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1 Anestesiologia Veterinária (1)

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6º PERÍODO
Anestesiologia Veterinária
INTRODUÇÃO A ANESTESIA
● Anestesia: ausência de sensibilidade;
Na anestesia não se deve sentir NADA.
● Analgesia: ausência total de dor;
● Hiperestesia: algum dos sentidos em excesso;
● Hipoalgesia: redução do estímulo doloroso;
● Todos os anestésicos gerais desligam áreas do cérebro: pode gerar excitação(até mesmo agressiva);
● Na anestesia local bloqueia-se áreas específicas, uma ramificação específica (pode ser chamado de
locoregional, que bloqueia a região ao aplicar em um nervo)
● DOR: precisa de consciência, tem um aspecto emocional envolvido;
● NOCICEPÇÃO: não tem emoção envolvida, está com o sistema nervoso deprimido. Quando o cirurgião
passa o bisturi, o corpo interpreta como estímulo doloroso e reage com sinais de sangramento, aumento de
temperatura. O paciente não sente mas reconhece o estímulo.
● Após a cirurgia o paciente sente a dor, por isso faz-se medicação para dor nos pós- cirúrgico.
● O estímulo nociceptivo (sangramento e afins) não é sinônimo de dor.
OBJETIVOS DA ANESTESIA
● Prevenir a percepção e a resposta à dor;
● Promover imobilidade (para estabilidade durante o procedimento cirúrgico);
● Proporcionar inconsciência (existem exceções, mas no geral este é o recomendado, é importante estar atento a
uma boa sedação);
● Relaxamento da musculatura esquelética: especialmente quando requerido (existem cirurgias, como por
exemplo as de coluna, que é necessário uma musculatura menos rígida para melhor acesso - não usar cetamina pois
causa rigidez);
Atingir os objetivos acima sem trazer prejuízos à vida e a à segurança do animal.
● Um só fármaco é capaz de promover todas as características ideais? Não! Juntar fármacos para obter a resposta
desejada, ao usar 10 fármacos utiliza-se menos doses, reduzindo efeitos adversos.
● Anestesia balanceada;
● Mais abrangente hoje em dia:
- Bloqueio da resposta autonômica (o animal na nocicepção libera catecolamina proporcionamento aumento FR,
aumento da pressão arterial e outros)
- Analgesia pós operatória;
- Prevenção da hipersensibilidade à dor;
PLANEJAMENTO ANESTÉSICO
● Considerar cada paciente de forma individual (não se usa o mesmo fármaco para todos os casos);
● Analisar os riscos;
● Procedimento cirúrgico;
● Anestésicos disponíveis;
● Equipamentos de monitoração;
Existem uma gama finita de medicações na veterinária, é importante considerar bem ao utiliza-los.
Os protocolos para uma castração e para uma cirurgia de coluna vão ser diferentes. Estudar bem antes de
procedimentos cirúrgicos complexos é prudente.
Se não há recursos em monitoramento, é mais prudente utilizar protocolos mais simples.
Anestesia inalatória é muito segura, se monitorada corretamente.
COMO ESCOLHER A SUA TÉCNICA ANESTÉSICA?
● Avaliar os equipamentos e monitoramento disponíveis;
● Habilidade e experiência: do cirurgião e do anestesista;
● Instalações para o período pós- operatório ( por exemplo, precisará de ventilação mecânica após? Não
submeter o animal a riscos desnecessários);
● Temperamento do animal;
Avaliar o tempo também, a MPA demora um tempo considerável;
Em caso de uma cirurgia que deseja-se uma recuperação (volta) mais rápida, precisa-se estar atento ao tempo que o
cirurgião demanda na cirurgia para determinar qual fármaco ideal para cada tempo.
● Espécie e raça;
● Idade;
● Estado de saúde do animal;
● Duração do procedimento;
ERROS E NEGLIGÊNCIA MÉDICA
● Responsabilidade por seus próprios conhecimentos e habilidades;
● Respeito ao Código de Ética profissional
- Princípios fundamentais:
- Exercer a profissão com o máximo de zelo e o melhor de sua capacidade
- No exercício profissional, usar procedimentos humanitários preservando o bem-estar animal
evitando sofrimento e dor;
- Prejuízo à vida do animal ou morte;
- Processo jurídico;
MEDICAÇÃO PRÉ ANESTÉSICA
1 PASSO
Receber o tutor, preencher termos, mostrar instalações e explicar procedimentos ao tutor, deixar tudo bem
esclarecido.
2 PASSO
Medicação pré-anestésica, normalmente o animal vem com parâmetros do clínico, mas se não vier, avaliar.
Aplicar os medicamentos:
Na maior parte dos casos usa-se opioides e sedativos: para acalmar o paciente, realizar a tricotomia com mais
tranquilidade.
O analgésico serve para bloquear o estímulo doloroso.
TRANSFERÊNCIA PARA O CENTRO CIRÚRGICO
Pelo óculo (abertura na parede), para que passe somente o animal e não as pessoas (evita contaminação por pessoas
não paramentadas).
Cuidado! Mão sempre em cima do animal! Ele pode cair da mesa após sedado.
Acesso venoso na cefálica. Não demorar muito para conectar a torneira três vias para evitar coagulação no cateter.
INDUÇÃO DA ANESTESIA E INTUBAÇÃO ENDOTRAQUEAL
1º Fluidoterapia
Estabiliza manutenção de volume plasmático no sangue;
Acesso venoso rápido para medicamentos;
Estabilizar, o animal passou longos períodos em jejum.
Independente, a intubação é obrigatória na anestesia (em pequenos animais).
Primeiro a indução, depois a intubação.
