da CF).</p><p>Ex.: - Fogos de artifício 19,5%, cigarro 45%, Fogão 4%, maquina de lavar</p><p>10%)</p><p>II – será não cumulativo, compensando-se o que for devido em cada</p><p>operação com o montante cobrado nas anteriores;</p><p>III – não incidirá sobre produtos industrializados destinados ao exterior.</p><p>20/08/2024</p><p>30</p><p>Sujeito passivo</p><p>O contribuinte do IPI será:</p><p>a) o importador ou quem a lei a ele equiparar;</p><p>b) o industrial ou quem a lei a ele equiparar;</p><p>c) o comerciante de produtos sujeitos ao imposto, que os forneça a</p><p>industriais ou a estes equiparados;</p><p>d) o arrematante de produtos apreendidos ou abandonados, levados a</p><p>leilão.</p><p>O fato gerador poderá, assim, ocorrer nas seguintes situações adiante</p><p>delineadas:</p><p>a) importação (o início do desembaraço aduaneiro);</p><p>b) saída do estabelecimento industrial ou equiparado de produto</p><p>industrializado;</p><p>c) aquisição em leilão de produto abandonado ou apreendido;</p><p>d) outras hipóteses específicas da lei, como no caso de saída de</p><p>produtos de estabelecimentos equiparados a industrial ou a primeira</p><p>saída por revenda de produtos importados etc.</p><p>20/08/2024</p><p>31</p><p>Sua base de cálculo varia conforme a hipótese de incidência. Pode ser:</p><p>a) o valor da operação de saída do produto do estabelecimento do</p><p>contribuinte. É o valor da operação, representada pelo preço do</p><p>produto, acrescido do valor do frete e das demais despesas acessórias</p><p>cobradas ou debitadas pelo contribuinte ao comprador ou destinatário;</p><p>b) o preço normal, acrescido do próprio imposto de importação, das</p><p>taxas aduaneiras e dos encargos cambiais.</p><p>c) o próprio preço da arrematação, em face de produto apreendido,</p><p>abandonado e levado a leilão.</p><p>20/08/2024</p><p>32</p><p>Imposto sobre a importação de produtos</p><p>estrangeiros</p><p>O Imposto de Importação é um</p><p>tributo federal que incide sobre</p><p>mercadoria estrangeira e tem como</p><p>fato gerador sua entrada no</p><p>território nacional</p><p>20/08/2024</p><p>33</p><p>Função do Imposto de Importação</p><p>Apesar de toda a reclamação dos importadores em relação a algumas</p><p>alíquotas do Imposto de Importação, esse tributo possui função regulatória,</p><p>não tendo objetivos fiscais, mas sim de regulação da atividade</p><p>econômica. Até mesmo para poder exercer sua função, o Imposto de</p><p>Importação não se sujeita ao princípio da anterioridade, podendo ser alterado</p><p>no mesmo exercício financeiro pelo Poder Executivo.</p><p>Dados da Receita Federal dos últimos anos mostram que o montante recebido</p><p>com o Imposto de Importação representa menos de 3% do total de</p><p>tributos arrecadados. É o imposto de renda cobrado das pessoas físicas e</p><p>jurídicas o tributo mais expressivo para a União (quase 30% do total).</p><p>Imposto sobre a importação de produtos</p><p>estrangeiros</p><p>Qual o Fato Gerador do II?</p><p>O fato gerador do imposto de</p><p>importação é a entrada de mercadoria</p><p>estrangeira no país. Para efeito de</p><p>cálculo do imposto, considera-se</p><p>ocorrido o fato gerador:</p><p>20/08/2024</p><p>34</p><p>20/08/2024</p><p>35</p><p>Imposto sobre a exportação</p><p>O imposto, de competência da União,</p><p>sobre a exportação, para o estrangeiro, de</p><p>produtos nacionais ou nacionalizados tem</p><p>como fato gerador a saída destes do</p><p>território nacional - art 23 do CTN.