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<p>Amanda Camolez Bailo e Geovanna Pampolin</p><p>A IMPORTÂNCIA DO ENSINO DE ARTE NA EDUCAÇÃO INFANTIL</p><p>VOTUPORANGA/SP</p><p>2022</p><p>2</p><p>ETEC</p><p>FREI ARNALDO MARIA DE ITAPORANGA</p><p>TÉCNICO EM ADMINISTRAÇÃO</p><p>AMANDA CAMOLEZ BAILO</p><p>GEOVANNA PANPOLIN</p><p>A IMPORTÂNCIA DO ENSINO DE ARTE NA EDUCAÇÃO INFANTIL</p><p>VOTUPORANGA/SP</p><p>2022</p><p>Trabalho de conclusão de curso</p><p>apresentado como requisito parcial à</p><p>obtenção do título de Laboratório</p><p>Ivestigação Científica.</p><p>3</p><p>A IMPORTÂNCIA DO ENSINO DE ARTE NA EDUCAÇÃO INFANTIL</p><p>Amanda Camolez e Geovanna Pampolin 1</p><p>Declaro que sou autora¹ deste Trabalho de Conclusão de Curso. Declaro também que o mesmo</p><p>foi por mim elaborado e integralmente redigido, não tendo sido copiado ou extraído, seja parcial ou</p><p>integralmente, de forma ilícita de nenhuma fonte além daquelas públicas consultadas e corretamente</p><p>referenciadas ao longo do trabalho ou daqueles cujos dados resultaram de investigações empíricas por</p><p>mim realizadas para fins de produção deste trabalho.</p><p>Assim, declaro, demonstrando minha plena consciência dos seus efeitos civis, penais e</p><p>administrativos, e assumindo total responsabilidade caso se configure o crime de plágio ou violação aos</p><p>direitos autorais. (Consulte a 3ª Cláusula, § 4º, do Contrato de Prestação de Serviços).</p><p>RESUMO- O termo “Arte” vem do latim e sugere “técnica ou habilidade”. Historicamente a Arte está</p><p>ligada intimamente aos seres humanos e ao mundo e sua construção ao longo do tempo permite que</p><p>seja considerada uma ciência que busca estudar os artistas, as obras de Arte e os movimentos</p><p>artísticos/estéticos. Por meio de atividades artísticas, as crianças podem expressar suas emoções,</p><p>desenvolver a criatividade; trabalhar a percepção dos sentidos; ampliar o autoconhecimento; desenvolver</p><p>o pensamento crítico em relação à realidade e, também pode as atividades de Arte podem auxiliar na</p><p>escrita. Esta pesquisa buscou compreender e analisar qual a importância do ensino de Arte na Educação</p><p>Infantil. Para isso, foi realizado uma revisão da literatura e teve como critérios de inclusão publicações</p><p>que apresentassem expressões utilizadas nos descritores da pesquisa (palavras-chave), ou ter explícito</p><p>no resumo que o texto se relacionava com o objetivo deste trabalho. Como resultado notou-se uma</p><p>escassez de pesquisas relacionadas ao tema deste artigo tornando, assim, seu debate imprescindível</p><p>diante das incertezas e dúvidas que surgem no cenário educacional do ensino/aprendizagem em Arte. No</p><p>entanto, embora muitas sejam as discussões sobre o tema deste artigo, é inegável a importância do</p><p>Ensino de Arte para o desenvolvimento das crianças que frequentam a Educação Infantil.</p><p>PALAVRAS-CHAVE: Arte, BNCC, Educação Infantil, Ensino.</p><p>1 Amanda Camolez Bailo e Geovanna Pampolin, alunas do 1º ano de Administração – ETEC- Frei</p><p>Arnaldo Maria de Itaporanga.</p><p>camolezamandaa@gmail.com</p><p>julianaparceirocosmorama@gmail.com</p><p>mailto:camolezamandaa@gmail.com</p><p>4</p><p>ABSTRACT- The term “Art” comes from Latin and suggests “technique or skill”. Historically, Art is</p><p>closely linked to human beings and the world and its construction over time allows it to be considered a</p><p>science that seeks to study artists, works of art and artistic/aesthetic movements. Through artistic</p><p>activities, children can express their emotions, develop creativity; work on the perception of the senses;</p><p>expand self-knowledge; to develop critical thinking in relation to reality and Art activities can also help in</p><p>writing. This research sought to understand and analyze the