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<p>Medicação Pré-Anestésica</p><p>Definição</p><p>Tudo que vem antes da anestesia.</p><p>Glossário</p><p>•Analgesia: O objetivo é apenas aliviar a</p><p>dor, ou minimiza-la sem perda de</p><p>consciência.</p><p>•Anestesia: Usada para que não haja</p><p>reação a dor, o paciente está imóvel, perda</p><p>dos sentidos e sensações, o paciente perde</p><p>a consciência.</p><p>•Tranquilização: Só acalma o paciente,</p><p>leve, as vezes imperceptível.</p><p>•Sedação: Desligamento do meio,</p><p>sonolência.</p><p>•Hipnose: Sono artificial.</p><p>•Narcose: Sono mais profundo, difícil de</p><p>ser acordado (não usamos na veterinária).</p><p>Passos da anestesia</p><p>1) Medicação pré-anestésica: Medicações</p><p>ligadas a anestesia: tranquilizantes e</p><p>analgésicos.</p><p>2) Indução anestésica: Colocar o animal já</p><p>em anestesia, aqui o animal já não</p><p>apresenta mais reflexos.</p><p>3) Manutenção anestésica: Como você vai</p><p>manter o animal anestesiado durante a</p><p>cirurgia.</p><p>Finalidades da MPA</p><p>•Tranquilização (animal muito agitado) ou</p><p>sedação.</p><p>•Analgesia.</p><p>•Diminuição dos reflexos.</p><p>•Diminuição do metabolismo.</p><p>•Potencialização: Potencializa todos os</p><p>anestésicos que virão depois, usar menores</p><p>doses com os mesmos efeitos.</p><p>Classes farmacológicas</p><p>Fenotiazínicos</p><p>• Acepromazina (usado na veterinária),</p><p>clorpromaina e levomepromazina.</p><p>• Via: IV e IM.</p><p>• Causa tranquilização, não possui efeito</p><p>de sedação.</p><p>Efeitos adversos</p><p>• Respiratório: Diminuição da frequência e</p><p>volume.</p><p>• Cardiovascular: Vasodilatação esplênica</p><p>(baço aumentado), hipotensão com</p><p>taquicardia reflexa (↓PA e o corpo tenta</p><p>compensar com ↑FC, depois estabiliza) e</p><p>↓hematócrito (diminui as hemácias e</p><p>como consequência diminui a oxigenação).</p><p>Efeitos gerais</p><p>• Protusão de terceira pálpebra, sendo</p><p>mais visível em cães, gatos e bovinos.</p><p>• Priapismo: exposição prolongada do</p><p>pênis em equinos.</p><p>• Diminuição da temperatura.</p><p>Outros efeitos</p><p>• Diminui o limiar de convulsão:</p><p>contraindicado para animais com histórico</p><p>de convulsão ou com trauma.</p><p>• Efeito antiemético leve, necessário</p><p>associação com pasil.</p><p>• Ação anti-histamínica.</p><p>Quando usar?</p><p>• Realizar aceso venoso, tricotomia, coleta</p><p>de sangue (sempre avisar o laboratório),</p><p>coleta de materiais biológicos,</p><p>posicionamento para radiografia e</p><p>ultrassom e também para reduzir doses</p><p>dos anestésicos gerais e potencializar</p><p>efeitos de outras MPAS.</p><p>• Usado muito mais em cães e gatos, pois</p><p>em equinos possui pouco efeito</p><p>tranquilizante.</p><p>Benzodiazepínicos</p><p>• Causa sedação, hipnose,</p><p>miorrelaxamento (ajuda na hora de</p><p>conter), ansiolítico e anticonvulsivante.</p><p>• Diazepam: Principal no tratamento de</p><p>convulsão e por isso deve ser escolhido</p><p>para pacientes com histórico de convulsão;</p><p>ação de 1 hora e possui maior latência</p><p>(tempo que leva para o medicamento</p><p>produzir seu efeito após ser administrado).</p><p>É um medicamento oleoso e dolorido, pois</p><p>forma cristais no músculo e não é</p><p>totalmente absorvidos.