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<p>VOLUME 1</p><p>Língua Portuguesa</p><p>MATERIAL DE</p><p>APOIO PEDAGÓGICO</p><p>PARA APRENDIZAGENS</p><p>MATERIAL DE</p><p>APOIO PEDAGÓGICO</p><p>PARA APRENDIZAGENS</p><p>2024</p><p>3º Ano3º Ano</p><p>Ensino Médio</p><p>GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS</p><p>SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MINAS GERAIS</p><p>ESCOLA DE FORMAÇÃO E DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL DE EDUCADORES</p><p>Ciências Humanas e</p><p>Sociais Aplicadas</p><p>Estudante - 3º Bimestre</p><p>2</p><p>Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores</p><p>Av. Amazonas, 5855 - Gameleira, Belo Horizonte - MG</p><p>30510-000</p><p>Governador do Estado de Minas Gerais</p><p>Romeu Zema Neto</p><p>Secretário de Estado de Educação</p><p>Igor de Alvarenga Oliveira Icassatti Rojas</p><p>Secretária Adjunta</p><p>Geniana Guimarães Faria</p><p>Subsecretaria de Desenvolvimento da Educação Básica</p><p>Kellen Silva Senra</p><p>Superintendente da Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de</p><p>Educadores</p><p>Weynner Lopes Rodrigues</p><p>Diretora da Coordenadoria de Ensino da EFE</p><p>Janeth Cilene Betônico da Silva</p><p>Produção de Conteúdo</p><p>Professores Formadores da Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de</p><p>Educadores</p><p>Revisão</p><p>Equipe Pedagógica e Professores Formadores da Escola de Formação e Desenvolvimento</p><p>Profissional de Educadores</p><p>3</p><p>Convidamos você a conhecer e utilizar os Cadernos MAPA. Esse material foi elaborado com todo</p><p>carinho para que você possa realizar atividades interessantes e desafiadoras na sala de aula ou em</p><p>casa. As atividades propostas estimulam as competências como: organização, empatia, foco, inte-</p><p>resse artístico, imaginação criativa, entre outras, para que possa seguir aprendendo e atuando como</p><p>estudante protagonista. Significa proporcionar uma base sólida para que você mobilize, articule e</p><p>coloque em prática conhecimentos, valores, atitudes e habilidades importantes na relação com os</p><p>outros e consigo mesmo(a) para o enfrentamento de desafios, de maneira criativa e construtiva.</p><p>Ficou curioso(a) para saber que convite é esse que estamos fazendo para você? Então não perca</p><p>tempo e comece agora mesmo a realizar essa aventura pedagógica pelas atividades.</p><p>Bons estudos!</p><p>Olá, estudante!</p><p>4</p><p>SUMÁRIO</p><p>FILOSOFIA ...........................................................................................................5</p><p>TEMA DE ESTUDO: Principais conceitos de Filosofia Política. ....................................5</p><p>TEMA DE ESTUDO: Filosofia política ao longo da história. ........................................ 7</p><p>TEMA DE ESTUDO: Democracia ontem e hoje. ..................................................... 12</p><p>REFERÊNCIAS .................................................................................................... 15</p><p>GEOGRAFIA .......................................................................................................16</p><p>TEMA DE ESTUDO: Sujeito, Território e Cultura. ................................................... 16</p><p>TEMA DE ESTUDO: Desigualdades e Meio Ambiente. ........................................... 18</p><p>REFERÊNCIAS .................................................................................................... 20</p><p>HISTÓRIA ..........................................................................................................21</p><p>TEMA DE ESTUDO: O regime do Apartheid (1948). ............................................... 21</p><p>TEMA DE ESTUDO: O Populismo na América Latina. ............................................. 25</p><p>TEMA DE ESTUDO: O Populismo no Brasil. ........................................................... 28</p><p>TEMA DE ESTUDO: A Ditadura Civil Militar no Brasil (1964 – 1985). ....................... 32</p><p>TEMA DE ESTUDO: A Ditadura militares na América Latina. ................................... 35</p><p>TEMA DE ESTUDO: O processo de redemocratização do Brasil. .............................. 38</p><p>REFERÊNCIAS .................................................................................................... 41</p><p>SOCIOLOGIA .....................................................................................................44</p><p>TEMA DE ESTUDO: Povos e comunidades tradicionais do Brasil: quem são? .......... 44</p><p>TEMA DE ESTUDO: Vantagens e desvantagens da Globalização. ........................... 44</p><p>REFERÊNCIAS .................................................................................................... 55</p><p>5</p><p>Principais conceitos de Filosofia Política.</p><p>TEMA DE ESTUDO:</p><p>MATERIAL DE APOIO PEDAGÓGICO PARA APRENDIZAGENS - MAPA</p><p>ANO DE ESCOLARIDADE</p><p>3º Ano</p><p>ÁREA DE CONHECIMENTO</p><p>Ciências Humanas e Sociais Aplicadas</p><p>COMPONENTE CURRICULAR</p><p>Filosofia</p><p>REFERÊNCIA</p><p>Ensino Médio</p><p>ANO LETIVO</p><p>2024</p><p>Olá, estudante!</p><p>Não é raro encontrarmos, entre as pessoas, um certo desinteresse pela política e os que se arriscam</p><p>a tratar sobre o assunto, costumam repetir ideias clichês sobre o assunto. No entanto, é fundamen-</p><p>tal para uma educação cidadã, o conhecimento dos conceitos e teorias políticas, evidentemente,</p><p>compreendidas dentro do contexto histórico-social no qual foram produzidas.</p><p>A perspectiva da Filosofia Política segue um método aparentemente inverso ao da Ciência Política,</p><p>apesar da similaridade do objeto de investigação. Enquanto a Ciência Política apresenta resultados</p><p>de observações e experiências concretas, a Filosofia Política apresenta conceitos teóricos que ilumi-</p><p>nam a nossa compreensão sobre a vida política real e que servem de parâmetro para julgarmos as</p><p>ações e decisões políticas e compreendermos os problemas atuais e buscarmos soluções.</p><p>Gostaríamos que as atividades a seguir lhe ajudassem a compreender melhor e aprofundar seus</p><p>conhecimentos sobre os principais conceitos sobre Política. Esses conceitos serão a base para a</p><p>compreensão dos teóricos políticos que será desenvolvida mais à frente.</p><p>1 – Você já deve ter ouvido a frase: “futebol e política não se discutem”. Você concorda que a política</p><p>não deva ser discutida? Apresente os argumentos que validem sua opinião. Quais consequências</p><p>podemos ter se não discutirmos política?</p><p>2 – Formule um conceito para cada uma das palavras abaixo. Para isso, sugerimos que você pesqui-</p><p>se sobre elas. Sua pesquisa pode começar pela nossa referência, mas não deve parar nela.</p><p>A) Barbárie: __________________________________________________________________</p><p>B) Cidadania: _________________________________________________________________</p><p>C) Civilização: ________________________________________________________________</p><p>D) Democracia: _______________________________________________________________</p><p>E) Democracia direta: __________________________________________________________</p><p>F) Democracia representativa: ___________________________________________________</p><p>G) Direito: ___________________________________________________________________</p><p>ATIVIDADES</p><p>6</p><p>H) Esclarecimento: _____________________________________________________________</p><p>I) Obscurantismo: _____________________________________________________________</p><p>J) Participação política: _________________________________________________________</p><p>K) Poder: ____________________________________________________________________</p><p>L) Política: ___________________________________________________________________</p><p>M) Soberania: _________________________________________________________________</p><p>N) Totalitarismo: ______________________________________________________________</p><p>3 – Qual é a relação entre política e poder?</p><p>4 – Por que a participação política é importante?</p><p>5 – Como se pode agir politicamente sem candidatar-se a um cargo público eletivo ou participar de</p><p>um partido político?</p><p>7</p><p>Além do estudo dos conceitos fundamentais da Filosofia Política, é importante conhecer melhor os</p><p>teóricos políticos ao longo da história da Filosofia. Nesta fase do estudo, é interessante relacionar</p><p>as teorias com o contexto histórico na qual foram produzidas. É importante que você não só com-</p><p>preenda o pensamento dos autores, mas que, além disso, consiga observar as diferenças entre</p><p>seu contexto histórico-social e o do Brasil atual. Apesar de tão distantes cronologicamente, Platão,</p><p>Aristóteles, Maquiavel,</p><p>jetória político-institucional dos países latino-americanos indicados no texto.</p><p>Dissolução de partidos e sindicatos, com o objetivo de estabelecer uma nova ordem democrática e</p><p>popular.</p><p>A) Domínio político das organizações guerrilheiras.</p><p>B) Extinção dos partidos políticos, intervenção nos sindicatos e suspensão das eleições diretas.</p><p>C) Política externa alinhada automaticamente à União das Repúblicas Socialistas Soviéticas e ao</p><p>bloco do Leste.</p><p>D) Formação de uma frente parlamentar, para revisão constitucional.</p><p>4 – (ENEM) A Operação Condor está diretamente vinculada às experiências históricas das ditaduras</p><p>civil-militares que se disseminaram pelo Cone Sul entre as décadas de 1960 e 1980. Depois do Brasil</p><p>(e do Paraguai de Stroessner), foi a vez da Argentina (1966), Bolívia (1966 e 1971), Uruguai e Chile</p><p>(1973) e Argentina (novamente, em 1976). Em todos os casos se instalaram ditaduras civil-militares</p><p>(em menor ou maior medida) com base na Doutrina de Segurança Nacional e tendo como principais</p><p>características um anticomunismo militante, a identificação do inimigo interno, a imposição do papel</p><p>político das Forças Armadas e a definição de fronteiras ideológicas.</p><p>(PADRÓS, E. S. Et al. Ditadura de Segurança Nacional no Rio Grande do Sul (1964-1985): história e</p><p>memória. Porto Alegre: Conag, 2009. (adaptado).</p><p>Levando-se em conta o contexto em que foi criada, a referida operação tinha como objetivo coor-</p><p>denar a:</p><p>A) Modificação de limites territoriais.</p><p>B) Sobrevivência de oficiais exilados.</p><p>C) Interferência de potências mundiais.</p><p>D) Repressão de ativistas oposicionistas.</p><p>E) Implantação de governos nacionalistas.</p><p>38</p><p>Olá Estudante!</p><p>Um dos momentos mais importante da história recente de nosso país foi quando os direitos civis,</p><p>políticos e humanos foram restabelecidos após uma série de eventos que marcam a reconstrução</p><p>da democracia participativa no Brasil. O país viveu 21 anos sob comando dos militares apoiados por</p><p>alguns setores sociais, principalmente os mais privilegiados economicamente. Mesmo assim, duran-</p><p>te toda a existência da ditadura, opositores buscaram defender seus interesses próprios e defender</p><p>os interesses democráticos.</p><p>O processo de redemocratização do Brasil foi iniciado durante o governo do General Ernesto Geisel</p><p>(1974-1979) e teve importantes momentos que contribuíram para o retorno do país à democracia.</p><p>O Governo Geisel foi marcado por uma abertura política controlada, conhecida como "lenta, gradual</p><p>e segura". Nesse período ocorreu o chamado "Pacote de Abril", de 1977, que introduziu algumas</p><p>medidas de distensão, como a anistia política ampla, geral e irrestrita, permitindo o retorno de</p><p>exilados políticos e a libertação de presos políticos. Contudo, o governo também promulgou a Lei</p><p>Falcão, que limitava a propaganda eleitoral e restringia a participação de partidos políticos (Arena e</p><p>MDB) na TV.</p><p>O processo de anistia foi fundamental para a reconciliação nacional, permitindo que exilados po-</p><p>líticos retornassem ao país e que perseguidos pelo regime militar fossem anistiados. Essa medida</p><p>contribuiu para a pacificação social e para o fortalecimento da luta pela redemocratização.</p><p>Ademais, em 1979, os partidos políticos puderam se restabelecer com a promulgação da Lei Orgâni-</p><p>ca dos Partidos Políticos, que permitiu a criação de novas legendas e o retorno da pluralidade política</p><p>ao país. Esse foi um passo importante para a consolidação do processo democrático. Sendo assim,</p><p>nas eleições de 1982 se restabeleceu o retorno das eleições diretas para governadores e o fortaleci-</p><p>mento dos partidos políticos. Foi um momento crucial para a consolidação do processo democrático,</p><p>pois permitiu a escolha popular de representantes estaduais.</p><p>Na sequência, a Emenda Dante de Oliveira, apresentada em 1984, propunha a volta das eleições</p><p>diretas para presidente, mas não foi aprovada pelo Congresso Nacional. Isso levou à eleição indi-</p><p>reta de Tancredo Neves em 1985, marcando o fim do regime militar e o início de um novo período</p><p>democrático no Brasil.</p><p>Ou seja, o processo de redemocratização do Brasil foi marcado por uma série de eventos e medidas</p><p>que culminaram na volta do país à democracia após anos de regime autoritário. A abertura política</p><p>gradual, a anistia, a volta dos partidos políticos, as eleições diretas e a eleição de Tancredo Neves</p><p>representaram momentos-chave nesse processo, que trouxe importantes mudanças políticas e so-</p><p>ciais para o país.</p><p>1 – “Voava-se o vôo 254 na noite de 27 de maio de 1984. Exatamente um mês e dois dias antes,</p><p>ou seja, a 25 de abril, travara-se a penúltima batalha entre Nação e Ditadura, ocasião em que esta,</p><p>uma vez mais – a última vez –, derrotara aquela, manobrando com suspeita habilidade no Congres-</p><p>O processo de redemocratização do Brasil.</p><p>TEMA DE ESTUDO:</p><p>ATIVIDADES</p><p>39</p><p>so Nacional para que fosse rejeitada uma emenda à Constituição que restabelecia o voto direto dos</p><p>cidadãos para a próxima escolha do presidente da República.”</p><p>NEVES, Amilcar. Relatos de sonhos e de lutas. São Paulo: Estação Liberdade: Fundação Nestlé de Cultura, 1991. p. 62.</p><p>Charge Campanha Diretas Já</p><p>No final da década de 1970, o Brasil começa a viver o processo de redemocratização. Com base</p><p>nessa afirmação e no texto acima, comente sobre a Campanha das Diretas Já e sua relação com o</p><p>contexto político, social e econômico da época.</p><p>2 – Batizado por Tancredo Neves de “Nova República”, o período que marca o reencontro do Brasil</p><p>com os governos civis e a democracia ainda não completou seu quinto ano e já viveu dias de grande</p><p>comoção. Começou com a tragédia de Tancredo, seguiu pela euforia do Plano Cruzado, conheceu</p><p>as depressões da inflação e das ameaças da hiperinflação e desembocou na movimentação que</p><p>antecede as primeiras eleições diretas para presidente em 29 anos.</p><p>O álbum dos presidentes: a história vista pelo JB. Jornal do Brasil, 15 nov. 1989.</p><p>O período descrito apresenta continuidades e rupturas em relação à conjuntura histórica anterior.