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<p>-Diferenciar os tipos de laser terapêutico de alta e baixa intensidade.</p><p>Os aparelhos de laser usados na reabilitação geram luzes dentro do espectro visível e</p><p>infravermelho.</p><p>Os lasers na banda infravermelha produzem feixes de luz que são invisíveis aos olhos humanos;</p><p>aqueles com potências de saída abaixo de 500 mW são denominados lasers de baixa intensidade</p><p>(LBI) e são usados para terapia;</p><p>Já os que têm potências de saída acima de 500 mW, por outro lado, são denominados lasers de</p><p>alta intensidade (LAI) e são usados para cirurgia.</p><p>Existem dois tipos de laser de baixa potência: o vermelho e infravermelho.</p><p>O laser vermelho de comprimento de onda 660 Nanômetros (±10nM) é indicado para regular a</p><p>cicatrização e a drenagem linfática local.</p><p>O laser infravermelho com comprimento entre 808 nM (±10nM) alcança maiores profundidades,</p><p>sendo então melhor aplicado para feito analgésico, processo inflamatório, reparação tecidual e</p><p>disfunções neuromusculares.</p><p>O laser é uma luz amplificada produzida por radiação eletromagnética que se manifesta como luz</p><p>monocromática. Originou-se da abreviação de Light Amplification by Stimulated Emission of</p><p>Radiation, cuja teoria é creditada ao físico Albert Einstein. O laser terapêutico ou terapia por laser</p><p>de baixa potência é uma forma de fototerapia que envolve a aplicação de luz monocromática e</p><p>coerente de baixa energia em vários tipos de lesões, com grande índice de sucesso quando usada</p><p>para induzir a cicatrização de feridas difíceis.</p><p>O tipo de laser é definido pelo comprimento de onda utilizado e pelo meio usado para produzi-lo. O</p><p>comprimento de onda da radiação laser pode variar de 632,8 nm, faixa de luz vermelha do espectro</p><p>de radiação a 10.000 nm, faixa de luz infravermelha do espectro. Eles se dividem em alta</p><p>intensidade e baixa intensidade.</p><p>Laserterapia de alta potência</p><p>Os lasers de alta densidade, que também são chamados de cirúrgicos, diferem entre si conforme</p><p>o coeficiente de absorção no tecido corpóreo, da potência dos seus feixes e do modo de ação no</p><p>alvo fisiológico. Nesse tipo de laser, é comum o aumento da temperatura, ao contrário do de baixa</p><p>~</p><p>/Rubi</p><p>,</p><p>202</p><p>, No-Yag</p><p>, Argônio</p><p>frequência, que é atérmico. As energias térmicas variam de 40º a 100° C, e os profissionais definirão</p><p>a temperatura ideal conforme a indicação clínica.</p><p>Os tipos de lasers de baixa potência mais utilizados na fisioterapia são o Arseneto de Gálio (AsGa)</p><p>e o Hélio Neônio (HeNe), sendo que o laser de HeNe possui rápida absorção, e sua penetração é</p><p>mais superficial. O laser AsGa possui penetração mais profunda, sendo indicado para tratamento</p><p>de tendões, músculos e ossos. Os lasers HeNe e ALGaInP são visíveis a olho nu, enquanto os</p><p>AsGa e AsGaAL não operam na luz visível. Além disso, somente o AsGa opera na forma pulsada,</p><p>devido às características inerentes ao seu feixe.</p><p>Tipos de laser</p><p>Arseneto de Gálio (AsGa) - opera na região do infravermelho e são opções terapêuticas para</p><p>tratamento de lesões profundas. Pode ser aplicado em regiões específicas ou por método de</p><p>varredura. Para a administração pontual, é fundamental demarcar a região, definindo o diâmetro</p><p>do ponto e a zona que será atingida.</p><p>No método de varredura manual, os especialistas precisam demarcar o diâmetro do ponto e o</p><p>complemento da área que também receberá o laser, que será em qualquer direção, desde que seja</p><p>numa zona de segurança e seja de fácil aplicação no espaço afetado.</p><p>Hélio Neônio (HeNe) - tem a cor vermelha e consegue penetrar de 10 a 15 mm na pele. Pela pouca</p><p>penetração, é empregado para o tratamento de lesões superficiais, cicatrizes menos</p><p>complexas, manchas na pele etc. Os lasers de HeNe consistem em um tubo longo que contém</p><p>esses gases naturais à baixa pressão, cercados por um disparador de flash.