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<p>INSTUTO AVANÇADO EM PESQUISAS EDUCACIONAL</p><p>ESPECIALIZAÇÃO EM EDUCAÇÃO INFANTIL E SÉRIES INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL</p><p>TURMA:</p><p>1º TRABALHO DE PRODUÇÃO TEXTUAL</p><p>Neiva Regina da Paz</p><p>ESPIGÃO DO OESTE- RO</p><p>NOVEMBRO – 2014</p><p>LINGUAGEM ORAL E ESCRITA E A MATEMÁTICA</p><p>De acordo com os textos apresentados, uma das questões que tem preocupado os educadores refere-se ao problema da reprovação e do baixo desempenho na Prova Brasil e no IDEB, no que se refere ao desenvolvimento da leitura, escrita, interpretação e produção de textos além dos conhecimentos básicos da matemática.</p><p>O trabalho tece reflexões acerca dos problemas apontados, com ênfase nos processos de ensino e aprendizagem.</p><p>Segundo Cruz Geralmente, as dificuldades de aprendizagem de alunos da 4ª série do ensino fundamental, são:</p><p>a) leitura silabada;</p><p>b) escrita fora das normas preconizadas, embora sejam alfabetizados;</p><p>c) falta de compreensão da leitura, ainda que leiam com fluência;</p><p>d) escrita deficitária de textos simples.</p><p>Os resultados do PISA de 2000 revelaram que os estudantes brasileiros estão tendo dificuldades para entender o que lêem.</p><p>Trata-se de dados que evidenciam que o ensino ministrado nos anos iniciais do Ensino Fundamental não está apresentando resultado satisfatório.</p><p>Sabemos que o aprendizado da leitura escrita é algo muito complexo e a forma como o professor conduz este processo é muito importante.</p><p>Tem-se verificado nos últimos anos muitas mudanças nas metodologias de ensino, principalmente nas séries iniciais, sendo que tais mudanças, por vezes levou o professor a ter muitas dúvidas sobre a forma como deveria conduzir o processo de alfabetização. A idéia de que não mais se inicia o processo de aquisição da Língua Escrita a partir da reunião de letras e sílabas, para depois passar à composição das palavras, frases e de pequenos textos, realmente é assustadora, visto que isto é um fato posto e cristalizado há décadas em nosso Sistema de Ensino (SÉRKEZ; MARTINS, 1996a, p. 5 apud Cruz).</p><p>Sabemos que as atividades de alfabetização não podem se restringir a cópias ou memorização de sílabas. No entanto, muitos professores alfabetizadores não se sentiam preparados para alfabetizar nesta nova proposta.</p><p>O fato é que os professores adotaram uma nova metodologia sem conhecê-la. Muitos professores sentiam-se perdidos neste processo. Passaram a fazer uso de diversos recursos como revistas, gibis, receitas, anúncios, jornais, rótulos, entre outros, porém os professores não tinham embasamento para sustentar sua prática, e muitas vezes não sabiam como proceder. Possivelmente estes fatores contribuíram para o baixo desempenho dos alunos.</p><p>No que se refere a área da matemática, a situação é semelhante. Rangel & Moreira (2010) afirmam que os professores das classes de 1º ano e da Educação Infantil, na grande maioria, desconhecem como se dá desenvolvimento matemático das crianças, em particular, o processo da construção do número e da aprendizagem do sistema de numeração decimal.</p><p>Com críticas ao formalismo que o ensino da matemática era feito, passaram então a trabalhar de forma lúdica, utilizando-se de diversos jogos.</p><p>Porém, a simples imersão em um ambiente com jogos e materiais de contagem não garantirá o desenvolvimento de conhecimentos matemáticos aos alunos. Conforme afirma Fiorentini e Miorim (1996 p. 9):</p><p>O professor não pode subjugar sua metodologia de ensino a algum tipo de material porque ele é atraente ou lúdico. Nenhum material é válido por si só. Os materiais e seu emprego sempre devem estar em segundo plano. A simples introdução de jogos ou atividades no ensino da matemática não garante uma melhor aprendizagem desta disciplina.</p><p>Portanto, o professor deve ter clareza de suas ações. Conhecer como se processa o conhecimento e um bom planejamento pode contribuir para um ensino de melhor qualidade.</p><p>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS</p><p>CRUZ, Márcia Valéria. Ensino e Aprendizagem da Linguagem Escrita no Ensino Fundamental. Dissertação de mestrado apresentada ao programa de Pós-Graduação em Educação, da Universidade Estadual de Maringá, 2009.</p><p>FIORENTINI, Dário, MIORIM, Maria A. Uma reflexão sobre o uso de materiais concretos e jogos no ensino da matemática. Boletim SBEM, São Paulo, v.4, n.7, 1996.</p><p>RANGEL, Ana Cristina & MOREIRA, Maria Luiza. Alfabetização e Matemática. 2010.</p><p>SASSO, Elaine Cristina. A Linguagem Oral e Escrita na Educação Infantil: Contribuições da Analise Experimental do Comportamento na Releitura dos Objetos. Artigo apresentado a Universidade Estadual Paulista. Bauru. 2007.</p><p>SERRÃO, Maria Isabel Batista & DAMAZIO, Ademir& SAMPAIO, Elaine Araújo & ASBAHR, Flávia da Silva Ferreira & ROSA, Josélia Euzébio & MOURA, Manoel Oriosvaldo. Relações entre Educação Infantil e Conhecimento Matemático. XVI ENDIPE - Encontro Nacional de Didática e Práticas de Ensino - UNICAMP - Campinas – 2012.</p><p>image1.png</p>