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<p>GUSTAVO MENDES SARMENTO – 5º PERÍODO- 2024.2</p><p>Pá</p><p>gi</p><p>na</p><p>1</p><p>APG 1</p><p>* OBJETIVOS:</p><p>-REVISAR MORFOFISIOLOGIA MUSCULO-ESQUELÉTICA DA REGIÃO CERVICAL.</p><p>-DESCREVER DEFINIÇÃO,ETIOLOGIA, EPIDEMIOLOGIA, MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS,</p><p>DIAGNÓSTICO, TRATAMENTO, PREVENÇÃO DAS PRINCIPAIS PATOLOGIAS MUSCULO-</p><p>ESQUELÉTICA DA REGIÃO CERVICAL.</p><p>-ANALISAR A INFLUÊNCIA DA TECNOLOGIA NA POSTURA E NOS HÁBITOS DE VIDA.</p><p>RESUMO</p><p>- REVISAR MORFOFISIOLOGIA MUSCULO-ESQUELÉTICA DA REGIÃO CERVICAL.</p><p>*GERAL: O segmento da coluna cervical, é uma região que se originam:</p><p>- Nervos dos braços (plexo braquial);</p><p>- Inervação diafragmática e de outras estruturas (plexo cervical);</p><p>- Permite a passagem de estruturas vasculares para o encéfalo;</p><p>- Fornece pontos de inserção para músculos que movimentam a cabeça, o pescoço e a cintura</p><p>escapular.</p><p>*ANATOMIA: A parte óssea é formada por sete vértebras ( cinco mais inferiores são mais</p><p>semelhantes umas às outras, dando um destaque para a sétima (C7) que também se diferencia um</p><p>pouco das outras, enquanto as duas primeiras possuem formatos únicos, sendo a primeira (C1)</p><p>denominada atlas, e a segunda (C2) denominada áxis).</p><p>- Típicas são C3,C4,C5 e C6: elas possuem o CORPO</p><p>VERTEBRAL ( pequeno comparado a outras vertebras –</p><p>sustentam menos peso – e lateralmente temos os processos</p><p>uncinados, que se articulam com a vértebra superior,</p><p>formando as articulações uncovertebrais), PROCESSO</p><p>TRANSVERSO (são típicos e possuem o forame transverso</p><p>para a passagem de veias e artérias, além de sulcos para a</p><p>passagem de nervos espinhais e gerando tubérculos</p><p>posteriores e anteriores para inserção dos músculos), PROCESSO ESPINHOSO (se projeta</p><p>posteriormente e pode ser palpado de C3 a C5, são curtos e bífidos, sendo o C6 o mais longo e</p><p>bífido), FORAME VERTEBRAL ( sendo um canal ósseo por onde cursa a medula espinal, sendo ele</p><p>de forma triangular e é mais amplo na parte cervical por causa da intumescência que fornece</p><p>a inervação para os membros superiores), ARCO VERTEBRAL ( componentes posterolaterais do</p><p>forame vertebral, tendo os pedículos e as lâminas) e os PROCESSOS ARTICULARES (sendo 4, 2</p><p>superiores e 2 inferiores, ficam posteriores ao processo transverso e ao forame. Além disso, possui</p><p>as facetas articulares, que vão ligar as vertebras de baixo e de cima).</p><p>- Atípicas são C1 (atlas), C2 (áxis) e C7: As duas primeiras são</p><p>especializadas, adaptadas para permitir a movimentação da</p><p>cabeça e para acomodar a articulação com o crânio. No caso da</p><p>C1 ou ATLAS (não possui processo espinhoso ou corpo</p><p>vertebral. Quando visto de cima, possui a forma de um anel, mais</p><p>espesso lateralmente, onde se identificam as massas laterais,</p><p>que são unidas pelos arcos anterior ( com um tubérculo anterior</p><p>https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/anatomia-do-membro-superior</p><p>GUSTAVO MENDES SARMENTO – 5º PERÍODO- 2024.2</p><p>Pá</p><p>gi</p><p>na</p><p>2</p><p>na superfície anterior, uma fóvea que se articula com o dente do áxis (processo odontoide) na</p><p>superfície posterior e de cada lado da fóvea, um tubérculo onde se insere o ligamento transverso,</p><p>que mantém o dente do áxis em sua posição) e posterior (que em vez de um processo espinhoso,</p><p>possui uma protrusão conhecida como tubérculo posterior e sulcos para as artérias vertebrais são</p><p>encontrados logo posteriormente às facetas articulares</p><p>superiores, localizadas nas massas laterais). No caso da C2 ou</p><p>ÁXIS (é mais parecido com as demais, mas possui uma</p><p>característica única: o dente do áxis, também conhecido como</p><p>processo odontoide, se estende a partir do corpo de C2, sendo</p><p>envolvido pelo atlas. O dente do áxis se articula com a superfície</p><p>posterior do arco anterior do atlas (articulação atlantoaxial</p><p>mediana), atua como um eixo ao redor do qual a rotação da</p><p>cabeça ocorre). Por fim, no caso da C7 (é atípica por três razões:</p><p>o processo espinhoso de C7 é o mais longo, e pode ser facilmente</p><p>palpado quando a cabeça está flexionada anteriormente, já que é</p><p>bastante proeminente nessa posição, ele não é bífido, como nas</p><p>vértebras cervicais típicas e o forame transverso é pequeno</p><p>quando comparado às dimensões do processo transverso, e ele</p><p>não contém as artérias vertebrais, apenas as veias vertebrais).