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<p>O imperialismo e seu discurso</p><p>civilizatório</p><p>História</p><p>1o bimestre – Aula 06</p><p>Ensino Médio</p><p>● A construção do discurso</p><p>civilizatório em diferentes</p><p>contextos e seus</p><p>desdobramentos para o</p><p>imperialismo.</p><p>● Identificar e analisar as</p><p>matrizes conceituais de</p><p>forma a desconstruir as</p><p>narrativas produzidas por</p><p>ideais de modernidade e de</p><p>civilização (imperialismo).</p><p>Editora UNESP. Imagem. Kant</p><p>Todos falam</p><p>Para você, o que significa um discurso</p><p>civilizador?</p><p>Quais são as intenções desse tipo de</p><p>narrativa?</p><p>Tente relacionar a ideia de discurso</p><p>civilizador às ideias de “controle e</p><p>exploração”, “manutenção da ordem</p><p>social e impactos nas culturas locais”.</p><p>Tente responder essas e outras</p><p>questões, além de interpretar a imagem</p><p>ao lado. Não se esqueça de registrar</p><p>suas observações.</p><p>“Crianças, amai a França, vossa nova pátria”,</p><p>escrito em francês em uma escola pública na</p><p>Argélia, onde o árabe era a língua da</p><p>população. Fotografia de 1858.</p><p>Ref. Ensinar História – Joelza Ester Domingues.</p><p>O período que compreende o final do século XIX e o início do século XX é</p><p>conhecido como a Era do Imperialismo, durante a qual as potências</p><p>europeias, e também os Estados Unidos e o Japão, buscaram expandir seus</p><p>impérios coloniais em várias partes do mundo. O imperialismo desse</p><p>período foi frequentemente acompanhado por um discurso civilizatório</p><p>que justificava o domínio das nações europeias sobre outras regiões.</p><p>Essa narrativa procurava obscurecer a realidade, apresentando-se como</p><p>uma missão civilizadora. No entanto, por trás desse véu de nobreza, havia</p><p>um discurso que propagava a ideia de inferioridade dos povos colonizados,</p><p>permeando todo o curso das explorações europeias ao redor do mundo.</p><p>Essa estratégia retórica não apenas buscou uma justificativa para o</p><p>domínio, como também criou uma narrativa que perpetuava a visão de que</p><p>os povos colonizados eram naturalmente inferiores, o que moldou as</p><p>relações de poder e as dinâmicas sociais durante o período colonial.</p><p>Desconstruir essas narrativas é fundamental para compreender o impacto</p><p>da colonização e promover uma abordagem mais crítica e inclusiva ao</p><p>examinar o legado desse capítulo da História mundial.</p><p>Nas últimas décadas do século XIX, vários países haviam se industrializado.</p><p>Foi nesse período que se tornou conhecido o termo imperialismo, que passou</p><p>a designar a nova divisão do mundo pelas potências capitalistas.</p><p>Enquanto alguns acusavam as grandes potências de explorar</p><p>economicamente a parte não industrializada do planeta, os defensores do</p><p>imperialismo discursavam em favor da expansão de seu modelo de</p><p>civilização por todo o globo terrestre.</p><p>Em 1914, às vésperas da Primeira Guerra Mundial, tanto a Ásia como a</p><p>África já haviam sido repartidas entre os países industrializados. Assim, a</p><p>disputa imperialista foi uma das causas da Primeira Guerra Mundial, como</p><p>podemos observar no mapa.</p><p>O domínio colonial na África e na Ásia (1815-1914)</p><p>Devemos destacar também a presença britânica na Índia e na China. A</p><p>Índia estava sob domínio inglês desde o século XVIII. Os ingleses</p><p>exploravam o comércio de ópio e chá, além de alimentar sua indústria</p><p>têxtil com o algodão produzido nesses países. Durante o século XIX, os</p><p>britânicos criaram planos de modernização da região conforme seus</p><p>parâmetros. Construíram rodovias e ferrovias, promoveram projetos de</p><p>irrigação e procuraram criar novos hábitos culturais e de consumo.