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<p>PSICOFARMACOLOGIA</p><p>AULA 6</p><p>Profª Anelise Alcântara</p><p>2</p><p>CONVERSA INICIAL</p><p>Nesta etapa, vamos abordar os transtornos relacionados ao uso e ao</p><p>abuso de substâncias. Esses transtornos abrangem tanto os transtornos por</p><p>consumo de drogas e álcool quanto outras condições, inclusive a intoxicação</p><p>aguda, a overdose e a abstinência. Sabe-se que o uso de substâncias</p><p>psicoativas, isto é, substâncias capazes de alterar a consciência, é milenar e</p><p>está relacionado ao contexto histórico e cultural de cada sociedade. No campo</p><p>da saúde, a questão das drogas passou a ser percebida como um problema de</p><p>saúde mental, não mais no âmbito da moral e dos costumes.</p><p>A etiopatogenia exata do transtorno relacionado ao uso de substâncias</p><p>permanece incerta, no entanto, há um caráter multifatorial envolvido. É</p><p>necessário compreender os fatores psicológicos, sociais e biológicos</p><p>relacionados à motivação e à persistência do uso, uma vez que ela está</p><p>ancorada no modo singular de vida de cada sujeito e na frequência com que</p><p>cada um a utiliza.</p><p>Interessante compreender como cada sujeito na sua subjetividade</p><p>constrói sua relação consigo, com o outro e com a substância utilizada, sendo</p><p>um usuário de drogas ou um dependente químico. Dessa forma, faz-se</p><p>necessário saber a respeito do uso ao longo dos anos para compreender sua</p><p>dinâmica, implicações e consumo na sociedade contemporânea.</p><p>Analisar a biografia da pessoa, seu momento de vida e sua relação com</p><p>a droga pode trazer luz ao fato de que, muitas vezes, a substância é utilizada</p><p>para diminuir algum desconforto, como automedicação ou para ocupar o lugar</p><p>de algo que faltou. Como automedicação, por exemplo, tem-se o uso de álcool</p><p>para melhora da angústia ou a maconha para insônia.</p><p>A investigação familiar e do grupo de pares do usuário também pode ser</p><p>necessária, pois há aprendizado e influência no comportamento do paciente</p><p>nesses contextos grupais, além de evidenciar risco genético no que tange ao</p><p>consumo patológico de drogas. Estudos demonstram uma herdabilidade de até</p><p>49% para transtornos relacionados ao álcool.</p><p>A base neurobiológica da dependência envolve o circuito de recompensa.</p><p>Esse circuito é mediado principalmente pela dopamina e pelo glutamato, sendo</p><p>responsáveis pela sensação de prazer associada a atividades essenciais à</p><p>3</p><p>sobrevivência (como se alimentar e fazer sexo), o que impulsiona a pessoa a</p><p>desejar repetir tais experiências.</p><p>Existem diversos modos de nomear o consumo de substâncias</p><p>psicoativas, destacando-se os termos “uso recreativo”, “uso abusivo” e</p><p>“dependência química”.</p><p>Os objetivos desta etapa são: a) entender os efeitos da droga no</p><p>organismo humano; b) diferenciar alguns termos utilizados para se referir ao</p><p>consumo de drogas; c) conhecer algumas classes farmacológicas capazes de</p><p>causar dependência; e, d) conhecer alguns fármacos ou substâncias utilizadas</p><p>no tratamento de transtornos relacionados ao uso de substâncias psicoativas.</p><p>TEMA 1 – TRATAMENTO DO TRANSTORNO RELACIONADO AO USO DE</p><p>SUBSTÂNCIA</p><p>O tratamento relacionado ao consumo de substâncias se dá em diversos</p><p>momentos, seja na intoxicação aguda e na síndrome de abstinência, seja na</p><p>dependência em si. Algumas substâncias apresentam características</p><p>específicas de tratamento (Guimarães-Fernandes et al., 2021), uma vez que não</p><p>há um único fármaco que seja eficaz para o tratamento da dependência.</p><p>A intoxicação por substância psicoativa decorre da ingestão recente da</p><p>substância. O álcool, a cannabis, os psicodélicos, os opioides, os estimulantes,</p><p>os hipnóticos ou ansiolíticos, o tabaco e a cafeína podem causar intoxicação. A</p><p>abstinência seria o desenvolvimento de alterações comportamentais, fisiológicas</p><p>e cognitivas específicas a determinadas substâncias devido a interrupção</p><p>abrupta ou à retirada do seu uso prolongado e intenso. Exceto os psicodélicos,</p><p>todas as substâncias citadas podem causar abstinência (Graeff; Guimarães,</p><p>2021).