</p><p>Uma dessas continuidades consistiu na:</p><p>A) representação do legislativo com a fórmula do bipartidarismo.</p><p>B) detenção de lideranças populares por crimes de Subversão.</p><p>C) presença de políticos com trajetórias no regime autoritário.</p><p>D) prorrogação das restrições advindas dos atos institucionais.</p><p>E) estabilidade da economia com o congelamento anual de preços.</p><p>3 – Proposta de Redação (ENEM)</p><p>O direito de votar: como fazer dessa conquista um meio para promover as transforma-</p><p>ções sociais de que o Brasil necessita? (ENEM 2002)</p><p>Fo</p><p>nt</p><p>e:</p><p>F</p><p>lic</p><p>k,</p><p>2</p><p>02</p><p>4</p><p>40</p><p>Comício pelas Diretas Já</p><p>Para que existam hoje os direitos políticos, o direito de votar e ser votado, de escolher seus gover-</p><p>nantes e representantes, a sociedade lutou muito.</p><p>Texto I: A política foi inventada pelos humanos como o modo pelo qual pudessem expressar suas</p><p>diferenças e conflitos sem transformá-los em guerra total, em uso da força e extermínio recíproco.</p><p>(...)</p><p>A política foi inventada como o modo pelo qual a sociedade, internamente dividida, discute, delibera</p><p>e decide em comum para aprovar ou reiterar ações que dizem respeito a todos os seus membros.</p><p>Marilena Chauí. Convite à filosofia. São Paulo: Ática, 1994</p><p>Texto II: Se você tem mais de 18 anos, vai ter de votar nas próximas eleições. Se você tem 16 ou</p><p>17 anos, pode votar ou não.</p><p>O mundo exige dos jovens que se arrisquem. Que alucinem. Que se metam onde não são chama-</p><p>dos. Que sejam encrenqueiros e barulhentos. Que, enfim, exijam o impossível.</p><p>Resta construir o mundo do amanhã. Parte desse trabalho é votar. Não só cumprir uma obrigação.</p><p>Tem de votar com hormônios, com ambição, com sangue fervendo nas veias. Para impor aos vito-</p><p>riosos suas exigências - antes e principalmente depois das eleições.</p><p>André Forastieri. Muito além do voto. Época. 6 de maio de 2002. Texto adaptado</p><p>Considerando a foto e os textos apresentados, redija um texto dissertativo-argumentativo sobre o</p><p>tema O direito de votar: como fazer dessa conquista um meio para promover as transformações</p><p>sociais</p><p>de que o Brasil necessita?</p><p>Ao desenvolver o tema, procure utilizar os conhecimentos adquiridos e as reflexões feitas ao longo</p><p>de sua formação. Selecione, organize e relacione argumentos, fatos e opiniões, e elabore propostas</p><p>para defender seu ponto de vista.</p><p>Observações:</p><p>Ö Lembre-se de que a situação de produção de seu texto requer o uso da modalidade escrita</p><p>culta da língua portuguesa.</p><p>Ö O texto não deve ser escrito em forma de poema (versos) ou narração.</p><p>Ö O texto deverá ter no mínimo 15 (quinze) linhas escritas.</p><p>Fo</p><p>nt</p><p>e:</p><p>Ia</p><p>ra</p><p>b</p><p>er</p><p>na</p><p>rd</p><p>i,</p><p>20</p><p>20</p><p>41</p><p>APARTHEID Museum. ApartheidMuseum.org. [Joanesburgo], [2024]. Disponível em: https://</p><p>www.apartheidmuseum.org/. Acesso em: 18 mar. 2024.</p><p>ARAUJO, F. S. Populismo. Infoescola, [s. l.], [2022]. Disponível em: http://www.infoescola.com/</p><p>politica/populismo/. Acesso em 23 abr. 2024.</p><p>BRASIL. Ministério da Educação. Sistema de Avaliação da Educação Básica - documentos</p><p>de referência: versão 1.0. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira;</p><p>Diretoria de Avaliação da Educação Básica, Brasília, 2018. Disponível em: https://download.inep.</p><p>gov.br/educacao_basica/saeb/2018/documentos/saeb_documentos_de_referencia_versao_1.0.pdf.</p><p>Acesso em: 05 fev. 2023</p><p>COMISSÃO Nacional da Verdade faz diligência em antiga vila militar no RJ. Terra, [s. l.], 2014.</p><p>Disponível em: https://www.terra.com.br/noticias/brasil/comissao-nacional-da-verdade-faz-dili-</p><p>gencia-em-antiga-vila-militar-no-rj,d70a01656cfb3410VgnCLD2000000dc6eb0aRCRD.html. Acesso</p><p>em 23 abr. 2024.</p><p>DE Getúlio Vargas a Juscelino Kubitschek. EBC. [s. l.], [2023]. Disponível em: https://www.ebc.</p><p>com.br/sala-de-imprensa/noticias/2018/07/de-getulio-vargas-a-juscelino-kubitschek-no-memoria-</p><p>-do-brasil. Acesso em 23 abr. 2024.</p><p>DEMOCRACIA e populismo. Brasil Escola, [s. l.], [2022]. Disponível em: http://www.brasilescola.</p><p>com/historiab/democracia-populismo.htm. Acesso em 23 abr. 2024</p><p>DISCURSO de Perón el 17 de octubre de 1945 - 'HD'.  [s. l.: s. n.], 06 ago. 2014. 1 vídeo (4,42</p><p>min). Publicado pelo canal la Baldrich TV. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=t-</p><p>96MqZB2geI. Acesso em 23 abr. 2024.</p><p>DORNA, A. Deve-se ter medo do populismo? Le Monde Diplomatique Brasil. 01/11/2003.</p><p>Disponível em: https://diplomatique.org.br/deve-se-ter-medo-do-populismo/. Acesso em: 24 abr.</p><p>2024.</p><p>FARIAS, P. J. S. Ditadura civil-militar: memória e direitos humanos. Nova Escola, [s. l.], [2022].</p><p>Disponível em https://novaescola.org.br/planos-de-aula/fundamental/9ano/historia/ditadura-civil-</p><p>-militar-memoria-e-direitos-humanos/5588. Acesso em: 01 abr. 2024.</p><p>FANTAGUSSI, A. História. Bernoulli Sistema de Ensino. Bernoulli Sistema de Ensino, vol 1, Belo</p><p>Horizonte, 2019.</p><p>FAUSTO, B. História do Brasil. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2001.</p><p>FAUSTO, B. História concisa do Brasil. São Paulo: Edusp/Imprensa Oficial do Estado, 2001. Histó-</p><p>ria do Brasil. São Paulo: Edusp, 1995</p><p>FERNANDES, C. Partisans na Segunda Guerra Mundial. Mundo Educação. São Paulo, jul. 2016.</p><p>Disponível em:https://mundoeducacao.uol.com.br/historiageral/partisans-na-segunda-guerra-mun-</p><p>dial.htm. Acesso em 23 abr. 2024.</p><p>FICO, C.; FERREIRA, M. de M.; ARAUJO, M. P.; QUADRAT, S. V. (Org). Ditadura e Democracia</p><p>na América Latina: balanço histórico e perspectivas. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2008.</p><p>FIGUEIRA, A. P. de A. Movimentos de resistência à ditadura civil-militar no Brasil. Nova Escola,</p><p>[s. l.], [2022]. Disponível em <https://novaescola.org.br/planos-de-aula/fundamental/9ano/histo-</p><p>ria/movimentos-de-resistencia-a-ditadura-civil-militar-no-brasil/5169>. Acesso em 23 abr. 2024.</p><p>FIGUEIRA, A. P. de A. Movimento pela Anistia ampla, geral e irrestrita. Nova Escola, [s. l.],</p><p>[2022]. Disponível em < https://novaescola.org.br/planos-de-aula/fundamental/9ano/historia/</p><p>movimento-pela-anistia-ampla-geral-e-irrestrita/5484>. Acesso em 23 abr. 2024.</p><p>FIGUEIRA, A. P. de A. O movimento das Diretas Já: quando o povo pede democracia. Nova Esco-</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>42</p><p>la, [s. l.], [2022]. Disponível em < https://novaescola.org.br/planos-de-aula/fundamental/9ano/</p><p>historia/o-movimento-das-diretas-ja-quando-o-povo-pede-democracia/5485>. Acesso em 23 abr.</p><p>2024.</p><p>FRANCO, M. Ditaduras no Cone Sul: memória e justiça. Revista Brasileira de História, vol. 36,</p><p>no. 72, 2016, pp. 297-318.</p><p>GIRIT, S. O populismo é uma ameaça à democracia? BBC World Service. 10/12/2023. Disponível</p><p>em: https://www.bbc.com/portuguese/articles/c9xr665p6l6o. Acesso em: 15 mar. 2024.</p><p>MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Currículo Referência de Minas Gerais:</p><p>Ensino Médio. Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Ge-</p><p>rais, Belo Horizonte, 2022. Disponível em: https://acervodenoticias.educacao.mg.gov.br/images/</p><p>documentos/Curr%C3%ADculo%20Refer%C3%AAncia%20do%20Ensino%20M%C3%A9 dio.pdf.</p><p>Acesso em: 04 out. 2023.</p><p>MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Plano de Curso: ensino médio. Escola de</p><p>Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2024.</p><p>Disponível em: https://curriculoreferencia.educacao.mg.gov.br/index.php/plano-de-cursos-crmg.</p><p>Acesso em: 05 fev. 2024.</p><p>MIRANDA, L. S. de A. O populismo no Brasil. Portal do Professor, Belo Horizonte, 2011. Dispo-</p><p>nível em:<http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=38018>. Acesso em 23</p><p>abr. 2024</p><p>O QUE é o Populismo. [s. l.: s. n.], 03 dez. 2020. 1 vídeo (3min). Publicado pelo canal Educa Play.</p><p>Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=MOCi3n6YYWk. Acesso em: 30 maio 2022.</p><p>O que são comissões da verdade? Memórias da Ditadura, [s. l], [2024]. Disponível em: https://</p><p>drive.google.com/file/d/1KAP-MDLfNaDc9fgVCtXukHUCesujS9tf/view. Acesso em 23 abr. 2024.</p><p>PACTO ABC. Disponível em https://drive.google.com/file/d/1H_fKExpeX3v4HEkK7lBeaWYda3n3as-</p><p>pz/view?usp=sharing . Acesso em 23 abr. 2024</p><p>PEREIRA, AD. Apartheid: apogeu e crise do regime racista na África do Sul (1948-1994).</p><p>In: MACEDO, JR., org. Desvendando a história da África [online]. Porto Alegre: Editora da UFRGS,</p><p>2008. Diversidades series, pp. 139-157. Disponível em: https://books.scielo.org/id/yf4cf/pdf/mace-</p><p>do-9788538603832-11.pdf. Acesso em: 16 mar. 2024.</p><p>PEREZ, S. Memoria, verdad y justicia: el legado de las dictaduras militares en América Latina</p><p>Estudios Internacionales, vol. 48, no. 189, 2015, pp. 7-26.</p><p>PRADO, M. L. O populismo na América Latina. São Paulo: Brasiliense, 1981.</p><p>RODRIGUES, N. Propagandas nacionalistas brasileiras. InfoEscola, 2024. Disponível em: https://</p><p>www.infoescola.com/historia/propagandas-do-regime-militar-de-1964/. Acesso em: 15 mar. 2024.</p><p>POPULISMO. História do Mundo. [S. l.], 2024. Disponível em: https://mundoeducacao.uol.com.</p><p>br/politica/populismo.htm. Acesso em: 24 abr. 2024.</p><p>SADER, E. Ditaduras Militares. Portal Contemporâneo da América Latina e Ca-</p><p>ribe. [s.l.], [s.d.]. Disponível em: https://sites.usp.br/portalatinoamericano/espa-</p><p>nol-dictaduras-militares#:~:text=A%20Am%C3%A9rica%20Latina%20e%20o,experimenta-</p><p>ram%20esse%20tipo%20de%20regime. Acesso em: 21 mar. 2024.</p><p>SILVA, D. N. S. Populismo. Mundo Educação. [s. l.], [2022]. 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Paz e Terra, 1978.</p><p>WEYLAND, K. Clarifying a contested concept: Populism in the study of Latin American</p><p>politics. Comparative Politics, 2001, 34(1), p. 1-22.</p><p>44</p><p>MATERIAL DE APOIO PEDAGÓGICO PARA APRENDIZAGENS - MAPA</p><p>ANO DE ESCOLARIDADE</p><p>3º Ano</p><p>ÁREA DE CONHECIMENTO</p><p>Ciências Humanas e Sociais Aplicadas</p><p>COMPONENTE CURRICULAR</p><p>Sociologia</p><p>REFERÊNCIA</p><p>Ensino Médio</p><p>ANO LETIVO</p><p>2024</p><p>Povos e comunidades tradicionais do Brasil: quem são?</p><p>Vantagens e desvantagens da Globalização.</p><p>TEMA DE ESTUDO:</p><p>Caro (a), estudante.</p><p>Apresento para você o texto da professora Mayra Gabriella de Rezende Pavan sobre a importância</p><p>da leitura nos estudos para o ENEM. Ela coloca de forma clara, pertinente e objetiva a importância</p><p>da leitura como um recurso indispensável para que o estudante desenvolva diversas habilidades</p><p>e adquira um repertório robusto para enfrentar as diferentes demandas apresentadas pela prova.</p><p>A importância da leitura para as questões objetivas do Enem</p><p>A leitura atenta é fundamental para enfrentar os desafios das questões de múltipla escolha, pois na</p><p>busca pela resposta adequada, todos os detalhes precisam ser considerados.</p><p>Os vestibulares e concursos avaliam o candidato a partir de questões de múltipla escolha (prova ob-</p><p>jetiva), que é uma forma rápida e direta de perceber a capacidade que cada um possui, ou seja, as</p><p>potencialidades que cada um tem para a leitura, seleção, organização e interpretação das situações</p><p>apresentadas.</p><p>A prova objetiva torna-se difícil, pois exige uma leitura cuidadosa, atenta aos detalhes, portanto,</p><p>tudo é importante, da data em que o texto foi escrito à imagem que está sendo veiculada a ele.</p><p>Não deixar que nenhuma informação se perca é essencial, pois, o leitor competente é ativo, sendo</p><p>assim, ele não pára na “superfície” do texto, busca sempre a sua essência.</p><p>Após a leitura atenta dos textos, passa-se para a leitura dos enunciados. Alguns serão logo descar-</p><p>tados por não apresentarem compatibilidade com o que está sendo proposto. No entanto, há sem-</p><p>pre aquelas duas ou três “afirmativas” que deixam o candidato em dúvida. Quando isso acontecer,</p><p>lembre-se de que é a questão mais adequada que será considerada correta, logo o que deve ser</p><p>analisado é a coerência interna (a lógica entre as ideias apresentadas) e a compatibilidade entre a</p><p>resposta e o enunciado.</p><p>No momento da leitura, não se esqueça de que as palavras podem apresentar-se em sentido real</p><p>(próprio) ou figurado – quando ganham novas significações. Logo, procure adequar o seu olhar ao</p><p>contexto apresentado.</p><p>O candidato é prejudicado pelo excesso de confiança ou pela falta dela. Alguns veem a questão e a</p><p>consideram tão fácil que não se preocupam em lê-la atentamente, sendo um forte candidato a per-</p><p>der a questão por displicência. Outros, no entanto, não se consideram aptos para responder, antes</p><p>45</p><p>mesmo de ler as proposições, desistem sem nem ao menos ter tentado. Ambas as posturas devem</p><p>ser eliminadas, pois prejudicam.</p><p>Utilizar o conhecimento de mundo, ou seja, tudo que foi aprendido ao longo da vida, seja na escola</p><p>ou fora dela, é muito importante e torna-se um diferencial, pois, segundo Leonardo Boff, cada um</p><p>lê com os olhos que tem.</p><p>Para finalizar, é fundamental manter a atenção concentrada, portanto, não perca o foco.</p><p>Fonte: Pavan, 2024</p><p>Leitura Ativa:</p><p>Vantagens e desvantagens da Globalização.</p><p>Povos e comunidades tradicionais do Brasil: quem são?</p><p>Caro (a), estudante.</p><p>A leitura ativa é uma técnica de estudo que consiste na leitura de textos fazendo anotações, des-</p><p>tacando informações e colocando perguntas sobre o conteúdo. O objetivo dessa técnica é propiciar</p><p>compreensão e retendo informações de forma mais efetiva.</p><p>A leitura ativa consiste em etapas:</p><p>Ö Pré-leitura geral identificando a estrutura do texto.</p><p>Ö Faça anotações das informações importantes.</p><p>Ö Marque e sublinhe informações relevantes.</p><p>Ö Resuma o que foi lido.</p><p>Texto 1</p><p>Povos e comunidades tradicionais do Brasil: quem são?</p><p>Os povos e comunidades tradicionais do Brasil são aqueles que têm uma conexão forte com a terra,</p><p>a cultura e a natureza do país. Entre eles, muitos pensam que se envolvem só os indígenas. Mas, na</p><p>verdade, existem vários outros grupos nessa categoria também.</p><p>Por isso, neste texto, vamos conhecer melhor quem são os povos e comunidades tradicionais do</p><p>Brasil, quais são suas características, suas lutas e seus direitos. Acompanhe conosco!</p><p>O que são povos e comunidades tradicionais</p><p>Povos e comunidades tradicionais são grupos de pessoas que têm uma cultura diferente da maioria</p><p>da sociedade e que se organizam de um jeito próprio.