importance of teaching Art in Early Childhood</p><p>Education. For this, a literature review was carried out and the inclusion criteria were publications that</p><p>presented expressions used in the research descriptors (key words), or that had explicit in the abstract</p><p>that the text was related to the objective of this work. As a result, there was a lack of research related to</p><p>the subject of this article, thus making its debate essential in the face of the uncertainties and doubts that</p><p>arise in the educational scenario of teaching/learning in Art. However, although there are many</p><p>discussions on the subject of this article, the importance of Art Teaching for the development of children</p><p>who attend Kindergarten is undeniable.</p><p>KEYWORDS: Art, BNCC, Early Childhood Education, Teaching.</p><p>5</p><p>SUMÁRIO</p><p>INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 6</p><p>6 o ensino de Arte na atualidade ........................................................................ 7</p><p>7 o ensino de Arte na educação infantil, SUA IMPORTÂNCIA E a bncc – base</p><p>nacional comum curricular .............................................................................................. 10</p><p>8 Considerações finais ...................................................................................... 12</p><p>9 REFERÊNCIAS ............................................................................................. 14</p><p>6</p><p>INTRODUÇÃO</p><p>O termo “Arte” vem do latim e sugere “técnica ou habilidade”. Historicamente a</p><p>Arte está ligada intimamente aos seres humanos e ao mundo e sua construção ao</p><p>longo do tempo permite que seja considerada uma ciência que busca estudar os</p><p>artistas, as obras de Arte e os movimentos artísticos/estéticos.</p><p>O ser humano sempre teve a necessidade de se expressar mesmo sem o uso</p><p>das palavras. Desde a pré-história é possível observar manifestações artísticas como</p><p>forma de comunicação (desenhos). À medida que a humanidade se desenvolveu, as</p><p>formas escritas apareceram e a Arte passou a ser representada como expressão</p><p>artística e estética.</p><p>As linguagens artísticas são muito importantes para a reflexão, a apreciação e a</p><p>produção, pois auxiliam as crianças a desenvolver habilidades artísticas durante o</p><p>processo de ensino-aprendizagem. Assim, o ensino de Arte é um instrumento</p><p>pedagógico valioso por desenvolver nos estudantes aspectos importantes: intelectuais,</p><p>emocionais, sociais, físicos, estéticos, perceptivos e criativos auxiliando no</p><p>entendimento de si mesmos, dos outros e dos próprios sentimentos e emoções.</p><p>Por meio de atividades artísticas, as crianças podem expressar suas emoções,</p><p>desenvolver a criatividade; trabalhar a percepção dos sentidos; ampliar o</p><p>autoconhecimento; desenvolver o pensamento crítico em relação à realidade e, também</p><p>pode as atividades de Arte podem auxiliar na escrita.</p><p>A criança pode compreender melhor o mundo a sua volta através de desenhos,</p><p>músicas, dança, teatro, pinturas entre outras atividades e, o professor de Arte tem um</p><p>papel de extrema importância na formação e desenvolvimento intelectual e crítico dos</p><p>estudantes.</p><p>7</p><p>É válido lembrar que antes da criança escrever elas “rabiscam” suas percepções</p><p>do ambiente a sua volta e produz “suas obras” por meio de desenhos e/ou pinturas.</p><p>Essa expressão por meio de giz de cera, lápis de cor, tintas e/pincéis serão de grande</p><p>importância, pois estimulam os movimentos e a coordenação motora que,</p><p>posteriormente, vão auxiliar no processo de alfabetização.