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<p>ANO livro do professor ENSINO ACERTA BRASIL LÍNGUA PORTUGUESA ea editora ática</p><p>APRESENTAÇÃO Caro professor, A coleção Acerta Brasil é destinada a professores e gestores que buscam aprimorar o desempenho de seus alunos em avaliações externas, tanto federais e estaduais como municipais. Nesse sentido, apresenta uma proposta pedagógica baseada em encaminhamentos didáticos e atividades de apoio ao trabalho do professor para que desenvolva, junto a seus alunos, habilidades e competências fundamentais a fim de garantir um desempenho adequado nessas avaliações. As demandas específicas dos alunos são levadas em consideração, de modo a possibilitar diferentes abordagens e níveis de aprofundamento. A proposta deste material auxilia no desenvolvimento de habilidades específicas da área de Língua Portuguesa. Tem como base os seis tópicos para estudo de Língua Portuguesa, propostos na Matriz de Referência para Avaliação de Língua Portuguesa, e os respectivos descritores, que indicam habilidades a ser avaliadas em cada tópico. No livro do professor, há encaminhamentos didáticos com orientações sobre a avaliação das atividades de acordo com descritor de habilidades, a elas associado. Em algumas situações, um suporte teórico é proposto para auxiliar o professor na revisão de conteúdos mais complexos, aqueles que demandam um saber-fazer mais aprofundado em sala de aula. Assim, a coleção Acerta Brasil constitui ferramenta especialmente útil ao trabalho pedagógico. Bom trabalho!</p><p>A PROVA BRASIL Entenda a Avaliação que é a Prova Brasil? A Avaliação Nacional do Rendimento Escolar (Anresc), conhecida como Prova Brasil, é uma prova aplicada entre as escolas públicas das Redes municipal, estadual e federal com mais de 20 alunos matriculados. Seu objetivo é avaliar a qualidade do ensino oferecido aos alunos, por isso, ocorre a cada dois anos, avaliando-se os alunos de e 9° ano. Além da Prova Brasil, o Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) conta com a Aneb (Avaliação Nacional da Educação Básica) e a ANA (Avaliação Nacional da Alfabetização). A Prova Brasil é utilizada para avaliar a qualidade do ensino oferecido nas escolas das Redes Públicas, assim, produz informações relevantes sobre os níveis de aprendizagem em Língua Portuguesa (Leitura) e em Matemática, de modo a fornecer resultados para cada unidade escolar participante, bem como para as Redes de ensino em geral. C 4</p><p>Como é a Prova Brasil? Cada caderno de prova é composto por questões de múltipla escolha das disciplinas de Língua Portuguesa e de Matemática. As provas dos alunos de 5° ano têm 22 itens de Língua Portuguesa e 22 itens de Matemática. Já os estudantes de 9° ano respondem a 26 itens de Língua Portuguesa e 26 de Matemática. A avaliação conta, também, com os questionários contextuais, aplicados entre alunos, professores e diretores. Nesses questionários coletam-se informações sobre fatores socioeconômicos e de contexto que auxiliam na compreensão dos resultados dos testes aplicados. Como os resultados dos alunos são classificados? Na Prova Brasil, o resultado do aluno é apresentado em pontos em uma escala, a Escala SAEB, que é utilizada para situar o aprendizado nas competências de leitura e interpretação e na resolução de problemas matemáticos. De acordo com o número de pontos obtidos, os alunos são distribuídos em quatro níveis em uma escala de proficiência: Insuficiente, Básico, Proficiente e Avançado. 5</p><p>A PROVA BRASIL Entenda a Avaliação Qual a função da Prova Brasil? Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), órgão vinculado ao Ministério da Educação (MEC), é responsável pela elaboração e pela aplicação da Prova Brasil. Com base na análise dos resultados da Prova Brasil e da Aneb, as secretarias municipais e estaduais de Educação, juntamente ao MEC, promovem ações para aprimorar a qualidade da Educação Básica no Brasil. 