</p><p>Eles vivem em lugares importantes para eles, porque lá podem manter suas tradições, suas crenças,</p><p>seus costumes e seu modo de ganhar a vida. Também sabem muitas coisas sobre a natureza, e</p><p>usam esses conhecimentos de forma inteligente e sustentável.</p><p>Esses povos e comunidades são reconhecidos pelo governo federal, que tem o dever de proteger</p><p>seus direitos.</p><p>Quem são os povos e comunidades tradicionais do Brasil</p><p>São 28 tipos de povos e comunidades tradicionais do Brasil, reconhecidos oficialmente em 2007 pela</p><p>Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais (PNPCT) e</p><p>46</p><p>em 2019 pelo Conselho Nacional dos Povos e Comunidades Tradicionais (CNPCT). Confira cada um</p><p>deles:</p><p>Andirobeiras: mulheres que coletam e beneficiam as sementes da andiroba, uma árvore da Ama-</p><p>zônia, para produzir óleo medicinal e cosmético.</p><p>Apanhadores de Sempre-vivas: comunidades que vivem na Serra do Espinhaço, em Minas Gerais</p><p>e Bahia, que colhem as flores sempre-vivas, usadas na confecção de artesanato e arranjos florais.</p><p>Caatingueiros: povos que habitam a região semiárida do Nordeste e que desenvolvem atividades</p><p>como agricultura familiar, criação de animais, extrativismo vegetal e artesanato.</p><p>Caiçaras: comunidades litorâneas que vivem no Sudeste e Sul do Brasil, que praticam a pesca ar-</p><p>tesanal, a agricultura de subsistência e o manejo da mata atlântica.</p><p>Castanheiras: mulheres que coletam e beneficiam as castanhas-do-pará, uma das principais fon-</p><p>tes de renda e alimento das populações da Amazônia.</p><p>Catadores de Mangaba: comunidades que vivem nas áreas de ocorrência da mangabeira, uma</p><p>árvore frutífera típica do Cerrado, da Caatinga e da Mata Atlântica, e que dependem da coleta e do</p><p>processamento da mangaba para sua sobrevivência.</p><p>Ciganos: povos de origem indiana, europeia e africana que se caracterizam pela mobilidade terri-</p><p>torial, pela diversidade cultural e pela resistência à discriminação.</p><p>Cipozeiros: comunidades que vivem na Chapada Diamantina, na Bahia, e que extraem e trançam</p><p>os cipós, uma fibra vegetal usada na produção de artesanato e utensílios domésticos.</p><p>Extrativistas: povos vivendo em diferentes biomas do Brasil e que exploram os recursos naturais</p><p>de forma sustentável, como frutos, sementes, óleos, fibras, látex, mel, entre outros.</p><p>Faxinalenses: comunidades que vivem no Paraná e que praticam um sistema agroflorestal coleti-</p><p>vo, baseado na criação de animais soltos nos faxinais, áreas de mata comunitária.</p><p>Fundo e Fecho de Pasto: comunidades que vivem no semiárido baiano e que praticam um siste-</p><p>ma de criação de animais em áreas de pastagem comum, respeitando os ciclos naturais e a biodi-</p><p>versidade.</p><p>Geraizeiros: povos que vivem no norte de Minas Gerais, em uma região de transição entre o</p><p>Cerrado e a Caatinga, chamada gerais, que desenvolvem atividades como agricultura, pecuária,</p><p>extrativismo e artesanato.</p><p>Ilhéus: comunidades vivendo em ilhas fluviais e costeiras do Brasil e que mantêm uma relação de</p><p>identidade e pertencimento com esses territórios, onde realizam atividades como pesca, agricultura,</p><p>extrativismo e turismo.</p><p>Indígenas: povos originários do Brasil, que possuem uma grande diversidade de línguas, culturas,</p><p>organizações sociais e formas de relação com a natureza.</p><p>Isqueiros: comunidades que vivem no litoral do Piauí e que praticam a pesca artesanal usando</p><p>iscas vivas,</p><p>se há</p><p>uma nova descoberta no campo da medicina realizada em algum país, o restante do mundo passar</p><p>a ter conhecimento dessa novidade quase que em tempo real. Informações diversas sobre dados</p><p>econômicos, políticos e sociais também se dispersam rapidamente, contribuindo para o avanço de</p><p>muitas áreas do saber. Não por acaso, o sociólogo espanhol Manuel Castells afirma que estamos</p><p>vivendo na “sociedade do conhecimento”.</p><p>No campo financeiro, a Globalização também apresenta aquilo que podemos considerar como van-</p><p>tagens. Destacam-se, nesse ínterim, os investimentos mais facilitados e que podem difundir-se por</p><p>todo o globo; a maior disponibilidade de meios para gerir empresas e governos; a possibilidade de</p><p>maiores e mais amplos tipos de financiamentos de dívidas fiscais; a integração do sistema bancário</p><p>mundial, entre outros aspectos.</p><p>Desvantagens da Globalização</p><p>Entre as desvantagens da Globalização, é preciso lembrar que, muitas delas, são creditadas não</p><p>tão somente a esse processo em si, mas também e principalmente ao sistema capitalista, ao qual a</p><p>Globalização está intrinsecamente ligada. Na verdade, para o mundo, ela é apenas a mundialização</p><p>do sistema capitalista e a difusão de valores dominantes para toda a sociedade global, concepção</p><p>que fundamenta boa parte das críticas promovidas.</p><p>A primeira grande desvantagem do processo de Globalização, na visão de seus críticos, é a forma</p><p>desigual com que ela se expande, beneficiando, quase sempre, as localidades economicamente</p><p>mais desenvolvidas e chegando “atrasada” ou de forma “incompleta” a outras regiões, tornando-as</p><p>dependentes economicamente.</p><p>Outra desvantagem, também referente à desigualdade, está no ritmo e no direcionamento dos</p><p>fluxos de informações. Algumas regiões, principalmente aquelas pertencentes a países desenvol-</p><p>vidos, conseguem expandir mais facilmente seus valores e suas informações, algo que não ocorre</p><p>com regiões mais periferizadas. Assim, por exemplo, as culturas francesa, americana ou inglesa são</p><p>facilmente reconhecidas em todo o planeta, já outras culturas são marginalizadas ou até relegadas</p><p>ao ostracismo, porque seus locais de origem não conseguem transmiti-las pelos meios de expansão</p><p>da globalização.</p><p>50</p><p>No campo econômico, novamente a questão da desigualdade emerge como cerne das críticas dire-</p><p>cionadas à globalização. A expansão das empresas multinacionais – apesar de conseguir diminuir os</p><p>preços – é um duro golpe à livre concorrência, haja vista que poucas instituições passam a controlar</p><p>boa parte do mercado mundial. Além disso, o deslocamento das fábricas permite a aquisição de</p><p>matérias-primas mais baratas e o emprego de mão de obra mais em conta, reduzindo os salários e</p><p>contribuindo para a desregulamentação progressiva das leis trabalhistas.</p><p>A Globalização também apresenta desvantagens no campo financeiro, principalmente na forma com</p><p>que ela consegue disseminar, rapidamente, crises econômicas especulativas. A crise imobiliária dos</p><p>Estados Unidos de 2008, por exemplo, foi rapidamente sentida na Europa e, por extensão, em vá-</p><p>rias outras partes do mundo, provocando um colapso total dos sistemas de especulação em todo o</p><p>planeta, ampliando taxas de desemprego e de dívidas públicas.</p><p>Por fim, cita-se também como desvantagem da Globalização a questão ambiental, pois o ritmo</p><p>consumista cada vez mais intensificado que se estabeleceu no mundo contribuiu para uma maior</p><p>exploração dos recursos naturais, além de uma progressiva aceleração do processo de poluição do</p><p>ar, das águas e dos meios produtivos, como o solo. O aquecimento global ou a devastação das flo-</p><p>restas são argumentos constantes quanto a esse fator.</p><p>Atualmente, existem muitos movimentos antiglobalização que centram suas críticas a essas desvan-</p><p>tagens apresentadas e também a outros aspectos, como o protecionismo comercial e o imperialismo</p><p>político-econômico dos países desenvolvidos. Entre esses movimentos e organizações, cabe desta-</p><p>que ao Occupy Wall Street e ao Fórum Social Mundial.</p><p>Fonte: PENA, [2024]</p><p>1 – (Enem 2019)</p><p>A comunidade de Mumbuca, em Minas Gerais, tem uma organização coletiva de tal forma expressiva</p><p>que coopera para o abastecimento de mantimentos da cidade do Jequitinhonha, o que pode ser</p><p>atestado pela feira aos sábados. Em Campinho da Independência, no Rio de Janeiro, o artesanato</p><p>local encanta os frequentadores do litoral sul do estado, além do restaurante quilombola que atende</p><p>aos turistas.</p><p>ALMEIDA, A. W. B. (Org.). Cadernos de debates nova cartografia social: Territórios quilombolas e conflitos. Manaus:</p><p>Projeto Nova Cartografia Social da Amazônia; UEA Edições, 2010 (adaptado).</p><p>No texto, as estratégias territoriais dos grupos de remanescentes de quilombo visam garantir:</p><p>A) Perdão de dívidas fiscais.</p><p>B) Reserva de mercado local.</p><p>C) Inserção econômica regional.</p><p>D) Protecionismo comercial tarifário.</p><p>E) Benefícios assistenciais públicos.</p><p>2 – (Enem 2017)</p><p>Art. 231. São reconhecidos aos índios sua organização social, costumes, línguas, crenças e tradi-</p><p>ções, e os direitos originários sobre as terras que tradicionalmente ocupam, competindo à União</p><p>demarcá-las, proteger e fazer respeitar todos os seus bens.</p><p>ATIVIDADES</p><p>51</p><p>BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Disponível em: www.planalto.gov.br. Acesso em: 27 abr.</p><p>2017</p><p>A persistência das reivindicações relativas à aplicação desse preceito normativo tem em vista a vin-</p><p>culação histórica fundamental entre</p><p>A) etnia e miscigenação racial.</p><p>B) sociedade e igualdade jurídica.</p><p>C) espaço e sobrevivência cultural.</p><p>D) progresso e educação ambiental.</p><p>E) bem-estar e modernização econômica.</p><p>3 – (Enem 2016)</p><p>TEXTO I</p><p>Documentos do século XVI algumas vezes se referem aos habitantes indígenas como “os brasis”,</p><p>ou “gente brasília” e, ocasionalmente no século XVII, o termo “brasileiro” era a eles aplicado, mas</p><p>as referências ao status econômico e jurídico desses eram muito mais populares. Assim, os termos</p><p>“negro da terra” e “índios” eram utilizados com mais frequência do que qualquer outro.</p><p>SCHWARTZ, S. B. Gente da terra braziliense da nação. Pensando o Brasil: a construção de um povo. In: MOTA, C. G.</p><p>(Org.). Viagem incompleta: a experiência brasileira (1500-2000). São Paulo: Senac, 2000 (adaptado).</p><p>TEXTO II</p><p>Índio é um conceito construído no processo de conquista da América pelos europeus. Desinteressa-</p><p>dos pela diversidade cultural, imbuídos de forte preconceito para com o outro, o indivíduo de outras</p><p>culturas, espanhóis, portugueses, franceses e anglo-saxões terminaram por denominar da mesma</p><p>forma povos tão díspares quanto os tupinambás e os astecas.</p><p>SILVA, K. V.; SILVA, M. H. Dicionário de conceitos históricos. São Paulo: Contexto, 2005.</p><p>Ao comparar os textos, as formas de designação dos grupos nativos pelos europeus, durante o pe-</p><p>ríodo analisado, são reveladoras da:</p><p>A) concepção idealizada do território, entendido como geograficamente indiferenciado.</p><p>B) percepção corrente de uma ancestralidade comum às populações ameríndias.</p><p>C) compreensão etnocêntrica acerca das populações dos territórios conquistados.</p><p>D) transposição direta das categorias originadas no imaginário medieval.</p><p>E) visão utópica configurada a partir de fantasias de riqueza.</p><p>4 – (Enem 2009)</p><p>Os Yanomami constituem uma sociedade indígena do norte da Amazônia e formam um amplo con-</p><p>junto linguístico e cultural. Para os Yanomami, urihi, a “terrafloresta”, não é um mero cenário inerte,</p><p>objeto de exploração econômica, e sim uma entidade viva, animada por uma dinâmica de trocas</p><p>entre os diversos seres que a povoam. A floresta possui um sopro vital, wixia, que é muito longo.</p><p>Se não a desmatarmos, ela não morrerá. Ela não se decompõe, isto é, não se desfaz. É graças ao</p><p>seu sopro úmido que as plantas crescem. A floresta não está morta pois, se fosse assim, as flores-</p><p>tas não teriam folhas. Tampouco se veria água. Segundo os Yanomami, se os brancos os fizerem</p><p>desaparecer para desmatá-la e morar no seu lugar, ficarão pobres e acabarão tendo fome e sede.</p><p>ALBERT, B. Yanomami,</p><p>o espírito da floresta. Almanaque Brasil Socioambiental. São Paulo: ISA, 2007 (adaptado).</p><p>52</p><p>De acordo com o texto, os Yanomami acreditam que</p><p>A) a floresta não possui organismos decompositores.</p><p>B) o potencial econômico da floresta deve ser explorado.</p><p>C) o homem branco convive harmonicamente com urihi.</p><p>D) as folhas e a água são menos importantes para a floresta que seu sopro vital.</p><p>E) Wixia é a capacidade que tem a floresta de se sustentar por meio de processos vitais.</p><p>5 – (Enem 2021)</p><p>O protagonismo indígena vem optando por uma estratégia de “des-invisibilização”, valendo-se da</p><p>dinâmica das novas tecnologias. Em outubro de 2012, após receberem uma liminar lhes negando</p><p>o direito a permanecer em suas terras, os Guarani de Pyelito Kue divulgaram uma carta na qual se</p><p>dispunham a morrer, mas não a sair de suas terras. Essse fato foi amplamente divulgado, gerando</p><p>uma grande mobilização na internet, que levou milhares de pessoas a escolherem seu lado, divul-</p><p>gando a hashtag “#somostodosGuarani-Kaiowá” ou acrescentando o sobrenome Guarani-Kaiowá a</p><p>seus nomes nos perfis das principais redes sociais.</p><p>CAPIBERIBE, A.; BONILLA, O. A ocupação do Congresso: contra o que lutam os índios? Estudos Avançados, n. 83, 2015</p><p>(adaptado).</p><p>A estratégia comunicativa adotada pelos indígenas, no contexto em pauta, teve por efeito</p><p>A) enfraquecer as formas de militância política.</p><p>B) abalar a identidade de povos tradicionais.</p><p>C) inserir as comunidades no mercado global.</p><p>D) distanciar os grupos de culturas locais.</p><p>E) angariar o apoio de segmentos étnicos externos.</p><p>6 – (Enem 2010)</p><p>Coube aos Xavante e aos Timbira, povos indígenas do Cerrado, um recente e marcante gesto</p><p>simbólico: a realização de sua tradicional corrida de toras (de buriti) em plena Avenida Paulista (SP),</p><p>para denunciar o cerco de suas terras e a degradação de seus entornos pelo avanço do agronegócio.</p><p>RICARDO, B.; RICARDO, F. Povos indígenas do Brasil: 2001- 2005. São Paulo: Instituto Socioambiental, 2006</p><p>(adaptado).</p><p>A questão indígena contemporânea no Brasil evidencia a relação dos usos socioculturais da terra</p><p>com os atuais problemas socioambientais, caracterizados pelas tensões entre</p><p>A) a expansão territorial do agronegócio, em especial nas regiões Centro-Oeste e Norte, e as leis</p><p>de proteção indígena e ambiental.</p><p>B) os grileiros articuladores do agronegócio e os povos indígenas pouco organizados no Cerrado.</p><p>C) as leis mais brandas sobre o uso tradicional do meio ambiente e as severas leis sobre o uso</p><p>capitalista do meio ambiente.</p><p>D) os povos indígenas do Cerrado e os polos econômicos representados pelas elites industriais</p><p>paulistas.</p><p>E) o campo e a cidade no Cerrado, que faz com que as terras indígenas dali sejam alvo de in-</p><p>vasões urbanas.