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LICENCIATURA EM PEDAGOGIA
AMANDA SOUZA MOURA
O ENSINO DE ARTES NOS ANOS INICIAS: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
ALTO SANTO
2021
AMANDA SOUZA MOURA
O ENSINO DE ARTES NOS ANOS INICIAS: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Projeto de pesquisa apresentado ao Curso de Licenciatura Plena em Pedagogia da Faculdade Regional Jaguaribana – FRJ, como requisito parcial para aprovação na disciplina Trabalho de Conclusão de Curso – TCC I. 
Prof. Orientadora: Francisca Taneide Santos de Medeiros
ALTO SANTO
2021
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO	4
2 DELIMITAÇÃO E FORMULAÇÃO DO PROBLEMA	6
3 HIPÓTESE	7
4 OBJETIVO GERAL	8
4.1 Objetivos específicos	8
5 JUSTIFICATIVA	9
6 REFERENCIAL TEÓRICO	11
6.1. A IMPORTANCIA DO ENSINO DA ARTE PARA AS CRIANÇAS	15
7.1 Tipo de pesquisa	17
7.2 População e amostra	17
7.3 Procedimento de coleta de dados	18
7.4 Procedimento de análise de dados	18
8 CRONOGRAMA	19
8 REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS	20
	
1 INTRODUÇÃO 
Este trabalho trata de verificar se o ensino de Arte nos anos iniciais se constitui uma disciplina com a devida importância no contexto escolar e as dificuldades enfrentadas pelo pedagogo no exercício dessa disciplina. Esclarecendo que o percurso histórico deste ensino no Brasil aponta uma série de entraves que dificultou a inserção desta disciplina nas escolas de forma adequada, para isso compreendemos que está disciplina é de fundamental importância para o desenvolvimento dos discentes.
O ensino de arte nas escolas concebido pelo viés estético incentivando a construção e valorização de saberes socioculturais, pautados na práxis-docente estético-pedagógica que busca incentivar a emancipação do alunado, é o modo de trabalhar arte que todos desejaríamos ter na realidade de nossas escolas. 
A educação infantil é uma etapa de grande importância para a vida escolar da criança, pois tem um papel fundamental na formação do indivíduo e reflete em uma melhora significativa no aprendizado.
A escolha do tema se dá justamente pelas mudanças ocorridas no currículo escolar em relação ao ensino de artes, principalmente pela consolidação da BNCC (Base Nacional Comum Curricular) que propõe um ensino igualitário por todo território Brasileiro.
Com o ensino da Arte ocorre o desenvolvimento da criança e com isso eles conseguem aguçar os sentidos, as capacidades motoras, cognitivas, imaginativas, emotivas e de socialibidade e assim o professor pedagogo conseguira mediar atividades que possam estimular aos discentes á realizar formas artísticas como apreciar e conhecer as formas produzidas por eles e pelos seus colegas, pela natureza e diferentes culturas e assim compreender a evolução do ensino de artes nos anos inicias e as mudanças ocorridas no currículo pela implementação da BNCC Proposta de Governo Federal.
O presente estudo apresenta os moldes da pesquisa teórica bibliográfica. De acordo com Gil (2002) esse tipo de pesquisa se conduz a partir da análise de estudos pré-estabelecidos, sobretudo livros e artigos científicos. 
O profissional da educação infantil precisa ser fundamentado na formação de cidadãos é necessário que todos tenham a oportunidade de participar ativamente como ouvinte, intérprete, compositores e improvisadores, dentro e fora da sala de aula. Envolvendo pessoas de fora no enriquecimento do ensino e promovendo interação com os grupos musicais e artísticos das localidades, a escola não pode contribuir para que os alunos se tornem ouvintes sensíveis, amadores talentosos ou músicos profissionais (BRASIL, 1997)
 