6</p><p>que é o Ideb? o Ideb de Desenvolvimento da Educação Básica) consiste no indicador utilizado para avaliar a qualidade da Educação Básica no Brasil. Ele é calculado a partir dos dados sobre aprovação escolar (obtidos no Censo Escolar: dados estatísticos e educacionais de âmbito nacional levantados anualmente) e das médias de desempenho nas avaliações da Prova Brasil e da Aneb. principal objetivo do MEC com a criação do Ideb é fornecer dados confiáveis, por meio dos quais as escolas possam rever suas práticas, de modo a evoluir em seus resultados, permitindo ao Brasil alcançar a média educacional do PISA (Programa Internacional de Avaliação de Alunos, na tradução literal do inglês). PISA constitui uma rede mundial de avaliação do desempenho escolar, coordenada pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento (OCDE), que faz uma avaliação, a cada três anos, dos índices nacionais de Educação de 57 países, visando à melhoria nas políticas e resultados educacionais. Como saber resultado do Ideb? No site QEdu são disponibilizados os resultados do Ideb por escola. Também, é possível ter acesso aos resultados da aprendizagem dos alunos, ao perfil socioeconômico, à comparação dos resultados da escola em relação às outras escolas do Município e do Brasil. 10 Visite: (acesso em: 14 set. 2018) 7</p><p>Matriz de Referência para Avaliação de Língua Portuguesa A Matriz de Referência para Avaliação de Língua Portuguesa divide-se em duas partes: o Objeto do conhecimento, com apresen- tação de seis tópicos, e a Competência, com descritores que indicam habilidades a avaliar em cada tópico. Os itens de Língua Portuguesa da Prova Brasil estão estruturados no tópico Leitura, que requer a competência de apreender um tex- to como construção de conhecimento em diferentes níveis de com- preensão, análise e interpretação. o fato de enfocar apenas a leitura não reduz a importância des- sas avaliações, tendo em vista que ela é fundamental para o desen- volvimento de outras áreas do conhecimento e para o consequente exercício da cidadania. Além disso, é importante para a inserção dos alunos nas culturas do escrito, bem como nas diferentes áreas do conhecimento humano. No que se refere à avaliação de Língua Portuguesa, a Matriz de Referência traz descritores de habilidades, que têm, como base, al- gumas habilidades discursivas, tidas como essenciais na situação de leitura na interação com os textos verbais e não verbais. Os tópicos que compõem a Matriz de Referência para Avaliação de Língua Portuguesa são explicitados a seguir. PROCEDIMENTO DE LEITURA Conjunto de conteúdos relacionados aos procedimentos fun- damentais do ato de ler, no que tange às informações explícitas e implícitas do texto, desde a localização, o entendimento de palavra ou expressão, compreensão global da informação, até o resgate de informação nas entrelinhas do texto. IMPLICAÇÕES DO SUPORTE, DO GÊNERO E/OU DO ENUNCIADOR NA COMPREENSÃO DE TEXTO Conjunto de conteúdos relacionado à apresentação do texto, ou seja, à sua estrutura, à sua organização, assim como ao suporte em que aparece, à forma como é veiculado, o que o caracteriza em um 8 ANO</p><p>gênero discursivo específico. Desta forma, uma carta possui uma or- ganização muito diferente de um poema, que se diferem dos contos e outros gêneros discursivos. Reconhecer essas características tor- nam o leitor mais experiente em contato com a RELAÇÃO ENTRE TEXTOS Conjunto de conteúdos que diz respeito à intertextualidade, ou seja, à compreensão de que textos, de diferentes autores, po- dem compartilhar trechos do mesmo conteúdo ou de seu formato. Trata-se do conjunto de relações explícitas (ou implícitas) que um texto mantém com outro. Nesse caso específico, requer a compa- ração entre textos, que tratam do mesmo tema e observar suas se- melhanças e diferenças. COERÊNCIA E COESÃO NO PROCESSAMENTO DO TEXTO Tópico relacionado à ligação de sentidos, tanto em nível micro quanto macrotextual, ou seja, mostrar de que forma os recursos gra- maticais utilizados pelo(a) autor(a) que estabelecem, por exemplo, relações de continuidade do texto. Nesse tópico, o essencial é esta- belecer relações semânticas, ou seja, relações de sentido que garan- tem a ligação entre os enunciados e sua progressão no texto. RELAÇÃO ENTRE RECURSOS EXPRESSIVOS