</p><p>7 – (Enem 2011)</p><p>Escrevendo em jornais, entrando para a política, fugindo para quilombos, montando pecúlios para</p><p>comprar alforrias... Os negros brasileiros não esperaram passivamente pela libertação. Em vez disso,</p><p>53</p><p>lutaram em diversas frentes contra a escravidão, a ponto de conseguir que, à época em que a Lei</p><p>Áurea foi assinada, apenas uma pequena minoria continuasse formalmente a ser propriedade.</p><p>Antes da Lei Áurea. Liberdade Conquistada. Revista Nossa História. Ano 2, n° 19. São Paulo: Vera Cruz, 2005.</p><p>No que diz respeito à Abolição, o texto apresenta uma análise historiográfica realizada nas últimas</p><p>décadas por historiadores, brasileiros e brasilianistas, que se diferencia das análises mais tradi-</p><p>cionais. Essa análise recente apresenta a extinção do regime escravista, em grande parte, como</p><p>resultado:</p><p>A) da ação benevolente da Princesa Isabel, que, assessorada por intelectuais e políticos negros,</p><p>tomou a abolição como uma causa pessoal.</p><p>B) da ação da imprensa engajada que, controlada por intelectuais brancos sensíveis à causa da</p><p>liberdade, levantou a bandeira abolicionista.</p><p>C) das necessidades do capitalismo inglês de substituir o trabalho escravo pelo assalariado,</p><p>visando ampliar o mercado consumidor no Brasil.</p><p>D) da luta dos próprios negros, escravos ou libertos, que empreenderam um conjunto de ações</p><p>que tornaram o regime escravista incapaz de se sustentar.</p><p>E) do espírito humanitário de uma moderna camada proprietária que, influenciada pelo libera-</p><p>lismo, tomou atitudes individuais, libertando seus escravos.</p><p>8 – (Enem 2019)</p><p>Saudado por centenas de militantes de movimentos sociais de quarenta países, o papa Francisco</p><p>encerrou no dia 09/07/2015 o 2º Encontro Mundial dos Movimentos Populares, em Santa Cruz de La</p><p>Sierra, na Bolívia. Segundo ele, a “globalização da esperança, que nasce dos povos e cresce entre</p><p>os pobres, deve substituir esta globalização da exclusão e da indiferença”.</p><p>Disponível em: http://cartamaior.com.br. Acesso em: 15 jul. 2015 (adaptado)</p><p>No texto há uma crítica ao seguinte aspecto do mundo globalizado:</p><p>A) Liberdade política.</p><p>B) Mobilidade humana.</p><p>C) Conectividade cultural.</p><p>D) Disparidade econômica.</p><p>E) Complementaridade comercial.</p><p>9 – (Enem 2015)</p><p>Um carro esportivo é financiado pelo Japão, projetado na Itália e montado em Indiana, México e</p><p>França, usando os mais avançados componentes eletrônicos, que foram inventados em Nova Jérsei</p><p>e fabricados na Coreia. A campanha publicitária é desenvolvida na Inglaterra, filmada no Canadá, a</p><p>edição e as cópias, feitas em Nova York para serem veiculadas no mundo todo. Teias globais disfar-</p><p>çam-se com o uniforme nacional que lhes for mais conveniente.</p><p>A viabilidade do processo de produção ilustrado pelo texto pressupõe o uso de</p><p>A) linhas de montagem e formação de estoques.</p><p>B) empresas burocráticas e mão de obra barata.</p><p>C) controle estatal e infraestrutura consolidada.</p><p>D) organização em rede e tecnologia de informação.</p><p>E) gestão centralizada e protecionismo econômico.</p><p>54</p><p>10 – (Enem 2021)</p><p>Existe um processo cada vez maior de globalização da mão de obra especializada. Isto é, não só da</p><p>mão de obra especializadíssima, mas da mão de obra que vem sendo excepcionalmente requisitada</p><p>no mundo inteiro e, portanto, não seguirá as regras normais de leis de imigração, do salário e das</p><p>condições de trabalho.</p><p>CASTELLS, M.A sociedade em rede. São Paulo: Paz e Terra, 1999.</p><p>De acordo com o texto, na globalização, o tratamento ao migrante laboral condiciona-se pelo(a)</p><p>profissional.</p><p>A) Origem nacional.</p><p>B) Padrão financeiro.</p><p>C) Pertencimento étnico.</p><p>D) Desemprego estrutural.</p><p>55</p><p>BRASIL. INEP. Provas e Gabaritos. Brasília, 2020. Disponível em: https://www.gov.br/inep/pt-br/</p><p>areas-de-atuacao/avaliacao-e-exames-educacionais/enem/provas-e-gabaritos. Acesso em: 19 fev.</p><p>2024.</p><p>MINAS GERAIS. Secretaria de Estado da Educação. Planos de curso: ensino médio. 2024.</p><p>Disponível em: https://curriculoreferencia.educacao.mg.gov.br/index.php/plano-de-cursos-crmg.</p><p>Acesso em: 07 fev. 2024.</p><p>MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Currículo Referência de Minas Gerais:</p><p>Ensino Médio. Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Ge-</p><p>rais, Belo Horizonte, 2022. Disponível em: https://acervodenoticias.educacao.mg.gov.br/images/</p><p>documentos/Curr%C3%ADculo%20Refer%C3%AAncia%20do%20Ensino%20M%C3%A9dio.pdf.</p><p>Acesso em: 07 fev. 2024.</p><p>PAVAN, Mayra Gabriella de Rezende. A importância da leitura para as questões objetivas do Enem.</p><p>Brasil Escola. [S. l.], 2024. Disponível em: https://vestibular.brasilescola.uol.com.br/enem/a-im-</p><p>portancia-leitura-para-as-questoes-multipla-escolha.htm. Acesso em 04 mar. de 2024.</p><p>PENA, Rodolfo F. Alves. Vantagens e desvantagens da Globalização. Brasil Escola. [S. l.], 2024.</p><p>Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/geografia/pos-contras.htm. Acesso em 04 de março</p><p>de 2024.</p><p>POVOS e comunidades tradicionais do Brasil: quem são? Habitat para Humanida-</p><p>de Brasil, Boa Vista, Recife, PE [2024]. Disponível em: https://habitatbrasil.org.br/po-</p><p>vos-e-comunidades-tradicionais/#:~:text=Os%20povos%20e%20comunidades%20</p><p>tradicionais%20brasileiras%20s%C3%A3o%20fundamentais%20para%20a,as%20leis%20desfa-</p><p>vor%C3%A1veis%20%C3%A0s%20mulheres. Acesso em: 04 mar. de 2024.</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>Principais conceitos de Filosofia Política.</p><p>Filosofia política ao longo da história.</p><p>Democracia ontem e hoje.</p><p>Sujeito, Território e Cultura.</p><p>Desigualdades e Meio Ambiente.</p><p>O regime do Apartheid (1948).</p><p>O Populismo na América Latina.</p><p>O Populismo no Brasil.</p><p>A Ditadura Civil Militar no Brasil (1964 – 1985).</p><p>A Ditadura militares na América Latina.</p><p>O processo de redemocratização do Brasil.</p><p>os contratualistas, entre outros, podem nos ajudar a compreender a atual</p><p>conjuntura política brasileira e a propor alternativas.</p><p>Seria enriquecedor, também, para os seus estudos, que você estabeleça relações entre os conheci-</p><p>mentos desenvolvidos nos outros componentes curriculares da área de Ciências Humanas e Sociais</p><p>Aplicadas.</p><p>1 – Por que precisamos da Política? Preencha o quadro abaixo com o que poderia ser respondido</p><p>pelos filósofos abaixo especificados.</p><p>Filósofo Teoria (Resposta)</p><p>Platão</p><p>Aristóteles</p><p>Santo</p><p>Agostinho</p><p>Santo Tomás</p><p>de Aquino</p><p>Maquiavel</p><p>Hobbes</p><p>Locke</p><p>Rousseau</p><p>Hegel</p><p>Marx</p><p>Hannah Arendt</p><p>Michael</p><p>Foucault</p><p>Filosofia política ao longo da história.</p><p>TEMA DE ESTUDO:</p><p>ATIVIDADES</p><p>8</p><p>2 – A seguir, selecionamos algumas questões do ENEM sobre as teorias políticas. Esperamos que</p><p>elas lhe ajudem a perceber como o conhecimento esperado é cobrado pelas avaliações externas.</p><p>(ENEM 2021) Os verdadeiros filósofos, tornados senhores da cidade, sejam eles muitos ou um só,</p><p>desprezam as honras como as de hoje, por julgá-las indignas de um homem livre e sem valor algum,</p><p>mas, ao contrário, têm em alta conta a retidão e as honras que dela decorrem e, julgando a justiça</p><p>como algo muito importante e necessário, pondo-se a serviço dela e fazendo-a crescer, administram</p><p>sua cidade. [PLATÃO. A República. São Paulo: Martins Fontes, 2006 (adaptado).]</p><p>No contexto da filosofia platônica, o texto expressa uma perspectiva aristocrática acerca do exercício</p><p>do poder, uma vez que este é legitimado pelo(a)</p><p>A) prática da virtude.</p><p>B) consenso da elite.</p><p>C) decisão da maioria.</p><p>D) riqueza do indivíduo.</p><p>E) pertencimento de sangue.</p><p>3 – (Enem 2012) Não ignoro a opinião antiga e muito difundida de que o que acontece no mundo</p><p>é decidido por Deus e pelo acaso. Essa opinião é muito aceita em nossos dias, devido às grandes</p><p>transformações ocorridas, e que ocorrem diariamente, as quais escapam à conjectura humana. Não</p><p>obstante, para não ignorar inteiramente o nosso livre-arbítrio, creio que se pode aceitar que a sorte</p><p>decida metade dos nossos atos, mas [o livre-arbítrio] nos permite o controle sobre a outra metade.</p><p>[MAQUIAVEL, N. O Príncipe. Brasília: EdUnB, 1979 (adaptado).]</p><p>Em O Príncipe, Maquiavel refletiu sobre o exercício do poder em seu tempo. No trecho citado, o</p><p>autor demonstra o vínculo entre o seu pensamento político e o humanismo renascentista ao:</p><p>A) valorizar a interferência divina nos acontecimentos definidores do seu tempo.</p><p>B) rejeitar a intervenção do acaso nos processos políticos.</p><p>C) afirmar a confiança na razão autônoma como fundamento da ação humana.</p><p>D) romper com a tradição que valorizava o passado como fonte de aprendizagem.</p><p>E) redefinir a ação política com base na unidade entre fé e razão.</p><p>4 – (Enem 2013) Nasce daqui uma questão: se vale mais ser amado que temido ou temido que</p><p>amado. Responde-se que ambas as coisas seriam de desejar; mas porque é difícil juntá-las, é muito</p><p>mais seguro ser temido que amado, quando haja de faltar uma das duas. Porque dos homens se</p><p>pode dizer, duma maneira geral, que são ingratos, volúveis, simuladores, covardes e ávidos de lucro,</p><p>e enquanto lhes fazes bem são inteiramente teus, oferecem-te o sangue, os bens, a vida e os filhos,</p><p>quando, como acima disse, o perigo está longe; mas quando ele chega, revoltam-se. [MAQUIAVEL,</p><p>N. O príncipe. Rio de Janeiro: Bertrand, 1991.]</p><p>A partir da análise histórica do comportamento humano em suas relações sociais e políticas, Maquia-</p><p>vel define o homem como um ser:</p><p>A) munido de virtude, com disposição nata a praticar o bem a si e aos outros.</p><p>B) possuidor de fortuna, valendo-se de riquezas para alcançar êxito na política.</p><p>C) guiado por interesses, de modo que suas ações são imprevisíveis e inconstantes.</p><p>D) naturalmente racional, vivendo em um estado pré-social e portando seus direitos naturais.</p><p>E) sociável por natureza, mantendo relações pacíficas com seus pares.</p><p>9</p><p>5 – (Enem 2015) A natureza fez os homens tão iguais, quanto às faculdades do corpo e do espírito,</p><p>que, embora por vezes se encontre um homem manifestamente mais forte de corpo, ou de espíri-</p><p>to mais vivo do que outro, mesmo assim, quando se considera tudo isto em conjunto, a diferença</p><p>entre um e outro homem não é suficientemente considerável para que um deles possa com base</p><p>nela reclamar algum benefício a que outro não possa igualmente aspirar. [HOBBES, T. Leviatã. São</p><p>Paulo: Martins Fontes, 2003.]</p><p>Para Hobbes, antes da constituição da sociedade civil, quando dois homens desejavam o mesmo</p><p>objeto, eles:</p><p>A) entravam em conflito.</p><p>B) recorriam aos clérigos.</p><p>C) consultavam os anciãos.</p><p>D) apelavam aos governantes.</p><p>E) exerciam a solidariedade.</p><p>6 – (Enem 2018)</p><p>TEXTO I</p><p>Tudo aquilo que é válido para um tempo de guerra, em que todo homem é inimigo de todo homem,</p><p>é válido também para o tempo durante o qual os homens vivem sem outra segurança senão a que</p><p>lhes pode ser oferecida por sua própria força e invenção. [HOBBES, T. Leviatã. São Paulo: Abril Cul-</p><p>tural, 1983]</p><p>TEXTO II</p><p>Não vamos concluir, com Hobbes que, por não ter nenhuma ideia de bondade, o homem seja natu-</p><p>ralmente mau. Esse autor deveria dizer que, sendo o estado de natureza aquele em que o cuidado</p><p>de nossa conservação é menos prejudicial à dos outros, esse estado era, por conseguinte, o mais</p><p>próprio à paz e o mais conveniente ao gênero humano. [ROUSSEAU, J.-J Discurso sobre a origem</p><p>e o fundamento da desigualdade entre os homens. São Paulo: Martins Fontes, 1993 (adaptado).]</p><p>Os trechos apresentam divergências conceituais entre autores que sustentam um entendimento</p><p>segundo o qual a igualdade entre os homens se dá em razão de uma:</p><p>A) predisposição ao conhecimento.</p><p>B) submissão ao transcendente.</p><p>C) tradição epistemológica.</p><p>D) condição original.</p><p>E) vocação política.</p><p>7 – (ENEM 2022) Polemizando contra a tradicional tese aristotélica, que via na sociedade o resultado</p><p>de um instinto primordial, Hobbes sustenta que no gênero humano, diferentemente do animal, não</p><p>existe sociabilidade instintiva. Entre os indivíduos não existe um amor natural, mas somente uma</p><p>explosiva mistura de temor e necessidade recíprocos que, se não fosse disciplinada pelo Estado,</p><p>originaria uma incontrolável sucessão de violências e excessos. [NICOLAU, U. Antologia ilustrada de</p><p>filosofia: das origens à Idade Moderna. São Paulo: Globo, 2005 (adaptado).]</p><p>Referente à constituição da sociedade civil, considere, respectivamente, o correto posicionamento</p><p>de Aristóteles e Hobbes:</p><p>A) Instrumento artificial para a realização da justiça e forma de legitimação do exercício da co-</p><p>erção e da violência.</p><p>10</p><p>B) Realização das disposições naturais do homem e artifício necessário para frear a natureza</p><p>humana.</p><p>C) Resultado involuntário da ação de cada indivíduo e anulação dos impulsos originários presen-</p><p>tes na natureza humana.</p><p>D) Objetivação dos desejos da maioria e representação construída para possibilitar as relações</p><p>interpessoais.</p><p>E) Realização da razão e expressão da vontade dos governados.</p><p>8 – (Enem 2014) Sendo os homens, por natureza, todos livres, iguais e independentes, ninguém</p><p>pode ser expulso de sua propriedade e submetido ao poder político de outrem sem dar consenti-</p><p>mento. A maneira única em virtude da qual uma pessoa qualquer renuncia à liberdade natural e</p><p>se reveste dos laços da sociedade civil consiste em concordar com outras pessoas em juntar-se e</p><p>unir-se em comunidade para viverem com segurança, conforto e paz umas com as outras, gozando</p><p>garantidamente das propriedades que tiverem e desfrutando de maior proteção contra quem quer</p><p>que não faça parte dela. [LOCKE, J. Segundo tratado sobre o governo civil. Os pensadores. São</p><p>Paulo: Nova Cultural, 1978.]</p><p>Segundo a Teoria da Formação do Estado, de John Locke, para viver em sociedade, cada cidadão</p><p>deve:</p><p>A) manter a liberdade do estado de natureza, direito inalienável.</p><p>B) abrir mão de seus direitos individuais em prol do bem comum.</p><p>C) abdicar de sua propriedade e submeter-se ao poder do mais forte.</p><p>D) concordar com as normas estabelecidas</p><p>para a vida em sociedade.</p><p>E) renunciar à posse jurídica de seus bens, mas não à sua independência.</p><p>9 – (Enem, 2010) A lei não nasce da natureza, junto das fontes frequentadas pelos primeiros pas-</p><p>tores: a lei nasce das batalhas reais, das vitórias, dos massacres, das conquistas que têm sua data</p><p>e seus heróis de horror: a lei nasce das cidades incendiadas, das terras devastadas; ela nasce com</p><p>os famosos inocentes que agonizam no dia que está amanhecendo. [FOUCAULT. M. Aula de 14 de</p><p>janeiro de 1976. In: Em defesa da sociedade. São Paulo: Martins Fontes, 1999.]