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SUMÁRIO Capítulo I – Introdução ................................................................................................................... 3 Capítulo II – Bases Físicas do Laser .............................................................................................. 4 Capítulo III – Componentes dos Lasers, LIP e LEDs ...................................................................... 6 Capítulo IV – Conceitos Importantes ............................................................................................ 15 Capítulo V – Normas de Segurança ............................................................................................. 18 Capítulo VI – Tipos de Lasers ....................................................................................................... 21 Capítulo VII – Funcionamento da Radiação a Laser na Pele ........................................................ 26 Capítulo VIII – Interações Terminais ............................................................................................. 28 Capítulo IX – Mecanismo de Ação do Laser Erbium: YAG ........................................................... 28 Capítulo X – Tratamento vascular com laser ................................................................................ 39 Capítulo XI – Tratamento de lesões pigmentadas com laser ........................................................ 49 Capítulo XII – Lasers Utilizados .................................................................................................... 50 Capítulo XIII – Tipos de Laser ...................................................................................................... 51 Capítulo XIV – Tratamento de remoção de tatuagem ................................................................... 52 Capítulo XV –Mecanismo de Eliminação das Tatuagens .............................................................. 53 Capítulo XVI –Tratamento de estrias, cicatriz de acne com laser ................................................. 54 Capítulo XVII – Lasers Mais Utilizados ......................................................................................... 54 Capítulo XVIII – Anatomia e Biologia do Folículo Piloso ............................................................... 59 Capítulo XIX – Mecanismo da Fotodestruição dos Folículos Pilosos ............................................ 61 Capítulo XX – Fontes de Luz Laser e Não Laser Atualmente em Uso .......................................... 62 Capítulo XXI – Mecanismo Fotoquímico - Terapia Fotodinâmica .................................................. 69 Capítulo XXII – Cuidados Pós-tratamento .................................................................................... 74 Capítulo XXIII – Luz intensa pulsada - LIP.................................................................................... 74 Capítulo XXIV – Mecanismo de Ação ........................................................................................... 75 Capítulo XXV – A aplicação .......................................................................................................... 81 Capítulo XXVI – LEDs (LIGHT EMITTING DIODES) .................................................................... 83 Capítulo XXVII – Conceitos .......................................................................................................... 86 REFERÊNCIAS ............................................................................................................................ 93 LASERTERAPIA CAPÍTULO I – INTRODUÇÃO Em 1917 Albert Einstein publicou a teoria quântica que elucidava os princípios da emissão de radiação espontânea e estimulada. “Luz é um sistema extremamente complexo de energia radiante que é composto por fótons (unidade fundamental de energia) e ondas. Está organizado dentro do espectro eletromagnético para o tamanho (comprimento) das ondas, frequentemente medida em metros de frações.” Albert Einstein. (BAGNATO, 2005) O primeiro verdadeiro laser foi um Laser de Ruby desenvolvido em 1960 por Theodore Maiman trabalhando para a Hughes Corporation, o primeiro MASER ótico, e sugeriu o nome de LOSER (LIGHT OSCILLATION BY STIMULATED EMISSION OF RADIATION), mas como LOSER, em inglês, significa perdedor, foi trocado para LASER (LIGHT AMPLIFICATION BY STIMULATED EMISSION OF RADIATION - Amplificação da luz por emissão estimulada de radiação). Em julho de 1960 Theodore Maimann anunciou o primeiro laser, sendo de Rubi. Em 1961 foi desenvolvido o Laser Hélio-Neônio por Javan e Nd:YAG por Johnson. Em 1962 foi desenvolvido o Laser de Argônio por Bennet, e em 1964 desenvolvido laser o Dióxido de Carbono por Patel (GRINBLAT, MAKARON, 2003). O laser é destinado a amplificação da luz através da estimulação de emissão de radiação, e existe um processo físico pelo qual um laser produz luz. Os lasers são fontes únicas de luz estabelecidas no processo de emissão estimulada. Uma discussão dos princípios do laser começa com a formulação dos princípios de radiação eletromagnética feita por Einstein. A radiação eletromagnética é uma forma básica de energia que pode exibir ondas e propriedades de partículas. Um “quantum” de energia eletromagnética chamada fóton pode estimular um átomo excitado para emitir outro fóton com a mesma energia. Os fótons resultantes têm energia e tamanho de onda iguais e estão em fase (temporal e espacial). (PATRIOTA,2007) Em 1960, Theodore Maiman observou a estimulação de uma luz vermelha numa lâmpada de flash excitada por um cristal de rubi. No inicio dos anos 60 o Dr. Leon Goldman tornou-se o primeiro médico a utilizar o laser em humanos. Quatro componentes essenciais formam os sistemas de todos os lasers: • meio líquido, sólido ou gasoso que possam ser excitados para emitir a luz do laser; • uma fonte de energia para excitar o meio; • espelhos nos finais do laser, formando a “cavidade”; • um sistema de entrega. (VLADIMIROV et al., 2004) Em 1973, Heinrich Plogg de Fort Coulombe, Canadá, apresentou um trabalho sobre "O uso do laser em acupuntura sem agulhas", para atenuação de dores. A partir do final dessa década, começaram a ser desenvolvidos lasers de diodo, dando origem ao primeiro diodo operando na região do infravermelho próximo (904 nm), constituído por um cristal de arseneto de gálio (As-Ga). (ALMEIDA-LOPES,2002) Em 1981, apareceu pela primeira vez o relato da aplicação clínica de um laser de diodo de As-Ga- Al, publicado por Glen Calderhead, Japão, utilizando um laser de Nd:YAG, operando em 1064nm. A partir dos anos 90, diferentes dopantes (agente dopante = impureza que altera as propriedades de uma substância pura) foram introduzidos visando à obtenção de lasers de diodos diferentes, capazes de gerar comprimentos de ondas diversas. Com a disponibilização dessa tecnologia, hoje podemos contar com aparelhos pequenos, de fácil manuseio e transporte, com alta durabilidade e baixo custo. CAPÍTULO II – BASES FÍSICAS DO LASER A luz pode ser descrita como uma emissão eletromagnética, e, como tal, tem algumas características que a identifica plenamente. Essas emissões são conhecidas, genericamente, por radiações ou ondas eletromagnéticas, e estão contidas em uma grande faixa, que está subdividida de acordo com algumas características físicas peculiares. Existem as que não podemos ver, tais como as ondas de rádio AM e FM, e aquelas que podemos ver, as luminosas, compostas por fótons, tais como a luz emitida pelas lâmpadas dos lustres das casas (GRINBLAT, MAKARON, 2003). As emissões estão organizadas no Espectro de Radiações Eletromagnéticas (FOTO 1), baseado em uma característica particular: o Comprimento de Onda. Esse espectro é composto por radiações infravermelhas, radiações visíveis, radiações ultravioletas, radiações ionizantes. Os lasers utilizados para tratamento médicoemitem radiações que estão situadas na faixa das radiações visíveis, infravermelha e ultravioleta, e não são ionizantes. (BAGNATO, 2005) FOTO 1: Espectro eletromagnético. Ilustração Fonte: Peter Hermes Furian / Shutterstock.com Na escala de comprimento de onda, abaixo da faixa de emissões que chamamos de "visível", temos o ultravioleta, que é uma faixa muito ampla. A emissão ultravioleta é responsável pelo escurecimento de nossa pele quando nos expomos ao sol. (VLADIMIROV et al., 2004) Acima da faixa de emissões que chamamos de "visível", temos o infravermelho, que é também uma faixa muito mais ampla do que a faixa que conseguimos enxergar. Esse tipo de emissão é o responsável pelo aquecimento que observamos na luz gerada pelos aparelhos fotopolimerizadores, que utilizam fonte de luz halógena, e que é comumente chamada de calor. O laser nada mais é do que luz, e, portanto, tem o comportamento de luz, ou seja, pode ser refletido, absorvido ou transmitido, sofrendo ou não espalhamento no processo. Entretanto, é uma luz com características muito especiais, tais como: colimação, coerência e monocromaticidade. (VLADIMIROV et al., 2004) A inversão da população (funcionamento) ocorre quando uma quantia maior do que a metade dos átomos existentes no meio envolvente do laser é excitada por uma fonte de energia, isso é um pré-requisito para que um laser funcione. Com a inversão da população, os fótons viajando nesse meio têm uma maior tendência para encontrar um átomo excitado (liderando-o para emissão estimulada) do que um átomo em repouso que pode simplesmente absorver a luz. Conforme a luz viaja para frente e para traz entre os espelhos do laser, uma intensidade muito grande pode ser alcançada. A luz do laser tem várias propriedades que são difíceis ou impossíveis de serem alcançadas com outras fontes de luz. Elas são monocromaticidade, coerência e alta intensidade. (NUNES, et al., 2010) Os raios do laser podem viajar em longas distâncias sem perda significante de intensidade. Os lasers podem ser divididos em instrumentos contínuos ou pulsantes. (ALMEIDA-LOPES,2002) No modo onda-contínua (CW = Continuous Wave), os lasers emitem um raio constante de luz. Os lasers Argon são um exemplo desse tipo de laser. Esses lasers frequentemente têm um poder de pico limitado, enquanto que poderes de pico elevados podem ser alcançados por laser pulsantes durante períodos curto de tempo. Lasers Q- switched produzem pulsos muito curtos com um poder muito alto de pico. Que refere-se a um fator de qualidade de depósito de energia do laser, o qual é mudado repentinamente para produzir uma explosão curta e intensa de luz. O nível de repetição para lasers pulsantes é expressado em hertz. Alguns lasers emitem uma série rápida de baixos pulsos de energia que se comportam cirurgicamente como lasers CW, e são chamados de quase contínuos. (ALMEIDA-LOPES,2002) Dermatologicamente os lasers Q-switched são designados para produzir pulsos de 10-100ns, com fluência tipicamente na faixa de 2-10J/cm2. Esses pulsos curtos e de alto- poder são úteis na remoção seletiva de tatuagens e lesões pigmentadas. (ALMEIDA- LOPES,2002) CAPÍTULO III – COMPONENTES DOS LASERS, LIP E LEDS Várias são as características que diferenciam a luz do laser da Luz e Led: - Coerente: a emissão de fótons estão espacialmente e temporariamente lado a lado uma com a outra. A luz viaja com uniformidade entre cristas e vales dos comprimentos de onda. - Monocromático: convencionalmente, monocromático é a energia emitida do laser que se refere a apenas um único comprimento de onda ou uma banda estreita (narrow band) de comprimento de ondas. - Colimadas: são as ondas que viajam paralelas umas a outras através do espaço. São essas propriedades de colimação e coerência que permitem que a energia do laser possa ser transmitida através de longas distâncias sem significativa divergência do feixe luminoso, e também permitem que essa energia seja precisamente focada em um pequeno feixe de luz. - Alta intensidade: o número de fótons emitidos por um laser, por unidade de área, é muito grande quando comparado com todas as outras fontes de radiação eletromagnética, incluindo a luz solar. - Teoria do Quantum: quando um átomo entra em estado de excitação e retorna espontaneamente ao repouso, ele emite energia (photon de luz) que pertence a um comprimento de onda específico. - Se o photon chocar-se com outro átomo excitado, este ultimo retornará ao estado de repouso, emitindo outro photon sincrônico temporal e espacialmente com o primeiro photon. Apartir dessa teoria:foi desenvolvido o primeiro laser em 1960 -> Laser de Ruby (faixa de comprimento de onda =694nm) (NUNES, et al., 2010) Todos os lasers apresentam quatro componentes básicos: - Uma cavidade óptica ou ressonadora. - Um laser médio. - Uma fonte de energia. - Um sistema de transmissão (lançamento). Veremos a seguir mais explicações sobre os componentes do laser, luz pulsada e Led. A luz branca contém todas as cores. Ao passar pelo prisma ocorre uma decomposição, que separa a luz branca em seus diversos componentes. Essas várias cores, projetadas em um anteparo, diferenciam-se pelos seus chamados comprimentos de onda, ou frequências, as cores vão passando de uma a outra continuamente; temos o chamado espectro contínuo (FOTO 2). (BAGNATO, 2005) FOTO 2: Espectro de emissão de uma lâmpada de luz Fonte: (BAGNATO, 2005) Comprimento de Onda É a distância medida entre dois picos consecutivos de uma trajetória ondulatória. A unidade utilizada para expressar grandeza é uma fração do metro, normalmente o nanômetro, que é equivalente a 0,000000001 m (ou 10-9) (FOTO 3). (BAGNATO, 2001) FOTO 3: Mensuração comprimento onda Fonte: www.nupen.com.br - 09/06/2020 É uma característica extremamente importante, pois é o que define a profundidade de penetração no tecido-alvo. Diferentes comprimentos de onda apresentam diferentes coeficientes de absorção para um mesmo tecido. Como podemos observar, as radiações emitidas na região do ultravioleta e na região do infravermelho médio apresentam alto coeficiente de absorção pela pele, fazendo com que a radiação seja absorvida na superfície, enquanto que na região no infravermelho próximo (820 nm e 840 nm) constata-se baixo coeficiente de absorção, implicando máxima penetração no tecido. Os tecidos são heterogêneos do ponto de vista óptico e, portanto, absorvem e refletem energia de maneira distinta. (ALMEIDA-LOPES,2002) É a cor de luz usada. Conforme o comprimento de onda haverá uma absorção por um determinado cromóforo-alvo e determinada profundidade de penetração e atuação. Quanto maior o comprimento de onda, maior a penetração. Por exemplo, para atingir uma melanose, que é superficial, necessitamos de comprimentos de onda menores; e para atingir pêlos que são mais profundos precisamos de comprimentos maiores. (BAGNATO, 2001) CROMÓFORO: grupo de átomos que confere cor a uma substância e absorve um comprimento de onda específico. - Os principais cromóforos da pele são a oxiemoglobina, melanina e a água. Lesões vasculares contêm pigmento de oxiemoglobina, tornando-se alvo para a luz do Laser absorvida por esse pigmento (FOTO 4). http://www.nupen.com.br/ www.inaesp.com.br 10 FOTO 4: Curva de absorção dos principais cromóforos da pele Fonte: (CAMPOS, et al.,2009) São lasers que trabalham em nanosegundos. Switched = transferir, conduzir, dirigir, desligar ou interromper corrente. Q-switched = quality switched. Designa um grupo de lasers que possui dispositivo eletroóptico dentro da cavidade óptica, que permite a liberação de energia armazenada em um curto pulso, da ordem de nanosegundos. Monocromaticidade Dá-se em virtude de a luz emitida possuir um único comprimentode onda, que oscila na mesma frequência e, consequentemente, apresenta uma única cor, diferente da luz branca que é formada pela composição de várias cores, onde cada cor corresponde a uma frequência determinada. Esse conceito caracteriza a luz produzida por um laser como monocromático; a maior parte da radiação emitida pelo aparelho de uso terapêutico agrupa- se em torno de um único comprimento de onda, com uma amplitude muito limitada da faixa de ondas (FOTO 5). Em contraste, a luz gerada por outras fontes é formada por uma enorme variedade de comprimentos de onda, algumas vezes variando desde o ultravioleta http://www.inaesp.com.br/ até o infravermelho, o que resulta na sensação da cor branca, quando a luz colide com a retina de um observador humano. A luz comum é composta por um conglomerado de vários comprimentos de onda: vermelho, laranja, amarelo, verde, azul, anil e violeta, todas unidas para produzir a luz “branca”. (ALMEIDA-LOPES,2002) FOTO 5: Fonte: www.nupen.com.br - 09/06/2015 Colimação Na luz de um laser, os fótons produzidos pelo aparelho de laser são, para todas as finalidades práticas, paralelos, praticamente inexistindo qualquer divergência da radiação emitida, ao longo da distância percorrida. Essa propriedade mantém a potência óptica do aparelho enfeixada numa área relativamente pequena ao longo de distâncias consideráveis e, até certo ponto, mesmo durante o trajeto através dos tecidos (FOTO 6). (ALMEIDA- LOPES,2002) http://www.nupen.com.br/ Foto 6: Colimação Fonte: www.nupen.com.br - 09/06/2015 Coerência Emissão da radiação laser se dá devido ao alinhamento das ondas eletromagnéticas no tempo e no espaço. A coerência é a propriedade que denota vários aspectos. Todos os fótons de luz emitidos pela radiação laser têm o mesmo comprimento de onda. As depressões e picos das ondas da luz emitida “encaixam-se” perfeitamente no tempo (coerência temporal); e as ondas viajam na mesma direção (coerência espacial) (FOTO 7). (ALMEIDA-LOPES,2002) FOTO 7: Coerência. http://www.nupen.com.br/ Fonte: www.nupen.com.br - 09/06/2020 As aplicações da radiação laser, em geral, realizam-se sobre a pele, a qual apresenta uma capacidade de reflexão e um coeficiente de absorção específicos para os diferentes comprimentos de onda. A penetração do laser será tanto maior quanto maior for o comprimento de onda. (ALMEIDA-LOPES,2002) Produção do Laser São necessárias algumas condições especiais. Primeiramente necessita-se de um "Meio Ativo", composto por substâncias (gasosas, líquidas, sólidas ou ainda por suas associações) que geram luz quando excitadas por uma fonte de energia externa. Esse processo de excitação é denominado Bombeamento e sua função é transformar o meio ativo em meio amplificador de radiação, já que promove neste o fenômeno denominado Inversão dePopulação, ou seja, os elétrons da camada de valência do meio absorvem a energia bombeada e saltam para um nível de energia mais externo. Como esse segundo nível está mais distante da influência do núcleo, seu nível de energia é maior. Chamamos essa situação de estado metaestável. Quando o primeiro elétron decai, retornando ao nível com menor energia, ocorre a liberação de energia altamente concentrada, a qual chamamos de fóton. Esse fóton acaba por excitar o decaimento dos demais átomos que já estavam no estado excitado. Isso gera um processo em cascata e com crescimento em progressão geométrica, que resulta na emissão estimulada de radiação. (BAGNATO, 2001) Esquema simplificado das partes que constituem um laser. O bombeamento fornece energia ao meio ativo. Com isso, há acúmulo de energia na cavidade. Nessa, um espelho semitransparente permite um pequeno vazamento da luz produzida, que constitui o feixe de luz laser (FOTO 8). (BAGNATO, 2005) FOTO 8: Esquema simplificado da produção do laser. Fonte: www.gentequeeduca.org.br – 06/07/2020 http://www.nupen.com.br/ http://www.gentequeeduca.org.br/ Fonte de Energia - Essa energia lançada vai excitar os elétrons do meio ativo do laser médio para iniciar a amplificação do processo. - A fonte de energia externa, pode ser térmica, elétrica ou ótica. - Essa ativação pode ser acompanhada: - pelo uso de uma corrente elétrica direta como no laser de argônio; - pela estimulação óptica de outro laser ou flashlamp, como no dye laser; - pela excitação por radiofrequência como em muitos lasers de CO2; - pelas reações químicas nas quais ligações químicas são quebradas para promover desprendimento de energia, como no laser hidrogênio-fluorado. Sistema de Transmissão:O sistema de transmissão ou entrega pode consistir em uma flexível cavidade de guias de onda, fibras ópticas, ou um braço articulado com espelhos ajustados. O meio ativo deve estar contido em reservatório denominado Cavidade Ressonante. Nas extremidades internas dessa cavidade devem existir espelhos, sendo um deles de reflexão total e outro de reflexão parcial. Isso assegurará que esse sistema composto por reação óptica e meio ativo seja a sede de uma oscilação laser. Como a cavidade do laser é composta por espelhos em suas extremidades, essa radiação é amplificada, ou seja, os fótons emitidos por estimulação entram em fase e permitem que ocorra um incremento a cada reflexões múltiplas completadas dentro da cavidade.