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<p>APOSTILA SAÚDE DE SAÚDE DA MULHER</p><p>PARTO</p><p>O parto tem por finalidade expelir o feto e a placenta pelas vias</p><p>genitais. Do ponto de vista mecânico, o parto é composto de uma</p><p>força que impele um objeto por um trajeto. É indispensável, para</p><p>uma boa assistência ao parto, que a equipe de enfermagem</p><p>conheça o seu mecanismo. A fim de rastrear anomalias e</p><p>diagnosticar precocemente qualquer distócia.</p><p>Distócia: evolução comprometida do trabalho de parto.</p><p>Mecanismo do parto em tempos:</p><p>Primeiro tempo ou insinuação;</p><p>Segundo ou descida ou progressão;</p><p>Terceiro tempo ou rotação uterina;</p><p>Quarto tempo ou desprendimento cefálico;</p><p>Quinto tempo ou rotação externa;</p><p>Sexto tempo ou desprendimento do tronco.</p><p>1° tempo: Insinuação</p><p>É a passagem do feto pelo estreito superior. Ou seja, pelo maior</p><p>diâmetro da bacia. É quando a sutura sagital cefálica se apresenta</p><p>para o meio externo. Nas apresentações cefálicas, quando esta</p><p>acontece a mulher está com aproximadamente 9,5 cm de</p><p>dilatação. Para que a insinuação ocorra é necessário que ocorram:</p><p>flexão, acavalgamento e assinclitismo.</p><p>- FLEXÃO CÉFÁLICA</p><p>Ao iniciar-se o parto a cabeça acha-se orientada no diâmetro</p><p>transverso ou em um dos oblíquos.</p><p>Oferecendo um diâmetro de cerca de 12 cm.</p><p>Sendo impelida a cabeça após as contrações, o diâmetro toma um</p><p>padrão menor 10, 5 a 9,5 cm.</p><p>- ACAVALGAMENTO ÓSSEO</p><p>Reduz as dimensões da cabeça óssea fetal. O frontal e occipital se</p><p>movem para baixo dos parietais.A borda interna de um parietal se</p><p>sobrepõe a outra.</p><p>- ASSINCLITISMO</p><p>Sinclitismo: a sutura sagital está a igual distância do púbis e do</p><p>sacro.</p><p>Assinclitismo posterior: a sutura sagital está mais próxima do</p><p>púbis.</p><p>Assinclitismo anterior: a sutura sagital está mais próxima do</p><p>sacro.</p><p>2° tempo: Progressão</p><p>Tempo no qual a cabeça fetal percorre a distância do estreito</p><p>superior ao inferior da bacia.</p><p>3° tempo: Rotação Interna</p><p>A cabeça roda ficando em um ponto de referência da lâmbda.</p><p>Tornando-se mais confortável para a expulsão.</p><p>4° tempo: Desprendimento Cefálico</p><p>No início o desprendimento acontece a cada contração, ocorre um</p><p>movimento de avanço e recuo.</p><p>Só depois disso é que a insinuação vulvar da cabeça se torna</p><p>definitiva.</p><p>5° tempo: Rotação Externa</p><p>Movimento de restituição, pelo qual a cabeça gira. Voltando o</p><p>ponto de referência fetal para o lado que se encontrava</p><p>inicialmente.</p><p>6° tempo: desprendimento do tronco</p><p>Tempo em que se completa a expulsão do feto.</p><p>1) desprendimento das espáduas.</p><p>2) desprendimento do pólo pélvico.</p><p>CONTRAÇÃO UTERINA E PERÍODOS CLÍNICOS DO PARTO</p><p>A presença da contração uterina é uma constante em todo ciclo</p><p>gravídico puerperal. Conhecida popularmente como dor do parto.</p><p>A mulher vivencia a contração uterina como uma sensação</p><p>dolorosa. Em cada período clínico do parto ela possui uma</p><p>finalidade específica.</p><p>As contrações de gravidez são caracterizadas por:</p><p>Dor no baixo ventre, como se fosse uma cólica menstrual mais</p><p>forte que o normal. Dor em forma de pontada na região da vagina</p><p>ou no dorso, como se fosse uma crise renal. A barriga fica muito</p><p>dura durante a contração, o que dura, no máximo, 1 minuto de</p><p>cada vez.