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<p>05Aula</p><p>Comunicação e linguagem</p><p>Objetivos de aprendizagem</p><p>Ao término desta aula, vocês serão capazes de:</p><p>•	 refletir, analiticamente, sobre a linguagem como um fenômeno psicológico, educacional, social, histórico, cultural,</p><p>político e, sobretudo, ideológico;</p><p>•	 desenvolver e manter uma visão teórico-aplicada sobre algumas das principais teorias adotadas nas investigações e</p><p>nos usos da linguística em textos conversacionais;</p><p>•	 perceber a língua como o maior instrumento da prática social (níveis de linguagem) e como a forma mais elaborada</p><p>das manifestações culturais e/ou abordagem intercultural.</p><p>Prezado(as) aluno(as),</p><p>Nesta aula, iremos refletir acerca da comunicação e da</p><p>linguagem, temas de grande relevância, com os quais certamente</p><p>já tiveram contato durante a trajetória escolar.</p><p>Buscaremos reconhecer a importância de cada uma delas</p><p>em nosso cotidiano, seja pessoal ou profissional.</p><p>Para que sua aprendizagem seja satisfatória/excelente,</p><p>sugerimos que leiam sempre a página inicial de cada aula, bem</p><p>como seus objetivos para programar e organizar seus estudos.</p><p>Lembrem-se ainda de que a linguagem é uma área na qual</p><p>vocês precisarão fazer da pesquisa uma companheira constante</p><p>em sua caminhada.</p><p>Ah, vocês são os protagonistas da aprendizagem! Portanto,</p><p>contamos com a sua participação ativa!</p><p>Bons estudos!</p><p>38Tecnologias Educacionais e as Linguagens</p><p>1 - Breve reflexão sobre comunicação</p><p>2 - Processo de comunicação: um panorama teórico</p><p>3 - Linguagem, sociedade e interação humana</p><p>Durante os estudos desta aula, sugerimos que deixem em local de fácil</p><p>acesso um caderno ou utilizem editores de textos (como o Word ou</p><p>o Bloco de notas, por exemplo) para anotar observações, reflexões e</p><p>conceitoschave sobre os conteúdos aqui disponibilizados. Dentre suas</p><p>anotações, é importante que façam mapas mentais ou esquemas que</p><p>o ajudem a retomar os conteúdos em outros momentos. Com isso,</p><p>conseguirão entender melhor contexto geral sobre comunicação e</p><p>linguagem.</p><p>Bons estudos!</p><p>1 - Breve reflexão sobre comunicação</p><p>Antes de iniciar o estudo efetivo de nossa aula, com</p><p>vistas a ampliar nossos conhecimentos sobre comunicação</p><p>e linguagem, é importante que reflitam sobre a seguinte</p><p>afirmação, baseada nas ideias de Cagliari (1990).</p><p>Desde que nascemos, estamos imersos de</p><p>alguma forma nos mundos da linguagem, da</p><p>fala e da língua. Crescemos dentro da nossa</p><p>família ouvindo - na maioria das vezes - nossos</p><p>pais falarem conosco observando gestos e</p><p>sinais, então as palavras, a linguagem, o nome</p><p>das coisas existentes no mundo começam a ser</p><p>importantes.</p><p>Reconhecendo esta imersão, perguntamos: mas como a</p><p>comunicação que envolve todos os elementos da comunicação</p><p>citados por Cagliari vem fazendo parte da vida das sociedades</p><p>ao longo da história? Qual a importância da comunicação em</p><p>nossas vidas? Seguindo com a reflexão sobre a comunicação,</p><p>de acordo com Mcluhan, Fiore e Agel, apud Martins, 1999, p.</p><p>1).</p><p>A linguagem e o diálogo já tomaram a forma de</p><p>interação entre todas as zonas do mundo. (...)</p><p>O computador suprime o passado humano,</p><p>convertendo-o por inteiro em presente. Faz</p><p>com que seja natural e necessário um diálogo</p><p>entre culturas, mas prescindindo por completo</p><p>do discurso (...). A palavra individual, como</p><p>depósito de informação e sentimento, já</p><p>está cedendo à gesticulação macrocósmica</p><p>(Mcluhan, Fiore & Agel, Apud Martins, 1999,</p><p>p.1).