(FOTO 10) (BAGNATO, 2001) Existem muitos tipos de laser, porém o principio básico para se produzir um feixe de laser é o mesmo para todos eles, quer seja um laser cirúrgico, terapêutico ou de diagnóstico. (BAGNATO, 2001) FOTO 10: Diagrama do laser. Fonte: www.nupen.com.br - 09/06/2020 http://www.nupen.com.br/ Para a identificação do laser, precisamos conhecer sua fonte geradora, caracterizada pelo meio- ativo que vai gerar a luz laser; e sua intensidade, caracterizada pela densidade de potência óptica produzida ou energia gerada do laser. Do mesmo modo que as lâmpadas residências são identificadas pelas potências, normalmente expressas em Watts, também utilizamos essa unidade (ou uma fração dela), para identificar a potência do laser (1mW = miliWatt = 0,001W). (BAGNATO, 2001) A última característica relevante do laser é referente ao seu regime de funcionamento, isto é, existem aqueles que quando acionados permanecem ligados continuamente até serem desligados (laser contínuos, CW), e existem outros tipos que funcionam de forma pulsada ou chaveada, ou seja, estão parte do tempo ligados e parte do tempo desligados. A maioria dos lasers terapêuticos opera de modo contínuo. (FOTO 11) (BAGNATO, 2001) FOTO 11: Diagrama que demonstra o funcionamento do laser Fonte: www.nupen.com.br - 09/06/2020 http://www.nupen.com.br/ CAPÍTULO IV – CONCEITOS IMPORTANTES - TRT = Tempo de Relaxamento Térmico - Tempo de relaxamento térmico é o tempo necessário para um objeto resfriar em 50% da temperatura adquirida imediatamente após a exposição ao laser sem conduzir calor ao tecido circunjacente. Laser que respeita o TRT apresenta melhores resultados. - Para atingir máxima precisão, ou fototermólise seletiva, o tempo de exposição deve ser mais curto que o TRT. - Se a exposição exceder ou for igual ao TRT, a energia térmica será transferida aos tecidos adjacentes, resultando em danos térmicos não específicos (queimaduras e cicatrizes). - Dessa forma, sempre que estamos utilizando um laser ou fonte de energia em determinado ponto e vamos realizar nova passagem naquele ponto, é importante aguardar de alguns segundos a minutos para que aquela região se resfrie para depois aplicar-se o laser novamente. (ALMEIDA-LOPES, et al., 2003) Irradiância: sinônimo para densidade de potência (DP), que é definida como sendo a potência óptica útil do laser, expressa em Watts (W), dividida pela áreairradiada, expressa em centímetros quadrados (cm²). É através do controle da irradiância que o cirurgião pode cortar, vaporizar, coagular o tecido, quando da utilização de laser cirúrgico. Fluência: é o termo utilizado para descrever a taxa de energia que está sendo aplicada no tecido biológico. Ao multiplicarmos a irradiância pelo tempo de exposição obteremos a fluência ou densidade de energia, ou ainda dose de energia (DE) expressa em Joules por centímetro quadrado (J/cm²). Energia: é uma grandeza física que, no caso da laserterapia, representa a quantidade de luz laser que está sendo depositada no tecido, e é definida multiplicando-se a potência óptica útil do aparelho laser pelo tempo de exposição. O resultado obtido tem como representação a unidade Joule (J). Para uma dada potência, variações na irradiância podem produzir efeitos sobre o tecido biológico, que são nitidamente diferenciadas. Por exemplo, um laser com potência de saída de 10 W, irradiando uma área de 10 cm², apresentará irradiância igual a 1 W/cm². Se o mesmo laser for focalizado sobre uma área de 1 cm², a irradiância será aumentada em 10 vezes, provavelmente gerando dano térmico ao tecido biológico, dependendo do tempo de exposição. Para uma dada quantidade de energia a ser depositada, variações na fluência podem produzir efeitos sobre o tecido biológico, que são nitidamente diferenciadas. Por exemplo, uma dose total de 30J sobre um ponto. Numa primeira hipótese, imaginemos que os 30J sejam aplicados em um segundo, sobre uma área de 1 cm². Teremos, então, irradiância igual a 30W/cm², o que provavelmente ocasionará dano térmico ao tecido biológico. Imaginemos agora que os 30J sejam aplicados sobre a mesma área em 30 segundos. Teremos, para essa situação, irradiância igual a 1W/cm², o que não ocasionará dano térmico ao tecido biológico. Lembro que quanto maior a energia, maior será a força destrutiva do laser. Na laserterapia, será indicada a dose expressa em Joules (energia, que é a quantidade de luz laser depositada no tecido), a fluência expressa em J/cm² (joules por centímetro quadrado), que é a taxa de deposição dessa energia (o modo como a energia será depositada) e número estimado de sessões. Por exemplo, esse esquema representa dois tipos de tratamento vascular. No primeiro desenho a púrpura é causada pela distribuição muito rápida de energia que leva à ruptura do vaso. Isso é recomendado nos casos de hemangioma e mancha vinho do porto. No segundo desenho, o laser foi aplicado com maior duração de pulso, ocasionando tratamentos com mínima púrpura, pois o vaso sanguíneo é coagulado mais gentilmente. Indicado nos tratamentos de rosácea e vasos da face, onde o paciente não quer ficar com o púrpura no rosto. (FOTO 12) FOTO 12: Esquema de tratamento Fonte: BAGNATO, 2001. Spot Size: quanto maior o spot, maior a penetração no tecido e melhor a distribuição da energia. Spots menores penetram menos na superfície da pele e concentram a energia. São maiores produzem penetração mais profunda e diminuem o tempo de tratamento nos casos de depilação a laser. Para tratamento de lesões vasculares é recomendável spots menores que condensam a energia e atuam somente no alvo. Dependendo da distância do spot na pele, o feixe de luz pode mudar. A aplicação do feixe acoplado totalmente na pele produz um feixe de energia mais profunda e focada (FOTO 13). (BAGNATO, 2001) FOTO 13: Spot Size Fonte: www.nupen.com.br - 09/06/2020 http://www.nupen.com.br/ Fluência, Energia, Densidade, Difusividade e Formatos dos Objetos - Quantidade de energia entregue por unidade de área: J/cm. A energia do laser é medida em Joules (J) A densidade energética (fluência) é igual a potência do laser(watts) vezes a duração de pulso (segundos) dividida pelo tamanho efetivo da ponteira (centímetros quadrados), sendo medida em Joules por centímetro quadrado. O resfriamento das estruturas microscópicas teciduais é determinada pela condução de calor. Condução é a transferência de calor entre dois sistemas interagindo, e é dirigida por uma temperatura gradiente (uniforme) entre os dois sistemas. O tempo de relaxamento térmico para a condução de calor é proporcional ao quadrado do tamanho do objeto. Ele é aproximadamente calculado pela fórmula TRT = d²/4k , onde d é o diâmetro do objeto ou espessura da camada tecidual e k é a difusividade termal. Difusividade termal é a propriedade do material que expressa a habilidade do calor para difundir. O tempo de resfriamento de um objeto depende do seu formato devido a diferenças no volume e superfície de área. Em geral, comparando alguns tipos de formatos, esferas esfriam mais rapidamente que cilindros, os quais resfriam mais rapidamente que planos. Pequenos objetos resfriam mais rapidamente que grandes objetos. Para objetos com o mesmo formato e material, um objeto com a metade do tamanho resfria em um quarto do tempo e o mesmo objeto com um décimo do tamanho resfria em um centésimo do tempo. A duração do pulso auxilia no resfriamento e na proteção ou dano aos cromóforos- alvo. Quanto maior a duração de pulso maior é o tempo de resfriamento do cromóforo-alvo. (ALMEIDA-LOPES, et al., 2003) Óptica da pele A luz pode ser absorvida ou difundida através da pele. Em geral, os efeitos nos tecidos ocorrem somente quando a luz é absorvida. Conforme a luz atinge a superfície da pele, ocorre uma reflexão de 4-7% devida à diferença no índice refratário entre o ar (n=0) e a camada córnea (n=1.45). Isso é chamado de reflexão de Fresnel porque segue as equações de Fresnel relacionando a reflexão com o ângulo de incidência, plano de polarização e índice de refração. O restante 93-96% da incidência da luz entra na pele, onde é espalhada e absorvida. O coeficiente de absorção é definido como a probabilidade de extensão por unidade que um fóton num comprimento de onda particular será absorvido, e depende da concentração de cromóforos (molecular de absorção) presentes. A difusão ocorre quando o fóton muda sua direção de propagação. Toda luz retornando da pele, é, desse modo, luz dissipada. Quando a absorção ocorre, o fóton entrega a sua energia a um átomo ou molécula chamada de cromóforo. Uma vez absorvido pelo cromóforo, o fóton cessa de existir e o cromóforo se torna excitado. A absorção de ultravioleta (UV) e luz visível leva à excitação eletrônica do cromóforo. Luz infravermelha tende a causar excitação vibracional. Os três cromóforos primários na pele são água, hemoglobina e melanina. Os cromóforos exibem faixas características de absorção em certos comprimentos de onda. É esse fato que permite o delineamento de alvos específicos para a atividade de laser. A melanina é largamente absorvida através do espectro. Em contraste, a absorção do sangue é dominada pela oxihemoglobina e ocorre reduzida absorção de hemoglobina, a qual exibe fortes faixas no UV, azul, verde e faixas amarelas. Na epiderme normalmente pigmentada, a absorção é o processo dominante sobre a maioria do espectro óptico (200-1000nm). Na derme, a difusão pelas fibras colágenas pode ocorrer. A penetração da luz na derme é largamente dominada pela difusão, a qual varia inversamente com o comprimento da onda. A profundidade de penetração está geralmente inversamente relacionada com o comprimento de onda entre 280-1300nm. Nessa região correspondente ao UVB, UVA, visível e próximo do infravermelho, quanto mais longo o comprimento de onda, mais profunda a penetração. Luz dissipada é maior com comprimentos de ondas curtos. Em um comprimento de onda abaixo de 300 nm, há uma forte absorção por proteínas, ácido urocânico e DNA. Acima de 1300 nm, a penetração diminui devido a absorção da luz pela água. A luz se apresenta branca ou branco-amarelada porque contém todos os diferentes comprimentos de onda do espectro de luz visível.Um prisma colocado em frente a uma lâmpada irá refratar a luz, e as cores que o constituem irão separar-se em forma de arco-íris. A luz do laser é pura e monocromática tendo, portanto, atração por um cromóforo-alvo específico. A maior região de penetração do comprimento de onda é a 650-1200 nm vermelha e perto da região do espectro infravermelho. As regiões menos penetráveis são as distantes do ultravioleta e distantes do infravermelho. A capacidade de condensar energia luminosa em pulsos ultracurtos permite que moléculas-alvo possam ser excitadas até níveis energéticos mais elevados, absorvendo mais a energia no cromóforo-alvo e liberando uma energia total menor para os tecidos ao redor. (CATORZE, 2009) CAPÍTULO V – NORMAS DE SEGURANÇA Os lasers são classificados em categorias segundo seu grau de periculosidade. De acordo com cada categoria, são exigidas normas de segurança que devem ser aplicadas e que envolvem o cirurgião-dentista, seu auxiliar e o paciente. (PINHEIRO,1995) Não existe em nosso país um órgão governamental que regulamente o uso do laser, por isso, a norma que temos adotado é a ABNT IEC, que é a versão européia da norma americana 21CFR, capítulo 1, Parte 1040 e, de acordo com ela, os equipamentos de laser são classificados em seis categorias: Classe I, Classe ll e lla, Classe Ill e Classe IV e que dependem, basicamente, da densidade de potência óptica emitida por eles e do comprimento de onda gerado por eles. (FOTO 14) Classe I – São equipamentos inofensivos e não demandam a utilização de nenhum procedimento ou equipamento de segurança. Classe II – São equipamentos inofensivos e não demandam a utilização de nenhum procedimento ou equipamento de segurança. Classe lla – São equipamentos inofensivos e não demandam a utilização de nenhum procedimento ou equipamento de segurança. Classe Illa – São equipamentos que podem provocar danos aos olhos, sendo, portanto, imprescindível a utilização de óculos de proteção compatíveis com o comprimento de onda gerado pelo laser em questão. Classe lllb – São equipamentos que podem provocar danos aos olhos, sendo imprescindível a utilização de óculos de proteção compatíveis com o comprimento de onda gerado pelo laser em questão. Os equipamentos enquadrados nessa categoria devem ainda contar com dispositivos de interrupção internos, a fim de evitar acidentes quando da manipulação dos circuitos internos do equipamento Classe IV – Essa é a categoria onde estão classificados todos os lasers cirúrgicos. Portanto, são equipamentos que podem provocar danos tanto aos olhos quanto a outros tipos de tecido, sendo imprescindível a utilização de óculos de proteção compatíveis com o comprimento de onda gerado pelo laser em questão. Os equipamentos enquadrados nessa categoria devem ainda contar com dispositivos internos e externos de proteção e monitoramento. A sala onde esses equipamentos estão instalados deve dispor de dispositivos de proteção, de modo a evitar que alguma pessoa seja submetida à exposição acidental ao entrar na referida sala durante uma aplicação de laser. (PINHEIRO,1995) FOTO 14: Segurança durante aplicação. Comprimento de onda Duração da emissão Limite máximo 180 a 400 nm <30000s 24mJ x k1 x k2 >30000s 0,8nW x k1 x k2 401 a 1400 nm 1ns a 20 ms 0,2nW x k1 x k2 10ms a 10 s 0,7nW x k1 x k2 x t¾ 10s a 10000s 3,9mJ x k1 x k2 10000s 0,39mW x k1 x k2 1 ns a 10s 10 J/cm² sr x k1 x k2 x t 1/3 10s a 10000s 20 J/cm² sr x k1 x k2 10000s 2mW/cm² sr x k1 x k2 1401 a 2500nm 1ns a 0,1ms 79 mJ x k1 x k2 0,1 ms a 10s 4,4 mJ x k1 x k2 x t ¾ 10s 0,79mW x k1 x k2 2501 nm a 1mm 1ns a 0,1ms 10mJ/cm² x k1 x k2 0,1 ms a 10 s 0,56 J/cm² x k1 x k2 x t1/4 10 s 0,1 J/cm² x k1 x k2 x t k1 e k2 são fatores de correçõ relacionados ao comprimento de onda t= tempo de exposição Fonte: www.nupen.com.br - 18/06/2020 Os óculos de proteção são específicos para cada equipamento laser, e dependem do comprimento de onda emitido e da máxima potência óptica gerada por ele. É importante mencionar que não existem óculos universais para os lasers cirúrgicos, mas para os lasers terapêuticos já existem lentes especiais que podem ser utilizadas tanto para os lasers que emitem comprimentos de onda visível como para os que emitem laser infravermelho. (PINHEIRO,1995) Fototermólise Seletiva O conceito de Fototermólise Seletiva foi inicialmente desenvolvido para o tratamento de manchas de vinho do porto em pacientes jovens, e houve o início do uso de lasers pulsantes de tintura na medicina. Com a seleção de um comprimento de onda de laser preferencialmente absorvido e sua descarga numa duração e fluência de pulso apropriado, alvos específicos podem ser destruídos enquanto limitam o dano nos tecidos circunvizinhos. O aquecimento seletivo é alcançado por uma combinação de absorção de luz seletiva, e uma duração de pulso menor ou aproximadamente igual ao TRT do alvo de ação. Isso produz calor localizado e seletivo com destruição focal do alvo. Em geral, a Fototermólise seletiva de várias lesões é melhor alcançada usando pulso em vez da tecnologia de laser contínuo, por causa dos pequenos TRTs dos alvos cutâneos, tais como vasos sanguíneos e células pigmentadas. Para a maioria dos tecidos, o tempo de relaxamento termal de uma dada estrutura- alvo em segundos é aproximadamente igual ao quadrado da dimensão do alvo em milímetros. (CATORZE, 2009) Há uma relação primária entre a duração da exposição e o aprisionamento da injúria termal. O TRT de um alvo é proporcional ao quadrado de seu tamanho. Para um dado material e forma, um objeto com metade do tamanho, esfriará em um quarto do tempo. Em geral, ótima duração de pulso para Fototermólise Seletiva é igual aproximadamente ao TRT. Vasos sanguíneos são uma ampla categoria e incluem capilares com um TRT de décimos de microssegundos; as veias das pernas, com um TRT de centenas de milissegundos; e as grandes veias de adultos com manchas de vinho do porto, as quais tem TRTs acima de décimos de milissegundos. TRT também está relacionado com a forma do alvo. Para uma dada espessura, esferas esfriam mais rápidas do que cilindros, os quais esfriam mais rápidos do que planos. (CATORZE, 2009) Os alvos pequenos pigmentados, tais como Nevos de Ota, são melhor tratados com pulsos curtos (nanosegundos), enquanto estruturas maiores, tais como folículos pilosos, tem TRTs grandes e são melhores tratados com pulsos maiores. (CATORZE, 2009) http://www.nupen.com.br/ CAPÍTULO VI – TIPOS DE LASERS Existem vários tipos de laser. (FOTO 15) Laser médio ou meio - A ação do laser médio geralmente dá ao laser seu nome e pode ser composto de um meio gasoso, líquido ou sólido. Trata-se do meio que será ativado. Ex: CO2, Diodo, Ruby, etc. Laser – Meio Gasoso - CO2 (Dióxido de Carbono); - Argônio; - Gold Vapor Laser. Laser – Meio Líquido - Dye laser (utilizam líquido com pigmento rhodamina); - Dye = pigmento, corante, tintura. Laser – Meio Sólido - Ruby; - Nd:YAG (Nd:YAG crystal); - Diodo; - Alexandrite (Alexandrite crystal). (MAZER, 2000) FOTO 15: Tipos de laser Fonte: http://slideplayer.es/slide/1096252/-18/06/2020 Normalmente o laser é designado pelo tipo de material empregado na sua geração. http://slideplayer.es/slide/1096252/-18/06/2020 Lasers de Estado Sólido O meio ativo está incorporado em uma matriz hospedeira, que pode ser tanto cristalina quanto amorfa. (MAZER, 2000) Na concentração do íon dopante, como no nosso exemplo acima, o neodímio é geralmente muito pequeno, 1:100. Porém, mesmo assim, isso significa que existe em torno de 10²º íons por centímetro cúbico. Por esse motivo, pequenos lasers em estado sólido podem apresentar altíssima potência no seu feixe de saída. Embora tenha sido desenvolvida uma grandegama de lasers em estado sólido, com muitas aplicações interessantes, poucos são comercializados. Os mais vendidos são Nd: YAG. Além do YAG: YLF (fluoreto de ítrio e lítio), YVO (vanadato de ítrio), YAP (perovsquita de alumínio e ítrio) e YSGG (granada de ítrio, escândio e gálio), que apresentam características materiais promissoras. (MAZER, 2000) Lasers Semicondutores Também chamados de lasers de diodo, baseados em materiais sólidos. Esses dispositivos eletrônicos costumam ser muito pequenos e utilizam baixa energia. (MAZER, 2002) É um pequeno cubo de material semicondutor com dimensões milimétricas, que converte diretamente corrente elétrica em energia luminosa. O material é crescido em camadas, de baixo para cima, dentro de um recipiente especial, similar ao crescimento de um cristal quartzo na natureza. A energia luminosa é emitida em forma de feixe de laser por uma das faces do cubo e apresenta, no máximo, uma potência de poucos watts. (MAZER, 2002) Até o momento, arranjos de lasers de diodo com alta potência de saída só existem para algumas faixas de comprimento de onda, em razão da complexidade dessa técnica. Essas faixas se estendem de 630 a 1.050 nm. (MAZER, 2002) Os diodos são classificados em diodos de emissão contínua (cw) e emissão quase contínua (qcw). Esse último modo de operação é essencialmente uma emissão contínua interrompida. Existem também os diodos pulsados de baixa potência, que operam pulsos de 100 ns (nanossegundos) com potência com picos de 500 watts. (MAZER, 2002) Lasers a Gás Um dos sistemas de laser mais vendidos no mundo é o sistema laser a gás, de dióxido de carbono CO2. Como o nome sugere, o meio ativo está na forma de vapor ou gasosa. Existem pelo menos cinco tipos de laser a gás. Eles são classificados como laser de átomos (Hélio- Neônio), laser íons (Argônio) ou laser molécula (CO2). Existe também o laser de vapor metálico (laser de cobre) e de excímero (ArF). Os excímeros são geralmente aletos de gases raros, que consistem de dois átomos e emitem no ultravioleta, portanto são especialmente adequados para fazer aplicação por meio de fotodissociação (quebra de estrutura das moléculas). (BEYLOT, 2008) Lasers de Excímero Até recentemente, esses lasers eram conhecidos pela necessidade de manutenção frequente e baixa potência de saída. Embora tenha havido um avanço tecnológico significativo nos últimos cinco anos, esse laser ainda apresenta alto custo. Os lasers de excímero operam no ultravioleta e, portanto, interagem com a matéria, principalmente por meio da fotodissociação. Esse processo é indicado à aplicação de microfuração e ablação superficial. Os efeitos danosos causados ao tecido biológico pela radiação ultravioleta não são totalmente conhecidos, é necessária muita cautela ao utilizar essa radiação. (BEYLOT, 2008) Os lasers de excímero disponíveis no mercado usam fluoreto de gases raros com emissão estreitas entre 193 e 351 nm. (BEYLOT, 2008) Lasers de Corantes Utilizam corantes orgânicos complexos, tais como a rodamina 6G, em solução líquida ou suspensão, como materiais de geração do laser. Podem ser ajustados em uma ampla faixa de comprimentos de onda (FOTO 16). FOTO 16 - Distribuição dos diferentes equipamentos com os seus respectivos comprimento de onda, regime de pulso e ação Fonte: Taís Amadio Menegat 2020 Profundidade - Penetração da Radiação do Laser Vários autores relacionam a profundidade do laser com os tecidos biológicos. Todos são unânimes em afirmar que os estratos biológicos são uma grande barreira à penetração da radiação óptica. Em relação às diferentes profundidades, cabe ressaltar que diferentes estudos relacionam a profundidade de penetração com diferentes porcentagens de energia. A radiação laser pode atingir entre 9,7 a 14,2mm com 1% de energia incidente. (CAVALCANTI, 2011) Devido à complexa estrutura dos estratos cutâneos, há uma grande dificuldade na quantificação tanto de absorção quanto de penetração da radiação laser. São quatro os processos que podem estar presentes nos diferentes segmentos cutâneos: reflexão, absorção, transmissão e difusão. A pele absorve cerca de 50% do laser incidente a cada 0,4 -1,0 mm de tecido (FOTO17). FOTO 17 – Feixo de reflexo Fonte: CAVALCANTI, 2011 Ionização > 6,0 ev HeNe 1,94 ev 0,0012 ev Infravermelh o Nível de Energia RecursTerapêutico O laser AsGa com 904 nm (comprimento de onda) apresenta poder de penetração maior, próximo de 1,0 mm de profundidade com 50% e radiação incidente, enquanto o laser HeNe tem 632,8 nm, aproximadamente 0,40 mm. Apesar da vantagem de maior penetração do laser AsGa apresentada, a desvantagem de emitir radiação somente no regime pulsado é que diminui muito a energia depositada, por causa disso, atualmente tem-se dado preferência aos equipamentos de emissão contínua. (CAVALCANTI, 2011) Vários autores relatam que a profundidade de penetração da radiação laser é de poucos milímetros e que a sua absorção se dá em nível superficial; assim existem algumas teorias que explicam o efeito a distância. Quando os níveis de energia dos quantuns sobrepassa os 4 ev (eletro-volts) pode-se levar à ruptura das ligações químicas dos compostos de carbono, hidrogênio ou nitrogênio, onde as forças de união são inferiores a 4 ev; nesse caso há um efeito acumulativo da radiação. Porém, quando a radiação possui níveis de energia de 1 a 4 ev, não é possível produzir tal ruptura, e sim um desprendimento dos elétrons, excitação eletrônica, que cessa imediatamente com o término da irradiação. Os elétrons desprendidos voltam ao seu estado estável de origem sem a possibilidade de apresentar efeitos acumulativos. As radiações com níveis energéticos inferiores a 1 ev promovem um efeito de vibração molecular com grande capacidade de penetração, provocando um aumento da temperatura. As radiações laser atualmente utilizadas na prática clínica promovemsomente uma excitação eletrônica, uma vez que o seu nível energético está abaixo de 4 ev. (FOTO 18 e 19). FOTO 18 – Nível da resposta com energia. Excitação de elétron 1,0 a 4,0 ev Fonte: Taís Amadio Menegat 2020 FOTO 18 – Recursos terapêuticos AsGa 1,37 ev Ultravioleta C 6,0 ev Fonte: Taís Amadio Menegat 2020 Nível de Resposta Nível de Energia Vibração Molecular < 0,8 ev Reflexão: pode ocorrer na interface entre os diferentes estratos, devido à diferença do índice de reflexão . Absorção: iniciará um processo bioquímico ou bielétrico. A absorção da radiação pelos diferentes tecidos dependerá do laser utilizado, uma vez que cada tecido absorve diferentes comprimentos de onda. HeNe é absorvido por tecidos, preferencialmente vermelhos, e o AsGa por tecidos brancos e translúcidos. Transmissão: é o percurso da radiação nos diferentes estratos. Difusão: ocorre em partes pelas moléculas, fibras ou células no interior dos estratos. É dependente das dimensões das partículas que formam o estrato em relação ao comprimento da onda em que se emite a radiação. (CAVALCANTI, 2011) CAPÍTULO VII – FUNCIONAMENTO DA RADIAÇÃO A LASER NA PELE A luz pode ser absorvida ou difundida através