</p><p>As contrações durante o período gestacional são importantes para</p><p>treinar o útero para o momento do parto, mas a intensidade e</p><p>frequência determinam se são contrações de treinamento, a</p><p>partir das 20 semanas de gestação, ou próprias do trabalho de</p><p>parto, a partir das 37 semanas.</p><p>Contrações de Braxton Hicks</p><p>As contrações de Braxton Hicks são contrações de treinamento. A</p><p>barriga momentaneamente rígida. Surgem por volta da 20ª</p><p>semana de gestação; é um preparação para o parto.</p><p>Acontecem entre 3 a 4 vezes por dia; diminuindo com o repouso</p><p>ou mudança de posição da mãe. Elas duram menos de 60</p><p>segundos, não têm ritmo e não causam dor. Podem causar um</p><p>ligeiro desconforto na região pélvica que não se estende para as</p><p>costas ou outra parte do corpo.</p><p>Ida ao Serviço de Saúde</p><p>Ir no caso de ter contrações intensas, frequentes e ritmadas,</p><p>principalmente entre as 34 e as 36 semanas de gravidez ou se</p><p>estas contrações vierem acompanhadas de corrimento rosado ou</p><p>vermelho. Prescrição de magnésio para evitar que as contrações</p><p>provoquem o trabalho de parto antes do tempo.</p><p>Contrações de trabalho de parto</p><p>São sempre acompanhas de dor e não diminuem com o repouso;</p><p>elas podem acontecer a partir das 37 semanas de gestação; são</p><p>regulares e ritmadas; aumentam de intensidade e surgem</p><p>inicialmente a cada 20 minutos; evoluindo para um intervalo</p><p>menor de 15 minutos e depois a cada 10 e 5 minutos.</p><p>Ida a Maternidade</p><p>A gestante deve ir a maternidade quando as contrações</p><p>demorarem cerca de 1 minuto cada uma e ocorrerem de 5 em 5</p><p>minutos porque são sinais que o bebê vai nascer.</p><p>1ª fase: Fase de Dilatação</p><p>A primeira fase do trabalho de parto é a de</p><p>dilatação, caracterizada pela dilatação do colo do útero e do canal</p><p>de parto, que é o local por onde o bebê passa para sair, podendo</p><p>dilatar até dez centímetros. Esta fase é dividida em latente e ativa,</p><p>e pode demorar de 12 a 16 horas, período em que a mulher</p><p>poderá sentir dores devido às contrações, cada vez mais regulares</p><p>e próximas.</p><p>FASE LATENTE</p><p>As contrações são dolorosas e regulares com a dilatação cervical</p><p>a atingir os 4 cm. Por norma, prolonga-se por 8 horas. Numa</p><p>gravidez normal, sem complicações, muitas mulheres passam esta</p><p>fase no conforto da sua casa.</p><p>FASE ATIVA</p><p>O colo do útero dilata de 4 a 10 cm, sendo a média de dilatação</p><p>de 1 cm por hora. Poderá ser aconselhada a movimentar-se ou a</p><p>experimentar outras posições que a deixem mais confortável.</p><p>2ª Fase - Expulsão: Nascimento</p><p>O seguimento da fase ativa do trabalho de parto se dá pela fase</p><p>de expulsão, em que o colo do útero já atingiu a dilatação máxima</p><p>e se inicia a fase do período expulsivo, que pode demorar até 2</p><p>horas.Nesse momento, a mulher deve começar a fazer força para</p><p>a descida da apresentação fetal. Para facilitar o nascimento, pode</p><p>ser necessário fazer um pequeno corte no períneo, que é espaço</p><p>entre a vagina e o ânus para facilitar a saída do feto.</p><p>Durante esta fase a mulher deve procurar ajudar a equipe de</p><p>saúde e seguir as instruções que lhe são dadas. Assim, é</p><p>importante que em cada contração, a grávida inspire</p><p>profundamente e, depois, não deixe sair o ar enquanto faz força.</p><p>Além disso, deve aproveitar o intervalo entre duas contrações</p><p>para descontrair e recuperar as forças.