</p><p>Ao compreender a importância das atividades artísticas e suas formas de</p><p>expressão, os professores, especialmente os do ensino de Arte podem promover</p><p>atividades lúdicas para trabalhar a sensibilidade das crianças, para que elas possam</p><p>aprender e explorar os próprios sentidos utilizando, por exemplo, a música, o teatro, a</p><p>dança como ferramentas socializadoras, de autoconhecimento e de expressão das</p><p>emoções.</p><p>Além disso, é possível com o ensino de Arte, desenvolver o pensamento, a</p><p>capacidade de questionar,</p><p>compreender, criticar e respeitar as diferenças e diferentes</p><p>visões de um mesmo ponto.</p><p>No presente trabalho, pretendeu-se realizar uma revisão bibliográfica com o</p><p>objetivo de analisar a importância do Ensino de Arte na Educação Infantil.</p><p>Para a pesquisa foram utilizadas as bases de dados scielo, google acadêmico,</p><p>periódicos (CAPES), web of science e as palavras chaves utilizadas foram: Arte, BNCC,</p><p>Educação Infantil, Ensino. O artigo foi organizado de forma a elucidar a importância do</p><p>Ensido de Arte na Educação Infantil fazendo referências também à BNCC – Base</p><p>Nacional Comum Curricular.</p><p>1 O ENSINO DE ARTE NA ATUALIDADE</p><p>O ensino de Arte no Brasil, ao longo do tempo, passou por diversos métodos e</p><p>propostas, muitas vezes “importados” sem muita preocupação nas adaptações devidas</p><p>8</p><p>desde a colonização com os jesuítas, negando a cultura indígena e passando pelo</p><p>século XIX negando o barroco em benefício ao neoclássico (SILVA et. al, 2010).</p><p>Não obstante, no século XX, nota-se uma grande preocupação com o ensino de</p><p>Arte que até então se resumia basicamente ao “ensino do desenho”, tanto que havia a</p><p>disciplina Desenho, geralmente apresentada como Desenho Geométrico, Desenho do</p><p>Natural e/ou Desenho Pedagógico (BRASIL, 2000, p. 25).</p><p>A pedagogia experimental, mais ou menos a partir da segunda metade do século</p><p>XX, começa a sinalizar um novo lugar para Arte na educação. Isso acontece a partir do</p><p>momento em que a criança passa a ocupar um lugar como sujeito, assim, o desenho</p><p>infantil começa a fazer parte de objeto de estudos cognitivos (SILVA et. al, 2010).</p><p>Assim, lá pelo o início dos anos 30 começaram a surgir no Brasil escolas</p><p>especializadas em Artes para crianças e adolescentes e, no final dos anos 40, o ensino</p><p>de Arte passou a ocupar mais espaços fora das escolas com o surgimento das</p><p>“Escolinhas de Arte” popularizadas em várias partes do país (BARBOSA, 2003).</p><p>Já nos anos 70, o ensino de Arte passa a ser fortemente influenciado pelas</p><p>ideias de Lowenfeld e Herbert Read (espontaneísmo), porém, a Lei de Diretrizes e</p><p>Bases nº 5.692/71 é tecnicista e voltada para à profissionalização; assim,</p><p>pedagogicamente o ensino de Arte fragmentou-se com a introdução no currículo a</p><p>Educação Artística, que reunia todos os tipos de linguagem tornando o ensino de artes</p><p>com várias funções e utilidades. A promulgação da lei, sem antes capacitar e/ou</p><p>promover a formação dos professores acaba por enfraquecer a qualidade do ensino de</p><p>Arte, ao invés de promover melhorias nas formas já existentes na época (BEMVENUTI,</p><p>1997; SILVA et. al, 2010).</p><p>Com a nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - LDB (lei nº</p><p>9.394/96), a disciplina de Educação Artística é extinta e em seu lugar entra a disciplina</p><p>Arte, que na ocasião foi reconhecida oficialmente como área de conhecimento. O artigo</p><p>26 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, em seu § 2º, dispõe que “o</p><p>ensino da arte constituirá componente curricular obrigatório, nos diversos níveis da</p><p>educação básica, de forma a promover o desenvolvimento cultural dos alunos”</p><p>(BRASIL, 1996).