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<p>PEDAGOGIA LIBERTADORA</p><p>A pedagogia libertadora é uma abordagem educacional desenvolvida principalmente pelo educador brasileiro Paulo Freire.</p><p>Sua proposta central é promover a conscientização crítica dos alunos em relação à sua realidade social, política e</p><p>economicamente opressora, buscando a transformação dessa realidade.</p><p>Aqui estão alguns dos princípios fundamentais da pedagogia libertadora:</p><p>A pedagogia libertadora busca, portanto, um ensino que vá além da simples transmissão de conteúdos, fomentando a</p><p>reflexão crítica e a transformação social. Esse modelo é frequentemente aplicado em contextos de educação popular e</p><p>movimentos sociais.</p><p>• Crítica à educação bancária e ao conhecimento desconectado da realidade</p><p>A "educação bancária" é um conceito desenvolvido pelo educador brasileiro Paulo Freire, que critica a forma tradicional</p><p>de ensino em que o aluno é visto como um receptor passivo de conhecimento. Neste modelo, o educador "deposita"</p><p>informações no aluno, que deve memorizar e reproduzir o que foi ensinado. Esse tipo de educação é chamado de</p><p>"bancária" porque, assim como em uma conta bancária, o conhecimento é "depositado" na mente do aluno sem uma</p><p>interação significativa ou reflexão crítica. A educação bancaria é fundamentada da seguinte forma:</p><p>Semana 4TEORIAS CRÍTICAS DO CURRÍCULO</p><p>Dialogicidade: A educação deve ser um processo de diálogo entre educador e educandos, onde ambos aprendem e</p><p>ensinam juntos, respeitando as experiências e conhecimentos prévios dos alunos.</p><p>Conscientização: O objetivo é que os alunos se tornem conscientes de sua condição social e das estruturas de</p><p>opressão que os cercam, permitindo-lhes agir para mudar essa realidade.</p><p>Educação como prática da liberdade: A educação deve promover a autonomia e a liberdade, formando indivíduos</p><p>críticos que possam refletir sobre suas vidas e o mundo ao seu redor.</p><p>Contextualização: O conteúdo educacional deve ser relevante e estar alinhado com a realidade dos alunos,</p><p>integrando experiências de vida e conhecimentos locais.</p><p>Educação problematizadora: Ao invés de uma educação depositária, onde o conhecimento é apenas repassado,</p><p>propõe-se uma educação que faça os alunos problematizarem e questionarem o mundo.</p><p>Freire defendia que esse modelo de educação perpetua relações de opressão e não promove a emancipação dos</p><p>indivíduos. Em contrapartida, ele propôs a "pedagogia libertadora", que busca uma relação mais dialogada e interativa</p><p>entre educadores e educandos, promovendo a conscientização e a transformação social. A crítica à educação bancária é</p><p>um chamado para que a educação seja um processo ativo e crítico, onde todos os participantes têm voz e agência na</p><p>construção do conhecimento.</p><p>A educação problematizadora é uma abordagem pedagógica proposta por Paulo Freire, que visa promover a reflexão</p><p>crítica e a análise da realidade pelos educandos, ao invés de simplesmente transmitir conhecimento de forma</p><p>passiva. Essa abordagem encoraja os alunos a questionar, explorar e compreender o mundo ao seu redor, levando</p><p>em conta suas próprias experiências e contextos. São características e princípios fundamentais da educação</p><p>problematizadora:</p><p>A educação problematizadora é uma resposta à educação bancária, pois visa criar uma experiência de aprendizado</p><p>que é mais dinâmica, interativa e orientada para a ação. Ela é frequentemente utilizada em contextos de educação</p><p>Transmissão unilateral de conhecimento: O educador assume o papel de autoridade que possui o conhecimento,</p><p>enquanto os alunos são meros receptores.</p><p>Memorização e repetição: O foco é na memorização de fatos e informações, sem um envolvimento profundo ou</p><p>compreensão crítica dos conteúdos.</p><p>Desconsideração das experiências dos alunos: A educação bancária não leva em conta o contexto ou as</p><p>experiências prévias dos alunos, tratando-os como tabulas rasas.</p><p>Limitação da criatividade: Esse modelo muitas vezes desencoraja a criatividade e o pensamento crítico, já que os</p><p>alunos não são incentivados a questionar ou explorar o conhecimento de forma ativa.