E EFEITOS DE SENTIDO Esse tópico diz respeito ao uso de recursos, quer lexicais (vo- cabulário, pelo uso de palavras e expressões), quer fonológicos (da relação entre letra e som - utilizados principalmente em poemas, quadrinhos e propagandas), quer notacionais (pontuação e de outros sinais gráficos), e o efeito de seu uso, de sua escolha no texto. VARIAÇÃO LINGUÍSTICA Conjunto de conteúdos que considera a heterogeneidade brasi- leira, as diferenças de cada usuário da língua. Com base na concep- ção de que a língua varia no tempo e no espaço, e socialmente, nas diferentes formas de falar de homens, mulheres, crianças, idosos, esse tópico visa a identificar as marcas que caracterizam a relação entre os produtores e os interlocutores do texto. 8° ANO LÍNGUA PORTUGUESA 9</p><p>Matriz de Referência Curricular X Matriz de Referência para Avaliação É de grande importância ressaltar que a Matriz de Referência para Avaliação é um recorte da Matriz de Referência Curricular e, portanto, não pode ser entendida como o currículo a ser desenvolvido pelo professor em sala de aula, uma vez que não contempla na totalidade os conteúdos conceituais, procedimentais e atitudinais necessários para uma formação integral do aluno do Ensino Esses elementos estão presentes, de forma abrangente, na Ma- triz de Referência Curricular, que embasa a Matriz de Referência para Avaliação. São apenas um recorte das referências daquela que é constituída por conteúdos que direcionam o trabalho e abordam dimensões dos processos de ensino e de aprendizagem. Portanto, não se pode tratar a Matriz de Referência para Avaliação como único meio para o ensino e a aprendizagem. No entanto essa Matriz deve ser levada em consideração na prática diária, por tratar de habilida- des que sustentam o sujeito em sua inserção no mundo letrado. o trabalho em sala de aula precisa possibilitar que os estudantes enfrentem problemas no dia a dia, tenham prazer no ato de conhe- cer, de investigar e de criar, autoconfiança para projetar e levantar hi- póteses, bem como busquem, validem e confrontem resultados com os dos colegas e com os dos demais meios sociais. DESCRITORES DE LÍNGUA PORTUGUESA PARA os ANOS FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL A Matriz de Referência para Avaliação em Língua Portuguesa para os anos finais do Ensino Fundamental é composta por 21 Descritores, detalhados abaixo, conforme os Tópicos que seguem. TÓPICO I. PROCEDIMENTOS DE LEITURA DESCRITOR 1 D1 Localizar informações explícitas em um texto. DESCRITOR 3 I D3 Inferir o sentido de uma palavra ou expressão. 10 LÍNGUA PORTUGUESA ANO</p><p>DESCRITOR 4 D4 uma informação implícita em um texto. DESCRITOR 6 I D6 tema de um texto. DESCRITOR 14 I D14 Distinguir um fato da opinião relativa a esse TÓPICO II. IMPLICAÇÕES DO SUPORTE, DO GÊNERO E/OU DO ENUNCIADOR NA COMPREENSÃO DO TEXTO DESCRITOR 5 I D5 Interpretar texto com auxílio de material gráfico diverso (propagandas, quadrinhos, foto etc.). DESCRITOR 12 I D12 Identificar a finalidade de textos de diferentes gêneros. TÓPICO III. RELAÇÃO ENTRE TEXTOS DESCRITOR 20 I D20 Reconhecer diferentes formas de tratar uma informação na comparação de textos que tratam do mesmo tema, em função das condições em que ele foi produzido e daquelas em que será recebido. DESCRITOR 21 I D21 Reconhecer posições distintas entre duas ou mais opiniões relativas ao mesmo fato ou ao mesmo tema. TÓPICO IV. COERÊNCIA E COESÃO NO PROCESSAMENTO DO TEXTO DESCRITOR 2 I D2 Estabelecer relações entre partes de um texto, repetições ou substituições que contribuem para a continuidade de um texto. DESCRITOR 7 I D7 a tese de um texto. 