</p><p>9</p><p>O Ensino de Arte no Brasil foi norteado de idas e vindas tornando-o polivalente o</p><p>que gerou e ainda gera muita insegurança por parte daqueles que pretendem ingressar</p><p>nos cursos de Graduação. Dicotomias entre a LDB (1996) e os PCNs - Parâmetros</p><p>Curriculares Nacionais acabaram por estigmatizar o ensino de Arte, assim, incertezas</p><p>relacionadas às políticas públicas voltadas ao ensino de Arte acabam por prejudicar o</p><p>seu ensino (BARBOSA, 2008).</p><p>Para Reis (2006, p.86 - 87):</p><p>O ensino de Arte, na educação básica, só existe fundado em, pelo menos,</p><p>quatro unidades constitutivas e já definidas oficialmente: artes visuais, dança,</p><p>música e teatro. Por isso, o educador para o ensino de Arte jamais poderia ser</p><p>“formado” (habilitado) em somente uma dessas unidades, principalmente em</p><p>cursos de licenciatura de graduação plena.</p><p>Atualmente, de forma proposital ou não, algumas ações vêm interferindo</p><p>qualitativamente no ensino e aprendizagem de Arte.</p><p>Segundo Barros e Gasparini (2007, p. 2):</p><p>A arte é uma representação da realidade, é um meio de compreender</p><p>fatos históricos, tornando-se um objeto socialmente construído. Ela deve</p><p>ser inserida no ambiente educacional a fim de torná-la conhecimento</p><p>escolar. O entendimento da arte na sala de aula deve fornecer subsídios</p><p>para que o educando compreenda a arte como comunicação, sendo um</p><p>meio pelo qual o homem mostra ao mundo a sua aspiração, inspiração</p><p>inquietude e ousadia expostas às contingências da realidade; tornando-</p><p>se necessário, desta forma, despertar nos alunos e futuros professores a</p><p>necessidade que a manifestação artística possa e deva ser fruto da</p><p>reflexão.</p><p>Mudanças de nomenclatura e legislação além de mudanças sociais, de</p><p>pensamento e objetivos na área de conhecimento Arte tornaram-se de certo modo</p><p>constantes, o próprio nome adotado para a área vem sofrendo alterações e</p><p>questionamentos conceituais ao longo do tempo, um exemplo disso é o termo utilizado</p><p>neste artigo “Ensino de Arte” que acaba sendo uma expressão generalista não</p><p>contemplando as linguagens específicas (artes visuais, teatro, dança e música)</p><p>(FARIAS, 2016).</p><p>Apesar das conquistas já alcançadas na área, nota-se ainda “desconhecimentos”</p><p>das leis que amparam a Arte e seu ensino tanto pelos órgãos públicos quanto pelos</p><p>privados da educação básica, assim como bem observa Teixeira (2015).</p><p>10</p><p>2 O ENSINO DE ARTE NA EDUCAÇÃO INFANTIL, SUA IMPORTÂNCIA E A BNCC</p><p>– BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR</p><p>A LDB (9.394/96) em seu artigo 26 § 2º (com redação dada pela Lei nº 12.287 de</p><p>2010) e o atual acréscimo, o § 6º (com redação dada pela Lei nº 13.278, de 2016), bem</p><p>como a BNCC (primeira e segunda versão), no que tange ao conhecimento de Arte e</p><p>em especial as Artes Visuais (nomenclaturas da Área), geram questões polêmicas, pois</p><p>existem discordâncias no próprio campo acadêmico e entre os docentes da Educação</p><p>Básica. A falta de entendimento da legislação vigente e atual em nosso país</p><p>relacionadas as questões de nomenclatura, erros conceituais e distorção de</p><p>documentos legais como as observadas em editais de concursos públicos para a</p><p>contratação de professores de Arte vem leva à reflexão do ensino da Área no Brasil.</p><p>A Federação de Arte/Educadores do Brasil – FAEB e sua atuação vem</p><p>garantindo a permanência e a obrigatoriedade de Arte no currículo escolar, assim como</p><p>vem debatendo sobre o exercício da profissão docente na Educação Básica. No</p><p>entanto, foi evidente que depois da aprovação e divulgação da BNCC no ano de 2017</p><p>houve muitas discussões sobre as orientações estruturais e pedagógicas em várias</p><p>regiões do país, provocando dissabores de toda ordem (PIMENTEL; MAGALHÃES,</p><p>2018).