</p><p>A excitação desses átomos leva os diferentes níveis de energia entre eles e causa transferência de</p><p>energia, liberando um fóton. Os fótons são refletidos de um lado para outro ao longo do tubo dando</p><p>origem a mais emissão de fótons que emergem como um feixe estreito através da extremidade</p><p>transparente. O laser HeNe estimula a síntese de proteínas e níveis de mRNA de interleucinas (IL)</p><p>1 e 8 de queratinócitos. Tais substâncias são responsáveis pela fase inflamatória inicial do processo</p><p>de reparo tecidual. Além dessas substâncias, o laser de baixa potência também regula citocinas</p><p>responsáveis por estimular a proliferação e migração de fibroblastos, como, também, promove</p><p>aumento de fatores de crescimento como VEGF, responsável pela neovascularização. Outro fator</p><p>de crescimento, o TGF-β, responsável por induzir os fibroblastos a produzirem colágeno, é regulado</p><p>pela laserterapia de baixa intensidade.</p><p>Alumínio-Gálio-Indio-Fósforo (AlGaInP) - sua potência de 30mW permite utilizar densidades de</p><p>energia menores e também um menor tempo de exposição do tecido, consequentemente um menor</p><p>tempo de terapia. Porém os mecanismos com que se obtêm efeitos terapêuticos obtidos quando</p><p>esse comprimento de onda de 660nm enquadra na faixa terapêutica e penetra o tecido, bem como</p><p>a melhor densidade de energia e a fase de melhor atuação desse tipo de laser no processo de</p><p>cicatrização precisão de melhor entendimento.</p><p>Arseneto-Gálio-Alumínio (AsGaAl) - Diodo: Os lasers de diodo são emissores de luz</p><p>especializadas, baseados em junções positivo-negativas de semicondutores. Existem vários tipos,</p><p>como o AsGaAl, Os lasers AsGaAl (Arseneto de Gálio e Alumínio) são os mais empregados na</p><p>terapia com laser de baixa intensidade. No tratamento da pericoronarite, a laserterapia tem ação</p><p>analgésica e de controle do edema.</p><p>LLLT - A terapia conhecida como “Low-level laser (light) therapy” (LLLT), fototerapia ou</p><p>fotobiomodulação utiliza fótons produzidos por uma fonte de luz (principalmente por LEDs, isto é,</p><p>“diodos emissores de luz”) em diferentes comprimentos de onda para influenciar a atividade</p><p>biológica, em uma irradiação não-térmica (Godine, 2013). Portanto, essa técnica emprega um laser</p><p>de baixa potência ou um diodo emissor de luz (LED) e, diferentemente de outros tratamentos</p><p>médicos a laser, não consiste em uma técnica de corte ou aquecimento</p><p>-Explicar os efeitos fisiológicos do laser terapêutico.</p><p>A energia laser pode estimular tecidos a profundidades de até́ 2 cm abaixo da superfície da pele.</p><p>Evidências recentes sugerem que os benefícios biofísicos estejam mais relacionados ao efeito</p><p>fotomecânico ou fotoquímico do que ao efeito fototérmico.</p><p>Nos tecidos humanos, os fotorreceptores primários (cromóforos) incluem hemoglobina, COX,</p><p>mioglobina e flavoproteínas. A energia dos fótons absorvidos afeta a mitocôndria, o que estimula a</p><p>produção de trifosfato de adenosina (ATP). A energia produzida pelo ATP altera a atividade em nível</p><p>molecular, incluindo a estimulação de curto prazo da cadeia de transporte de elétrons, a</p><p>estimulação da cadeia respiratória mitocondrial, o aumento da síntese de ATP e uma redução no</p><p>pH intracelular e na produção de COX.</p><p>Acredita-se que essas ações afetem o tecido gerador da dor, como áreas de espasmo muscular,</p><p>ao restaurar as propriedades normais do tecido muscular por meio do aumento da formação de</p><p>ATP e de um aumento na atividade enzimática.</p><p>A laserterapia pode produzir respostas anti-inflamatórias ou pró-inflamatórias que afetam a cura.</p><p>No intervalo de aproximadamente 2,5 a 5 J, ocorre um efeito anti-inflamatório e uma estimulação</p><p>de fibroblastos.</p><p>Na faixa de cerca de 7 até 14 J, os efeitos anti-inflamatórios continuam, porém, produção de</p><p>fibroblastos é inibida.</p><p>Os efeitos anti-inflamatórios parecem ser mais pronunciados com lasers nas faixas vermelha alta</p><p>ou infravermelha.