</p><p>No entanto, muitos tributos eram cobrados da população local que, em sua</p><p>maior parte, vivia em condições miseráveis. Ainda no século XIX, na Índia,</p><p>começou a se organizar um movimento de resistência à dominação</p><p>britânica. Estudantes hindus ricos que iam frequentar universidade na</p><p>Inglaterra traziam na bagagem de volta a defesa da igualdade de direitos</p><p>entre hindus e britânicos e o princípio de autonomia em relação ao governo</p><p>inglês. Um dos defensores da emancipação da Índia foi Mohandas</p><p>Karamchand Gandhi, conhecido como Mahatma Gandhi (em sânscrito,</p><p>"grande alma"). Tornou-se um importante líder na luta pela independência</p><p>de seu país, utilizando como estratégia de ação a desobediência civil e</p><p>formas pacíficas de resistência para chegar à libertação.</p><p>Os ingleses procuraram estabelecer relações comerciais com a China desde</p><p>o século XVIII. Mas, apenas no século seguinte começaram a vender o ópio</p><p>produzido na Índia para os chineses. Com a difusão dessa droga, a saúde de</p><p>parte da população chinesa foi afetada e, por isso, o comércio do ópio foi</p><p>proibido. Atingidos os interesses econômicos ingleses, ocorreu a chamada</p><p>Guerra do Ópio (1839-1842), da qual os britânicos saíram vitoriosos e</p><p>abriram caminho para a dominação da região. Os chineses tiveram que</p><p>assinar o Tratado de Nanquim em 1842, por meio do qual cinco portos</p><p>chineses foram liberados para o comércio inglês sem restrições.</p><p>Hong Kong passou a ser administrada diretamente pelos britânicos.</p><p>Também foi definido que os ingleses não estariam submetidos às leis</p><p>chinesas, mas sim a tribunais especiais ingleses. Uma nova Guerra do</p><p>Ópio ocorreu em 1857, e outra em 1860, quando a China foi obrigada a</p><p>abrir 11 portos ao comércio europeu. A presença inglesa na China não se</p><p>limitou à interferência econômica, pois os britânicos também procuraram</p><p>transformar os hábitos culturais dos orientais.</p><p>A – Como o discurso civilizatório foi utilizado para justificar a colonização?</p><p>I. Para promover a igualdade entre os povos colonizados e os</p><p>colonizadores.</p><p>II. Para criar uma narrativa nobre sobre uma missão civilizadora.</p><p>III. Para demonstrar a superioridade cultural dos povos colonizados.</p><p>IV. Para questionar a legitimidade da colonização.</p><p>V. Para promover a independência dos países colonizados.</p><p>Todos falam</p><p>B – Qual foi a causa da disputa imperialista entre as nações europeias</p><p>às vésperas da Primeira Guerra Mundial?</p><p>I. A disputa por recursos naturais nos países não industrializados.</p><p>II. A disputa por territórios colonizados.</p><p>III. A disputa por influência política em países não industrializados.</p><p>IV. A disputa pela hegemonia cultural sobre os povos colonizados.</p><p>V. A disputa pela independência dos países colonizados.</p><p>Todos falam</p><p>A - Se você respondeu Alternativa II (Para criar uma narrativa nobre</p><p>sobre uma missão civilizadora), parabéns!</p><p>Justificativa: o discurso civilizatório foi utilizado para criar uma narrativa</p><p>de nobreza sobre uma missão civilizadora, que buscava obscurecer a</p><p>realidade da colonização. Essa narrativa foi usada para justificar a</p><p>superioridade dos colonizadores sobre os povos colonizados e perpetuar</p><p>a visão de que os povos colonizados eram naturalmente inferiores.</p><p>Correção</p><p>B – Se você respondeu Alternativa II (A disputa por territórios</p><p>colonizados), parabéns!</p><p>Justificativa: o impasse imperialista entre as nações europeias, às vésperas</p><p>da Primeira Guerra Mundial, foi causado pela disputa por territórios</p><p>colonizados que haviam sido repartidos entre as potências capitalistas.