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Prévia do material em texto

Conteudista
Prof. Me. Pascoal Fernando Ferrari
Revisão Textual
Prof.ª Aline de Fátima Camargo da Silva
Pensamento e Linguagem: 
Uma Visão Interacionista
Sumário
Objetivos da Unidade ............................................................................................................3
Contextualização .................................................................................................................. 4
Introdução .............................................................................................................................. 5
Pensamento, Linguagem e os Interacionistas ................................................................ 9
Pensamento, Linguagem e a Palavra Escrita ..................................................................17
A Integração Social no Desenvolvimento do Pensamento e da Linguagem ...........21
Atividades de Fixação ........................................................................................................24
Material Complementar..................................................................................................... 25
Referências ........................................................................................................................... 26 
Gabarito ................................................................................................................................ 27
3
Objetivos da Unidade
Atenção, estudante! Aqui, reforçamos o acesso ao conteúdo on-line para 
que você assista à videoaula. Será muito importante para o entendimento 
do conteúdo.
Este arquivo PDF contém o mesmo conteúdo visto on-line. Sua disponibili-
zação é para consulta off-line e possibilidade de impressão. No entanto, re-
comendamos que acesse o conteúdo on-line para melhor aproveitamento.
• Conhecer a visão interacionista a respeito do desenvolvimento do pensamen-
to e da linguagem humana;
• Compreender de que forma a visão interacionista contribuiu para a área de 
conhecimento na qual você pretende se graduar;
• Estabelecer um contato inicial com as obras de Vygotsky e Piaget. 
4
Contextualização
A ideia de correlacionarmos os conceitos Pensamento, Linguagem e Desenvolvi-
mento Humano, suscita diversos questionamentos. Sendo assim, iremos fazer, a 
princípio, uma breve revisão histórica a respeito do surgimento da linguagem falada 
e da língua escrita. Em seguida, estudaremos o pensamento e a linguagem dentro da 
dimensão interacionista com base nas contribuições de Vygotsky e Piaget. E, finali-
zaremos a unidade buscando entender e refletindo sobre a importância da interação 
social no desenvolvimento do pensamento e da linguagem.
Quanto às atividades propostas na unidade, é importante que você realize todas 
com afinco e determinação. Teste seus conhecimentos respondendo às questões 
propostas, observe o que você já sabe, bem como o que precisa ainda saber e am-
plie seus conhecimentos lendo o material complementar.
Leitura
Para o momento de contextualização, suge-
rimos que leia o breve artigo, da revista Nova 
Escola, “O que ensinar em Língua Portuguesa”, 
disponível no QR Code ao lado. A leitura do tre-
cho “Concepções de linguagem alteram modo 
de ensinar” é importante para que você enten-
da por que a prática diária da leitura e da escri-
ta, em atividades mediadas pelo professor, é 
fundamental quando se considera a linguagem 
uma forma de interação social.
VOCÊ SABE RESPONDER?
Observe a interação entre uma criança e sua família durante situações cotidianas, 
tais como refeições, brincadeiras ou momentos de leitura. Como você percebe que 
essas interações influenciam o desenvolvimento da linguagem da criança? Quais es-
tratégias e práticas da família você identifica como promotoras do enriquecimento 
do vocabulário e da fluência verbal da criança?
https://novaescola.org.br/conteudo/303/o-que-ensinar-em-lingua-portuguesa
5
Introdução
Nesta unidade, estudaremos a construção do pensamento e da linguagem humana 
com base em uma perspectiva interacionista. A matriz do conhecimento interacio-
nista, na Psicologia, está associada principalmente à teoria de Lev Vygotsky e Jean 
Piaget, além de outros autores.
Reflita
A ideia de correlacionarmos os conceitos Pensamento, Lingua-
gem e Desenvolvimento Humano suscita diversos questiona-
mentos. Pensamos em forma de palavras ou imagens? Como a 
linguagem e o pensamento podem influenciar o nosso desen-
volvimento? Qual a importância da linguagem e do pensamento 
para o processo de comunicação humana? Qual a relação entre 
linguagem, pensamento e a educação? 
São tantos questionamentos possíveis que poderíamos nos perder no meio de tan-
tas palavras e interrogações. Todavia, para podermos trocar ideias e chegarmos a 
alguma conclusão ou construirmos conhecimento a respeito do tema, teremos que 
nos comunicar mediante uma linguagem. A Língua ou o sistema de comunicação 
e expressão verbal ou não verbal permite que os indivíduos expressem suas ideias, 
seus pensamentos, suas emoções e desejos. Esse sistema de comunicação, que se 
manifesta por diferentes maneiras de falar ou escrever, está intimamente ligado à 
sua época e ao local do acontecimento. Para ressaltarmos a importância da comuni-
cação entre as pessoas, vamos fazer referência à história bíblica da “Torre de Babel”. 
Você se lembra dessa história?