</p><p>O profissional da saúde não tem o papel de julgar como certo ou errado o</p><p>consumo de drogas. Isso significa que deve manter o tom de conversa não</p><p>ameaçador e ter uma forma empática de perguntar. Na maioria das vezes, o</p><p>paciente não deseja parar de usar a droga, mas manter o uso de forma não</p><p>problemática. No entanto, isso se torna bastante difícil em pessoas já</p><p>dependentes (Guimarães-Fernandes et al., 2021).</p><p>O diagnóstico do transtorno relacionado ao uso de substâncias não está</p><p>necessariamente conectado à frequência do uso e/ou à quantidade, mas ao</p><p>prejuízo que o uso desencadeia na vida da pessoa e o desejo de consumir a</p><p>4</p><p>droga. É tênue o que separa um uso abusivo de uma dependência, o que se</p><p>convencionou a graduar o consumo em leve, moderado ou grave (Guimarães-</p><p>Fernandes et al., 2021).</p><p>Outra forma de nomear o consumo de substâncias psicoativas é o uso</p><p>recreativo. O uso recreativo ocorre em situações sociais ou de relaxamento, sem</p><p>prejudicar nenhum aspecto da vida da pessoa. Enquanto no uso abusivo já existe</p><p>algum aspecto da vida da pessoa sendo atingido, seja no âmbito da família, do</p><p>trabalho ou educacional, a dependência é entendida como um conceito mais</p><p>amplo, em que todos os aspectos da vida da pessoa são atingidos, englobando</p><p>comportamentos prejudiciais que ocasionam sofrimento e em que há controle</p><p>prejudicado, resultando em desinteresse em atividades antes prazerosas e</p><p>continuidade do prejuízo causado (Guimarães-Fernandes et al., 2021).</p><p>Os termos “dependência física” e “psicológica” não são mais aplicados,</p><p>sendo considerados transtornos relacionados ao uso de substância (Guimarães-</p><p>Fernandes et al., 2021).</p><p>Cabe ressaltar o conceito de tolerância, ele não implica um uso abusivo</p><p>ou de dependência. O uso correto de medicações prescritas para dor e para</p><p>ansiedade pode produzir tolerância. Estas são adaptações fisiológicas normais</p><p>ao uso repetido de medicamentos de muitas categorias diferentes. A tolerância</p><p>é a resposta mais comum ao uso repetido de uma mesma substância e pode ser</p><p>definida como a redução na resposta a uma substância após administrações</p><p>repetidas. Portanto, uma dose maior é necessária para produzir o mesmo efeito</p><p>que antes era obtido com uma dose menor (Goodman; Gilman, 2003).</p><p>Na maioria dos casos do tratamento do transtorno relacionado ao uso de</p><p>substância, torna-se necessário um trabalho multiprofissional. A terapia</p><p>farmacológica combinada à psicoterapia tem se mostrado eficaz nos estudos. As</p><p>medicações podem ajudar os pacientes nos diferentes estágios do tratamento,</p><p>sobretudo no manejo dos efeitos indesejáveis da abstinência e de outras</p><p>circunstâncias vividas (Guimarães-Fernandes et al., 2021).</p><p>A psicoterapia pode ajudar o paciente a engajar no tratamento,</p><p>aumentando as habilidades do indivíduo em lidar com momentos difíceis e</p><p>podendo fazer emergir conflitos que estão no cerne do problema com as drogas.</p><p>Como dito em conteúdos anteriores, não é papel do psicanalista desenvolver</p><p>habilidades sociais e educacionais, mas a de abrir um espaço para que a pessoa</p><p>5</p><p>perceba o lugar da droga na sua vida e a relação que a pessoa estabelece com</p><p>a droga.</p><p>Vale lembrar que é comum a existência de diagnósticos psiquiátricos</p><p>concomitantes nesses pacientes, e o tratamento adequado pode levar a um</p><p>maior controle do uso de drogas (Guimarães-Fernandes et al., 2021).</p><p>Durante o tratamento é comum o paciente recair e retornar ao uso de</p><p>substância, mas isso não significa falha no tratamento, na medida em que não é</p><p>fácil mudar comportamentos arraigados no cotidiano. Assim como em outros</p><p>tratamentos de doenças crônicas (hipertensão arterial, diabetes), os pacientes</p><p>podem abandonar o tratamento por um período (Guimarães-Fernandes et al.,</p><p>2021).</p><p>No caso da dependência de drogas, entende-se por cura voltar à</p><p>abstinência ou ao uso controlado das drogas (lícitas). Como isso é muito difícil</p><p>de alcançar, busca-se aumentar o bem-estar, restaurar a produtividade do</p><p>trabalho e prolongar a vida (Graeff; Guimarães, 2021). O quadro 1 mostra a</p><p>classificação das drogas que podem ter um uso abusivo.