A cetamina serve para reduzir o propofol (que deve ser injetado bem lento - 1,5 mcg/ kg/min)
O animal sempre perde primeiro reflexo lateral e depois medial.
Avaliar tônus mandibular (relaxou a mandíbula? é hora de intubar)
MONITORAÇÃO
ANESTESIA LOCORREGIONAL
Se necessário. Se o paciente estiver estável de acordo com monitoramento.
O ideal é que se tenha pano de campo. Utilizar luvas estéreis. Agulha específica.
Epidural: Palpar L7 S1 e introduzir neste espaço. O mandril evita que a agulha seja obstruída, mas deve ser
removido depois.
Se no local certo, sugara gota na ponta da agulha, graças a pressão negativa do espaço epidural.
Bupivacaína (de longa duração, injetar bem lento)
MANUTENÇÃO ANESTÉSICA
Cuidado com estímulos: se possível cobrir os olhos e os ouvidos do animal. Ele pode acordar se estiver
superficializando.
RECUPERAÇÃO ANESTÉSICA
CLASSIFICAÇÃO ASA
CLASSIFICAÇÃO ESTADO FÍSICO EXEMPLOS
ASA I pacientes saudáveis (não
braquicefálicos)
castração, osteossíntese simples
ASA II doença sistêmica leve braquicefálicos/ geriátricos sem
outras alterações, sopro leve e
desidratação leve (4-6%)
ASA III doença sistêmica severa anemia moderada, braquicefálico
com sinais respiratórios leves,
epilepsia não controlada, doença
pulmonar/renal controlada
ASA IV Doença sistêmica severa que
ameaça constantemente a vida
Arritmias cardíacas severas e não
controladas, desidratação severa
(>10%), endotoxemia
ASA V Paciente moribundo que não se
espera sua sobrevivência
hemorragia intracraniana,
disfunção de múltiplos órgãos,
sepse/trauma grave
ASA E
LIMITAÇÕES DA CLASSIFICAÇÃO ASA
● Variabilidade interobservadores: não há um padrão, o olhar de cada veterinário poderá julgar a
classificação que achar adequada;
● Baixa sensibilidade em relação a complicações;
● Risco inerente ao procedimento cirúrgico: Às vezes a classificação é baixa mas o procedimento tem
alta mortalidade; Risco cirúrgico X Risco anestésico
● Idade, raça, embora algumas tabelas levem em consideração, muitas não levam.
AVALIAÇÃO PRÉ ANESTÉSICA
HISTÓRICO DO PACIENTE
HISTÓRICO MÉDICO
● medicações atuais/recentes;
● estado vacinal;
● doenças prévias;
● histórico cirúrgico e anestésico;
● vermifugação;
PREPARAÇÃO PARA O PROCEDIMENTO
● jejum;
● termo de consentimento;
ASPECTOS GERAIS
● atividade;
● atitude;
● apetite;
● ganho ou perda de peso recente;
● ingestão de água;
● Não fazer anestesia local em locais
infeccionados;
● Sistema Cardiovascular: muito afetado
durante a anestesia; tem tosse? tolerância
ao exercício? síncope? é ativo? espirro?
dispneia?
● Avaliar estado mental: averiguar histórico
de crise epiléptica; muitos fármaco
predispõem crises!
● Quanto ao trato gastrointestinal: há
vômito? regurgitação? coloração e
consistência das fezes? É importante estar
atento a possibilidade de falsa via, muitos
bovinos podem morrer em cirurgias se não
passarem por jejuns prolongados.
● Genitourinário: estado reprodutivo:
animais em cio podem apresentar maior
sangramento;
MORTALIDADE EM DIFERENÇAS
ESPÉCIES
Cães < Gatos < Coelhos
O risco maior é no pós operatório!Principalmente
nas primeiras três horas.
Frio > tremor, falta oxigênio.
O ideal era que o animal seguisse em internação
após a cirurgia, mas ainda há um problema em
convencer o tutor a pagar mais uma internação.
ODDS RATIO: se há odds ratio de 3,2, então o
paciente tem 3,2 vezes mais risco.
CAVALOS TEM ÍNDICE DE MORTALIDADE
MUITO MAIS ALTO
A casuística é maior em casos de cólica
(emergência).
DIFERENÇAS ENTRE RAÇAS
CÃES BRAQUICEFÁLICOS
● Severidade das alterações relacionadas às complicações;
● Síndrome braquicefálica;
● Anormalidade anatômicas congênitas das vias aéreas superiores;
● Narinas estenóticas;
● Palato mole alongado;
● Ventrículos laríngeos evertidos
● Colapso de traqueia;
● Traqueia hipoplásica;
Pode ser que precise cortar o palato mole ou aumentar o diâmetro de narina;
As vezes ao final da anestesia, ele não volta a respirar sozinho, pode-se ser necessário intubar e extubar; O
sobrepeso piora ainda mais a situação.
DOBERMANN
A doença de Von Willebrand (DvW) é um distúrbio hemorrágico hereditário provocado pela deficiência do
fator de VonWillebrand (FvW). Fazer um teste antes da cirurgia diminui os riscos de mortalidade.
GALGO
Não tem tanta gordura, necessita estar atento a
sobredose.
IDADE
● Extremos de idade
Pacientes muito jovens (<8-12 semanas)
● Hipoglicemia (jejuns menores)
● Hipotermia
● Depressão respiratória
● Hipotensão e maior sensibilidade a
anestésicos.
Pacientes geriátricos (cães > 7 anos e gatos > 12
anos).
CONDIÇÃO CORPORAL
OBESIDADE
● Função orgânica alterada;
● Hipertensão e hipoventilação
● Hipoxemia,
● Cuidado com a dose!
