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<p>Pincel Atômico - 31/08/2024 17:58:57 1/5</p><p>LETÍCIA GODINHO</p><p>AIRES</p><p>Exercício Caminho do Conhecimento - Etapa 4 (21586)</p><p>Atividade finalizada em 31/08/2024 17:58:19 (2120601 / 1)</p><p>LEGENDA</p><p>Resposta correta na questão</p><p># Resposta correta - Questão Anulada</p><p>X Resposta selecionada pelo Aluno</p><p>Disciplina:</p><p>PRÁTICA PEDAGÓGICA INTERDISCIPLINAR: TEORIA LITERÁRIA [1084599] - Avaliação com 8 questões, com o peso total de 1,67 pontos</p><p>[capítulos - 2]</p><p>Turma:</p><p>Segunda Graduação: Segunda Graduação 6 meses - Licenciatura em Letras-Português - Grupo: FPD-MARC/2024 - SGegu0A300324 [120529]</p><p>Aluno(a):</p><p>91597336 - LETÍCIA GODINHO AIRES - Respondeu 4 questões corretas, obtendo um total de 0,83 pontos como nota</p><p>[359297_1329</p><p>90]</p><p>Questão</p><p>001</p><p>(UECE-CEV - 2018 - SECULT-CE - Analista de Cultura - Letras)</p><p>Concebendo a Literatura como uma forma de apreensão do real, podemos dizer que</p><p>esta capacidade de apreender o real chama-se literariedade. Assim, a literatura tem</p><p>esta propriedade devido a dois fatores: a linguagem, enquanto aquilo que nos capacita</p><p>dizer o que dizemos; e a ideia ou ideologia, entendida como a apreensão do real que</p><p>há naquilo que dizemos. Assinale a opção que faz digressão ao conceito de Literatura</p><p>e aos fatores da literariedade.</p><p>Pode-se assegurar que linguagem e ideologia são duas faces da mesma moeda, pois</p><p>se a linguagem é aquilo que nos capacita dizer o que dizemos, seu dizer não se dá</p><p>sobre um vazio semântico, o que ele diz é ideológico, e sua capacidade de dizer</p><p>manifesta a linguagem.</p><p>X</p><p>O termo literariedade nasceu com os críticos conhecidos como formalistas. O destino</p><p>desse termo se dirigiu à Linguística, ciência da linguagem humana, não como crítica</p><p>da escrita, mas como crítica literária.</p><p>Segundo Eco, a Literatura não tem função na sociedade, portanto, não tem serventia</p><p>pragmática para além da estética.</p><p>Sendo a Literatura uma forma de apreensão do real, é ideológica, pois a sua mimese</p><p>passa por um código ideológico. Os dois fundamentos – linguagem e ideologia –</p><p>caracterizam a escrita do texto de arte literária.</p><p>A Literatura fala do mundo através de uma imagem do mundo. Segundo Sartre (1973),</p><p>só apreendemos o real se sairmos do real, pela imaginação.</p><p>[359297_1319</p><p>51]</p><p>Questão</p><p>002</p><p>São características do texto literário e que integram sua literariedade:</p><p>A ficcionalidade, a plurissignificação e a construção original e genial.</p><p>X A ficcionalidade, a plurissignificação e a construção intertextual e autorreflexiva.</p><p>A factualidade, a plurissignificação e a construção intertextual e autorreflexiva.</p><p>A ficcionalidade, a significação única e a construção intertextual e autorreflexiva.</p><p>Pincel Atômico - 31/08/2024 17:58:57 2/5</p><p>[359299_1319</p><p>56]</p><p>Questão</p><p>003</p><p>(ENADE - 2017)</p><p>TEXTO 1</p><p>A conceituação do termo ideologia tem sido marcada por transformações ao longo da</p><p>história. Criado pelo pensador francês Desturt de Tracy (1754 - 1836), o termo</p><p>ideologia, na explicação de Alfredo Bosi, apresenta dois sentidos: "Há uma concepção</p><p>ampla e flexível de ideologia que se confunde um pouco com a cultura da época, o</p><p>estilo, em que a ideologia entra como um componente difuso na cultura. E há um</p><p>sentido que foi desenvolvido principalmente por Marx e Engels no livro A Ideologia</p><p>Alemã, que precede O Capital, em que apalavra ideologia tem um sentido negativo —</p><p>isto é, a ideologia é a racionalização que as classes dominantes fazem do</p><p>conhecimento da sociedade. A literatura e, por extensão, outras formas de expressão</p><p>cultural podem oferecer ao leitor textos comprometidos ideologicamente com um grupo</p><p>social ou uma ideia ou exercer o papel de uma contra ideologia, criando uma literatura</p><p>de resistência, explica Bosi. (BOSI, A. Entrevista. Poesia como resistência à ideologia</p><p>dominante. Revista Aduspm, nº 58, 2015)</p><p>TEXTO 2</p><p>Os mendigos assaltaram o depósito do lixão. Puseram nos sacos sobejos de valor.