6
Figura 1 – A Torre de Babel, por Pieter Bruegel 
Fonte: Wikimedia Commons
#ParaTodosVerem: a imagem mostra uma pintura clássica intitulada “A Torre de Babel”, criada por Pieter Brue-
gel. A cena retratada é uma representação da famosa narrativa bíblica sobre a sua construção. A pintura apre-
senta uma cena movimentada e detalhada, repleta de personagens e elementos arquitetônicos. No centro da 
composição, vemos a enorme estrutura da torre, que se ergue majestosamente ao longo de toda a imagem. A 
torre é representada como uma construção maciça, com múltiplos andares. Fim da descrição.
A história é encontrada em Gênesis e, segundo sua narrativa, em toda a Terra, havia 
somente uma língua. E, na planície entre os rios Tigre e Eufrates, na antiga Mesopo-
tâmia, foi construída uma grande torre chamada Babel. O objetivo dessa construção 
era erigir uma torre cujo cume chegasse até o céu, para que os homens ficassem em 
igualdade com Deus. Essa intenção aparece como uma afronta dos homens a Deus.
Desse modo, Deus parou a construção com uma grande ventania e depois 
castigou os homens, fazendo com que eles falassem várias línguas, a fim 
de que não se entendessem mais e não pudessem voltar a construir uma 
torre com esse propósito. Essa história é usada para explicar a existência de 
muitas línguas entre os homens.
A partir dessa narrativa, podemos ponderar a respeito da importância da comuni-
cação entre os indivíduos e entre as diversas etnias. Certamente, qualquer relação 
interpessoal é capaz de “ruir”, caso não haja algo que a mantenha, e a linguagem 
pode ser o elemento de união ou, então, de separação.
7
Reflita
Agora, pense na relação professor aluno e observe o quanto é 
importante falarmos a mesma “língua” na escola. Para construir-
mos conhecimento a respeito de determinado tema, é necessá-
rio estabelecer um processo de comunicação entre o professor 
e o aluno e também entre os próprios alunos. 
Nesse processo, devemos considerar que a língua a qual usamos para nos comuni-
car é, em certo sentido, volátil e muda dependendo do tempo e do lugar. É o caso da 
internet, que, paulatinamente, vem incluindo novas palavras e expressões ao nosso 
vocabulário cotidiano, ou, o caso das gírias, que também acrescentam palavras ao 
nosso repertório, ocasionando, assim, uma mudança constante em nossa forma de 
expressão e comunicação, em nossa forma de falar e escrever. Sendo assim, a esco-
la e o professor devem ficar atentos às mudanças ocorridas em nossa língua.
Quando o homem apareceu no 
reino animal, surgiu a necessidade 
de comunicação entre os seme-
lhantes. Essa comunicação se ini-
ciou com gestos, movimentose 
expressões que simbolizavam uma 
ideia e, posteriormente, associou-
-se a ideia a um respectivo som. 
Assim, a ideia foi transformada em 
um som ou em uma palavra falada, 
mesmo que de forma rudimentar. 
Ao longo do tempo, o homem foi 
criando palavras, frases, transmi-
tindo oralmente suas impressões, 
sentimentos, desejos e também 
suas histórias. Nasceu, então, a lín-
gua e, com ela, podemos inferir que 
nasceu também a cultura humana.
8
Durante esse processo, surgiu a necessidade de grafar essas ideias e o homem pas-
sou a fazer registros em suas cavernas, os quais são encontrados, até hoje, na Arte 
Rupestre. Arte Rupestre é a denominação dada a desenhos e registros iconográficos 
feitos pelos homens pré-históricos nas cavernas onde moravam; são representa-
ções artísticas realizadas há mais de 40.000 anos a.C., ainda no período Paleolítico. 
É a fase da História que precede a escrita. Veja a imagem:
Figura 2 – Arte Rupestre 
Fonte: Reprodução
#ParaTodosVerem: a imagem retrata uma parede de rocha coberta com diversas pinturas, conhecidas como arte 
rupestre. A composição mostra uma variedade de figuras e símbolos representados nas pinturas. Alguns dos dese-
nhos incluem animais como bisões, cavalos, mamutes e cervos, retratados de forma estilizada. Também são visí-
veis figuras humanas, algumas em atividades como caça ou dança, e outras em formas abstratas. Fim da descrição.
Paulatinamente, os homens foram vinculando esses símbolos entre si e construíram 
um sistema de códigos, pelo qual se comunicavam. As diferentes etnias construíram 
códigos próprios, tais como os sumérios, povo ao qual se atribui o advento da escrita. 
Das paredes das cavernas, os homens começaram a escrever em pergaminhos de 
couro e, mais tarde, os egípcios inventaram um “papel”, feito de uma planta chama-
da papiro, o qual continha a escrita grafada e era armazenado em forma de rolos. Em 
1456, Hans Gutemberg inventou a imprensa e, assim, a língua escrita foi difundida 
em passo acelerado. A educação apropriou-se, amplamente, dessa forma de comu-
nicação, construindo-se sobre ela. 