O peso da gordura sobre o tórax. A
musculatura relaxa durante a cirurgia
contribuindo para aumento de pressão sob
o tórax.
CAQUEXIA
● Hipoproteinemia: dosar albumina;
EXAMES COMPLEMENTARES
Hemograma e bioquímica sérica.
Estreita margem de valores de referência.
Em pacientes idosos: atenção!
Descobrem novos diagnósticos:
● Neoplasias;
● Doença Renal Crônica,
● Hiperadrenocorticismo
Quando solicitar? Não há um consenso!
Mas, deve-se solicitar sempre para pacientes
idosos. Estudos apontam que exames
complementares em idosos costumam apontar
novos diagnósticos.
Para cirurgias não eletivas, o ideal é pedir exames,
no mínimo hemograma e função renal (proteína
total), pois o paciente no geral já está com certa
desregulação no organismo.
PERFIL PRÉ ANESTÉSICO COM BASE NO PROCEDIMENTO CIRÚRGICO
EXAMES PRÉ ANESTÉSICOS
● Cirurgia de órgãos específicos:
Se nefrectomia, avaliar função renal.
Alteração de sua função no perioperatório;
● Situações onde o tempo de cirurgia afeta o prognóstico: algumas cirurgias tendem a se tornar mais
complexas quando demoradas. É importante estar atento se local novo e a experiência do cirurgião.
● Cirurgia de mandíbula: há muito sangramento!
Em cirurgias assim (com muito sangramento), o ideal é deixar hemograma, teste de coagulação e teste
de compatibilidade sanguínea e bolsas de sangue em reserva.
Teste de coagulação: Tempo de coagulação; TP; TTPA; Tromboelastografia (díficil achar!)
PREPARO DO PACIENTE
JEJUM
● CÃES E GATOS
Alimentar - mínimo de 6 horas.
Jejum prolongado pode levar a hipoglicemia e possíveis complicações na anestesia.
Existem exceções, cirurgias do trato gastrointestinal por exemplo necessitam maior tempo.
Ingestão de água, não precisa restringir.
● CÃES E GATOS com menos de 8 semanas de idade.
Qualquer procedimento com mais de 15 minutos exige glicose na fluidoterapia.
● EQUINOS
Jejum maior que 4 horas.
Risco aumentado de aspiração.
Redução da motilidade
Jejum prolongado causa estresse.
● BOVINO
Jejum de 18 a 24 horas
48 horas para procedimentos do TGI
● BEZERROS/OVINOS/CAPRINOS
Jejum alimentar 12-18 horas
Jejum Hídrico 8-12horas
MEDICAÇÃO PRÉ ANESTÉSICA - TRANQUILIZANTES E SEDATIVOS
OBJETIVOS:
● Acalmar o paciente (é necessário que o paciente não esteja ta responsivo para que o acesso e a
tricotomia sejam possíveis)
● Facilitar o acesso venoso;
● Analgesia (preventiva, quando o estimulo doloroso chega,, ele ja chega diminuido)
● Redução das respostas simpáticas À estimulação cirúrgica (reduzir catecolaminas,)
● Redução da necessidade de anestésicos gerais (os anestésicos gerais são mais perigosos e com mais
efeitos adversos, reduzi-los é um objetivo por segurança)
● Indução e recuperações suaves;
TRANQUILIZANTES X SEDATIVOS
Tranquilizantes: ansiolíticos, acalmam o paciente sem tirar a noção do ambiente.
Já o sedativo, além de acalmar, tira a consciência, desliga o paciente do ambiente.
A redução a estímulos externos.
Porém depende da dose e da espécie.
Um tranquilizante em doses altas pode se tornar um sedativo.
TRANQUILIZANTES E SEDATIVOS - FENOTIAZINAS
RECEPTORES:
● Dopaminérgicos D2 ( se a dopamina estimula, então quer-se que o sedativo deprima, antagoniza o
efeito da dopamina)
Efeito de reduzir > reduz AMP cíclico > antagonizar
● Alfa-1 adrenérgico (antagoniza fazendo vasodilatação periférica, causando hipotensão)
● Muscarínicos;
● Histaminérgicos (H1): ao antagonizar é como o efeito do dramin, antiemético e sono
● Serotoninérgicos;
FENOTIAZINAS
ACEPROMAZINA
● Muito usada em cães;
● É relativamente segura e amplamente utilizada, sempre em doses menores que as doses de bula;
AS DOSES DE BULA SÃO PERIGOSAS!
● Miorrelaxamento leve
● Não tem efeito analgésico quando administrada sozinha, mas junto com opioide potencializa-se o
efeito analgésico;
● Neuroleptoanalgesia: analgesia + sonolência = é o que se busca na MPA.
EFEITOS CARDIORRESPIRATÓRIOS
Resistência vascular sistêmica;
Monitorar a pressão arterial;
Para compensar a hipotensão ao cair a pressão arterial, aumenta a frequência
cardíaca.
É antiarrítmica: protege pois aumenta a dose de epinefrina necessária para
induzir arritmia ventricular.
O bloqueio de alfa-1 no coração funciona como proteção contra catecolaminas
que poderiam ocasionar arritmias. (As catecolaminas não conseguem se ligar a
alfa-1!)
Pouco efeito sobre a função pulmonar!
Normalmente a frequência respiratória diminui.
VM = FR x VC = se a frequência cai, aumenta a amplitude! Assim o VOLUME/MINUTO fica igual.
O volume/minuto deve permanecer constante.
Não altera os gases.
Reduz 20-30% o hematócrito dos animais, pelo ingurgitamento do baço pelo relaxamento da cápsula
esplênica, fazendo o chamado sequestro esplênico, acumulando grande quantidade de hemácias no
baço. Por isso não se usa em cirurgias de rompimento de baço.