</p><p>A BNCC (2017) propõe que a abordagem das linguagens articule seis dimensões</p><p>do conhecimento que, de forma indissociável e simultânea, caracterizam a</p><p>singularidade da experiência artística: criação, crítica, estesia, expressão, fruição,</p><p>reflexão. Dentro das ações relativas à área de Linguagens, a BNCC reuniu quatro</p><p>componentes curriculares: Língua Portuguesa, Língua Estrangeira Moderna, Arte e</p><p>Educação Física.</p><p>Assim, vale ressaltar que as crianças aprendem desde o momento que nascem.</p><p>É muito importante estimular a imaginação das crianças é desenvolver habilidades que</p><p>as façam capazes de atuar em sociedade com confiança e segurança de sua</p><p>11</p><p>capacidade criadora. Entender que o ensino de Arte exerce influência sobre a forma de</p><p>expressar sentimentos e sobre o crescimento e desenvolvimento da criança é uma</p><p>reflexão que não se pode deixar de lado, especialmente na Educação Infantil</p><p>(SABATINI, 2019).</p><p>Para Rocha (2011) é necessário que o ensino de Arte contribua para a reflexão</p><p>sobre a realidade, onde o conhecimento crítico seja possa ser construído junto ao</p><p>conhecimento do fazer. As crianças</p><p>podem e devem ter contato com a construção do</p><p>conhecimento em Arte, e, para isso o professor terá o papel de mediar e valorizar seus</p><p>processos e vivências.</p><p>Segundo Piaget (1973) o desenho é uma das manifestações semióticas, ou seja,</p><p>uma das formas pelas quais a função de atribuição da significação se expressa e se</p><p>constrói. Assim, sem a arte nossa compreensão do mundo e de nós mesmos fica</p><p>desvalido. É muito importante e fundamental conhecer e entender a arte produzida pelo</p><p>contexto social e cultural ao qual pertencemos para que a construção da identidade</p><p>ocorra de forma satisfatória.</p><p>No campo da pintura, para a criança, pintar é, antes de mais nada, uma arte que</p><p>deve ser contemplada na Educação Infantil, pois é aliada no desenvolvimento motor,</p><p>afetivo e social da criança, além de prepara-la para a escrita. Mesmo com crianças bem</p><p>pequenas é possível interpretar obras ou mesmo recriar os objetivos a serem</p><p>alcançados na Educação Infantil vão além do simples prazer em manipular mãos e</p><p>pincéis (SILVA, et. al, 2010).</p><p>Através do contato com materiais diversos como tintas, cola, papéis, pincéis,</p><p>entre outros, as crianças são capazes de expressar sentimentos diferentes, além de</p><p>desenvolver suas habilidades motoras que serão extremamente importantes no futuro</p><p>para a alfabetização.</p><p>O recorte e a colagem também são importantes aliados no desenvolvimento de</p><p>Arte na Educação Infantil. Esses processos foram há muitos anos para decoração de</p><p>igrejas, praças, casas ou quadros, onde usava-se diferentes materiais e/ou texturas</p><p>como, por exemplo, ladrilhos, pedras, papéis entre outros que formavam lindos</p><p>mosaicos (SILVA, et. al, 2010).</p><p>12</p><p>A Arte Tridimensional e as Tecnologias, também fazer parte do universo da Arte</p><p>e podem ser trabalhadas também na Educação Infantil. A modelagem, por exemplo,</p><p>proporciona para a criança o ato de se expressar livremente. É muito comum a</p><p>utilização de massas de modelar, mas pode-se trabalhar com outros materiais</p><p>promovendo a habilidade na coordenação motora. E, em relação as tecnologias, a</p><p>expressão da Arte e suas produções artísticas também podem ser contempladas e são</p><p>de extrema valia, pois não há como negar sua inclusão no processo de aprendizagem</p><p>(SILVA et. al, 2010; SABATINI, 2019).