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<p>Índice</p><p>1. Introdução 2</p><p>2. Epidemiologia geral preventiva 3</p><p>2.1. Definição 3</p><p>2.2. Práticas que Favorecem a Disseminação de Doenças Infecciosas 3</p><p>2.3. Factores que concorrem para elevado risco de transmissão de infecções nas unidades sanitárias 4</p><p>2.4. Plano de prevenção e controlo de infecções 5</p><p>2.5. Competências da Comissão de Controlo de Infecções Hospitalares (CCIH) 5</p><p>2.6. Plano de saúde ocupacional para o pessoal de saúde 5</p><p>2.7. Factores ambientais que podem influenciar a saúde 6</p><p>2.8. Determinantes sociais de doenças infecciosas 6</p><p>3. Conclusão 8</p><p>4. Referências bibliográficas 9</p><p>1. Introdução</p><p>O presente trabalho é da disciplina de doenças infecciosas. Irei abordar sobre epidemiologia, que é uma ciência que estuda a distribuição e os determinantes de condições ou eventos relacionados à saúde em populações específicas, e sua aplicação na prevenção e controlo dos problemas de saúde. Por tanto, as doenças infecciosas sofrem influência de determinantes socioeconómicos por isso, o maior impacto das doenças infecciosas se verifica nos países de baixa renda (países em vias de desenvolvimento).</p><p>Isso devido a fraca educação dos utentes sobre as doenças infecciosas e sua prevenção (etiqueta da tosse, lavagem das mãos); não rastreio atempado de patologias infecciosas (TB, Pneumonias, doenças diarreicas – cólera, disenteria, febre tifóide) e falta de priorização no atendimento dos pacientes (exemplo: não priorizar um paciente com tosse ou com diarreia), entre outras situações desenvolvidas ao longo do trabalho.</p><p>2. Epidemiologia geral preventiva</p><p>2.1. Definição</p><p>A epidemiologia é uma ciência que estuda a distribuição e os determinantes de condições ou eventos relacionados à saúde em populações específicas, e sua aplicação na prevenção e controlo dos problemas de saúde.</p><p>2.2. Práticas que Favorecem a Disseminação de Doenças Infecciosas</p><p>A nível das unidades sanitárias:</p><p>· Fraca educação dos utentes sobre as doenças infecciosas e sua prevenção (etiqueta da tosse, lavagem das mãos).</p><p>· Não rastreio atempado de patologias infecciosas (TB, Pneumonias, doenças diarreicas – cólera, disenteria, febre tifóide).</p><p>· Falta de priorização no atendimento dos pacientes (exemplo: não priorizar um paciente com tosse ou com diarreia).</p><p>· Falta de capacidade ou não isolamento de patologias infecto-contagiosas (TB, meningite, cólera).</p><p>· Falta de infra-estruturas adequadas para o ambulatório e internamento (falta de salas de espera e enfermarias amplas e ventiladas).</p><p>· Não uso de equipamento de protecção individual (EPI) – máscaras (respiradores N95), luvas, botas, aventais.</p><p>· Não cumprimento das normas de biossegurança.</p><p>Ao nível comunitário:</p><p>· Fraca educação e conhecimento sobre as doenças e medidas de prevenção.</p><p>· Aglomerados populacionais em ambientes pouco ventilado.</p><p>· Fraca higiene individual e colectiva (deficiente confecção e conservação de alimentos, fecalismo ao céu aberto, não lavar as mãos após o uso da latrina ou antes das refeições, entre outras).</p><p>· Baixa utilização e disponibilização de meios de protecção (redes mosquiteiras, insecticidas).</p><p>· Profissões de risco (pescadores, agricultores, sujeitos a schistossomiase ou outras doenças).</p><p>· Saneamento do meio deficiente, associado a práticas individuais e colectivas não salubres.</p><p>NB: Nisso tudo o técnico de medicina deve ser um agente de mudança de comportamentos e situações de risco para a saúde individual e colectiva. Utilizando seu conhecimento com o objectivo de:</p><p>· Reduzir o risco de infecções intra-hospitalares (nosocomiais) na sua unidade sanitária;</p><p>· Reduzir o risco de infecções na sua comunidade.</p><p>2.3. Factores que concorrem para elevado risco de transmissão de infecções nas unidades sanitárias</p><p>Vários factores contribuem para que as unidades sanitárias não sejam um ambiente estéril, contribuindo para a disseminação de infecções, dentre eles:</p><p>· As doenças infecto-contagiosas em utentes das unidades sanitárias podem ser transmitidas aos utentes sem doença ou com doença não transmissível;</p><p>· Nas unidades sanitárias realizam-se procedimentos invasivos (cateterização, punção venosa para colheita de sangue ou colocação de soros/medicamentos) que quebram a primeira barreira de defesa do corpo (pele);</p><p>· Os instrumentos invasivos (bisturis, agulhas, seringas, etc.) podem estar deficientemente esterilizados;</p><p>· A superlotação das unidades sanitárias (particularmente as enfermarias) pode proporcionar ambiente favorável a disseminação de doenças transmissíveis, como a TB;</p><p>· Visitantes dos pacientes internados, podem trazer doenças para o ambiente hospitalar, ou serem infectados durante as visitas hospitalares;</p><p>· Produtos biológicos contaminados são manuseados nas unidades sanitárias (expectoração, sangue, material fecal, urina);</p><p>· Agentes infecciosos resistentes aos fármacos são particularmente encontrados em ambientes hospitalares.</p><p>2.4. Plano de prevenção e controlo de infecções</p><p>As unidades sanitárias não são um ambiente estéril, sendo, na verdade, um ambiente de risco de transmissão e propagação de doenças infecciosas.