DO² = DC x CaO²
DC = débito cardíaco
CaO² = conteúdo arterial de oxigênio
DO² = oferta de oxigênio
Sendo CaO² = (Hb x SaO² x 1,39ml) + (0,003 x PaO²)
Se cai hemoglobina (Hb), diminui a oferta de oxigênio pros tecidos)
EFEITO ANTIEMÉTICO
● Administração 15 minutos antes de opioides: reduz efeito emético da morfina se administrado antes!
● Tônus esofágico inferior e esvaziamento gástrico reduzidos: precisa-se estar atento ao risco de
regurgitação. Daí tem-se a preocupação em intubar o paciente.
PRIAPISMO - prolapso do pênis
● Em equinos, 2,4% dos equinos, pode durar de 1 a 4 horas em média.
● Pode ser perigoso por causar lesões, principalmente se o animal for reprodutor. Geralmente não se
recomenda acepromazina em garanhões.
● Existem relatos de paralisia peniana permanente em cavalos.
CONVULSÃO
Estudo antigo associa a clorpromazina a crises epilépticas em cães. Estudos posteriores não encontraram
associação com a incidência de crises epiléticas.
APLICAÇÃO CLÍNICA
● É um sedativo confiável em cães, gatos, equinos e bovinos. Contudo, na prática não se tem bons
resultados em bovinos e gatos. Não seda bem suínos também!
LATÊNCIA: 5-15 MINUTOS
DURAÇÃO ATÉ 80 MINUTOS
TRANQUILIZANTES E SEDATIVOS - BENZODIAZEPÍNICOS
● Aumentam a afinidade do receptor GABAa (O GABAa é sempre inibitório) Todo fármaco agonista
aumenta GABAa, que é inibitório, então tem-se sedação, anestesia geral.
● Usa-se para indução de anestesia.
● Aumentar a afinidade GABA: aumenta condutância de cloreto. Não permite que potenciais de ação
passem (por isso desliga tudo).
● Barbitúricos/ etanol/ etomidato/ propofol - efeito sinérgico com depressãosignificativa (não pode
misturar álcool com rivotril pois vc pode ir daí p uma anestesia geral rapidinho)
● Facilitam atividade do GABA:
Sedação;
Ansiólise;
Relaxamento muscular (ciclobenzaprina)
Antiepilépticos;
ANTAGONISTAS - FLUMAZENIL
BENZODIAZEPÍNICOS
DIAZEPAM
● É altamente lipossolúvel, atravessa as membranas plasmáticas com muita facilidade. Por isso utiliza-se
em crises epiléticas: ele chega rápido e age rápido.
● É viscoso: intramuscular - causa dor e dificulta absorção. è absorção errática (não se sabe se vai agir
em 5 ou 30 minutos). Em convulsão pode fazer intra retal!
● Cuidado com luz! sensibilidade!
● Se liga ao plástico, mais ainda se exposto à luz. Essa informação é importante para que não se deixe o
medicamento muito tempo na seringa. Puxe o medicamento na hora da admnistração. Não deixe
pronto de reserva.
● Antiepilético! É uma das primeiras linhas de emergência.
● É um sedativo considerado leve. Por isso é adjuvante na anestesia, vem junto com outros
medicamentos. (em cães, gatos e equinos)
● Trato gastrointestinal - alta biodisponibilidade.
A cetamina costuma agir causando rigidez muscular, então é comum associar com diazepam para contornar os
efeitos.
Abaixa a dose do propofol também ao associar, assim abaixa-se os riscos da anestesia.
● Aplicação clínica:
● Antiepiléptico: dose mais elevada 0,5-1,0mg/kg.
● Dose repetida: forma metabólitos ativos (nem se tem mais o efeito do diazepam mas o
metabólito está ali)
BENZODIAZEPÍNICOS
MIDAZOLAM
● É altamente hidrossolúvel (dilui bem em solução fisiológica), contudo em ph fisiológico o anel
diazepínico se abre e então passe a ser lipossolúvel, atravessando rapidamente a barreira
hematoencefálica.
● Para crises epiléticas: DIAZEPAM > MIDAZOLAM
● Também sofre fotodegradação (não deixar na luz);
● Administração
IM = 90% de biodisponibilidade;
Enteral - alta disponibilidade;
Via retal também funciona;
EFEITOS CARDIORRESPIRATÓRIOS
● É relativamente seguro;
● Redução de 10-20% da frequÊncia cardíaca em cães na dose
0,25-1,0mg/kg;
● Pode diminuir a pressão arterial, deprime centro vasomotor.
● É usado na ventilação
● Midazolam + Fentanil = entubar pacientes críticos!
APLICAÇÕES CLÍNICAS
Midazolam é interessante para anestesiar aves. Pode-se pingar na narina e rapidinho ele ceda! Não há
necessidade de injeção.
Não é previsível como sedativo - Excitação paradoxal
Cuidado ao utilizar em gatos (para segurança é comum associar a cetamina). Podem ter excitação.
AGONISTAS DOS RECEPTORES A2- ADRENÉRGICOS
● Causa boa sedação;
● Promovem analgesia visceral;
● É um excelente relaxante muscular;
● Possui antagonista (reverter!)
● O problema é que alfa-2 adrenérgico está no corpo todo! Isso indica vários efeitos adversos.
● Todos os ALFA-2 tem efeito ALFA-1; isso implica excitação paradoxal, aumento da atividade motora.
● O idel é que seja mais seletivo para alfa-2 possível.