8° ANO LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>DESCRITOR 8 I D8 Estabelecer relação entre a tese e os argumentos oferecidos para sustentá-la. DESCRITOR 9 I D9 Diferenciar as partes principais das secundárias em um texto. DESCRITOR 10 I D10 Identificar o conflito gerador do enredo e os elementos que constroem a narrativa. DESCRITOR 11 I D11 Estabelecer relação causa/consequência entre partes e elementos do texto. DESCRITOR 15 I D15 Estabelecer relações lógico-discursivas presentes no texto, marcadas por conjunções, advérbios etc. TÓPICO V. RELAÇÕES ENTRE RECURSOS EXPRESSIVOS E EFEITOS DE SENTIDO DESCRITOR 16 I D16 Identificar efeitos de ironia ou humor em textos variados. DESCRITOR 17 I D17 Identificar o efeito de sentido decorrente do uso da pontuação e de outras notações. DESCRITOR 18 I D18 Reconhecer o efeito de sentido decorrente da escolha de uma determinada palavra ou expressão. DESCRITOR 19 I D19 Reconhecer o efeito de sentido decorrente da exploração de recursos ortográficos e/ ou morfossintáticos. TÓPICO VI. VARIAÇÃO LINGUÍSTICA DESCRITOR 13 I D13 Identificar as marcas linguísticas que evidenciam o locutor e o interlocutor de um texto. 12 LÍNGUA PORTUGUESA ANO</p><p>Referências Bibliográficas BRASIL da Educação. Decreto n. 6.094, de 24 de abril de 2007. Plano de Metas Compromisso Todos pela Educação. mar. 2007. Disponível em: Acesso 28 fev. 2018. Matriz de Língua Portuguesa de série. Brasília: MEC, s/d. Disponível em: Acesso em: 28 fev. 2018. SEB - Secretaria de Educação Básica. Inep - Inep - Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. Plano de Desenvolvimento da Educação. SAEB: ensino médio: matrizes de referência, tópicos e descritores. Brasília: MEC: SEB: Inep, 2008. Disponível em: <https://goo.gl/ioXvE5>. Acesso em: 28 fev. 2018. SEF - Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: língua portuguesa. Brasília: MEC/SEF, 1997. Disponível em: Acesso em: 28 fev. 2018. Inep - Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. Língua portuguesa: orientações para o professor, Saeb/ Prova Brasil, série/5° ano, ensino fundamental. Brasília: Inep, 2009. Disponível em: Acesso em: 28 fev. 2018. Matriz de Referência de Avaliação. Brasília: Inep, s/d. Disponível em: Acesso em: 28 fev. 2018. 8° ANO PORTUGUESA 13</p><p>Procedimentos de leitura 16 Descritor 1 D1 Localizar informações explícitas em um texto. 17 Descritor 3 I D3 Inferir o sentido de uma palavra ou expressão. Descritor 4 I D4 Inferir uma informação implícita em um texto 39 Descritor 6 D6 Identificar o tema de um texto 46 Descritor 14 D14 Distinguir um fato da opinião relativa a esse fato. 54 TÓPICO Implicações do suporte, do gênero e/ou do enunciador na compreensão do texto 62 Descritor 5 D5 Interpretar texto com auxílio de material gráfico diverso (propagandas, quadrinhos, foto etc.). 63 Descritor 12 D12 Identificar a finalidade de textos de diferentes gêneros 71 TÓPICO Relação entre textos 80 Descritor 20 D20 Reconhecer diferentes formas de tratar uma informação na comparação de textos que tratam do mesmo tema, em função das condições em que ele foi produzido e daquelas em que será recebido. 81 Descritor 21 D21 Reconhecer posições distintas entre duas ou mais opiniões relativas ao mesmo fato ou ao mesmo tema 87 TÓPICO IV. Coerência e coesão no processamento do texto 94 Descritor 2 D2 Estabelecer relações entre partes de um texto, identificando repetições ou substituições que contribuem para a continuidade de um texto. 96 Descritor 7 D7 Identificar a tese de um texto. 102 14 PORTUGUESA 8° ANO</p><p>Descritor 8 I D8 Estabelecer relação entre a tese e os argumentos oferecidos para sustentá-la. 107 Descritor 9 D9 Diferenciar as partes principais das secundárias em um texto. 110 Descritor 10 I D10 Identificar o conflito gerador do enredo e os elementos que constroem a narrativa 114 Descritor 11 I D11 Estabelecer relação causa/consequência entre partes e elementos do texto. 122 Descritor 15 D15 Estabelecer relações lógico-discursivas presentes no texto, marcadas por conjunções, advérbios 126 TÓPICO V Relações entre recursos expressivos e efeitos de sentido 132 Descritor 16 D16 Identificar efeitos de ironia ou humor em textos 133 Descritor 17 I D17 Identificar o efeito de sentido decorrente do uso da pontuação e de outras notações 136 Descritor 18 D18 Reconhecer o efeito de sentido decorrente da escolha de uma determinada palavra ou expressão 142 Descritor 19 I D19 Reconhecer o efeito de sentido decorrente da exploração de recursos ortográficos e/ou morfossintáticos 149 Variação linguística .153 Descritor 13 D13 Identificar as marcas