</p><p>-Discos intervertebrais: não é tecnicamente um componente</p><p>ósseo, os discos intervertebrais encontram-se dispostos entre as vértebras cervicais, exceto entre</p><p>C1 e C2. Esses discos formam a metade inferior da borda anterior dos forames intervertebrais e do</p><p>canal vertebral. Também se considera que eles formam, juntamente com as vértebras superior e</p><p>inferior de cada disco, articulações em sínfise (um tipo de articulação cartilaginosa), proporcionando</p><p>alguma rigidez à coluna vertebral. Os discos permitem movimentos entre as vértebras, mas também</p><p>atuam na absorção de impactos, proporcionando um amortecimento entre as vértebras durante</p><p>atividades nas quais há sustentação de peso. O componente externo do disco é conhecido</p><p>como ânulo fibroso. Ele é formado por fibrocartilagem, e envolve o segmento interno do disco: o</p><p>núcleo pulposo.</p><p>-Músculos: Os músculos cervicais e o trapézio têm duas funções principais: apoiar e fornecer</p><p>movimento e alinhamento para a cabeça e o pescoço e proteger a medula espinhal e os nervos</p><p>espinhais quando a coluna vertebral está sob estresse mecânico. Assim teremos os músculos:</p><p>CERVICAIS ANTERIORES (flexão da cabeça e pescoço e elevação de costelas – Retos Anterior e</p><p>Lateral da Cabeça, Longo da Cabeça e Pescoço, Escaleno Anterior, Médio e Posterior),</p><p>EXTRÍNSECOS DO DORSO (extensão da cabeça e pescoço, elevação e retração de escápulas e</p><p>elevação de costelas – Trapézio, Levantador</p><p>da Escápula, Romboide Menor, Serrátil</p><p>Postero-Superior), INTRÍNSECOS DO</p><p>DORSO ( extensão de cabeça e pescoço –</p><p>Iliocostal, Longuíssimo, Espinal do pescoço).</p><p>GUSTAVO MENDES SARMENTO – 5º PERÍODO- 2024.2</p><p>Pá</p><p>gi</p><p>na</p><p>3</p><p>- Ligamentos: temos: LIGAMENTOS CONTÍNUOS que é de anterior para posterior ( Longitudinal</p><p>Anterior - sobe desde a superfície anterior do sacro até C2. Longitudinal Posterior - se estende do</p><p>sacro a C2, impede herniações posteriores. Ligamento Amarelo – cursa entre lâminas e retifica a</p><p>coluna após a flexão. Intertransversário, Interespinal, Nucal). Os ESPECÍFICOS DA CERVICAL</p><p>(Alar, Apical, Transverso).</p><p>* FISIOLOGIA: Como fisiologia temos que as funções fisiológicas principais são:</p><p>- Estruturação e Suporte: Através das vértebras cervicais que são menores e mais móveis que as</p><p>outras vértebras da coluna vertebral. Tendo a C1 (atlas) e a C2 (áxis) especializadas para permitir</p><p>uma ampla gama de movimentos da cabeça. A C1 suporta o crânio e permite o movimento de "sim"</p><p>(flexão e extensão), enquanto a C2 permite o movimento de "não" (rotação).</p><p>- Mobilidade: Permite flexão (dobrar para frente), extensão (dobrar para trás), inclinação lateral</p><p>(dobrar para os lados) e rotação (girar para os lados), sendo essencial para a orientação e</p><p>posicionamento da cabeça e dos sentidos (visão, audição).</p><p>- Proteção: A coluna cervical protege a medula espinhal cervical (transmite sinais nervosos entre o</p><p>cérebro e o resto do corpo) e também protege as artérias vertebrais (passam pelos forames das</p><p>vértebras cervicais e fornecem sangue ao cérebro).</p><p>- Composição Neuromusculares: Os nervos espinhais cervicais inervam músculos e pele da região</p><p>do pescoço, ombros e parte superior do tórax e os músculos do pescoço, como os escalenos e os</p><p>músculos suboccipitais, ajudam na movimentação e estabilidade da coluna cervical.