</p><p>Responder a estes questionamentos é algo que</p><p>tentaremos durante o estudo de nossa disciplina (como um</p><p>todo) e seguindo para nossa vida. Contudo, podemos iniciar</p><p>uma reflexão, analisando a imagem a seguir:</p><p>Seções de estudo</p><p>FIGURA 1 - A EVOLUÇÃO DA COMUNICAÇÃO</p><p>Disponível em: http://unirp. blogspot.com.br/2010/09/evolucao-e-</p><p>comunicacao_22.html. Acesso em: 3 maio 2014.</p><p>De acordo com McLuhan, “os cidadãos do futuro terão</p><p>muito menos necessidade que hoje de ter formação e pontos</p><p>de vista semelhantes. Pelo contrário, serão recompensados</p><p>por sua diversidade e originalidade” (1994, p. 294), ou seja, as</p><p>tarefas a serem executadas não serão mecanizadas e repetitivas,</p><p>mas passarão a ser com personalidade e criatividade.</p><p>Parece que estamos com muitos questionamentos, não</p><p>é?</p><p>Mas tenhamos calma, pois, na seção a seguir,</p><p>encontraremos reflexões que nos levarão às respostas.</p><p>SABER MAIS</p><p>Nesta aula, trataremos sobre linguagem, língua e fala. Para saber mais</p><p>sobre esses e outros elementos da comunicação, sugerimos que</p><p>acessem bases confiáveis, tais como Scielo, Google Acadêmico, dentre</p><p>outras e utilizem termos como “teoria da comunicação”, “elementos</p><p>da comunicação”, “linguagem, língua e fala” como palavras-chave para</p><p>realização de suas pesquisas!</p><p>A aprendizagem não tem fronteiras! Pesquisem!</p><p>2 - Processo de comunicação: um</p><p>panorama teórico</p><p>Vergílio Ferreira (apud Marques, s/d, p.7), um célebre</p><p>escritor português, ao realizar o discurso de agradecimento</p><p>por receber o prêmio ‘Europália’, fez a seguinte afirmação:</p><p>“uma língua é o lugar donde se vê o Mundo e em que se</p><p>traçam os limites do nosso pensar e sentir”.</p><p>Notem, que, nas palavras de Ferreira (s/d), percebe-se a</p><p>importância dada à língua como instrumento de manifestação</p><p>individual e social, bem como marca do reconhecimento</p><p>de um povo. Isto porque, é com a língua e com a conquista</p><p>das letras que nós, seres humanos, podemos significar nosso</p><p>meio, representá-lo, assim como representar nossas emoções,</p><p>sensações e nossos sentimentos.</p><p>Dubois (1973) corrobora com este pensamento ao</p><p>entender que o revelar das letras foi uma importante descoberta</p><p>feita pelo homem, somente podendo ser comparada, em</p><p>importância, à descoberta do fogo. Ambas concederam a</p><p>nós, mesmo que por caminhos diferentes, a possibilidade da</p><p>sobrevivência, do conhecimento e da conquista da Terra.</p><p>Vale lembrar que, o homem começou a enviar suas</p><p>tentativas comunicacionais (mensagens) por meio da</p><p>39</p><p>linguagem não verbal, inicialmente nas rochas, utilizando</p><p>instrumentos que pudessem riscar e deixar gravadas suas</p><p>mensagens. Depois, surgiram os ideogramas (desenhos que</p><p>representavam ideias) e, mais tarde, o alfabeto.</p><p>VOCÊ SABIA?</p><p>O primeiro alfabeto era bem reduzido... Ele era composto por 24 sinais</p><p>consonantais que, apesar de não terem evoluído para um sistema</p><p>totalmente alfabético, já marcavam de forma proficiente o início do</p><p>sistema de escrita (Bindi, 2014).</p><p>Pretti (1987, p.12) também discorre sobre a importância</p><p>da língua ao afirmar que:</p><p>Sons, gestos, imagens, diversos e imprevistos</p><p>cercam a vida do homem moderno, compondo</p><p>mensagens de toda ordem [...] transmitidas</p><p>pelos mais diferentes canais, como a</p><p>televisão, o cinema, a imprensa, o rádio, o</p><p>telefone, o telégrafo, a internet, os cartazes de</p><p>propaganda, os desenhos, a música e tantos</p><p>outros. Em todos, a língua desempenha um</p><p>papel preponderante, seja em sua forma oral,</p><p>seja através de seu código substitutivo, escrito.</p><p>E, através dela, o contato com o mundo que</p><p>nos cerca é permanentemente atualizado.