</p><p>Quadro 1 – Classificação das drogas segundo seu efeito primário e sua</p><p>probabilidade de causar dependência</p><p>Tipo Droga Probabilidade de</p><p>causar dependência</p><p>Estimulantes</p><p>Anfetamina Alta</p><p>Ecstasy (MDMA) Baixa</p><p>Cocaína Muito alta</p><p>Nicotina Muito alta</p><p>Depressores</p><p>Álcool Alta</p><p>Barbitúricos Alta</p><p>Benzodiazepínicos Moderada</p><p>Solventes Alta</p><p>Opioides</p><p>Morfina Muito alta</p><p>Heroína Muito alta</p><p>Oxicodona Muito alta</p><p>Cannabis (maconha) Baixa</p><p>6</p><p>Perturbadores</p><p>Dietilamida do ácido lisérgico</p><p>(LSD)</p><p>Baixa ou nula</p><p>Mescalina Baixa ou nula</p><p>Ayahuasca Baixa ou nula</p><p>Fonte: Rang et al., 2016 citado por Elisabetsky, 2021.</p><p>TEMA 2 – ÁLCOOL, PSICOESTIMULANTES E NICOTINA</p><p>O álcool é um depressor do SNC. A intoxicação alcoólica aguda é um</p><p>evento autolimitado, e sua manifestação depende do nível sérico de álcool.</p><p>Sinais dessa intoxicação podem ser: fala arrastada, tontura, incoordenação,</p><p>prejuízo na atenção e/ou memória, desinibição do comportamento, visão dupla,</p><p>estupor e coma (Guimarães-Fernandes et al., 2021).</p><p>O tratamento do uso abusivo de álcool é assegurar a interrupção do</p><p>consumo do álcool. A interrupção ou a diminuição drástica do consumo do álcool</p><p>pode levar a síndrome de abstinência em pacientes dependentes. A síndrome</p><p>de abstinência alcoólica (SAA) se caracteriza por taquicardia, elevação da</p><p>pressão arterial, sudorese, ansiedade, irritabilidade, inquietação, insônia,</p><p>tremores, náuseas e vômitos. Em casos mais graves pode ocorrer convulsões e</p><p>delirium tremens. Benzodiazepínicos promovem alívio dos sintomas e previnem</p><p>complicações. Há preferência pelo diazepam ou lorazepam (Guimarães-</p><p>Fernandes et al., 2021).</p><p>Após a desintoxicação, a manutenção da abstinência em pacientes</p><p>dependentes pode ser auxiliada pelo uso de algumas medicações. No entanto,</p><p>o efeito dessas medicações na interrupção do uso do álcool é de pequeno a</p><p>moderado. Medicamentos utilizados para o tratamento do uso abusivo do álcool</p><p>(Guimarães-Fernandes et al., 2021):</p><p>• Dissulfiram: seu uso combinado com o álcool desencadeia sintomas como</p><p>rubor, suor, náusea, vômitos, cefaleia, taquicardia, tontura e sonolência,</p><p>o que dificulta o uso do álcool. O paciente deve consentir o uso dessa</p><p>medicação;</p><p>• Naltrexona: bloqueia receptores opioides, diminuindo a fissura e a</p><p>recompensa ao ingerir álcool;</p><p>• Topiramato e gabapentina: atuam diminuindo a vontade de beber.</p><p>• Ibogaína: essa substância psicodélica está sendo pesquisada pela</p><p>Universidade de São Paulo, a fim de combater a dependência de</p><p>7</p><p>crack/cocaína e álcool. É usada desde os anos de 1960 para tratar crises</p><p>de abstinência e interromper o uso compulsivo. Há risco de arritmias</p><p>cardíacas. No Brasil, ela não aparece na lista de substâncias controladas</p><p>(pela Portaria n. 344/1998) e nem está regulamentada para uso</p><p>terapêutico. Não há estudos conclusivos sobre sua eficácia, porém há</p><p>indícios de sucesso no tratamento de dependência (USP, 2021);</p><p>• Acamprosato: a maioria dos estudos evidencia que previne recaídas ao</p><p>uso do álcool (OPAS, 2018).</p><p>As complicações relacionadas ao uso do álcool são várias, como aumento</p><p>do risco do suicídio, transtornos de humor, ansiedade e transtornos psicóticos</p><p>(Guimarães-Fernandes et al., 2021).</p><p>2.1 Psicoestimulantes</p><p>Com os psicoestimulantes, como a cocaína e os derivados da anfetamina,</p><p>a síndrome de retirada não inclui manifestações marcantes, porém pode resultar</p><p>em depressão do humor. Os antidepressivos tricíclicos ou inibidores seletivos de</p><p>recaptação da serotonina podem ser utilizados nesses casos. O ponto mais</p><p>importante não é a desintoxicação, mas a ajuda para que a pessoa resista ao</p><p>desejo de usar a substância. Existe grande interesse em se desenvolver</p><p>fármacos para o tratamento da dependência de cocaína. Assim como no</p><p>desenvolvimento de vacina para o tratamento (Graeff; Guimarães, 2021).</p><p>A cocaína é um alcaloide extraído das folhas secas da coca. Foi muito</p><p>utilizada na clínica médica durante a segunda metade do século XIX na Europa.