2 DELIMITAÇÃO E FORMULAÇÃO DO PROBLEMA
Este trabalho trata de verificar se o ensino de Arte nos anos iniciais se constitui uma disciplina com a devida importância no contexto escolar e as dificuldades enfrentadas pelo pedagogo no exercício dessa disciplina. Esclarecendo que o percurso histórico deste ensino no Brasil aponta uma série de entraves que dificultou a inserção desta disciplina nas escolas de forma adequada, para isso compreendemos que está disciplina é de fundamental importância para o desenvolvimento dos discentes.
A escolha do tema se dá justamente pelas mudanças ocorridas no currículo escolar em relação ao ensino de artes, principalmente pela consolidação da BNCC (Base Nacional Comum Curricular) que propõe um ensino igualitário por todo território Brasileiro.
Com o ensino da Arte ocorre o desenvolvimento da criança e com isso eles conseguem aguçar os sentidos, as capacidades motoras, cognitivas, imaginativas, emotivas e de sociabilidade e assim o professor pedagogo conseguira mediar atividades que possam estimular aos discentes á realizar formas artísticas como apreciar e conhecer as formas produzidas por eles e pelos seus colegas, pela natureza e diferentes culturas e assim compreender a evolução do ensino de artes nos anos inicias e as mudanças ocorridas no currículo pela implementação da BNCC Proposta de Governo Federal.
3 HIPÓTESE
O ensino de Arte surgiu no Brasil com a chegada dos jesuítas, com o objetivo de ensinar a religião católica e educar os indígenas, considerando este o primeiro sistema de ensino formal do país. Em 1826, o ensino de Arte tornou-se oficial no Brasil, com a criação da Academia Imperial de Belas Artes, vinda da França com a proposta de preparar as pessoas para o trabalho.
O desenvolvimento do ensino da Arte deve, mas notoriedade no século XX, onde que nos anos de 1930, o ensino de Arte começa a ganhar espaço no Brasil, surgindo escolas para crianças e adolescentes. Porém, com o período de ditadura do presidente vigente Getúlio Vargas (1882-1954), a educação em geral se viu descuidada e com ela o ensino de Arte foi posto à margem das demais disciplinas.
Considerando que o ensino da arte mobiliza vários campos de atuação como dança, teatro, artes visuais, no qual as crianças são envolvidas em um mundo em construção baseados em seus conhecimentos prévios e da sua imaginação. É fundamental um mediador para que haja um significado nas expressões construídas pelas crianças, nesse caso sendo responsável o professor.
O papel do docente é importante no ensino, pois é ele que oferece condições para os estudos e transmitir o conhecimento ao aluno., pois estão frequentemente assimilando aquilo que está em seu redor, cabendo ao professor saber lidar com os acontecimentos na sala de aula, introduzindo sua metodologia de trabalho. Qualquer conceito estético ou artístico pode ser trabalhado a partir do cotidiano tanto da natureza quanto da cultura como um todo.
4 OBJETIVO GERAL 
· Compreender a evolução do ensino de artes nos anos inicias e as mudanças ocorridas no currículo pela implementação da BNCC.
4.1 Objetivos específicos
· Entender o contexto histórico do ensino da arte nos anos iniciais;
· Perceber a importância do ensino da arte para o desenvolvimento cognitivo da criança;
· Identificar e explicar os desafios e possibilidades da implementação da BNCC nos anos iniciais.
5 JUSTIFICATIVA 
Considerando que o pedagogo é um profissional que deve ter várias habilidades, por serem polivalentes, porém os ensinos da arte ao longo dos anos ficaram direcionados somente ao livro didático, as aulas comemorativas ou aulas parciais de desenhos, refutando outras expressões artísticas como dança e teatro. Percebemos que nem sempre esses pedagogos tem uma formação adequada para conseguir desenvolver as atividades em todas as modalidades da Arte.
Os professores acompanharam a evolução da disciplina de arte ao longo de sua vida profissional e percebem que está passou por significativas transformações, sendo de grande relevância para o fortalecimento da proposta e função da arte na vida escolar das crianças, adolescentes, jovens e adultos.
Com as inovações propostas do ensino da arte estabelecidas pelo surgimento e aplicação da BNCC, levando em consideração a nossa diversidade, na qual propõe uma construção de identidade, onde os princípios educacionais, competências e habilidades sejam garantidos a todos os educandos em diversos níveis educacionais. Nesse sentido:
[...] a Base Nacional Comum Curricular é um documento normativoque define o conjunto orgânico e progressivo de aprendizagens essenciais que todos os alunos devem desenvolver ao longo das etapas e modalidades da Educação Básica. Conforme definido na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB, Lei n.9394\1996)
Esse documento serve de orientação para todas as escolas públicas e particulares em todos os níveis de escolarização dos pais e suas diretrizes contempladas nas propostas pedagógicas, livros e materiais didáticos, em relação ao ensino da Arte e na construção de currículo, o pedagogo deve considerar as dimensões de conhecimento que são: criação crítica, estesia, expressão e fruição. 
Essas dimensões de conhecimentos funcionam para o estudo das linguagens visuais sendo importantes dentro da escola, sendo afirmando por Martins (2010) que a arte é importante na escola, principalmente por que é importante fora dela, por ser um conhecimento construído pelo homem através dos tempos, a arte é um patrimônio cultural da humanidade e todo ser humano tem direito ao acesso a esse saber.
Com isso o pedagogo necessitar e além da sua formação inicial, investir na formação continuada, para conseguir a se adequada os moldes propostos para o ensino da arte, gerando técnicas que facilitem o desenvolvimento e o planejamento das aulas de arte, buscando que os discentes consigam desenvolver em todos os campos artísticos.
6 REFERENCIAL TEÓRICO 
O ensino de Arte surgiu no Brasil com a chegada dos jesuítas, com o objetivo de ensinar a religião católica e educar os indígenas, considerando este o primeiro sistema de ensino formal do país. Em 1826, o ensino de Arte tornou-se oficial no Brasil, com a criação da Academia Imperial de Belas Artes, vinda da França com a proposta de preparar as pessoas para o trabalho.
O desenvolvimento do ensino da Arte deve, mas notoriedade no século XX, onde que nos anos de 1930, o ensino de Arte começa a ganhar espaço no Brasil, surgindo escolas para crianças e adolescentes. Porém, com o período de ditadura do presidente vigente Getúlio Vargas (1882-1954), a educação em geral se viu descuidada e com ela o ensino de Arte foi posto à margem das demais disciplinas.
Em 1940 foram criadas as Escolinhas de Arte que tinha como proposta era o ensino baseado na livre expressão, considerando premissas da psicologia e usando materiais como: lápis, pincel, tinta, argila entre outros, de forma que cada um tinha a liberdade para expressar a sua arte como pretendesse. Segundo Barbosa:
As práticas das escolinhas começaram a se fazer presentes na escola primária e secundária por meio das classes experimentais criadas no Brasil depois de 1958. Convênios foram estabelecidos com instituições privadas para treinar professores, chegando mesmo as Escolinhas a serem uma espécie de consultores de arte-educação para o sistema escolar público. Até1973 as Escolinhas eram a única instituição permanente para treinar a arte- educador. (BARBOSA, 1984, p.15)
A partir dessa iniciativa começaram a debater sobre o ensino da arte como disciplina fundamental para as crianças, sendo que era uma disciplina não ofertada no ensino público somente na década de 70 que isso foi estabelecido:
No início da década de 60 foi instituída a Educação Musical, criada pela LDB de 1961 e formalmente regulamentada pelo Parecer nº 383 e mais tarde pelo Decreto 61.400 de 22 de setembro de 1967. Esses encaminhamentos legais resultam dos princípios escola novistas calcados na ideia do desenvolvimento expressivo da criança em sua individualidade buscando substituir os fundamentos do Canto Orfeônico e da teoria musical pelas práticas rítmico-sonoras. Cabe destacar que tais práticas subsistiram mais nas escolas particulares, em especial sob orientação montessoriana, e não foram generalizadas para a educação pública em geral (SUBTIL, 2011, p.246).
 As primeiras incursões educacionais voltadas para a inserção da disciplina de artes no currículo escolar público derivam do acordo MEC-USAID, que se consolidou por meio da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional n.5692/1971.
[...] o artigo 7º da Lei 5.692/71 tornou obrigatória a Educação Artística pela primeira vez na legislação brasileira (juntamente com Educação Religiosa, Moral e Cívica, Programas de Saúde e Educação Física) apregoando um enfoque genérico da Música, das Artes Cênicas e das Artes Plásticas. A integração à grande área de Comunicação e Expressão e o professor polivalente caracterizaram essa lei quanto ao ensino de artes (SUBTIL, 2011, p.247).
Esta lei passou a ofertar compulsoriamente um ensino profissionalizante para a escola secundária. “Esta foi uma maneira de profissionalizar mão-de-obra barata para as companhias multinacionais que adquiriram grande poder econômico no País sob o regime da ditadura militar de 1964 a 1983” (BARBOSA, 2013, p.170).