SELETIVIDADE ALFA-2 : ALFA-1
XILAZINA 160:1
DETOMIDINA 260:1
MEDETOMIDINA 1620
● Efeito sedativo: reduz a liberação de norepinefrina (NE)
● Faz analgesia em encéfalo e em medula espinal.
● Quanto mais estímulo = + dor!. Ao reduzir os estímulos, reduz a dor.
● Boa sedação contudo animais ficam sensíveis ao toque e ao som;
EFEITOS CARDIORRESPIRATÓRIOS
Maior preocupação em relação ao débito cardíaco que cai em até 60%.
Bradicardia intensa e reflexa: a frequência caiu para compensar a pressão que estava
sendo alcançada.
ALFA 2 AGONISTA
XILAZINA
● Reduz a frequência cardíaca;
● Aumento de volume corrente
● Efeitos respiratórios dos alfa-2 como um todo são similares;
● A diferença da xilazina é em relação a ovinos pode ocasionar edema pulmonar agudo.
● Apesar da xilazina causar estes efeitos, os outros não funcionam, então só sobra a xilazina mesmo.
● Salivação;
● Vômitos: causa vômito principalmente em felinos, pode causar em cães também embora seja mais
díficil. Os gatos possuem mais receptores alfa-2 adrenérgicos no centro do vômito;
● Aumenta o risco de refluxo em qualquer espécie;
● Reduz a motilidade gastrintestinal, inclusive contrações ruminais (é preocupante em equinos! melhor
optar por detomidina);
● Domperidona para melhorar a motilidade gastrintestinal, plasil (metoclopramida);
● Xilazina para gatos muito agressivos;
APLICAÇÃO CLÍNICA
● Procedimentos de curto prazo para pequenos animais;
● Redução do débito cardíaco: em animais saudáveis e curto tempo não apresenta risco, mas pode
ocasionar problemas em cardiopatas e nefropatas;
● Aumenta a mortalidade - há estatísticas na literatura;
● Para equinos: gotejamento tripo (triple drip: EGG + CETAMINA + XILAZINA OU DETOMIDINA)
Protocolo para quando não há inalatória;
● Para bovinos: é sedativo de escolha, o que melhor funciona! Em bovinos utiliza-se 1/10 da dose
equina. Pode-se utilizar em grandes em procedimentos de maior tempo;
● A dose pra deitar é baixa, para manter procedimentos em pé é muito baixa em bovinos.
● EQUIPOTENTE: 0,05mg/kg em bovinos e 0,5mg/kg em equinos = doses que produzem os mesmos
efeitos;
ALFA-2 ADRENÉRGICO
DETOMIDINA
● É de escolha para equinos!
● Pode ser utilizado em cólica, principalmente em hipermotilidade; mas não é a primeira opção em
analgesia,
● Os alfa-2 agonistas no geral tem boa analgesia visceral;
● Cardiovascular: igual aos outros; redução da frequência;
● Cuidado com prenhez: faz vasoconstrição dos vasos uterinos, reduz o fluxo sanguíneo do feto, pode
causar aborto principalmente na sfases iniciais;
● Abaixamento de cabeça: A distância do chão: parâmetro para estudo de sedação;
● Ataxia; ptose palpebral; abaixamento da cabeça;
ALFA-2 ADRENÉRGICO
DEXMEDETOMIDINA/ MEDETOMIDINA
● Não tem medetomidina no Brasil;
● Pico de sedação: 10 a 20 minutos, o efeito é rápido;
● O pico de analgesia é maior: 20 minutos;
● Seletividade: é maior que a xilazina;
● Procedimentos de curta duração;
● Não tem efeito alfa-1, evitando vasoconstrição, entre outros.
● Associado a anestésico local;
XILAZINA
Diminui o débito cardíaco;
Aumenta a RVS (hipertensão 15minutos);
Diminui a RVS (hipotensão)
DEXMEDETOMIDINA
Diminui a frequência cardíaca;
Aumenta a RVS;
ANTAGONISTA ALFA-2 ADRENÉRGICO
● IOIMBINA
● ATIPAMEZOL
● TOLAZOLINA
● Utiliza-se para efeitos adversos dos agonistas alfa-2;
OPIOIDES
RECEPTORES OPIOIDES
TRÊS TIPOS:
● mu µ
● kappa κ
● delta δ
LOCALIZAÇÃO
● cérebro; medula espinal; zona de gatilho quimiorreceptora (causa vômito); trato gastrointestinal;
sinóvia (articulações, promove analgesia e dura um tempo bom uma vez que não tem tanta circulação
no local); trato urinário (é comum ter retenção urinária após uma epidural, por exemplo, é bom avisar
o tutor 48horas sem urinar, as vezes precisa trazer para retirar); leucócitos.
Estão no corpo todo, o que os deixa suscetíveis a efeitos adversos;
OPIOIDES - AGONISTA TOTAL X PARCIAL
AGONISTA TOTAL - Não se chega ao efeito máximo por
conta dos efeitos adversos.
São dois agonistas totais, a diferença é a dose. Quer dizer
que a Fentanila é mais potente, mil vezes menor de dose
que a morfina para o mesmo efeito.
AGONISTA PARCIAL - Pode-se fazer a dose que for do agonista parcial que ele não desempenhará o
mesmo papel do agonista total.
Para dor leve a moderada.
Hoje se tem medicamentos no Brasil (buprenorfina) (é bem recente), é um dos principais opioides que se usa
em silvestres e gatos.