</p><p>Lasers AsGa promovem a cicatrização muscular na fase inflamatória ativa.</p><p>O laser de HeNe aplicado dois dias após a lesão em intervalos de 48 horas é mais eficaz na</p><p>promoção da cicatrização do que placebo, nos primeiros 21 dias.</p><p>Os lasers são utilizados para auxiliar na cicatrização de feridas superficiais,</p><p>incluindo ulcerações</p><p>da pele, incisões cirúrgicas e queimaduras.</p><p>O processo de cicatrização é reforçado pela atividade fagocítica acelerada e pela destruição</p><p>seletiva de bactérias.</p><p>A absorção de fótons causa um aumento da síntese de ATP, o que acelera o metabolismo celular e</p><p>estimula a liberação de radicais livres.</p><p>A permeabilidade da membrana celular é alterada e há́ um aumento na atividade de fibroblastos,</p><p>linfócitos e macrófagos. As circulações sanguínea e linfática são melhoradas na área circundante</p><p>de tratamento, promovendo o crescimento de tecido de granulação e o crescimento de novos</p><p>capilares.</p><p>A laserterapia aumenta o conteúdo de colágeno e aumenta a resistência à tração de feridas em</p><p>processo de cicatrização.</p><p>A LBI tem sido usada para diminuir as dores aguda e crônica.</p><p>Os mecanismos propostos de redução da dor incluem a alteração da velocidade de condução</p><p>nervosa ou a diminuição do espasmo muscular.</p><p>O laser de baixa intensidade pode reduzir a taxa e a velocidade dos impulsos nervosos sensoriais</p><p>e assim contribuir para a diminuição da dor.</p><p>Outra possível explicação para a redução da dor após o tratamento a laser é a liberação de</p><p>opiáceos endógenos.</p><p>Efeitos relacionados a reparação tecidual: aumento do tecido de granulação, neoformação de vasos</p><p>sanguíneos e regeneração de linfáticos, aumento do colágeno após irradiação das ligações</p><p>cruzadas do colágeno e da tensão ruptura, aceleração do processo de cicatrização e incremento</p><p>da atividade fagocitária dos linfócitos e macrófagos e ainda proliferação dos fibroblastos e aumento</p><p>da produção de colágeno.</p><p>Noções básicas de como o laser é formado:</p><p>A geração do laser consiste inicialmente no conhecimento das três partes do átomo: prótons,</p><p>nêutrons e elétrons, sendo que esse último carrega uma carga negativa, enquanto os demais têm</p><p>carga positiva.</p><p>Quando um fóton colide com um elétron, ocorre uma mudança interna no átomo, que ficará em</p><p>estado excitado e, quando exposto a uma câmara, dará início a uma estimulação de emissões,</p><p>gerando a luz laser. O sistema atômico é composto por um núcleo, positivamente carregado, e</p><p>orbitado por elétrons, negativamente carregados. Esses elétrons circulam ao redor do núcleo do</p><p>átomo por níveis de energia, chamados de órbitas estacionárias.</p><p>Os elétrons em estados de energia mais elevados, podem retornar a um estado de energia mais</p><p>baixo. Quando ocorre isso, é liberado um fóton. Esses fótons liberados são absorvidos pelos</p><p>tecidos, em específico a melanina e hemoglobina, que são cromóforos, e gera o aquecimento local</p><p>conforme a intensidade.</p><p>A absorção de energia ocorre quando a estrutura atômica reage com um fóton, são as partículas</p><p>que compõem a luz e podem ser definidos como pequenos “pacotes” que transportam a energia</p><p>contida nas radiações eletromagnéticas, passando para um estado energizado. A excitação pode</p><p>se dar por choque entre os átomos ou até por ondas eletromagnéticas.</p><p>A efetividade do laser se deve em grande parte à sua diferença da luz ordinária em características</p><p>como a monocromáticidade, coerência e colimação. A monocromaticidade indica que a radiação é</p><p>constituída por fótons com um único comprimento de onda e, portanto uma só cor, esta</p><p>característica determina quais biomoléculas absorverão a radiação incidente. A colimação significa</p><p>que os raios são todos paralelos, o que mantém a potência agrupada numa área pequena e</p><p>percorre grandes distâncias. As depressões e picos das ondas de luz emitidas combinam-se</p><p>perfeitamente no tempo e no espaço, isto determina a coerência do laser.