</p><p>Ainda existem muitas discussões sendo realizadas no que tange o ensino de</p><p>Arte no Brasil. Muitos são os conflitos, especialmente no campo da construção e</p><p>produção de significações e sentido em relação ao currículo de Arte (PIMENTEL;</p><p>MAGALHÃES, 2018). Assim sendo, a participação conjunta e coletiva na elaboração do</p><p>currículo é mister quando se considera que ele será a referência social e nacional.</p><p>3 CONSIDERAÇÕES FINAIS</p><p>O Ensino de Arte na Educação Infantil é uma importante ferramenta da</p><p>educação, pois além de estimular o desenvolvimento das crianças a Arte ainda</p><p>possibilita a aquisição de novas habilidades, diferentes perspectivas e sensações a</p><p>respeito do mundo e de si mesmo ponto.</p><p>Como mediador do conhecimento, o professor é peça fundamental para</p><p>incentivar a criança pelo caminho da Arte ou por outra área do conhecimento,</p><p>oferecendo as melhores oportunidades de conhecimento ampliando o desenvolvimento</p><p>e a formação da criança.</p><p>Apesar de muitas divergências em relação a nomenclatura e interpretação das</p><p>leis vigentes é fundamental ressaltar a importância do Ensino de Arte na sala regular,</p><p>de forma a envolver e estimular as crianças, para que se desenvolvam e sejam capazes</p><p>de viver em sociedade com respeito e dignidade e com igualdade de por meio de novas</p><p>ferramentas e formas de ensinar.</p><p>13</p><p>Para muitos autores, as orientações pedagógicas da BNCC em relação a Arte</p><p>necessitam ser debatidas e analisadas não apenas no processo de formação docente</p><p>nos cursos de Licenciatura, mas também em outras instâncias, com o devido cuidado e</p><p>respeito as realidades de cada região do país a fim de se construir propostas</p><p>pedagógicas e/ou curriculares que se contemplem práticas educativas planejadas com</p><p>uma atuação docente crítica para o componente curricular Arte e suas respectivas</p><p>modalidades artísticas.</p><p>Pela escassez de pesquisas direcionadas ao tema deste trabalho seu debate é</p><p>imprescindível diante das incertezas e dúvidas que surgem no cenário educacional do</p><p>ensino/aprendizagem em Arte.</p><p>No entanto, embora muitas sejam as discussões sobre o tema deste artigo, é</p><p>inegável a importância do Ensino de Arte para o desenvolvimento das crianças que</p><p>frequentam a Educação Infantil.</p><p>14</p><p>4 REFERÊNCIAS</p><p>BARBOSA, Ana Mae. Arte Educação no Brasil: do modernismo ao pós-</p><p>modernismo. São Paulo, 2003. Disponível em: http://www.revista.art.br/site-numero-</p><p>00/anamae.htm</p><p>Acesso em 26 abr. 2020.</p><p>BARBOSA, Ana Mae. Entre memória e história. In: BARBOSA, Ana Mae (org.).</p><p>Ensino da arte: memória e história. São Paulo: Perspectiva, 2008.</p><p>BARROS, Gabriela de Angelis; GASPARIN, João Luiz. As novas exigências</p><p>histórico-educacionais do ensino de artes na contemporaneidade. UEM. 2007.</p><p>Disponível em: https://silo.tips/queue/as-novas-exigencias-historico-educacionais-do-</p><p>ensino-de-artes-na-contemporaneida?&queue_id=-</p><p>1&v=1601604264&u=MjgwNDoyNzQ6ZmYzMDo0OWEwOjk5NzM6MTdjYjoyY2M6YTB</p><p>kYg== Acesso em: 05 dez. 2011.</p><p>BEMVENUTI, Alice. O que rompe, o que continua. Para onde vamos mesmo? In:</p><p>Seminário sobre o Ensino Superior de Artes e Design no Brasil. Salvador, 1997.</p><p>BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Parâmetros Curriculares Nacionais:</p><p>arte/Secretaria de Educação Fundamental. Caracterização da área de arte. 2. ed.</p><p>Rio de Janeiro: DP&A, 2000. Cap.1, p. 19-43.</p><p>BRASIL. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da</p><p>educação nacional. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm</p><p>Acesso em 20 abr de 2020.</p><p>BRASIL. Lei nº 12.287, de 13 de julho de 2010. Altera a Lei no 9.394, de 20 de</p><p>dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, no</p><p>tocante ao ensino da arte. Disponível em:</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Lei/L12287.htm Acesso em 20</p><p>abr de 2020.