</p><p>Até 1903 fazia parte da fórmula da Coca-Cola e de outras bebidas. Freud</p><p>explorou o seu uso como psicoestimulante na psiquiatria, mas os resultados não</p><p>foram convincentes. É facilmente absorvida pelas mucosas, sendo utilizada por</p><p>via nasal e chegando rapidamente no SNC. A rapidez desse processo contribui</p><p>para seus fortes efeitos no sistema de recompensa. A cocaína potencializa as</p><p>transmissões dos neurotransmissores dopamina, noradrenalina e serotonina,</p><p>apresentando um efeito mais pronunciado no sistema dopaminérgico. Seus</p><p>principais efeitos são euforia, loquacidade, aumento da atividade motora,</p><p>sensação de prazer e sensação de aumento de energia física e mental, com</p><p>pouca tendencia de causar delírios e alucinações (Guimarães-Fernandes et al.,</p><p>2021).</p><p>8</p><p>2.2 Nicotina</p><p>A nicotina está presente nas folhas de tabaco e se liga aos receptores</p><p>nicotínicos. A ativação desses receptores no SNC causa aumento de atenção e</p><p>do estado de alerta, diminuição da ansiedade e sensação prazerosa. A nicotina</p><p>aumenta a liberação de dopamina, um dos motivos pelos quais apresenta</p><p>altíssima probabilidade de causar dependência (Guimarães-Fernandes et al.,</p><p>2021).</p><p>A síndrome de abstinência de nicotina pode ser aliviada com a terapia de</p><p>reposição de nicotina por via de administração nasal (inalador, aerossol), oral</p><p>(goma de mascar) ou transdérmico (adesivos). Por essas vias de administração,</p><p>não tem o mesmo efeito subjetivo após a inalação da fumaça do cigarro, mas</p><p>são suficientes para suprimir os sintomas físicos da retirada (Graeff; Guimarães,</p><p>2021).</p><p>O antidepressivo bupropiona tem se mostrado eficaz no tratamento do</p><p>tabagismo. Recomenda-se que o tratamento seja iniciado enquanto o paciente</p><p>ainda estiver fumando (Graeff; Guimarães, 2021). Essa medicação faz parte do</p><p>Programa Nacional de Controle do Tabagismo do SUS.</p><p>Uma outra estratégia em estudo para o tratamento do tabagismo é o</p><p>desenvolvimento de vacinas. A vantagem da vacina consiste no fato de que a</p><p>administração diária não é necessária, com apenas injeções ocasionais para</p><p>manter o título de anticorpos. Ainda há dúvidas a respeito de sua eficácia (Graeff;</p><p>Guimarães, 2021).</p><p>TEMA 3 – BENZODIAZEPÍNICOS</p><p>Os benzodiazepínicos são conhecidos como ansiolíticos ou calmantes.</p><p>São medicações cujos efeitos são a diminuição da ansiedade e a capacidade de</p><p>induzir o sono. Essa classe farmacológica está no rol dos fármacos com possível</p><p>potencial de abuso e dependência.</p><p>São depressores do SNC, agindo em vias do ácido gama-aminobutírico</p><p>(GABA), o principal neurotransmissor inibitório do cérebro (Guimarães-</p><p>Fernandes et al., 2021).</p><p>Nessa classe estão diversas medicações que variam sobretudo em seus</p><p>aspectos farmacocinéticos (como latência e duração da ação) e efeitos colaterais</p><p>ou residuais (relaxamento muscular, sonolência e descoordenação motora).</p><p>9</p><p>Trata-se de uma importante classe de fármacos, com efeito sedativo, com ação</p><p>no controle de quadros de epilepsia, e na modulação da resposta a estímulos</p><p>em quadros ansiosos. Seu uso é variado, podendo ser de acordo com a</p><p>prescrição médica, abuso, ainda em condição de tratamento, ou ainda para</p><p>acalmar após uso de drogas estimulantes (Guimarães-Fernandes et al., 2021).</p><p>Como são fármacos que apresentam um bom perfil de tolerabilidade, seu</p><p>uso deve ser sempre ponderado, dado o risco de tolerância e dependência de</p><p>sua utilização crônica, assim como abstinência em caso de retirada súbita. De</p><p>maneira geral, essas medicações promovem sonolência, sedação, relaxamento</p><p>muscular, sensação de bem-estar e aumento do limiar convulsivo. A intoxicação</p><p>é semelhante à do álcool, com fala arrastada, sonolência, confusão,</p><p>desinibição</p><p>do comportamento, depressão respiratória e coma. Em caso de tentativa de</p><p>suicídio com ingestão recente é realizada uma lavagem gástrica (Guimarães-</p><p>Fernandes et al., 2021).