</p><p>• Midazolam: Ação de 3 horas, efeito</p><p>anticonvulsionante mais fraco.</p><p>• Zolazepam: Não existe isolado, vendido</p><p>com anestésico.</p><p>• Via: IM, IV, IN, IR.</p><p>Efeitos adversos</p><p>• Respiratórios: Mínimos.</p><p>• Cardiovascular: Mínimos.</p><p>Efeito paradoxal</p><p>• Na veterinária ocorre excitação, invés de</p><p>sedar e tranquilizar. Desta forma, eles só</p><p>são utilizados com associação a um</p><p>anestésico, já que ele potencializa o efeito</p><p>e consegue diminuir até 50% da dose do</p><p>anestésico.</p><p>Quando usar?</p><p>• Necessidade de miorrelaxamento,</p><p>dependendo do tipo de procedimento.</p><p>• Potencializar os anestésicos gerais, não</p><p>usar na MPA.</p><p>Agonista Alfa-2</p><p>• Causa sedação, analgesia, relaxamento</p><p>muscular.</p><p>• Melhor sedativo.</p><p>Xilazina</p><p>• Equino e bovino.</p><p>• ↓ FC, DC, FR, Vol. Min.</p><p>• ↑PA seguido por hipotensão (↓PA).</p><p>• Em equino não causa ↓FC e ↓PA.</p><p>Detomidina</p><p>• Equino.</p><p>• ↓FC e DC</p><p>• ↑PA seguido por hipotensão (↓PA).</p><p>• Efeito analgésico superior ao da xilazina.</p><p>Ramifidina</p><p>• Equino.</p><p>• Semelhante a detomidina.</p><p>• Apresenta boa sedação, mas menos</p><p>relaxamento muscular, menos ataxia.</p><p>Deximedetomidina</p><p>• Cães e gatos.</p><p>• Caro.</p><p>• ↓FC, DC, FR, Vol. Min.</p><p>• Hipotensão (↓PA).</p><p>Outros efeitos</p><p>• ↓FC e ↓PA são muito acentuadas.</p><p>• Em pequenos causa bloqueio átrio</p><p>ventricular de 2° grau, por isso usar com</p><p>cautela e em pacientes saudáveis.</p><p>• Analgesia visceral.</p><p>• Vômito: Animal deve estar de jejum se</p><p>não pode ocorrer falsa via (vômito vai para</p><p>o pulmão).</p><p>• Aumento de glicemia: Tomar cuidado</p><p>com pacientes diabéticos.</p><p>• Diminuição de motilidade gastro</p><p>intestinal: Em doses repetidas pode</p><p>provocar cólica e timpanismo em equinos.</p><p>• Diminuição do fluxo sanguíneo uterino:</p><p>Pode causar abortos, em bovinos causa o</p><p>mesmo efeito da oxitocina (contração</p><p>uterina).</p><p>• Aumento da produção de urina: Cuidado</p><p>com animais desidratados.</p><p>• Caso a PA caia muito usar atropina, irá</p><p>reverter ↓FC e da PA e o bloqueio AV.</p><p>• Equino não cai só com sedação, a não ser</p><p>que ele esteja muito debilitado.</p><p>Quando usar</p><p>• Sedação e/ou miorrelaxamento.</p><p>• Analgesia visceral para procedimentos</p><p>como: síndrome cólica, OH (castração</p><p>fêmea), orquiectomia (castração macho),</p><p>laparotomia exploratória.</p><p>Opióides</p><p>• Utilizados para tratamento da dor, mas</p><p>possuem bom efeito sedativo</p><p>principalmente em pequenos animais, em</p><p>grandes usar com cautela.</p><p>• Pequenos: Usado como sedativo e</p><p>analgésico.</p><p>• Grandes: Usado apenas como analgésico,</p><p>pois pode causar cólicas ou timpanismo.</p><p>Ação sedativa</p><p>Morfina e metadona: 4 horas.</p><p>• ↑FC, causa vômito.</p><p>• Se estiver liberando histamina não usar.</p><p>• Via: IV, IM e subcutânea.</p><p>Meperidina: 2 horas.</p><p>• Via: IV, IM.</p><p>Fentanil: 1 hora.</p><p>• Acupuntura.</p><p>• Via: IV, IM.</p><p>Buprenorfina: 8 horas.</p><p>• Via: transmucosa, IV, IM e sublingual.</p><p>Tramadol: 6 horas.</p><p>• Via: oral, IV ou IM.</p><p>Sufentanil: 15 a 30 minutos.</p><p>Remifentanil: 15 minutos.