</p><p>O filósofo Michel Foucault (séc. XX) inova ao pensar a política e a lei em relação ao poder e à organi-</p><p>zação social. Com base na reflexão de Foucault, a finalidade das leis na organização das sociedades</p><p>modernas é:</p><p>A) combater ações violentas na guerra entre as nações.</p><p>B) coagir e servir para refrear a agressividade humana.</p><p>C) criar limites entre a guerra e a paz praticadas entre os indivíduos de uma mesma nação.</p><p>D) estabelecer princípios éticos que regulamentam as ações bélicas entre países inimigos.</p><p>E) organizar as relações de poder na sociedade e entre os Estados.</p><p>10 – (ENEM 2020) A sociedade como um sistema justo de cooperação social consiste em uma das</p><p>ideias familiares fundamentais, que dá estrutura e organização à justiça como equidade. A coope-</p><p>ração social guia-se por regras e procedimentos publicamente reconhecidos e aceitos por aqueles</p><p>que cooperam como sendo apropriados para regular a sua conduta. Diz-se que a cooperação é justa</p><p>porque seus termos são tais que todos os participantes podem razoavelmente aceitar, desde que</p><p>todos os demais também o aceitem. [FERES JR. J, POGREBINSCHI, T. Teoria política contemporânea</p><p>uma introdução. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010.]</p><p>11</p><p>No contexto do pensamento político, a ideia apresentada mostra-se consoante o(a)</p><p>A) ideal republicano de governo.</p><p>B) corrente tripartite dos poderes.</p><p>C) posicionamento crítico do socialismo.</p><p>D) legitimidade do absolutismo monárquico.</p><p>E) entendimento do contratualismo moderno</p><p>12</p><p>Tendo aprofundado seu conhecimento sobre os conceitos básicos em Política e sobre os teóricos</p><p>políticos ao longo da história, o conhecimento sobre o regime democrático é fundamental para uma</p><p>educação para a cidadania.</p><p>É comum encontrarmos pessoas que compreendem a democracia como uma organização em que</p><p>cada um pode fazer o que quiser e o cerceamento das ações prejudiciais à sociedade é associado a</p><p>uma espécie de censura, opressão e ditadura. Você já deve ter ouvido alguém dizer “a rua é pública,</p><p>eu faço o que eu quiser!”. De fato, num regime democrático existe respeito à liberdade individual,</p><p>no entanto, o próprio conceito de liberdade está atrelado ao de responsabilidade. Não é possível ao</p><p>ser humano ter liberdade total porque nossas ações interferem na vida dos outros. Nesse sentido,</p><p>a frase popular supracitada está equivocada ao não considerar que acima das nossas liberdades</p><p>individuais, num regime democrático, existe uma legislação que regulamenta nossas obrigações e</p><p>direitos.</p><p>Em outras palavras, num regime democrático, a rua é pública, mas deve-se agir conforme o que a</p><p>lei permite ou recomenda. A rua aqui é também uma metáfora dos outros recursos públicos como</p><p>espaços, instituições, direitos, recursos tecnológicos entre outros.</p><p>Além disso, a educação política para a democracia traz a esperança de uma consciência política mais</p><p>ampla, capaz de compreender o desafio democrático e de se posicionar em sua defesa. Confrontar o</p><p>que pensamos e nossa organização democrática atual no Brasil com o conceito inicial da democracia</p><p>formulado na Grécia Antiga e o ideal de República vivido no Império Romano nos permitiria perceber</p><p>a ampliação do conceito de cidadania e da participação política.</p><p>Atualmente, temos visto a ascensão de pensamentos que validam os regimes totalitários. Mas, mes-</p><p>mo antes desse fenômeno atual, já era possível identificar numa parcela significativa da população</p><p>brasileira, de um lado, o desinteresse na participação cidadã nas questões públicas e, de outro, a má</p><p>compreensão sobre o que é uma decisão democrática ou o regime de governo democrático.</p><p>Enfim, compreender o regime democrático com seus benefícios e limitações pode lhe oferecer con-</p><p>dições e argumentos para o enfrentamento do avanço de ideias que fomentam e apoiam o totalita-</p><p>rismo. Portanto, ao se tratar de democracia, é válido também observar os regimes totalitários e o</p><p>avanço dessas idéias no Brasil.</p><p>1 – Abaixo, seguem algumas questões do ENEM sobre o tema Democracia. Esperamos que elas lhe</p><p>ajudem a reforçar o conhecimento desenvolvido e a experimentar como foram as questões do ENEM</p><p>sobre o tema.</p><p>(ENEM 2011) Subjaz na propaganda tanto política quanto comercial a ideia de que as massas podem</p><p>ser conquistadas, dominadas e conduzidas, e, por isso, toda e qualquer propaganda tem um traço</p><p>de coerção. Nesse sentido, a filósofa Hanna Arendt diz que “não apenas a propaganda política, mas</p><p>toda a moderna publicidade de massa contém um elemento de coerção". [AGUIAR, O. A. Veracidade</p><p>e propaganda em Hannah Arendt. In: Cadernos de Ética e Filosofia Política 10. São Paulo: EdUSP,</p><p>2007 (adaptado).]</p><p>Democracia ontem e hoje.</p><p>TEMA DE ESTUDO:</p><p>ATIVIDADES</p><p>13</p><p>À luz do texto, qual a implicação da publicidade de massa para a democracia contemporânea?</p><p>A) O fortalecimento da sociedade civil.</p><p>B) A transparência política das ações do Estado.</p><p>C) A dissociação entre os domínios retóricos e a política.</p><p>D) O combate às práticas de distorção de informações.</p><p>E) O declínio do debate político na esfera pública.</p><p>2 – (Enem 2016) A democracia deliberativa afirma que as partes do conflito político devem deliberar</p><p>entre si e, por meio de argumentação razoável, tentar chegar a um acordo sobre as políticas que</p><p>seja satisfatório para todos. A democracia ativista desconfia das exortações à deliberação por acre-</p><p>ditar que, no mundo real da política, onde as desigualdades estruturais influenciam procedimentos</p><p>e resultados, processos democráticos que parecem cumprir as normas de deliberação geralmente</p><p>tendem a beneficiar os agentes mais poderosos. Ela recomenda, portanto, que aqueles que se</p><p>preocupam com a promoção de mais justiça devem realizar principalmente a atividade de oposição</p><p>crítica, em vez de tentar chegar a um acordo com quem sustenta estruturas de poder existentes ou</p><p>delas se beneficia. [YOUNG, 1. M. Desafios ativistas à democracia deliberativa. Revista Brasileira de</p><p>Ciência Política, n. 13, jan.-abr. 2014.]</p><p>As concepções de democracia deliberativa e de democracia ativista apresentadas no texto tratam</p><p>como imprescindíveis, respectivamente:</p><p>A) a decisão da maioria e a uniformização de direitos.</p><p>B) a organização de eleições e o movimento anarquista.</p><p>C) a obtenção do consenso e a mobilização das minorias.</p><p>D) a fragmentação da participação e a desobediência civil.</p><p>E) a imposição de resistência e o monitoramento da liberdade.</p><p>3 – (Enem 2017) O conceito de democracia, no pensamento de Habermas, é construído a partir de</p><p>uma dimensão procedimental, calcada no discurso e na deliberação. A legitimidade democrática exi-</p><p>ge que o processo de tomada de decisões políticas ocorra a partir de uma ampla discussão pública,</p><p>para somente então decidir. Assim, o caráter deliberativo corresponde a um processo coletivo de</p><p>ponderação e análise, permeado pelo discurso, que antecede a decisão. [VITALE, D. Jürgen Haber-</p><p>mas, modernidade e democracia deliberativa. Cadernos do CRH (UFBA), v. 19, 2006 (adaptado).]</p><p>O conceito de democracia proposto por Jürgen Habermas pode favorecer processos de inclusão</p><p>social. De acordo com o texto, é uma condição para que isso aconteça o(a):</p><p>A) participação direta periódica do cidadão.</p><p>B) debate livre e racional entre cidadãos e Estado.</p><p>C) interlocução entre os poderes governamentais.</p><p>D) eleição de lideranças políticas com mandatos temporários.</p><p>E) controle do poder político por cidadãos mais esclarecidos.</p><p>4 – Qual a diferença entre regime autoritário e regime totalitário?</p><p>Exemplifique.</p><p>5 – Comente as citações abaixo relacionando-as com o atual contexto político brasileiro:</p><p>A) “A democracia não pretende criar santos, mas fazer justiça.” — Paulo Freire.</p><p>B) “Democracia é a forma de governo em que o povo imagina estar no poder.” — Carlos Drum-</p><p>mond de Andrade.</p><p>14</p><p>C) “O único título em nossa democracia que é superior ao de Presidente é o de Cidadão.” —</p><p>Louis Dembitz Brandeis.</p><p>D) “Numa democracia, é essencial a consciência da responsabilidade, a responsabilização da-</p><p>queles que detêm o poder e o exercem.” — Karl Popper.</p><p>15</p><p>BRASIL. Ministério da Educação e Cultura. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais</p><p>(INEP). Provas e Gabaritos, [s.l.], 2024. Disponível em: https://tinyurl.com/ud4vw4x6. Acesso</p><p>em: 08 abr. 2024.</p><p>MENEZES, Pedro. Democracia. Toda Matéria, [s.l.], 2024. Disponível em https://tinyurl.com/</p><p>ya64n8u7. Acesso em: 02 abr 2024.</p><p>MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Currículo Referência de Minas Gerais:</p><p>Ensino Médio. Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Ge-</p><p>rais, Belo Horizonte, 2022. Disponível em: https://acervodenoticias.educacao.mg.gov.br/images/</p><p>documentos/Curr%C3%ADculo%20Refer%C3%AAncia%20do%20Ensino%20M%C3%A9dio.pdf.</p><p>Acesso em: 04 out. 2023.</p><p>MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Plano de Curso: ensino médio. Escola de</p><p>Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2024.</p><p>Disponível em: https://curriculoreferencia.educacao.mg.gov.br/index.php/plano-de-cursos-crmg.</p><p>Acesso em: 05 fev. 2024.</p><p>NOVAES, Ana Lívia da Silva Souza. Totalitarismo: conceito, movimentos e filosofia arendtiana. Po-</p><p>litize!, [s.l.], 18 jan. 2024. Disponível em https://tinyurl.com/y4a49anj. Acesso em: 09 abr. 2024.</p><p>PORFÍRIO, Francisco. Ciência Política. Brasil Escola, [s.l.], 2024. Disponível em https://tinyurl.</p><p>com/3kzsacck. Acesso em: 02 abr. 2024.</p><p>PORFÍRIO, Francisco. Totalitarismo. Brasil Escola, [s.l.], 2024. Disponível em https://tinyurl.</p><p>com/3ewjzjn7. Acesso em: 02 abr. 2024.</p><p>PORFÍRIO, Francisco. Filosofia Política. Brasil Escola, [s.l.], 2024. Disponível em https://tinyurl.</p><p>com/52p7x9u7. Acesso em: 02 abr. 2024.</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>16</p><p>MATERIAL DE APOIO PEDAGÓGICO PARA APRENDIZAGENS - MAPA</p><p>ANO DE ESCOLARIDADE</p><p>3º Ano</p><p>ÁREA DE CONHECIMENTO</p><p>Ciências Humanas e Sociais Aplicadas</p><p>COMPONENTE CURRICULAR</p><p>Geografia</p><p>REFERÊNCIA</p><p>Ensino Médio</p><p>ANO LETIVO</p><p>2024</p><p>Sujeito, Território e Cultura.</p><p>TEMA DE ESTUDO:</p><p>A) a cultura é universal e definida pela política, economia e educação das sociedades em que</p><p>se desenvolve.</p><p>Este planejamento, propõe a abordagem de temas relacionados às ideias de cultura, alteridade,</p><p>etnocentrismo e diferença. Nesse sentido, refletir sobre alteridade e a necessidade do reconheci-</p><p>mento e respeito às diferenças se torna um dos caminhos frutíferos para a construção de relações</p><p>mais justas e solidárias.</p><p>Territórios e fronteiras se espalham em um mundo marcado por inúmeras culturas construídas ao</p><p>longo do tempo. Esse deve ser um mundo em que nenhuma cultura se sobrepõe a outra. Viver na</p><p>diversidade e conviver com adversidades é um ingrediente da vida. Isso pode ser projetado para a</p><p>sociedade em que vivemos, para o nosso bairro, nossa vila, nossa rua.</p><p>É através da cultura que expressamos nossa identidade, nossos valores e nossas formas de vida.</p><p>Desde as manifestações artísticas e religiosas até os hábitos alimentares e as práticas cotidianas,</p><p>a cultura é o reflexo da diversidade e da riqueza da experiência humana em diferentes contextos</p><p>geográficos.</p><p>É no território que construímos nossos lares, cultivamos nossos alimentos, desenvolvemos nossas</p><p>atividades econômicas e nos relacionamos com outros indivíduos e comunidades. O território é ao</p><p>mesmo tempo o cenário e o produto das nossas práticas sociais e culturais, refletindo as nossas</p><p>identidades, valores e relações de poder.</p><p>Ao explorarmos a complexidade do sujeito, da cultura e do território, mergulhamos em um universo</p><p>de descobertas e reflexões sobre a nossa própria condição humana e o mundo que habitamos.</p><p>ATIVIDADES</p><p>1 – O antropólogo inglês Edward Tylor (1832-1917) foi responsável por criar a primeira definição de</p><p>cultura. Segundo o estudioso, ela representa: (…) todo complexo que inclui conhecimentos, crenças,</p><p>arte, moral, leis, costumes ou qualquer outra capacidade ou hábitos adquiridos pelo homem como</p><p>membro de uma sociedade. (TYLOR, E. Primitive culture. Londres: John Mursay & Co, 1871).</p><p>Sobre o conceito de cultura, é CORRETO afirmar:</p><p>17</p><p>B) a cultura é sinônimo de educação e envolve o saber sobre a arte, as leis e a moral.</p><p>C) a cultura é conjunto de tradições, crenças e costumes de determinado grupo social.</p><p>D) a cultura representa uma rede de significados que foi imposta pelos povos da antiguidade.</p><p>E) a cultura gera determinados padrões que são considerados corretos e utilizados por todos.</p><p>2 – Classifique as seguintes afirmações em verdadeiras (V) ou falsas (F).</p><p>( ) A cultura é tudo aquilo que aprendemos em contato com o meio natural e vamos transmitindo</p><p>de geração em geração;</p><p>( ) A língua, a religião e a música são elementos materiais da cultura de um povo;</p><p>( ) A cultura de um povo é formada por elementos imateriais como a escultura, o vestuário e a</p><p>pintura;</p><p>( ) Os diferentes modos de vida da população dependem principalmente do meio natural e do nível</p><p>de desenvolvimento.</p><p>( ) A identidade cultural corresponde a um padrão cultural próprio de uma região que a distingue</p><p>do território envolvente.</p><p>3 – Diversidade significa:</p><p>A) dominação.</p><p>B) pluralidade.</p><p>C) unificação.</p><p>D) superioridade.</p><p>4 – Quais são as estratégias para promover o respeito à diversidade cultural e para construir socie-</p><p>dades mais inclusivas e equitativas?</p><p>5 – Como a identidade cultural de uma pessoa é influenciada pelo ambiente geográfico em que ela</p><p>vive?</p><p>6 – Quais são os principais elementos da cultura e como eles são expressos e vivenciados em dife-</p><p>rentes partes do mundo?</p><p>7 – Como as diferentes culturas influenciam e são influenciadas pelo processo de globalização?</p><p>18</p><p>Desigualdades e Meio Ambiente.</p><p>TEMA DE ESTUDO:</p><p>Neste planejamento, a proposta apresentada, é refletir sobre a problemática que envolve a</p><p>questão das desigualdades sociais, da habitação nos centros urbanos, de moradias em áreas de</p><p>risco e as questões de vulnerabilidade social.