</p><p>- Curvatura Cervical: É a curvatura lordótica natural (curva para dentro), que ajuda a absorver</p><p>choques e distribuir a carga de forma eficiente.</p><p>- Raízes Nervosas: As raízes nervosas anteriores (motoras), pela maior proximidade com os</p><p>processos unciformes, são menos suscetíveis à compressão do que as posteriores (sensitivas), as</p><p>quais são adjacentes às articulações zigoapofisárias e, portanto, mais vulneráveis à presença de</p><p>osteófitos</p><p>(bico de papagaio) nestas articulações.</p><p>- DESCREVER DEFINIÇÃO, ETIOLOGIA, EPIDEMIOLOGIA, MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS,</p><p>DIAGNÓSTICO, TRATAMENTO, PREVENÇÃO DAS PRINCIPAIS PATOLOGIAS MUSCULO-</p><p>ESQUELÉTICA DA REGIÃO CERVICAL.</p><p>CERVICALGIA</p><p>DEFINIÇÃO</p><p>-É uma síndrome de dor regional comum que geralmente surge a partir de um distúrbio mecânico ou</p><p>musculoesquelético indefinido, ocorre de forma aguda, autolimitada, ou crônica e freqüentemente, é</p><p>associada à dor em outras regiões o que gera a hipomobilidade. Também pode ser uma manifestação</p><p>de uma doença subjacente maligna, infecciosa ou inflamatória. Além disso pode ocorrer em</p><p>associação ao envolvimento neurológico como por exemplo uma mielopatia (quando a medula</p><p>espinhal na região do pescoço é comprimida) e radiculopatia (patologia/ quando uma raiz nervosa</p><p>na coluna cervical fica inflamada ou comprimida).</p><p>- O desconforto é chamado popularmente como “dor no pescoço”.</p><p>- A dor cervical pode ser classificada em: Aguda: - de 6 s/ Subaguda: 6 a 12 s/ Crônica: + de 12 s.</p><p>* O aumento do uso de dispositivos eletrônicos, as pessoas passam longos períodos com a cabeça</p><p>inclinada para baixo, podendo causar sobrecarga nos músculos do pescoço e contribuir para a</p><p>cervicalgia. Esse fenômeno é comumente chamado de “pescoço de texto”.</p><p>GUSTAVO MENDES SARMENTO – 5º PERÍODO- 2024.2</p><p>Pá</p><p>gi</p><p>na</p><p>4</p><p>EPIDEMIOLOGIA</p><p>- A cervicalgia é uma das queixas mais frequentes no dia a dia da prática clínica. Ela tem sido</p><p>observada em cerca de 25% dos indivíduos na faixa etária de 25 a 29 anos e em até 50% da</p><p>população com mais de 45 anos de idade. Estima-se que 12% das mulheres e 9% dos homens</p><p>apresente cervicalgia crônica. E a prevalência, no decorrer de toda a vida, superior a 70%.</p><p>- São mais propensos a desenvolvê-la os idosos, trabalhadores braçais, indivíduos tensos ou que</p><p>executem atividade adotando vícios posturais.</p><p>- Menos comum que a dor lombar.</p><p>- Determinantes da cervicalgia mecânica crônica ainda não estão completamente estudados.</p><p>- O trauma, particularmente a lesão em chicote, é um importante contribuinte para o surgimento da</p><p>cervicalgia crônica.</p><p>- A cervicalgia crônica pode estar associada à síndrome metabólica e a um índice de massa corporal</p><p>maior.</p><p>- Um estudo longitudinal com adolescentes demonstrou que os esportes dinâmicos com carga</p><p>envolvendo os membros superiores pode ter benefícios protetores contra dores musculoesqueléticas</p><p>(40%), enquanto fatores psicológicos e emocionais podem aumentar o risco dessas condições(10%).</p><p>- A flexibilidade aumentada no pescoço em adolescentes do sexo masculino mostrou-se protetora</p><p>para sintomas posteriores nesta localização, enquanto, em meninas, uma boa força de resistência</p><p>confere benefício similar.</p><p>- A cervicalgia também tem componentes genéticos substanciais, com um estudo em gêmeos</p><p>sugerindo hereditariedade de 35% a 58%.</p><p>CLASSIFICAÇÃO</p><p>ETIOLOGIA</p><p>- A maioria dos casos está relacionada a</p><p>condições musculoesqueléticas, como</p><p>estiramento cervical, espondilose cervical e dor</p><p>discogênica cervical.</p><p>- Uma parte menor está associada a distúrbios</p><p>neurológicos, como radiculopatia cervical, e a</p><p>condições não espinhais, como infecções,</p><p>malignidades e doenças reumatológicas.</p><p>GUSTAVO MENDES SARMENTO – 5º PERÍODO- 2024.2</p><p>Pá</p><p>gi</p><p>na</p><p>5</p><p>- A identificação precisa da causa muitas vezes é desafiadora devido à frequência e inespecificidade</p><p>das alterações degenerativas. Por causa das múltiplas condições, dificulta a identificação de uma</p><p>causa.