da pele. Em geral os efeitos nos tecidos ocorrem somente quando a luz é absorvida. (ANTONIO, 2010) Quando a absorção ocorre, o fóton entrega a sua energia a um átomo ou molécula chamada de cromóforo. Uma vez absorvido INpelo cromóforo, o fóton cessa de existir e o cromóforo se torna excitado. (FOTO 19) (ANTONIO, 2010) FOTO 19: Profundidade do laser Fonte: (http://www.bemestarmed.com.br/site/radiacao-luminosa-laser-e-luz-intensa- pulsada- fundamentos-dos-tratamentos-esteticos/) 20/06/2020 http://www.bemestarmed.com.br/site/radiacao-luminosa-laser-e-luz-intensa-A absorção de ultravioleta (UV) e luz visível levam à excitação eletrônica do cromóforo. Luz infravermelha tende a causar excitação vibracional. Os três cromóforos primários na pele são água, hemoglobina e melanina. Os cromóforos exibem faixas características de absorção em certos comprimentos de onda. É esse fato que permite o delineamento de alvos específicos para a atividade do laser. A melanina é largamente absorvida através do espectro. Em contraste, a absorção do sangue é dominada pela oxihemoglobina e ocorre reduzida absorção de hemoglobina, a qual exibe fortes faixas no UV, azul, verde e faixas amarelas. (ANTONIO, 2010) Na epiderme, normalmente pigmentada, a absorção é o processo dominante sobre a maioria do espectro óptico (200 – 1000nm). Na derme, a difusão pelas fibras de colágeno pode ocorrer. A penetração da luz na derme é largamente dominada pela difusão, a qual varia inversamente com o comprimento da onda. A profundidade de penetração está, geralmente, inversamente relacionada com o comprimento de onda entre 280 – 1300 nm. Nessa região corresponde ao UVB e UVA, visíveis e próximos do infravermelho; quanto mais longo o comprimento de onda, mais profunda a penetração. A luz dissipada é maior com comprimentos de ondas curtos. Num comprimento de onda abaixo de 300 nm há uma forte absorção para proteínas, ácido urocânico e DNA. Acima de 1300 nm, a penetração diminui devido à absorção da luz pela água. (ANTONIO, 2010) A luz se apresenta branca ou branco-amarelada porque contém todos os diferentes comprimentos de onda do espectro de luz visível. Um prisma colocado em frente a uma lâmpada irá refratar a luz e as cores que o constituem, irão separar-se em forma de arco- íris. A luz do laser é pura e monocromática tendo, portanto, atração por um cromóforo-alvo específico. A maior região de penetração do comprimento de onda é a 650 – 1200 nm, vermelha e perto da região do espectro infravermelho. As regiões menos penetráveis são as distantes do ultravioleta e do infravermelho. (ANTONIO, 2010) A capacidade de condensar energia luminosa em pulsos ultracurtos permite que moléculas-alvo possam ser excitadas até níveis energéticos mais elevados, absorvendo mais a energia no cromóforo-alvo e liberando uma energia total menor para os tecidos ao redor. (ANTONIO, 2010) Em termos práticos, temos: Tratamento de tatuagens e lesões pigmentadas benignas: a melanina tem absorção da luz e consequente ruptura da molécula nos comprimentos de onda entre 400 nm e 600 nm. Laser com comprimento de onda nessa faixa, como é o caso do Nd: Yag QS (532 nm), obtém bons resultados em lesões superficiais. Já tatuagens têm uma resposta específica para cada cor. Assim, tintas preta e azul absorvem radiação em uma ampla faixa de comprimento de onda no espectro visível e infravermelho proximal. Já a tinta verde responde melhor ao laser no comprimento de onda de 694 nm (QS de rubi) e 755 nm (QS de alexandrite). A cor amarela e as cores pastel são de difícil tratamento, e a resolução completa é incomum. As tatuagens feitas por amadores geralmente necessitam de menos tratamento do que as tatuagens feitas por profissionais. (TRINDADE, 2009) Redução de pelos: o mecanismo exato e o cromóforo responsável ainda permanecem incompletamente compreendidos. Supõe-se que o cromóforo absorvente seja a melanina na haste do pelo e nas células da matriz. Por esse motivo, pelos grisalhos e brancos são altamente resistentes ao tratamento. Observa-se uma boa resposta na radiação de espectro entre 600 e 1200 nm. Portanto, lasers de rubi (694nm), alexandrite (755nm), diodo (800 nm) e Nd: Yag (1.064nm) são os mais utilizados. (TRINDADE, 2009) Lesões vasculares: a hemoglobina possui pico de absorção da luz nos comprimentos de onda entre 400 nm e 600 nm ultrapassando apenas em alguns comprimentos a absorção de luz da melanina. Utilizando-se desses comprimentos consegue-se maior lesão vascular com menor risco de hipocromia. (TRINDADE, 2009) Resurfacing: esse é um capítulo a parte, uma vez que o princípio do tratamento é a lesão de todas as moléculas até o cromóforo, que na verdade tem papel de limitar a lesão ao absorver a energia. São os chamados lasers ablativos, que se destacam em relação aos anteriormente descritos. Essa classe de lasers tem como cromóforo a água e comprimento de onda elevado. Seus principais representantes são o laser de CO2 (10.600 nm) e Erbium:Yag (2.940 nm). (TRINDADE, 2009) CAPÍTULO VIII – INTERAÇÕES TERMINAIS Em aplicações dermatológicas, a maioria dos procedimentos que utilizam laser produz calor. Conforme a temperatura sobe, muitas das estruturas essenciais dentro das células são desnaturadas; isso inclui DNA, RNA e membrana das células. A desnaturação resulta na perda da função celular via coagulação das macromoléculas. A coagulação termal produz necrose na célula e, se difundida, uma queimadura. (COSTA, et al., 2011) A maioria das células humanas podem facilmente resistir a temperaturas até 40º C. A combinação de tempo e temperatura determina se uma dada população celular pode sobreviver em temperaturas mais elevadas. Isso ocorre porque a desnaturação termal é um processo de proporção: o calor aumenta à velocidade que as moléculas se desnaturam. (TOREZAN, et al., 1999) A exposição a temperaturas elevadas, na maioria dos organismos e células, induz uma reação chamada resposta ao calor de choque. (TOREZAN, et al., 1999) Essa resposta é caracterizada pela inibição da síntese proteica normal, e indução da síntese de um particular conjunto de proteínas chamadas de proteínas de choque de calor (HSPs), as quais conferem alguma resistência à lesão termal. Um exemplo que encontramos na natureza são algumas bactérias termofílicas que podem sobreviver de 80 a 90º C. Esses organismos têm membranas termalmente estáveis que são protegidas pela produção de HSPs. (COSTA, et al., 2011) Lesões termais por indução de laser são bem descritas por um modelo ARTHENIUS, o qual diz que o nível de desnaturação celular é exponencialmente relacionado à temperatura. Assim, o acúmulo do material desnaturado aumenta exponencialmente com a temperatura, e proporcionalmente com o tempo. Próximo de uma temperatura crítica (que é diferente para diferentes tecidos) ocorre uma rápida coagulação: isso é importante para as bem definidas margens histológicas de coagulação no laser e outras lesões termais. Na derme, a matriz estrutural proteica extracelular, o colágeno, tem um papel predominante na coagulação. (COSTA, et al., 2011) A elastina é termalmente estável e pode sobreviver à fervura sem lesão aparente. Por contraste, o colágeno tem transição aguda de derretimento por uma forma fibrilar entre 80 a 70ºC. Nessa, ou acima dessa temperatura, podem surgir cicatrizes. A fototermólise seletiva permite o aquecimento selecionado dos alvos dentro da derme, tais como vasos sanguíneos e folículos pilosos, com a preservação da derme entre os alvos. Um limite superior é colocado pela absoluta necessidade de manter a pele numa temperatura abaixo de 60 a 70ºC. (TOREZAN, et al., 1999) Quanto mais o tecido ficar exposto à energia do laser, maior disseminação da energia termal para os tecido circunvizinhos. Para limitar a exposição do tempo para uma dada fluência, o poder do laser deve ser aumentado para compensar; ou seja, a fototermólise visa destruir um tecido- alvo de forma controlada e localizada, lesionando ao mínimo os tecidos adjacentes. (TOREZAN, et al., 1999) Uma vez que a luz do laser foi absorvida pelo tecido, a energia é convertida em energia de calor. Através da condução, o tecido circunvizinho torna-se aquecido. O processo pelo qual o calor se torna difuso dentro do tecido por condução é chamado de relaxamento termal. O tempo de relaxamento termal (TRT) é definido por uma dada estrutura de tecido, com o tempo necessário para o tecidoaquecido perder metade de seu calor. A chave para desfazer a ablação do tecido é ser capaz de torná-lo mais rápido do que o calor, que é conduzido para o tecido circunvizinho. (TOREZAN, et al., 1999) Interações Laser – Tecido Um número de parâmetros controla os efeitos laser-tecido, incluindo comprimento de onda, fluência, irradiação, tamanho da lesão e a quantidade de tempo que o tecido é exposto à luz do laser. Com lesões menores, a luz é mais facilmente removida por difusão quando comparada com lesões maiores. Para alcançar a maior profundidade de penetração efetiva na pele, é utilizado em lesões grandes a combinação de comprimento da onda de 600 a 1300 nm. (ANTONIO, 2010) Resfriamento da Pele A melanina epidérmica é frequentemente um indesejado alvo cromóforo durante o tratamento a laser. Dano epidérmico pode ser minimizado com o uso de resfriamento da pele. Isso é especialmente importante no tratamento de tipos de pele mais pigmentada, nas quais os efeitos colaterais são mais comuns. Todos os métodos de resfriamento envolvem a extração do calor por condução à superfície da pele. O agente de refrigeração pode se mover ao longo da pele, como no caso de escoamento de gás ou líquido ou um sólido em movimento. Para o resfriamento de spray, o agente de resfriamento é um líquido cuja temperatura é mais baixa do que a temperatura da superfície cutânea. Nesse caso, o resfriamento é via evaporação; a camada refrigerante desenvolve num tempo enquanto o líquido ferve e evapora. Em refrigeramento com um contato sólido, o agente ativo é tipicamente um sólido com alta capacidade termal e condutividade. Com gel frio, o resfriamento passivo ocorre. A combinação da temperatura, qualidade de contato, e condutividade termal do meio frio determinam com que rapidez o calor pode ser extraído da pele. Há três tipos básicos de resfriamento da pele: pré-resfriamento, resfriamento paralelo e pós- resfriamento, que corresponde à extração do calor da pele, antes, durante e após a exposição ao laser. O pré-resfriamento diminui a temperatura antes da chegada do pulso do laser. Para pulsos mais curtos do que 5 ms, tais como o Q-switched, o tempo necessário para extrair calor de toda a epiderme é minimizado, o pré-resfriamento fornece toda a proteção necessária. Aparelhos de resfriamento dinâmico, tais como spray líquido de cryogen, fornecem um pré-resfriamento mais agressivo e superficial. O resfriamento paralelo se refere ao resfriamento durante o pulso laser, e é mais efetivo para pulsos mais longos do que 5 a 10 ms. Spray de resfriamento interfere fisicamente com o pulso do laser e é, portanto, não adequado para o resfriamento paralelo. Com a safira fria pressionada à pele, justamente antes ou durante o pulso longo do laser, é possível evitar seguramente fluências muito grandes, mesmo em peles pigmentadas. O pós- resfriamento é usado para minimizar a dor e o eritema. Esquema de resfriamento na emissão de luz pulsada para vasos. O uso do gel gelado minimiza dano térmico à epiderme e permite a termocoagulação do vaso. Sem o gel a epiderme já é afetada antes de ocorrer a coagulação do vaso. (FOTO 20) (ZHANG, et al., 2013) FOTO 20: Resfriamento da pele. Fonte: (KAMINSKY, 2009) No próximo exemplo ilustrativo, o spray de criogênico está sendo liberado sobre a pele milissegundos antes do pulso de laser. O resfriamento é rápido e ocorre somente na camada superior da epiderme. Pode ser controlada a quantidade de gás liberada e tempo de ação sobre a pele. Não resfria as estruturas abaixo da superfície da pele. Não impede a visibilidade durante o tratamento. (FOTO 21) FOTO 21: Resfriamento da pele durante aplicação. Fonte: (KAMINSKY, 2009) Caso tenha interesse em saber mais sobre este assunto indico os seguintes artigos: - Wang G. Low level laser therapy (LLLT). Technology Assessment. 2004, 34. - Patriota RCR. Laser um aliado na dermatologia. Rev Med São Paulo. 2007 abr.-jun.;86(2):64- 70.64 Resurfacing - Laser CO2 Foi desenvolvido em 1964 e seu comprimento de onda é intensamente absorvido pela água intra e extracelular. Laser de CO2 contínuo foi primeiro desenvolvido como instrumento de corte cirúrgico. Seu uso foi limitado pelo perigo de desidratação dos tecidos adjacentes. Essa limitação fez com que fossem desenvolvidos lasers de CO2 pulsados, que permitem um resurfacing com precisão e menores riscos. (CAMPOS, 2010) Várias modificações, relativamente recentes, têm sido aplicadas aos lasers de CO2, permitindo seu uso corrente como laser de escolha para resurfacing cutâneo profundo e para cicatrizes de acne. Apresentam também indicações para o tratamento de rugas, lesões superficiais, outros tipos de cicatrizes e fotoenvelhecimento. No entanto, pode ocasionar alguns efeitos colaterais significantes como infecção bacteriana e viral pós-operatória, cicatrizes, eritema prolongado e hipopigmentação permanente. (CAMPOS et al., 2009) Desde a descoberta da fototermólise seletiva por Anderson e Parrish, os lasers têm sido utilizados no tratamento do rejuvenescimento da pele, com início no Brasil na década de 1990. Os lasers de CO2 10.600nm e de Erbium 2.940nm não fracionados de primeira geração foram os primeiros a ser usados. A penetração depende do conteúdo de água e independe da melanina e da hemoglobina, sendo seu coeficiente de absorção de água de 800/cm. A duração média de um pulso é inferior a um milissegundo e penetra cerca de 20 μm no tecido. Os resultados foram muito animadores, mas, como fazem a ablação completa da epiderme, ambos apresentam todas as possíveis complicações da exposição total da derme no período pós- operatório (PO). O Erbium é um pouco mais suave, e tem menor incidência de efeitos colaterais. Por ser um procedimento tão agressivo, frequentemente gera um problema pessoal e familiar ao paciente. Todas essas dificuldades técnicas fizeram com que, após um período de grande entusiasmo, o CO2 e o Ebrium fossem realizados com menor frequência. (CAMPOS, 2010) Em laser de CO2 há uma mistura de gases de dióxido de carbono, hélio e nitrogênio. Durante a operação laser, os elétrons da corrente de descarga colidem com as moléculas de N2, que entram num estado excitado. Colidindo nesse estado com uma molécula de CO2, eles podem transferir sua energia de excitação para essa nova molécula que, recebendo a energia, salta para o nível energético laser superior. (CAMPOS et al., 2009) Diferentes Vibrações da Molécula de CO2 Diferencialmente de um laser sólido, a molécula de CO2 não acumula a energia de excitação através de elétron, que salta para órbitas mais altas, mas por meio de uma vibração relativa entre átomos da molécula. Após transferência de energia da molécula de nitrogênio para o CO2 por meio de uma colisão entre ambos, o CO2 executa uma vibração assimétrica de estiramento. Desse nível de energia, a molécula decai sob a emissão de um fóton para o nível laser inferior. Desse nível, a molécula retorna rapidamente para o nível fundamental, principalmente pela adição de hélio, que consegue retirar de maneira eficiente a energia restante da molécula de CO2. Além de ajudar no resfriamento do CO2, o hélio também tem propriedade de ajudar manter uma alta concentração de elétrons na área de descarga. (CAMPOS et al., 2009) Tipos de Laser CO2 Os lasers CO2 podem ser: contínuo, superpulsado, ultrapulsado e fracionado. Com a tecnologia utilizando laser de CO2, uma das primeiras tecnologias a serem utilizadas por terem um comprimento de onda muito alto, com atração não seletiva por cromóforos específicos (o CO2 atinge a água), tornou-se agressivo, com down time elevado e algumas complicações quanto à cicatrização, tendo sido ultrapassado por outras novas tecnologias. Atualmente tem seu uso enaltecido por ter sido associada à tecnologia fracionadacom atuação aleatória na pele. - Pulsado: energia constante, dano tecidual intenso -> utilização para corte e coagulação. Devido à condução do calor, cerca de 1 mm do tecido colateral é lesado. - Superpulsado: pulsos extremamente rápidos, de forma que o tecido interpreta de maneira continua, embora o dano tecidual colateral seja menor. Ultrapulsado: altos picos de energia, pulsos mais longos e intervalos entre os pulsos mais demorados, levando à vaporização do tecido com mínimo dano térmico à distância. - Flashcan: utiliza fonte continua em que espelhos computadorizados focalizam o feixe no tecido, distribuindo-o em forma de espiral. Menos de 0,1 mm de dano colateral. - Fracionado: emite luz de maneira fracionada e aleatória, promovendo menor down time, menor dor e resultados satisfatórios. (CAMPOS, 2010) Indicações Existem três indicações primárias para o uso do CO2: - Rugas e fotoenvelhecimento. - Cicatrizes traumáticas e de acne. - Lesões de pele. (CAMPOS, 2010) Rugas e Fotoenvelhecimento As rugas faciais podem ser divididas em duas categorias: estáticas, que são o resultado de fotoexposição crônica e do processo normal de envelhecimento, e dinâmicas, causadas por expressões faciais repetidas e ação muscular. (GUIRRO e GUIRRO, 2001) Desses dois tipos, as estáticas e o fotoenvelhecimento respondem melhor ao tratamento a laser. Para rugas dinâmicas é necessário associação com outros procedimentos visando à diminuição da ação muscular, causadora da ruga. (GUIRRO e GUIRRO, 2001) Pacientes com rugas generalizadas, periorbitais e rugas periorais (FOTO 23) terão uma melhora significante e duradora com a aplicação do laser CO2. (CAMPOS, 2010) FOTO 22 – Envelhecimento. Fonte: http://www.dermatofuncional.pt/envelhecimento-cutâneo 10/06/2020 http://www.dermatofuncional.pt/envelhecimento-cutâneo Cicatrizes Traumáticas e de Acne O laser de CO2 no tratamento de cicatrizes pode ser utilizado para rebaixá-las ou aplainar os tecidos vizinhos, no caso de cicatrizes atróficas, como sequela de acne(FOTO 24). Outros procedimentos podem ser associados com o objetivo de otimizar o resultado, como, por exemplo, subincisão ou preenchimento. (CAMPOS, 2010) FOTO 23 – Cicatriz de acne. Fonte: www.dermatologia.net - 10/06/2015 Lesões de Pele A principal indicação para o laser de CO2 são as lesões epidérmicas, como queratose actínica e seborréica, nevo epidérmico, verrugas, queilite actínica, dermatose papulosa nigra (FOTO 25). (CAMPOS, 2010) FOTO 24. – Lesão epidérmica. http://www.dermatologia.net/ Fonte: www.dermatologia.net - 10/06/2020 Lesões dérmicas também podem ser tratadas com o laser de CO2, apesar de não ser o ideal, pois o dano térmico profundo poderá levar à formação de cicatrizes. Essas lesões incluem: hiperplasia sebácea, siringomas, nevos intradérmicos, veno misto e rinofima. (CAMPOS, 2010) Mecanismo de Ação do Laser CO2 O laser CO2 opera na parte mediana da porção invisível do espectro eletromagnético, em 10.600 nm. Nessa faixa não há um cromóforo específico que absorva o laser, ocorrendo, portanto, absorção não seletiva da luz pela água intra e extra vascular. (AVRAM, 2009) Quando aplicado o laser CO2, a primeira passada remove a epiderme. A segunda e a terceira passadas fazem com que o colágeno se encolha, sendo produzido um efeito térmico controlado. Em longo prazo, ocorre a estimulação da formação de neocolágeno. (AVRAM, 2009) Passadas sucessivas terão pouco efeito ablativo em razão da falta do cromóforo (água), trazendo efeitos térmicos cumulativos, impossíveis de serem previstos e controlados. Assim, o laser de CO2 tem efeito ablativo menor e térmico maior, quando comparado ao érbio. (AVRAM, 2009) O mecanismo de rejuvenescimento facial com o laser de CO2 ocorre de três maneiras: - remoção da pele fotoenvelhecida; - encolhimento das fibras de colágeno; - a longo prazo, estimulação de neocolágeno. Dependendo da quantidade e da concentração de energia que incide no tecido, serão obtidos efeitos de ablação, podendo ser usado para corte (concentração de energia em um ponto) ou resurfacing (ponteira colimada). (AVRAM, 2009) Em geral, o mecanismo de ação dos lasers é pela produção de calor: pequenas elevações de temperatura produzem bioestimulação; elevações entre 60°C e 85°C provocam a coagulação; acima de 85°C, a carbonização; e a vaporização ocorre com temperatura próxima aos 100°C. (AVRAM, 2009) No laser de CO2, a vaporização ocorre quando o ele atinge a pele, através do aquecimento muito rápido da água – fenômeno que gera a ablação, remoção tecidual responsável pelo resurfacing ablativo. Além disso, essa reação é exotérmica, ou seja, libera calor que se dissipa pelas células adjacentes, gerando um efeito térmico residual. Essa transferência de calor é provavelmente responsável pela desnaturação do colágeno. A desnaturação do colágeno contribui para a contração em si do tecido (frequentemente visível a olho nu durante o procedimento) e a melhora das rugas e flacidez que ocorre após o procedimento. Esse fenômeno também induz uma reação tecidual que gera neocolagênese nos seis meses posteriores ao procedimento. Em resumo, o laser de CO2 produz rejuvenescimento da pele através da ablação (remoção da pele fotolesada), contração de colágeno e neocolagênese. (AVRAM, 2009). http://www.dermatologia.net/ Vantagens da técnica: Os resultados são excelentes após uma única sessão. Desvantagens e limitações: Sendo a técnica muito agressiva, o PO é longo e desconfortável, com risco relativamente alto de cicatrizes.Não deve ser feito nas épocas de maiores radiações solares, o que nem sempre é possível de se evitar em algumas regiões do Brasil. Contraindicações Absolutas: - Infecção herpética ativa. - Acne ativa. - Doenças do colágeno (esclerodermia). - Vitiligo. - Áreas submetidas à radioterapia ou queimaduras. - História de queloide, cicatriz hipertrófica. - Uso de isotretinoína nos últimos dois anos (essa droga promove atrofia dos anexos cutâneos, que são responsáveis pela reepitelização). Relativas: - Herpes Zoster. - Atrofia ou cicatriz pós peeling químico, mecânico ou eletrólise. - Peles sensíveis. - Pele tipo Fitzpatrick V e VI. - Descolamento ou retalho cutâneo recente. (FIFE,2009) Técnica passo a passo: Um mês antes: Recomendar o uso de filtro solar, ácidos retinoico, glicólico ou vitamina C. Pré procedimento: O uso de antiviral sistêmico é sempre obrigatório para a prevenção do herpes simples na face, sendo discutível o uso de antifúngicos e antibióticos profiláticos. Em peles mais claras, com menor risco de hiperpigmentação, produtos contendo ácido retinoico e hidroquinona serão utilizados por um período de duas a quatro semanas anteriormente à aplicação do laser CO2. Em peles mais escuras, deve se dar maior atenção