</p><p>EFEITOS FISIOLÓGICOS</p><p>Os efeitos do laser podem ser divididos em térmicos e não térmicos. Os lasers de alta intensidade</p><p>ou cirúrgicos apresentam a propriedade de corte, vaporização e hemostasia dos tecidos sendo,</p><p>portanto, os que apresentam efeitos térmicos. Os lasers de baixa intensidade, cuja terapia não se</p><p>baseia em desprendimento de calor, apresentam a energia dos fótons transformada em efeitos</p><p>fotoquímicos e fotobiológicos nas células e nos tecidos</p><p>Enquanto nos lasers de alta potência os efeitos são fototérmicos; em lasers de baixa intensidade</p><p>ocorre a conversão fotoquímica da energia absorvida por fotorreceptores específicos.</p><p>Quando a luz do Laser atinge o tecido biológico, é possível observar a presença de algumas</p><p>propriedades ópticas:</p><p>Transmissão: É a parte da luz que é transmitida por meio do tecido sem atenuação de sua</p><p>irradiação.</p><p>Espelhamento: Consiste na difusão da luz nos tecidos adjacentes.</p><p>Absorção: É a propriedade que define a absorção da luz pelas moléculas que possuem afinidade</p><p>com determinado comprimento de onda.</p><p>Reflexão: É a perda de parte da luz para fora do tecido, devido à reflexão do tecido biológico.</p><p>A luz é absorvida pelos cromóforos, eles são células ou moléculas que possuem afinidade com um</p><p>determinado comprimento de onda. Por exemplo, a absorção da água predomina para</p><p>comprimentos de onda superiores a 1.000nm. Já a absorção da hemoglobina predomina para o</p><p>comprimento de onda de 578 nm aproximadamente.</p><p>Na célula, a absorção ocorre na mitocôndria, graças ao citocromo e oxidase que absorvem os</p><p>fótons. Com o maior nível energético disponível há um incremento na síntese de ATP, que resulta</p><p>no aumento do metabolismo celular. Desta forma, possibilita uma melhor resposta celular.</p><p>Os cromóforos cutâneos são:</p><p>Água;</p><p>Hemoglobina;</p><p>Melanina;</p><p>Oxihemoglobina.</p><p>Os cromóforos ou fotorreceptores são quaisquer tipos de moléculas (enzimas, membranas,</p><p>substâncias) que apresentam uma configuração atômica capaz de ser excitada pela incidência de</p><p>fótons específicos. A melanina, porfirina, hemoglobina e citocromo c oxidase são exemplos de</p><p>fotorreceptores.</p><p>As respostas das células à radiação visível e infravermelha próxima ocorrem devido às mudanças</p><p>físicas e químicas destes fotorreceptores que, ao absorverem a luz, assumem estado eletrônico</p><p>excitado que desengatilha quatro ações primárias:</p><p>• mudanças do estado redox e aceleração da transferência de elétrons;</p><p>• alterações estruturais e da atividade bioquímica pelo aquecimento transitório dos cromóforos;</p><p>• aumento da produção de superóxido;</p><p>• geração de oxigênio molecular.</p><p>Efeitos primários</p><p>Bioquímico:</p><p>– Modificação nas reações enzimáticas. Estimula a produção de ATP e interfere na produção das</p><p>prostaglandinas (inibindo), tendo assim um efeito similar a muitos anti-inflamatórios que inibem a</p><p>formação e liberação dessas substâncias.</p><p>– Ação fibrinolítica - Promover a análise da fibrina e a consequente dissolução do trombo. Esse</p><p>efeito baseia-se na transformação do plasminogênio em plasmina, potente enzima proteolítica.</p><p>Efeitos indiretos</p><p>- Estimula a microcirculação (apesar de ocorrer uma ligeira hiperemia local, não é considerado uma</p><p>terapia que provoca uma vasodilatação propriamente dita). O fato de não provocar um grande</p><p>incremento na circulação micro arterial e nem um aumento da permeabilidade das vênulas, o laser</p><p>pode ser indicado em uma fase subaguda</p><p>– Estimula o trofismo celular (Aumenta a velocidade da mitose das células locais, causando</p><p>aumento da velocidade de cicatrização e melhor trofismo dos tecidos.