</p><p>Propõe a educação problematizadora</p><p>1. Diálogo e Interação: A educação problematizadora se baseia no diálogo entre educador e educandos. O</p><p>conhecimento é construído coletivamente, e o educador atua como um facilitador que orienta a reflexão crítica.</p><p>2. Contextualização: O ensino é feito de maneira a estar ligado à realidade dos alunos, considerando suas vivências,</p><p>desafios e questões sociais. Isso torna o aprendizado mais relevante e significativo.</p><p>3. Identificação de Problemas: Os alunos são encorajados a identificar e problematizar questões e desafios que</p><p>enfrentam em suas vidas e comunidades. Isso estimula um olhar crítico sobre a realidade social, política e</p><p>econômica.</p><p>4. Investigação e Análise Crítica: A abordagem promove a investigação ativa, onde os alunos analisam informações,</p><p>discutem ideias e desenvolvem suas próprias conclusões. Eles se tornam agentes ativos no processo de</p><p>aprendizagem.</p><p>5. Empoderamento: A educação problematizadora visa empoderar os alunos, encorajando-os a se tornarem sujeitos de</p><p>sua própria história, capazes de compreender e agir sobre sua realidade.</p><p>6. Transformação Social: Através da conscientização crítica, essa abordagem busca promover mudanças sociais</p><p>significativas, capacitando os alunos a se tornarem agentes de transformação em suas comunidades.</p><p>popular, movimentos sociais e práticas educacionais que buscam a emancipação dos indivíduos.</p><p>PEDAGOGIA DOS CONTEÚDOS</p><p>A Pedagogia Crítico Social dos Conteúdos, conforme discutido no documento, envolve várias etapas que são</p><p>fundamentais para a compreensão e aplicação dessa abordagem educacional. Aqui estão as definições solicitadas:</p><p>Conhecimento é sempre conhecimento de algo</p><p>Ato pedagógico é um ato dialógico</p><p>Temas geradores</p><p>1. Prática Social Inicial: Refere-se ao ponto de partida da aprendizagem, onde os alunos trazem suas experiências de</p><p>vida, conhecimentos prévios e contextos sociais para a sala de aula. Essa etapa é crucial para conectar o conteúdo</p><p>escolar à realidade dos estudantes, permitindo que a educação seja relevante e significativa.</p><p>2. Problematização: É o processo de questionar e refletir sobre as realidades sociais e culturais que os alunos</p><p>vivenciam. A problematização envolve a identificação de questões sociais, políticas e econômicas que afetam a vida</p><p>dos estudantes, estimulando um pensamento crítico e a análise das condições que precisam ser transformadas.</p><p>3. Instrumentalização: Nesta fase, os alunos são equipados com ferramentas teóricas e práticas que os ajudam a</p><p>entender e analisar criticamente a realidade. Isso pode incluir o ensino de conceitos, métodos de pesquisa e</p><p>habilidades que permitem aos estudantes investigar e intervir em suas realidades sociais.</p><p>4. Catarse: Refere-se ao processo de liberação emocional e reflexão crítica que ocorre quando os alunos confrontam e</p><p>discutem suas experiências e as injustiças sociais. A catarse é um momento de conscientização que pode levar a</p><p>Essas etapas são interligadas e refletem a intencionalidade da Pedagogia Crítico Social dos Conteúdos em formar</p><p>indivíduos críticos e ativos na sociedade, capazes de compreender e transformar sua realidade</p><p>A Pedagogia dos Conteúdos defende a apropriação dos conhecimentos mais elaborados, ou seja, dos conhecimentos</p><p>científicos.</p><p>Conforme a discussão travada na p. 61 do texto indicado, Paulo Freire propõe que o conteúdo deve ser buscado, pelos</p><p>educadores e educandos, na realidade, no mundo que constitui o conhecimento intersubjetivo.</p><p>um desejo de mudança e transformação social, promovendo um engajamento mais profundo com os conteúdos</p><p>estudados.</p><p>5. Prática Social Final: É a aplicação do conhecimento adquirido em ações concretas que visam a transformação social.</p><p>Nesta etapa, os alunos utilizam o que aprenderam para intervir em suas comunidades, promovendo mudanças e</p><p>contribuindo para a construção de uma sociedade mais justa e equitativa.</p><p>Conforme explicações do professor entre 1’29” e 6’10”, a educação</p><p>tradicional, nova e tecnicista reproduzem as</p><p>condições dominantes, por isso, foram denominadas teorias não críticas.