</p><p>Foram pelas Cadeiras alegres, mas sem abrir a boca, o vento era frio e os dentes de</p><p>sorrir doíam. Lá nos viadutos fizeram a partilha. Quero a boneca pra minha neta. Que</p><p>nada, ela é minha! Sem conversa o chefe saltou sobre o da boneca e dividiu sua cara</p><p>ao meio com uma giletada. O sangue quente nos dentes...Todos sacaram suas giletes</p><p>e retocaram uns aos outros. O velho barrigudo segurava a torneira da jugular. A</p><p>netinha aproveitou para tomar a boneca e correr, os cabelos espetando o vento, um</p><p>olho aberto e outro fechado, sorriso de brinquedo. Sãs e salvas, as duas moram no</p><p>sinal. A boneca, olho fechado, olho aberto, mão estendida recebe as moedas. O</p><p>sujeito do outro lado da rua tem planos para a menina. (PONTES, C.G. O sorriso de</p><p>brinquedo. In: FERNANDES, R. (org). Contos cruéis: as narrativas mais violentas da</p><p>literatura brasileira contemporânea. São Paulo: Geração Editorial, 2006 – adaptado)</p><p>Considerando os textos apresentados, conclui-se que a narrativa do texto 2 evidencia</p><p>uma perspectiva ideológica e contra ideológica, marcada pela defesa dos sujeitos</p><p>marginalizados e pelo emprego de uma linguagem neutra na abordagem da violência.</p><p>uma perspectiva ideológica, identificada pelo interesse do narrador em combater a</p><p>violência contra crianças por meio da criação literária.</p><p>X</p><p>uma perspectiva contra ideológica, manifestada pela elaboração de um discurso</p><p>narrativo sensível à violência que atinge sujeitos em situação de marginalidade e</p><p>vulnerabilidade social.</p><p>uma perspectiva ideológica, assinalada pela construção de um discurso panfletário a</p><p>favor das camadas populares, que sofrem violência social.</p><p>uma perspectiva contra ideológica, alicerçada pelo discurso entrecruzado de narrador</p><p>e personagens que lutam pela boneca.</p><p>[359297_1319</p><p>45]</p><p>Questão</p><p>004</p><p>Sobre o conceito de Literatura é correto afirmar:</p><p>A Literatura é todo texto escrito independente do gênero textual.</p><p>O conceito de Literatura depende exclusivamente do autor consultado.</p><p>A Literatura é uma disciplina que se estuda na escola e no curso de Letras.</p><p>X O conceito de Literatura é sempre contingencial.</p><p>O conceito de Literatura é algo fixo, universal e imutável.</p><p>Pincel Atômico - 31/08/2024 17:58:57 3/5</p><p>[359299_1319</p><p>54]</p><p>Questão</p><p>005</p><p>Em texto de 1972, Algirdas-Julien Greimas acentua a relatividade do conceito, ao</p><p>vincular a interpretação da "literariedade", ou seja, das características que tornam</p><p>"literário" um texto, "a uma conotação sociocultural e sua consequente variação no</p><p>tempo e no espaço humanos"5.</p><p>E, no ano seguinte, Michel Arrivé, reitera o posicionamento, ao afirmar que "a literatura</p><p>é o conjunto dos textos recebidos como literários numa sincronia sociocultural dada"6.</p><p>Paralelamente, o caráter ficcional que, durante largo tempo, foi considerado uma das</p><p>características básicas do texto de literatura, entendida a ficção como fingimento,</p><p>resultante do ato de fingir, tem sido posto em questão. Para alguns especialistas</p><p>contemporâneos, o ficcional não se confunde com o falso: nele se abriga alguma coisa</p><p>captada da realidade. A conceituação da literatura, assim, permanece em aberto, na</p><p>medida em que acompanha o dinamismo da cultura em que se insere. A questão</p><p>fundamental, e que continua desafiando os especialistas, é a caracterização da</p><p>natureza das propriedades estéticas do texto literário e quais as ligações entre ambas.