</p><p>Efeitos terapêuticos</p><p>– Analgesia: Efeito muito discutido dentro da laserterapia, teorias postulam uma estimulação que</p><p>liberaria beta- endorfina</p><p>– Anti-inflamatório: Inibe a síntese das prostaglandinas</p><p>– Ação fibrinolítica</p><p>– Estimulação da cicatrização (devido principalmente ao estímulo para a divisão celular)</p><p>Efeitos da bioestimulação</p><p>Aumento de 22% na produção de ATP;</p><p>Aumento de fibras colágenas;</p><p>Regeneração de vasos sanguíneos;</p><p>Aumento na velocidade de crescimento de nervos;</p><p>Aumento da reepitelização;</p><p>Estimulação da regeneração em vários tipos de ferida;</p><p>Tratamento de condições artríticas;</p><p>Tratamento de lesões de tecidos moles;</p><p>Alívio da dor</p><p>Efeitos do laser terapêutico no processo de cicatrização das queimaduras: uma revisão</p><p>bibliográfica</p><p>A fase de remodelação da cicatriz</p><p>e os efeitos da aplicação do laser terapêutico</p><p>Segundo alguns experimentos analisados, a aplicação precoce do laser terapêutico sobre as</p><p>feridas mostrou-se capaz não só de acelerar o fechamento das mesmas, provocando efeitos na</p><p>fase inflamatória e proliferativa, mas de estimular um processo cicatricial mais harmônico e</p><p>organizado, produzindo efeitos posteriores sobre o aspecto estético da cicatriz</p><p>A partir dos achados descritos, observa-se que o laser terapêutico é capaz de promover um</p><p>processo cicatricial mais rápido e de melhor qualidade. A maioria dos estudos revela que a</p><p>laserterapia acelerou a proliferação de células, aumentou a vascularização e melhorou a</p><p>organização do colágeno.</p><p>Tatarunas comparou as alterações histológicas em lesões cutâneas cirúrgicas em dois grupos de</p><p>gatas após tratamento com laser AsGa a 2 e 4 j/cm2 e em um grupo controle. As fibras colágenas</p><p>mostravam maior tendência à organização, orientadas paralelamente à epiderme em comparação</p><p>ao controle. As cicatrizes das gatas irradiadas apresentaram maior resistência tênsil. É aceito que</p><p>a maior organização das fibras de colágeno aumenta a força tênsil da cicatriz.</p><p>Arruda, utilizando laser AlGaInP no tratamento de lesões tendíneas de ratas, relatam a eficácia do</p><p>laser em promover melhor grau de organização das fibras colágenas ao longo do eixo longitudinal.</p><p>Elwakil analisou histologicamente e biomecanicamente tendões de Aquiles seccionados e, em</p><p>seguida, suturados, submetidos a fotobiomodulação por laser HeNe. Os tendões fotoestimulados</p><p>mostraram alterações fibroproliferativas bem organizadas, com faixas de colágeno adequadamente</p><p>alinhadas e melhores resultados biomecânicos quanto a força, deformação a carga e alongamento,</p><p>enquanto nos tendões controle as bandas de colágeno mostravam-se mal alinhadas e em formas</p><p>bizarras.</p><p>-Discutir indicações e contraindicações do laser terapêutico.</p><p>Aplicação pontual: Deposição de energia em vários pontos com distância de 1cm entre os pontos.</p><p>Essa deve ser executada sempre que puder exercendo uma pressão firme na área, uma vez que</p><p>é mais seguro, reduzindo a visualização acidental.</p><p>Em especial, o princípio desse tipo de aplicação é maximizar a irradiância no tecido, assim como o</p><p>fluxo de luz. Além disso, tal aplicação possibilita a pressão da caneta na superfície com a finalidade</p><p>de tratar tecidos mais profundos. O modo de aplicação Crystal Point, mais conhecido como</p><p>pontual, consiste na aplicação estática de pequenas rajadas de pulso com tempos de descanso.</p><p>Isso permite trabalhar pequenas áreas sem superaquecer a pele e com grande precisão, por</p><p>exemplo, nas áreas faciais.</p><p>Também é útil em áreas com pelos residuais, que devido às suas características, não respondem</p><p>adequadamente à fluência produzida no modo varredura.</p><p>Por exemplo: após 6 sessões de aplicação de laser na perna, ainda ficaram alguns pontos com</p><p>pelo na região. Nesse caso, aplica-se o laser de forma pontual, para a energia ser direcionada</p><p>exatamente onde o pelo nasceu.