OPIOIDES - Antagonista x Agonista Parcial como Antagonista
Os antagonista opioides são competitivos, precisa passar a concentração do agonista. Ao administra-lo, é
completamente revertido, inclusive irá retirar as propriedades analgésicas, o que não é desejado. Nesse caso
pode-se usar um agonista parcial, para ocupar parte dos receptores que o agonista total estaria ocupando, assim
ele (o total) irá ocupar menos receptores, diminuindo os efeitos adversos graves (como depressão respiratória)
sem retirar completamente os efeitos analgésicos (analgesia leve a moderada). O agonista parcial funciona
como antagonista nesse caso, por seu caráter competitivo.
OPIOIDES- MECANISMO DE AÇÃO
O cão ao machucar a pata: os nociceptores deestímulos nocivos convertem este estímulo mecânico doloroso
em um sinal elétrico, num processo chamado transdução. Nisso, os neurônios de primeira ordem levam esta
informação ao corno dorsal da medula espinal, depois se comunicam com os neurônios de segunda ordem, o
principal neurotransmissor que faz esta comunicação é o glutamato e a subs. P.
Os canais de cálcio se abrem ao sinal do potencial de ação. O cálcio entra pro neurônio pré sináptico, depois
de várias reações, a vesícula sináptica se une a membrana plasmática, que se abre e libera neurotransmissor na
fenda (neste caso, o glutamato). O opioide diminui o estímulo elétrico inicial no canal de cálcio, assim entra
menos cálcio pra dentro da célula. Ou seja, se diminuir a entrada de cálcio, reduz a liberação de glutamato.
Não impede a dor, mas faz-se mais tolerável.
Não atua só o pré-sináptico, mas também no pós sináptico, que faz com que saia potássio para fora da célula,
deixando o lado de fora da célula muito mais positivo, chamado hiperpolarização. O glutamato liberado iria ao
receptor para levar adiante a resposta excitatória, mas com a hiperpolarização inviabiliza.
OPIOIDES- FARMACOCINÉTICA
ABSORÇÃO
● São lipofílicos, é necessário que atravessem a membrana hematoencefálica.
● Na veterinária, os opioides agonistas totais não fazem um efeito bom por via oral,
● O tramadol é uma opção de opióide por via oral e a codeína (em cães, os dois são ruins);
● Sofrem muito efeito de primeira passagem, o fígado biotransforma quase todo fármaco já na primeira
passagem, então não sobra muito pra chegar no sangue;
● Funcionam tanto IM quando SC, o intramuscular funciona melhor ainda;
ADMNISTRAÇÃO TRANSDÉRMICA
Existem adesivos de uso humano de Fentanila, em 24 horas dará efeito máximo que durará por 72 horas. É
sistêmico, não local.
ADMINISTRAÇÃO TRANSMUCOSA
Não funciona se deglutir, é sublingual.
BIOTRANSFORMAÇÃO
É hepática.
Fora a remifentanila, todos tem biotransformação hepática. Ela é biotransformada por esterases plasmáticas. É
bom para hepatopatas, exige menos do fígado, sua meia vida é de 6 a 10 minutos.
OPIOIDES- EFEITOS CLÍNICOS
● As doses recomendadas são o ponto de partida, Pode-se passar da dose e manter até sumir a dor ou
conseguir ajudar. O ideal é diluir em soro e fazer titulação (administrar bem lento)
BUTORFANOL para cardiopata descompensado > é seguro!
OXICODONA: vício!
Os opioides não são tão bons com a dor na hora da incisão, como age em fibras tipo C, ele funciona pós lesão,
por isso associa-se anestésico local.
DEPRESSÃO RESPIRATÓRIA
Quando o animal já tem dor, geralmente não tem-se tanto efeito adverso.
Depressão respiratória verdadeira: quando o volume minuto (VM) está reduzido.
VM = FR x VC
VM= volume/minuto
FR = frequência respiratória
VC = volume corrente
O If não tem ainda aparelhagem para mensurar volume corrente, supõe-se que o CO² elevado seja depressão
respiratória. A expansão de tórax pode dar uma noção, mas segue-se sendo necessária a monitoração com
aparelhagem ideal.
Quando faz-se associações é que se tem depressão respiratória verdadeira. O opioide sozinho normalmente não
é motivo de preocupação com a depressão respiratória.
Nos fetos causam depressão respiratória importante, pois são animais que não possuem mecanismos de
compensação desenvolvidos ainda.
Em uma cesariana, os neonatos tendem a depressão respiratória. Pode-se reverter com agonista total nos
neonatos, pois eles não necessitam de analgesia como a mãe em cesária. Pode-se administrar agonista total
sublingual nos neonatos. [ex. Narcan® (cloridrato de naloxona)]
EFEITO ANTITUSSÍGENO
Opioide age no reflexo de tosse, como o paciente será entubado então recomenda-se que haja o efeito
antitussígeno.
Protocolo comum para entubação de pacientes críticos: MIDAZOLAM + FENTANILA
No Brasil não tem-se o Butorfanol em comprimido.
EFEITOS CARDIOVASCULARES
Atuam no SNC e podem aumentar a atividade parassimpática. Podem abaixar a
frequência cardíaca entre outros efeitos (efeito centralmente mediado). Nesses casos
pode-se atuar com um parassimpatolítico (atropina), não recomenda-se admnistração
de reversor.
BRADICARDIA LEVE: aumenta volume sistólico em compensação para manter o
débito cardíaco.
EFEITOS EMÉTICOS E ANTIEMÉTICOS
Morfina é emética até 0,5mg/kg e antiemética acima de 0,5mg/kg.
A morfina é mais hidrossolúvel em relação aos outros opioides. Age na zona de gatilho quimiorreceptor e
causa vômito. A partir do momento em que penetram a barreira hematoencefálica e chegam ao centro do
vômito, age como antiemético. Outros fármacos chegam diretamente no centro do vômito, causando êmese.