Nesse período o ensino de Arte foi inserido no currículo do Ensino Fundamental, com a nomenclatura de “Educação Artística”, mas era considerada apenas uma “atividade educativa” e não uma disciplina, pois os professores que lecionavam não tinham nenhuma habilidade referente atuação artística.
Em 20 de dezembro de 1996 com a implantação da nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBN), lei nº 9394, surge uma nova concepção de educação, incluindo o ensino de Arte no contexto escolar e com essa criação da nova LDB, a então “Educação Artística”, passa a ser considerada “disciplina”, o que lhe conferiu certamente maior legitimidade, além da obrigatoriedade. Esta nova lei propõe que esta disciplina atenda todos os níveis de Educação Básica, também como intuito de desenvolver e promover a cultura.
Surge a partir daí uma nova concepção do processo educacional, sendo confirmada na LDBN:
A educação abrange os processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na conivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos Movimentos Sociais e organizações da Sociedade civil e nas manifestações culturais. (Artigo 1º da Lei de Diretrizes e Bases Nacional de 1996/Lei nº 9394/96).
Agora o ensino da arte sendo uma disciplina, como as demais do currículo escolar e reconhecida como área do conhecimento. Atualmente com a denominação de Arte/Educação e ter se tornado um campo obrigatório de conhecimento, ainda assim se faz necessário ampliar esse conhecimento de forma a disseminar a sua importância perante a sociedade e as outras disciplinas escolares.
Em 2017, ocorreram significativas mudanças na Educação Brasileira, especialmente no Ensino da Arte, onde foi publicada a BNCC (Base Nacional Comum Curricular) que coloca em evidencias as varias linguagens de expressão de arte (dança, música, artes visuais, teatro e artes integradas) e propoe a necessidade de o processo de ensino aprendizagem dearte articulare seis dimensoes do conhecimento (criação, critica, estesia, expressão, fruição e reflexão).
A arte na educação tem como objetivos explorar e desenvolver as potencialidades dos indivíduos, possibilitando novas descobertas aos alunos, busca também promover a conscientização e a participação afetiva no processo de vida, e também valorizar as relações interpessoais na interação e na integração entre as experiências e o conhecimento de vida por meio da arte, possibilitando ao aluno ampliar seu mundo de respostas em diversas situações de forma criativa e espontânea. Frente a tudo isso a escola necessita de rever seus conceitos de ensino aprendizagem. Pois infelizmente a reprodução do conhecimento ainda é prioridade em muitas instituições de ensino. 
É muito importante ressaltar que o professor essencialmente, pode e deve criar situações de aprendizagem desafiadoras e instigantes, onde a arte e a atividade interativa e cognitiva, estejam sempre presentes na educação da criança ao adolescente. Também cabe ao professor que repense sua prática educativa, levando em consideração que as atividades interativas e a criatividade são bases necessárias para o desenvolvimento do ser humano. 
Essa constante permuta entre reflexão e prática, prática e reflexão do educador, tem seu ciclointerminável, objetivando que o aluno possa enriquecer e aperfeiçoar sua vivências e experiências artísticas e estéticas, construindo progressivamente uma identidade norteada para a participação ativa, crítica e responsável na sociedade, com direitos e deveres ao longo da vida. Busca-se formar um educando participativo, que faça parte da história, seja protagonista de suas próprias escolhas profissionais, culturais e educacionais que realiza no seu presente e futuro, com responsabilidade social e ética. 
Na proposta dos Parâmetros Curriculares Nacionais Arte1, tem relevância tão importante quanto as dos outros conhecimentos no processo de ensino aprendizagem. Pois a área de Arte sempre deve estar relacionada com as demais áreas e suas especificidades. Na introdução aos PCN’s podemos conferir que a arte é importante pois: 
“A educação em arte propicia o desenvolvimento do pensamento artístico e da percepção estética, que caracterizam um modo próprio de ordenar e dar sentido à experiência humana: o aluno desenvolve sua sensibilidade, percepção e imaginação, tanto ao realizar formas artísticas quanto na ação de apreciar e conhecer as formas produzidas por ele e pelos colegas, pela natureza e nas diferentes culturas. ” (PCNs ARTE pág.19) 
 