à supressão da pigmentação com o uso de ácido glicólico, hidroquinona e kójico, por um período mais prolongado, dependendo da resposta da pele até por 12 semanas. Procedimento: Por ser muito doloroso, vários recursos devem ser utilizados para minimizar a dor do paciente. A anestesia tópica deve ser iniciada uma hora antes da sessão, acrescida do uso de sedativos orais e analgésicos. Muitas vezes, dependendo do nível de ansiedade do paciente, indica-se anestesia geral ou sedação. O aspirador de fumaça deve ser usado durante todo o procedimento, que só deve ser iniciado após a limpeza meticulosa da pele, eliminando-se quaisquer resquícios de creme anestésico. A anestesia troncular é bastante útil na analgesia das regiões malar e supralabial. O resfriamento da pele com ar frio entre os disparos (para não atrapalhar o aspirador de fumaça) alivia muito a sensação de queimadura que o laser de CO2 produz. Após o procedimento: O paciente deve ser mantido em sala bemresfriada, com máscara fria e ar gelado voltado para a face tratada, e se necessário deve ser prescrito um analgésico oral. O paciente deve deixar o consultório apenas após o alívio da dor. Utilizam- se compressas de solução salina para limpeza, creme cicatrizante e antiviral sistêmico até a epitelização completa. Nesse período, o paciente deve ser visto pelo médico diariamente ou em dias alternados. Antibiótico e antifúngicos sistêmicos devem ser imediatamente prescritos se houver indícios clínicos de infecção bacteriana ou monilíase. O LED (Luz Emitida por Diodo) tem efeito anti- inflamatório e cicatrizante,e pode ser usado no pós- operatório. O paciente deve ser orientado a não se expor diretamente ao sol por, no mínimo, seis meses após o procedimento. O paciente é instruído a usar filtro solar UVA/UVB não oleoso, contendo um bloqueador físico. No PO poderá ser associado à uma base cor da pele, para disfarçar o eritema. Resultados esperados: São muito exuberantes após uma única sessão, mas a técnica é invasiva e o paciente apresenta uma limitação social por 30 dias, mantendo-se a pele fotossensível e eritematosa por até seis meses. Assim como nos demais procedimentos a laser, com o laser de CO2 existe a necessidade de documentação fotográfica padronizada prévia e posterior, para a segurança do médico e demonstração dos resultados ao paciente, sendo também recomendável a obtenção do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Laser Erbium: YAG O Erbium: YAG foi o segundo laser desenvolvido para Resurfacing ablativo. Emite um raio com comprimento de onda de 2.940 nm na faixa infravermelha, que se aproxima do pico de absorção de água (coeficiente de absorção de água = 12.000). Esse laser tem profundidade de penetração limitada a 1 a 3 μm de tecido por J/cm2, enquanto o CO2 atinge 20 a 30 μm. O efeito térmico residual também é muito menor com o Er:YAG. Isso provoca uma ablação mais precisa da pele com um mínimo de danos para os tecidos (valor estimado de 10 a 40 μm). Ocorre sangramento durante o tratamento, caracterizando um inconveniente desse laser. A eficácia global do laser Er:YAG é comparável à do laser de CO2; no entanto, os resultados desse último são ainda considerados superiores na maioria dos estudos comparativos. Contudo, o laser Er:YAG induz cicatrização mais rápida e com efeitos colaterais menos frequentes e menos graves. Melhores indicações: envelhecimento facial moderado, tratando lesões pigmentadas e melhorando cicatrizes. É indicado para pacientes que querem rejuvenescer sem correr os riscos dos efeitos colaterais do laser de CO2 (STEINER, et al.,2011). Segundo Dr. Hughes, o laser Erbium: YAG produz contração cutânea de 14% após 16 semanas de aplicação, decorrente do remodelamento da derme. Zweig et al. publicaram, em 1988, um estudo comparativo da interação tecidual do laser Erbium: YAG infravermelho médio, que opera a 2,94 ųm e o de CO2 a 10.6 ųm. Chegaram à conclusão de que o dano térmico adjacente às aplicações do laser é mais reduzido com Erbium: YAG. Esse laser é capaz de promover na pele uma correção precisa de suas imperfeições por meio de um efeito controlado de vaporização tecidual, enquanto produz um estiramento zona residual de destruição térmica. CAPÍTULO IX – MECANISMO DE AÇÃO DO LASER ERBIUM: YAG Na água a profundidade de penetração do comprimento de onda do Erbium: YAG é de somente 0,75 ųm, sendo do CO2 de 10 ųm. Assim, esse laser possui um comprimento de onda de 2,94 ųm e apresenta um coeficiente de absorção de água 13 vezes maior em relação ao laser de CO2. Como o tecido é constituído substancialmente por H2O, a radiação por qualquer desses dois comprimentos de onda serve bem para cortes de alta precisão. Porém, em razão da disponibilidade de guias de onda óptica apropriada ao nível de 2,94 ųm, pode-se observar uma gama de aplicações cirúrgicas muito maior para o Erbium: YAG. (STEINER, et al.,2011) Um comprimento de onda de 2940 nm, pulsado com duração de 350 ms por pulso, também tem sido utilizado para resurfacing, com a vantagem de produzir menor eritema e ablação superficial com menor injúria térmica que o laser de CO2. Apresenta absorção 20 vezes superior ao CO2, assim sua penetração é 20 vezes menor que o CO2. (STEINER, et al.,2011) Vantagens da técnica: resultados visíveis após uma única sessão. Desvantagens e limitações: em caso de fotoenvelhecimento severo, há necessidade de repetir o tratamento. O risco de efeitos colaterais não é desprezível, porém menor quando comparado ao CO2. (STEINER, et al.,2011) Indicações Considera-se que as principais indicações para o uso do laser Erbium: YAG sejam para o tratamento de: - Melanoses e queratoses solares. - Rugas periorbiculares e periorais. - Rugas finas. - Rejuvenescimento cutâneo. - Nevos. - Hidradenoma sebáceo. - Rinofima. - Xandelasma. - Cicatrizes atróficas de acne. - Cicatrizes pós-traumáticas. - Implante capilar. Contraindicações - Considera-se que as principais contraindicações sejam: - infecções; - alergias; - alterações psíquicas graves. (NORONHA, et al., 2005) Técnica passo a passo Um mês antes: Conduta semelhante à do laser CO2. Pré-procedimento: Obrigatório o uso de antiviral oral no caso de história prévia de herpes simples na face. Procedimento: Proceder à limpeza da pele e utilizar o aspirador de fumaça; pode ser feito apenas com anestésico tópico, havendo necessidade eventual de sedação ou anestesia geral. Após o procedimento: A conduta é idêntica à do laser anterior, com a ressalva de que, com o uso do laser Er:YAG, os fenômenos dolorosos e inflamatórios são de menor intensidade. Resultados esperados: Os resultados são altamente satisfatórios para o fotoenvelhecimento moderado; em casos de fotoenvelhecimento severo, devem ser indicadas sessões complementares. Caso tenha interesse em saber mais sobre este assunto indico os seguintes artigos: - Campos V, Mattos RA, Fillippo A, Torezan LA. Laser no rejuvenescimento facial. Surgical & Cosmetic Dermatology 2009;1(1):29-36 - Saluja R, Khoury J, Detwiler SP, Goldman MP. Histologic and clinical response to varying density settings with a fractionally scanned carbon dioxide laser. J Drugs Dermatol. 2009;8(1):17-20. CAPÍTULO X – TRATAMENTO VASCULAR COM LASER Os lasers apresentam excelentes resultados no tratamento das lesões vasculares. Tanto emitido em luz visível (argônio, vapor de cobre, laser corante pulsado), como invisível (CO2 e Nd: YAG) têm sido utilizados no tratamento dessas desordens cutâneas (CARVALHO, et al., 2010). Cada um desses lasers produz diferentes comprimentos de onda e amplitudes de pulsos e envolve um método diferente de distribuição de energia, onda contínua, quase contínua, pulsada e q-swiched cujas características determinam seu efeito no tecido vascular (CARVALHO, et al., 2010). As lesões vasculares são constituídas de cromóforos vermelho-azulados, nos quais a principal substância que absorve luz é oxihemoglobina. Uma vez que a luz incide e é absorvida pela hemoglobina, ocorre sua conversão em calor, que danifica o endotélio e o tecido conectivo adjacente, alterando suas características e destruindo o vaso. Os picos de absorção da oxihemoglobina verificam-se principalmente na porção azul-verde-amarela da luz visível (400 a 600 nm) com menor absorção entre 800 a 1.100 nm. A luz visível tem sido o principal instrumento usado para o tratamento das lesões vasculares. Maiores comprimentos de onda penetram mais profundamente na pele com menor dispersão. Os comprimentos de onda de 577 a 585 nm, que coincidem com um pico de absorção da hemoglobina, têm sido os raios utilizados na maioria dos equipamentos para o tratamento dessas lesões (CARVALHO, et al., 2010). Os lasers com maior comprimento de onda (532 a 690 nm) permitem a penetração mais profunda da luz,demonstrando maior seletividade para hemoglobina do que para melanina. Os de menor comprimento de onda (488 a 532 nm) tendem a ser melanina- específico, causando competição com a melanina. Quanto mais amarela a luz, maior afinidade com hemoglobina; quanto mais verde, maior afinidade com a melanina. Os lasers quase contínuos são excelentes para o tratamento de telangiectasias de grande calibre, em razão da sua capacidade de produzir mais calor profundo. Nas telangiectasias de pequeno calibre, ou pequenos vasos, e em hemangiomas, pode ser utilizada a luz intensa pulsada, 532 nm (NAVARRO, et al, 2001). Classificações das Lesões Vasculares Podem ser classificadas de acordo com sua evolução, em congênitas ou adquiridas. Congênitas - Manchas cor de vinho do porto (PWS). - Hemangiomas. - Más-formações venosas. - Linfangiomas. Adquiridas - Telangiectasias. - Angiomas em “cereja”. - Lagos venosos. - Granuloma piogênico. - Poiquilodermia de Civatte. - Sarcoma de Kaposi. As lesões congênitas são mais frequentes na cabeça e região cervical, e por definição aparecem na infância. Por outro lado, as adquiridas desenvolvem-se em qualquer período de vida, como resultado de traumas, influência hormonal, degeneração solar, ou como sinal de uma síndrome. (CARVALHO, et al., 2010) Principais Indicações do Uso do Laser em Lesões Vasculares - Mancha cor de vinho do porto (PWS). - Hemangiomas. - Telangiectasias. - Poiquilodermia de Civatte. - Angioma em “cereja”. - Rosáceas. (NAVARRO, et al, 2001) Sistema a Laser Utilizado para Tratamento de Lesões Vasculares Na década de 70 a 80 o laser de argônio e outros lasers de onda contínua e quase contínua foram os sistemas de escolha para o tratamento das lesões vasculares. Embora em alguns casos os resultados fossem satisfatórios, havia 25% de incidência de formação de cicatrizes inestéticas, o que limitou o uso dessa tecnologia. (CORCOS, et al., 2005) Com o desenvolvimento da teoria da fototermólise seletiva por Anderson e Parrish, em 1983, foi possível considerar que os cromóforos da pele, tais como a hemoglobina e a melanina, poderiam ser seletivamente destruídos por lasers que emitissem luz com comprimento de onda e duração de pulsos específicos. A proposta seria causar dano vascular específico, com o uso de um comprimento de onda bem absorvido pelo alvo e duração de pulso rápido suficiente para limitar o dano térmico. A absorção localizada do laser, com subsequente produção de calor no alvo, causa danos seletivos sem comprometimento da pele adjacente. No entanto, se a energia do laser for absorvida pelos vasos, mas a duração da exposição for excessiva, haverá geração de calor capaz de produzir coagulação não específica dos tecidos adjacentes. Essas dispersões de energia dificultam a chegada dos comprimentos de onda desejados ao cromóforo-alvo, e aumentam o risco de efeitos adversos tais como cicatrizes. (CORCOS, et al., 2005) Embora cada sistema a laser tenha sua vantagem, nenhum deles revelou-se tão específico como o laser de corante pulsado (PDL). O PDL original foi sendo modificado, minimizando seus efeitos colaterais. Esse laser inicialmente foi desenvolvido com comprimento de onda de 577 nm, correspondendo a um dos picos de absorção da oxihemoglobina, com spot size de 5 mm e velocidade de um pulso a cada 3 s. Posteriormente desenvolveu-se o modelo 585 nm de comprimento de onda, proporcionando melhor absorção, sem perda da especificidade vascular. Esse laser dispõe de vários spot size, inclusive um de 10 mm que permite a penetração dérmica mais profunda. O aparelho possibilita o tratamento de áreas específicas com menor número de pulsos e velocidade de um pulso por segundo, diminuindo o tempo de aplicação. Tipos dos Lasers para Lesão Vascular Os lasers usados para lesões vasculares são separados em três categorias: lasers contínuos e quase contínuos, lasers pulsados e fontes levemente pulsadas. (CORCOS, et al., 2005) Laser de Onda Contínua e Quase Contínua A primeira categoria inclui lasers tais como o laser de argônio (488 nm-514 nm), o laser de argônio bombeado ajustável na cor (488- 638 nm), o vapor de cobre e lasers de brometo de cobre (578 nm), o laser de fosfato de potássio e titânio (KTP-532 nm) e o laser de criptônio (568 nm). O laser de argônio foi o tratamento de escolha para muitas lesões vasculares dos anos 70 até o fim da década de 80. Apesar da absorção seletiva da luz de laser de argônio, pela hemoglobina, em vasos sangüíneos, a natureza contínua do raio de luz produz uma lesão, por causa do calor (térmico) não específico no tecido adjacente aos alvos vasculares, aumentando a probabilidade de formação de cicatriz. Além do mais, a absorção concomitante pela melanina leva freqüentemente a mudanças de pigmentação que são permanentes após a terapia a laser. Apesar do alto índice de efeitos adversos, o laser argônio ainda é útil no tratamento de manchas vinho do porto nodulares (PWSs), telangiectasias faciais, angiomas em aranha de fluxo alto, granulomas piogênicos e lagos venosos espessos. Os lasers de ondas semicontínuas (cobre, brometo, criptônio e KTP) têm sido usados para muitas lesões vasculares diferentes, mas devido ao seu curto intervalo entre os pulsos, os vasos não resfriam adequadamente depois da pulsação do laser, e a lesão vascular produzida é idêntica àquela de laser CW. Em um esforço para otimizar o tratamento e limitar o prejuízo dos tecidos adjacentes, aparelhos cuidadosamente examinados foram anexados aos lasers CW e de ondas semicontínuas, distribuindo pontos pequenos e não adjacentes em uma área de tratamento predeterminada. Ainda, a duração do pulso permaneceu longa demais para fototermólise seletiva a ser realizada, aumentando o risco de prejuízo térmico extensivo. (CORCOS, et al., 2005) Laser Pulsado Estes são divididos em três categorias principais: lasers de corantes pulsados, os lasers KTP pulsados e os lasers pulsados infravermelhos (IR). Laser de contate pulsado O laser de corante pulsado, Pulsed Dye Laser (PDL), o primeiro laser desenvolvido baseado na teoria da fototermólise seletiva, foi projetado especialmente para tratar interiormente vasos nas PWSs em crianças. Ele usa uma lanterna de luz de alto poder para energizar uma tintura orgânica (rodamina) e para produzir um pulso verdadeiro de luz amarela. A PDL original emitiu um comprimento de onda de 577 nm, coincidindo com o último pico de absorção de oxihemoglobina. A tintura foi então modificada para produzir luz em 585 nm e para levar em consideração a penetração de tecido mais profundo da luz, apesar de uma ação vascular levemente menos seletiva. A duração do pulso da PDL tradicional (450 cs) é mais curta do que o tempo de relaxamento térmico calculado da vasculatura cutânea (1 a 3 ms por diâmetro de vaso de 10 a 100 cm, respectivamente) e leva em consideração a absorção de energia suficiente pela oxihemoglobina, ao causar coagulação das hemáceas. Um exame histológico das PWSs, após tratamento com com PDLs, demonstra uma epiderme intacta com vasos sanguíneos da pele superficiais, contendo eritrócitos aglutinados, fibrina e trombina Esses achados histológicos correlacionam-se com a púrpura vista clinicamente, imediatamente após exposição aos PDLs. Um mês após o tratamento, os vasos destruídos são substituídos por vasos de aparência normal, sem evidência de cicatriz na pele. (MEDEIROS, 2005) O PDL clássico é considerado o tratamento de escolha para muitas lesões vasculares, tais como as PWSs, particularmente em bebês e crianças, telangiectasia facial, incluindo angiomas em aranha, eritema e telangiectasia associados com rosácea, hemangioma superficial e poiquiloderma de Civatte. O uso de PDLs foi também expandido para incluir lesões não vasculares, tais como verrugas,cicatrizes hipertróficas, estrias extensas, rugas e psoríase. Modificações mais recentes no PDL incluíram a adição de sistemas de resfriamento ativo, tais como um sistema de resfriamento em spray que distribui esguichos a temperaturas baixas na superfície da pele antes da pulsação a laser (aparelho de resfriamento dinâmico, Candela, Wayland, MA), ou um sistema de resfriamento de ar com um fluxo contínuo de ar resfriado na área de tratamento, durante a aplicação do laser (SmartCool, Cynosure, Chelmsford, MA). Protegendo a epiderme, esses métodos de resfriamento permitem o uso de doses de luz de incidência mais alta para o tratamento de lesões vasculares resistentes e reduzem a dor e a aflição associados à terapia a laser. (MEDEIROS, 2005) Apesar da eficácia de PDLs clássicos em uma variedade de entidades vasculares, algumas lesões profundas com vasos sanguíneos maiores, tais como telangiectasias da perna e alguns PWSs são resistentes a essa terapêutica. O desenvolvimento de púrpura no pós-operatório, que geralmente dura de duas a três semanas, permanece um fator limitante para muitos pacientes. Além do mais, estudos mostraram que a duração do pulso ótimo para o tratamento de vasos de 30-50 cm de diâmetro está situada no domínio de 1-10 ms. Essas observações levaram ao desenvolvimento de PDLs com comprimentos de onda de penetração mais profunda (595 e 600 nm) e durações levemente mais longas (1,5 ms), que aquecem os vasos mais suavemente, produzindo púrpura menos profunda e de menor duração do que os PDLs tradicionais (clássicos). Usados com um spray resfriador e um software que permite fluências muito altas, os lasers de tintura de pulso longo alcançaram resultados impressionantes nas PWSs e hemangiomas, com clareamento mais rápido das lesões e menos sessões de tratamento. Vasos faciais que não foram receptivos ao tratamento de PDL clássico, assim como o PDL azul e os vasos mais profundos nas cavidades paranasais, também mostraram resposta significante após o tratamento com os lasers de tintura de pulso longo. O tratamento de veias na perna de menos de 0,4 mm de diâmetro também indica promessa, mas os resultados no tratamento de vasos de calibre mais grosso foram decepcionantes. Os lasers mais novos de corante de pulso variado ou ultralongo (V-Beam, Candela, Wayland, MA; V Star, Cynosure, Chelmsford, MA) foram recentemente adicionados ao grupo de sistemas de PDL. Ao distribuir fluências de laser equivalentes sobre durações de pulso variáveis (mais de 40 ms), esses aparelhos versáteis de laser são capazes de tratar vasos de vários tamanhos. Além disso, sua duração de pulso mais longa permite um aquecimento mais suave e uniforme dos vasos atingidos, resultando em redução ou ausência de púrpura pós-operatória. Estudos clínicos indicaram que esse tipo de laser é altamente eficiente no tratamento de eritema facial (sem vasos visíveis), com fluências que não resultam em púrpura. O tratamento de telangiectasias faciais visíveisl ou PWSs pode também ser realizado, mas com fluências imediatamente acima do limiar para indução de púrpura (MEDEIROS, 2005). Laser KTP Pulsado Lasers KTP pulsados ou Nd:YAG de dupla frequência e longo pulso, que emitem luz verde em 532 nm, também foram desenvolvidos num esforço em tratar anomalias vasculares sem púrpura, no período pós-operatório. Vários lasers KTP pulsados estão atualmente em uso clínico, com durações de pulso variando de 1 ms a 100 ms, atingidos no tecido através de um aparelho de fibra óptica. Estudos mostraram que esses lasers são eficazes no tratamento de telangiectasia facial e uma variedade de anomalias vasculares, mas a sua eficácia no tratamento de PWSs e telangiectasias na perna está ainda sob investigação. As vantagens distintas desse grupo de lasers são a forte absorção de seu comprimento de onda, de 532 nm, pela hemoglobina e ausência de púrpura no período pós-operatório. Os últimos resultados do aquecimento lento de vasos sanguíneos em durações de pulso mais longas levaram em consideração o resfriamento dos vasos, sem a ruptura da parede do vaso ou extravasamento de células sanguíneas dentro dos espaços intersticiais. A desvantagem dos lasers KTP pulsados é a sua profundidade limitada de penetração na pele, devido a seu comprimento de onda curto. Além disso, a luz de 532 nm compete pela absorção com melanina mais do que os comprimentos de onda mais longos, resultando em mudanças potenciais de pigmentos, particularmente em pacientes com pele de pigmentação mais escura. (KALIL, et al., 2009) Laser infravermelho de pulso longo Oxihemoglobina e hemoglobina reduzida têm características de absorção com ligações no espectro próximo a infravermelho (700 - 1200 nm) e na velocidade ms. Vários lasers pulsados emitindo no espectro próximo ao infravermelho foram usados no tratamento de veias nas pernas, tais como a alexandrite (755 nm), o diodo (800 nm) e o Nd:YAG (1064 nm). Seu comprimento de onda é menos absorvido pela melanina, portanto permite uma penetração mais profunda na pele, mas a sua absorção pela hemoglobina é muito menor do que outros lasers vasculares específicos. É, entretanto, suficiente para fotocoagular veias reticulares superficiais e mais profundas (com mais de 3 mm de diâmetro) de forma eficaz, através de pele clara ou com pigmentação mais escura. A seguir vamos ver os lasers usados para lesões vasculares: lasers contínuos e quase contínuos, lasers pulsados de modo mais específico(FOTO 26). Laser de Onda Contínua Laser Argônio Até o desenvolvimento dos PDL, o laser Argônio era o tratamento de escolha para PWS. Emite luz em 6 diferentes comprimentos de onda, que variam de 457,9 a 515,4 nm, em faixa azul/verde do espectro visível e produz onda contínua, embora possa ser intermitente. A profundidade de dano vascular é aproximadamente 1 mm e os comprimentos de onda são absorvidos tanto pela oxihemoglobina quanto pela melanina. Em razão da competição entre esses dois cromóforos, há menor penetração do laser ao nível do vaso em pacientes fototipo IV, V, VI e bronzeados. Diferentemente dos PDL, que causam dano térmico limitado no vaso, o laser argônio causa dano não seletivo das estruturas adjacentes, e como resultado da absorção da luz pela melanina, hipo e hiperpigmentação ocorrem em grande porcentagem nos pacientes; 5 a 25% dos casos resultam em cicatrizes inestéticas ou atróficas. O tratamento com laser argônio é