</p><p>Vemos, então, que a linguagem, constitutivamente,</p><p>possibilita a comunicação, sendo, portanto, de vital</p><p>importância para a convivência social humana. Apesar de ter</p><p>toda essa força no campo da comunicação social, a linguagem</p><p>também é relevante no campo do “individual”, pois ao fazer</p><p>uso dela, o homem busca integrar-se com seus pares a partir</p><p>das “leituras” que faz individual e coletivamente, assim como</p><p>do mundo que o cerca ao expressar o “seu” pensamento.</p><p>Como afirma Abreu (s/d, p.7).</p><p>O trabalho do futuro dependerá, pois, do</p><p>relacionamento. Mesmo os profissionais</p><p>liberais dependem dele. O médico ou o dentista</p><p>de sucesso não é necessariamente aquele que</p><p>entrou em primeiro lugar no vestibular e fez</p><p>um curso tecnicamente perfeito. É aquele</p><p>queé capaz de se relacionar de maneira positiva</p><p>com seus clientes, de conquistar sua confiança</p><p>e amizade.</p><p>Vale lembrar que o pensamento individual do homem</p><p>ocorre em determinado meio social, portanto, para dizer de</p><p>si, antes é preciso ir ao outro, porque nós somente somos</p><p>seres individuais porque</p><p>temos o outro para auxiliar-nos na</p><p>formação identitária do nosso “eu”. Em outras palavras,</p><p>sempre que eu me expresso estou, de certa forma, revelando</p><p>resquícios de outros.</p><p>Observe que até agora tratamos sobre a linguagemhumana,</p><p>levando em conta que ela tem materialidade, tanto na forma</p><p>de palavras (faladas ou escritas), quanto na forma da realização</p><p>não verbal (gestos, sinais, símbolos, charges, cartuns, entre</p><p>outras formas de representação), a qual possibilita ao homem</p><p>o poder comunicativo.</p><p>Outra questão a ser considerada é o fato de que a</p><p>linguagem humana se destaca grandemente sob dois aspectos,</p><p>a saber:</p><p>• O social: marcado pela língua, isto é, sistema de</p><p>linguagem que compreende um sistema de fonemas</p><p>(de formas/de frases) além do sistema semântico (o</p><p>significado).</p><p>• O individual: marcado pelo discurso que surge a</p><p>partir do momento em que começamos a falar ou</p><p>a escrever.</p><p>Assim, ambos vão fazer com que o conjunto entre a</p><p>linguagem e o discurso se harmonize como um todo coerente</p><p>para que possam obter a comunicação. A comunicação busca,</p><p>de forma linear, formal e objetiva, transmitir ao seu ouvinte</p><p>uma mensagem significativa.</p><p>Segundo Gold (2010, p.3) existem estratégias que estão</p><p>sendo utilizadas no mundo inteiro, que seria a informação</p><p>transmitida de maneira mais objetiva. Dessa forma, para o</p><p>andamento do trabalho e prezando a qualidade aos clientes,</p><p>é de suma importância apresentar todos os procedimentos</p><p>desenvolvidos no dia a dia com clareza e sem obter uma</p><p>duplicidade de sentidos. Assim, a articulação desse trabalho</p><p>poderá ser mais bem aplicada, sem haver reformulações dos</p><p>fatos e suas ações.</p><p>Na próxima seção, convidamos você a continuar os estudos sobre</p><p>linguagem. Contudo, vamos aprofundar nossa reflexão tratando sobre</p><p>seu papel na sociedade e nas interações humanas!</p><p>3 - Linguagem, sociedade e interação</p><p>humana</p><p>Na seção 3, você terá a oportunidade de refletir sobre</p><p>a linguagem, a sociedade e a interação humana, a partir do</p><p>estudo de trechos de um artigo!</p><p>Você poderá notar que, além do pensamento dos autores,</p><p>inserimos intervenções explicativas, reflexões e ponderações</p><p>com o intento de contribuir para o exercício da habilidade</p><p>crítica de reflexão e de organizar e direcionar o conhecimento</p><p>construído, a fim de alcançarmos os objetivos propostos</p><p>nesta disciplina.</p><p>ATENÇÃO</p><p>O texto a seguir trata sobre uma questão importante para todos,</p><p>especialmente para você que trabalhará constantemente com a</p><p>língua da/na sociedade. Portanto, sugerimos que o leia com atenção e</p><p>dediquese em entendê-lo!