</p><p>Se é difícil, entretanto, conceituar ou definir, por meio de palavras, certas realidades do</p><p>mundo, isso não significa que deixem de existir os elementos que as singularizem.</p><p>(FILHO, Dominício Proença. A Linguagem Literária. São Paulo: Ática, 2007, p. 10).</p><p>Tomando como referência o texto acima, avalie as afirmações que se seguem:</p><p>I – O conceito de literatura se subjaz, além da literariedade, aos elementos</p><p>socioculturais.</p><p>II – Para definir o que é ou não literatura é preciso apenas observar o uso particular</p><p>que se faz da linguagem.</p><p>III – O que é ou não Literatura relaciona-se não apenas com o uso estético da</p><p>linguagem, mas pela leitura e juízo que determinada época e sociedade fazem da obra</p><p>literária.</p><p>IV – Apesar de não podemos desvincular a literatura dos contextos históricos, sociais e</p><p>culturais, é possível caracterizar alguns de seus elementos estéticos</p><p>recorrentes.</p><p>Apenas II e III e IV estão corretas.</p><p>Apenas II e III estão corretas.</p><p>X Apenas I e II estão corretas.</p><p>Apenas I e III estão corretas.</p><p>Apenas I , III, IV estão corretas.</p><p>Pincel Atômico - 31/08/2024 17:58:57 4/5</p><p>[359297_1330</p><p>09]</p><p>Questão</p><p>006</p><p>(Quadrix - 2018 - SESC-DF - Professor - Português)</p><p>De fato, antes procurava―se mostrar que o valor e o significado de uma obra</p><p>dependiam de ela exprimir ou não certo aspecto da realidade, e que este aspecto</p><p>constituía o que ela tinha de essencial. Depois, chegou―se à posição oposta,</p><p>procurando―se mostrar que a matéria de uma obra é secundária, e que a sua</p><p>importância deriva das operações formais postas em jogo, conferindo―lhe uma</p><p>peculiaridade que a torna de fato independente de quaisquer condicionamentos,</p><p>sobretudo social, considerado inoperante como elemento de compreensão. Hoje</p><p>sabemos que a integridade da obra não permite adotar nenhuma dessas visões</p><p>dissociadas; e que só a podemos entender fundindo texto e contexto numa</p><p>interpretação dialeticamente íntegra, em que tanto o velho ponto de vista que explicava</p><p>pelos fatores externos, quanto o outro, norteado pela convicção de que a estrutura é</p><p>virtualmente independente, se combinam como momentos necessários do processo</p><p>interpretativo. Sabemos, ainda, que o externo (no caso, o social) importa, não como</p><p>causa, nem como significado, mas como elemento que desempenha um certo papel na</p><p>constituição da estrutura, tornando―se, portanto, interno.</p><p>Antonio Candido. Crítica e sociologia. In: Literatura e sociedade. Rio de Janeiro: Ouro</p><p>sobre azul, 2010, p. 13 e 14.</p><p>A respeito das duas correntes teóricas de interpretação da obra literária apresentadas</p><p>no texto acima, assinale a alternativa correta.</p><p>X</p><p>Uma interpretação dialeticamente íntegra implica na neutralidade do crítico, que não</p><p>deve assumir nem uma perspectiva sociológica nem uma abordagem esteticista.</p><p>Infere―se do texto que a abordagem crítica exigida pela obra de arte é aquela que</p><p>considera o trabalho estético de internalização dos dados externos na estrutura da</p><p>obra.</p><p>O texto defende a ideia de que a corrente crítica que privilegia a centralidade da</p><p>matéria social na obra de arte está ultrapassada e deve ser substituída pela</p><p>perspectiva crítica atenta aos jogos de linguagem.