9
Pensamento, Linguagem e os 
Interacionistas
Iniciaremos nossos estudos a partir do pensamento de Lev Semenovich Vygotsky, 
que nasceu em 1896, na Bielorrússia, e morreu em 1934, e desenvolveu seus estudos 
na Universidade de Moscou. Com o fim da chamada “Guerra Fria”, nos anos 1980, en-
tre os Estados Unidos e a União Soviética, seu trabalho se expandiu para todo o mun-
do e suas ideias se propagaram com força na educação contemporânea mundial. 
Vygotsky e seus colaboradores investigaram, em profundidade, o universo do pen-
samento e da linguagem, temática que, por diversas vezes, é abordada pela Psicolo-
gia e que se revela como um importante componente na formação de professores 
das séries iniciais. Compreender as relações entre o pensamento e a linguagem é 
fundamental para entendermos o desenvolvimento afetivo e cognitivo da criança e, 
consequentemente, melhorarmos a prática educativa. 
Figura 3 – Vygotsky 
Fonte: Wikimedia Commons
#ParaTodosVerem: a imagem mostra um retrato de Lev Vygotsky. Ele é representado como um homem de 
meia-idade, com cabelos escuros e olhos penetrantes. Ele está vestindo um terno formal e está posicionado de 
frente para a câmera. Seu rosto transmite uma expressão séria. Fim da descrição.
10
Com base na abordagem interacionista, partiremos da premissa de que pensamento 
e linguagem se inter-relacionam de forma complexa e sofrem influências recíprocas, 
apesar de serem fenômenos humanos distintos. 
Com diferentes procedências, pensamento e linguagem são, inicialmente, diferen-
ciados. O pensamento não nasce com as palavras e a linguagem não nasce dentro 
de uma lógica racional, porém, nos indivíduos, por volta de dois anos de idade, o 
pensamento e a linguagem encontram-se e modificam-se. O pensamento amplia-
-se para a forma verbal (em palavras) e a linguagem começa a se tornar racional e 
intelectualmente compreendida, permitindo o aparecimento da comunicação entre 
os indivíduos por meio de palavras e frases.
Com relação às crianças, veja o que Vygotsky diz a respeito do desenvolvimento do 
pensamento e da linguagem: 
[...] Também no estágio inicial do desenvolvimento da criança, podería-
mos, sem dúvida, constatar a existência de um estágio pré-intelectual no 
processo de formação da linguagem e de um estágio pré linguagem no 
desenvolvimento do pensamento. O pensamento e a palavra não estão 
ligados entre si por um vínculo primário. Este surge, modifica-se no pro-
cesso do próprio desenvolvimento do pensamento e da palavra.
VYGOTSKY, 2001, p. 369
Observe que Vygotsky defende a ideia de que pensamento e linguagem são fe-
nômenos distintos e de que o desenvolvimento de ambos é modificado por sua 
própria influência.
Quanto à palavra, não podemos pensá-la destituída de significado. A palavra e seu 
significado devem estar associados, todavia devemos considerar a mutabilidade do 
significado da palavra. Por exemplo, quando crianças, muitas vezes, nomeamos as 
coisas de forma particular e, com o decorrer do tempo, vamos atribuindo novos 
significados às coisas e às próprias palavras. Segundo Vygotsky (2001, p. 399): “O 
significado da palavra, uma vez estabelecido, não pode deixar de desenvolver-se e 
sofrer modificações”.
Embasados pela teoria interacionista, podemos dizer que, apesar de objeto 
e palavra formarem uma estrutura única, não podemos conceber essa re-
lação como um simples vínculo associativo entre palavra e seu significado. 
Essa é uma relação complexa e compõe uma mutabilidade em seu desen-
volvimento singular.
11
Vygotsky (2001) estudou com profundidade o tema, criticou os estudos anteriores 
aos dele por não considerarem a questão da mutabilidade no desenvolvimento do 
pensamento e da linguagem. Com muito respeito, faz observações sobre a obra 
de Piaget, principalmente no que tange às questões do egocentrismo na infância. 
Igualmente, levanta questionamentos acerca da teoria da Gestalt por não considerar 
a transformação do significado das palavras. 
Glossário
A Semântica, que é o estudo do significado das palavras de uma 
língua, dedica-se a verificar as relações entre os signos e aquilo 
que eles significam.
A visão interacionista nos convida a pensar no âmbito histórico-cultural; as determi-
nações que a cultura apresenta no desenvolvimento da linguagem e do pensamento 
humano são inegáveis. Luria, um dos colaboradores de Vygotsky, relata sua pesquisa 
a respeito das diferenças culturais de pensamento. Durante a pesquisa foram mos-
trados alguns símbolos, círculos ou quadrados, aos participantes e foi-lhes solicitado 
que associassem esses símbolos a algo e os agrupassem. Como exemplo, um círculo 
foi categorizado como um prato.