doloroso e necessita anestesia. Os cuidados pós-operatórios são importantes, uma vez que o tratamento leva ao deslocamento imediato da derme e epiderme. Laser CO2 Emite onda de 10.600 nm, infravermelha, que é primariamente absorvida pela água, resultando na vaporização do tecido durante a coagulação de vasos sanguíneos. O dano térmico produzido pelo laser de CO2 é não seletivo, causando agressão à epiderme e derme, com maiores efeitos colaterais. Embora não seja um laser de escolha para lesões vasculares, foi utilizado no passado. (BEYLOT, 2008) Laser de Onda Quase Contínua Há lasers que, embora não emitam ondas contínuas de radiação, apresentam características pulsáteis tão rápidas que a pele as interpreta como uma fonte contínua de energia. São: laser de criptônio (520 a 568nm), Dye laser (577 a 585nm), laser de vapor de cobre, que emite luz de 511 a 578nm e o laser KTP em 532nm. Laser de Vapor de Cobre Esse laser emite onda única de 578 nm ou combinada com uma de 511 nm. A série de pulsos é de 10 a 40 ns, com 2mJ de energia por pulso. Esse comprimento de onda é bem absorvido pela oxihemoglobina e pode penetrar mais profundamente no tecido-alvo. Os pulsos não podem ser emitidos individualmente. Os disparos seriados levam à destruição térmica do vaso-alvo e também ao dano térmico não seletivo. Embora não existam estudos comparativos com outroslasers, o laser de vapor de cobre parece ser efetivo em telangiectasias, PWS planas e escuras ou maduras e hipertróficas. No entanto, o dano seletivo pode levar à formação de cicatrizes, principalmente no tratamento de vasos menores. Laser KTP (Potássio/Tritanil/Fosfato) Muitos lasers KTP pulsados são utilizados para lesões vasculares. O laser KTP de 532 nm foi escolhido por ter comprimento de onda com boa absorção pela hemoglobina. Embora o mecanismo desse equipamento seja variável, todos produzem pulsos de 532 nm. O resultado de tratamento de lesões faciais é excelente. Não causa púrpura, podendo, no entanto, causar eritema, que em geral desaparece em menos de 24 horas. Sua limitação deve-se ao fato de que esse comprimento de onda trata bem os vasos superficiais, porém tem pouca penetração na pele, não atingindo vasos mais profundos. Como sua absorção pela melanina está aumentada, esse laser deve ser usado com cautela em pacientes foto tipo IV ou mais, pelo maior risco de desenvolver alterações pigmentares. (KALIL, et al., 2009) Laser Pulsado Laser Corante Pulsado O laser corante pulsado, Pulsed Dye Laser (PDL), o primeiro laser desenvolvido baseado na teoria da fototermólise seletiva, foi projetado especialmente para tratar interiormente vasos nas PWS em crianças. Apresenta comprimento de onda específico para os cromóforos da hemoglobina e segue o princípio da fototermólise seletiva. O modelo inicial de 577 nm correspondia a um dos picos de absorção da hemoglobina, sendo posteriormente ajustado para 585 nm, permitindo penetração mais profunda na derme, sem perda da especificidade vascular. Foram desenvolvidos para causar dano vascular específico nos vasos dérmicos de diâmetro de 100 ųm ou menos. Os parâmetros requeridos são: amplitude de pulso (pulsewidth) de menos 1 ms, comprimento de onda próximo ao pico de absorção da oxihemoglobina (541 a 577nm) e alto pico de densidade de energia, próximo a 10 Jm². A curta duração de pulso e o alto pico de densidade de energia distinguem esse laser de outros disponíveis para o tratamento das lesões vasculares. A amplitude de pulso menor que o tempo de relaxamento térmico dos pequenos vasos agride seletivamente as hemácias e as células endoteliais, sem causar dano térmico ao colágeno adjacente. Esse dano específico pode ser demonstrado histologicamente numa profundidade de 1,2 mm nas PWS tratadas, encontrando-se hemácias, fibrinas e plaquetas aglutinadas dentro dos vasos irradiados situados na derme papilar e reticular. A junção dermoepidérmica aparece intacta e os vasos sanguíneos são substituídos por estruturas dérmicas normais e capilares, sem fibrose, dentro de um mês após o tratamento. (CARDOSO, et al., 2006) O efeito imediato da aplicação é a formação de manchas púrpuras cutâneas, que duram de 10 a 14 dias. Os lasers de corante pulsado utilizam o corante rodamina, que produz comprimento de onda de 585 a 600 nm. Os equipamentos mais recentes, com duração de pulsos maiores, têm a capacidade de penetrar mais profundamente e tratar lesões de maior calibre. (CARDOSO, et al., 2006) Um exame histológico das PWS, após tratamento com PDL, demonstra uma epiderme intacta com vasos sanguíneos da pele superficial contendo eritrócitos aglutinados, fibrina e trombina. Esses achados histológicos correlacionam-se com a púrpura vista clinicamente, imediatamente após exposição aos PDL. Um mês após o tratamento, os vasos destruídos são substituídos por vasos de aparência normal, sem evidência de cicatriz na pele. (CARDOSO, et al., 2006) Os lasers mais novos de corante pulsado, variado ou ultra longo foram recentemente adicionados ao grupo de sistemas de PDL. Ao distribuir fluência de laser equivalente sobre durações de pulsos variáveis (mais de 40ms), esses aparelhos são capazes de tratar vasos de vários tamanhos. (CARDOSO, et al., 2006) Laser Pulsado de Longo Pulso Foram inicialmente utilizados no tratamento de telangiectasias de perna de pequeno calibre e hoje já são empregados em grande variedade de lesões vasculares. Casos de PWS resistentes ou recalcitrantes podem agora ter resultados mais encorajadores utilizando-se o laser de pulso maior, com amplitude de pulso de 1,5 ms. Lasers pulsados de longo pulso, que emitem comprimento de onda de 590 a 600 nm com pulsos de 1 a 10 ms, são usados para tratar vasos de grande calibre e mais profundos, sendo também úteis no tratamento de lesões recalcitrantes de PWS. Outra área em que seu uso pode ser promissor é no tratamento das telangiectasias das pernas de maior calibre. (CORCOS, et al., 2005) Laser Alexandrite O laser de alexandrite tem comprimento de onda de 755 nm. É utilizado principalmente para remoção de pelos. Esse comprimento de onda mais longo penetra mais profundamente na pele e é meno absorvido pela melanina superficial. Modelo: Q-switched, 50-100μs Long pulsed, 10- 50ms; Lasers Q-switched produzem pulsos muito curtos com um poder muito alto de pico. Variando a duração de pulso, as ondas podem ser distribuídas em milissegundos (alexandrite 20ms; diodo 10 a 250 ms). Esses lasers são também efetivos no tratamento de lesões vasculares e potencialmente úteis para tratar telangiectasias nas pernas e outras más-formações congênitas. Podem ter resultado satisfatório também em vasos de maior calibre. (TRINDADE, 2009) Laser Nd:YAG Laser de luz infravermelha que emite comprimento de onda de 1.064 nm. Pode ser distribuído em modo contínuo ou pulsado (Q-swiched). Esse comprimento de onda é pouco absorvido pelos cromóforos da pele, permitindo uma maior penetração em profundidade de 4 a 6 mm e ampla difusão de raios, resultando em dano térmico inespecífico para a pele. (NORONHA, et al.,2004) O laser Nd: YAG tem boa indicação para tratamentos de PWS volumosa e de hemangiomas, porém pode causar dano térmico inespecífico, é difícil prevenir o desenvolvimento de cicatrizes hipertróficas e alterações pigmentares permanentes, o que tem limitado seu uso no tratamento das lesões vasculares superficiais. (NORONHA, et al.,2004) Os lasers Nd: YAG pulsados de frequência dobrada emitem luz verde com 532 nm. Para produzir luz 532 nm, o comprimento de onda é divido ao meio e a frequência dobrada com um cristal óptico de Potássio/Tritanil/Fosfato (KTP). Esse comprimento de onda é próximo de um dos picos de absorção de hemoglobina, e a amplitude de pulso resultante em alguns sistemas de laser operam em milissegundos, próxima ao relaxamento térmico dos pequenos vasos cutâneos, aquecendo o vaso mais lentamente e causando dano térmico sem que ele seja rompido. (NORONHA, et al.,2004) Não há formação de púrpura e o tratamento é bem aceito pelos pacientes. As aplicações são realizadas em vasos individualmente, sendo difícil tratar áreas extensas como nos lasers pulsados. A penetração da luz 532 nm é mais superficial, mais difícil nas peles pigmentadas e menos efetiva por sessão de tratamento que nos lasers pulsados. (NORONHA, et al.,2004) Caso tenha interesse em saber mais sobre este assunto indico os seguintes artigos: -Patriota RCR. Laser um aliado na dermatologia. Rev Med São Paulo. 2007 abr.-jun.;86(2):64- 70.64 CAPÍTULO XI – TRATAMENTO DE LESÕES PIGMENTADAS COM LASER O tratamento das lesões pigmentadas a laser foi realizado inicialmente com laser não seletivo, que apenas cauterizava as lesões, queimando indistintamente todos os componentes da pele. O princípio da fototermólise seletiva permitiu tratar de maneira seletiva as lesões pigmentadas. O primeiro laser desenvolvido utilizando esse conceito foi o flashlamp-pumped pulsed dye laser para tratamento de lesões vasculares. Todavia, os primeiros experimentos para tratamento de lesões pigmentadas foram realizados no início da década de 60, por Goldman, que utilizou o laser rubi no modo normal. A intenção do tratamentoa laser para lesões pigmentadas é a de remover o pigmento indesejado, a melanina, sem, no entanto, destruir as estruturas circunjacentes. O melanossoma, organela intracelular que armazena melanina é o alvo que deve se atingir. Podem-se utilizar diversos lasers para tratar lesões pigmentadas, pois a melanina tem a capacidade de absorver vários comprimentos de onda. Os lasers com comprimento de onda maiores penetram mais profundamente na pele, podendo tratar lesões dérmicas, além de epidérmicas. Os lasers com comprimento de onda mais curtos tratam eficientemente as lesões epidérmicas, porém não são eficientes para tratar pigmentos dérmicos. Para decidir qual laser utilizar, deve-se determinar a localização do pigmento, se está localizado na epiderme ou derme. Além disso, a correta identificação da lesão determinará se o laser é a melhor indicação de tratamento (FOTO 27). (GUIRRO e GUIRRO, 2001) FOTO 26 - Principais Características Clínicas das Lesões Pigmentadas Tratadas com Laser. Lesões Epidérmicas Lesões Dérmicas Lesões Mistas Melanoses Nevo de Ota Pigmentação pós- Efélides Nevo de Ito inflamatória Manchas café com leite Nevo melanocítico Melasma Nevo de Becker Nevo azul Nevo spilus Fonte: Taís Amadio Menegat 2020 CAPÍTULO XII – LASERS UTILIZADOS Para obter um bom resultado com o tratamento a laser para lesões pigmentadas, é preciso levar em conta alguns fatores: a correta identificação da lesão; escolha adequada do aparelho, com base na profundidade do pigmento na pele e escolha da energia adequada a ser utilizada. (MAIO, 2004) Laser Não Seletivo Os lasers não seletivos não possuem capacidade de destruir especificamente o pigmento e lesam indistintamente todos os componentes da pele. Os mais utilizados são os lasers de CO2 e Er: YAG. Ambos os lasers têm afinidade pela água e, portanto, destroem indistintamente todas as estruturas da pele. (MAIO, 2004) Podem ser utilizados para tratar lesões pigmentadas epidérmicas com relevo, com os nevos verrugosos e a queratose seborreica pigmentada. Embora possam tratar efélides e melanoses eficientemente, uma vez que promovem a remoção da camada da pele, seu uso implica incidência maior de efeitos colaterais. (MAIO, 2004) Lasers Seletivos São os mais adequados para o tratamento de lesões pigmentadas. O estudo da absorção da melanina mostra que ela absorve luz em uma faixa grande de comprimento de onda. A oxihemoglobina, no entanto, também absorve a luz em alguns desses comprimentos de onda. Os lasers para tratar pigmento devem, portanto, possuir comprimento de onda que seja preferencialmente absorvido pela melanina e pouco absorvido pela oxihemoglobina. A duração de pulso do laser deve ser muito pequena, menor do que o tempo de relaxamento térmico da estrutura-alvo, a melanina, para que o calor seja confinado apenas a essa estrutura e o mínimo de calor seja irradiado para os tecidos vizinhos. Os estudos mostram que o alvo é a melanossomas, estrutura celular que armazena a melanina. CAPÍTULO XIII – TIPOS DE LASER Laser Quase Contínuo Dentre os lasers chamados de quase contínuos, aqueles com comprimento de onda pequenos, entre 510 e 532 nm, são excelentes para o tratamento de lesões pigmentadas epidérmicas. Embora seus pulsos sejam longos, maiores do que o tempo de relaxamento térmico do melanossoma, penetram superficialmente na pele, de modo a não gerar calor desnecessário na derme. Laser Pulsado Q-Switched Esses lasers possuem pulsos de curta duração, confinando o dano térmico ao alvo. Os lasers q- switched armazenam grande quantidade de energia, que é liberada abruptamente, na forma de pulsos muito curtos e que atingem altíssimas temperaturas (FOTO 27). FOTO 27 - Tipo de Laser com Comprimento de Onda, Duração de Pulso e Principal Indicação. CAPÍTULO XIV – TRATAMENTO DE REMOÇÃO DE TATUAGEM As tentativas de remoção de tatuagens são tão antigas quanto o hábito de fazê-las. Os métodos mais antigos incluem dermoabrasão, salabrasão, crioterapia com nitrogênio líquido, quimiocirurgia, destruição térmica e excisão cirúrgica, com ou sem enxertia. Todos esses métodos podem resultar em cicatrizes inestéticas, muitas vezes piores do que a própria tatuagem. Os lasers oferecem grande vantagem nesse tipo de tratamento, pois, em razão da sua seletividade, superam todos os outros métodos em relação à baixa incidência de cicatrizes. (MAIO, 2004) As primeiras tentativas para remoção de tatuagem com laser ocorreram na década de 60, com o uso do laser de Rubi, q-switched. Esses experimentos foram abandonados na época por falta de recursos técnicos, mas foram retomados em 1983, com o desenvolvimento do conceito de fototermólise seletiva. Nesse intervalo de tempo, utilizaram- se lasers de onda contínua tais como Argônio, CO2 e rubi, que embora fossem efetivos para remoção de pigmentos na derme, quase sempre deixavam sequelas. (MAIO, 2004) O conceito da fototermólise seletiva permitiu tratar determinados alvos na pele, poupando as estruturas circunvizinhas. Dessa forma, é possível atravessar a epiderme e fragmentar a tinta da tatuagem localizada na derme. A combinação do comprimento de onda ideal e do tempo de duração de pulso torna possível o confinamento da energia laser apenas no alvo. (SACKS, BARCAUI, 2004) Tipos de Tatuagem As tatuagens são classificadas em: médicas, amadoras, traumáticas, profissionais e cosméticas. Tatuagens Médicas: geralmente utilizadas para a marcação de radioterapia e introdução de cateter Tatuagens Amadoras:são feitas de modo artesanal, geralmente com agulhas, utilizando nanquim ou grafite. São de cor cinza ou preta azulado, desbotadas e de contorno mal definido, pois a quantidade de tinta que se injeta é menor do que na tatuagem profissional. Raramente são coloridas Tatuagens Profissionais: são feitas com máquina manual que injeta pigmento na derme profunda, de modo uniforme. Essas tatuagens podem ser de cor única ou multicoloridas e as tintas utilizadas são corante organometálico. Com o tempo a cor pode desbotar, tornando mais fácil o tratamento Tatuagens Cosméticas: também conhecidas como maquiagem definitiva, são feitas manualmente. As tintas utilizadas são geralmente preta e marrom nas pálpebras e supercílios, e tons de vermelho a rosa nos lábios. Tintas de coloração da pele são usadas para correção de tatuagens cosméticas mal elaboradas e também para a correção de cicatrizes e manchas acrômicas CAPÍTULO XV – MECANISMO DE ELIMINAÇÃO DAS TATUAGENS O clareamento das tatuagens deve-se a três mecanismos que ocorrem simultaneamente: * Eliminação transepidérmica: em razão do grande impacto que o laser provoca sobre os pigmentos das tatuagens, parte deles é lançada por meio da epiderme. Quando as crostas se destacam, podem-se observar fragmentos de tinta a elas aderida. * O principal mecanismo conhecido é a fragmentação dos pigmentos em pequenas partículas, que podem então ser fagocitadas pelos macrófagos e removidas por via linfática. * Há a possibilidade de ocorrerem também alterações físico-químicas nos pigmentos, tornando- os menos visíveis. (SACKS, BARCAUI, 2004) Tipos de Laser Laser Nd: YAG Possui comprimento de onda de 1064 nm e duração de pulso de 10 ns, liberados com uma velocidade de até 10 Hz (o intervalo entre os pulsos pode ser controlado de maneira a tornar a sessão mais rápida). Trata eficientemente os pigmentos preto e azul. A sua vantagem sobre os outros lasers q- switched é a penetração mais profunda na derme, permitindo o tratamento de peles mais pigmentadas. (MAIO, 2004) Laser Nd: YAG de Frequência Dobrada Utilizando um cristal, a frequência do Nd: YAG pode ser dobrada, diminuindo o seu comprimento de 1064 nm pela metade, ou seja, 532 nm. A velocidadede liberação dos pulsos pode chegar a 10 Hz. Este laser pode tratar de maneira eficaz o pigmento vermelho e, algumas vezes, o pigmento amarelo. (MAIO, 2004) Dye Laser Possui comprimento de onda de 510 nm e duração de pulso de 300 ns. É eficaz para tratamento de tatuagens de cores vermelha, amarela e laranja. (MAIO, 2004) Outras Considerações O prognóstico quanto ao número de sessões para remoção de tatuagem depende da avaliação clínica da lesão. De modo geral, as tatuagens amadoras são mais facilmente removíveis, uma vez que os pigmentos utilizados, o grafite e a tinta nanquim, são eficazmente destruídos pelo laser e a quantidade de pigmento na derme costuma ser bem menor do que na tatuagem profissional. O número estimado é de um a quatro. (SACKS, BARCAUI, 2004) As tatuagens profissionais utilizam os corantes organometálicos, menos suscetíveis ao laser, e são aplicadas em maior quantidade na pele. A quantidade de tinta é muito importante para avaliação do tratamento, portanto é necessário interrogar o paciente sobre retoques nas tatuagens antigas e sobreposição de tatuagem. A média de aplicações para se remover uma tatuagem profissional é de oito a dez sessões. (SACKS, BARCAUI, 2004) As tatuagens realizadas sobre cicatrizes são mais difíceis de remover, pois nem sempre a penetração do laser no tecido cicatricial se faz de maneira desejada. Isso vale também para as tatuagens que já tenham sido tratadas previamente com outro método não seletivo, como criocirurgia ou dermoabrasão. (SACKS, BARCAUI, 2004) As tinturas de cor escura como preto, azul escuro e alguns tons de verde, são mais facilmente removíveis, enquanto o amarelo, vermelho e azul são mais difíceis de remover e nem todos os tipos de laser são capazes de fazê-lo. (SACKS, BARCAUI, 2004) CAPÍTULO XVI – TRATAMENTO DE ESTRIAS, CICATRIZ DE ACNE COM LASER Tanto para as estrias recentes como para as já instaladas, o tratamento vai dispor das mesmas técnicas, a quantidade de sessões e a combinação de protocolos é que varia. Atualmente, o emprego do laser tem possibilitado resultados muito satisfatórios no tratamento de estrias em ambas as fases. Nas estrias rosadas, ele provoca um fechamento dos pequenos vasos sanguíneos e estimula a formação de um novo colágeno, dando à estria uma tonalidade próxima à da pele e uma diminuição do seu tamanho. Já nas estrias nacaradas, o laser vai atuar basicamente estimulando um novo colágeno, visando somente a diminuição do seu tamanho. O tratamento a laser é feito em sessões mensais cujo número dependerá da largura, aquelas mais estreitas respondem e desaparecem completamente nas primeiras sessões, as mais largas, no entanto, exigirão sessões adicionais e melhoram de forma variável, e da sua localização, áreas que não estão sujeitas a hiperestiramento melhoram mais rapidamente. CAPÍTULO XVII – LASERS MAIS UTILIZADOS Os trabalhos referentes a estrias nos quais se nota mais rigor científico são os que citam a aplicação de Dye Laser, CoolTouch e Nd:YAG, apesar de existirem alguns trabalhos que citam o laser CO2. (BEYLOT, 2008) Na década de 1980, quando se iniciou o uso do pulsed dye Laser (seletivo para vasos) para tratamento de hemangiomas, observou-se melhora da qualidade das cicatrizes deixadas por tratamentos anteriores com laser de argônio (não seletivo). Essa eficácia se traduzia na diminuição de eritema (cor avermelhada) e normalização da textura da pele. Foram feitos estudos posteriores tratando especificamente esse tipo de lesão, vindo a confirmar os achados preliminares. (BEYLOT, 2008) Atualmente, os lasers seletivos de ação vascular, particularmente o dye Laser, têm comprovada ação nas cicatrizes eritematosas (avermelhadas), hipertróficas e queloides, além de melhorar a textura e a maleabilidade das cicatrizes de queimadura. (BEYLOT, 2008) Dye Laser Trata-se do mais seletivo laser para o cromóforo-alvo oxihemoglobina,contida no sangue e transformado em energia térmica, havendo coagulação dos vasos. Meio líquido corante orgânico rodamina foi o primeiro de uma série de novos aparelhos de sistemas de laser designada a tratar cromóforos específicos e consequentemente especificar lesões. O conceito de fototermólise foi desenvolvido por Anderson e Parish em Harvard no início de 1980 e foi subseqüentemente aplicado no desenvolvimento desse laser.