</p><p>Butorfanol: 1 hora, usar em equino.</p><p>Quando usar?</p><p>• Pequenos: Sedação associado ou não a</p><p>outra MPA, e também, quando necessitem</p><p>de analgesia.</p><p>• Bovinos e ruminantes: Não usar.</p><p>Fisiopatologia da dor</p><p>Introdução</p><p>• Anestesia: o animal sente a dor, mas não</p><p>percebe.</p><p>• Todos animais sentem dor, mas cada um</p><p>tem uma percepção, um pode ser mais</p><p>sensível ou resistente que o outro; e</p><p>possuírem diferentes respostar para o</p><p>mesmo estímulo.</p><p>• Dor fisiológica: Do corpo.</p><p>• Dor patológica: É um problema.</p><p>• Dor como forma de proteção: o</p><p>organismo alerta o indivíduo e promove</p><p>ações defensivas.</p><p>• Dor como forma de aprendizado:</p><p>promove aprendizado para que não se</p><p>repita, associamos a experiências</p><p>dolorosas; ex: colocar a mão no fogo,</p><p>tomada.</p><p>• Nocicepção: Transmissão de impulsos em</p><p>resposta a um estímulo nocivo (ele</p><p>identifica o estimulo).</p><p>• Percepção da dor: Consciência da dor.</p><p>Mecanismo de nocicepção</p><p>• Nociceptores: Fibras nervosas que</p><p>reconhecem estímulos, localizada em pele,</p><p>tecido subcutâneo, periósteo, articulações,</p><p>musculatura e vísceras.</p><p>• Transforma qualquer estímulo em</p><p>impulso nervoso.</p><p>• Fibras A delta: Responsável por</p><p>transmitir estimulo nervoso rápido, dores</p><p>agudar e bem localizadas.</p><p>• Fibra C: Responsável por transmitir</p><p>estímulo nervoso tardio, dores crônicas e</p><p>mal localizadas.</p><p>• A dor precisa chegar ao córtex cerebral</p><p>para o animal ter percepção ou consciência</p><p>da dor, para isso, existem cinco fases, são</p><p>elas: transdução, transmissão, percepção e</p><p>modulação.</p><p>Transdução</p><p>• Nessa fase ocorre o estimulo que é</p><p>captador pelos nociceptores.</p><p>Transmissão</p><p>• Nociceptores passam a informação para</p><p>o neurônio aferente até a raiz dorsal da</p><p>medula.</p><p>Modulação</p><p>• Ocorre há percepção do estímulo de dor</p><p>e são liberadas substâncias para reduzir a</p><p>dor.</p><p>• Sistema serotoninérgico: Ativa e modula</p><p>a transmissão da dor (como se liberasse</p><p>um analgésico).</p><p>• Acupuntura: A agulha estimula a</p><p>modulação da dor em pontos específicos.</p><p>Projeção</p><p>• Há liberação de neurotransmissores que</p><p>se ligam</p><p>ao sistema nervoso central e</p><p>promovem a percepção da dor.</p><p>Percepção</p><p>• O animal tem consciência da dor, ocorre</p><p>liberação de fatores inflamatórios.</p><p>• Em pacientes anestesiados ou</p><p>inconscientes não há percepção da dor.</p><p>Classificação da dor</p><p>Nociceptiva</p><p>• Somática (pele).</p><p>• Visceral (vísceras).</p><p>Neuropática</p><p>• Compressão de feixes nervos/edema</p><p>(amputação de membro – dor fantasma,</p><p>lesionou o nervo).</p><p>Dor fisiológica: Costuma ser bem</p><p>localizada e transitória, funciona como um</p><p>mecanismo de defesa, alto limiar.</p><p>Fibras Aβ: Mecanorreceptores de baixo</p><p>limiar, estimulo que não tem dor, sente</p><p>apenas pressão.</p><p>Fibras A delta ou C: Nociceptores de alto</p><p>limiar, responsáveis por sentir dor.</p><p>Dor clínica: É persistente e pouco</p><p>localizada, geralmente presente em tecidos</p><p>inflamados.</p><p>Alodina: Sensação de dor mediante a</p><p>estímulo não doloroso.