A referida pesquisa, feita com um grupo de indivíduos analfabetos e um grupo de 
indivíduos com certo grau de instrução, demonstrou diferenças entre eles. O grupo 
de analfabetos, os quais viviam em aldeias remotas, tendia a um pensamento mais 
concreto, advindo de uma experiência prática, enquanto o grupo de estudantes e 
trabalhadores, advindos de vilas modernas, tendia a um pensamento conceitual mais 
abstrato, já que essas pessoas tinham a capacidade de generalização mais acentu-
ada (VYGOTSKY; LURIA; LEONTIEV, 2005). A seguir, observe algumas conclusões 
apontadas por Luria em sua pesquisa:
Esta tendência em contar com operações usadas na vida prática foi o 
fator controlador no caso de pessoas analfabetas e que não tinham re-
cebido qualquer educação. [...] Pessoas que, de alguma forma, eram mais 
educadas empregavam a classificação categórica, como método de 
agrupar os objetos, ainda que tivessem recebido apenas um ou dois anos 
de escolaridade.
VYGOTSKY; LURIA; LEONTIEV, 2005, p. 50
12
As conclusões de Luria nos fazem 
refletir a respeito do quanto a cul-
tura é presente no desenvolvimen-
to do pensamento e da linguagem 
humana. O ambiente cultural em 
que vivemos age sobre nossa 
forma de pensar e, consequente-mente, sobre nossa forma de agir, 
influenciando o ambiente cultural 
que nos rodeia, compondo uma 
via de mão dupla, em um processo 
constante e dialético.
Outro importante pensador que investigou o desenvolvimento infantil e sua relação 
com o pensamento e a linguagem foi Piaget, autor que estudaremos a seguir.
Quando nossos sujeitos adquiriram alguma educação e tiveram partici-
pação em discussões coletivas de questões sociais importantes, rapida-
mente fizeram a transição para o pensamento abstrato. 
VYGOTSKY; LURIA; LEONTIEV, 2005, p. 52
13
Figura 4 – Piaget 
Fonte: Filosofando, 2023 
#ParaTodosVerem: a imagem retrata Jean Piaget. Ele é representado em uma fotografia em preto e branco. 
Piaget é um homem de meia-idade, com cabelos brancos e usa óculos. Ele está vestindo uma roupa formal, com 
uma gravata. Sua postura é ereta e sua expressão é séria. Fim da descrição.
Jean Piaget foi um psicólogo suíço que nasceu em 1896 e morreu em 1980. Desenvol-
veu sua pesquisa na Universidade de Genebra, na qual foi professor. Foi o precursor 
da ciência denominada Epistemologia Genética, teoria do conhecimento embasada 
no estudo da gênese psicológica do pensamento infantil. Sua teoria aponta para o 
desenvolvimento humano por estágios, o que o destacou na educação mundial. 
A Epistemologia Genética subordina o desenvolvimento do indivíduo a questões 
sensório-motoras de fundo genético, o que acontece também em relação à lingua-
gem e ao pensamento. Para Piaget, o pensamento antecede a linguagem, que é 
definida apenas como uma forma de expressão do pensamento, mas não a única.
14
Figura 5 – Desenvolvimento humano 
Fonte: Freepik
Para Piaget, o que caracteriza o pensamento infantil é o egocentrismo. Dessa pro-
priedade é que irão derivar todas as outras características do pensamento da crian-
ça. A marca egocêntrica que distingue o pensamento infantil é entendida como uma 
forma intermediária ou de transição entre o pensamento autístico e o pensamento 
racional e intencional.
Adrián Montoya, pesquisador brasileiro, fez alguns estudos a respeito da teoria pia-
getiana e muito contribuiu para o entendimento dessa teoria. Veja, a seguir, o que 
ele diz a respeito dos estudos de Jean Piaget:
É nesse contexto de preocupação teórica que se realizam os primeiros 
estudos sobre o desenvolvimento do pensamento e da linguagem da 
criança. A passagem do egocentrismo infantil para a objetividade e para 
o pensamento lógico encontra-se, segundo esse autor, estreitamente 
relacionada à linguagem socializada, isto é, à linguagem cujos termos e 
conceitos são compartilhados por todos os membros do grupo, a qual 
possui uma estrutura lógica.
MONTOYA, 2006, p.120
Observamos questões importantes nesse pequeno trecho. A passagem do pensa-
mento egocêntrico para o pensamento lógico acontece mediante a linguagem so-
cializada. É por meio das trocas ou interações sociais, verbalmente definidas, que a 
criança consegue passar do estágio pré-operatório para o estágio operatório con-
creto, que se estabelece aos sete anos. Por intermédio da linguagem socializada é 
que poderemos compartilhar nossa cultura, nossos pensamentos e afirmações.
15
Figura 6 – A socialização 
Fonte: Freepik
Podemos deduzir que o desenvolvimento humano está intimamente ligado ao pro-
cesso de socialização daquilo que pensamos por meio de uma linguagem verbal, 
que une o pensamento às palavras. Podemos pensar por imagens, sentimentos, as-
sociando coisas, mas a comunicação desses pensamentos, para que haja as trocas 
sociais, têm, nas palavras, um forte veículo de difusão desses pensamentos.