(MEDEIROS, 2005) Usa de 577 a 600 nm com luz amarela, apresenta flashlamp como fonte de energia e meio líquido com corante orgânico e base rodamina no meio ativo. Duração de pulsos de 450 ųseg, havendo necrose intravascular e ruptura de parede do vaso. Logo após o tratamento ocorre formação de púrpura em virtude essa ruptura. (MEDEIROS, 2005) O Dye Laser vem sendo utilizado para tratamento de cicatrizes hipertróficas, queloides e estrias. Apesar de antagônicas as indicações, parece um mesmo mecanismo, agindo no processo de remodelação da cicatriz por intermédio da regressão de vasos sanguíneos neoformados e, portanto, na migração de fibroblastos da cicatriz, melhora a qualidade das cicatrizes e estrias. Esse ganho não é constante em todo paciente, não desaparece totalmente. (MEDEIROS, 2005) Existem várias hipóteses para explicar a melhora do Dye Laser nessa afecção: • A destruição da vasculatura das lesões levaria à isquemia, resultando na alteração do metabolismo do colágeno e liberação da colagenase. • O laser, embora seja de ação seletiva nos vasos, acaba por realizar hipertermia na derme circunjacente, promovendo assim a formação e reorganização do colágeno. • O aumento de mastócitos que ocorre na área irradiada pelo laser, possivelmente também desempenha algum papel nesse processo. A histamina (liberada pelos mastócitos) pode ter ação estimulante ou inibitória sobre a síntese de colágeno (os estudos são controversos). • Lasers no espectro da luz visível, utilizados com fluências baixas, podem estimular a proliferação de fibroblastos, levando ao aumento na produção de fibras reticulares, colágenas e elastinas. Há evidencias histológicas de aumento das fibras elásticas e redução clínica das estrias, após o uso do Dye Laser em fluência baixa de 3 J/cm² e feixe de 10 mm de diâmetro, com intervalos maiores, de dois a quatro meses, para que haja tempo suficiente para a formação de colágeno( (MEDEIROS, 2005) Os efeitos colaterais mais frequentes são púrpuras que duram de uma a duas semanas e discromias transitórias. Raramente ocorrem vesículas, crostas, alteração na textura da pele e cicatrizes. Os aparelhos mais modernos de PDL têm maiores comprimentos de onda (585 nm, 590 nm, 595 nm e 600 nm), pulsos mais longos (1,5 a 40 milisegundos), fluências variando de 5 a 15 J/cm2, permitindo tratamento de lesões mais profundas, com menor risco de púrpura e mantendo a especificidade vascular. (MEDEIROS, 2005) Laser não ablativo Os lasers Nd: YAG pulsados de frequência dobrada emitem luz verde com 532 nm. Para produzir luz 532 nm, o comprimento de onda é divido ao meio e a frequência dobrada com um cristal óptico de Potássio/Tritanil/Fosfato (KTP). Esse comprimento de onda é próximo de um dos picos de absorção de hemoglobina, e a amplitude de pulso resultante em alguns sistemas de laser operam em milissegundos, próximo ao relaxamento térmico dos pequenos vasos cutâneos, aquecendo o vaso mais lentamente e causando dano térmico sem que esse seja rompido. (NORONHA, et al.,2004) Estudos realizados com o laser Nd:YAG de pulso longo, de 50 ms, ponteira de conta resfriada (- 4ºC) e fluência de 50 a 100 J/cm² demonstram que menor a fluência efetiva é melhor para diminuir a ocorrência de efeitos adversos. (NORONHA, et al.,2004) O laser de Nd:YAG 1320nm, por sua vez, opera na faixa de absorção pela água, não havendo competição por outros cromóforos, o que diminui a incidência dos efeitos adversos de pigmentaçãocutânea. A absorção da luz pela água do tecido leva à dissipação da energia térmica por toda a área tratada, podendo haver aquecimento de até 2 mm de profundidade. (NORONHA, et al.,2004) O uso desse laser envolve mecanismos de proteção da epiderme com um spray de criógeno antes, durante e após o disparo do feixe (CoolTouch®, Roseville, CA – EUA). É o chamado laser não ablativo cujo nome comercial é Cooltouch ou Termacool. O laser não ablativo não é uma boa indicação para peles com alterações de superfície. Sua principal indicação é o estímulo da síntese e remodelação do colágeno (ALEXIADES- ARMENAKAS, 2008) . Por não atingir a epiderme, quem se submete a ele não precisa se afastar de suas atividades diárias, pois nenhum efeito é perceptível após o tratamento, podendo ocorrer apenas discreta vermelhidão durante algumas horas. Em compensação, os resultados também não são perceptíveis no curto prazo, sendo necessárias várias sessões para que sejam notadas melhoras nas rugas ou cicatrizes (ALEXIADES-ARMENAKAS, 2008) O laser Cooltouch funciona provocando uma coagulação seletiva do colágeno, que atinge temperaturas ao redor de 42 graus. Um spray de nitrogênio é acionado quase simultaneamente ao tiro de laser, resfriando a epiderme e evitando queimaduras na sua superfície. (ALEXIADES- ARMENAKAS, 2008) Os raios promovem colunas de coagulação na pele, mantendo a epiderme do local intacta, ou seja, não promovem sua ablação. Nessa coluna, inicia-se um processo de recomposição de toda a área coagulada, no sentido dermo-epidérmico, após algumas horas, com duração de 14 dias. O colágeno e as frações de pigmentos e de vasos que foram coagulados são eliminados através da epiderme. (ALEXIADES-ARMENAKAS, 2008) Dependendo da fluência, a penetração dos raios é variável. Quanto maior a energia liberada, mais profunda será a ação e maior a colagênese, permitindo a modulação do resultado desejado. (ALEXIADES-ARMENAKAS, 2008) Apesar de a melanina e hemoglobina não serem alvos desses lasers, a coluna do raio coagula parte de pigmentos e/ou vasos que forem atingidos por ela no momento da penetração na pele. Assim, mesmo indiretamente, ocorre remoção de pigmentos epidérmicos e dérmicos superficiais e também de alguns vasos sanguíneos menores. (ALEXIADES-ARMENAKAS, 2008) Os aparelhos mais usados no Brasil são os de 1.550 nm e 1.540 nm, existindo algumas diferenças entre eles. No laser de 1.540 nm, os raios são liberados de modo estático, “em carimbo”, em pulsos de 10-100 ms. Há duas ponteiras, uma com ação mais superficial (15 mm) e outra mais profunda (10 mm). As fluências usadas variam de 20 a 100 mJ/cm². São capazes de causar dano térmico médio de 333 µ de largura e 1 mm de profundidade quando usadas com altas fluências. No 1.550 nm, os raios são liberados de maneira dinâmica através de uma ponteira coaptada ao handpiece. Somente com a movimentação desta sobre a pele é iniciado o tratamento. Esse aparelho permite controle automático da densidade dos raios, bem como da largura e profundidade das colunas de coagulação. Tratamento de hiperhidrose Quando a adrenalina entra em ação, seja por fatores emocionais, esforços físicos ou calor, as glândulas sudoríparas causam uma secreção que todos conhecemos por “suor”. No caso dos portadores de hiperidrose axilar, o suor é excessivo. (GONTIJO, et al.,2011) Não se tratando de doença grave, mas de situação extremamente desconfortável, que causa profundo embaraço social e transtornos de relacionamento e psicológicos no portador, este frequentemente se isola socialmente e adquire hábitos procurando esconder o seu problema. A hiperidrose é situação relativamente frequente, com incidência relatada entre 0,6 a 1% da população. (GONTIJO, et al.,2011) A sudorese excessiva envolvendo as glândulas sudoríparas écrinas e que excede as necessidades fisiológicas é chamada de hiperidrose, podendo acarretar sérias repercussões no âmbio social e profissional. Esse efeito pode provocar desde um simples constrangimento social, por estar usando uma roupa manchada por suor, até a necessidade, eventualmente, de mudar sua atividade de trabalho. (GONTIJO, et al.,2011) O suor detectado no aperto de mão pode passar uma falsa impressão de insegurança e nervosismo que podem a levar ao isolamento social e dificultar a relação interpessoal. Há, enfim, uma enorme variedade decorrentes de hiperidrose e que interferem negativamente na vida das pessoas afetadas. (GONTIJO, et al.,2011) O início dos sintomas pode ocorrer na infância, na adolescência ou somente na idade adulta, por razões desconhecidas. Eventualmente podemos encontrar história familiar. (SOLISH, et al.,2007) Os pacientes referem sudorese constante, às vezes inesperada, mas a maioria deles relata fatores agravantes. Os fatores desencadeantes da sudorese excessiva são o aumento da temperatura ambiente, o exercício, a febre, a ansiedade e a ingestão de comidas condimentadas. Geralmente há melhora dos sintomas durante o sono. (SOLISH, et al.,2007) O suor pode ser quente ou frio, mas a sudorese é constante. Pode afetar todo o corpo ou ser confinada à região palmar, plantar, axilar, inframamária, inguinal ou craniofacial. (SOLISH, et al.,2007) As roupas ficam constantemente molhadas e manchadas, com aspecto de má higiene e impressão de descontrole emocional. (SOLISH, et al.,2007) A pessoa que sofre desse mal frequentemente se isola socialmente e adquire hábitos para esconder a sudorese excessiva. Simples atividades diárias como escrever, apertar a mão de outra pessoa, segurar papéis podem ser muito complicadas para os portadores de hiperidrose. (SOLISH, et al.,2007) A termoregulação (regulação da temperatura corporal) está associada a dois tipos de glândulas na pele: as glândulas apócrinas e as glândulas écrinas. (CONNOLLY, et al.,2003) As glândulas apócrinas estão associadas aos folículos pilosos, então estão presentes em locais da pele nos quais possuem pelos. Mas sua relação com a hiperdrose é pouco importante. (CONNOLLY, et al.,2003) A hipersecreção das glândulas écrinas é que causam as alterações descritas. As glândulas écrinas estão mais concentradas nas axilas, palmas das mãos e plantas dos pés, e elas sim têm importante papel na termoregulação. O excesso de secreção dessa glândula écrina é que causa a hiperidrose. Existem de 2 a 5 milhões de glândulas écrinas distribuídas por todo o corpo. (CONNOLLY, et al.,2003) As causas podem ser as mais diversas, desde obesidade, menopausa, uso de drogas antidepressivas, alterações endócrinas e neurológicas com disfunção dos sistemas nervoso e até mesmo desconhecidas em alguns casos. (CONNOLLY, et al.,2003). Quando o quadro de hiperidrose é grave, ocorre gotejamento espontâneo na região afetada. Nos casos mais graves, a pele pode ficar macerada ou mesmo fissurada. (CONNOLLY, et al.,2003) Quando a sudorese é mais intensa na região axilar, outros sintomas desagradáveis são relatados. O exsudado pode causar odor fétido (bromidrose). O odor fétido é causado pela decomposição do suor e debris celulares de bactérias e fungos. Assim, pode contribuir para o aparecimento e manutenção de outras doenças de pele como infecções piogênicas, fúngicas, dermatite de contato, etc. (CONNOLLY, et al.,2003) Classificação da Hiperidrose A hiperidrose pode ser dividida em primária e secundária, mas também pode ser classificada em generalizada ou focal. A forma primária é aquela em que não há uma etiologia definida. Geralmente envolve as palmas e plantas, além das axilas que são áreas de maior concentração de glândulas sudoríparas écrinas. Está principalmente relacionada a fatores emocionais e por isso é chamada de hiperidrose cortical ou emocional. Esse quadro melhora durante o sono e após sedação. (REISFELD, et al.,2008) A hiperidrose secundária pode estar associada à obesidade.menopausa, drogas, distúrbios endocrinológicos (hipoglicemia, hipertireoidismo, feocromocitoma) e condições neurológicas autonômicas. (REISFELD, et al.,2008) Ação do Laser na Hiperidrose Recentemente, foi desenvolvida uma técnica que utiliza o laser 1064, para o tratamento da hiperidrose axilar. Com duas das três pequenas incisões de 1 mm na região das axilas, o laser é aplicado a nível dérmico, onde se encontram as glândulas sudoríparas. (GONTIJO, et al.,2011) A ação do laser ocorre pelo calor e as glândulas, sendo termosensíveis, vão sofrendo essa ação térmica até serem destruídas. Como não há necessidade de eliminação total das glândulas, a redução delas é feita até atingir níveis compatíveis com uma situação de sudorese que seja confortável para o convívio social do paciente. (GONTIJO, et al.,2011) O procedimento a laser é realizado sob anestesia local e sedação, não havendo restrições maiores, a não ser o bloqueio da exposição solar na área axilar pelo período de 30 dias. Esse é mais um avanço da tecnologia médica que vem contribuir para o sucesso dos procedimentos médicos e a consequente qualidade de vida do paciente. (GONTIJO, et al.,2011) Tratamento de remoção de pelos com laser O crescimento dos pelos em locais ou quantidade indesejáveis, que se denomina hirsutismo e hipertricose, pode resultar de distúrbios ou tumores de origem endócrina, de efeito colateral de medicamentos, ou ainda ser resultado de doenças ou traços genéticos. (GUIRRO e GUIRRO, 2001) A epilação a laser foi utilizada inicialmente para triquíase e áreas doadoras de enxertos obtidos de áreas pilosas no final da década 80. (GUIRRO e GUIRRO, 2001) CAPÍTULO XVIII – ANATOMIA E BIOLOGIA DO FOLÍCULO PILOSO O folículo piloso é uma estrutura anexial complexa localizada na derme profunda e possui diâmetro médio de 100 a 300 ų. Pode ser dividido longitudinalmente em três partes (FOTO 6): * Bulbo: segmento mais inferior do folículo piloso e que se estende desde a base dele até a inserção do músculo eretor do pelo. * Istmo: porção média entre o músculo eretor do pelo e o ducto da glândula sebácea. * Infundíbulo: região localizada acima do ducto da glândula sebácea até a superfície da pele. FOTO 28: Folículo piloso. Fonte: http://www.sandro.com.br 15/06/2020 O bulbo contém células matriz em rápida divisão, induzidas e mantidas pela papila dérmica. Recentes investigações em camundongos indicam que células denominadas células tronco teriam importância fundamental para a formação dos novos pelos e estariam localizadas na área chamada de bulge, próximas ao local da inserção do músculo eretor do pelo passasse da fase anágena. A medida que o pelo passa da fase anágena (ou crescimento ativo) para as fases seguintes catágena e telógena (ou de repouso), a papila dérmica se moveria para cima aproximando-se das células do bulbo, estimulando assim essas células a se proliferarem, formando uma nova matriz pilosa e ativa. As células se moveriam então novamente para baixo com a papila e se transformariam em células da matriz no início da nova fase anágena, continuando a dividir-se para a formação de nova haste do pelo. Na fase catágena, cessa a proliferação das células da matriz e esta regride antes de a papila mover-se para cima novamente e entrar na fase telógena (FOTO 7). (BORGES,2006) FOTO 29 – Fase crescimento do pelo. http://www.sandro.com.br/ Fonte: depilacaoalaser.net – 15/06/2020 CAPÍTULO XIX – MECANISMO DA FOTODESTRUIÇÃO DOS FOLÍCULOS PILOSOS Há três mecanismos pelos quais a luz pode destruir folículo piloso: * Térmico ou fototérmico – em razão do aquecimento local. * Mecânico – em razão da cavitação. * Fotoquímico – em razão da geração de medidores tóxicos como o oxigênio. (MAIO, 2004) Mecanismo Térmico ou Fototérmico Lasers fontes de luz não coerente foram introduzidos para induzir dano seletivo ao folículo piloso, e seu mecanismo segue o princípio da fototermólise seletiva. Esse princípio prediz que ocorrerá dano térmico seletivo de uma estrutura-alvo pigmentada quando se aplica luz com fluência suficiente, em comprimento de onda preferencialmente absorvido pelo cromóforo-alvo, durante um tempo igual ou inferior ao tempo de relaxamento térmico da estrutura-alvo. (TRELLERS, 2009) No caso do folículo piloso, o cromóforo é a melanina endógena, localizada no bulbo piloso, na haste e no epitélio folicular, e ausente na derme. Para atingir a melanina folicular, comprimentos de onda na região do vermelho e infravermelho (300 a 1.100nm) são preferencialmente empregados. (TRELLERS, 2009) Acredita-se que a duração do pulso do laser tenha papel importante, como sugerido pela teoria da transferência térmica. A condução térmica durante o pulso do laser aquece uma região ao redor de cada local microscópico de absorção da energia óptica. Portanto, a área de confinamento térmico, assim como o dano térmico resultante, é fortemente relacionado à duração do pulso do laser. Pulso do laser q-switched danifica efetivamente apenas células pigmentadas individuais pelo confinamento do calor aos melanossomas, em conseqüência disso, por exemplo, há leucotríquia, mas não perde o pelo em animais após pulsos de laser rubi q-switched. Laser q-switched não promoveram perda permanente de pelos. (NUNES, et al., 2010) Lasers ou fonte de luz que operem na região do vermelho ou infravermelho são: laser de rubi, alexandrite, diodo, Nd:YAG e fontes de luz não coerente com filtros chamados de corte. O comprimento de onda desses lasers compõem a melanina e penetração profunda da derme. Assim, na região entre 600 a 1.100 nm é possível haver o aquecimento seletivo e profundo da haste do pelo, do epitélio do folículo piloso e da matriz. (TRINDADE, 2009) Contudo, a melanina na epiderme representa um local competitivo pela absorção, principalmente em indivíduos de pele morena e negra. Assim, nesses casos, para proteger a epiderme deve-se utilizar duração de pulso maior, comprimento de onda mais longo e intensificar o resfriamento da epiderme. (TRELLERS, 2009) Com o resfriamento seletivo da epiderme consegue-se minimizar a lesão epidérmica. O resfriamento externo da pele pode ser realizado de várias maneiras: aplicação tópica de gel gelado, câmara de vidro resfriada ou ponta de contato de safira ativamente resfriada adaptada ao laser, ou ainda spray criogênico pulsado acoplado à peça de mão do laser.(TRELLERS, 2009) CAPÍTULO XX – FONTES DE LUZ LASER E NÃO LASER ATUALMENTE EM USO Até o momento, os seguintes lasers foram aprovados pela FDA para epilação (FOTO 8): * laser de rubi; * laser alexandrite de pulso longo; * laser de diodo pulsado; * laser Nd:YAG; * fonte de luz intensa e pulsada; * laser Qs-Nd:YAG (NUNES, et al., 2010). FOTO 30 – Lasers Utilizados para Epilação Fonte: DCD: Dynamic Cooling Devide 2014 Laser Rubi O laser rubi é bem absorvido pela melanina folicular. O modo normal (NMRL) produz pulsos mais longos do que o modo q-switched. Há pelo menos três lasers de rubi aprovado para remoção de pelo: Epilaser/E2000(Palomar), Epitouch Ruby(Sharplan/ESC) e o RubyStar(Aesculp Meditec). (MAIO, 2004) O Eiplaser foi amplamente utilizado nos EUA, tendo sido suplantado atualmente pelo E/2000, que libera pulsos de 3 a 100 ms, nos quais a energia do laser é dividida em dois pulsos de 3 ms, separados por intervalos de 100 ms. O E/2000 emprega também mecanismo denominado reciclagem de fótons, em que a luz dispersa de volta é refletida novamente para a pele, aumentando, assim, a fluência efetiva. (MAIO, 2004) O Epitouch e RubyStar são ambos lasers de rubi modo duplo, que podem operar tanto no modo q-switched como no modo pulsado normal para atingir os folículos pilosos. No modo pulsado longo, o Epitouch libera pulso de1,2 ms, com spot size de 4 a 6 mm, e fluência de até 40J/cm² com spot menor. Gel gelado é usado para proteger a epiderme de dano térmico. O RubyStar libera pulsos de 2 ms com spot size de até 12 mm, e fluência de até 35J/cm². Uma peça de mão, com resfriamento por água, resfria a pele antes de liberação de pulso do laser. (MAIO, 2004) Grossman inicialmente tratou um grupo de 13 pessoas portadoras de pele clara e pelos escuros com NMRL, pulsos de 270 ųs, spot size de 6 mm e fluência de 20 a 60 35J /cm². O exame histopatológico das áreas tratadas com o laser mostrou vaporização das hastes dos pelos, lesão extensa e seletiva ao epitélio folicular evidenciada por rupturas focais, eosinofilia citoplasmática e condensação nuclear, e com áreas formando placas de necrose no epitélio folicular. O crescimento dos pelos foi avaliado em 1,3 e 6 meses após sessão única de tratamento. Após um e três meses observou-se retardo estatisticamente significante em todas as fluências, tanto nos locais depilados com cera como nos raspados previamente ao tratamento. Após seis meses, houve redução significativa no número de pelos nas áreas raspadas e tratadas com 60 J/cm². Embora em 5 de 13 pacientes tenha havido novo crescimento completo de pelo, 4 pacientes ainda obtiveram taxas inferiores a 50%, que se mantiveram no seguimento de dois anos após o tratamento. Os autores desse estudo concluíram que as duas respostas diferentes, atraso no crescimento e perda permanente de pelo são provavelmente causadas pela indução de telógeno e minimaturização de folículo piloso terminais. Laser Alexandrite de Pulso longo O laser alexandrite emite luz de 755 nm e como o laser de rubi tem por alvo a melanina folicular. Embora sua absorção pela melanina seja discretamente menor que a do laser de rubi, sua absorção efetiva pela haste do pelo não é muito diferente, porque o tamanho relativamente grande do folículo permite a absorção de toda energia alcançada. De fato, isso pode ser vantajoso, porque a absorção não desejada pela melanina epidérmica é reduzida. Outras vantagens incluem, ao menos teoricamente, profundidade maior de penetração, duração maior do pulso mais próxima ao tempo de relaxamento térmico do folículo piloso e frequência dos pulsos de até 5 Hz em alguns sistemas. Estudos revelaram que quando aplicado três a cinco sessões espaçadas em um total de cinco a oito meses, consegue-se a erradicação do pelo de 75 até 95%. (TRINDADE, 2009) Laser Diodo Pulsado O sistema de laser de diodo é um laser de 800 nm semicondutor, composto de matriz de arseniato de gálio. É naturalmente incolor, mas para aumentar a segurança foi adicionado o alumínio à luz invisível do laser, com o intuito de conferir uma tonalidade avermelhada à radiação, impondo assim mais cuidado por parte do operador. (FOTO 9) É destinado ao tratamento dos pelos indesejáveis, de manchas pigmentadas e de teleangectasias vasculares. (IBRAHIMI, 2012) FOTO 31 - Ponteira diodo. Fonte: Light sheer 2020 Suas contraindicações são: - História de cicatriz queloideana. - Infecção ativa ou história de herpes simples na área tratada. - Vitiligo. - Uso de Isotretinoína oral nos quatro meses que antecedem o tratamento (relativa). - Pacientes ruivos e com pelos muito claros. - Pelos brancos. - Distúrbio hormonal podem fazer voltar os pelos (cuidado: menopausa pode ser um distúrbio hormonal) - Aplicação sobre nevo displásico. Irá atuar na absorção da radiação pela melanina da haste do pelo que leva a um superaquecimento do folículo, com consequente propagação do calor para as células mãe agrupadas em volta da sua camada mais externa, na área próxima à inserção do músculo eretor do pelo (bulge). A artéria e veia nutridora de cada folículo também são atingidas, aumentando ainda mais a eficácia do tratamento. (IBRAHIMI, 2012) A melanina da epiderme compete com a melanina do pelo na absorção da luz, aumentando o risco de efeitos colaterais. Quanto maior a barreira de melanina da epiderme, menor a margem de segurança do tratamento, por isso o risco é maior em peles morenas ou bronzeadas. (HALACMI, 2012) A duração ideal do pulso deve ser aquela em que o intervalo de tempo entre um feixe de raio e outro seja maior do que o tempo de relaxamento térmico da epiderme e próxima ou menor que o tempo de relaxamento térmico do bulbo. Com isso consegue-se a destruição de toda a estrutura do folículo, poupando a epiderme do calor excessivo. (HALACMI, 2012) Também no sentido de poupar a epiderme, a ponteira do aparelho é resfriada. Ela entra em contato direto com a superfície da pele resfriando-a, aumentando assim a margem de segurança. (HALACMI, 2012) Para que o tratamento seja eficaz é necessário que o folículo piloso esteja na fase anágena, pois nessa fase há uma maior concentração de melanina no bulbo capilar, sendo portanto mais atingido pelo laser. (IBRAHIMI, 2012) Ao término das sessões nota-se a ausência de pelos na área tratada. Geralmente os pelos terminais não retornam mais. Após algum tempo pode-se notar a presença de pelos lanugos (enugem) nos locais tratados, mas esles não causam incômodo ao paciente. (IBRAHIMI, 2012) Em alguns casos, vários meses após a última sessão, começam a se observar pelos terminais que já haviam desaparecido. Muito provavelmente tratam-se de pelos de evolução muito lenta que infelizmente não foram atingidos nem uma vez na fase anágena. Nesse caso deve-se explicar ao paciente e propor mais uma sessão para finalizar. (HALACMI, 2012) Para um bom resultado é necessário respeitar o ciclo de crescimento dos pelos, que varia de acordo com a região do corpo. O intervalo entre as sessões é o intervalo entre as fases anágenas dos pelos (FOTO 10). (IBRAHIMI, 2012) FOTO 32 – Tabela de intervalo de