</p><p>O modo de aplicação pontual também é aplicável em regiões em que é difícil de se fazer o</p><p>modo varredura, como a região do buço. Nessa área pode ser aplicado tanto o modo varredura,</p><p>quanto o pontual, mas nem sempre os profissionais conseguem fazer o modo varredura. é feita</p><p>por pontos previamente marcados na área a ser tratada, esta deve ser coberta por um papel filme,</p><p>para que dessa maneira a ponteira do laser não encoste a superfície ulcerada, evitando assim a</p><p>contaminação da lesão e da própria ponteira do equipamento</p><p>Varredura: consiste em movimentar o aplicador repetidamente sobre a área de tratamento durante</p><p>a aplicação do laser, destinando a energia sobre uma área mais ampla, por exemplo, nas áreas de</p><p>axilas.</p><p>Em áreas extensas, como pernas e peitoral, por exemplo, orienta-se subdividir as áreas de</p><p>tratamentos para que não ocorra dispersão exagerada da energia e, dessa forma, ter um resultado</p><p>prejudicado. As áreas podem ser divididas nos seguintes tamanhos: 5 cm x 10 cm; 5 cm x 20 cm;</p><p>10 cm x 15 cm e 10 cm x 20 cm.</p><p>Cuidados e precauções</p><p>– O ângulo de incidência deve sempre estar localizado sobre à área de aplicação</p><p>– Terapêuta e paciente devem estar usando proteção ocular</p><p>– O ambiente de aplicação deve possuir pouca luminosidade</p><p>– Pele do paciente deve sempre estar limpa, isenta de cremes, óleos, ou mesmo secreções</p><p>sebáceas</p><p>Contra- indicações</p><p>Absolutas: – sobre a retina, sobre neoplasias, processos bacterianos, sobre tecidos especializados</p><p>como ovários e testículos.</p><p>Relativas: Paciente submetido à tratamento com esteróides, sobre a mama, disfunções</p><p>tireoideanas, sobre paciente com marcapassos</p><p>Indicações</p><p>– Lesões musculares</p><p>– Lesões nervosas periféricas</p><p>– Lesões articulares</p><p>– Artrite reumatóide</p><p>– Herpes Zoster - O herpes-zóster é uma doença causada pela reativação do vírus causador da</p><p>catapora. Provoca lesões dolorosas na pele. Algumas complicações do herpes-zóster são a</p><p>síndrome de Reye, infecções bacterianas secundárias e neuralgia pós-herpética. O diagnóstico do</p><p>herpes-zóster é, geralmente, clínico.</p><p>– Furunculoses</p><p>– Alopecia - Alopecia ou calvície é ausência, rarefação (os fios se tornam menos numerosos)</p><p>ou queda, transitória ou definitiva, dos cabelos ou dos pelos, podendo ocorrer de forma</p><p>local, regional ou total.</p><p>– Flacidez de pele, estrias, rugas de expressão</p><p>– PO de cirurgias plásticas</p><p>– Processos cicatriciais queloideanos</p><p>– Estimulação de cicatrização de feridas abertas</p><p>– Alívio da dor</p><p>Livro Eletroterapia Prática Baseada em Evidências.</p><p>• Pacientes com doenças malignas: no que diz respeito ao efeito bioestimulante do laser,</p><p>comprovado experimentalmente através da ativação de enzimas da cadeia respiratória (mais</p><p>rápida fosforilação oxidativa). O aumento de energia causado mais rapidamente estimula a</p><p>replicação de DNA mitocondrial. Estudos em nível celular dos efeitos bioestimuladores da</p><p>radiação laser demonstram que é possível acelerar o crescimento celular, podendo levar a</p><p>metástases. Embora esta recomendação seja descrita, alguns estudos falharam na tentativa</p><p>de demonstrar efeitos carcinogênicos da radiação laser e sugerem que essa radiação possa</p><p>efetuar mecanismos de reparo no DNA.</p><p>• Irradiação sobre região do pescoço em pacientes com hipertireoidismo: não</p><p>recomendada pelo efeito de bioestimulação, podendo proporcionar aumento na produção</p><p>hormonal da glândula tireóide.</p><p>• Pessoas com epilepsia: a causa de um possível ataque estimulado pelo laser não está</p><p>muito clara, acredita-se que a possível causa possa ser induzida por certa frequência da</p><p>modulação do feixe de laser.</p><p>• Irradiação da retina: como já descrita, é contraindicação absoluta, podendo causar diversos</p><p>danos aos olhos, inclusive cegueira, devido a reflexão que bate na pele e volta, no caso de</p><p>laser visível.</p><p>• Região abdominal e intravaginal em gestantes: efeitos teratogênicos sobre o feto não</p><p>foram comprovados em estudos realizados em aves, porém, aplicações devem ser evitadas.