</p><p>A suspensão abrupta dessas medicações pode causar síndrome de</p><p>abstinência, com sintomas de ansiedade, insônia, cansaço, agitação,</p><p>irritabilidade, tremor, ataxia, hipertensão, taquicardia, convulsão, alucinações e</p><p>ilusões. O tratamento para esses casos é a troca da medicação por</p><p>benzodiazepínicos de meia vida longa (clonazepam e diazepam), estabilizando</p><p>os sintomas de abstinência, com posterior diminuição gradual da dosagem até a</p><p>suspensão (Guimarães-Fernandes et al., 2021).</p><p>O tratamento da dependência por benzodiazepínicos pode ser auxiliado</p><p>com o uso de antipsicóticos, antidepressivos sedativos, melatonina e ácido</p><p>valproico (anticonvulsivantes). Os benzodiazepínicos podem levar a delirium,</p><p>transtorno do sono, transtornos ansiosos, alterações de humor, quadros</p><p>psicóticos, aumento do risco de queda e acidentes em geral. Existe controvérsia</p><p>se seu uso crônico pode levar à demência (Guimarães-Fernandes et al., 2021).</p><p>Alguns medicamentos benzodiazepínicos:</p><p>• Alprazolam: pode induzir crises de abstinência;</p><p>• Clonazepam: geralmente está disponível na rede pública de saúde. Sua</p><p>apresentação na forma de solução oral facilita a diminuição progressiva</p><p>dessa medicação sem que o paciente apresente abstinência. É</p><p>frequentemente utilizado como adjuvante no tratamento de quadros</p><p>ansiosos, associada a ISRS ou a tricíclicos. Pode ser utilizado como</p><p>anticonvulsivante, mas pode surgir tolerância;</p><p>10</p><p>• Diazepam: geralmente está disponível na rede pública de saúde.</p><p>Apresenta indicações e efeitos colaterais semelhantes ao do clonazepam.</p><p>É o medicamento geralmente utilizado no tratamento da abstinência</p><p>alcoólica. Pode ser utilizado como anticonvulsivante;</p><p>• Lorazepam;</p><p>• Nitrazepam: principalmente indicado no tratamento de insônia.</p><p>Por muitos anos, o manejo da ansiedade foi dominado pelos</p><p>benzodiazepínicos. Essas drogas são muito mais seguras que aquelas até então</p><p>usadas (barbitúricos), cuja overdose podia ser fatal e era frequentemente</p><p>utilizado para suicídio. No entanto, por terem sido tomada como seguras, o seu</p><p>consumo passou a ser feito de maneira indiscriminada, ocasionando o mau uso</p><p>e o abuso. Tanto os barbitúricos como os benzodiazepínicos aumentam e</p><p>potencializam a ação do GABA, resultando em sedação. Os benzodiazepínicos</p><p>não são mais utilizados em tratamentos de longo prazo de transtornos de</p><p>ansiedade pelo risco de causar dependência (Elisabetsky, 2021).</p><p>As Z drugs (zolpidem, zopiclona) têm efeitos parecidos aos</p><p>benzodiazepínicos, podendo haver uso recreativo e quadros de dependência</p><p>similares (Guimarães-Fernandes et al., 2021).</p><p>TEMA 4 – OPIOIDES</p><p>O termo “opioide” foi proposto para designar os medicamentos com ação</p><p>semelhante à da morfina, porém com estrutura química diferente. Essas</p><p>substâncias se ligam aos receptores opioides que estão dispostos em todo o</p><p>SNC e periférico. No entanto, o nosso cérebro produz seus próprios opioides</p><p>endógenos, sendo o mais conhecido as endorfinas liberadas durante a atividade</p><p>física, que diminuem a sensação dolorosa e causam bem-estar (Elisabetsky,</p><p>2021).</p><p>Por isso, as atividades físicas são muito indicadas tanto para quadros</p><p>depressivos quanto para fibromialgia. A fibromialgia apresenta alterações</p><p>funcionais em diversos sistemas e impacta significativamente o sono e o humor.</p><p>Por muito tempo no Brasil a dependência por opioides foi negligenciada,</p><p>pois há pouca entrada de heroína (droga sintetizada) no país. Entretanto, a</p><p>prescrição de opioides cresceu em torno de 465% entre os anos de 2009 e 2015,</p><p>11</p><p>o que traz a necessidade de evidenciar o tema da dependência por opioides</p><p>(Guimarães-Fernandes et al., 2021).</p><p>Os opioides, assim como o álcool e os benzodiazepínicos são</p><p>depressores do SNC. O quadro de intoxicação por opioides é marcado por</p><p>analgesia, apatia e/ou disforia, agitação ou retardo psicomotor, fala arrastada,</p><p>obstipação intestinal, hipotermia, hipotensão, depressão respiratória, convulsão</p><p>e coma. O início, a duração e a intensidade dos sintomas dependem de qual</p><p>opioide foi consumido e de qual via foi administrado (Guimarães-Fernandes et</p><p>al., 2021).</p><p>Os opioides são comumente utilizados no tratamento da dor moderada a</p><p>intensa, especialmente no câncer. Além de serem fármacos indicados para as</p><p>dores crônicas (superior a 30 dias), são utilizados no tratamento de dependência</p><p>ou desintoxicação por opioides (Campos et al., 2023).