sessão. Área tratada Intervalo entre as sessões (semanas) Face 4 Axilas 4 Virilha 4 Dorso 4 a 8 Pernas 4 a 8 Fonte: Taís Amadio Menegat 2020 O número de sessões também varia de acordo com a área a ser tratada. Geralmente são necessárias de três a seis sessões para completar o tratamento. No caso do buço, deve-se orientar o cliente que nesse local necessárias é necessário um número maior de sessões (em média de cinco a seis) por tratar-se de pelos muito finos. No caso da barba masculina são necessárias seis ou sete sessões para tratamento completo, pela alta densidade de fios. (IBRAHIMI, 2012) A técnica é muito simples. É considerado o aparelho de laser de mais fácil operação. Iniciamos passando um anestésico tópico (Emla ou Anestop) 45 min antes do procedimento, limpamos a área tratada com sabonete neutro ou clorexidine; são retirados objetos refletores da área a ser tratada e a sala deve estar refrigerada. O uso de proteção ocular é obrigatório tanto para paciente quanto para o terapeuta. (HALACMI, 2012) É obrigatório raspar o local a ser tratado antes do procedimento. Se o pelo estiver grande ocorrerá um superaquecimento da sua parte externa, o que queimará a epiderme , além de sequestrar um pouco de energia que iria para o bulbo. (HALACMI, 2012) Para iniciar a aplicação do laser de diodo devemos aplicar o um gel base de água na área a ser tratada. No primeiro disparo devemos fazer o teste inicial observando-se a resposta cutânea que geralmente responde com eritema e edema perifolicular. Alguns pelos ficam queimados e saem facilmente com a pinça, sem resistência. Em indivíduos de pele clara essa resposta é facilmente observada, em pacientes de pele escura essa resposta não é observada com muita clareza. Se houver muito eritema nesses pacientes é necessário diminuir a fluência do aparelho, pois pode significar complicações futuras. Outro sinal de perigo é o eritema muito marcado com o formato de lente. (IBRAHIMI, 2012) Durante a realização do procedimento deve-se tomar o cuidado de limpara ponteira do aparelho para evitar a presença de substâncias que impeçam a passagem de luz. Aplica-se em toda a área a ser epilada com o cuidado de se fazer um pouco de superposição. Não há problemas em se aplicar na mesma área duas vezes. (IBRAHIMI, 2012) Na tabela abaixo (FOTO 11) estão indicados os parâmetros iniciais para todos os tipos de tratamentos. Ressalto que podem existir variações num mesmo fototipo e, portanto, deve-se sempre fazer o teste inicial. (HALACMI, 2012) FOTO 33 – Parâmetro de tratamento. Fonte: Taís Amadio Menegat Se estiver tratando a barba masculina deve-se abaixar 5 J dos parâmetros indicados. Nas sessões subsequentes, antes de iniciar, pergunte ao paciente sobre bolhas, crostas ou alterações da pigmentação. De acordo com a resposta aumente ou abaixe as fluências iniciais. Temos que ter alguns cuidados pós-tratamento como: - Fazer compressas frias de soro ou de gelo nos locais tratados. - Usar um creme calmante imediatamente após o tratamento, três vezes ao dia, até sumir o eritema (Diprogenta ®). - As crostículas que se formam após o laser são normais e não devem ser retiradas. Caem naturalmente entre dois e três dias. - Usar filtro solar diariamente nas áreas tratadas a cada três horas. Laser Nd: YAG Onda contínua, pulsado e q-switching com pulsos de 10 ns, comprimento de onda de 1064 nm, pulsado e com duração de pulso de 10 ns para pigmentos escuros, remodelação não ablasiva, remoção de pelos, cromóforo-alvo proteína tecidual. (NORONHA, et al.,2004) Estudos realizados com o laser Nd:YAG de pulso longo, de 50 ms, ponteira de conta resfriada (-4ºC) e fluência de 50 a 100 J/cm² demonstram que menor a fluência efetiva é melhor para diminuir a ocorrência de efeitos adversos. (NORONHA, et al.,2004) Kilmer, em 2000, avaliou a eficácia e segurança desse laser na remoção de pelos, e obteve os melhores resultados com fluência de 50 a 60 J/cm² e pulsos de 15 a 30 ms, respectivamente. Houve uma redução média de pelos em 27%, 3 meses após a primeira sessão e em 47%, 6 meses após a segunda aplicação, realizada com intervalo de 3 meses. Destruição Mecânica A destruição fotomecânica dos pelos foi utilizada exclusivamente para fins cosméticos. A técnica se chama Softlight, utilizava inicialmente um cromóforo aplicado de forma exógena. Nessa técnica, suspensão de óleo mineral de partículas de carbono era aplicada à pele antes do tratamento. As áreas eram então expostas aos pulsos extremamente curtos de ordem de nanossegundos do Qs Nd:YAG. Foi postulado que a absorção de luz pelas partículas de carbono dentro dos folículos e seu aumento rápido de temperatura geravam ondas fotoacústicas. Esse efeito causaria, portanto, desrupção mecânica de células foliculares, causando um retardo no novo crescimento dos pelos. (NUNES, et al., 2010) Laser QS Nd:YAG O laser neodímio:ítrio alumínio granado q-switched (QS Nd:YAG) foi utilizado inicialmente para remoção de pelos. Emite irradiação laser de 1064 nm e comprimento de onda absorvido em menor grau pela melanina. Estudo utilizando essa abordagem em região axilar e inguinal com sessões repetidas e intervalo de um mês, durante quatro meses documentou ao menos a eficácia temporária desse método. Vários outros autores demonstram em estudos similares a perda significativa em 12 semanas após o tratamento, mas não se manteve depois de 6 meses, mesmo após sessões múltiplas. (NUNES, et al., 2010) Estudos recentes mostram que em aplicação sem o uso de preparação tópica adjuvante e utilizando om spot size de 4 mm com fluência de 10J /cm², ocorre a redução temporária do crescimento do pelo, de duração de um a quatro meses, decorrente, provavelmente, mais do prolongamento da fase telógena. A redução permanente não é usual, mas pode ser vista em até 30% dos pacientes, após pelo menos três sessões. (NUNES, et al., 2010) Apesar do efeito temporário, o laser QS Nd:YAG tem algumas vantagens: é o mais rápido entre todos os lasers e, por não depender da melanina folicular, teoricamente pode ser utilizado para tratar várias cores de pelos. Além disso, a melanina epidérmica não é afetada, evitando-se, assim, muitos dos efeitos colaterais que podem ocorrer com outros lasers. Por essa qualidade e por ser relativamente indolor, esse laser foi utilizado com bons resultados em crianças com hipertricose langinosa congênita. Relatam-se também bons resultados para pseudofoliculite de barba. (NUNES, et al., 2010) CAPÍTULO XXI – MECANISMO FOTOQUÍMICO - TERAPIA FOTODINÂMICA Essa técnica emprega a combinação de radiação não ionizante com drogas fotossensibilizantes que se localizam temporariamente dentro dos tecidos-alvo. A ativação dessa droga por comprimento de onda adequada selecionado de luz laser ou não laser causa destruição tecidual seletiva, enquanto minimiza a lesão dos tecidos circundantes. Ácido Aminolevulínico (ALA), administrado por via oral, induziu necrose epidérmica focal e lesão fototóxica às glândulas sebáceas e aos folículos pilosos de camundongos pela indução da síntese de protoprofirina. A aplicação tópica da ALA à pele poderia induzir a formação de protoporfirina IX pelas células foliculares, e a ativação pela luz causaria dano folicular e morte celular. (MACHADO, 2000) Um estudo de 1995 utilizou esse princípio para remover pelos indesejados. Onze pacientes foram envolvidos nesse estudo. Cada área foi depilada, sendo aplicado, em seguida, ALA tópico a 20%. Três horas após, as áreas tratadas foram expostas à luz de comprimento de onda de 630 nm e fluência de 100 a 200 J/cm². O exame histopatológico posterior evidenciou lesão seletiva à epiderme e folículo piloso, com preservação da derme. (MACHADO, 2000) A vantagem dessa terapia é que ela pode ser utilizada em pacientes com variedade de cores de pelos e de pele (FOTO 12). Embora se suponha que a fotossensibilidade ativada possa causar dano à membrana celular pela formação de oxigênio para as estruturas celulares, transformação e mutagênese significativa foram demonstradas em sistemas de culturas de mamíferos. Como ainda não há relatos sobre o seguimento a longo prazo de pacientes, são necessários mais trabalhos clínicos antes que a terapia fotodinâmica seja utilizada como método confiável para remoção de pelos a longo prazo. (MACHADO, 2000) FOTO 34 - Lasers Utilizados para Epilação. Fonte: Taís Amadio Menegat 2020 Soprano - Gold Standard O Soprano é um sistema de epilação a laser de diodo – Gold Standard com 812 nm, foi desenvolvido pensando no bem-estar do paciente. É o primeiro sistema de epilação a laser que realiza o procedimento com desconforto mínimo em qualquer tipo de pele e pelo. Possui sistema de resfriamento através da ponteira resfriada; o procedimento é realizado com a ponteira IN MOTIONTM Technology, que permite o aquecimento gradual dos folículos pilosos com menor absorção de energia na superfície da pele, esse processo é chamado de Fototermólise Volumétrica. (MENEGHEL, et al., 2009) Modo de Operação Possui dois modos de operação empregando a tecnologia CW™ (Continuous Wave): * Modo SHR (Super Hair Removal):utiliza uma série de pulsos de baixa potência e alta frequência (10 Hz) para aumentar gradativamente a temperatura do folículo até 50º C enquanto os tecidos ao redor alcançam cerca de 45º C. A aplicação gradual de calor, em movimento, usa os cromóforos dos tecidos ao redor como reservatórios de calor para aumentar a temperatura do folículo. Isso, junto com a energia absorvida pelo folículo, o destrói e previne o crescimento dos pelos. A aplicação gradual de energia em movimento resulta em um procedimento muito rápido e sem dor. (MENEGHEL, et al., 2009) O objetivo da aplicação no modo SHR é alcançar o acúmulo de energia (KJ) para uma determinada área (100 cm²). Seguir osparâmetros conforme a foto 13. FOTO 35 – modo SHR. Fonte: Soprano 2020 Uma forma alternativa para determinar os parâmetros é por área anatômica conforme descrito abaixo na foto 14. FOTO 35 – parâmetro por área. Fonte: Soprano 2020 *Modo HR(Hair Removal): utiliza pulso único contínuo e de alta energia para ser absorvido pelo folículo por meio da fotosseletividade. A energia absorvida causa dano térmico ao folículo e previne o crescimento dos pelos. A repetição dos pulsos chega a 3 Hz e providencia um tratamento rápido(FOTO 15). O resfriamento em “Dual Mode” garante melhor conforto ao paciente (FOTO 16). (MENEGHEL, et al., 2009) (FOTO 17) FOTO 36 – Dual Mode. Fonte: MENEGHEL, et al., 2009 FOTO 37 – Modo HR. Fonte: Soprano 2020 FOTO 38 – SHR E HR. 1. Nessa imagem vemos o equipamento configurado para aplicação do laser de diodo no modo HR (Hair Removal), que trabalha ponto a ponto utilizando altas energias. Essa configuração é mais comumente indicada para o tratamento de pequenas áreas. 2. Na segunda imagem, o equipamento está configurado para operar no modo SHR In MotionTM (Super Hair Removal), onde a aplicação é contínua e com baixas energias, sendo indicado para o tratamento de grandes áreas e de maior sensibilidade. Fonte: ORRINGER, et al., 2006 CAPÍTULO XXII – CUIDADOS PÓS-TRATAMENTO * Evitar exposição solar e maquiagem por 12 horas. * Evitar manipular a pele. * Lavar a região com sabonete antisséptico. * Aplicar diariamente gel cicatrizante com filtro solar. * Não usar no local creme gorduroso. (ORRINGER, et al., 2006) Caso tenha interesse em saber mais sobre este assunto indico os seguintes artigos: - Soprano XL Achieves Efficacious Hair Removal with Decreased Pain the Aesthetic Guide March/April 2009 Study will be presented at the ASLMS annual conference April 2009 CAPÍTULO XXIII – LUZ INTENSA PULSADA - LIP Conhecida como Luz Intensa Pulsada, Luz Pulsada Variável ou Luz Pulsada Controlada é compreendida pela emissão de um relâmpago de luz de alta intensidade e duração controlada diretamente sobre a pele do paciente na região em tratamento por intermédio de um sistema eletrônico microprocessado específico para essa finalidade (emitindo de 515 a 1200 nm). Esse dispositivo produz luz pulsada não coerente em durações de pulso variáveis e intervalos. Uma série de filtros descontínuos é usada para mudar o espectro no alcance, aumentado de 515 a 590 nm, a fim de tratar lesões vasculares. (SICA, 2009) A técnica de Luz Intensa Pulsada oferece uma série de vantagens em comparação com os sistemas de fototerapia tradicionais que utilizam a luz Laser, a começar pelo seu custo que é bastante inferior. As áreas de emissão luminosa dos sistemas de Luz Intensa Pulsada são muito maiores que as dos sistemas laser e, além disso, os sistemas de Luz Intensa Pulsada são muito mais flexíveis e seguramente adaptáveis aos diferentes tipos de coloração de pele. (ROSS, 2006) O aparelho gera uma variedade de fluência (acima de 80 J/cm2) nos modos de pulso único, duplo ou triplo, no domínio 2-10 ms. A luz é distribuída por uma fibra em uma abertura de 8x15 mm ou 8x35 mm ou em outras configurações conforme o aparelho, permitindo o tratamento de áreas amplas. Em um esforço para diminuir o prejuízo na epiderme e aumentar a eficácia da energia da luz em vasos mais profundos, um gel de resfriamento de ligação é aplicado na pele. A maior vantagem desse aparelho é a sua versatilidade, apresentando amplo alcance dos comprimentos de onda e as durações de pulso, que permitem o tratamento de lesões vasculares mais profundas. A púrpura no pós-operatório não é produzida na maior parte dos pacientes, mas pode ocorrer com o uso de altas fluências e durações de pulso curtas. As desvantagens da fonte IPL são: períodos mais longos de tratamento, se comparados ao PDL; o número maior de sessões de tratamento exigido para tratar lesões vasculares e o grau de experiência e paciência necessário pelo operador do laser para obter resultados excelentes. (HEYMANN,2007) Uma incidência maior de efeitos adversos, tais como alterações no pigmento, formação de bolhas e de cicatrizes, foram relatados, mas recentes melhoras no software têm ajudado a reduzir o risco de efeitos adversos. A fonte de IPL mostrou ser eficaz no tratamento de telangiectasias faciais e dos membros inferiores, hemangiomas e PWSs. Também foi usada em fotorrejuvenescimento sem uso de corte e para destruir folículos pilosos. (SICA, 2009) [ATENÇÃO] CAPÍTULO XXIV – MECANISMO DE AÇÃO É gerada por lâminas de flash que liberam comprimentos de onda entre 550 e 1.100 nm, emitindo uma luz policromática, não colimada e não coerente. Comprimentos de onda particulares podem ser escolhidos utilizando-se filtros denominados cortes, que impedem a passagem de comprimento de onda abaixo daquele especificado no filtro, permitindo apenas a passagem dos comprimentos de onda maiores daquele. (HEYMANN,2007) Uma série de filtros descontínuos é usada para mudar o espectro no alcance, aumentando de 515 a 590 nm, a fim de tratar lesões vasculares. O aparelho gera uma variedade de fluência nos modos único, duplo ou triplo, no domínio de 2 a 10 ms. A luz é distribuída por uma fibra em uma abertura de 8x15 mm ou 8x35 mm ou em outras configurações conforme o aparelho, permitindo o tratamento de áreas amplas. (ROSS, 2006) A energia luminosa filtrada é distribuída geralmente por uma série de pulsos curtos com duração controlada e intensidades que vão, tipicamente, de 16 J/cm² a 56 J/cm², podendo chegar em 90 J/cm² em alguns tratamentos especiais. (BELLEW, et al., 2005) Em um esforço para diminuir o prejuízo na epiderme e aumentar a eficácia da energia da luz em vasos mais profundos, um gel de resfriamento de ligação é aplicado na pele. A maior vantagem desse aparelho é sua versatilidade, apresentando amplo alcance dos comprimentos de onda e as durações de pulso, que permite o tratamento de lesões vasculares mais profundas. A púrpura no pós-operatório não é produzida na maior parte dos pacientes, mas pode ocorrer com o uso de altas fluências e durações de pulsos curtas. (BELLEW, et al., 2005) Entre as ações e respostas biológicas do organismo ao estímulo pelo tratamento com LIP podem-se destacar, entre muitas outras, a produção de colágeno e elastina nos tratamentos de fotorrejuvenescimento, a ação bactericida nos tratamentos de acne ativa, a ação sobre a melanina nos tratamentos de manchas hiperpigmentadas e a ação sobre a hemoglobina nos tratamentos de manchas vermelhas e pequenas lesões vasculares. Nos tratamentos de epilação duradoura a estrutura-alvo é a melanina dos pelos, e o efeito desejado é a fototermólise seletiva. (HEYMANN,2007) As moléculas das estruturas biológicas e celulares comportam-se como uma antena para a captura da energia luminosa irradiada. Na foto 1 fica evidente que diferentes estruturas moleculares do organismo capturam a energia em diferentes faixas de comprimentos de onda do espectro luminoso. Desta forma, é possível afirmar que tais estruturas agem como um cromóforo natural para os tratamentos com LIP. (ROSS, 2006) Para cada tratamento é imperativo que o comprimento ou a faixa de comprimentos de onda da emissão luminosa sejam cuidadosamente escolhidos dado que, para cada caso específico, uma determinada estrutura molecular do organismo está diretamente relacionada. (BELLEW, et al., 2005) Cada um dos cinco diferentes manípulos aplicadores é dotado de filtros ópticos de corte ou de passagem de energia luminosa em bandas ou comprimentos de onda muito bem definidos que permitem ao usuário selecionar e estimular com facilidade as diferentes estruturas-alvonos diversos tratamentos de LIP sem que outras estruturas moleculares sejam indesejadamente atingidas ou estimuladas, restringindo a resposta do tratamento somente aos efeitos desejados. (BELLEW, et al., 2005) FOTO 39 – Cromóforo alvo. Fonte: www.negocioestetica.com.br 18/06/2020 Considerando que a luz é uma onda eletromagnética e que esta se propga no vácuo a uma velocidade com o valor de 3x108 m/s, podemos calcular o comprimento de onda (λ) dessa radiação por meio da fórmula λ = c/f, na qual f é a frequência dessa onda no vácuo. Desta forma, em função do comprimento de onda, o espectro de luz visível pode então assumir diversas cores (desde o violeta até o vermelho), como exposto na tabela ao abaixo. (HEYMANN,2007) Cor Comprimento de Onda (nm) Violeta 380 – 440 Azul 440 – 490 Verde 490 – 565 Amarelo 565 – 590 Laranja 590 – 630 Vermelho 630 – 780 http://www.negocioestetica.com.br/ Indicações e Contraindicações Distúrbios estéticos que se beneficiam com a tecnologia da LIP: - remoção de pelos; - rosáceas; - cicatrizes inestéticas; - melanoses; - acne; - rejuvenescimento não ablasivo; - telangiectasias; - cicatriz de acne; (KLIGMAN, et al., 2004) As principais contraindicações são: • pele bronzeada; • doenças crônicas descontroladas; • tumores malignos; • gravidez; • isotretinoina oral; • colagenoses (lúpus...); • medicamentos fotossensíveis (vitamina a e k); • herpes ativa; • fotossensibilidade (alergia luz solar); • feridas abertas. (KLIGMAN, et al., 2004) 390 ~ 510 nm: ação bactericida, tratamentos de acne, psoríase e vitiligo. 520 ~ 1200nm: melanina e hemoglobina (melanoses, rejuvenescimento, telangiectasias). 590 ~ 1200 nm: manchas hiperpigmentadas, fotorrejuvenescimento e pelos de peles foto tipos I e II. 640 ~ 1200 nm: epilação duradoura de peles foto tipos III e IV, cor vermelho. 750 ~ 1200 nm: epilação duradoura em peles fototipos V e VI, cor vermelho intenso. Podemos destacar as seguintes vantagens do procedimento: • Menor tempo de recuperação. • Não há eritema prolongado. • Ausência de cicatriz. • Melhora em relação a rugas finas. • Estimulação do colágeno. • Retirada de manchas da pele. • Remoção de vasos da região. • Melhora na textura da pele. LIP no Rejuvenescimento e Cicatriz A melhora da aparência das rugas, tamanho dos poros e na textura da pele que o paciente observa após o tratamento de fotorrejuvenescimento ocorrem através da produção de colágeno subdérmico e intradérmico e utiliza o princípio da seletividade fotocinética. O acúmulo de novo colágeno dérmico por intermédio de múltiplos tratamentos resulta em um espessamento da derme e uma suavização na aparência das rugas, das irregularidades na textura ou no tratamento dos poros. (ABALI, et al.,2014) A técnica de fotorrejuvenescimento implica resolução gradual dos sinais de envelhecimento e das manchas, juntamente com a produção intradérmica de colágeno e da reorganização do colágeno existente. Essas mudanças devem ocorrer com mínimo risco e sem que seja necessário nenhum tempo de recuperação. (ABALI, et al.,2014) O tratamento promove uma mudança substancial e visível na aparência da pele, amenizando os sinais causados pelo fotoenvelhecimento, rosácea, telangectasias, hiperpigmentação, discromia, rugas finas, cicatrizes de acne e irregularidades na textura da pele, resultando em uma pele mais jovem e saudável, sem que o paciente tenha de se ausentar das suas atividades regulares. (ABALI, et al.,2014) A fim de aprimorar os resultados, é de grande importância estabelecer um programa de tratamento específico para as características da pele do paciente. Geralmente faz-se uma sessão por mês, em média de cinco sessões. Para garantir a manutenção dos resultados do tratamento, o paciente pode necessitar de uma nova sessão a cada 3-4 meses. (ABALI, et al.,2014) LIP para Tratamento de Acne O tratamento para acne ocorre por meio do combate à bactéria e à inflamação no folículo causador da acne, o que acontece quando utilizamos a LIP, uma vez que a luz age diretamente na acne, tornando a porfirina (enzima integrante do ciclo da bactéria) quimicamente ativa e induzindo-a a liberar oxigênio. Este age diretamente na bactéria, que é anaeróbica, e a destrói. Concomitante a isso, o processo inflamatório cessa, e, desse modo, há a finalização da reação química e destruição total da propionibacterium acnes. (WILLEY, et. Al., 2007) LIP para Epilação O melhor período para executar-se uma epilação utilizando a LIP é desde o momento final da fase anágena até o início da fase catágena, sendo necessário que a maior parte dos pelos da área a ser epilada esteja efetivamente nesse período. (Cameron, S. et al,2008). A LIP irá realizar a absorção seletiva da melanina presente no pelo, ocorrendo o aquecimento de sua estrutura, destruindo a célula germinativa, mas preservando a epiderme e tecidos adjacentes. (Cameron, S. et al,2008). Nesse intervalo de tempo é certo que os pelos estejam em contato direto com suas matrizes germinativas, porém, como nem todos os pelos encontram-se ao mesmo tempo em igual fase de desenvolvimento, em face da dificuldade em determiná-la com exatidão, não se pode pretender uma epilação definitiva numa única sessão. (Cameron, S. et al,2008). LIP nas Lesões Pigmentadas A LIP será absorvida pela pigmentação da lesão elevando a temperatura local, usando fragmentação levará a um dano célula pigmentada, clareando a lesão, porém sem lesionar a epiderme ou tecidos adjacentes. (SORIA, et al., 2009) São necessárias de duas a seis sessões e terá como reação imediata um eritema, sensação de ardência, escurecimento da lesão, anel avermelhado, crostas. É de suma importância a utilização de protetor solar. (SORIA, et al., 2009) É mais indicada nas lesões pigmentadas: - melanoses, efélides, lentigos; - manchas café com leite; - hiperpigmentação; - melasma. (SORIA, et al., 2009) Dicas: - Realize a limpeza de toda a pele a ser tratada, de maneira uniforme, utilizando algodão ou gaze embebida em loção de limpeza ou soro fisiológico. - Encaixe o anteparo no aplicador de modo que atinja toda a área. - Posicione o vão do anteparo sobre o local e execute de dois a três disparos, a fim de que a energia aplicada seja suficiente para estimular a melanina da mancha e fazê-la ficar num tom mais acastanhado. Repita o mesmo procedimento na outra mancha. OBS: pode ser que o número de disparos seja superior a três. - Repare após a aplicação, o eritema sobre a mancha e posteriormente haverá o seu escurecimento. - Finalize com protetor ou bloqueador solar. - Orienta-se proteger a pele sadia ao redor da mancha ou acne com micropore branco para proteção. LIP nas Lesões Vasculares A LIP será absorvida pela oxihemoglobina do sangue, provocando aumento da temperatura no interior dos vasos, alta suficiente para ocorrer a coagulação intravascular, levando a uma trombose do vaso. (WILLEY, et. Al., 2007) É mais indicada no tratamento de rosáceas, hemangioma plano, telangiectasias, poiquilodermia. Pode variar de duas a oito sessões dependendo do distúrbio. (WILLEY, et. Al., 2007) - Orienta-se proteger a pele sadia ao redor da mancha ou acne com micropore branco para proteção. (WILLEY, et. Al., 2007) Cuidados antes da aplicação *Suspender o uso de qualquer tipo de ácido por uma semana antes da aplicação. * Não estar com a pele bronzeada. * Vir no dia da aplicação sem maquiagem, somente com protetor solar. * Não realizar a aplicação se possuir pinos ou placas metálicas ou aparelho no local. * Na hora do procedimento o máximo que poderá sentir é um leve formigamento, se sentir dor ou queimação deverá informar a profissional. * Caso seja na axilavir sem desodorante e não usar desodorante com álcool por uma semana * Para a depilação, comparecer com a região sem pelos, caso contrário não será realizada a aplicação. * É normal que logo após a aplicação a pele fique vermelha e sensível. CAPÍTULO XXV – A APLICAÇÃO 1. Aplique uma camada fina (2-3 mm) de gel frio sobre a área inteira a ser tratada. 