 O contato de um aluno com sua vivencia inserida na arte é deveras importante pois ela é sempre libertadora e nunca limitada, um aluno que esta diariamente exercitando sua imaginação e criatividade estará mais habilitado a por exemplo construir um texto ou, desenvolver estratégias pessoais para resolver um problema matemático. Esse é um dos motivos pelo qual a arte é educação, e educação é arte. É muito importante para o aluno ter oportunidades de conhecer outras culturas, de conviver com pessoas que não estão inseridas na sua realidade, pois assim o aluno pode ampliar seus conhecimentos de mundo com essas relações, e através dessas vai construindo e fundamentando sua identidade enquanto ser único e cidadão de um meio coletivo. 
As mais diversas produções e leituras de objetos de artísticos podem promover a imagem positiva do aprendiz, além de cumprirem o papel educacional de formação cultural conectam sua aprendizagem ao patrimônio cultural que também lhe pertence e ao qual ele faz parte. 
Quando o aluno tem a oportunidade de apreciar ou produzir mostras, de apresentações de danças, espetáculos teatrais, musicais, feiras, e ateliês de arte ele consequentemente estabelece uma comunicação entre o que ele estuda e a cultura em produção. Desse modo um aluno de fato preparado para atuar com êxito em seu futuro, é aquele que cuja sua formação consegue acompanhar seu tempo. Sendo assim a arte é e se mostra indispensável por incluir constantemente as formas simbólicas que dizem respeito à humanização de e em todos os tempos e lugares. 
Os projetos e trabalhos que podem e devem ser desenvolvidos nas escolas podem assegurar a essas crianças e jovens suas vivencias em seu próprio tempo, respeitando seus receios e limitações, sempre com um estimulo do professor orientador para que seus alunos possam vencer seus medos e limitações conquistando e alcançando sua própria libertação. 
6.1. A IMPORTANCIA DO ENSINO DA ARTE PARA AS CRIANÇAS
Considerando que o ensino da arte mobiliza vários campos de atuação como dança, teatro, artes visuais, no qual as crianças são envolvidas em um mundo em construção baseados em seus conhecimentos prévios e da sua imaginação. É fundamental um mediador para que haja um significado nas expressões construídas pelas crianças, nesse caso sendo responsável o professor.
O papel do docente é importante no ensino, pois é ele que oferece condições para os estudos e transmitir o conhecimento ao aluno., pois estão frequentemente assimilando aquilo que está em seu redor, cabendo ao professor saber lidar com os acontecimentos na sala de aula, introduzindo sua metodologia de trabalho. Qualquer conceito estético ou artístico pode ser trabalhado a partir do cotidiano tanto da natureza quanto da cultura como um todo.
O professor também deverá ter interesse em trabalhar as percepções e seus elementos (como texturas, cores), pode se colecionar da natureza – flores, folhas, gravetos, pedras, etc. – ou de materiais produzidos pelo homem – como tecidos, pedaços de papeis, rótulos, embalagens, fotografias, ilustrações, objetos de uso cotidiano, sons, canções e outros – que serão reunidos na classe como material auxiliar para as aulas de artes. (FERRAZ; FUSARI, 1993, p. 49)
O contato da criança com as obras de artes também é outro ponto importante, porque possibilita a praticar as atividades artísticas, adquirindo novos repertórios relacionando com suas experiências já estabelecidas em sua vida. Com essa prática o professor mostrará aos seus alunos a maneira abstrata da arte, estimulando e aguçando a sensibilidade desses discentes.
É necessário que o professor possibilite aos alunos o desenvolvimento de sua percepção, imaginação, raciocínio, dentre outros aspectos que ajudarão no processo de ensino aprendizagem, tornado os seres capazes de analisar, refletir e emitir opiniões.
Contudo, o professor deve compreender que a criança é capaz de ligar suas ações às representações do mundo que constitui sua cultura, sendo a escola um espaço e um tempo onde este processo é vivenciado, onde o processo de ensino-aprendizagem envolve diretamente a interação entre indivíduos. Distinguido o que é real do imaginário, nesse sentido o professor será o mediador desse processo. Conforme Vygotsky (1991, p. 64-65):