</p><p>BRASIL. Conselho Nacional de Educação. Resolução nº 2, de 1º de julho de 2015.</p><p>Disponível em: http://portal.mec.gov.br/docman/agosto-2017-pdf/70431-res-cne-cp-002-</p><p>03072015-pdf/file Acesso em: 20 abr de 2020.</p><p>BRASIL. Lei nº 13.278, de 02 de mai. 2016. Altera o § 6o do art. 26 da Lei no 9.394, de</p><p>20 de dezembro de 1996, que fixa as diretrizes e bases da educação nacional,</p><p>referente ao ensino da arte. Disponível em:</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2016/lei/l13278.htm Acesso em 22</p><p>mai de 2020.</p><p>15</p><p>BRASIL. Lei nº 13.415, de 16 de fevereiro de 2017. Altera a Lei no 9.394, de 20 de</p><p>dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, no</p><p>tocante ao ensino da arte. Disponível em:</p><p>https://legis.senado.leg.br/norma/602639#:~:text=ALTERA%20AS%20LEIS%20N%C2</p><p>%BAS%209.394,LEIS%20DO%20TRABALHO%20%2D%20CLT%2C%20APROVADA</p><p>Acesso em 22 mai de 2020.</p><p>BRASIL. Base Nacional Comum Curricular: Fundamentos Pedagógicos e Estrutura</p><p>Geral da BNCC: versão 3, Brasília, 2017. Disponível em:</p><p>http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.p</p><p>df Acesso em 14 jul de 2020.</p><p>FARIAS, M. R. As idas e voltas do ensino da arte no Brasil. Anais do XXVI</p><p>CONFAEB - Boa Vista, novembro de 2016. Disponível em:</p><p>http://ufrr.br/confaeb/index.php/anais/category/4-artes-visuais?download=26:farias-</p><p>monica Acesso em 08 ago de 2020.</p><p>PIAGET; INHELDER, B. A psicologia da criança. São Paulo: Difusão Européia do</p><p>Livro, 1973.</p><p>PIMENTEL, L. G.; MAGALHÃES, A. D. T. V. Docência em Arte no contexto da</p><p>BNCC: É preciso reinventar o ensino/aprendizagem em Arte? Revista GEARTE,</p><p>Porto Alegre, v. 5, n. 2, p. 220-231, maio/ago. 2018. Disponível em:</p><p>https://seer.ufrgs.br/gearte/article/view/83234 Acesso em 08 ago</p><p>de 2020.</p><p>REIS, W. G. (2006) - CIÊNCIAS HUMANAS EM REVISTA, 2006, v.4, n. 1, p. 86-87.</p><p>Apud FARIAS, M. R. As idas e voltas do ensino da arte no Brasil. Anais do XXVI</p><p>CONFAEB - Boa Vista, novembro de 2016. Disponível em:</p><p>http://ufrr.br/confaeb/index.php/anais/category/4-artes-visuais?download=26:farias-</p><p>monica Acesso em 08 ago de 2020.</p><p>ROCHA, D.V. A IMPORTÂNCIA DO ENSINO DE ARTE NA EDUCAÇÃO INFANTIL.</p><p>Monografia apresentada ao Curso de Especialização em Ensino de Artes Visuais do</p><p>Programa de Pós-graduação em Artes da Escola de Belas Artes da Universidade</p><p>Federal de Minas Gerais como requisito parcial para a obtenção do título de</p><p>Especialista em Ensino de Artes Visuais. Orientadora: Cláudia Regina dos Anjos, 2011.</p><p>Disponível em: https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUBD-</p><p>9XSKFC/1/a_import_ncia_do_ensino_de_arte_na_educa__o_infantil.pdf Acesso em 12</p><p>set de 2020.</p><p>SABATINI, S. A arte na educação infantil: Passatempo ou Aprendizagem?</p><p>Entretanto Educação, 2019 (online). Disponível em:</p><p>https://entretantoeducacao.com.br/professor/a-arte-na-educacao-infantil-passatempo-</p><p>ou-aprendizagem/ Acesso em 25 set de 2020.</p><p>16</p><p>SILVA, E. A.; OLIVEIRA, F. R; SCARABELLI, L.; COSTA, M. L. O.; OLIVEIRA, S. B.</p><p>Oliveira; SANT’ANNA, V. L. L. Fazendo arte para aprender: A importância das artes</p><p>visuais no ato educativo. Pedagogia em Ação, v. 2 n. 2 (2010). Disponível em:</p><p>http://200.229.32.43/index.php/pedagogiacao/article/view/4850 Acesso em 28 set de</p><p>2020.</p><p>TEIXEIRA, A. L. J. O ensino de Arte e a legislação brasileira atual. Disponível em:</p><p>https://associacaomaranhensedearteeducadores.wordpress.com/2015/06/23/0_ensino_</p><p>de_arte_e_a_legislacao_brasileira_atual/ Acesso em 09 jul. 2020.</p>

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