</p><p>- MECÂNICAS:</p><p>- Má postura: A postura inadequada ao sentar-se, dormir ou realizar atividades diárias pode levar ao</p><p>estresse excessivo nos músculos e estruturas do pescoço, causando dor.</p><p>-Tensão muscular: O estresse físico ou emocional, atividades repetitivas ou carregar peso excessivo</p><p>podem resultar em tensão muscular no pescoço, levando à cervicalgia.</p><p>- Lesões ou traumas: Acidentes automobilísticos, quedas, esportes de contato ou outras lesões que</p><p>afetem a coluna cervical podem causar dor no pescoço.</p><p>- HÉRNIA DE DISCO: O desgaste ou lesão dos discos intervertebrais no pescoço pode levar ao</p><p>deslocamento do material do disco, comprimindo os nervos e causando dor. A hérnia de disco cervical</p><p>ocorre quando o núcleo pulposo de um disco intervertebral se desloca através de uma fissura no</p><p>ânulo fibroso na região do pescoço. Isso pode ocorrer com o envelhecimento, os discos</p><p>intervertebrais podem desidratar e perder elasticidade, tornando-se mais suscetíveis a rupturas, por</p><p>um Trauma ou Lesão através de movimentos bruscos ou lesões podem causar fissuras no ânulo</p><p>fibroso, permitindo a extrusão do núcleo pulposo ou até por Compressão Neural. Os SINTOMAS são</p><p>a dor no pescoço intensa e localizada e irradia para o nervo comprimido (frequentemente para o</p><p>braço -braquialgia), parestesia, fraqueza muscular, reflexos alterados, alterações na função intestinal</p><p>ou vesical. O DIAGNÓSTICO é por histórico clínico, exame físico e de imagens. Por fim o</p><p>TRATAMENTO pode ser mais conservador com repouso, medicações (analgésicos, AINES,</p><p>relaxantes musculares e corticoesteroides), fisioterapia, injeções epidurais ou pode ser cirúrgico com</p><p>a Discectomia Cervical Anterior com Fusão (ACDF- Remoção do disco herniado e fusão dos</p><p>segmentos vertebrais) ou Artroplastia de Disco Cervical ( Substituição do disco herniado por uma</p><p>prótese para manter a mobilidade).</p><p>- Artrite cervical: A degeneração das articulações no pescoço devido à artrite pode levar a dores</p><p>crônicas e limitações de movimento.</p><p>- Síndrome do impacto: O pinçamento ou compressão de nervos no pescoço, muitas vezes causado</p><p>por esporões ósseos ou estreitamento do canal vertebral, pode levar à cervicalgia.</p><p>- Infecções ou inflamações: Infecções na garganta ou inflamações dos gânglios linfáticos podem</p><p>resultar em dor no pescoço.</p><p>- ESPONDILOSE CERVICAL: Uma condição que envolve o desgaste e envelhecimento natural das</p><p>vértebras cervicais, levando a alterações degenerativas que podem causar dor. Também conhecida</p><p>como osteoartrite cervical ou doença degenerativa do disco cervical, é uma condição que envolve a</p><p>degeneração das vértebras, discos intervertebrais e articulações da coluna cervical, sendo causa</p><p>comum de dor no pescoço e rigidez. Vai cursar por uma Degeneração Discal (envelhecimento, os</p><p>discos intervertebrais perdem água e elasticidade, levando a uma diminuição da altura discal e maior</p><p>suscetibilidade a fissuras), a partir daí forma Osteófitos ou esporões ósseos que podem comprimir</p><p>raízes nervosas ou a medula espinhal após isso, os ligamentos ao redor da coluna podem engrossar,</p><p>contribuindo para a estenose espinhal e tudo isso cursará com a degeneração das articulações</p><p>facetarias gerando dor e rigidez. Os SINTOMAS são principalmente a dor no pescoço e a rigidez,</p><p>parestesias, fraqueza muscular e disfunções. O DIAGNÓSTICO é pela história clínica, exame físico</p><p>e de imagem. O TRATAMENTO pode ser conservador ou cirúrgico dependendo do caso.