</p><p>Hiperalgesia: Dor exagerada.</p><p>Hiperalgesia secundária: O animal recebe</p><p>um estímulo nocivo prolongado e sente</p><p>dor até em regiões não traumatizadas.</p><p>Anestesia local</p><p>O que é?</p><p>• Perda da sensibilidade sem alterar o nível</p><p>de consciência.</p><p>• Indicada para animais calmos e</p><p>cooperativos.</p><p>Quando utilizar anestesia local?</p><p>Tipo de cirurgia, técnica X local da cirurgia,</p><p>animal dócil e calmo (na maioria das vezes</p><p>tem que sedar/anestesiar), exame clínico,</p><p>conhecimento da técnica.</p><p>Quais vantagens?</p><p>Paciente consciente (nem sempre),</p><p>cooperação do paciente, baixo custo,</p><p>rápida recuperação.</p><p>Fármacos</p><p>• Primeiro anestésico local foi a cocaína.</p><p>• Lidocaína: Rápido período de latência.</p><p>• Bupivacaína.</p><p>• Levopubivacaína (nova).</p><p>• Com ou sem vasoconstritor (adrenalina):</p><p>não usar em extremidades (necrosa), ajuda</p><p>a durar mais, diminui o sangramento. NÃO</p><p>PODE SER IV.</p><p>Como escolher um anestésico local?</p><p>• Perguntar quanto tempo o cirurgião</p><p>precisa.</p><p>• No máximo 4 horas.</p><p>• Período de latência.</p><p>• Período de ação.</p><p>• Bloqueio motor e sensitivo.</p><p>Intoxicação por anestésicos locais</p><p>• Maior risco em áreas de maior</p><p>vascularização.</p><p>• Injeção IV.</p><p>• Animais neonatos não metabolizam.</p><p>• Sinais clínicos: Excitação, comportamento</p><p>irracional, calafrio, náuseas, vômitos, olhar</p><p>fixo, perda de consciência, convulsões e</p><p>possível morte.</p><p>Quais técnicas existem?</p><p>• Anestesia tópica – Deposita em pele ou</p><p>mucosa (muito comum usar no olho).</p><p>• Anestesia infiltrativa – Deposita no tecido</p><p>de interesse. Em linha, com figuras planas,</p><p>L invertido (laparotomia exploratória em</p><p>ruminantes), intratesticular (usada na</p><p>castração com vasoconstritor).</p><p>• Anestesia perineural – Deposita próximo</p><p>a nervos periféricos. Plexo braquial</p><p>(ombro, cotovelo, carpo metacarpo)</p><p>indicada para osteossíntese, sutura,</p><p>amputação de dedo e nervos intercostal</p><p>(fratura de costela, toracotomia, excerese</p><p>tumoral), evitar que o animal sinta dor ao</p><p>respirar, tem longa duração com</p><p>vasoconstritor.</p><p>• Local intravenosa – Administrado</p><p>intravenoso (Tec. Bier), apenas membro</p><p>tórax e pelve.</p><p>Infiltrativa + perineurais</p><p>• Bloqueio nervo cornual (dercorna) e</p><p>bloqueio retrobulbar (enucleação).</p><p>Descorna</p><p>• Lidocaína sem vaso constritor (se não vai</p><p>necrosar).</p><p>• Técnica de embebição no nervo cornual.</p><p>Bloqueio retrobulbar (enucleação)</p><p>• Lidocaína com vaso constritor no nervo</p><p>óptico e na pálpebra sem.</p><p>• Entrar com a agulha lateral ao olho para</p><p>não perfurar o globo ocular.</p><p>Anestesia intravenosa ou Anestesia de</p><p>Bier</p><p>• Garote sempre perto de onde está</p><p>trabalhando (1 hora com ele no máximo).</p><p>• Usada apenas em membros toráxicos e</p><p>pélvicos.</p><p>• Usar lidocaína sem vasoconstritor por ser</p><p>extremidade e o garrote já fazer essa</p><p>função.</p><p>Anestesia neuroaxial</p><p>• Anestesia epidural ou raquianestesia</p><p>(anestesia espinhal).</p><p>Técnica epidural</p><p>• Não usar em suínos por não conseguimos</p><p>palpar.