SC é absorção lenta e pode ocasionar vômito.
MORFINA, FENTANILA, BUTORFANOL E METADONA.
Todo vômito tem risco de pneumonia por aspiração. Alguns centro cirurgicos proibem o uso de morfina na
MPA.
MOTILIDADE GASTRINTESTINAL
Fazem redução na motilidade.
Agonistas alfa-2 diminuem a motilidade gástrica, ao associar com opioides necessita-se estar avaliando com
mais atenção o trato GI do paciente (principalmente em equinos).
Podem ser úteis para casos de dor por hipermotilidade
MORFINA
Ampla utilização. É considerado um fármaco seguro, apesar do risco de vômito (50% dos pacientes vomitam).
Tem boa eficácia analgésica e bom custo benefício ($).
É agonista mu total.
Pode-se usar por infusão mas sua principal forma de admistração é por via epidural, 0,1mg/kg por até 24 horas.
Por via intramuscular, dura 4 horas e 0,5 mg/kg. Em qualquer paciente tem-se morfina associada a epidural.
Por que se usa via epidural? Pois é menos lipofílica de todas. Quer-se um efeito na medula espinal, se for
menos lipofílica, mais hidrossolúvel, se dissemina menos para circulação sistêmica. Os outros fármacos se
disseminam com mais facilidade e acabam por ter menos tempo de efeito.
FENTANILA
Agonista μ total (efeito máximo analgésico).
Duração 30 minutos via intravenosa e por via intramuscular 30/120 minutos (difícil durar + de 1 hora). É
utilizada no trans-operatório, quando o animal apresenta dor principalmente. Como dura pouco (30min) não é
tão legal utilizar na MPA.
METADONA
Antagonista do receptor NMDA (analgesia extrassomática). É uma analgesia boa para cirurgias de coluna ou
trauma.
Dor crônica ou dor refratária.
Dura de 3 a 4 horas.
MEPERIDINA (PETIDINA) [AGONISTA TOTAL]
Faz efeito inotropismo direto. È μ total
Dura de 20 a 30 minutos mas pode chegar a 120min.
A metadona tem tempo maior (4 horas). Em cirurgias simples pode-se ser fármaco de escolha.
É efetiva para calafrios, no pós operatório (em dose consideravelmente mais baixa).
Gatos demandam de doses mais baixas, se excitam facilmente com opioides.
REMIFENTANILA [AGONISTA TOTAL]
Duração de 6 a 10 minutos, como dura pouco demanda infusão contínua.
Não tem analgesia pós-operatória.
Não acumula. Não tem efeito residual.
ETORFINA E CARFENTANILA
0,01ml é letal para humanos.
Não utilizar sozinho.
É comumente utilizada na anestesia de grandes animais selvagens.
Sempre estar com antagonista a disposição.
BUPRENORFINA
Agonista parcial de receptores μ . Tem poucos efeitos adversos, tem margem de segurança maior.
É bom para gatos.
Pode-se utilizar no pós cirúrgico.
Efeito máximo 45-90 minutos mas vê-se bons resultados com 20 minutos.
Tem-se vários estudos para animais silvestres.
Reduz a eficácia de agonistas μ totais. É recomendada para cirurgias de menor dor, por isso é importante estar
atento ao procedimento, pois não pode-se administrar agonistas μ totais.
Dura de 4 a 8 horas (mas pode chegar a 12 horas)
Pode-se utilizar sublingual em gatos.
Cuidado com dose em equinos, utiliza-se a mínima necessária.
Cão 0,01 a 0,04/kg
Gato 0,01 a 0,02/kg
Equino 0,005mg/kg
BUTORFANOL
É um agonista kappa e antagonista μ . Geralmente são mais seguros para gatos e equinos, com menos efeitos
adversos e menos excitação, embora a analgesia não seja tão boa quanto de um agonista total.
Efeito platô: é parecido com de agonista parcial.
É antitussígeno e antiemético.
Os opioides tem mais efeitos adversos em animais com dor.
TRAMADOL
Quando é administrado,forma um metabólito O-desmetiltramadol (M1) que é agonista opioide μ total.
(embora o tramadol em si não seja)
É inibidor de recaptação de serotonina e norepinefrina (age na dor)
Cão e cavalo não conseguem produzir quantidade significativa do metabólito M1.O que configura pouca
eficácia analgésica.
7 dias de administração por via oral > no primeiro dia há mais tramado no organismo, sete dias depois já não
há mais efeito analgésico. Não é recomendado por períodos prolongados.
Os gatos formam M1, o que configura efeito agonista μ total, mas há poucos estudos na área, então faltam
evidências para seu efeito analgésico em gatos.
CUIDADO com associações! Síndrome serotoninérgica: pode-se ter febre, convulsão, salivação, morte.
Atentar-se ao tempo de meia vida ao administrar.
Antidepressivos tricíclicos e inibidores de recaptação de serotonina (amitriptilina e fluoxetina), fica MUITA
serotonina nas fendas sinápticas, o que causa a síndrome serotoninérgica.
Tem grande margem de segurança, é bem seguro em superdosagens.
[ANTAGONISTAS OPIOIDES]
Tomar cuidado pra não reverter a analgesia do paciente em um pós operatório.
NALOXONA
Puxa a dose total 0,04mg/kg e dilui em 20ml e vai administrando até melhora dos efeitos adversos.
Sempre por via intravenosa e leva 1 a 2 minutos para fazer efeito.
FÁRMACOS DE INDUÇÃO
ANESTÉSICOS INJETÁVEIS
Promovem boa sedação e anestesia confiáveis.