</p><p>Lembre-se de que, em caso de dúvidas, comentários ou sugestões, você</p><p>conta com o apoio de seus colegas de curso e de seu professor pelo</p><p>ambiente virtual e nas aulas presenciais!</p><p>O texto de Octavio Ianni (1999), descrito a seguir,</p><p>intitulado “Língua e Sociedade” trata-se de uma introdução</p><p>bem detalhada sobre as pesquisas que envolvem o tema da</p><p>linguagem, desde o Renascimento até nossos dias. Nele, o</p><p>autor discorre sobre a língua como produto social e, ao mesmo</p><p>tempo, condição de sociabilidade de interação humana. De</p><p>40Tecnologias Educacionais e as Linguagens</p><p>maneira crítica/reflexiva vamos pensar sobre os “mistérios”</p><p>que envolvem a palavra e, por meio de fragmentos (pedaços)</p><p>de textos narrativos, vamos entender o valor que ela tem,</p><p>indicando as “metamorfoses” da língua.</p><p>Ao trazer exemplos de textos renomados na história,</p><p>Ianni (1999) faz-nos pensar, com maior sistematicidade, acerca</p><p>da linguagem no tempo atual, pontuando a importância, para</p><p>o homem moderno, de ter acesso a textos que contemplem</p><p>o romantismo, que trabalhem laboriosamente o sentido da</p><p>língua.</p><p>Ademais, o autor reitera a importância da linguagem</p><p>não verbal para a comunicação, apresenta a imagem como</p><p>uma linguagem importante e circunscreve a língua como</p><p>“concepção de mundo, como expressão de uma concepção</p><p>do mundo” (Ianni, 1999).</p><p>Vocês se lembram da linguagem não verbal? Tentem pensar em</p><p>exemplos deste tipo de linguagem... lembraram? Caso tenham</p><p>dificuldade, sugerimos que pesquisem sobre este tema no site de busca</p><p>de sua preferência. Com os conhecimentos que está adquirindo, cada</p><p>vez mais vocês se tornam capazes de superar o senso comum sobre</p><p>as informações disponibilizadas nos diferentes meios de comunicação e</p><p>utilizá-las como fontes de pesquisa, sempre que considerararem que se</p><p>tratam de conhecimentos úteis!</p><p>Antes de iniciarmos efetivamente o texto é importante</p><p>salientar que, agora, no nível acadêmico, é fundamental que se</p><p>envolvam na leitura de textos densos e que exijam reflexões</p><p>mais profundas sobre os temas estudados. Eis aqui uma</p><p>oportunidade!</p><p>Durante a leitura do artigo, procurem anotar reflexões pessoais, dúvidas</p><p>e comentários sobre os conhecimentos construídos. Com isso, ficará</p><p>mais fácil e certamente vocês terão maior êxito na realização das</p><p>atividades referentes a esta aula.</p><p>SABER MAIS</p><p>Ampliem seus conhecimentos sobre língua e sociedade! Para tanto,</p><p>leiam o artigo referenciado a seguir: SOARES, Magda de. Língua escrita,</p><p>sociedade e cultura: relações, dimensões e perspectivas. Disponível em:</p><p>http://www.anped.org.br/rbe/rbedigital/RBDE0/RBDE0_03_MAGDA_</p><p>BECKER_ SOARES.pdf. Acesso em: 3 maio 2014.</p><p>Língua e Sociedade</p><p>Octavio Ianni</p><p>A história do mundo moderno tem sido</p><p>também uma história de teorias e pesquisas</p><p>sobre a linguagem. Desde o Renascimento</p><p>passando por Port-Royal, a Enciclopédia,</p><p>a Ilustração, o Romantismo e o “giro</p><p>linguístico”, têm sido notáveis as realizações</p><p>dos estudos sobre linguagem.</p><p>Os desenvolvimentos das literaturas nacionais</p><p>e mundiais, os intercâmbios de línguas e</p><p>culturas, os processos de aculturação e</p><p>transculturação, o nascimento e a expansão</p><p>da cultura de massa e da indústria cultural, a</p><p>criação e a difusão de tecnologias eletrônicas,</p><p>informáticas e cibernéticas, tudo isso tem</p><p>propiciado o surgimento de disciplinas</p><p>e teorias, tanto quanto de hipóteses e</p><p>controvérsias, sobre os mais diversos aspectos</p><p>da linguagem. São muitos os momentos da</p><p>história dos tempos modernos envolvendo</p><p>desafios ou conquistas fundamentais sobre</p><p>as implicações da linguagem na organização,</p><p>dinâmica, crise ou transformação da</p><p>sociedade, em âmbito nacional, internacional</p><p>ou mundial. Algumas expressões tornam-se</p><p>emblemáticas e aparecem como momentos</p><p>marcantes da dinâmica das sociedades e</p><p>dos dilemas do pensamento. Estas são</p><p>algumas: Novo Mundo, Ocidente, Oriente,</p><p>África, Mercantilismo, Globalismo,</p><p>Nacionalismo, Tribalismo, Trabalho</p><p>Escravo, Trabalho Livre, Escravo e Senhor,</p><p>Alienação e Revolução. E estaspodem</p><p>ser outras: Palavras, palavras, palavras.