</p><p>• Cirurgia de osteossíntese, urogenitais,</p><p>perineal.</p><p>• Fármacos: Opióides, alfa-2 agonista,</p><p>cetamina.</p><p>• Pequenos: orquiectomia, caudectomia,</p><p>cesareana, cistotomia, uretrostomia,</p><p>osteossíntese de membro posterior.</p><p>• Grandes: cauda, ânus, vulva, períneo.</p><p>• Lidocaína, bupivacaína, lecobupivacaína e</p><p>ropivacaina (todos c/v, a escolhe</p><p>dependerá do tempo de cirurgia).</p><p>Anestesia geral</p><p>• Todas IV.</p><p>• Estado de perda temporária controlada e</p><p>reversível de consciência.</p><p>• Paralisia, analgesia e amnésia.</p><p>Barbitúricos</p><p>• Receptor GABA.</p><p>• Metabolizado no fígado e excretado</p><p>pelos rins.</p><p>• Cuidado com pacientes com problemas</p><p>hepáticos.</p><p>Tiopental</p><p>• Acumula em tecido adiposo, demora</p><p>mais para voltar da anestesia.</p><p>• 100% metabolização hepática.</p><p>• Mais usado na rotina.</p><p>• Fora da veia pode causar necrose.</p><p>• Chega rapidamente ao cérebro.</p><p>• Quando feito em IV a recuperação</p><p>anestésica (dura pouco e age super rápido)</p><p>é prolongada (gera resíduo).</p><p>Sistema nervoso</p><p>• Depressão de SNC.</p><p>• Protetor cerebral: diminui o metabolismo</p><p>cerebral.</p><p>• Reduz a PIC (pressão intracraniana) e a</p><p>PIO (pressão intraocular): útil para</p><p>glaucomas e traumatismo craniano, pode</p><p>ser usado como um protetor cerebral.</p><p>Sistema cardiovascular</p><p>• ↑FC.</p><p>• Sequestro esplênico (aumenta o baço).</p><p>• Hipotermia por vasodilatação.</p><p>Sistema respiratório</p><p>• Depressão da ventilação e apneia (difícil</p><p>de perceber).</p><p>Sistema hepático e renal</p><p>• Pouca alteração da função hepática,</p><p>pacientes com problemas hepáticos apenas</p><p>demoram mais para voltar da anestesia.</p><p>• Ligeira diminuição do fluxo sanguíneo</p><p>renal.</p><p>Efeitos fetais</p><p>• Atinge SNC dos fetos, não é a melhor</p><p>escolha.</p><p>Propofol</p><p>• Não acumula em tecidos.</p><p>• Metabolização hepática pequena.</p><p>• Mais seguro.</p><p>Sistema nervoso</p><p>• Reduz a PIC (pressão intracraniana).</p><p>• Efeito anticonvulsivante (pacientes com</p><p>crise convulsiva, última escolha).</p><p>Sistema cardiovascular</p><p>• ↓PA.</p><p>Sistema respiratório</p><p>• Depressão da ventilação e apneia, logo o</p><p>animal fica cianótico (precisa entubar).</p><p>Sistemas hepático e renal</p><p>• Não afeta o fluxo sanguíneo hepático</p><p>nem a taxa de filtração glomerular</p><p>(indicado para pacientes hepáticos).</p><p>Músculo</p><p>• Causa mioclonia (músculo se contraindo).</p><p>Efeitos fetais</p><p>• Atravessa facilmente a placenta.</p><p>• Boa escolha para cesarianas (20 minutos</p><p>para chegar até os fetos).</p><p>Etomidato</p><p>• Exclusivo de cardiopata.</p><p>Sistema nervoso</p><p>• Não altera PIC (para animais com trauma</p><p>não é a primeira escolha).</p><p>Sistema cardiovascular</p><p>• Estabilidade cardiovascular.</p><p>Sistema respiratório</p><p>• Depressão da ventilação e apneia.</p><p>Sistema hepático e renal</p><p>• Metabolizado pelo fígado e excretado</p><p>pelos rins.</p><p>• Não diminui fluxo sanguíneo renal nem</p><p>taxa de filtração glomerular.</p><p>Alfaxalona</p><p>• Pouco hidrossolúvel.</p><p>Sistema nervoso</p><p>• Reduz PIC.</p><p>Sistema cardiovascular</p><p>• Depressão cardiovascular.