Uso mais comum em intubação, TIVA (anestesia total intravenosa), manutenção por curtos períodos (bólus) (o
problema são os picos que levam aos efeitos adversos)
PIVA (anestesia parcial intravenosa:a mistura do injetável com a inalatória);
Se classifica pela duração da ação e estrutura química.
TIOBARBITÚTICOS
- Tiopental;
OXIBARBITÚRICOS
- Pentobarbital;
- Fenobarbital;
TIOBARBITÚRICOS DE AÇÃO ULTRACURTA [ANESTÉSICOS INJETÁVEIS]
Pouco uso na rotina;
TIOPENTAL
Usa-se na eutanásia;
Reconstituição com água estéril ou solução salina a 0,9% (vem liofilizado);
Depois de reconstituído mantém-se por até uma semana em geladeira;
Concentrações: para pequenos 2,5% e para grandes animais 5% (para diminuir a quantidade)
Quando reconstituído tem pH bastante alcalino e quando feito em injeção perivascular causa necrose tecidual
(é um dos motivos que faz-se bem diluído, em baixa concentração para uso no dia a dia);
Se precisar admnistração perivascular: manter a diluição, solução salina 0,9% e anestésico local;
MECANISMO DE AÇÃO
Atuam por ativação do receptor GABAa (inibição do SNC), este subtipo é inotrópico;
Atua aumentando a entrada de cloro na célula causando uma hiperpolarização, faz depressão do SNC levando
o paciente a inconsciência.
Ao aumentar a dose, vai-se de uma sedação para anestesia geral;
FARMACOCINÉTICA
Atinge equilíbrio rápido entre o cérebro e o sangue, o que é bom pois percebe-se a ação da anestesia no
paciente sem ter que esperar muito;
Têm 10-15 minutos de ação e retorna da anestesia;
Esta curta ação não se dá pela excreção renal mas sim pela redistribuição a tecido menos perfundidos,
conforme é perfundido o paciente retorna à consciência. É importante dizer que o paciente apenas acorda mas
não retorna completamente, por isso tem-se o período de recuperação anestésica;
É extremamente lipossolúvel e é acumula-se na gordura.
Demora muito para sair da gordura, em animais obesos o retorno da anestesia é lento;
98% se liga em proteína plasmática, pode-se fazer um efeito muito profundo em animais hiperalbuminemia; é
interessante avaliar a concentração de proteína total do paciente.
Quando colocado em pH sanguíneo mais ácido (animal com acidose), predomina na forma não ionizada;
Se fizer o tiopental lento, consegue-se ver a fase 2 da indução da anestesia em que o paciente entra em
excitação inconsciente (o animal fica agitado, mostra os dentes, tenta morder, mesmo sendo um animal
tranquilo);
Excreção renal;
Biotransformação hepática;
FARMACODINÂMICA
Hipotensão: redução no débito cardíaco.
Diminui o volume sistólico (em compensação há aumento na frequência cardíaca);
Pode aumentar o risco de arritmias ventriculares - bigeminismo;
Sensibilização do miocárdio Às catecolaminas (é como se elas tivessem um efeito maior no coração quando
usado o tiopental);
Dose-dependente;
Reduz volume/minuto e volume corrente: diminui a frequência respiratória;
Reduz a responsividade à hipoxemia e hipercarbia (não consegue responder ao aumento de CO²);
Apneia, principalmente se injetado de forma rápida.
PROPOFOL [ANESTÉSICOS INJETÁVEIS]
Recuperação rápida e suave da consciência, mínimos efeitos residuais; Indução suave;
Cuidado com a manipulação: sua composição inclui ovo e óleo de soja, possíveis meios de cultura. É
importante estar asséptico!
A recomendação é que seja descartado 6 horas após aberto pelo risco de contaminação;
É preferível frasco-ampola que ampola;
Infusão contínua por longos períodos, para coma induzido. O recomendado é trocar o equipo a cada 12 horas.
MECANISMO DE AÇÃO
(igual ao tiopental)
Interação com receptor GABAa.
FARMACOCINÉTICA
Injeção IV,
Chega ao SNC rapidamente;
Rápida distribuição
(igual ao tiopental);
Sofre muito metabolismo hepático mas pode ser
metabolizado em vários locais do organismo e não
só no fígado;
Sofre glicuronidação;
Excreção renal;
Rápida distribuição e depuração: fármaco bom para
indução.
Reduz débito cardíaco;
Reduz a resistência vascular sistêmica pea
liberação de óxido nítrico que é vasodilatador;
Não apresenta frequência cardíaca compensatória;
Faz depressão respiratória verdadeira
Dose-dependente;
FARMACODINÂMICA
Tem efeito relaxante muscular;
DOSE 1,5 a 3ml/minuto
ETOMIDATO [ANESTÉSICOS INJETÁVEIS]
Tem efeitos cardiovasculares minimos.
Uma parte do fármaco é biotransformada no próprio sangue.
Mantém a função dos barorreceptores do SN simpático;
Causa supressão córtex da adrenal; Para a produção do citosol.
Uso clínico: indução da anestesia;
Pode promover hemólise intravascular, vômito, mioclonia, e excitação.
Não pode utilizar este em infusão contínua,
Não facilita a intubação;
MIDAZOLAM + ETOMIDATO = Co-Indução
PROPOFOL + CO-INDUTOR
O MIDAZOLAM é um ótimo co-indutor por ser relaxante muscular e atua também em GABAa;
A CETAMINA é antagonista NMDA (analgesia somática) (diminui a dose do propofol e da cetamina, com a
dose baixa há menos efeitos adversos);
A cetamina estimula liberação de catecolaminas.
A lidocaína e o fentanil reduzem a dose do propofol e diminui tosse na intubação.