</p><p>Penso, logo existo. Imperativo categórico.</p><p>Quando as sombras da noite começam</p><p>a cair é que levanta vôo o pássaro de</p><p>Minerva. Tudo que é sólido desmancha</p><p>no ar.</p><p>Sobre as ponderações do autor, reiteramos que a</p><p>linguagem é social, uma vez que, por meio dela, interagimos</p><p>com o mundo; disso, decorre a sua importância e a do seu</p><p>ensino para as novas gerações, como ele mesmo afirma:</p><p>No curso do século XX, outra vez acentuamse</p><p>e generalizam-se as preocupações com a</p><p>linguagem, envolvendo novos problemas;</p><p>além dos anteriores, recolocados em novos</p><p>termos. Em uma fórmula mais ou menos</p><p>sacramentada, esse é o século em que se dá</p><p>o “giro linguístico”, tal a importância e a</p><p>influência dos problemas de linguagem, com</p><p>os quais se defrontam a filosofia, a literatura e</p><p>as ciências sociais.</p><p>O autor ainda chama a atenção para as dimensões</p><p>histórico-sociais e civilizatórias da sociedade:</p><p>Quando se multiplicam as controvérsias, povoadas não</p><p>só de interrogações, mas também de perspectivas inesperadas</p><p>e inovadoras, muitos são levados a debruçarse sobre as</p><p>implicações histórico-sociais e civilizatórias da linguagem.</p><p>Trata-se de refletir sobre os segredos da língua e dialeto, signo,</p><p>símbolo e emblema, metáfora e conceito, texto e contexto,</p><p>mímesis, narrativa e metanarrativa, tradução e transculturação,</p><p>língua nacional e língua global. Outra vez, recoloca-se o</p><p>desafio de</p><p>refletir sobre as condições e as possibilidades do</p><p>contraponto linguagem e sociedade.</p><p>Nesse sentido, a língua é entendida como produto e</p><p>condição da vida social:</p><p>Em todas as configurações históricosociais</p><p>de vida, trabalho e cultura, a língua revela-</p><p>se produto e condição das formas de</p><p>sociabilidade e dos jogos das forças sociais.</p><p>41</p><p>Tanto no nacionalismo e tribalismo, como</p><p>no mercantilismo, colonialismo, imperialismo</p><p>e globalismo, os signos e os significados,</p><p>as figuras e as figurações da linguagem</p><p>revelamse constitutivas da realidade, das</p><p>condições e possibilidades socioculturais</p><p>e políticoeconômicas de indivíduos e</p><p>coletividades.</p><p>E a língua que se constitui como patamar</p><p>da história, o sistema de signos por meio do</p><p>qual se pronunciam o presente, o passado e</p><p>o futuro, a história e a geografia, as tradições</p><p>e as premonições, os santos e os heróis, as</p><p>façanhas e as derrotas, os monumentos e as</p><p>ruínas.</p><p>Note que o autor entende a cultura como o universo</p><p>em que a língua se constitui, ao passo em que a língua entra</p><p>decisivamente na constituição da cultura.</p><p>Ademais, cabe lembrar que o que distingue o ser humano</p><p>é que ele pensa, mentaliza, fabula ou mitifica a sua atividade,</p><p>real e imaginária, presente, passada e futura. A sua atividade</p><p>social, em âmbito individual e coletivo, está sempre expressa</p><p>em signos, símbolos e emblemas, compreendendo narrativas</p><p>orais, escritas, pensadas e imaginadas.