</p><p>GUSTAVO MENDES SARMENTO – 5º PERÍODO- 2024.2</p><p>Pá</p><p>gi</p><p>na</p><p>6</p><p>- SÍNDROME DO CHICOTE: Lesão cervical causada por movimento repentino e brusco, como os</p><p>que ocorrem em acidentes automobilísticos. Uma lesão de tecidos moles no pescoço causada por</p><p>um movimento violento de hiperextensão (para trás) seguido de hiperflexão (para frente). Esse</p><p>movimento brusco pode danificar músculos, ligamentos e outras estruturas cervicais, através de</p><p>estiramentos e rupturas, além disso leva inflamação (inchaço e dor) e em casos graves os discos</p><p>intervertebrais podem ser danificados. Tem como SINTOMAS a dor e rigidez no pescoço, cefaleia,</p><p>tontura, fadiga, distúrbios visuais e problemas neurológicos como o formigamento, dormência ou</p><p>fraqueza nos braços. O DIAGNÓSTICO é pelo histórico clínico, exame físico e de imagens</p><p>(radiografias, ressonância magnética (RM) ou tomografia computadorizada (TC)) podem ser usados</p><p>para descartar fraturas ou lesões graves. Por fim, o TRATAMENTO é feito</p><p>por descanso, aplicação</p><p>de gelo e uso de colar cervical nos primeiros dias para limitar o movimento, medicação com</p><p>Analgésicos (como paracetamol), anti-inflamatórios não esteroides (AINEs) e relaxantes musculares</p><p>para aliviar a dor e a inflamação, Fisioterapia, Terapias complementares, Acupuntura e Reabilitação.</p><p>- OSTEOFITOSE: Também conhecida como bico de papagaio, refere-se à formação de osteófitos, que</p><p>são projeções ósseas anormais que se desenvolvem ao longo das bordas dos ossos. Estes são</p><p>comumente encontrados em articulações afetadas por osteoartrite e outras condições degenerativas.</p><p>Sua formação ocorre em resposta a estímulos mecânicos e inflamatórios na articulação. Quando a</p><p>cartilagem articular se degrada, os ossos subjacentes começam a se remodelar para tentar</p><p>compensar a perda de cartilagem. A inflamação crônica promove a liberação de citocinas e fatores</p><p>de crescimento que estimulam a formação óssea. Essa resposta leva à proliferação de condroblastos</p><p>e osteoblastos, resultando na formação de osteófitos. Os SINTOMAS são a Dor articular</p><p>(especialmente após o uso da articulação), Rigidez ( matinal ou após períodos de inatividade),</p><p>Limitação de movimento, Inchaço e sensibilidade, Crepitação e Deformidade Articular. O</p><p>DIAGNÓSTICO é como nos outros, através do histórico clínico, exame físico e de imagens</p><p>(radiografias, ressonância magnética (RM) ou tomografia computadorizada (TC)) podem ser usados</p><p>para descartar fraturas ou lesões graves. E o TRATAMENTO é por fisioterapia, perca de peso, uso</p><p>de órteses, analgésicos, AINES, injeções e suplementos para manter a cartilagem. Pode haver</p><p>também o tratamento cirúrgico com Artroscopia (remoção de fragmentos de cartilagem solta e</p><p>osteófitos), Osteotomia (realinhamento dos ossos para melhorar a função articular) e Artroplastia</p><p>(substituição da articulação em casos graves).</p><p>- Tumores ou condições mais graves: Embora menos comuns, tumores na coluna cervical ou</p><p>doenças mais graves, como meningite ou tumores cerebrais, podem causar cervicalgia.</p><p>- NÃO MECÂNICAS:</p><p>- Doenças inflamatórias: As espondiloartropatias são caracteristicamente um tipo de doença</p><p>autoimune inflamatória que afeta o esqueleto axial nas ênteses (pontos de inserção de ligamentos e</p><p>tendões ao esqueleto) e que também podem afetar as articulações sacroilíacas, assim como as</p><p>grandes articulações dos membros inferiores. A artrite reumatoide, que também é uma doença</p><p>autoimune sistêmica, pode acometer a coluna cervical no segmento C1-C2.</p><p>- Processos infecciosos: tem origem no disco intervertebral e são chamados de espondilodiscites,</p><p>porém podem se estender para as vértebras e tecidos adjacentes com gravidade. Os microrganismos</p><p>podem atingir a coluna vertebral por via hematogênica, linfática ou por contiguidade (inoculação</p><p>direta).</p><p>- Tumores: São mais comumente metástases nos corpos vertebrais de carcinomas de pulmão,</p><p>mama, próstata, rins, tireoide e cólon. O mieloma e a leucemia também podem envolver as vértebras,</p><p>e todos normalmente levam a sintomas por compressão neurológica ou por fraturas patológicas. Os</p><p>tumores primários benignos mais comuns da coluna são hemangiomas, cistos ósseos</p><p>GUSTAVO MENDES SARMENTO – 5º PERÍODO- 2024.2</p><p>Pá</p><p>gi</p><p>na</p><p>7</p><p>aneurismáticos, osteoma osteoide, osteoblastoma e osteocondroma. Os malignos são</p><p>osteossarcoma, condrossarcoma, sarcoma de Ewing, linfoma, plasmicitoma e cordoma.