</p><p>As desigualdades socioambientais representam uma realidade complexa e desafiadora que afeta</p><p>milhões de pessoas em todo o mundo, criando disparidades significativas em termos de qualidade</p><p>de vida, saúde e bem-estar.</p><p>A desigualdade socioambiental também afeta o acesso a oportunidades econômicas e sociais. As</p><p>comunidades marginalizadas muitas vezes têm menos acesso a empregos, educação e serviços pú-</p><p>blicos de qualidade, o que leva a um ciclo vicioso de desvantagem social e econômica.</p><p>Essas disparidades socioambientais são moldadas por uma variedade de fatores, incluindo distribui-</p><p>ção desigual de poder e recursos, políticas governamentais injustas, discriminação social e econômi-</p><p>ca, e mudanças climáticas. Como resultado, as comunidades mais vulneráveis são frequentemente</p><p>as mais afetadas por eventos climáticos extremos, poluição ambiental e perda de biodiversidade,</p><p>enfrentando consequências devastadoras para sua saúde, segurança alimentar e meios de subsis-</p><p>tência.</p><p>ATIVIDADES</p><p>1 – Quais são as estratégias e iniciativas para promover a justiça ambiental e reduzir as desigualda-</p><p>des socioambientais em nível local, nacional e global?</p><p>2 – Como as desigualdades socioeconômicas afetam o acesso aos recursos naturais, como água e</p><p>terra, em diferentes regiões do mundo?</p><p>3 – Como as mudanças climáticas intensificam as desigualdades socioambientais, especialmente em</p><p>comunidades vulneráveis e de baixa renda?</p><p>4 – Como podemos promover a conscientização e a ação em relação às desigualdades socioambien-</p><p>tais em nossas próprias comunidades e além delas?</p><p>5 – Quais são os principais fatores que contribuem para as desigualdades socioambientais</p><p>em nível</p><p>local e global?</p><p>6 – Observe a imagem abaixo:</p><p>19</p><p>De qual desigualdade está se falando? É a desigualdade de renda, ambiental, de riqueza ou de con-</p><p>sumo? Construa um parágrafo justificando a sua resposta.</p><p>F</p><p>on</p><p>te</p><p>: E</p><p>CO</p><p>.2</p><p>1,</p><p>2</p><p>02</p><p>2</p><p>20</p><p>JÚNIOR, Alfredo Boulos. ADÃO, Edilson, e JÚNIOR, Laércio Furquim. Populações, Territórios e</p><p>Fronteiras. Ensino Médio, 1º Ed. São Paulo.Editora FTD: 2020.</p><p>LUCCI, E. A. Território e Sociedade no Mundo Globalizado. 3º ano. 3 ed. São Paulo: Saraiva,</p><p>2017.</p><p>MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Currículo Referência de Minas Gerais:</p><p>Ensino Médio. Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Ge-</p><p>rais, Belo Horizonte, 2022. Disponível em: https://acervodenoticias.educacao.mg.gov.br/images/</p><p>documentos/Curr%C3%ADculo%20Refer%C3%AAncia%20do%20Ensino%20M%C3%A9dio.pdf.</p><p>Acesso em: 04 out. 2023.</p><p>MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Plano de Curso: ensino médio. Escola de</p><p>Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2024.</p><p>Disponível em: https://curriculoreferencia.educacao.mg.gov.br/index.php/plano-de-cursos-crmg.</p><p>Acesso em: 05 fev. 2024.</p><p>MOREIRA, João Carlos, SENE, Eustáquio de, Geografia Geral e do Brasil: Espaço Geográfico</p><p>e Globalização. Geografia – Ensino Médio. 3º Edicão, São Paulo – 2016. Editora Scipione.</p><p>TERRA, Lygia e COELHO, Marcos de Amorim. Geografia Geral. Volume único. São Paulo, Editora</p><p>Moderna: 2016.</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>21</p><p>Olá, estudante!</p><p>Vamos estudar agora um dos momentos mais triste da história da humanidade: o regime de segre-</p><p>gação racial da África do Sul, o Apartheid. Esse regime de 1948 a 1994, foi a forma encontrada pela</p><p>minoria branca para submeter a maioria negra a uma vida de servidão, falta de oportunidades e</p><p>humilhações. Através dos estudos sobre o Apartheid, você poderá construir e consolidar a habilidade</p><p>EM13CHS503 da BNCC e do CRMG, que permite que você identifique diversas formas de violência</p><p>(física, simbólica, psicológica etc.), suas principais vítimas, suas causas sociais, psicológicas e afeti-</p><p>vas, seus significados e usos políticos, sociais e culturais, discutindo e avaliando mecanismos para</p><p>combatê-las, com base em argumentos éticos.</p><p>O regime do Apartheid marcou um período sombrio na história da África do Sul, caracterizado pela</p><p>segregação racial institucionalizada e pela opressão dos negros pelo governo dominado pelos afri-</p><p>kaaners, uma minoria branca de origem holandesa. As origens desse sistema remontam ao século</p><p>XVII, quando os colonizadores europeus estabeleceram o domínio sobre a região sul-africana, sub-</p><p>jugando as populações nativas e implementando políticas discriminatórias.</p><p>No entanto, foi apenas no século XX, com a ascensão do Partido Nacional ao poder, em 1948, que o</p><p>Apartheid foi oficialmente instituído como política de Estado. Foram promulgadas uma série de leis</p><p>segregacionistas que buscavam manter a supremacia branca e reprimir os direitos e liberdades dos</p><p>negros.</p><p>Imagem da entrada de uma passarela separada para brancos e negros. África do Sul durante o Apartheid.</p><p>MATERIAL DE APOIO PEDAGÓGICO PARA APRENDIZAGENS - MAPA</p><p>ANO DE ESCOLARIDADE</p><p>3º Ano</p><p>ÁREA DE CONHECIMENTO</p><p>Ciências Humanas e Sociais Aplicadas</p><p>COMPONENTE CURRICULAR</p><p>História</p><p>REFERÊNCIA</p><p>Ensino Médio</p><p>ANO LETIVO</p><p>2024</p><p>O regime do Apartheid (1948).</p><p>TEMA DE ESTUDO:</p><p>(F</p><p>on</p><p>te</p><p>: D</p><p>en</p><p>S</p><p>to</p><p>re</p><p>D</p><p>an</p><p>sk</p><p>e,</p><p>1</p><p>99</p><p>3)</p><p>22</p><p>Entre essas leis, destacam-se o Group Areas Act (Ato das Terras Nativas), que designava áreas es-</p><p>pecíficas para cada grupo racial, restringindo a residência e o movimento dos negros; o Pass Laws</p><p>Act (Lei dos Passes), que exigia que os negros portassem passes especiais para circular em áreas</p><p>reservadas aos brancos; e o Bantu Education Act (Ato Educacional dos Bantus), que estabelecia um</p><p>sistema educacional segregado e inferior para os negros.</p><p>Diante desse sistema opressivo, os negros sul-africanos responderam com uma série de atos de re-</p><p>sistência e protesto. Organizações como o Congresso Nacional Africano (CNA), liderado por pessoas</p><p>emblemáticas como Nelson Mandela, Oliver Tambo e Walter Sisulu, emergiram como líderes na luta</p><p>contra o Apartheid. Manifestações pacíficas, boicotes, greves e ações de desobediência civil foram</p><p>algumas das táticas empregadas pela população negra para desafiar o regime opressor.</p><p>A comunidade internacional, todavia, inicialmente mantinha relações ambíguas com o regime do</p><p>Apartheid. Enquanto alguns países condenavam publicamente a segregação racial e impunham san-</p><p>ções econômicas à África do Sul, outros, especialmente durante a Guerra Fria, optavam por ignorar</p><p>as violações dos direitos humanos em prol de interesses geopolíticos.</p><p>Porém, a pressão internacional foi crescendo ao longo das décadas, com boicotes esportivos, eco-</p><p>nômicos e diplomáticos aumentando o isolamento do regime sul-africano. O movimento global anti-</p><p>-Apartheid ganhou força, com personalidades, instituições e governos em todo o mundo se unindo</p><p>em solidariedade aos oprimidos sul-africanos.</p><p>As negociações pela transição para um governo democrático e o fim do Apartheid começaram na</p><p>década de 1990, com o governo sul-africano sob o presidente Frederik de Klerk buscando recon-</p><p>ciliar-se com a maioria negra e pôr fim ao sistema segregacionista. Essas negociações culminaram</p><p>nas eleições de 1993, quando pela primeira vez na história sul-africana, pessoas de todas as raças</p><p>puderam votar livremente</p><p>Como resultado dessas eleições, Nel-</p><p>son Mandela chega à presidência e</p><p>estabelece um governo de maioria</p><p>negra, marcando o fim oficial do re-</p><p>gime do Apartheid. Mandela e seus</p><p>aliados trabalharam para promover a</p><p>reconciliação nacional e a construção</p><p>de uma sociedade baseada na igual-</p><p>dade, na justiça e no respeito mútuo.</p><p>Analisando esse período da história</p><p>sul-africana, pode-se afirmar que o</p><p>regime do Apartheid permanece como</p><p>um lembrete sombrio das profun-</p><p>das divisões e injustiças sociais que</p><p>podem surgir quando o racismo e a intolerância dão o tom dos diálogos. No entanto, a história da</p><p>luta contra o Apartheid também é um testemunho inspirador do poder de resistência, de solidarie-</p><p>dade internacional e de compromisso com a justiça, a igualdade e a liberdade.</p><p>Nelson Mandela, líder da luta pelo fim do Apartheid e ex-presidente da</p><p>África do Sul, em discurso na ONU.</p><p>Fonte: Flickr, 1990</p><p>23</p><p>1 – Como o regime do Apartheid foi implantado na África do Sul e quais as reações da população</p><p>local a essa política segregacionista?</p><p>2 – (FGV) De 1948 a 1991, vigorou na África do Sul o regime denominado apartheid. A esse respeito</p><p>é correto afirmar:</p><p>A) Trata-se de uma política de segregação racial que excluía os negros da participação política,</p><p>mas lhes reservava o livre direito à propriedade da terra.</p><p>B) Trata-se de uma política de segregação racial que previa uma lenta incorporação da popula-</p><p>ção negra às atividades políticas do país.</p><p>C) Trata-se de uma política de segregação racial que excluía negros e asiáticos da participação</p><p>política e restringia até mesmo a sua circulação pelo país.</p><p>D) Trata-se de uma política de integração racial baseada na perspectiva ideológica da mestiça-</p><p>gem cultural entre as diversas etnias negras.</p><p>E) Trata-se de uma política de segregação racial que propunha a eliminação gradual da minoria</p><p>negra, como forma de garantir a dominação branca.</p><p>3 – (UFU) O apartheid talvez seja um dos mais conhecidos mecanismos de violência e de desrespei-</p><p>to aos Direitos Humanos. As alternativas abaixo abordam tanto a história do apartheid na África do</p><p>Sul quanto remetem ao contexto das lutas em torno dos Direitos Humanos no Brasil e no mundo.</p><p>Sobre esses temas, marque a alternativa correta.</p><p>O regime do Apartheid, constituído na África do Sul até início da década de 1990, estabeleceu</p><p>uma política de desenvolvimento com separação das raças e contou com o apoio da ONU (Orga-</p><p>nização das Nações Unidas), sob protestos da Inglaterra, que defendia seus interesses comer-</p><p>ciais.</p><p>O termo</p><p>“apartheid social” tem sido utilizado para além do conflito racial sul-africano e remete às</p><p>desigualdades de classes sociais – poucos muito ricos e maioria da população muito pobre. Tal</p><p>uso pode ser atribuído à realidade vivenciada ainda hoje no Brasil.</p><p>A Declaração Universal dos Direitos Humanos foi uma forma encontrada, no pós-Primeira Guerra</p><p>Mundial, para solucionar os conflitos entre nações de culturas diferenciadas, visando garantir os</p><p>direitos dos indivíduos migrantes, que deixaram seus países em busca de trabalho.</p><p>Embora tenha sido proclamada como Universal, a Declaração dos Direitos Humanos não incluiu</p><p>os abusos e desrespeitos praticados contra mulheres de países Latino-Americanos, motivo pelo</p><p>qual os militares brasileiros que praticaram torturas em mulheres subversivas foram anistiados.</p><p>4 – (UNIFESP-SP) Nelson Mandela, ex-presidente da República da África do Sul (1994-2000), ga-</p><p>nhou o prêmio Nobel da Paz, em conjunto com Frederik de Klerk, em 1993, e hoje é nome de rua</p><p>em Paris, Rio de Janeiro, Dacar e em Dar Es-Salam; é nome de praça em Salvador, Haia, Glasgow e</p><p>em Valência; é nome de escola em Bangalore, Berlim, Birmingham e em Baton Rouge.</p><p>Essa extraordinária popularidade de Nelson Mandela deve–se, sobretudo,</p><p>A) Aos vinte anos que passou injustamente encarcerado pelo regime racista então vigente na</p><p>África do Sul.</p><p>B) À sua campanha incansável em favor dos milhões de africanos vitimados pela Aids e deixados</p><p>sem assistência.</p><p>ATIVIDADES</p><p>24</p><p>C) Ao fim, negociado e sem revanchismo, do regime do apartheid e ao seu desprendimento com</p><p>relação ao poder.</p><p>D) À sua luta contra o imperialismo e em favor da independência de todos os países do conti-</p><p>nente africano.</p><p>E) Ao seu êxito em implantar na África do Sul um programa educacional que eliminou o analfa-</p><p>betismo do país.</p><p>5 – Leia o seguinte trecho do discurso de Nelson Mandela quando tomou posse da presidência da</p><p>república da África do Sul:</p><p>“Sinto-me simultaneamente humilde e elevado pela honra e privilégio que o povo da África do Sul</p><p>me conferiu ao eleger-me o primeiro Presidente de um governo unido, democrático, não racista e</p><p>não sexista para levar nosso país para fora do vale das trevas”.</p><p>Disponível em: https://blogs.oglobo.globo.com/blog-do-acervo/post/chegou-o-momento-de-construir-o-poderoso-discur-</p><p>so-de-nelson-mandela-ao-tomar-posse-na-africa-do-sul-ha-25-anos.html. Acesso em: 18 mar. 2024.</p><p>Escreva um parágrafo ligando as ideias do trecho à luta pelo fim do racismo institucionalizado na</p><p>África do Sul.</p><p>25</p><p>Olá Estudante!</p><p>Por meio do objeto conhecimento da História “Populismo na América Latina”, você irá poder con-</p><p>solidar a habilidade EM13CHS602 que está tanto na BNCC quanto no CRMG. Essa habilidade é</p><p>importante para você compreender e analisar os processos políticos que envolvem as nações latino</p><p>americanas nos últimos 120 anos. Para entender mais sobre o assunto, leia o texto a seguir:</p><p>Uma análise contemporânea sobre o Populismo latino americano.</p><p>A ideologia populista é uma força política que estruturou profundamente a história e a dinâmica</p><p>social da América Latina ao longo do século XX e ainda é um fenômeno significativo no século XXI.</p><p>Caracterizado por sua retórica carismática, apelo às massas e promessas de mudanças radicais, o</p><p>populismo latino-americano tem sido tanto uma força de transformação quanto de instabilidade</p><p>política.</p><p>Historicamente, o populismo na América Latina se manifestou através de líderes carismáticos que</p><p>se posicionaram como defensores dos interesses das classes marginalizadas e desfavorecidas. Go-</p><p>vernos como o de Juan Domingo Perón na Argentina, Getúlio Vargas no Brasil e Lázaro Cárdenas</p><p>no México adotaram políticas populistas que combinavam medidas de bem-estar social com uma</p><p>retórica nacionalista e anti-imperialista.</p><p>Já na atualidade, o populismo na região da América Latina assume diferentes formas, tanto de</p><p>esquerda quanto de direita. No alvorecer do século XXI, líderes como Hugo Chávez na Venezuela</p><p>e Evo Morales na Bolívia personificaram o populismo de esquerda, implementando políticas de re-</p><p>distribuição de riqueza, nacionalização de recursos naturais e uma retórica anti-imperialista. Essas</p><p>lideranças capitanearam amplo apoio popular, mas também enfrentaram críticas por minar as insti-</p><p>tuições democráticas na busca pela consolidação do poder.