</p><p>Atividade Avaliativa da Semana 4</p><p>Pergunta 1: Em seu “método”, Paulo Freire concede uma importância central ao papel tanto dos especialistas nas</p><p>diversas disciplinas, a quem cabe elaborar os “temas significativos” e fazer o que ele chama de “codificação” , quanto</p><p>aos educadores diretamente envolvidos nas atividades pedagógicas.</p><p>Preencha as lacunas escolhendo a alternativa CORRETA:</p><p>a. do professor das — o conteúdo — “curricularização” — alunos</p><p>b. dos gestores das — os “temas geradores” — “ampliação” — especialistas</p><p>c. dos educadores das — o plano de aula — “educação bancária” — estudantes</p><p>d. dos especialistas nas — os “temas significativos” — “codificação” — educadores</p><p>e. dos estudantes das — os conteúdos programáticos — “tematização” — especialistas</p><p>Pergunta 2 : O filósofo Paulo Freire, com a intenção de substituir a concepção de educação bancária, que ele critica,</p><p>desenvolveu o conceito de educação problematizadora, que apresenta em sua base uma compreensão extremamente</p><p>diferente do que significa “conhecer”.</p><p>Levando em consideração a perspectiva de Freire sobre o conhecimento, identifique se são (V) verdadeiras ou (F) falsas</p><p>as afirmativas a seguir.</p><p>I. ( V ) Para Freire, conhecimento é sempre conhecimento de alguma coisa, ou seja, não é possível separar o ato de</p><p>conhecer daquilo que se conhece.</p><p>II. (V ) O conhecimento, para Paulo Freire, é sempre “intencionado”, pois ele sempre está dirigido para alguma coisa.</p><p>III. ( F ) Freire concebe o conhecimento como estreitamente relacionado com suas formas de representação no texto e no</p><p>discurso.</p><p>IV. (V ) O ato de conhecer, para Freire, envolve intersubjetividade e intercomunicação, sendo que esta última é mediada</p><p>pelos objetos a serem conhecidos.</p><p>Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA.</p><p>a. V - F - V - F.</p><p>b. F - F - F - V.</p><p>c. F - V - V - V.</p><p>d. V - V - V - V.</p><p>e. V - V - F - V.</p><p>Pergunta 3 : Leia o trecho a seguir. “Neste sentido, a pedagogia de Saviani aparece como a única, dentre as pedagogias</p><p>críticas, a deixar de ver qualquer conexão intrínseca entre conhecimento e poder. A análise de Saviani não se alinha nem</p><p>mesmo com as análises marxistas, dominantes na época, que enfatizavam o caráter necessariamente distorcido –</p><p>ideológico – do conhecimento, de modo geral, e do conhecimento escolar, de modo particular” (SILVA, 1999, p. 63).</p><p>SILVA, T. T. Documentos de identidade: uma introdução às teorias do currículo. Belo Horizonte: Autêntica, 1999.</p><p>Com base no enunciado e no que foi estudado, julgue se são (V) verdadeiras ou (F) falsas as afirmativas a seguir.</p><p>( ) Para Saviani, as teorias não críticas partem da ideia de que a educação não exerce poder sobre a sociedade.</p><p>( ) As teorias não críticas são assim chamadas porque não reconhecem os limites da educação.</p><p>( ) As teorias críticas são aquelas que mostram os limites das teorias não críticas.</p><p>Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta:</p><p>a. F, F, V.</p><p>b. F, V, V.</p><p>c. V, F, F.</p><p>d. V, V, F</p><p>e. V, F, V.</p><p>Pergunta 4 : A crítica de Paulo Freire ao currículo existente pode ser sintetizada em um conceito que expressa uma visão</p><p>epistemológica, que concebe o conhecimento como algo composto por informações e fatos a serem transferidos do</p><p>professor para o aluno.</p><p>De acordo com o trecho anterior, assinale a alternativa que apresenta o nome desse conceito:</p><p>a. Educação curricular.</p><p>b. Educação problematizadora.</p><p>c. Educação bancária.</p><p>d. Educação libertadora.</p><p>e. Educação opressora.</p><p>Pergunta 5 : Leia o trecho a seguir.“Há, na teorização de Saviani, uma evidente ligação entre conhecimento e poder. Essa</p><p>ligação limita-se, entretanto, a enfatizar o papel do conhecimento na aquisição e fortalecimento do poder das classes</p><p>subordinadas” (SILVA, 1999, p. 63).</p><p>Com base no que foi estudado, julgue se são (V) verdadeiras ou (F) falsas as afirmativas a seguir.</p><p>( ) O desenvolvimento da noção de cultura não influencia na construção do currículo.</p><p>( ) O currículo tradicional foi influenciado pela noção de cultura.</p><p>( ) Paulo Freire critica o conceito de cultura, já que não existem fronteiras entre as culturas erudita e popular.</p><p>Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta:</p><p>a. V, V, F.</p><p>b. F, V, V.</p><p>c. V, F, F.</p><p>d. F, V, F.</p><p>e. V, F, V.</p>