</p><p>- Doenças metabólicas ou repercussão de outras doenças sistêmicas: doenças osteometabólicas</p><p>(osteoporose e hiperparatiroidismo).</p><p>FISIOPATOLOGIA</p><p>-A história patológica da maioria das condições de cervicalgia não é esclarecida.</p><p>-Existem evidências de distúrbios do metabolismo oxidativo e níveis elevados de substâncias que</p><p>provocam dor muscular na região cervical, que sugerem que a circulação ou o metabolismo</p><p>deteriorado do músculo local podem fazer parte da fisiopatologia.</p><p>-A dor cervical se associa também com a alteração da coordenação dos músculos cervicais e a</p><p>deterioração da propriocepção do pescoço e dos ombros, o que sugere que estes fenômenos são</p><p>ocasionados pela dor, mas também podem agravar a condição.</p><p>-Para a cervicalgia de ocorrência pós-traumática, a lesão de tecidos moles pode dificultar a</p><p>informação a partir dos mecano-receptores nos tecidos acometidos, e provocar disfunções sensitivas</p><p>e motoras.</p><p>- DOR AGUDA: podem advir do aprisionamento dos meniscos intra-articulares da articulação</p><p>zigapofisária cervical nos grandes recessos capsulares destas articulações, com inflamação, dor e</p><p>rigidez ocorrendo antes de o menisco ser “reduzido”.</p><p>- DOR CRÔNICA: permanece misteriosa, porém pode ter implicações psicológicas.</p><p>- Acredita-se que a dor seja causada por uma combinação de fatores, incluindo:</p><p>1. LESÃO NOS MÚSCULOS: ligamentos ou ossos do pescoço. Isso pode ocorrer devido a uma</p><p>variedade de fatores, incluindo trauma, má postura e esforço repetitivo.</p><p>2. INFLAMAÇÃO DOS DISCOS INTERVERTEBRAIS: Os discos intervertebrais são as</p><p>estruturas que amortecem as vértebras da coluna vertebral. Quando eles se inflamam, podem</p><p>causar dor e rigidez no pescoço.</p><p>3. HÉRNIA DE DISCO: Uma hérnia de disco ocorre quando o disco intervertebral se rompe e o</p><p>núcleo gelatinoso se projeta para fora. Isso pode pressionar os nervos do pescoço, causando</p><p>dor, dormência e formigamento.</p><p>4. ARTRITE: É uma doença inflamatória que pode afetar as articulações do pescoço. Isso pode</p><p>causar dor, rigidez e inchaço no pescoço.</p><p>5. FIBROMIALGIA: Uma condição que causa dor crônica em todo o corpo, incluindo o pescoço.</p><p>6. SÍNDROME DO TÚNEL DO CARPO: Condição que causa dor, dormência e formigamento no</p><p>pulso e na mão. Isso pode ser causado por pressão no nervo mediano, que passa pelo túnel</p><p>do carpo no pulso.</p><p>MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS</p><p>- Dor no pescoço: Sensação de dor que pode ser aguda, latejante ou em queimação.</p><p>- Rigidez: Dificuldade para mover o pescoço, especialmente após períodos de imobilidade.</p><p>- Cefaleia: Dor de cabeça que pode estar associada à tensão muscular no pescoço.</p><p>- Dor irradiada: A dor pode se espalhar para os ombros, braços e até para as mãos.</p><p>- Fraqueza muscular: Sensação de fraqueza nos músculos do pescoço e ombros.</p><p>- Formigamento ou dormência: Sensação de formigamento ou dormência nos braços e mãos.</p><p>GUSTAVO MENDES SARMENTO – 5º PERÍODO- 2024.2</p><p>Pá</p><p>gi</p><p>na</p><p>8</p><p>- Limitação da amplitude de movimento: Dificuldade em mover o pescoço em várias direções (para</p><p>cima, para baixo, para os lados).</p><p>- Espasmos musculares: Contrações musculares involuntárias e dolorosas no pescoço.</p><p>- Sensibilidade ao toque: A área pode estar sensível ao toque ou à pressão.</p><p>- Dor ao movimentar a cabeça: A dor pode piorar com movimentos específicos, como olhar para cima</p><p>ou para os lados.</p><p>- Em casos mais graves, especialmente se houver compressão nervosa ou problemas na coluna</p><p>cervical, podem ocorrer sintomas neurológicos como perda de coordenação, problemas de equilíbrio</p><p>ou até perda de controle da bexiga e intestinos.