</p><p>3ª Fase - Dequitação: Saída da placenta</p><p>A fase da dequitação é a fase 3 do trabalho de parto e ocorre</p><p>depois do nascimento do bebê, sendo caracterizada pela saída da</p><p>placenta, que pode sair espontaneamente ou ser retirada pelo</p><p>médico. Se o obstetra realizaram a episiotomia ou se houve lesão</p><p>sangrante da mucosa, deverá ser feita a sutura. Caso tenha sido</p><p>feito um corte para facilitar o nascimento do bebê, é nesta fase</p><p>que é feita a sutura. Além disso, é importante fazer uma</p><p>massagem na barriga para ajudar a placenta a soltar-se do útero</p><p>e sair mais facilmente.</p><p>4ª fase: Greenberg ou puerpério imediato</p><p>Após o parto, no puerpério imediato, a mãe relaxa e está</p><p>completamente disponível para acolher o bebé. O contato pele a</p><p>pele iniciado logo após o nascimento deve ser mantido e</p><p>encorajado. Assim como o incentivo a amamentação.</p><p>Definição</p><p>Puerpério ou pós-parto é um período cronologicamente variável ,</p><p>de âmbito impreciso , durante o qual se desenrolam todas as</p><p>manifestações involuntárias e de recuperação da genitália</p><p>materna ocorrida após o parto.</p><p>As transformações que se iniciam no puerpério , com a finalidade</p><p>de restabelecer o organismo da mulher á situação não gravídica ,</p><p>ocorrem não somente nos aspectos endócrinos e genital , mas no</p><p>seu todo .</p><p>Classificação do Puerpério</p><p>Pós Parto Imediato : Do 1 ao 10º dia ;</p><p>Pós Parto Tardio : Do 11 ao 45º dia ;</p><p>Pós Parto Remoto</p><p>: A partir do 46º dia em diante.</p><p>Involução e Recuperação da Genitália</p><p>A Involução uterina ocorre após a dequitação da placenta , o corpo</p><p>uterino forma um tumor muscular duro , cujo o ápice fica entre o</p><p>umbigo e sínfise púbica . Nos dias seguintes , diminui rapidamente</p><p>de tamanho , de modo que no 10º dia , já não da mais para se</p><p>palpar o útero acima da sínfise púbica , o que algumas vezes pode</p><p>ocasionar cólicas .</p><p>Ao término de 5 e 6 semanas após o parto , o útero atinge seu</p><p>tamanho normal .</p><p>Na lactente a involução uterina é mais rápida , devido o estimulo</p><p>ocasionado a cada amamentação e liberação de homônios</p><p>específicos.</p><p>Fenômenos Puerperais Importantes</p><p>Lóquios</p><p>É a hemorragia na zona de inserção da placenta e os produtos da</p><p>cavidade uterina formam os lóquios .</p><p>Composição dos lóquios : tecidos epiteliais, muco e sangue.</p><p>Classificação dos Lóquios:</p><p>Rubro: Apresenta-se sanguinolento, logo após o parto.</p><p>Fusco: Tornam se escuros ao fim de dois dias.</p><p>Flavo: Após período de dez dias adquirem coloração amarelada.</p><p>Alvo: Aos poucos tornam se brancos ou serosos.</p><p>Qualquer patologia no endométrio, colo uterino ou vagina, altera</p><p>as características dessa secreção, tanto na cor, como quantidade</p><p>e odor. Processos infecciosos, conferem lhe caráter purulento,</p><p>com odor característicos.</p><p>A vagina requer algum tempo para se recuperar da distensão que</p><p>sofreu, raramente voltando a condição de nulípara; as pregas</p><p>vaginais reaparecem ao final da 3º semana; o hímen fica</p><p>representado por pequenos restos de tecidos.</p><p>Vulva e Períneo</p><p>Também involuem rapidamente, quase readquirindo suas</p><p>características primitivas, desde que as eventuais lacerações do</p><p>parto tenham sido convenientemente suturadas.</p><p>Assoalho Pélvico</p><p>Embora a musculatura desta região readquira seu tônus normal,</p><p>devido as lacerações, principalmente dos músculos elevadores do</p><p>ânus pode permanecer frouxa as distopias uterinas e vesicais.</p><p>Colo Uterino</p><p>Imediatamente após a dequitação da placenta, o colo apresenta-</p><p>se flácidos com limites mal delimitados. Mas no final da primeira</p><p>semana, torna-se tão estreito, que dificilmente admite um dedo.</p>

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