</p><p>Há uma escada analgésica, em que o tratamento se inicia com</p><p>analgésicos simples ou anti-inflamatórios não hormonais (dipirona, paracetamol)</p><p>e que, caso a dor persista, os opioides fortes ficam reservados para serem</p><p>utilizados quando os fracos não forem suficientes para o manejo da dor crônica</p><p>(Campos et al., 2023).</p><p>Indivíduos com dor crônica têm quatro vezes mais chance de apresentar</p><p>depressão ou ansiedade comparados aos sem dor. Observou-se também que a</p><p>dor crônica é mais prevalente em pessoas com transtorno de ansiedade e</p><p>depressão.</p><p>De acordo com o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas da Dor</p><p>Crônica (2012) a base do tratamento de dor neuropática (doença do sistema</p><p>nervoso) envolve o uso de medicamentos antidepressivos tricíclicos e</p><p>anticonvulsivantes na maioria dos casos, sendo os opioides reservados em</p><p>casos refratários.</p><p>O aumento da dose de opioides é associado com efeitos adversos que</p><p>incluem sedação, confusão mental, náuseas e vômitos e depressão respiratória.</p><p>O uso de opioides produzem transtornos de humor (mania, depressão),</p><p>transtornos psicóticos, disfunção sexual, diminuição da função imunológica,</p><p>euforia (sentimentos agradáveis) e disforia (sentimentos desagradáveis). Os</p><p>efeitos depressores do SNC podem ser acentuados em usuários de álcool,</p><p>barbitúricos ou benzodiazepínicos. Depressão respiratória é o efeito adverso</p><p>mais sério.</p><p>12</p><p>A síndrome de abstinência dos opioides é uma das mais fortes. Pacientes</p><p>relatam intenso desconforto, com sintomas de fissura, ansiedade, disforia,</p><p>fadiga, irritabilidade, inquietação, náuseas, vômitos, diarreia, dores muscular e</p><p>óssea, dentre outros. Pode-se usar a metadona para diminuir os sintomas de</p><p>abstinência aguda de heroína e outros opioides, reduzindo-a de forma gradativa,</p><p>até a suspensão. Após a abstinência, o tratamento com a metadona pode</p><p>continuar (Elisabetsky, 2021).</p><p>Alguns estudos mostram a efetividade da naltrexona no tratamento da</p><p>abstinência, porém a curta duração da ação, que exige tomada repetida, facilita</p><p>falhas propositais quando a pessoa deseja usar heroína ou outro opioide. De</p><p>modo semelhante ao mencionado para a nicotina e a cocaína, vários estudos</p><p>têm sido realizados na busca de vacinas que possam ser empregadas no</p><p>tratamento da dependência de opioides (Graeff; Guimarães, 2021).</p><p>Exemplos de fármacos opioides: a) morfina (forte); b) codeína (fraco); c)</p><p>naltrexona; d) tramadol (causa menos constipação intestinal, depressão</p><p>respiratória e dependência do que outros opioides); e) metadona (sintético e</p><p>potente, causa menos dependência, menos euforia e sedação do que a maioria</p><p>dos outros opioides) e, f) oxicodona (forte) (Campos et al., 2023).</p><p>Os opioides passiveis de abuso são a morfina e seus derivados, como</p><p>heroína e oxicodona. Eles agem nos mesmos receptores que os opioides</p><p>endógenos, o que os tornam potentes analgésicos. Os opioides exógenos geram</p><p>sensação de bem-estar e prazer (Elisabetsky, 2021).</p><p>Por causarem rápida tolerância se faz necessário quantidades cada vez</p><p>maiores de opioides para se obter os mesmos efeitos, o que pode implicar em</p><p>overdose. A overdose de opioides é potencialmente fatal, pois resulta em parada</p><p>respiratória (Elisabetsky, 2021).</p><p>TEMA 5 – CANNABIS</p><p>A cannabis, perturbadora do SNC, é encontrada sob diferentes</p><p>denominações</p><p>(maconha, haxixe e skank), variando as concentrações de seus</p><p>compostos ativos. Isso significa que o que muda é a concentração de 9-</p><p>tetrahidrocanabinol (THC) e canabinoides (CBD) (Guimarães-Fernandes et al.,</p><p>2021).</p><p>O CBD é extraído da Cannabis sativa, a planta da maconha, mas não é</p><p>psicoativo nem tóxico. Essa planta é constituída por cerca de 400 compostos</p><p>13</p><p>químicos, com vários canabinoides, que são princípios ativos distintos. O 9-</p><p>tetrahidrocanabinol (THC), apesar de seus efeitos terapêuticos, é o único com</p><p>efeito psicoativo (Morais; Silva; Lima, 2021).