</p><p>- As condições de cervicalgia se desenvolvem de forma gradual ou tem aparecimento pós-traumático.</p><p>- Os episódios recorrentes são comuns.</p><p>- Comorbidades como ansiedade, depressão e lumbago podem indicar condições mais</p><p>preocupantes.</p><p>DIAGNÓSTICO</p><p>- É com base na história clínica do paciente e no exame físico. O médico perguntará ao paciente</p><p>sobre a localização da dor, a intensidade da dor, o início da dor, os fatores que pioram ou melhoram</p><p>a dor e outros sintomas que o paciente possa estar apresentando. O médico também fará um exame</p><p>físico do pescoço, incluindo a palpação dos músculos e articulações do pescoço, e os movimentos</p><p>do pescoço.</p><p>- Em alguns casos, pode solicitar exames de imagem, como raios-X, tomografia computadorizada ou</p><p>ressonância magnética, para descartar outras causas de dor no pescoço, como artrite, hérnia de</p><p>disco ou tumor.</p><p>- Se houver suspeita de uma causa específica de cervicalgia, ele pode solicitar exames adicionais,</p><p>como exames de sangue ou eletromiografia.</p><p>- Critérios diagnósticos:</p><p>• Não existem critérios de diagnóstico objetivos para a maioria das condições de dor cervical.</p><p>Assim sendo, os diagnósticos se baseiam nos sintomas.</p><p>• As imagens obtidas através de ressonância magnética são úteis nos transtornos específicos</p><p>como a mielopatia e em doentes intensamente comprometidos, no entanto, possuem valor limitado</p><p>para a maioria dos casos de cervicalgia.</p><p>• Manobras provocativas são úteis na determinação do envolvimento compressivo de raízes</p><p>nervosas.</p><p>• A força-tarefa de Quebec (“FTQ”) propôs um sistema para classificação da cervicalgia pós-</p><p>traumática associada ao mecanismo de chicote. O sistema estabelece cinco níveis que</p><p>correspondem à intensidade de comprometimento desta afecção.</p><p>• É importante verificar a história e antecedentes pessoais/familiares, exame clínico e exames</p><p>de imagem.</p><p>GUSTAVO MENDES SARMENTO – 5º PERÍODO- 2024.2</p><p>Pá</p><p>gi</p><p>na</p><p>9</p><p>• Testes clínicos:</p><p>1. Teste de Spurling: Feito com o paciente sentado. O examinador gira e inclina a cabeça do</p><p>paciente para o lado doloroso, enquanto aplica uma pressão para baixo durante 10 segundos. O</p><p>teste é positivo se houver reprodução da dor e parestesia característica.</p><p>2. Teste de Adson: O examinador palpa o pulso radial do paciente cm abdução, extensão e</p><p>rotação externa do braço. O paciente, então, inspira profundamente e prende a respiração enquanto</p><p>roda a cabeça na direção do lado testado. A diminuição na amplitude do pulso radial durante esta</p><p>manobra é indicativa de compressão de artéria subclávia.</p><p>• Exame neurológico minucioso</p><p>• Exames Complementares (se não houver melhora clínica após 1 mês de dor, devem ser</p><p>solicitados os exames complementares):</p><p>- Radiografia: simples de coluna em posição ereta e nas incidências anteroposterior,</p><p>perfil e oblíqua.</p><p>- Tomografia Computadorizada: avaliar desarranjos discais, alterações degenerativas</p><p>facetárias e intervertebrais, o canal medular, recessos laterais e forames intervertebrais.</p><p>- Ressonância Magnética: demonstrar afecção espinal oculta e avaliar elementos</p><p>neuronais e estruturas paravertebrais, incluindo as partes moles.</p><p>- Laboratoriais: Hemograma, Marcadores de inflamação, como VHS e PCR.</p><p>TRATAMENTO</p><p>- Depende da causa da dor. Em casos leves, o tratamento pode envolver repouso, gelo,</p><p>compressas quentes, analgésicos e fisioterapia. Em casos mais graves, pode ser necessário</p><p>cirurgia.</p><p>• Repouso: permitir que a região cervical se recupere, além de evitar atividades que possam</p><p>agravar a dor, como dirigir, usar o computador ou carregar objetos pesados.</p><p>• Gelo: reduzir a inflamação e a dor. O gelo deve ser aplicado na região cervical por 20</p><p>minutos a cada 2 ou 3 horas, durante os primeiros dias de dor.</p><p>• Compressas quentes: ajudar a relaxar os músculos e aliviar a dor.