</p><p>• Pacientes com história de fotossensibilidade ou que façam uso de medicações ou</p><p>cosméticos fotossensíveis também são contraindicados.</p><p>• Áreas de hemorragia: Essa representa uma contra-indicação absoluta do tratamento com</p><p>laser devido à possibilidade de ocorrer vasodilatação induzida por laser, que poderia</p><p>exacerbar a condição.</p><p>-Descrever as características do laser terapêutico (monocromaticidade, colimação e</p><p>coerência)</p><p>A radiação gerada pelos aparelhos a laser terapêutico difere daquela produzida por outras fontes</p><p>similares (por ex., lâmpadas de infravermelho</p><p>A luz laser tem três propriedades: coerência, monocromaticidade e colimação.</p><p>Monocromaticidade: significa que toda a energia luminosa tem o mesmo comprimento de onda,</p><p>produzindo assim a mesma cor. O comprimento de onda é um fator crítico na determinação dos</p><p>efeitos terapêuticos produzidos por tratamentos por laser, já que esse parâmetro determina quais</p><p>biomoléculas especificas serão absorvidas na radiação incidente e assim qual interação</p><p>fotobiológica básica por trás de um determinado efeito de tratamento.</p><p>A especificidade da luz proveniente de um único comprimento de onda.</p><p>Coerência: a luz emitida pelos aparelhos laser também estão na mesma fase, de modo que junto</p><p>com as duas propriedades únicas (colimação e monocromaticidade), as depressões e picos das</p><p>ondas dos campos elétricos e magnéticos correm ao mesmo tempo (coerência temporal) e na</p><p>mesma direção (coerência espacial). Como é uma das propriedades da luz laser, ao penetrar no</p><p>tecido, esta propriedade se perde nos primeiros extratos da pele. Isto ocorre devido à grande</p><p>variedade de estruturas celulares que compõem a pele. Apesar da perda de coerência da radiação</p><p>do LTBI no interior dos tecidos, esta é absorvida pelas células gerando alterações no seu</p><p>metabolismo tanto em tecidos superficiais como profundo.</p><p>Organização perfeita no deslocamento das ondas que oscilam uniformemente. Todas as ondas na</p><p>mesma fase, mesmo comprimento, mesma orientação e coerência contribuem para manter a</p><p>potência luminosa do feixe. A coerência, é o princípio que todos os fótons emitidos a partir de</p><p>moléculas individuais têm o mesmo comprimento de onda.</p><p>Sendo assim, o laser é uma radiação eletromagnética não ionizante, que tem poder de penetração</p><p>superficial e profunda. No primeiro caso, a laserterapia provoca alterações na superfície da pele e,</p><p>no segundo, causa reações metabólicas mais complexas.</p><p>Colimação: na luz laser, os raios de luz ou fótons produzidos pelo aparelho laser são para todos</p><p>os propósitos práticos paralelos, quase sem divergência da irradiação emitida com a distância. Isso</p><p>mantém a potência óptica do aparelho “agrupada” em uma área relativamente pequena durante</p><p>distâncias consideráveis e, em certo grau, mesmo quando passando através dos tecidos.</p><p>~</p><p>Caracterizada por uma divergência mínima, em que os fótons se movimentam de forma paralela</p><p>para concentrar o feixe de luz.</p><p>É a consequência da coerência. Como a irradiação não diverge, a energia é propagada em</p><p>distâncias mais longas. Essa propriedade mantém a potência óptica do aparelho "agrupada" em</p><p>uma área relativamente pequena durante distâncias consideráveis e, em certo grau, mesmo</p><p>quando passando através dos tecidos.</p><p>-Esclarecer os parâmetros do laser terapêutico.</p><p>LUZ VERMELHA – Seu uso é indicado para o tratamento de lesões superficiais da pele e das</p><p>mucosas, como: herpes, úlceras, aftas, acne, pontos de inflamação da pele, dermatites, queilite</p><p>angular, redução de edema e hiperemia e cicatrização de feridas.</p><p>Pode ser utilizada também para acupuntura sem agulhas e no tratamento de alopecia, cicatriz</p><p>recente, furúnculo, eczema, hematoma, rosácea e estrias.</p><p>Por ter um comprimento de onda menor, a caneta de 650 nanômetros produz efeito em</p><p>profundidades menores.