Montoya continua, ainda, com seus argumentos a respeito da teoria de Jean Piaget 
ou da Epistemologia Genética:
Na perspectiva da explicação do progresso, nessa fase, as pesquisas de 
Piaget (1923, 1924) mostram que os fatores sociais e culturais são aque-
les que promovem o desenvolvimento do pensamento. Assim, quando 
ele se refere à sucessão evolutiva do pensamento “autístico” (individual e 
incomunicável) para o pensamento “dirigido” (socializada, orientada pela 
adaptação progressiva dos indivíduos uns aos outros), o progresso é atri-
buído à ação do meio social e da linguagem.
MONTOYA, 2006, p. 120 
Neste momento, entendemos que Montoya ressalta a importância do meio social e 
da linguagem na transformação do pensamento egocêntrico (autístico) em pensa-
mento lógico (dirigido), que compreende códigos e significados socializados.
No período, que se refere ao pensamento lógico, a criança consegue estabelecer 
corretamente as relações de causa e efeito e de meio e fim; por conseguinte, ela 
16
é capaz de sequenciar ideias ou eventos. É o período das construções lógicas, em 
que ela estabelece relações entre as coisas e com pontos de vista diferentes. Piaget 
aponta, em sua pesquisa, para uma transição dos esquemas sensório-motores para 
os esquemas conceituais da mente.
Outro aspecto interessante da teoria piagetiana é a questão da investigação 
feita sobre a origem do pensamento. No período sensório-motor, que vai do 
nascimento aos dois anos de idade, iniciamos com imagens mentais para-
das, sem muita definição – inclusive pela maturação gradual de nosso olho 
– que vão, aos poucos, ganhando movimento. Posteriormente, palavras são 
aprendidas e já se misturam às imagens; com as palavras nomeamos coisas 
e eventos que presenciamos, em um crescendo infinito e complexo.
Fazemos um movimento interno de passarmos de uma inteligência sensório-moto-
ra para uma inteligência conceitual. A função simbólica da palavra também é consi-
derada na teoria piagetiana e engloba outros temas. Para aclararmos mais a questão, 
vejamos o que Piaget diz a esse respeito:
Podemos, então, admitir que exista uma função simbólica mais ampla que a 
linguagem, englobando, além do sistema de signos verbais, o do símbolo no 
sentido restrito. Pode-se dizer, então, que a origem do pensamento deve ser 
procurada na função simbólica. Mas também se pode, legitimamente, susten-
tar que a função simbólica se explica pela formação das representações [...].
PIAGET, 1972, p. 85
Figura 7 – Linguagem 
Fonte: Freepik
17
Esses dois trechos nos remetem a pensar acerca da natureza construtiva da aqui-
sição tanto do pensamento quanto da linguagem. Entretanto, Piaget alerta que o 
pensamento antecede a linguagem, a qual interfere na construção do pensamento. 
A representação e a simbologia que criamos sobre coisas e acontecimentos mere-
cem destaque em sua teoria.
Pensamento, Linguagem e a 
Palavra Escrita
Reflita
Você pode imaginar a diversidade linguística que a humanida-
de criou? Imagine a quantidade de línguas e dialetos falados no 
mundo? E as variações de sotaques, que são tipos de pronúncias 
relativas a uma determinada região, quantas existem no Brasil e 
no mundo? Se possuímos inúmeras formas de falar uma mesma 
língua, como, então, grafamos ou registramos essas formas de 
falar? Assim nasce a necessidade da língua escrita. Vamos pen-
sar um pouco na história da escrita.
A escrita apareceu em várias culturas: nas dos Sumérios, no Oriente Médio; nas dos 
povos Maias, nas Américas, ou ainda nas dos povos Orientais, como os chineses. 
Provavelmente, a necessidade da escrita surgiu como imperativo do desenvolvi-
mento da economia e da sociedade. A primeira forma de escrita registrada é a escri-
ta denominada Cuneiforme, que surgiu por volta do ano 3500 a.C., na Mesopotâmia, 
desenvolvida pelo povo Sumério. 
Escrita Cuneiforme, feita em argila e muito usada no comércio pelo povo Sumério, 
na antiga Mesopotâmia.
Mas como a linguagem só é uma forma particular da função simbólica 
e, como símbolo individual é, certamente, mais simples que o signo co-
letivo, conclui-se que o pensamento precede a linguagem e que esta se 
limita a transformá-lo, profundamente, ajudando-o a atingir suas formas 
de equilíbrio através de uma esquematização mais desenvolvida e de uma 
abstração mais móvel.
PIAGET, 1972, p. 86
Escrever é triste. Impede a conjugação de tantos outros verbos.Carlos Drummond de Andrade 
18
Figura 8 – Escrita Cuneiforme 
Fonte: Reprodução
#ParaTodosVerem: a imagem retrata uma tabuleta de argila com escrita cuneiforme, uma das primeiras formas 
de escrita conhecidas na história da humanidade. A tabuleta é plana e retangular, com linhas de escrita incisas 
em sua superfície. Fim da descrição.