</p><p>A base de cálculo do imposto é o preço</p><p>normal que o produto, ou seu similar,</p><p>alcançaria, ao tempo da exportação, em</p><p>uma venda em condições de livre</p><p>concorrência no mercado internacional,</p><p>observadas as normas expedidas pelo</p><p>Poder Executivo, mediante ato do</p><p>Conselho Monetário Nacional.</p><p>20/08/2024</p><p>36</p><p>A alíquota do imposto é de 30%, facultado ao Poder Executivo reduzi-la ou</p><p>aumentá-la, para atender aos objetivos da política cambial e do comércio</p><p>exterior.</p><p>Em caso de elevação, a alíquota do imposto não poderá ser superior a 150%.</p><p>Imposto sobre a exportação</p><p>O Imposto de Exportação é tributo de função</p><p>extrafiscal, cujo objetivo principal é perseguir</p><p>determinados resultados econômicos ou</p><p>sociais, ou seja, não possui finalidade</p><p>arrecadatória.</p><p>Contribuinte do imposto é o exportador</p><p>ou quem a lei a ele equiparar, considerada</p><p>qualquer pessoa que promova a saída de</p><p>produtos do território nacional, podendo</p><p>também a lei equipar terceiro ao</p><p>exportador. (art. 27 do CTN e art. 5º do</p><p>Decreto-Lei nº. 1.578/77).</p><p>Imposto sobre a exportação</p><p>20/08/2024</p><p>37</p><p>20/08/2024</p><p>38</p><p>Imposto sobre a renda e proventos de qualquer</p><p>natureza (IR)</p><p>DECRETO Nº 9.580, DE 22 DE NOVEMBRO DE 2018</p><p>Art. 1º As pessoas físicas que</p><p>perceberem renda ou proventos de</p><p>qualquer natureza, inclusive</p><p>rendimentos e ganhos de capital, são</p><p>contribuintes do imposto sobre a</p><p>renda, sem distinção de</p><p>nacionalidade, sexo, idade, estado</p><p>civil ou profissão</p><p>Princípios Constitucionais Tributários informadores do impostos de</p><p>renda</p><p>Princípio da capacidade contributiva</p><p>Princípio da universalidade</p><p>A progressividade é de duas espécies, a saber:</p><p>• Progressividade fiscal – determinada em função da capacidade econômica do contribuinte</p><p>com finalidade meramente arrecadatória (IR, IPTU em razão do valor do imóvel); e</p><p>• Progressividade extrafiscal – utiliza-se de alíquota maior para finalidades não fiscais (ex.</p><p>promover o adequado uso da propriedade – ITR e IPTU pela não edificação, subtilização etc. –</p><p>art. 182, § 4º, da CF).</p><p>Imposto sobre a renda e proventos de qualquer</p><p>natureza (IR)</p><p>Princípio da progressividade</p><p>20/08/2024</p><p>39</p><p>Imposto sobre a renda e proventos de qualquer</p><p>natureza (IR)</p><p>Como reduzir o Imposto de Renda?</p><p>Investir em Previdência Privada</p><p>As contribuições realizadas no modelo PGBL (Plano</p><p>Gerador</p><p>de Benefício Livre) de Previdência</p><p>Privada permitem abater até 12% da renda bruta</p><p>tributável anualmente.</p><p>Realizar doações incentivadas</p><p>As chamadas doações incentivadas para projetos aprovados pelo Poder</p><p>Público permitem abater o valor doado do IR em até 7% para pessoas</p><p>físicas e 10% para pessoas jurídicas.</p><p>20/08/2024</p><p>40</p><p>Deduzir os valores gastos com determinadas despesas:</p><p>Saúde</p><p>Consultas médicas particulares,</p><p>cirurgias plásticas reparadoras,</p><p>internações hospitalares,</p><p>tratamentos odontológicos,</p><p>fisioterapia e exames laboratoriais.</p><p>Educação - Gastos com educação podem ser abatidos do IR respeitando um limite</p><p>de R$ 3.561,50 por ano.</p><p>Dependentes</p><p>Os custos obtidos por dependentes, em 2024, são passíveis de dedução, mas</p><p>limitados a R$ 2.275,08 por dependente e por ano</p><p>Pensão alimentícia</p><p>Como reduzir o Imposto de Renda?</p><p>20/08/2024</p><p>41</p>