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<p>Mestranda: Lidia da Silva França</p><p>Curso/Turma: PALI/2024</p><p>Disciplina: ALI 17 - Análise de Dados Numéricos</p><p>Docente: Prof. Dr. Sandro Deretti</p><p>ALMEIDA, D.; SANTOS, M.A.; COSTA, A.F. Aplicação do coeficiente alfa de</p><p>Cronbach nos resultados de um questionário para avaliação de desempenho da saúde</p><p>pública. In XXX Encontro Nacional de Engenharia de Produção, São Carlos: 2010</p><p>(disponível</p><p>em: http://www.abepro.org.br/biblioteca/enegep2010_TN_STO_131_840_16412.pdf)</p><p>O artigo trata do uso de uma ferramenta estatística que quantifica a confiabilidade</p><p>de um questionário aplicado a área da saúde, o alfa de Cronbach é medido por meio de</p><p>uma escala que varia entre 0 e 1, sendo que quanto mais próximo de 1 maior é o grau de</p><p>confiabilidade desse instrumento de coleta de dados. No entanto, o valor mínimo para</p><p>aceitação da confiabilidade de um questionário é de 0,70. Já os valores ideais estão entre</p><p>0,80 a 0,90, visto que acima desse valor são considerados como redundantes, pois</p><p>percebe-se que diversos itens estão medindo o mesmo elemento de um constructo.</p><p>Sendo assim, conceituam validade como sendo o caráter de medir aquilo que se</p><p>propõe. Enquanto que confiabilidade é a capacidade de reproduzir um resultado de forma</p><p>consistente, ou seja, basicamente mede a coesão/relação das perguntas entre si e quando</p><p>essas apresentam valor entre 0,80 a 0,90 indicam robustez do questionário.</p><p>De acordo com Almeida, Santos e Costa (2010), um instrumento de coleta de</p><p>dados deve ser construído de maneira que vise demonstrar confiavelmente a realidade</p><p>estudada, e é esta a proposta da utilização do coeficiente alfa de Cronbach, indicar através</p><p>de um fator, o grau de confiabilidade das respostas decorrentes de um questionário. Para</p><p>isso existem três formas básicas de se medir a confiabilidade: teste re-teste, sensibilidade</p><p>à mudança e consistência interna. Dessa forma, o estimador de confiabilidade que será</p><p>utilizado varia conforme a fonte de variância que o pesquisador considera relevante.</p><p>Dentre os resultados alcançados pela pesquisa, pode-se verificar que o</p><p>questionário apresentou confiabilidade no espaço em que foi aplicado. Com isso, pode-</p><p>se afirmar que o questionário sobre QVT, aplicado as UBS de Guaratinguetá apresenta</p><p>validade e confiabilidade, esses critérios conferem robustez para o estudo realizado.</p><p>O texto elaborado por Almeida, Santos e Costa (2010) apresenta uma escrita fluida</p><p>e objetiva, permitindo a fácil compreensão da ideia central do artigo. Um dos aspectos</p><p>mais interessantes desse documento, é a retomada dos conceitos inerentes ao</p><p>entendimento da realização do cálculo do coeficiente que se refere a confiabilidade do</p><p>instrumento de coleta de dados, o qual está presente no referencial teórico de maneira</p><p>clara e sucinta. Em um contexto geral, as referências utilizadas para embasamento dos</p><p>autores estavam recentes para o ano de publicação do artigo em questão, exceto as que se</p><p>encontram na seção do referencial teórico, o que fica evidente ao passo que são retomados</p><p>diversos conceitos relevantes. A metodologia está bem detalhada, permitindo a</p><p>replicabilidade da pesquisa. Entretanto, um dos pontos que poderia ter sido melhor</p><p>trabalhado é a seção resultados e discussão, visto que ocorreu a apresentação dos</p><p>resultados, porém sem o aprofundamento da discussão deles.</p><p>Mestranda: Lidia da Silva França</p><p>Curso/Turma: PALI/2024</p><p>Disciplina: ALI 17 - Análise de Dados Numéricos</p><p>Docente: Prof. Dr. Sandro Deretti</p><p>SAMPIERI, Roberto H.; COLLADO, Carlos F.; LUCIO, Maria P.B. Metodologia de</p><p>Pesquisa. São Paulo: McGraw-Hill, 2013.</p><p>No capítulo 8, Sampieri, Collado e Lucio (2013) explicam a forma que acontece</p><p>o processo de seleção de amostras, apresenta uma leitura pouco densa a respeito do tema,</p><p>mas extremamente importante para o entendimento dos termos, visto que traz diversas</p><p>analogias para esclarecimento das ideias.</p><p>Um dos objetivos centrais do capítulo trata da forma como o pesquisador vai</p><p>atingir a correta delimitação de uma amostra, permitindo a generalização dos dados para</p><p>a população estudada através da utilização de métodos adequados para cada caso. Um</p><p>fato interessante abordado por Sampieri, Collado e Lucio (2013) é sobre o termo “amostra</p><p>representativa”, o qual indica como desnecessário, visto que toda amostra de uma</p><p>pesquisa deve representar fielmente as características da população de interesse, ou seja,</p><p>toda amostra de enfoque quantitativo é representativa.</p><p>Dessa forma, são conceituadas as amostras probabilísticas, as quais representam</p><p>em que os subgrupos da população todos os elementos têm a mesma probabilidade de ser</p><p>selecionado. Já as amostras não probabilísticas, indicam que o subgrupo de um universo</p><p>o processo de escolha dos elementos acontece por meio das características da pesquisa.</p><p>Os autores trazem uma ótima explicação sobre o uso do programa STATS para o</p><p>cálculo do tamanho da amostra necessária para representatividade da população. Dentre</p><p>os aspectos de tamanho amostral e nível de confiança, é explicado que com um mesmo</p><p>tamanho de população, ao alterarmos o nível de confiança ou erro máximo exigido o</p><p>tamanho da amostra consequentemente também é alterado, visto que a população é</p><p>sensível a esses critérios.</p><p>Ao longo do capítulo é apresentada a diferença entre as amostras aleatórias</p><p>simples e as amostras aleatórias estratificadas, a primeira é conceituada quando não há a</p><p>necessidade de diferenciar elementos do subgrupo por meio de estratos (ex.: idade, nível</p><p>de escolaridade) conforme o objetivo da pesquisa. Já no segundo caso, a amostragem</p><p>ainda é aleatória, porém o universo é dividido em segmentos e existe a seleção de amostra</p><p>para cada segmento (ex.: em uma população universitária são selecionados acadêmicos</p><p>que estão no primeiro ano do curso de Administração).</p>