</p><p>Portanto, o pensamento é ele também produto e</p><p>condição da linguagem, assim como das outras formas</p><p>culturais. Também se constitui no mesmo curso da práxis</p><p>social, quando as atividades se objetivam, cristalizam,</p><p>tensionam ou explodem em criações culturais. A língua é uma</p><p>dessas explosões, sem a qual o mundo se revela carente de</p><p>nome, conceito, inteligência, explicação, fantasia e mito. Isso</p><p>nos leva a concluir que a linguagem possibilita a todos nós,</p><p>indiscriminadamente, sermos seres históricos!</p><p>Outra questão tratada pelo autor refere-se aos silêncios.</p><p>Sobre isso, ele afirma que:</p><p>No mundo há muitos silêncios. [...] O silêncio</p><p>da solidão, do medo, da dor, da raiva, da</p><p>tristeza, da melancolia. Os silêncios que</p><p>existem podem ser infinitos, como os silêncios</p><p>extremos de quem está fechado em si mesmo</p><p>e o silêncio do amor. [...]</p><p>Sim, a própria palavra está em silêncio, antes de</p><p>transfigurar-se em pensamento ou imaginação,</p><p>sentimento ou ação, entendimento ou</p><p>compreensão, utopia ou nostalgia. E como se</p><p>estivesse erma de forma e movimento, som e</p><p>sentido.</p><p>Aguarda, em silêncio, o esclarecimento, a</p><p>revelação, o deslumbramento.</p><p>Sobre a palavra, o autor ainda afirma que:</p><p>O mistério da palavra, assim como da narrativa,</p><p>esconde-se tanto no autor como no leitor, da</p><p>mesma forma que no texto e no contexto.</p><p>Suspensas no ar, vistas em si, a palavra e a</p><p>narrativa resultam abstratas. Permitem muitos</p><p>jogos de linguagens, podem ser colocadas em</p><p>diferentes arranjos, desdobram-se em signos,</p><p>ou ícones, índices e símbolos, como em um</p><p>caleidoscópio sem fim. Há um momento, no</p><p>entanto, em que se revelam vazias, ermas de</p><p>som e sentido. Sejam quais forem as palavras,</p><p>metáforas e conceitos, ou figuras e figurações,</p><p>em narrativas literárias, científicas e filosóficas,</p><p>o seu mistério sempre carece de alguma</p><p>referência. Todas as narrativas, com as suas</p><p>figuras e figurações, ressoam alguma forma</p><p>de vivência, que pode ser presente, passada</p><p>ou futura, individual ou coletiva, real ou</p><p>imaginária. São sempre partes constitutivas do</p><p>pensamento e da realidade, dos sentimentos</p><p>e das fantasias. O mistério e o milagre da</p><p>narrativa sempre levam consigo algo ou muito</p><p>da experiência, próxima ou remota, real ou</p><p>imaginária, própria ou vicária.</p><p>No limite, é na experiência que se escondem</p><p>algumas das possibilidades do pensamento</p><p>e do sentimento, da compreensão e da</p><p>explicação, da intuição e da fabulação, que se</p><p>transfiguram, exorcizam, sublimam, clarificam</p><p>ou enlouquecem em palavras e narrativas.</p><p>Para refletir sobre o que é uma palavra, vejamos um trecho do poema</p><p>Procura da poesia de Carlos Drummond de Andrade:</p><p>Penetra surdamente no reino das palavras.</p><p>Lá estão os poemas que esperam ser escritos.</p><p>Estão paralisados, mas não há desespero,</p><p>há calma e frescura na superfície intata.</p><p>Ei-los sós e mudos, em estado de dicionário.</p><p>Convive com teus poemas, antes de escrevê-los.</p><p>Tem paciência, se obscuros. Calma, se te provocam.</p><p>Espera que cada um se realize e consuma</p><p>com seu poder de palavra</p><p>e seu poder de silêncio. (...)</p><p>Chega mais perto e contempla as palavras.</p><p>Cada uma</p><p>tem mil faces secretas sob a face neutra</p><p>e te pergunta, sem interesse pela resposta</p><p>pobre ou terrível, que lhe deres:</p><p>Trouxeste a chave?</p><p>Repara: ermas de melodia e conceito, elas se refugiaram na noite, as</p><p>palavras (Andrade, 1973, p. 196-198).</p><p>Para sedimentar sua aprendizagem, sugerimos que procure refletir e</p><p>anote suas intepretações sobre o poema!