</p><p>• Analgésicos: ajudar a aliviar a dor. Os analgésicos mais comuns são o ibuprofeno (Advil,</p><p>Motrin IB) e o paracetamol (Tylenol).</p><p>• Tratamento Medicamentoso Inicial:</p><p>*Analgésicos não opioides: paracetamol (500 mg de 4 a 6 x/dia, máximo 4 g/dia),</p><p>dipirona (500 mg a 1 g ou 40 gotas até 4 x/dia), clonixinato de lisina (125 mg, 3 a 4 x/dia), ácido</p><p>acetilsalicílico (500 mg a 1 g 4 a 6 x/dia, máximo de 4 g/dia) e flupirtina (100 mg 3 a 4 x/dia).</p><p>* Analgésicos opioides: fosfato de codeína (30 a 60 mg 4 a 6 x/dia), cloridrato de</p><p>tramadol (50 a 100 mg/dose, 4 a 6 x/dia, máximo de 400 mg), oxicodona (10 a 40 mg/dose 2 x/dia),</p><p>morfina (10 a 30 mg/dose, até 6 x/dia).</p><p>* Anti-inflamatórios não hormonais (AINH): não foram encontradas diferenças entre as</p><p>classes dos AINH, podendo-se assim usar inibidores seletivos da Cox-2 ou não. Embora sejam</p><p>associados a menos sintomas digestivos, costumam se associar à maior risco cardiovascular.</p><p>GUSTAVO MENDES SARMENTO – 5º PERÍODO- 2024.2</p><p>Pá</p><p>gi</p><p>na</p><p>10</p><p>* Relaxantes musculares: carisoprodol (150 mg 3 a 4 x/dia) e ciclobenzaprina (5 mg 3</p><p>a 4 x/dia, máximo de 40 mg/dia), baclofeno (5 mg 3 x/dia, máximo de 80 mg/dia), tizanidina ( 2 a 4</p><p>mg/dose 3 x/dia, máximo de 36 mg/dia).</p><p>• Fisioterapia: fortalecer os músculos do pescoço e melhorar a postura e ensina o paciente</p><p>exercícios e alongamentos que podem ser feitos em casa.</p><p>• Cirurgia: é rara, mas pode ser necessária em casos de cervicalgia grave, como hérnia de</p><p>disco ou tumor.</p><p>- Prevenção:</p><p>• Mantenha uma boa postura ao sentar, ficar em pé e dormir.</p><p>• Faça exercícios regularmente para fortalecer os músculos do pescoço.</p><p>• Evite carregar pesos pesados.</p><p>• Faça pausas frequentes ao longo do dia para alongar o pescoço.</p><p>• Se você estiver sentindo dor no pescoço, procure atendimento médico o mais rápido</p><p>possível.</p><p>-ANALISAR A INFLUÊNCIA DA TECNOLOGIA NA POSTURA E NOS HÁBITOS DE VIDA.</p><p>- É importante lembrar de aspectos que podem favorecer com que a influência na tecnologia possa</p><p>desenvolver problemas como a cervicalgia. Vamos a alguns pontos:</p><p>• Postura ao usar dispositivos tecnológicos com a cabeça inclinada para frente, aumenta a</p><p>carga sobre a coluna cervical, podendo causar dor e rigidez, com a cabeça projetada para frente e</p><p>ombros curvados, aumentando a tensão no pescoço e na parte superior das costas.</p><p>• Sedentarismo por uso excessivo de tecnologia resultando em fraqueza muscular e</p><p>diminuição da flexibilidade, aumentando o risco de problemas posturais e dores cervicais.</p><p>• Tempo de tela o tempo prolongado em frente a telas pode resultar em fadiga ocular, levando</p><p>as pessoas a projetar a cabeça para frente na tentativa de ver melhor, agravando problemas</p><p>posturais e contribuindo para a cervicalgia.</p><p>• Pausas insuficientes a tendência de trabalhar por longos períodos sem pausas adequadas</p><p>pode resultar em tensão acumulada nos músculos do pescoço e ombros.</p><p>• Sono com o uso de dispositivos antes de dormir pode afetar a qualidade do sono, o que</p><p>pode piorar a percepção da dor e contribuir para a tensão muscular.</p><p>REFERÊNCIAS:</p><p>• K. L. Moore, A. D. Dalley II, A. M. R. Agur: Clinically Oriented ANATOMY, 7th edition,</p><p>Lippincott Williams & Wilkins (2014), p. 440-447, 456-507, 721-731, 982-996.</p><p>• R. S. Snell: Clinical Anatomy by Regions, 9th edition, Lippincott Williams & Wilkins (2012), p.</p><p>351-357, 686-690.</p><p>• HOCHBERG, Marc C. Reumatologia . Rio de Janeiro: Grupo GEN, 2016.</p><p>• MARTINS, Mílton de A.; CARRILHO, Flair J.; ALVES, Venâncio Avancini F.; CASTILHO,</p><p>Euclid. Clínica Médica, Volume 5: Doenças Endócrinas e Metabólicas, Doenças</p><p>Osteometabólicas; Doenças Reumatológicas. Barueri: Editora Manole, 2016.</p><p>• Teixeira, J.M., Barros Filho, T., Lin, T.Y., Hamani, C., Teixeira, W.G.J. Cervicalgias. Rev. Med.</p><p>(São Paulo), 80(ed. esp. pt.2):307-16, 2001.</p>