</p><p>Sistema respiratório</p><p>• Depressão da ventilação e apneia.</p><p>Sistema hepático e renal</p><p>• Sofre metabolização hepática.</p><p>O melhor anestésico é aquele que</p><p>apresenta menor risco para o paciente e</p><p>que ainda atinge os seus objetivos.</p><p>Anestesia dissociativa</p><p>Introdução</p><p>• Paciente não parece estar adormecido,</p><p>mas não responde aos estímulos.</p><p>• Paciente em estado de catalepsia,</p><p>amnésia, analgesia e a presença de reflexos</p><p>protetores.</p><p>• Catalepsia – Midríase (dilatação da</p><p>pupila), olhos abertos, rigidez muscular,</p><p>nistagmo (movimento involuntário do</p><p>olho).</p><p>• Reflexos protetores: Principal diferença</p><p>entre a anestesia geral e dissociativa, pois</p><p>essa mantém os reflexos palpebrais, de</p><p>deglutição e interdigital.</p><p>• Anestesia pobre, precisa caprichar na</p><p>MPA.</p><p>• Uso intramuscular: interessante</p><p>para</p><p>selvagens, quando não consegue canular</p><p>veia ou animais muito bravos, 30 a 45</p><p>minutos.</p><p>• Uso IV: 15 a 20 minutos.</p><p>• O que muda entre as vias é a dose e o</p><p>tempo de ação.</p><p>Mecanismo de ação</p><p>• Sem depressão generalizada do SNC.</p><p>• Bloqueio dos receptores NMDA (não</p><p>competitiva): Depressão do córtex</p><p>cerebral.</p><p>• Bloqueio da recaptação de serotonina:</p><p>Estimulo do sistema límbico.</p><p>• Bloqueio de receptores de NMDA e</p><p>opioides: Produz analgesia.</p><p>• Bloqueio muscarínico: Bloqueio da ação</p><p>do neurotransmissor acetilcolina, estimula</p><p>o sistema simpático e causa taquicardia,</p><p>hipertensão (aumenta PIC e PIO), aumento</p><p>do DC e diminui vol. sistólico.</p><p>Outros efeitos</p><p>• Rigidez muscular e movimento</p><p>involuntários.</p><p>• Aumento da PIO (cuidado com animais</p><p>com glaucoma).</p><p>• Ação anti-inflamatória.</p><p>• Analgesia somática: pele, musculatura e</p><p>articulação em doses baixas ativa analgesia</p><p>sistêmica.</p><p>Sistema respiratório</p><p>• Respiração apnêustica (em equinos).</p><p>• Aumento das secreções (salivação</p><p>excessiva em gatos, cuidado com animais</p><p>em jejum a secreção se torna mais</p><p>espessa).</p><p>Sistema nervoso</p><p>• Aumento PIC (convulsão).</p><p>Cetamina</p><p>• Presentes em vários laboratórios,</p><p>humano e animal.</p><p>• Vias: IV, IM, VO, intranasal.</p><p>• Dor no uso IM.</p><p>• Uso infusão: analgesia.</p><p>Tiletamina</p><p>• Uso veterinário.</p><p>• Não acha puro.</p><p>• Vias: IV e IM.</p><p>• Tiletamina + zolazapam.</p><p>Associações</p><p>• Alfa-2 agonista (relaxamento muscular).</p><p>• Benzodiazepínicos (relaxamento</p><p>muscular e anticonvulsivante).</p><p>• Opióides (analgesia visceral).</p><p>Uso clínico</p><p>• Procedimentos ambulatórios.</p><p>• Indução.</p><p>• Animais sem jejum.</p><p>• Manutenção: período intra-opertório:</p><p>infusão contínua.</p><p>• Analgesia: pequenos animais.</p><p>• Animais silvestres vida livre ou cativeiro.</p><p>• Usado para indução anestésica e</p><p>manutenção anestésica: equino, bovino e</p><p>suíno.</p><p>• Procedimentos ambulatórias (raio-x,</p><p>coleta de material, limpeza de ferida), pode</p><p>ser usado para indução e manutenção:</p><p>pequenos animais.</p><p>Cães e gatos</p><p>• IV e IM</p><p>• Sedação e analgesia.