</p><p>No entanto, um plano de prevenção e controlo de infecções é um conjunto de actividades elaboradas e a serem implementadas e monitoradas de forma a prevenir e reduzir o surgimento e disseminação de infecções em ambiente hospitalar. Estão lá inclusas as medidas de controlo das infecções que foram descritas nas demais componente (TB e outras), porém são aplicáveis a todas outras doenças infecciosas.</p><p>2.5. Competências da Comissão de Controlo de Infecções Hospitalares (CCIH)</p><p>É necessário, que em cada unidade sanitária, se tenha uma comissão de controlo de infecções hospitalares com o objectivo de prevenir, detectar e propor medidas de controlo das infecções, articulando-se com os vários departamento, serviços e unidades funcionais. Algumas das competências da CCIH, seriam:</p><p>· Definir, implementar e monitorar um sistema transversal de vigilância epidemiológica de estruturas, processos e resultados, dirigido a situações de maior risco;</p><p>· Propor recomendações e normas de prevenção e controlo da infecção e a monitoria da sua correcta aplicação;</p><p>· Fornecer aos serviços interessados informação pertinente referente a microrganismos isolados e resistência a agentes anti-microbianos;</p><p>· Colaborar na definição da política de antibióticos, anti-sépticos, desinfectantes e esterilização da unidade sanitária, de acordo com as normas nacionais e padronizadas;</p><p>· Definir e implementar normas e circuitos para comunicação dos casos de infecção em utentes e no pessoal;</p><p>· Participar no programa de promoção da qualidade da unidade sanitária.</p><p>2.6. Plano de saúde ocupacional para o pessoal de saúde</p><p>Cada unidade sanitária deve ter um plano de saúde ocupacional para o pessoal de saúde sob sua alçada. Tendo em conta que a saúde ocupacional lida fundamentalmente com factores ambientais que podem afectar a saúde no local de trabalho, é importante conhecer estes factores.</p><p>2.7. Factores ambientais que podem influenciar a saúde</p><p>Psicológicos:</p><p>· Garantir boas relações humanas e de trabalho com os profissionais de saúde</p><p>· Efectuar mudanças de turnos de trabalho quando absolutamente necessário</p><p>Biológicos, Químicos e Acidentais</p><p>· Garantir vacinação contra Meningite Meningocócica a todos trabalhadores de saúde</p><p>· Garantir vacinação contra Hepatite B a todos trabalhadores de saúde em sectores de risco</p><p>· Fornecimento de EPI a todos trabalhadores de saúde</p><p>· Efectuar Cultura e Teste de Sensibilidade Antibiótica a todo trabalhador de Saúde com TB</p><p>· Criar um fluxograma simples e factível para o profissional de saúde em caso de acidente de trabalho (inclui Profilaxia pós exposição)</p><p>Físicos</p><p>· Garantir disponibilidade e uso de aventais de chumbo aos trabalhadores de saúde do sector radiologia</p><p>· Limitar a exposição radiológica mediante critérios de solicitação de radiografias</p><p>· Criação de um bom ambiente de trabalho para os trabalhadores de saúde (boa iluminação, cadeiras, EPI).</p><p>2.8. Determinantes sociais de doenças infecciosas</p><p>As doenças infecciosas sofrem influência de determinantes socioeconómicos por isso,</p><p>a maior impacto das doenças infecciosas se verifica nos países de baixa renda (países em vias de desenvolvimento). A seguir estão indicados os principais determinantes Socioeconómicos de Doenças Infecciosas:</p><p>· Dinâmica populacional</p><p>· Migração</p><p>· Densidade populacional</p><p>· Pobreza</p><p>· Nível educacional</p><p>· Alimentação deficiente</p><p>· Aglomerados populacionais</p><p>· Baixo acesso a promoção e protecção de saúde</p><p>· Saneamento do meio</p><p>· Água potável</p><p>· Lixo doméstico</p><p>· Drenagem de excretas e águas negras</p><p>A dinâmica populacional fortemente influencia a incidência de doenças transmissíveis, pois quanto maior for a densidade populacional, maior o número de susceptíveis a infecção. Por outro lado, a pobreza é também um factor de risco, pois acarreta maior comportamento de risco.</p><p>3. Conclusão</p><p>As doenças infecciosas sofrem influência de determinantes socioeconómicos por isso, a maior impacto das doenças infecciosas se verifica nos países de baixa renda (países em vias de desenvolvimento). Destacando-se como determinantes socioeconómicos teremos: falta de saneamento adequado, pobreza, migração e densidade populacional. Esta dinâmica populacional fortemente influencia a incidência de doenças transmissíveis, pois quanto maior for a densidade populacional, maior o número de susceptíveis a infecção. Por outro lado, a pobreza é também um factor de risco, pois acarreta maior comportamento de risco.</p><p>Por fim, é necessário que, em cada unidade sanitária, se tenha uma comissão de controlo de infecções hospitalares com o objectivo de prevenir, detectar e propor medidas de controlo das infecções, articulando-se com os vários departamento, serviços e unidades funcionais.</p><p>4. Referências bibliográficas</p><p>1. Bonita, R; Beaglehole, R; Kjellstrom, T; Epidemiologia Básica, 2ª edição, 2010.</p><p>2. Burton, Gwendolyn R. W.; Engelkirk, Paul G.; Microbiologia para as Ciências de Saúde; 7ª edição, Guanabara Koogan; 2004</p><p>9</p>