</p><p>Correção</p><p>O que caracteriza particularmente o capitalismo atual é o domínio dos</p><p>grupos monopolistas constituídos por grandes empresários. Esses</p><p>monopólios tornam-se sólidos, sobretudo quando reúnem apenas em suas</p><p>mãos todas as fontes de matéria-prima. [...] Os grupos monopolistas</p><p>internacionais dirigem seus esforços no sentido de arrancarem do</p><p>adversário toda a possibilidade de concorrência, de se apoderarem, por</p><p>exemplo, das jazidas de ferro ou de petróleo etc. Somente a posse de</p><p>colônias dá ao monopólio completas garantias de sucesso face a todas as</p><p>eventualidades da luta contra os seus rivais,</p><p>O imperialismo na visão de Lênin</p><p>Continua...</p><p>Todos falam</p><p>mesmo na hipótese destes últimos ousarem defender-se com uma lei que</p><p>estabeleça o monopólio de Estado. [...]. A exportação de capitais também</p><p>tem interesse na conquista de colônias, pois no mercado colonial [...] é</p><p>mais fácil eliminar um concorrente pelos processos monopolísticos,</p><p>garantir uma encomenda, consolidar</p><p>as necessárias "relações" etc.</p><p>Continua...</p><p>Todos falam</p><p>A partir do fragmento textual, responda ao que se pede:</p><p>I. Como as colônias são vistas por Lênin no contexto do imperialismo?</p><p>II. De que maneira a exportação de capitais está relacionada à</p><p>conquista de colônias, de acordo com o autor?</p><p>Todos falam</p><p>I. Lênin vê as colônias no contexto do imperialismo como</p><p>estrategicamente essenciais para os grupos monopolistas. Ele</p><p>argumenta que apenas a posse de colônias pode garantir o</p><p>monopólio completo, com segurança e sucesso diante das diversas</p><p>eventualidades da competição contra os rivais. As colônias</p><p>prometem uma vantagem ao monopólio, permitindo-lhes controlar</p><p>fontes cruciais de matéria-prima, como jazidas de ferro ou petróleo.</p><p>Correção</p><p>Continua...</p><p>II. A exportação de capitais, de acordo com Lênin, está</p><p>intrinsecamente ligada à conquista de colônias. Ele sugere que a</p><p>exportação de capitais para mercados coloniais facilita a eliminação</p><p>de concorrentes pelos processos monopolísticos. Além disso, ao</p><p>investir em colônias, os monopólios podem garantir encomendas,</p><p>consolidar relações de decisão e, assim, fortalecer sua posição no</p><p>mercado global. Portanto, a conquista de colônias é vista como uma</p><p>estratégia crucial para os grupos monopolistas garantirem seu</p><p>domínio econômico e competitivo.</p><p>Correção</p><p>● Identificamos e analisamos as matrizes</p><p>conceituais de forma a desconstruir as</p><p>narrativas produzidas por ideais de</p><p>modernidade e de civilização a partir do</p><p>imperialismo, além da expansão do</p><p>capitalismo e seus impactos durante os</p><p>séculos XIX e XX.</p><p>CATELLI JR., Roberto. História em rede. Conhecimentos do Brasil e do mundo. São Paulo. Editora</p><p>Scipione, 2011.</p><p>LEMOV, Doug. Aula nota 10 3.0: 63 técnicas para melhorar a gestão da sala de aula. Porto Alegre: Penso,</p><p>2023.</p><p>LÊNIN, Vladimir Ilitch Ulianov. Imperialismo, fase superior do capitalismo. 4. ed. São Paulo: Global, 1987.</p><p>p. 81-3.</p><p>WEINMAN; Carlos. O conceito de iluminismo em Kant e sua implicação com a moralidade e a política.</p><p>Disponível em: https://periodicos.unoesc.edu.br/achs/article/view/7639/5160. Acesso em: 09 nov. 2023.</p><p>Lista de imagens e vídeos</p><p>Slide 3. Imagem. Domingues, Joelza Ester. Ensinar História. Disponível em:</p><p>https://ensinarhistoria.com.br/africa-uma-babel-que-desafia-os-especialistas/. Acesso em: ?</p><p>https://ensinarhistoria.com.br/africa-uma-babel-que-desafia-os-especialistas/</p><p>Número do slide 1</p><p>Número do slide 2</p><p>Número do slide 3</p><p>Número do slide 4</p><p>Número do slide 5</p><p>Número do slide 6</p><p>Número do slide 7</p><p>Número do slide 8</p><p>Número do slide 9</p><p>Número do slide 10</p><p>Número do slide 11</p><p>Número do slide 12</p><p>Número do slide 13</p><p>Correção</p><p>Correção</p><p>O imperialismo na visão de Lênin</p><p>Número do slide 17</p><p>Número do slide 18</p><p>Correção</p><p>Correção</p><p>Número do slide 21</p><p>Número do slide 22</p><p>Número do slide 23</p><p>Número do slide 24</p>

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