</p><p>• Uso de cetamina pode causar: rigidez</p><p>muscular, movimentos espontâneos e</p><p>recuperação não suave.</p><p>Equinos</p><p>• IV</p><p>• Indução rápida e suave.</p><p>• Se a sedação não for adequada se tem</p><p>excitação.</p><p>Ruminantes e suínos</p><p>• Podem ser melhoradas com</p><p>administração de um agonista alfa-2 ou</p><p>benzodiazepínicos.</p><p>Recuperação</p><p>• Comportamento anormal, que pode</p><p>progredir para o delirium de emergência</p><p>• Ataxia, hiper-reflexia, sensibilidade ao</p><p>toque e aumento da atividade motora.</p><p>• Exibir uma recuperação violenta.</p><p>• Reações são habitualmente temporárias</p><p>e desaparecem em poucas horas.</p><p>• A administração de depressores do SNC</p><p>(benzodiazepínicos, acepromazina ou</p><p>agonistas dos receptores α2-adrenérgicos)</p><p>diminuem a incidência e/ou a gravidade</p><p>dessas reações.</p><p>Anestesia inalatória</p><p>Introdução</p><p>• Transforma um líquido em vapor.</p><p>• Promover inconsciência, hipnose.</p><p>Vantagens</p><p>• Controle do plano anestésico.</p><p>• Recuperação e eliminação rápida.</p><p>• Idade não é um fator determinante.</p><p>• Eliminação rápida.</p><p>• Ausência de excitação.</p><p>• Recuperação rápida.</p><p>• Ausência de efeitos adversos.</p><p>• Odor agradável.</p><p>• Não inflamável.</p><p>Desvantagens</p><p>• Aparelhos específicos (mais caro).</p><p>• Custo inicial elevado.</p><p>• Contaminação ambiental (expiração –</p><p>eliminação do fármaco e CO2 – fármaco</p><p>fica no ambiente e é tóxico (pode causar</p><p>aborto) → se tiver gestante usa injetável.</p><p>Concentração alveolar mínima</p><p>• Quantidade de fármaco que vai</p><p>administrar.</p><p>• Concentração alveolar mínima de</p><p>anestésico necessário para abolir a</p><p>resposta motora de 50% de indivíduos</p><p>submetidos a estímulos dolorosos. Cada</p><p>anestésico tem uma CAM específica,</p><p>quanto maior a CAM, menor será a</p><p>potência do anestésico.</p><p>• Quanto maior a potência, menos fármaco</p><p>precisa para fazer efeito.</p><p>Fatores que aumentam a CAM: Fatores</p><p>que diminuem a potência do anestésico.</p><p>•Hipertermia</p><p>•Hipertensão</p><p>• Hipernatremia</p><p>Fatores que diminuem a CAM: Fatores que</p><p>aumentam a potência do anestésico.</p><p>• Hipotermia</p><p>• Hipotensão</p><p>•Hipoxemia</p><p>• Associações</p><p>• Doenças sistêmicas cardiopatias</p><p>hepatopatias e nefropatias</p><p>• Hiponatremia</p><p>• Hipovolemia</p><p>• Altitude</p><p>• Gestação</p><p>• Extremos de idades muito jovem ou idoso</p><p>Coeficiente de solubilidade</p><p>• O quão rápido o fármaco vai fazer efeito.</p><p>• Quanto menor, mais rápida a ação.</p><p>Pressão do vapor</p><p>• Maior pressão mais fácil será de</p><p>vaporizar.</p><p>Ponto de ebulição</p><p>• Temperatura na qual a pressão do vapor</p><p>é igual a do ambiente.</p><p>Peso molecular</p><p>• Menor peso mais fácil de atravessar</p><p>barreiras.</p><p>Óxido nitroso</p><p>• Anestésico de baixa potência, utilizado</p><p>como efeito de segundo gás, concentração</p><p>máxima de 75% para diminuir a CAM de</p><p>outros AGI.</p><p>• Efeitos adversos: Aumento do consumo</p><p>de O₂ e abdômen agudo.</p><p>Halotano</p><p>• Primeiro anestésico não inflamável e de</p><p>baixo custo, não utilizado mais atualmente,</p><p>mas os outros inalatórios são comparados</p><p>com o halotano. Ele é potente, mas</p><p>demora para induzir e é solúvel em</p><p>borracha, o que destrói os aparelhos.