</p><p>Ao tratar sobre a palavra e seus desdobramentos, somos</p><p>levados a reconhecer algumas metamorfoses da língua,</p><p>lembrando que, como afirma o autor:</p><p>De quando em quando, na história e na</p><p>lenda dos povos e civilizações, embaralham</p><p>se as línguas e as linguagens, os signos, os</p><p>símbolos e os emblemas, os conceitos e as</p><p>metáforas. Confundem-se as estações, os dias</p><p>e as noites, o futuro e o passado, a utopia e</p><p>a nostalgia. Quando se abalam os quadros</p><p>sociais e mentais de referência, embaralhamse</p><p>42Tecnologias Educacionais e as Linguagens</p><p>os territórios e as fronteiras, as nações e as</p><p>nacionalidades, as línguas e as religiões, as</p><p>culturas e as civilizações.</p><p>Um exemplo histórico icônico deste embaralhamento é a</p><p>famosa história bíblica da Torre de Babel, a qual representou</p><p>um cenário no qual proliferam as linguagens de todos os tipos.</p><p>Segundo o autor:</p><p>Desde Babel constrói-se a imensa biblioteca</p><p>que constitui o mundo do pensamento e</p><p>da fantasia, da realidade e imaginação, da</p><p>compreensão e explicação, da utopia, nostalgia</p><p>e escatologia, como arte, ciência e filosofia.</p><p>Retomando a história da humanidade, vemos que, desde meados do</p><p>século XX, não podemos concluir esta reflexão sem tratar das linguagens</p><p>eletrônicas, informáticas, internéticas, virtuais ou pós-modernas que</p><p>atualmente multiplicam-se e predominam.</p><p>Em poucas décadas, todas as formas de literalidade</p><p>e oralidade, compreendendo a aula, o discurso do poder, a</p><p>conversação, o entretenimento, a comunicação, a informação,</p><p>a mídia, o livro, a revista, o jornal são desafiadas pela imagem,</p><p>o videoclipe, o hipertexto, o cibertexto, a multimídia. Em</p><p>pouco tempo, a palavra, enquanto signo da modernidade, é</p><p>recoberta pela imagem, enquanto signo da pós-modernidade.</p><p>Podemos afirmar ainda que, em larga medida, as</p><p>linguagens eletrônicas, informáticas e cibernéticas são</p><p>linguagens técnicas, instrumentais, pragmáticas. Têm sido</p><p>mobilizadas no âmbito de organizações públicas e privadas,</p><p>nacionais, regionais e mundiais, de modo a propiciar a</p><p>operação, expansão e gestão de empreendimentos econômicos,</p><p>financeiros, militares, políticos, culturais, religiosos, museus e</p><p>outros.</p><p>Aqui, é possível deduzir que este pode ser o cenário no</p><p>qual se instala e difunde a crise da palavra. Juntamente com</p><p>a transformação dos quadros sociais e mentais de referência,</p><p>no âmbito da vasta ruptura histórica em curso no século XX,</p><p>instala-se e generaliza-se a crise da palavra. Em poucas décadas,</p><p>predominam a realidade virtual, o videoclipe, o hipertexto,</p><p>o ciberespaço, a inteligência artificial, a estética eletrônica e</p><p>outras realizações eletrônicas, informáticas e cibernéticas.</p><p>A linguagem continua a participar decisivamente da constituição das</p><p>coisas, gentes e ideias. Revela-se produto e condição das formas de</p><p>sociabilidade e dos jogos das forças sociais, constituindo-se como</p><p>componente essencial das configurações histórico-sociais de vida,</p><p>trabalho e cultura.</p><p>Finalmente, sobre linguagem, sociedade e interação</p><p>humana talvez se possa afirmar que as diversas disciplinas e</p><p>teorias empenhadas em elucidar os segredos da linguagem</p><p>buscam, em última instância, decifrar o mistério de Babel,</p><p>como alegoria, mito, ilusão ou alucinação. Babel está sempre</p><p>à espreita, em tudo o que se diz e escreve, pensa e imagina,</p><p>compreende e explica, sonha e fantasia. Impregna mais ou</p><p>menos profundamente as formas de sociabilidade e os jogos</p><p>das forças sociais, ou seja, as configurações histórico-sociais</p><p>de vida, trabalho e cultura.</p><p>Segundo Junior (1984), essa linguagem é o sistema</p><p>indispensável da criação e do significado no mundo. A visão</p><p>de mundo está vinculada ao conhecimento que cada indivíduo</p><p>possui para ampliar seus horizontes no período de sua vida.