</p><p>INFRAVERMELHO – Esse tipo de caneta é muito utilizado para fins de reabilitação, ortopedia e</p><p>medicina esportiva. Seu uso é indicado nos casos de: acupuntura, artrose, artrite, contusões,</p><p>problemas na coluna vertebral, bursite, epicondilite, hematoma, distorções e nevralgia.</p><p>Seu comprimento de onda maior permite que sejam alcançadas lesões um pouco mais profundas,</p><p>chegando a até 2 cm de profundidade.</p><p>De forma geral, é indicada para fratura de pequenos ossos, lesões de tecidos moles, lesões</p><p>crônicas e agudas de articulações e dores crônicas.</p><p>A interação do laser com o tecido vivo depende do comprimento de onda, do nível de energia</p><p>depositado, frequência de tratamento e estado do tecido irradiado</p><p>Comprimento de onda</p><p>O comprimento de onda é um fator crítico na determinação dos efeitos terapêuticos produzidos por</p><p>tratamentos por laser, já que esse parâmetro determina quais biomoléculas específicas serão</p><p>absorvidas na radiação incidente e assim qual a interação fotobiológica básica por trás de um</p><p>determinado efeito de tratamento</p><p>É importante utilizar o comprimento de onda adequado em cada tratamento. Embora ainda não</p><p>tenha sido possível determinar o melhor comprimento de onda para cada disfunção, a literatura</p><p>sugere:</p><p>Laseres de He-Ne (632,8nm) e o AlGaInP (660 nm) como a melhor opção para úlceras, herpes,</p><p>regeneração nervosa e cicatrização de feridas abertas;</p><p>Laser de AsGaAl (830nm) pode ser uma boa alternativa de terapia em analgesia, tendinite, edema</p><p>e há bons resultados do uso dele no tratamento de úlcera crônica;</p><p>Laser de GaAs (904nm) é a melhor escolha para o tratamento de lesões do esporte e tem mais</p><p>influência em tratamento de dor pós-operatória e inchaço;</p><p>Potência de saída - maior potência, menor tempo aparelhos encontrados comercialmente têm sido</p><p>para aparelhos de alta potência (30-200 mW), ao invés dos aparelhos populares anteriores com 1-</p><p>10 mW, principalmente porque as unidades com potência mais alta podem emitir uma aplicação</p><p>especificada em um período de tempo muito mais curto.</p><p>Irradiância (densidade de potência)</p><p>Para os tratamentos com contato, a irradiância é calculada simplesmente dividindo a potência de</p><p>saída (potência média de saída para uma unidade pulsada) e o tamanho da área da caneta de</p><p>aplicação; valores típicos dessa segunda variável são 0,1-0,125 cm2</p><p>Energia</p><p>Essa é dada em joules (J) e é geralmente especificada por ponto irradiado ou, às vezes, para o</p><p>tratamento "total" em que vários pontos são tratados. A energia é calculada multiplicando-se a</p><p>potência de saída em watts pelo tempo de irradiação ou aplicação em segundos. Assim, um</p><p>aparelho de 30 mW (ou seja, 0,03 W) aplicado por 1 minuto (ou seja, 60 s) emitirá 1,8 J de energia.</p><p>A dosagem é registrada em joules por ponto, assim como os joules totais da aplicação.</p><p>Densidade de energia</p><p>Exposição Radiante, Dose ou Fluência é a grandeza física que avalia a possibilidade de</p><p>estimulação ou inibição dos efeitos terapêuticos. A exposição radiante é a quantidade de energia</p><p>por unidade de área transferida à matéria (tecido ou células). Geralmente, é medida em J/cm2.</p><p>Essa é geralmente considerada a melhor forma de especificar a dosagem, pelo menos em</p><p>publicações de pesquisa, e é dada em joules por unidade de área (ou seja, J/cm2); os valores</p><p>típicos para os tratamentos de rotinas podem variar de menos de um para mais de 30 J/cm2 ;</p><p>contudo 1-12 J/cm2 deve ser o valor mais comumente usados (vide a seguir). A densidade de</p><p>energia é geralmente calculada dividindo-se a energia emitida (em joules) pelo tamanho da área</p><p>da unidade de tratamento (em cm).</p><p>Alguns autores afirmam que a densidade de energia depositada deve variar entre 3 a 4 J/cm².</p><p>Alguns pesquisadores sugerem a tabela abaixo:</p><p>IMPORTÂNCIA DE SABER CONVERTER, POIS TÊM TABELAS QUE FALAM A QUANTIDADE</p><p>RECOMENDADA DESSES PAR METROS</p>