Vale ressaltar que, nesse mesmo período, houve o surgimento da escrita Hieroglífi-
ca, no Egito Antigo.
A escrita Hieroglífica era feita em papiro, precursor do papel, feito pelos egípcios.
Figura 9 – Escrita Hieroglífica 
Fonte: Reprodução
#ParaTodosVerem: a imagem retrata um trecho de escrita hieroglífica, um sistema de escrita usado no antigo 
Egito. A escrita hieroglífica é composta por uma série de símbolos e imagens que representam palavras, sons e 
conceitos. Na imagem, vemos uma parede ou um bloco de pedra contendo uma série de hieróglifos esculpidos. 
Nela, há desenhos estilizados de animais, objetos e outros elementos da natureza, além de símbolos abstratos. 
Eles são organizados em colunas ou linhas, formando uma sequência de escrita. Fim da descrição.
19
Não podemos nos esquecer do povo Maia, na América, e do povo oriental, como os 
chineses e indianos, os quais, também, desenvolveram uma forma de representar e 
registrar as palavras. 
 
Atualmente, escrevemos em tablets e, de forma virtual, registramos nossas 
palavras; ao mesmo tempo, alguns povos ameríndios e africanos ainda não 
possuem uma língua escrita, o que mostra a complexidade das sociedades 
atuais que ocupam o planeta. Aqui, não há juízo de valor ou afirmação de 
que um povo é mais evoluído que outros por ter um sistema de escrita; 
trata-se apenas de uma observação.
Saliente-se que a língua de um povo se revela como identidade, visto que construí-
mos uma identidade linguística e, apesar da diversidade de sotaques, reconhecemos 
nosso idioma imediatamente, quando o ouvimos em qualquer lugar do mundo em 
que possamos estar. 
Reflita
O fato de grafar uma palavra não significa que ela passa a ad-
quirir uma precisão terminológica. Claro que um bom dicionário 
dará esclarecimentos sobre o significado da palavra, mas, em 
nosso cotidiano, quando usamos a linguagem para uma comu-
nicação entre pessoas, será que temos o significado linguístico 
de cada palavra que falamos? E a pessoa que ouve essas pala-
vras, será que atribui o mesmo significado a elas? Será que a en-
tonação que damos à palavra não modifica o seu significado? E 
a palavra escrita, garante um entendimento único? Nesse caso, 
como a escola faz para equacionar essas questões?
Na sociedade contemporânea, o papel de ensinar a escrita e a leitura da palavra fica 
a cargo da instituição escolar. A alfabetização pressupõe, além da decifração dos 
códigos da escrita, da aprendizagem das letras e das palavras, a necessidade do uso 
social da alfabetização. A esse uso social da escrita chamamos de letramento. Veja 
como o Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil (RCNEI) conceitua o 
que é letramento:
20
O texto se refere às práticas discursivas tanto do ponto de vista oral quanto escrito. 
Uma pessoa alfabetizada e letrada significa uma pessoa que, além de decifrar os 
códigos escritos da linguagem, também é capaz de discernir os diversos usos da 
escrita, podendo diferenciar um texto jornalístico ou informativo de uma poesia, ou, 
uma escrita escolar de um bilhete caseiro, compreendendo a comunicação dessa 
escrita. E ainda, conforme pontua Paulo Freire, acerca da dinâmica da leitura das 
palavras e do contexto:
A leitura do mundo precede a leitura da palavra, daí que a posterior leitura 
desta não possa prescindir da continuidade da leitura daquele. Linguagem 
e realidade se prendem dinamicamente. A compreensão do texto a ser 
alcançada por sua leitura crítica implica a percepção das relações entre o 
texto e o contexto.
FREIRE, 1989, p. 9
Então, podemos concluir que a alfabetização, razão primeira da escola, não pode 
prescindir também do letramento, pois o uso social da escrita deve considerar a 
realidade na qual ela acontece, ou seja, podemos deduzir que a palavra lida interfere 
na compreensão do mundo e vice-versa. 
Letramento: produto da participação em práticas sociais que usam a es-
crita como sistema simbólico e tecnologia. São práticas discursivas que 
precisam da escrita para torná-las significativas. Dessa concepção decor-
re o entendimento de que, nas sociedades urbanas modernas não existe 
grau zero de letramento, pois nelas é impossível não participar, de alguma 
forma, de algumas dessas práticas. 
BRASIL, 1998, p. 121 
A apropriação da escrita e da leitura das 
palavras não se resume a um ato me-
cânico ou a um mero treino; é, antes 
de tudo, uma forma de construção de 
conhecimento. Requer uma compreen-
são conceitual da palavra lida, como um 
passaporte para o mundo letrado. Alfa-
betização e letramento são processos 
distintos, que podem, ou não, aconte-
cer simultaneamente, mas, certamente, 
são complementares entre si.