</p><p>Por outro lado, o populismo de direita tem ganhado força na América Latina nas últimas décadas,</p><p>com líderes como Jair Bolsonaro no Brasil e Nayib Bukele em El Salvador. Essas lideranças adotam</p><p>uma retórica populista que apela para a ordem, segurança e combate à corrupção, muitas vezes à</p><p>custa das liberdades civis e dos direitos humanos. Buscam consolidar o poder através de uma abor-</p><p>dagem polarizadora, alimentando divisões sociais e políticas.</p><p>Ademais, é importante destacar que, tanto o populismo de esquerda quanto o de direita na Améri-</p><p>ca Latina, compartilham características comuns, como, por exemplo: a concentração de poder nas</p><p>mãos de um líder carismático; o uso da retórica populista para mobilizar as massas e a tendência de</p><p>enfraquecer severamente as instituições democráticas em nome de uma suposta vontade popular.</p><p>Em suma, o populismo latino americano desempenha um papel significativo na política e na socie-</p><p>dade da região, adaptando-se às mudanças de contexto e conjuntura política. Seja de esquerda ou</p><p>de direita, esse fenômeno reflete as complexidades e desafios enfrentados por uma região marcada</p><p>pela desigualdade, instabilidade e lutas pelo poder.</p><p>O Populismo na América Latina.</p><p>TEMA DE ESTUDO:</p><p>26</p><p>1 – (FATEC) Nos anos cinquenta, a política econômica da Argentina sofreu várias críticas dos que</p><p>acreditavam ser o peronismo um regime populista. Isso se deu porque o peronismo:</p><p>A) Conteve o movimento sindical, o que constituiu um desestímulo para a massa operária.</p><p>B) Beneficiou, sobretudo, as classes ligadas ao capitalismo industrial.</p><p>C) Realizou muitas mudanças estruturais para garantir o sucesso do justicialismo.</p><p>D) Terminou com o programa de nacionalização das ferrovias implantado anteriormente.</p><p>E) Diminuiu, sensivelmente, o poder de controle estatal sobre a produção.</p><p>2 – (CEPERJ) A Argentina, com o acúmulo de divisas ocorrido durante a II Guerra Mundial, quando</p><p>sua produção agrícola oferece alimentos necessários para uma combalida Europa, deixa de ser de-</p><p>vedora no mercado mundial e adquire o status de credora. É neste clima geral de otimismo nacional</p><p>que surge a figura de Perón e tem origem o peronismo ou justicialismo, que irá marcar permanente-</p><p>mente a história política dos argentinos. Em linhas gerais, pode-se caracterizar o Peronismo, quando</p><p>do seu nascimento, da seguinte forma:</p><p>A) Tratava-se de uma política fortemente inspirada na social-democracia, buscando uma via</p><p>democrática para a realização de metas do socialismo real, porém sem os riscos de ataques</p><p>à democracia e às liberdades.</p><p>B) Claramente inspirado no leninismo, o justicialismo argentino representou uma vertente la-</p><p>tino-americana para o socialismo, sendo o precursor de inflexões continentais à esquerda,</p><p>como a Revolução Cubana e o Bolivarianismo.</p><p>C) O peronismo representou uma ruptura com o caudilhismo latino-americano, buscou operar</p><p>estritamente dentro de princípios democráticos e constitucionais, com organizações sindicais</p><p>flexíveis e sem o controle do Estado.</p><p>D) O Peronismo (ou Justicialismo) buscou inspiração nas doutrinas da Igreja e fascistas, fun-</p><p>damentou-se em uma política populista e nacionalista, buscando sustentação social em três</p><p>pilares: o operariado, os militares e a Igreja.</p><p>E) O Justicialismo peronista buscou romper com a tradição latino-americana dos frequentes</p><p>golpes militares e, se afastando do Exército, buscou apoio nos sindicatos livres e no Poder</p><p>Judiciário.</p><p>3 – O sindicalismo peronista</p><p>“Para que este sindicalismo possa desenvolver sua ação paralela ao governo é mister que seja li-</p><p>vre. Nós não temos, a partir do governo, nenhuma imposição sobre o sindicalismo. Temos sim, um</p><p>acordo, e quando</p><p>vou tomar uma medida de governo os consulto e quando eles vão tomar uma</p><p>medida me consultam. [...] Estamos os dois defendendo um mesmo objetivo, que é o objetivo da</p><p>NAÇÃO e eles o sabem, e no preâmbulo da declaração das organizações sindicais está colocado que</p><p>o interesse supremo que se defende é a NAÇÃO”.</p><p>Juan Domingo Perón. In: PRADO, Maria Lígia. O populismo na América Latina. São Paulo: Brasilien-</p><p>se, 1981. p. 52.</p><p>Identifique a proposta de Perón apresentada na citação. Qual a importância dessa proposta em seu</p><p>governo?</p><p>ATIVIDADES</p><p>27</p><p>4 – Identifique as características do populismo na Argentina e no México.</p><p>5 – “"Os populistas mais bem sucedidos combinam o populismo com outra ideologia, a chamada ide-</p><p>ologia 'hospedeira', que aborda essas questões fundamentais", afirma ele. "De forma geral, a maior</p><p>parte dos populistas de direita combina o populismo com alguma forma de nativismo e a maioria dos</p><p>populistas de esquerda combina o populismo com alguma forma de socialismo."</p><p>GIRIT, S. O populismo é uma ameaça à democracia? Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/articles/c9xr-</p><p>665p6l6o. Acesso em: 15 mar. 2024.</p><p>Levando em consideração seus conhecimentos sobre o tema e o texto que acabou de ler, escreva</p><p>sobre as diferenças entre o populismo de esquerda e o populismo de direita na América Latina do</p><p>século XXI.</p><p>28</p><p>Olá Estudante!</p><p>O objeto de conhecimento da História “Populismo Brasil” é um importante instrumento para você</p><p>consolidar a habilidade EM13CHS602 da BNCC e do CRMG. Essa habilidade é importante para que</p><p>você compreenda e analise os processos políticos da nação brasileira em meados do século e suas</p><p>consequências e influências no cenário político nacional atual.</p><p>O populismo no Brasil é um fenômeno político que marcou profundamente o Brasil desde meados</p><p>do século XX até à contemporaneidade. Caracterizado por uma retórica carismática, apelo às massas</p><p>e promessas de mudanças radicais, o populismo brasileiro assume diferentes formas ao longo do</p><p>tempo, refletindo as complexidades e os desafios enfrentados pela sociedade brasileira.</p><p>O primeiro exemplo de governo populista no Brasil foi o governo de Getúlio Vargas, que governou</p><p>de maneira autoritária durante os anos 1930 e 1945, promovendo políticas de industrialização e</p><p>intervenção estatal na economia. Vargas utilizou uma retórica populista para conquistar o apoio</p><p>das classes trabalhadoras e consolidar seu poder político (uma das medidas que comprovam essa</p><p>retórica é a criação da CLT).</p><p>Outro período populista marcante na história brasileira foi durante a presidência de Juscelino Kubits-</p><p>chek (1956-1961). Seu governo ficou conhecido pelo lema "50 anos em 5": referência ao ambicioso</p><p>programa de desenvolvimento econômico e modernização do Brasil. Kubitschek promoveu grandes</p><p>projetos de infraestrutura, como a construção de Brasília, e incentivou o crescimento da indústria</p><p>automobilística, conquistando popularidade entre as massas urbanas.</p><p>Jânio Quadros com a vassoura na mão</p><p>JK foi sucedido por Jânio Quadros, político pau-</p><p>lista que adotou uma postura populista duran-</p><p>te seu breve mandato em 1961. Sua campanha</p><p>eleitoral foi marcada por promessas de combate</p><p>à corrupção e moralização da política, conquis-</p><p>tando o apoio da maioria da classe média. No</p><p>entanto, na tentativa de aumentar seu poder, re-</p><p>nunciou em agosto de 1961, após apenas sete</p><p>meses no cargo.</p><p>Jânio foi substituído por seu vice, João Goulart (Jango). O governo de Jango também foi caracteriza-</p><p>do por tendências populistas. Goulart defendia reformas sociais e trabalhistas, como a implementa-</p><p>ção do imposto sobre grandes fortunas e a ampliação dos direitos trabalhistas. Seu governo foi alvo</p><p>de intensa oposição das elites conservadoras e militares, o que culminou no golpe militar de 1964.</p><p>Após a experiência ditatorial, o Brasil renasceu para a democracia. No cenário político brasileiro</p><p>atual, o populismo assume diferentes formas, com líderes como Luiz Inácio Lula da Silva e Jair</p><p>O Populismo no Brasil.</p><p>TEMA DE ESTUDO:</p><p>Fonte: Senado Federal, 2017</p><p>29</p><p>Bolsonaro. Lula, como presidente entre 2003 e 2010, adotou uma retórica populista de esquerda,</p><p>implementando políticas de inclusão social e distribuição de renda, enquanto Bolsonaro adotou uma</p><p>abordagem populista de direita, com um discurso anti-establishment e promessas de combate à</p><p>corrupção e à criminalidade. Ou seja, o populismo no Brasil é um fenômeno político complexo e mul-</p><p>tifacetado, que moldou profundamente a história e a dinâmica social do país e continua a influenciar</p><p>a política brasileira atual.</p><p>1 – Observe as imagens:</p><p>O Petróleo ainda é nosso Getúlio e Juscelino - Avenida Monumental</p><p>O Petróleo ainda é nosso</p><p>Elas apresentam as figuras de dois presidentes muito populares, Getúlio Vargas e Juscelino Kubits-</p><p>chek. As imagens foram produzidas com objetivos bem definidos e realçam de forma proposital al-</p><p>gumas qualidades de cada um deles. Escolha um dos presidentes e redija um parágrafo associando</p><p>as características presentes nas imagens às dos seus respectivos governos.</p><p>2 – Observe a imagem:</p><p>Charge: Jango e o Golpe de 1964 na caricatura</p><p>As charges foram publicadas durante a presidência de João Goulart (1961-1964), apresentando</p><p>uma crítica a determinados aspectos de seu governo. Identifique os aspectos e, em seguida,</p><p>analise como eles contribuíram para a justificativa de golpe militar no Brasil.</p><p>3 – [...] A questão agrária foi um dos principais pontos que polarizaram o debate político durante</p><p>os anos em que João Goulart ocupou a presidência. Ela esteve no centro das preocupações dos</p><p>atores políticos em geral, do governo, dos partidos, dos movimentos sociais, da Igreja Católica e da</p><p>ATIVIDADES</p><p>Fonte: PDT, 1954 Fonte: EBC, 2023</p><p>Fo</p><p>nt</p><p>e:</p><p>C</p><p>or</p><p>re</p><p>io</p><p>d</p><p>a</p><p>m</p><p>an</p><p>hã</p><p>, 2</p><p>00</p><p>6</p><p>30</p><p>opinião pública. Foi, em grande parte, naquele momento que se consolidou a noção de que o Brasil</p><p>necessitava de uma reforma agrária capaz de eliminar a grande propriedade, o latifúndio, visto como</p><p>obstáculo fundamental ao desenvolvimento. [...]</p><p>[...] Uma das diferenças entre o governo Jango e os precedentes foi o envolvimento que o Poder</p><p>Executivo passou a ter com a questão agrária. Esse envolvimento ficou claro em novembro de 1961,</p><p>quando o presidente compareceu ao I Congresso Nacional de Lavradores e Trabalhadores Agrícolas,</p><p>organizado pela União dos Lavradores e Trabalhadores Agrícolas do Brasil (ULTAB) em Belo Horizon-</p><p>te. Sua ação incidiu, por um lado, no terreno da legislação sindical e trabalhista rural, e, por outro,</p><p>na realização de uma reforma agrária.</p><p>Foi no governo Jango que os trabalhadores rurais, que até então se organizavam, em função de uma</p><p>série de complicadores legais, em entidades de caráter civil, como Ligas Camponesas e associações</p><p>de lavradores, passaram a criar sindicatos e federações, desembocando, posteriormente, na criação</p><p>da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag). Foi no governo Jango que</p><p>direitos trabalhistas básicos, pelo menos há duas décadas existentes nas cidades, foram estendidos</p><p>ao campo por meio do Estatuto do Trabalhador Rural, aprovado em 1963. Foi também no governo</p><p>Jango que foi criada a Superintendência de Política Agrária (Supra), que tinha por incumbência im-</p><p>plementar medidas de reforma agrária no país. Foi ainda o governo Jango que mais efetivamente</p><p>investiu na aprovação de uma reforma agrária pelo Congresso. [...]</p><p>Disponível em <https://cpdoc.fgv.br/producao/dossies/Jango/artigos/NaPresidenciaRepublica/A_questao_agraria_no_go-</p><p>verno_Jango>. Acesso em: 04 maio. 2023.</p><p>Levando em consideração o contexto do populismo, conclui-se o que o fragmento apresenta o (a):</p><p>A) descontentamento das classes médias com a aprovação da reforma agrária.</p><p>B) descaso dos governantes com a situação dos operários e camponeses.</p><p>C) proposta de Jango para o desenvolvimento socioeconômico do Brasil.</p><p>D) amplo apoio do empresariado nacional às ideias arrojadas de Jango.</p><p>E) recusa do presidente Jango em</p><p>implementar as reformas de base.</p><p>4 – (ENEM/2020)</p><p>No Brasil, após a eclosão da Bossa Nova, no fim dos anos 1950 — quando efetivamente a canção</p><p>popular começou a ser objeto de debate e análise por parte das elites culturais — desenvolveram-se</p><p>duas principais vertentes interpretativas da nossa música: a vertente da tradição e a vertente da</p><p>modernidade, dualismo que não surgiu nesta época e nem se restringe ao tema da produção mu-</p><p>sical. Desde pelo menos 1922, a tensão entre “tradicional” e “moderno” ocupa o centro do debate</p><p>político-cultural no país, refletindo o dilema de uma elite em busca da identidade brasileira.</p><p>ARAÚJO, P. C. Eu não sou cachorro, não. Rio de Janeiro: Record, 2013.</p><p>A manifestação cultural que, a partir da década de 1960, pretendeu sintetizar o dualismo apresen-</p><p>tado no texto foi:</p><p>A) Jovem Guarda, releitura do rock anglófono com letras em português.</p><p>B) Samba-canção, combinação de ritmos africanos com tons de boleros.</p><p>C) Tropicália, junção da música pop internacional com ritmos nacionais.</p><p>D) Brega, amostra do dia a dia dos setores populares com temas românticos.</p><p>E) Cancioneiro caipira, retrato do cotidiano do homem do campo com melodias tristes.</p><p>31</p><p>5 – (UFRJ) (adaptada)</p><p>Tem gente com fome</p><p>Trem sujo da Leopoldina</p><p>correndo correndo</p><p>parece dizer</p><p>Tem gente com fome .....</p><p>Os versos de “tem gente com fome”, do primeiro livro de Solano Trindade, Poemas de uma vida</p><p>simples, levaram o poeta para a cadeia, por ordem do presidente Dutra. Embora tenha tomado</p><p>outras medidas como essa, o governo Dutra é conhecido como um período de redemocratização.</p><p>Identifique, na Constituição de 1946, duas medidas que tenham representado a reconquista das</p><p>liberdades democráticas.</p><p>32</p><p>Olá Discentes!</p><p>O período da ditadura civil militar brasileira vai de 1964 até 1985. São 21 anos em que as liberda-</p><p>des democráticas foram cerceadas para o povo brasileiro. Para você ter uma ideia, estudante, uma</p><p>pessoa que participou das eleições de 1960, a última antes do golpe de 1964, só voltou a exercer o</p><p>direito do voto em 1989! Quase 40 anos depois! Isso é significativo para você entender como esse</p><p>período da nossa história deixou marcas negativas para os dias atuais e, também, como estudá-lo é</p><p>uma forma de garantir as conquistas democráticas que a nação brasileira adquiriu após 1985.