</p><p>• Efeitos adversos: Diminui o fluxo</p><p>hepático; aumento da PIC e da FC,</p><p>predisposição a arritmias síndrome da</p><p>hipertermia maligna, vasodilatação</p><p>cerebral, diminuição do vol. corrente e</p><p>sensibiliza miocárdio a catecolamina.</p><p>Enflurano</p><p>• Seguro para hepatopatas, mas é</p><p>nefrotóxico e pode favorecer convulsões;</p><p>odor agradável e discreto.</p><p>• Efeitos adversos: Síndrome da</p><p>hipertermia maligna e nefrotóxico (ácido)</p><p>difluotometoxicafluoracético, arritmias</p><p>leve, hipotensão.</p><p>Isofurano</p><p>• Fármaco mais utilizado atualmente, com</p><p>odor pungente e irritante, o que incomoda</p><p>durante a indução na máscara. Ele é barato</p><p>e seguro para cardiopatas.</p><p>• Efeitos adversos: Depressão respiratória</p><p>e hipotensão corrigida c/ vasoconstritor no</p><p>início da cirurgia; depressão cardíaca dose</p><p>dependente.</p><p>Sevoflurano</p><p>• Pouco potente, mas tem a indução muito</p><p>rápida, o que favorece o controle do plano</p><p>anestésico, útil em equinos.</p><p>• Efeitos adversos: Síndrome da</p><p>hipertermia maligna, com poucos efeitos</p><p>no cardiovascular.</p><p>Desflurano</p><p>• Utilizado apenas em pesquisas, já que</p><p>precisa de uma dose extremamente alta</p><p>para induzir a anestesia.</p><p>• Efeitos adversos: Irrita vias aéreas e pode</p><p>causar excitação.</p><p>Risco da exposição</p><p>• Aborto.</p><p>• Tumores.</p><p>• Doenças hepáticas.</p><p>Profundidade anestésica</p><p>• Determinar o estágio do plano anestésico</p><p>do animal submetido a anestesia.</p><p>• Estágio I: estado de alerta até a perda da</p><p>consciência.</p><p>• Estágio II: estado de delírio indesejado,</p><p>onde o paciente está inconsciente mas</p><p>ainda tem reflexo e movimentos</p><p>involuntários, taquipneia e taquicardia.</p><p>Deve ser evitado com associação</p><p>medicamentosa, para não machucar o</p><p>animal ou a equipe</p><p>• Estágio III: estágio cirúrgico, subdividido</p><p>em:</p><p>Plano 1: não há movimento mas ainda tem</p><p>o reflexo laringotraqueal palpebral e</p><p>interdigital além de pouco</p><p>miorrelaxamento, possibilidade de</p><p>taquicardia e taquipneia, salivação e olho</p><p>centralizado com midríase e nistagmo.</p><p>Plano 2: perda de reflexo laringotraqueal e</p><p>interdigital, mas reflexo palpebral e</p><p>corneal, sendo o momento ideal para</p><p>intubar. Não há mais presentes taquicardia</p><p>e a respiração já fica compassada e</p><p>toracoabdominal. O globo ocular está</p><p>rotacionado.</p><p>Plano 3: plano cirúrgico profundo com leve</p><p>bradicardia, bradipneia e reflexo corneal.</p><p>Pode ocorrer uma hipotensão discreta,</p><p>centralizar globo ocular e respiração</p><p>adbominotorácico.</p><p>Plano 4: plano inadequado de</p><p>profundidade com perda total de reflexo,</p><p>bradicardia, apneia, hipotensão e o globo</p><p>ocular centraliza e com midríase. Não deve</p><p>chegar a esse plano, mas se não corrigir, o</p><p>animal morre.</p><p>Estágio IV: iminência de morte, com</p><p>choque bulbar, colapso vasomotor</p><p>midríase, apneia,</p><p>bradicardia intensa e</p><p>hipotensão devido uma sobre dose</p><p>anestésica.</p>

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