21
Portanto, Freire (1989) vê a alfabetização como um ato político que enfrenta e supe-
ra a ingenuidade de uma leitura não crítica da palavra. É a dimensão social do pen-
samento e da linguagem, natural do ser humano. É a opção democrática da escola.
Assim, ler uma palavra e compreendê-la é quase uma magia; apropriar-se do sentido 
da palavra é como reinventá-la dentro da própria mente. Todavia, lembremos Drum-
mond: talvez a determinação de escrever a palavra nos impeça de conjugarmos tan-
tos outros verbos.
A Integração Social no 
Desenvolvimento do Pensamento 
e da Linguagem
A criança, após o domínio da fala, utiliza a linguagem oral – mesmo que, no início, de 
forma singular – para brincar, comunicar-se e expressar sentimentos e desejos; é por 
meio dela que a criança pode relatar suas vivências mais significativas e comparti-
lhá-las com outras pessoas.
Importante
Como já mencionado, pensamento e linguagem são fenômenos 
distintos, mas que se encontram e se modificam mutuamente. 
O desenvolvimento dos dois fenômenos só é possível nas inte-
rações sociais. É na interação social que surge a necessidade de 
comunicação e de trocas de ideias, impulsionando-nos a utilizar 
a linguagem para a realização dessa necessidade.
São as interações construídas por nossas vivências que nos permitem o incremento 
da linguagem e do pensamento humano. Nesse sentido, a escola é lugar privilegiado 
para desenvolvermos e incentivarmos a oralidade do educando, já que ele ainda não 
domina os códigos da linguagem escrita ou a leitura das palavras.
Ademais, no processo de aquisição da oralidade, a criança passa por momentos dife-
rentes: o da fala e o da escuta. Ao docente, de forma interativa, cabe escutá-la com 
atenção, atribuindo sentido ao que é falado e reconhecendo que ela necessita dizer 
algo. Além do professor, a criança e seus pares também devem exercitar a escuta, 
para que haja um processo de comunicação pleno e adequado. Assim, proporcionar 
uma escuta atenta pode gerar novos pensamentos, novas formas de pensar.
22
Em resumo, podemos caracterizar quatro competências linguísticas básicas. Veja o 
fluxograma a seguir: 
Competências 
linguísticas
Escutar Falar Escrever Ler
Figura 10 – Fluxograma competências linguísticas 
Fonte: Acervo do conteudista
#ParaTodosVerem: a imagem retrata um fluxograma que representa as diferentes competências linguísticas. O 
fluxograma é composto por uma série de caixas azuis e setas, organizadas de forma lógica e sequencial. Na caixa 
que fica ao topo da imagem, está escrita a palavra “Competência linguística” e dela sai um traço que se divide 
nas demais que estão abaixo e seguem a seguinte sequência: “Escutar – Falar – Escrever – Ler”. Fim da descrição.
Desse modo, sendo a língua um sistema de signos histórica e socialmente construí-
do, ela possibilita aos indivíduos significar o mundo e a realidade que está à sua volta 
e requer quatro competências básicas para seu domínio, as quais são: saber falar, 
escutar,ler e escrever esse sistema de signos. Afinal, compreender e dominar uma 
língua não é tarefa fácil, como descreve o RCNEI em seu volume 3:
Aprender uma língua não é somente aprender as palavras, mas também os 
seus significados culturais, e, com eles, os modos pelos quais as pessoas do 
seu meio sociocultural entendem, interpretam e representam a realidade.
BRASIL, 1989, p. 117
Com isso, ao lermos a passagem anterior, percebemos a importância da cultura e 
das interações sociais na construção e no aprendizado de uma língua. A forma como 
interpretamos a realidade na qual estamos inseridos é condição primordial para a 
construção e o uso da linguagem.
Importante
Considerando as mudanças sofridas pela palavra, tanto do pon-
to de vista gramatical quanto semântico, podemos dizer que a 
língua, sob os pontos de vista histórico e cultural, carrega certa 
identidade que incorporamos, uma identidade linguística que 
construímos com base na língua que falamos.
23
Reafirmamos, aqui, que a instituição escolar é um espaço privilegiado para o exercí-
cio e o desenvolvimento da linguagem, no qual o trabalho com a linguagem oral e a 
linguagem escrita se traduz na possibilidade de ampliação das capacidades de co-
municação e expressão e de acesso ao mundo das letras e conceitos pelas crianças.
Além disso, a prerrogativa de ser um espaço privilegiado faz dela, também, um espa-
ço de natureza democrática. A livre expressão da palavra deve estar no seu currículo, 
anunciando, em primeira página, sua opção política. Essa opção político/profissional, 
no entanto, apenas se valida em sua prática cotidiana, uma prática democrática na 
escola, a qual como indica Freire (1989, p. 16): “Nem sempre, infelizmente, muitos de 
nós, educadoras e educadores, que proclamamos uma opção democrática, temos 
uma prática em coerência com o nosso discurso avançado”.