2. Ligue a máquina e ajuste os parâmetros (FOTO 2). FOTO 40 – Parâmetro LIP. FOTO TIPO INDICAÇÃO FILTRO FLUÊNCIA OBSERVAÇÃO I a II Acne, psoríase, vitiligo e hipocromia 390 a 510 nm 16 a 26 J/cm² Hipercromia, melasma, lesões pigmentadas, telangiectasias e vasinhos 520 nm 24 a 32 J/cm² Lesão mais superficial 590 a 640 nm 28 a 36 J/cm² Lesão profunda Revitalização, rugas e cicatrizes 520 a 640 nm 23 a 35 J/cm² Pelos 590 a 750 nm 40 a 47 J/cm² III e IV Acne, psoríase, vitiligo e hipocromia 390 a 510 nm 16 a 26 J/cm² Hipercromia, melasma, lesões pigmentadas, telangiectasias e vasinhos 520 nm 20 a 26 J/cm² Lesão superficial 590 nm a 640 nm 28 a 36 J/cm² Lesão profunda Revitalização, rugas e cicatrizes 520 a 640 nm 20 a 28 J/cm² Pelos 590 nm 40 a 47 J/cm² III: Pelo fino e castanho 640 nm 42 a 47 J/cm² III: Preto, fino e normal 36 a 45 J/cm² IV: Preto, fino e normal 750 nm 42 a 47 J/cm² III: Pelo grosso e escuro 40 a 47 J/cm² IV: Pelo preto e grosso V e VI Acne, psoríase, vitiligo e hipocromia 390 a 510 nm 16 a 26 J/cm² Hipercromia, melasma, lesões pigmentadas, telangiectasias e vasinhos 520 nm 15 a 20 J/cm² Lesão superficial 590 nm a 640 nm 24 a 30 J/cm² Lesão profunda Revitalização, rugas e cicatrizes 750nm 16 a 22 J/cm² Pelos 750nm 24 a 36 J/cm² V:áreas pequenas - barba, axila, virilha 18 a 28 J/cm² VI: áreas pequenas - barba, axila, virilha Fonte: Taís Amadio Menegat 2020 3. Aproxime a cabeça do manípulo perpendicular a área do tratamento.(FOTO 3) FOTO 41 – Colocação manipulo. Fonte: celebrim 2014. 4. Pressione a tecla do disparador no punho do manípulo para começar o tratamento. 5. Mova até ficar metade do quadrado anterior e faça um novo disparo Remova o gel da área previamente tratada. 6. Aplique máscara calmante (tília), se desejar, ou compressa de água gelada; caso seja tratamento de revitalização poderá ser aplicado gel com DMAE Após o tratamento * Não se expor ao sol por 15 dias. * Não usar maquiagem por 48 horas. * Não ir a piscinas e/ou mar por 15 dias. * Não manipular a pele (realizar tratamentos em cima do local) por 15 dias. * Lavar a região somente com sabonete neutro duas vezes ao dia. * Aplicar diariamente protetor solar não gorduroso com fator de proteção * Não aplicar cremes que contenham ácidos por 15 dias. * Caso a pele fique sensível, poderão ser realizadas compressas de soro fisiológico gelado ou BEPANTOL LÍQUIDO três vezes ao dia. * Caso a região se apresente mais avermelhada e com ardor, utilizar pomada BEPANTOL DERMA três vezes ao dia por 20 dias. Reações Adversas Não existem registros significantes de efeitos colaterais mais sérios (transitórios ou permanentes) decorrentes do uso da terapia por Luz Intensa Pulsada, desde que as dosagens de aplicação sejam adequadas ao paciente; porém podem ocorrer: • Hiperpigmentação transitória (resolve-se sem tratamentos adjuvantes em no máximo seis meses após a aplicação). • Prurido. • Discromias. • Queimaduras. • Eritema ou edema local (de 30 minutos a 72 horas). (Cameron, S. et al,2008). CAPÍTULO XXVI – LEDs (LIGHT EMITTING DIODES) Os efeitos da radiação luminosa sobre os tecidos já são bastante conhecidas na área da saúde por meio da ação dos lasers de baixa potência que atuam muito bem na bioestimulação dos tecidos, com as características de monocromaticidade, colimação e coerência. A luz laser no passado já foi vista como tema de filmes futuristas e arma de guerra, mas hoje já pode ser incorporada no dia a dia dos consultórios. A coerência é uma das propriedades da luz laser, que ao penetrar no tecido perde sua propriedade nos primeiros extratos da pele. Isso ocorre devido à grande variedade de estruturas celulares que compõem a pele, mas apesar da perda da coerência no interior dos tecidos, a radiação do laser de baixa potência é absorvida pelas células gerando alterações no seu metabolismo, tanto em tecidos superficiais como em profundos. O efeito de estimulação luminosa depende do comprimento de onda, da dose e da intensidade da luz utilizada na irradiação. Na terapia com laser de baixa potência, a luz apresenta uma interação não térmica com o tecido, de origem fotoquímica (SCHAFFER et, al., 2000), ou seja, radiações com baixa densidade de potência (DP) 0,01 W/cm2 a 1 W/cm2 e também baixa densidade de energia (DE) de 1 a 10J/cm2, nesses limites se produz um pequeno e não significante aumento de temperatura, o qual não ultrapassa 1º Celsius (KARU,1987). O Laser de Baixa Potência LBP age principalmente sobre organelas celulares (mitocôndrias e membranas), gerando aumento da síntese de ATP e modificando o transporte iônico. Esses processos ocorrem por meio dos fotorreceptores celulares. Dessa forma o LBP acelera, no curto prazo, a glicólise e a oxidação fosforilativa e, a longo prazo, a transcrição e a replicação do DNA (KARU, 1987). A função fotorreguladora ocorre em função dos fotorreceptores. Essas são moléculas de variedade morfológica, que encontram- se distribuídas nas células do organismo, tais como flavoproteínas, porfirinas, citocromo, tirosinas, aspargina e outras. Tais moléculas interferem no metabolismo celular sem a necessidade de energia luminosa, mas na presença de radiação luminosa com comprimento de onda específico, desencadeiam-se reações fotoquímicas que conduzem a variações no metabolismo celular. (RIGAU 1996) Pesquisas demonstram que quando se realiza uma terapia com luz, não é importante o seu princípio ativo, sólido, líquido ou gasoso, mas sim o comprimento de onda que age sobre os tecidos. Muitas pesquisas dão ênfase à monocromaticidade e à coerência da luz, mas pouco se pesquisa sobre atuação da luz difusa e sobre ação de comprimentos de onda de largo espectro sobre os organismos vivos. A corrida espacial despertou a necessidade de se realizarem novas pesquisas perante o desafio de vôo ao espaço de longa duração, pois os astronautas expostos a microgravidade apresentavam sérios problemas de cicatrização e atrofias musculares e de tecido ósseo. A NASA iniciou a pesquisa com um diodo emissor de luz LED na tentativa de minimizar os efeitos danosos por longos períodos no espaço, sendo a plataforma espacial um importante laboratório de pesquisa no estudo enfermidades na área da saúde. (PAKHCHYAN, 2008) O uso da terapia com LED, diodos emissores de luz da NASA, foi aprovado para terapia em humanos pelo FDA americano, pois possibilitou às missões espaciais um melhor controle das enfermidades dos astronautas expostos a microgravidade em longos períodos sem exposição a luz, sendo essas intercorrências muito similares às que ocorrem aqui na terra também, beneficiando civis e militares. Os diodos light-emitting (diodos emissores de luz) possibilitaram uma alternativa eficaz aos lasers, pois podem ser produzidos com múltiplos arranjados em forma de cluster e permitir o tratamento de grandes áreas, com muito mais potência a um baixo custo. Os lasers, entretanto, têm algumas características inerentes que fazem seu uso clínico problemático, como limitações em comprimentos de onda e em largura do feixe, limitando o seu uso em grandes áreas Os diodos emissores de luz LED, se apresentam como uma alternativa ao uso de laser de baixa potência, pois proporcionam resultados terapêuticos semelhantes, com amplas vantagens jáque podem cobrir grandes áreas com uma exposição de tempo menor.(FOTO 1) Os benefícios da ledterapia incluem o tratamento de queimaduras, lesões de pele, úlceras de origem venosa, arterial ou isquêmica, fraturas dos ossos, dores de origem reumáticas ou articulares, bem como a aceleração da cicatrização, etc. A ledterapia tornou-se uma importante arma em operações especiais, como alternativa móvel, leve e prática em missões civis e militares no tratamento de ferimentos e em missões submarinas de longa duração. Não apresenta efeitos colaterais e térmicos, podendo ser utilizada mesmo em casa no alívio das dores e como auxiliar da cicatrização. Analisando varias publicações, conclui-se que os resultados clínicos dos lasers apresentam os mesmos resultados terapêuticos dos LEDs. (DOURADO, et al., 2011) FOTO 42 - Visão interna Led. Fonte: Dourado et al 2011 As propriedades coerentes de luz laser não têm continuidade quando o raio interage com um tecido, portanto não penetram mais profundamente que a luz LED. Experimentos desenvolvidos comparando à luz coerente dos lasers e não coerente dos LEDs, com o mesmo comprimento de onda, intensidade e tempo de irradiação, proporcionam o mesmo efeito biológico. O uso bem sucedido de LEDs em várias áreas da prática clínica também confirma essa conclusão (Manual Photonics Biomédica, 2003). E, “princípios fotobiológicos de aplicações terapêuticas de radiação laser,” publicados pela Yu. Vladimirov A., et al em Bioquímica Moscou - Volume 69, Number 1 / Janeiro de 2004. CAPÍTULO XXVII – CONCEITOS Diodo é um componente eletromagnético composto de cristal semicondutor de silício envolto numa película cristalina que, quando submetido a uma corrente elétrica, emite luz (FOTO 2). (DOURADO, et al., 2011) FOTO 43: Matriz do diodo. Fonte: http://www.talkingelectronics.com 15/06/2015 Nanômetro (nm) é uma unidade de comprimento, usada para medição de comprimento de onda de luz visível (de 400 nm a 700 nm). (DOURADO, et al., 2011) Energia emitida por cada cor é medida pelo comprimento de onda de emissão (distância entre dois pontos atingida pela radiação eletromagnética) (FOTO 3). (DOURADO, et al., 2011) FOTO 44: comprimento onda LED. Fonte: SANTOS, et al., 2013 http://www.talkingelectronics.com/ Mecanismo Ação A fototerapia por LEDs atinge as camadas mais profundas da pele transportando energia para as células através de irradiação eletromagnética de baixa frequência. A fototerapia não é invasiva nem ionizável, não emite raios UV, não causa aumento da temperatura da superfície da pele (epitélio), permitindo assim um resultado gradativo, seguro e indolor. Após seu uso, pode ser associada a outras técnicas de tratamentos estéticos. (PAKHCHYAN, 2008) As principais vantagens dos LEDs são o fato de serem compactos, emitirem luz, necessitando apenas de uma pequena corrente, não aquecerem significativamente e durarem até cerca de dez anos. Os LEDs têm algumas particularidades que não devem ser esquecidas, são polarizados, e o contato positivo do LED (ânodo), geralmente o mais comprido, deve ser ligado ao polo positivo da bateria, enquanto o contato negativo (cátodo), normalmente o mais curto, deve ser ligado ao polo positivo. No caso de a ligação ser feita ao contrário, o LED não se estraga, simplesmente não acende. Além disso, esses dispositivos precisam de uma quantidade adequada e predefinida de voltagem e fluxo de corrente provida por uma bateria, de forma a acender. A voltagem dos LEDs é diferente consoante a cor do LED. Geralmente, os LEDs vermelhos, verdes e amarelos precisam de uma voltagem entre os 2.2 V e os 2.4 V, enquanto os azuis e os brancos brilhantes necessitam de mais do que 3.4 V. No que diz respeito ao fluxo de corrente, a maioria dos LEDs precisam apenas de 20 mAh, e é sempre necessário ligar uma resistência entre a bateria e o LED. (DOURADO, et al., 2011) Os diodos emissores de luz (LEDs) são semicondutores complexos que convertem corrente elétrica em um espectro luminoso estreito não coerente. Em 1993, uma empresa japonesa começou a produzir luz branca a partir da combinação da lua azul, vermelha e verde, o que abriu um importante campo para essa tecnologia. A luz emitida vai do comprimento de onda do ultravioleta ao visível e ao infravermelho, que vai dos 247 aos 1300 nanômetros (nm). Uma diferença significante entre lasers e LEDs é o modo como a energia luminosa é liberada. O pico de energia liberada no LED é mensurado em mili Watts, já o laser é em Watts, porém apresentam o mesmo comprimento de onda. Os LEDs não liberam energia suficiente para causar danos aos tecidos humanos e não oferece o mesmo risco de acidentes aos olhos que o laser. A terapia luminosa por luz visível e infravermelha é julgada como sendo de risco insignificante pela Administração de Medicamentos e Alimentos (FDA) e tem sido aprovada para uso em humanos. Dentre outras vantagens sobre o laser inclui-se a possibilidade de combinar comprimentos de onda de vários tamanhos. (DOURADO, et al., 2011) O LED dispersa a luz por uma superfície maior comparada com o laser e pode ser usada onde grandes áreas são indicadas ao tratamento, resultando em redução no tempo de tratamento. Segundo os parâmetros utilizados, os efeitos biológicos dependem de: comprimento de onda, dose (fluência), intensidade (densidade de potência), tempo de irradiação, modo contínuo ou pulsado da onda e padrões de pulso, por exemplo. Clinicamente, fatores como frequência, intervalo entre os tratamentos e número total de tratamentos são considerados. Quanto à segurança, o LED é seguro, não é térmico, nem tóxico e invasivo, e não há relato na literatura de efeitos colaterais. Porém, a atenção deve ser enfatizada em pacientes com epilepsia ou com fotofobia quando se utiliza LEDs de modo pulsado. (BAROLET, 2008) A ledterapia pode ser aplicada de várias formas na clínica diária: pontual ou varredura. Uma vez determinado o sistema de terapia que será adotado, deve-se definir ainda se a técnica utilizada será por contato ou não contato. Utilizando a técnica de contato, as aplicações serão sempre feitas com a ponteira o mais perpendicular possível em relação ao tecido-alvo. Recomenda-se envolver a ponteira do aparelho com um fino filme plástico para evitar contaminação cruzada (magi pack) e utilizar óculos de proteção. Nos casos de bioestimulação de tecidos mais profundos, recomenda-se realizar uma pequena compressão com a ponteira do aparelho contra a pele na tentativa de diminuir a distância entre a pele e o tecido a ser atingido. Nos casos de feridas abertas ou queimaduras recomenda-se dividir a área em quadrantes e usar a técnica de não contato, manter feixe em 3 cm diâmetro e aplicar tantos pontos quanto necessários para cobrir cada quadrante. Indicações: • No controle do edema. • No controle da inflamação. • Na melhora da vascularização. • Na redução no tempo de reparação das feridas. • Na qualidade da cicatrização. • No controle da dor. • Na redução do tempo de internação. • Na Dermatologia. • No controle das acnes. • Na atenuação das rugas. • No controle de estrias e celulites. • Nas queimaduras. • No controle de queloides e fibroses. • No estimulo de colágeno e elastina. • Na psoríase. • Na alopecia. • Na terapia fotodinâmica. • No controle de micoses de unha. Nas Patologias diversas: • No pé diabético. • Nas escaras. • Nas úlceras varicosas. • No controle das flebites; • No controle do herpes zoster e simples. • Na fibromialgia. • Nas sinusites. • Nos processos inflamatórios. Contraindicações • Câncer. • Gravidez. • Albinismo. • Enxaqueca. Eefeitos Biológicos Fotoestimulação - Fotoregeneração – Dermotonificação. LUZ VERMELHA (640 nm)- A irradiação da luz vermelha possui efeito bioestimulante, regenerador e antiinflamatório. Os termorreceptores absorvem essa energia e reagem aumentando a capacidade de produção dos fibroblastos, havendo maior regeneração de colágeno, reativando as células, aumentando sua permeabilidade e a dermotonificação cutânea. Favorece o rejuvenescimento facial, a tonicidade da pele, minimizando linhas de expressão, melhorando a qualidade da pele. BENEFÍCIOS E ESPECIFICAÇÔES LED VERMELHO - 640 nm revigora pele - melhora da textura - reorganiza colágeno - trata linhas de expressões e rugas - trata hiperemia provocada por rosácea e eczema LUZ AZUL (470 nm) – A irradiação da luz azul tem ação bactericida, oxigenante e cicatrizante. Na acne ativa, tem efeito fotodestruidor da bactéria propionibacterium acnes, agindo diretamente na excessiva produção de gordura inibindo o excesso de secreção sebácea, auxiliando na oxigenação e na regeneração do tecido. LUZ AMARELA (590 nm) – A irradiação da luz amarela tem propriedades drenantes e desintoxicantes, melhorando a circulação sanguínea e linfática, minimizando edemas, estimulando a presença de água, e tem efeito calmante nos casos de vermelhidão causada por rosácea. LUZ VERDE (525 nm) – A irradiação da luz verde age na inibição do estímulo dos melanócitos que provocam a hiperpigmentação, sendo que a pele provavelmente pode se encontrar em estado agravado pelo efeito dos raios solares. A discromia também pode ser causada por disfunções hormonais, efeitos medicamentosos, uso indevido de cosméticos ou por melasma (gravidez). A luz verde sendo também absorvida pelas moléculas fotossensibilizadoras (cromóforos), por uma reação bioquímica, age transportando iluminação para a superfície da pele. BENEFÍCIOS E ESPECIFICAÇÔES LED VERDE - 525 nm mancha senil - trata hiperpigmentação - rejuvenescimento BENEFÍCIOS E ESPECIFICAÇÔES LED AMARELO - 590 nm calmante, desintoxincante - utilizada pra hiperemia, calmante e desintoxicante. - absorvida pelos fluidos corporais, promove a melhora da circulação sanguinea. BENEFÍCIOS E ESPECIFICAÇÕES LED AZUL - 470 nm combate acne - resultados efetivos na redução da bactéria causadora da acne, reduzindo manchas causadas por ela Dosagem de Energia Sugerida A dosagem de energia sugerida a ser aplicada deverá ser baseada no tipo de tecido. • Mucosa 4 a 6 j/cm² = 20 s • Pele 6 a 8 j/cm² = 20 a 30 s • Músculo 8 a 10j/cm² = 30 a 40 s • Tecido ósseo 10 a 14j/cm² = 40 a 60 s Preparo da Pele 1- Limpeza da área a ser tratada. 2- 2- Esfoliação. 3- Secagem da região. 4- Proteção dos olhos: embeber algodão com água ou soro e colocar sobre os olhos da cliente ou usar óculos de proteção. Não direcionar a luz para os seus olhos, ou também usar óculos de proteção. 5- Aplicação do LED conforme protocolo. 6- Finalizar com Sérum de acordo com o tratamento e bloqueador solar ou associar outras técnicas cosméticas ou eletroterápicas. Aplicação A emissão de luz tem que ser sempre perpendicular à pele, para maior absorção da fototerapia. Pode ser trabalhado r cinco pontos por hemiface: queixo, comissura labial, face, temporal e frontal e finalizar aplicando por toda a região. Pode ser aplicado de uma a três vezes por semana em dias alternados, de 15 a 30 minutos por sessão, num total de 20 aplicações. Intensidade (Low) Baixa para as sessões iniciais e/ou sensibilidade da pele causada por peelings químicos, físicos ou mecânicos, lesões de acne, rosácea, e em peles morenas. (High) Alta para peles mais resistentes e conforme a evolução do tratamento. Protocolo/Combinação Deve-se primeiramente fazer uma Anamnese para chegar o mais próximo possível das reais causas de cada problema de pele. O Dermabrite auxiliará em todo tratamento, podendo ser complementado, após seu uso, a outras técnicas estéticas para incrementar o tratamento e se obter o resultado desejado. Rejuvenescimento • Luz Vermelha – aplicar por 15 a 30 minutos. • Luz Vermelha associada à Luz Amarela – aplicar por 15 minutos e finalizar com a Luz Verde por mais 5 minutos. • Violeta: Luz Vermelha associada à Luz Azul - aplicar por 15 minutos. Acne • Luz Azul – aplicar por 20 a 30 minutos. • Luz Azul por 20 minutos, finalizar com Luz Vermelha (antiinflamatória) por mais 5 minutos. • Violeta: Luz Vermelha associada à Luz Azul - aplicar por 15 minutos ou por 2 a 3 minutos em cada lesão. Discromias • Luz Verde – aplicar por 5 minutos em cada mancha, num total de 15 a 20 minutos em toda região. • Luz Vermelha associada à Luz Verde – aplicar por 15 minutos nas discromias. Olheira • Luz Amarela – aplicar por 5 minutos na região dos olhos, finalizar com a Luz Verde por mais 5 minutos (por hemi-face). • Luz Amarela associada à Luz Verde – aplicar por 5 minutos na região dos olhos (por hemi- face). REFERÊNCIAS ABALÍ MOT, BRAVO BSF, ZYLBERSZTEJN D. Luz Intensa Pulsada no tratamento de cicatrizes após queimaduras. Surg Cosmet Dermatol. 6(1):2631 (2014) ABALÍ MOT, BRAVO BSF, ZYLBERSZTEJN D. Luz Intensa Pulsada no tratamento de cicatrizes após queimaduras. Surg Cosmet Dermatol. 6(1):2631 (2014) ALEXIADES-ARMENAKAS MR, DOVER JS, ARNDT KA. The spectrum of laser skin resurfacing: Nonablative, fractional, and ablative laser resurfacing Journal of the American Academy of Dermatology. 58 (5):719-37 (2008) ALEXIADES-ARMENAKAS MR, DOVER JS, ARNDT KA. The spectrum of laser skin resurfacing: Nonablative, fractional, and ablative laser resurfacing Journal of the American Academy of Dermatology. 58 (5):719-37 (2008) ALMEIDA-LOPES L, MASSINI RJ. 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