Resumindo, o aspecto mais essencial de nossa hipótese é a noção de que os processos de desenvolvimento não coincidem com os processos de aprendizado. Ou melhor, o processo de desenvolvimento progride de forma mais lenta e atrás do processo de aprendizado; desta sequenciação resultam, então, as zonas de desenvolvimento proximal. Nossa análise modifica a visão tradicional, segundo a qual, no momento em que uma criança assimila o significado de uma palavra, ou domina uma operação tal como a adição ou a linguagem escrita, seus processos de desenvolvimento estão basicamente completos. Na verdade, naquele momento eles apenas começaram. A maior consequência de se analisar o processo educacional desta maneira, é mostrar que, por exemplo, o domínio inicial das quatro operações aritméticas fornece a base para o desenvolvimento subsequente de vários processos internos altamente complexos no pensamento das crianças.
Para o autor é nessa zona onde construímos um conceito abrangente, onde o processo de aprendizagem tem um significado e pode se consolidado, em relação ao ensino da Arte é fundamental que o professor explore o espaço social, cultural, familiar e imaginário das crianças com o intuito de garantir o desenvolvimento cognitivo deles.
METODOLOGIA 
7.1 Tipo de pesquisa
Em relação à natureza, a presente pesquisa classifica-se como básica, tendo em vista que visa apenas coletar informações. No tocante ao objetivo, como ela não tem pretensão de controle de variáveis e é apenas uma observação da realidade por meio das respostas apresentadas nos questionários, classifica-se como descritiva. A abordagem dos dados será qualitativa, haja vista que preservará as respostas dos professores em seu conteúdo e não visa dados quantitativos. Os colaboradores da pesquisa serão abordados por meio da pesquisa de campo.
Acerca da pesquisa qualitativa, Flick (2004) diz que os métodos qualitativos são capazes de fornecer explicações científicas efetivas dos fatos, podendo sobreviverem sem os dados quantitativos, o inverso não pode ocorrer, segundo o autor, haja vista que os quantitativos precisam dos métodos qualitativos para explicar as relações encontradas. Neste ínterim, como a pesquisa pretende elucidar as experiências dos professores, a abordagem qualitativa é a mais adequada, pois conserva o conteúdo emergente.
7.2 População e amostra 
A população investigada serão os professores da Escola de Ensino Fundamental Cazuza Bezerra, onde o objetivo foi de alcançar uma amostrade dez destes professores, que, no caso, são os professores dos anos iniciais. Nesta amostra situam-se professores de ambos os sexos, idades e formações variadas, bem como distintos tempos de serviço, objetivando assim uma amostra bem diversificada. 
7.3 Procedimento de coleta de dados
O instrumento utilizado para a coleta de dados será um questionário, contendo questões sociodemográficas e questões da pesquisa, na modalidade de perguntas subjetivas acerca do tema. No questionário sociodemográfico serão indagados: idade, tempo de serviço, escolaridade, tempo de formação e sexo. Após virão as perguntas relacionadas ao tema e será discutido o que os professores acham acerca do tema escolhido.
7.4 Procedimento de análise de dados
Os dados serão analisados em dois momentos, a princípio o perfil sóciodemográfico dos participantes, sendo apresentado por meio de gráficos e, em seguida, utilizar-se-á o procedimento de análise dos dados a partir das respostas subjetivas emitidas pelos profissionais, as quais serão comparadas com as teorias apresentadas na fundamentação teórica.
8 CRONOGRAMA 
8 CRONOGRAMA 
	Ações
	AGOS
	SET
	OUT
	NOV
	DEZ
	Apresentação do projeto de pesquisa ao orientador e reelaboração
	X
	
	
	
	
	Reescrita do referencial teórico
	
	X
	X
	
	
	Elaboração dos instrumentos de coleta de dados
	
	X
	X
	
	
	Coleta dos dados
	
	X
	X
	
	
	Análise e interpretação dos dados
	
	
	
	X
	
	Escrita da monografia
	
	
	
	X
	
	Entrega da monografia na secretaria acadêmica
	
	
	
	
	X
	Apresentação da monografia junto à banca
	
	
	
	
	X
	Entrega da monografia definitivo na biblioteca
	
	
	
	
	X
8 REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS 
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