</p><p>A fusão de texto e contexto no processo interpretativo da obra significa,</p><p>necessariamente, o apagamento do contexto em favor das dimensões estéticas do</p><p>texto.</p><p>De acordo com o texto, o essencial em uma obra literária é a expressão de</p><p>determinado aspecto concreto da realidade, independentemente de fatores estéticos.</p><p>Pincel Atômico - 31/08/2024 17:58:57 5/5</p><p>[359297_1329</p><p>94]</p><p>Questão</p><p>007</p><p>(Enade 2011) Nos textos comuns, não literários, o autor seleciona e combina as</p><p>palavras geralmente pela sua significação. Na elaboração do texto literário, ocorre uma</p><p>outra operação, tão importante quanto a primeira: a seleção e a combinação de</p><p>palavras se fazem muitas vezes por parentesco sonoro. Por isso se diz que o discurso</p><p>literário é um discurso específico, em que a seleção e a combinação das palavras se</p><p>fazem não apenas pela significação, mas também por outros critérios, um dos quais, o</p><p>sonoro. Como resultado, o texto literário adquire certo grau de tensão ou ambiguidade,</p><p>produzindo mais de um sentido. Daí a plurissignificação do texto literário.</p><p>GOLDSTEIN, N. Versos, sons, ritmos. 5. ed. São Paulo: Ática, 1988, p. 5.</p><p>Os símbolos, as metáforas e outras figuras estilísticas, as inversões, os paralelismos e</p><p>as repetições constituem outros tantos meios de o escritor transformar a linguagem</p><p>usual em linguagem literária.</p><p>AGUIAR E SILVA, V. M. Teoria da literatura. 3. ed. Coimbra: Almedina, 1979, p.58</p><p>(com adaptações).</p><p>Tomando como referência os textos acima, avalie as afirmações que se seguem.</p><p>I. A plurissignificação de um texto literário é construída pela combinação de elementos</p><p>que vão além da significação das palavras que o compõem.</p><p>II. A construção do texto literário envolve um processo de seleção e combinação de</p><p>palavras baseados, necessariamente, no uso de metáforas.</p><p>III. A ambiguidade do texto literário resulta de um processo de seleção e combinação</p><p>de palavras.</p><p>IV. O texto literário se diferencia do não literário por não depender de significação,</p><p>mas, sim, de outros recursos no processo de seleção e combinação das palavras.</p><p>É correto apenas o que se afirma em</p><p>II e IV.</p><p>II, III e IV.</p><p>X I, III e IV.</p><p>I e III.</p><p>I e II.</p><p>[359297_1329</p><p>88]</p><p>Questão</p><p>008</p><p>(OMNI 2021 – Prefeitura Santana do Livramento – magistério - adaptado)</p><p>Cegalla, no Dicionário escolar da língua portuguesa, afirma que a Literatura é a “arte</p><p>de compor ou escrever trabalhos em prova ou verso com o objetivo de atingir a</p><p>sensibilidade ou emoção do leitor ou do ouvinte” (CEGALLA, 2005, p. 543).</p><p>Com base na afirmação, analise as afirmativas a seguir:</p><p>1) Considera-se obra literária somente o escrito que se distingue pela beleza da forma</p><p>e a excelência do conteúdo. Será tanto mais apreciada quanto maior o seu poder de</p><p>sugerir, de tocar a nossa sensibilidade, de empolgar o nosso espírito.</p><p>2) As obras literárias de alcance universal têm, geralmente, menos valor que as de</p><p>caráter estritamente nacional ou regional.</p><p>3) Todo escritor tem seu estilo próprio, pessoal, isto é, sua expressão reveste uma</p><p>forma característica, pela qual se manifestam seus impulsos emotivos, sua</p><p>sensibilidade e a feição peculiar de seu espírito, afirmando que o estilo é o espelho em</p><p>que se reflete a alma do escritor, a tela em que se projeta a personalidade do artista.</p><p>Assinale a alternativa CORRETA.</p><p>Está correta somente o segunda afirmativa.</p><p>Estão corretas o primeira e segunda afirmativas.</p><p>X Está correta apenas a terceira afirmativa.</p><p>Estão corretas a primeira e a terceira afirmativas.</p><p>Está correta somente a primeira afirmativa.</p>