</p><p>O regime militar se inicia com o governo do General Castelo Branco em 1964. Nesses primeiros</p><p>anos foi importante para os militares um aparato para impor suas vontades ao Brasil e consolidar o</p><p>golpe: Os Atos Institucionais. Foram 17 ao todo, mas os cinco primeiros, e, em especial o quinto, o</p><p>AI-5, são os mais importantes. Através dos AIs, os militares e seus apoiadores civis puderam cassar</p><p>mandatos de políticos opositores, proibiram agremiações políticas, suspenderam as eleições aos</p><p>cargos do poder Executivo em todas suas esferas e, com o AI-5, impuseram a censura, a repressão</p><p>e a violação dos direitos humanos.</p><p>O período dos “Anos de Chumbo” é posterior ao início da vigência do AI-5. Apesar das perseguições,</p><p>torturas e mortes, centenas de milhares de brasileiros, na luta pela democracia e por seus ideais,</p><p>resistiram de forma armada ou culturalmente (as chamadas canções de protesto) ao governo militar.</p><p>Nesse interim, o governo fazia propagandas de caráter ufanista para enaltecer o regime. Obras fa-</p><p>raônicas foram colocadas em prática para disseminar a ideia de progressão permitida pelo governo</p><p>dos militares. Outras nações latino americanas seguiam os caminhos do Brasil e, dentro do espectro</p><p>ideológico capitalista da Guerra Fria, também foram golpeadas por militares que introduziram go-</p><p>vernos de exceção nessas nações.</p><p>Já pelos anos finais da década de 1970, o governo ditatorial dos militares no Brasil já apresentava si-</p><p>nais de desgastes. O governo tentava sobrevida com a Lei Falcão e os senadores biônicos. A pressão</p><p>por eleições livres e libertação dos presos e exilados políticos crescia. Os exilados propagandeavam</p><p>as reais situações da censura no Brasil, o que era uma péssima propaganda para o regime. Em 1979,</p><p>o Brasil aprovou a Lei de Anistia, que perdoava os crimes políticos e seus agentes.</p><p>Foi nesse momento também, em 1979, que as agremiações políticas voltaram a ser permitidas e</p><p>começaram a ocorrer eleições diretas para vários cargos públicos. Na sequência, há as manifesta-</p><p>ções que tomaram conta do país por eleições diretas para a presidência da República, uma vez que</p><p>a Constituição promulgada pelos militares em 1967 versava sobre eleições indiretas para a presi-</p><p>dência. A campanha pelas “Diretas Já!” reuniu milhares de brasileiros(as) nas ruas das principais</p><p>cidades, mas a emenda constitucional foi rechaçada pelo Congresso da época. As eleições para a</p><p>presidência de 1985 foram indiretas e o colégio eleitoral elegeu José Sarney, um civil, para iniciar o</p><p>processo de redemocratização do país.</p><p>1 – (ENEM/2020)</p><p>O jovem que nasceu e cresceu sob a ditadura perdeu muitos contatos com a realidade e</p><p>A Ditadura Civil Militar no Brasil (1964 – 1985).</p><p>TEMA DE ESTUDO:</p><p>ATIVIDADES</p><p>33</p><p>com a história como processo vivo. Mas conheceu em sua carne o que é a opressão e como</p><p>a repressão institucional (às vezes inconsciente e definitiva, dentro da família, da esco-</p><p>la etc.) é odiosa. Essa é uma riqueza ímpar. O potencial radical de um jovem — pobre, de pe-</p><p>quena burguesia ou “rico” — que sofre prolongadamente uma experiência dessas, constitui um</p><p>agente político valioso. Ele está “embalado” para rejeitar e combater a opressão sistemática e a</p><p>repressão dissimulada, o que o converte em um ser político inconformista promissor.</p><p>FERNANDES, F. O dilema político dos jovens. In: Florestan Fernandes na constituinte: leituras para reforma política. São</p><p>Paulo: Expressão Popular, 2014.</p><p>No contexto mencionado, Florestan Fernandes tematiza um efeito inesperado do exercício do poder</p><p>político decorrente da</p><p>A) evolução histórica do conflito de gerações.</p><p>B) fragilidade moral das instituições públicas.</p><p>C) impossibilidade de realização do controle total.</p><p>D) legitimação ideológica do nacionalismo estatal.</p><p>E) restrição da oferta de oportunidades de educação.</p><p>2 – (ENEM/2010)</p><p>“A gente não sabemos escolher presidente</p><p>A gente não sabemos tomar conta da gente</p><p>A gente não sabemos nem escovar os dentes</p><p>Tem gringo pensando que nóis é indigente</p><p>Inútil</p><p>A gente somos inútil”</p><p>MOREIRA, R. Inútil. 1983 (fragmento)</p><p>O fragmento integra a letra de uma canção gravada em momento de intensa mobilização política. A</p><p>canção foi censurada por estar associada:</p><p>A) ao rock nacional, que sofreu limitações desde o início da ditadura militar.</p><p>B) a uma crítica ao regime ditatorial que, mesmo em sua fase final, impedia a escolha popular</p><p>do presidente.</p><p>C) à falta de conteúdo relevante, pois o Estado buscava, naquele contexto, a conscientização da</p><p>sociedade por meio da música.</p><p>D) a dominação cultural dos Estados Unidos da América sobre a sociedade brasileira, que o re-</p><p>gime militar pretendia esconder.</p><p>E) à alusão à baixa escolaridade e à falta de consciência política do povo brasileiro.</p><p>3 – A Comissão da Verdade, sancionada pela presidente Dilma Rousseff em 18 de novembro de</p><p>2011, tem como objetivo principal apurar violações aos direitos humanos praticados entre 1946</p><p>e 1988, “a fim de efetivar o direito à memória e à verdade histórica e promover a reconciliação</p><p>nacional”. Instalada oficialmente em 16 de maio de 2012, é formada oficialmente por 7 membros</p><p>nomeados pela presidente, e seus trabalhos devem durar dois anos.</p><p>Levando em consideração o contexto histórico objeto de apuração da Comissão:</p><p>A) Identifique uma situação de violação dos direitos humanos ocorrida no Brasil e justifique a</p><p>sua relação com a instalação da Comissão da Verdade.</p><p>34</p><p>B) Caracterize situação similar ocorrida em um país latino-americano, no mesmo período.</p><p>4- (FATEC/2010)</p><p>Considere o texto a seguir:</p><p>[...]</p><p>Meu Brasil!...</p><p>Que sonha com a volta</p><p>do irmão do Henfil.</p><p>Com tanta gente que partiu</p><p>num rabo de foguete.</p><p>Chora! A nossa pátria,</p><p>mãe gentil</p><p>choram Marias e Clarices no solo do Brasil.</p><p>Mas sei, que uma dor assim pungente</p><p>não há de ser inutilmente a esperança... [...]</p><p>Disponível em <http://letras.terra.com.br/elis-regina/45679/>. Acesso em 06.03.2010.</p><p>A música O bêbado e a equilibrista, escrita por João Bosco e Aldir Blanc, se tornou o símbolo</p><p>A) do desejo de democracia proposto pelas “Diretas Já”.</p><p>B) do ufanismo da direita brasileira durante a ditadura militar.</p><p>C) da luta pelo pluripartidarismo.</p><p>D) da campanha pela anistia dos exilados e presos políticos.</p><p>E) das greves operárias ocorridas em São Bernardo do Campo.</p><p>5 – O tropicalismo, como parte dessa malha interdisciplinar, assimilou matrizes criativas distintas</p><p>matrizes criativas distintas – desde as formas populares arcaicas até as eruditas e as de invenção</p><p>contracultura – e estabeleceu uma relação dialógica sem precedentes entre cultura de massa, mer-</p><p>cado, tecnologia, tradição e modernidade. A incorporação do rock internacional como informação</p><p>legítima, o uso de elementos da alta cultura articulados com meios de comunicação de massa e</p><p>a reivindicação de uma linguagem universal no ato de pensar cultura nacional foram algumas das</p><p>premissas a partir das quais o Tropicalismo efetuaria uma intervenção decisiva na criação artística e</p><p>nos debates estético-político-culturais do Brasil.</p><p>Dialógica: relativo a diálogo; interação entre mais de um sujeito ou assunto.</p><p>Matriz: a fonte ou o lugar onde algo é gerado; o que dá origem.</p><p>Premissa: o ponto de partida, o ponto inicial para o desenvolvimento de uma ideia.</p><p>OLIVEIRA, Ana. Tropicália ou Panis et circencis. São Paulo: Iyá Omin, 2010, p.7.</p><p>Segundo a autora, quais matrizes o Tropicalismo assimilou?</p><p>35</p><p>Olá Estudante!</p><p>Estudar e conhecer sobre os regimes ditatoriais que foram impostos nos países do Cone Sul da Amé-</p><p>rica Latina permite a você traçar paralelos entre esses regimes e a ditadura civil-militar brasileira. Te</p><p>permite, também, entender melhor como ocorria a disputa ideológica que marca a segunda metade</p><p>do século XX e possui reflexos contundentes na geopolítica contemporânea. Logo, ao conhecer a</p><p>história dos países latinos que sofreram com regimes de exceção, se conhece os imbricados ema-</p><p>ranhados políticos, sociais, econômicos e culturais que tecem as organizações dessas nações e as</p><p>construções de cidadania e direitos humanos nessa região do globo.</p><p>As ditaduras Latino Americanas da segunda metade do século XX.</p><p>As ditaduras militares que assolaram o Cone Sul da América Latina no século XX marcaram profun-</p><p>damente a história e a sociedade desses países. Entre as décadas de 1960 e 1980, uma série de</p><p>golpes militares tomou o poder em nações como Argentina, Bolívia, Paraguai, Uruguai, Chile e Brasil,</p><p>impondo regimes autoritários e repressores.</p><p>Na Bolívia, em 1964, um golpe liderado pelo General René Barrientos Ortuño derrubou o presidente</p><p>constitucional Víctor Paz Estenssoro, instaurando um regime militar que se prolongou até 1982. A</p><p>motivação para o golpe foi a instabilidade política e a agitação social, com destaque para a influência</p><p>crescente dos sindicatos de mineiros e camponeses, que representavam uma ameaça aos interesses</p><p>das elites local e estrangeira.</p><p>No Paraguai, em 1954, o General Alfredo Stroessner liderou um golpe militar que depôs o presidente</p><p>Federico Chávez, estabelecendo um regime ditatorial que perdurou até 1989. Stroessner justifica</p><p>a tomada de poder como medida para combater a corrupção e garantir a estabilidade política. Seu</p><p>governo foi marcado pela repressão brutal aos dissidentes.</p><p>No Uruguai, em 1973, um golpe militar instaurou uma ditadura que se estendeu até 1985. O golpe</p><p>foi motivado pela crescente polarização política e pela violência de grupos guerrilheiros de esquerda,</p><p>como o Movimento de Libertação Nacional-Tupamaros, que levaram o governo a justificar a inter-</p><p>venção militar como uma medida para restaurar a ordem e a segurança.</p><p>No ano seguinte (1973), no Chile, o General Augusto Pinochet lidera um golpe que derrubou o go-</p><p>verno democraticamente eleito de Salvador Allende, inaugurando um regime militar que durou até</p><p>1990. A ação golpista foi justificada como uma resposta à crise econômica e política que se seguiu</p><p>à eleição de Allende e à radicalização das reformas populares. Pinochet consolidou seu poder por</p><p>meio da repressão brutal aos opositores e da implementação de políticas neoliberais.</p><p>Por fim, em 1976, na Argentina, uma junta militar liderada pelo General Jorge Rafael Videla tomou</p><p>o poder instaurando uma ditadura que se prolongou até 1983. O golpe foi motivado pela instabili-</p><p>dade política e pela ameaça representada pelos grupos guerrilheiros de esquerda, resultando em</p><p>um regime caracterizado pela repressão política, desaparecimentos forçados e violações dos direitos</p><p>humanos em larga escala.</p><p>Esses regimes ditatoriais chefiados pelos militares compartilharam características comuns, como a</p><p>repressão aos movimentos sociais e políticos de oposição, a censura à imprensa e a violação siste-</p><p>mática dos direitos humanos. A repressão deixou um legado de sofrimento nas sociedades desses</p><p>A Ditadura militares na América Latina.</p><p>TEMA DE ESTUDO:</p><p>36</p><p>países, que ainda hoje lidam com as consequências desse período sombrio de suas histórias. Assim</p><p>como no Brasil, onde a ditadura militar deixou marcas profundas na sociedade e na política, as dita-</p><p>duras do Cone Sul representam um capítulo sombrio e desumano na história da América Latina que</p><p>não deve ser esquecido e nem repetido.</p><p>1 – (FUVEST) Existem semelhanças entre as ditaduras militares brasileira (1964-1985), argentina</p><p>(1976 1983), uruguaia (1973-1985) e chilena (1973-1990). Todas elas:</p><p>A) Receberam amplo apoio internacional tanto dos Estados Unidos quanto da Europa Ocidental.</p><p>B) Combateram um inimigo comum, os grupos esquerdistas, recorrendo a métodos violentos.</p><p>C) Tiveram forte sustentação social interna, especialmente dos partidos políticos organizados.</p><p>D) Apoiaram-se em ideias populistas para justificar a manutenção da ordem.</p><p>E) Defenderam programas econômicos nacionalistas, promovendo o desenvolvimento industrial</p><p>de seus países.</p><p>2 – (UFSM) Analise o fragmento a seguir.</p><p>Irarrazabal chama-se a rua por onde caminhávamos em setembro. Foi ali, pela primeira vez, que</p><p>vimos passar um caminhão cheio de cadáveres. Era uma tarde de setembro de 1973, em Santiago</p><p>do Chile, a apenas alguns minutos antes do toque de recolher. Caminhávamos rumo à Embaixada</p><p>da Argentina e nossas chances eram estas: ou saltávamos para dentro dos jardins da Embaixada e</p><p>ganhávamos asilo político, ou ficávamos na rua, em pleno toque de recolher. Se ficássemos na rua,</p><p>certamente seríamos presos e teríamos, pelo menos, algumas noites de tortura.</p><p>Fonte: GABEIRA, Fernando. O que é isso, companheiro? SP: Cia. das Letras, 2009. p. 10-11. (adap-</p><p>tado)</p><p>O texto acima refere-se:</p><p>I) à situação dos militantes de esquerda nos países do Cone Sul, nos anos 1960 e 70: a prisão, a</p><p>tortura e a morte realizadas pelos órgãos de segurança dos regimes militares.</p><p>II) ao modo como os golpes militares se processavam, com eliminação física da oposição política e</p><p>militar, muitas vezes com uso sistemático da tortura.</p><p>III) ao contexto político que acompanhou a derrota dos governos nacional-desenvolvimentistas ou</p><p>socialistas e à implantação de um modelo que privilegiava a internacionalização econômica.</p><p>IV) à dura reação do bloco conservador latino-americano frente aos avanços das organizações de</p><p>esquerda que pleiteavam a reforma socioeconômica ou, algumas vezes, o socialismo.</p><p>Está(ão) correta(s)</p><p>A) Apenas I.</p><p>B) Apenas II.</p><p>C) Apenas I, II e III.</p><p>D) Apenas III e IV.</p><p>E) I, II, III e IV.</p><p>ATIVIDADES</p><p>37</p><p>3 – (Unesp-SP) Um conjunto de normas mais ou menos semelhantes se impôs na Argentina após</p><p>1976, no Uruguai e no Chile, depois de 1973, na Bolívia quase ininterruptamente, no Peru de 1968</p><p>até 1979, no Equador, de 1971 a 1978. (Clóvis Rossi)</p><p>Assinale a alternativa que melhor expressa o conjunto de normas de exceção que marcaram a tra-</p>Principais conceitos de Filosofia Política.
	Filosofia política ao longo da história.
	Democracia ontem e hoje.
	Sujeito, Território e Cultura.
	Desigualdades e Meio Ambiente. 
	O regime do Apartheid (1948).
	O Populismo na América Latina.
	O Populismo no Brasil.
	A Ditadura Civil Militar no Brasil (1964 – 1985).
	A Ditadura militares na América Latina.
	O processo de redemocratização do Brasil.

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