Em Síntese
Para finalizar a unidade, vamos poetizar o texto, lembrando que, 
talvez, o melhor das palavras faladas ou escritas, como nos ensi-
nam as crianças, é que podemos delas nos apropriar e com elas 
brincar como fazem os poetas e compositores, entre eles Chico 
Buarque na música “Tantas Palavras”:
Tantas palavras
Que eu conhecia
E já não falo mais, jamais
Quantas palavras
Que ela adorava
Saíram de cartaz
Nós aprendemos
Palavras duras
Como dizer perdi, perdi
Palavras tontas
Nossas palavras
Quem falou não está mais aqui
Chico Buarque de Holanda
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Atividades de Fixação
1 – Complete a lacuna com as alternativas a seguir.
A primeira forma de escrita registrada é a escrita denominada _________. Ela surgiu 
por volta do ano 3500 a.C., na Mesopotâmia, com o povo _________.
SUMÉRIO – ESCRITA CUNEIFORME
2 – Ao lermos o RCNEI, vol. 3, na sessão Linguagem Oral e Escrita, e o conteúdo te-
órico da disciplina, observamos quatro competências linguísticas básicas a serem 
trabalhadas na escola. Quais são elas? 
a. Ler, escrever, falar e brincar.
b. Falar, escrever, ler e jogar.
c. Brincar, jogar, escrever e ler.
d. Escutar, falar, ler e escrever.
e. Escutar, falar, brincar e jogar.
3 – Segundo a teoria de Piaget, um dos mais importantes interacionista no campo 
da Psicologia e que muito influencia as práticas pedagógicas da atualidade, o de-
senvolvimento do pensamento da criança é caracterizado como: 
a. Egocêntrico.
b. Excêntrico.
c. Epicêntrico.
d. Centralizado.
e. Caótico.
4 – Complete a lacuna com as alternativas a seguir.
Paulo Freire (1989) vê a _________ como um ato político, que enfrenta e supera a 
_________ de uma leitura não crítica da palavra. É a dimensão social do pensamento e 
da linguagem, natural do ser humano.
INGENUIDADE – ALFABETIZAÇÃO
Atenção, estudante! Veja o gabarito desta atividade de fixação no fim 
deste conteúdo.
25
Material Complementar
Sugerimos, para complementar seus estudos, quatro músicas, para que você, ao 
ouvi-las, possa refletir a respeito da palavra e da linguagem. As músicas e as letras 
poderão ser encontradas nos sites indicados abaixo. Clique no link e acompanhe a 
música e a letra de cada canção. Observe que, nas letras, são inventadas algumas 
palavras; outras aparecem, mas com sentido figurado. Ouça com atenção e pense 
sobre as palavras e os seus significados.
Uma Palavra
https://bit.ly/3q5qupU 
Mama Palavra
https://bit.ly/44ZHPiU 
Tantas Palavras
https://bit.ly/4753gRs 
Outras Palavras
https://bit.ly/3rNMiXL
Leituras
https://bit.ly/3q5qupU 
https://bit.ly/44ZHPiU 
https://bit.ly/4753gRs 
https://bit.ly/3rNMiXL
26
Referências
BRASIL. Ministério da educação e do desporto. Referencial Curricular Nacional Para 
a Educação Infantil: Conhecimento de Mundo. v. 3. Brasília: MEC/SEF, 1998.
FREIRE, P. A importância do ato de ler: em três artigos que se completam. Coleção 
Polêmicas do nosso tempo. São Paulo: Cortez, 1989.
MONTOYA, A. O. D. Pensamento e linguagem: percurso piagetiano de investigação. 
Psicologia em Estudo, Maringá, v. 11, n. 1, p. 119-127, jan./abr. 2006. Disponível em: 
<http://www.scielo.br/pdf/pe/v11n1/v11n1a14.pdf>. Acesso em: 06/07/2012.
PIAGET J. Seis estudos de Psicologia. Trad. Maria Alice M. D’Amorim e Paulo Sérgio 
L. Silva. Coleção culturas em debate. Rio de Janeiro: Editora Forense, 1972.
VYGOTSKY, L. S. A construção do Pensamento e da Linguagem. Trad. Paulo Bezerra. 
São Paulo: Editora Martins Fontes, 2001.
VYGOTSKY, L. S.; LURIA, R.; LEONTIEV, A. N. Linguagem, Desenvolvimento e Apren-
dizagem. Trad. Maria da Penha Villalobos. São Paulo: Editora Ícone, 2005.
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Gabarito
Questão 1
A primeira forma de escrita registrada é a escrita denominada ESCRITA CUNEIFORME. 
Ela surgiu por volta do ano 3500 a.C., na Mesopotâmia, com o povo SUMÉRIO.
Questão 2
d) Escutar, falar, ler e escrever.
Questão 3
a) Egocêntrico.
Questão 4
Paulo Freire (1989) vê a ALFABETIZAÇÃO como um ato político, que enfrenta e 
supera a INGENUIDADE de uma leitura não crítica da palavra. É a dimensão social do 
pensamento e da linguagem, natural do ser humano.

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