</p><p>Assim como no caso dos opioides, o cérebro também produz</p><p>canabinoides, denominados endocanabinoides. Os endocanabinoides são</p><p>sintetizados somente sob demanda, não ficam armazenados como os</p><p>neurotransmissores. Eles são sintetizados e liberados pelos neurônios pós-</p><p>sinápticos (e não pré-sinápticos, como de costume), esse mecanismo é</p><p>chamado de neurotransmissão retrógada (Elisabetsky, 2021).</p><p>Após a vigência da RDC n. 327 de 9 de dezembro de 2019, a Anvisa</p><p>passou a permitir no país a fabricação e a comercialização de produtos e</p><p>medicamentos contendo (THC) e (CBD) em farmácias e drogarias devidamente</p><p>autorizadas (Morais; Silva; Lima, 2021). Essa RDC não aborda a permissão para</p><p>o auto cultivo da planta (Oliveira; Vieira; Akerman, 2020).</p><p>Em doses usuais, a maconha produz sensação de bem-estar,</p><p>relaxamento, melhora das relações sociais, raciocínio mais lento, analgesia,</p><p>aumento do apetite, diminuição da pressão intraocular (Elisabetsky, 2021).</p><p>A intoxicação aguda raramente leva o paciente a um pronto atendimento</p><p>pelos sintomas da intoxicação. Mas a busca médica pode se dar quando o uso</p><p>desencadeia sintomas ansiosos e/ou psicóticos. São efeitos da intoxicação</p><p>aguda: euforia, relaxamento, alteração da percepção de tempo, cores, sons,</p><p>aumento do apetite, boca seca, tremores de mãos e alteração da coordenação</p><p>motora e da atenção (Guimarães-Fernandes et al., 2021).</p><p>A maconha pode desencadear paranoia, ansiedade, crise de pânico,</p><p>alucinações, sintomas que podem levar a pessoa a buscar ajuda. Nesses casos,</p><p>devem receber tratamento com o uso de benzodiazepínicos para as crises de</p><p>ansiedade e antipsicóticos para os sintomas de alucinação e paranoia</p><p>(Guimarães-Fernandes et al., 2021).</p><p>Em pessoas que consomem diariamente a maconha, pode haver</p><p>abstinência na retirada da substância. Os sintomas são: fissura, irritabilidade,</p><p>inquietação, ansiedade, sintomas depressivos, insônia, náuseas, vômitos,</p><p>diarreia e tremor. Não há tratamento farmacológico para a abstinência, mas o</p><p>controle sintomático com medicações (Guimarães-Fernandes et al., 2021).</p><p>14</p><p>A dependência de maconha não tem tratamento específico. Usuários de</p><p>grandes quantidades geralmente apresentam depressão. Nesses casos, podem</p><p>responder a tratamento com antidepressivos (Graeff; Guimarães, 2021).</p><p>Existem debates acerca do aumento do risco de quadros psicóticos e</p><p>esquizofrenia associados ao uso da maconha, porém há controversas</p><p>(Guimarães-Fernandes et al., 2021). O risco parece ter relação com a quantidade</p><p>e com a idade da pessoa, quanto maior a idade e a quantidade, maior a</p><p>probabilidade de desenvolver esquizofrenia (Elisabetsky, 2021).</p><p>A maconha possui vários efeitos farmacológicos de interesse no</p><p>tratamento de diversas patologias. Por essa razão, o uso medicinal da maconha</p><p>foi aprovado em alguns países, incluindo o Brasil. Tem sido empregada como</p><p>antiemético, para aumento do apetite em pacientes com câncer e HIV, para</p><p>reduzir a espasticidade em pacientes com esclerose múltipla e como</p><p>anticonvulsivante para epilepsia refratária (Elisabetsky, 2021).</p><p>NA PRÁTICA</p><p>Atualmente tem ocorrido um crescimento no uso e no abuso de drogas e</p><p>medicamentos. Esse consumo aumentou no período da pandemia da Covid-19.</p><p>A maior parte do consumo do álcool e das drogas ocorre de maneira recreativa,</p><p>visto que uma pequena porcentagem progride para o uso abusivo e para a</p><p>dependência.</p><p>É comum que quem faça uso abusivo ou seja dependente de alguma</p><p>substância tenha uma narrativa de que tem o controle da situação, que quando</p><p>quiser parar irá conseguir.</p><p>No caso do álcool, deve-se ter mente que essa substância não deve ser</p><p>usada antes dos 18 anos de idade, uma vez que o cérebro não está preparado</p><p>para receber essa substância. Evitar o álcool antes da maioridade seria uma</p><p>forma de proteger o cérebro. Não é à toa, que essa proibição existe no texto da</p><p>Lei no Brasil.