</p><p>Essa linguagem nos possibilita uma autorreflexão</p><p>sobre questões de vivência particular a todo o momento. A</p><p>linguagem seria um olhar sobre o mundo refletido através das</p><p>particularidades em que cada indivíduo pode perceber diante</p><p>de qualquer fato da nossa vida.</p><p>Assim, temos a multiplicidade de narrativas sobre</p><p>os mais diversos aspectos da linguagem, nas quais se</p><p>empenham a linguística, a teoria literária, a filosofia da</p><p>linguagem, a sociolinguística, a etnolinguística, a semiótica e</p><p>a desconstrução.</p><p>Em todos os casos está em causa o esclarecimento, a</p><p>compreensão, a revelação ou o encantamento, talvez essenciais</p><p>à existência e à imaginação de uns e outros, em todo o mundo.</p><p>Nossa! Fizemos uma caminhada interessante nesta aula, não acham?</p><p>Adquirimos conhecimentos interessantes e essenciais para a nossa</p><p>formação enquanto profissionais e pessoas. Para fundamentar e</p><p>melhorar ainda mais a nossa aquisição de saberes, iremos, a seguir, dar</p><p>sugestões de leituras, sites, filmes e vídeos que vocês podem acessar</p><p>para otimizar as informações dadas nesta Aula.</p><p>Chegamos, assim, ao final da aula. Esperamos que</p><p>agora tenha ficado claro o entendimento frente ao</p><p>processo de comunicação e a linguagem enquanto</p><p>processo de interação humana.</p><p>Retomando a aula</p><p>1 - Breve reflexão sobre comunicação</p><p>Nesta seção, tivemos a oportunidade de iniciar nossas</p><p>reflexões sobre a comunicação, cujos pensamentos nos</p><p>prepararam para iniciar o estudo efetivo nas demais seções.</p><p>2 - Processo de comunicação: um panorama teórico</p><p>Nesta seção, estudamos a língua, a qual podemos</p><p>entender como um conjunto de signos que o ser humano</p><p>utiliza para a comunicação.</p><p>Vimos também a linguagem como a utilização da língua,</p><p>a qual pode ser:</p><p>a) Linguagem falada.</p><p>b) Linguagem não verbal.</p><p>c) Linguagem escrita.</p><p>Finalmente, vimos que, para bem nos expressarmos na</p><p>linguagem escrita, precisamos de:</p><p>a) conhecimento do assunto;</p><p>b) vocabulário;</p><p>c) domínio das regras gramaticais.</p><p>43</p><p>3 - Linguagem, sociedade e interação humana</p><p>Nesta seção, refletimos sobre as interações presentes</p><p>entre a linguagem, a sociedade e a interação humana. Vimos,</p><p>baseados nas ideias de Ianni (1999) que a língua é, efetivamente,</p><p>um produto social e é condição de sociedade interativa. Para</p><p>finalizar, entendemos que as leituras que realizamos podem</p><p>nos conduzir às reflexões profundas que nos permitem “ler</p><p>o mundo” que nos cerca. A linguagem faz com que todo o</p><p>processo seja revisto de forma coerente.</p><p>ORLANDI, Eni Puccinelli. A linguagem e seu</p><p>funcionamento: as formas do discurso. Campinas: Pontes,</p><p>1996.</p><p>ECO, Umberto; ANGONESE, Antonio (Tradutor).</p><p>A busca da língua perfeita. Bauru: EDUSC, 2002.</p><p>KOCH, Ingedore G. Villaça; TRAVAGLIA, Luiz</p><p>Carlos (Colaborador). A coerência textual. Editora Contexto,</p><p>2001.</p><p>Vale a pena ler</p><p>Vale a pena</p><p>BINDI, L. F. Escrita e alfabeto. Disponível em: http://</p><p>www.libreria.com.br/artigos.asp?id_artigo=550. Acesso</p><p>em: 3 maio 2014.</p><p>PARTES.COM. Teoria, signo e reflexão. Disponível em:</p><p>http://www.partes.com.br/ed39/teoriasignosreflexaoed39.</p><p>htm. Acesso em: 3 maio 2014.</p><p>SEMIÓTICA BLOGSPOT. Como se definem</p><p>ossignos. Disponível em: http://semioticacom102.blogspot.</p><p>com/2008/10/como-se-definem-os-signos-2-signo.html.</p><p>Acesso em: 3 maio 2014.</p><p>UNISUL. Linguagem. Disponível em: http://www3.</p><p>unisul.br/paginas/ensino/pos/linguagem/0102/05.html.</p><p>Acesso em: 3 maio 2014.</p><p>Vale a pena acessar</p><p>Nell</p><p>A guerra do fogo</p><p>Vale a pena assistir</p><p>Minhas anotações</p>

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