</p><p>A manipulação genética da cannabis tem ocorrido, na busca de diminuir</p><p>o canabidiol (CBD) e de maneira a aumentar o tetrahidrocanabinol (THC). O</p><p>problema decorrente disso é que o CBD não é psicoativo e se constitui como um</p><p>protetor cerebral. O componente que protege o cérebro tem diminuído e isso</p><p>pode gerar consequências negativas para a pessoa que faz uso abusivo ou que</p><p>seja dependente da droga.</p><p>15</p><p>FINALIZANDO</p><p>Nesta etapa, abordamos os transtornos relacionados ao uso e ao abuso</p><p>de substâncias psicoativas. Essas substâncias são capazes de alterar a</p><p>consciência. No campo da saúde, a questão das drogas passou a ser percebida</p><p>como um problema de saúde mental, e a dependência química passou a ser</p><p>entendida como uma doença crônica.</p><p>Entendemos os efeitos da droga no organismo humano, diferenciamos</p><p>alguns termos utilizados para se referir ao consumo de drogas, tais como o uso</p><p>recreativo, o uso abusivo e a dependência. Cada sujeito, na sua subjetividade,</p><p>constrói sua relação consigo, com o outro e com a substância utilizada, sendo</p><p>um usuário ocasional, abusivo ou compulsivo (dependente). É necessário saber</p><p>acerca do uso ao longo dos anos, para compreender sua dinâmica, implicações</p><p>e consumo na sociedade contemporânea. É preciso analisar a biografia da</p><p>pessoa, seu momento de vida e sua relação com a droga, verificando o local que</p><p>a droga ocupa na vida da pessoa.</p><p>Foram abordadas as classes farmacológicas dos benzodiazepínicos e dos</p><p>opioides, uma vez que são medicamentos que podem causar tolerância, uso</p><p>abusivo, abstinência e dependência. Por fim, conhecemos alguns fármacos ou</p><p>substâncias utilizadas no tratamento de transtornos relacionados ao uso e ao</p><p>abuso de substâncias psicoativas.</p><p>16</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria n. 344, de 12 de maio de 1998. Aprova</p><p>o Regulamento Técnico sobre substâncias e medicamentos sujeitos a controle</p><p>especial. Brasília, DF, 12 maio 1998.</p><p>BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. RDC n. 327 de 9 de dezembro de 2019.</p><p>Dispõe sobre os procedimentos para a concessão da Autorização Sanitária para</p><p>a fabricação e a importação, bem como estabelece requisitos para a</p><p>comercialização, prescrição, a dispensação, o monitoramento e a fiscalização de</p><p>produtos de Cannabis para fins medicinais, e dá outras providências. Brasília,</p><p>DF, 9 dez. 2019.</p><p>BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria n. 1083, de 2 de outubro de 2012.</p><p>Aprova o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas da Dor Crônica. Brasília,</p><p>DF, 2 out. 2012.</p><p>CAMPOS, H. S. P. et al. Opioides: toxicidade e efeitos indesejados. Un1ca,</p><p>Ipatinga, v. 3, n. 1, 2020.</p><p>ELISABETSKY, E. (org.). Descomplicando a psicofarmacologia:</p><p>psicofármacos de uso clínico e recreacional. São Paulo: Blucher, 2021.</p><p>GOODMAN, G. As bases farmacológicas da terapêutica. 10. ed. Rio de</p><p>Janeiro: Editora McGraw-Hill, Artmed, 2003.</p><p>GRAEFF, F. G.; GUIMARÃES, F. S. Fundamentos da psicofarmacologia. 3.</p><p>ed. Rio de Janeiro: Atheneu, 2021.</p><p>GUIMARÃES-FERNANDES, F. et al. Clínica psiquiátrica: guia prático. 2. ed.</p><p>São Paulo: Manole, 2021.</p><p>MONTEIRO, T. M. A psicanálise e o toxicômano. Escola Freudiana, 2023.</p><p>Disponível em: <https://www.escolafreudiana.vix.br/uploads/arquivos/3-28-04-</p><p>2020-12-54-30-3997.pdf>. Acesso em: 30 jul. 2023.</p><p>MORAIS, C. E.; SILVA, E. P. da.; LIMA, R. S. O uso do canabidiol como</p><p>medicamento no Brasil para tratar doenças crônicas. Revista Pubsaúde,</p><p>Maringá, v. 5, a087,</p><p>p. 1-7, 2021.</p><p>17</p><p>OLIVEIRA, M. B. de.; VIEIRA, M. A.; AKERMAN, M. O autocultivo de Cannabis</p><p>e a tecnologia social. Revista Saúde e Sociedade, São Paulo, v. 29, n. 3, p. 1-</p><p>14, 2020.</p><p>ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DA SAÚDE. MI-mhGAP Manual de</p><p>Intervenções para transtornos mentais, neurológicos e por uso de álcool e</p><p>outras drogas na rede de atenção básica à saúde. v. 2.0. Brasília, DF: OPAS,</p><p>2018.</p><p>USP TESTA psicodélico ibogaína contra dependência de crack e álcool.</p><p>Instituto Perdizes FMUSP, 30 abr. 2011. Disponível em:</p><p><https://www.grea.org.br/post/usp-testa-psicodélico-ibogaína-contra-</p><p>dependência-de-crack-e-álcool>. Acesso em: 30 jul. 2023.</p>

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