linguísticas que evidenciam o locutor e interlocutor de um texto 154 Referências 163 ACERTA BRASIL 8° ANO LÍNGUA PORTUGUESA 15</p><p>PROCEDIMENTOS DE LEITURA Neste tópico, exploraremos os descritores de habilidades relacionados aos procedimen- tos de leitura. Para formarmos leitores competentes, é neces- sário que se explore, em sala de aula, momentos de leitura com os alunos, levando em conside- ração os diferentes propósitos: apreciar uma obra literária; sa- ber mais sobre determinado assunto de interesse da turma; Aleitura, individual ou coletiva, constitui um meio de acessar mun- estudar; divertir-se, entre tan- dos Os poemas, os romances, a ficção tas outras finalidades envolvi- os contos, as crônicas, todos, são gêneros textuais consagrados das no ato de ler. na Língua Portuguesa, porque fontes ricas de conhecimento. Sendo a leitura uma habi- lidade de comunicação, ela propicia ideias e pontos de vistas amplos, cujo foco individualista perde a autonomia. Por isso, ler é adentrar as entrelinhas, decifrar e interpretar o que está explicito e /ou implícito no texto. Sempre que realizar as atividades, leve em consideração que o texto pode ser retomado a qualquer instante e, assim, o que não foi devidamente esclarecido, vem à tona. A leitura coletiva estimula a troca de informações sobre autores, de experiências sobre métodos para ler determinadas obras. Por isso, na é importante para a formação leitora de todos os participantes. 16 LÍNGUA PORTUGUESA 8° ANO</p><p>DESCRITOR 1 Localizar informações explícitas em um texto Com o intuito de localizar informações explicitas, é necessário buscar dados es- que podem, inclusive, estar apresentados nos enunciados das ques- de forma original ou parafraseada. Para tanto, o aluno precisa texto globalmente, pois, desta forma, ele pode buscar as informações necessá- rias ao longo do texto, que se relacionem diretamente com o solicitado no comando de cada item das avaliações externas. que avaliar com este descritor? As habilidades envolvidas nesse descritor avaliam a capacidade de identificar informações pontuais expres- sas no texto. o leitor deve ser capaz de reconhecer a in- formação por meio da análise de um aspecto destacado no enunciado da questão ou nas alternativas propostas. Nesse descritor avalia-se o desenvolvimento de uma habi- lidade fundamental para a leitura compreensiva, que é a de localizar informações que estão explícitas em um texto. Esse é o primeiro passo para que o aluno possa intera- gir com o texto de maneira autônoma, e por conseguinte avançar em sua proficiência leitora. Um texto, em geral, traz informações que se situam na sua superfície - e são, assim, explícitas - ou traz infor- mações apenas implícitas ou subentendidas. A habilidade prevista nesse descritor concerne à capacidade do aluno para localizar, no percurso do texto, uma informação que, explicitamente, consta na sua superfície. 8° ANO PORTUGUESA 17</p><p>Objetivos do descritor Compreender o conteúdo temático do texto, a partir de sua leitura global; Diferenciar dados (informações) de outras expressões que compõem um texto; Localizar informações explícitas em um texto, levando em consideração o que foi solicitado em um item de avaliação; Utilizar procedimentos de leitor como a retomada de ideias em um texto, com o intuito de responder a questões específicas. Texto de apoio Alguns saberes necessários para de- senvolvimento dos procedimentos de um leitor proficiente o ato de ler envolve diferentes procedimentos adotados pelo leitor em sua interação com os tex- tos escritos, bem como aqueles que, para sua com- preensão, mobilizam no leitor a percepção de pistas que vão além da linguagem verbal, uma vez que apre- sentam a linguagem não verbal necessária para dar o sen- tido empregado pelos autores. Dessa forma, a mobilização dos procedimentos de leitura muito tem a ver com a situação comu- nicativa e as finalidades impostas na leitura. Em relação aos procedimentos de leitura, vale destacar que, segundo Rojo (2002), são compostos de alguns aspectos do ato de ler que demandam um conjunto mais amplo de fazeres e de rituais envolvidos nas práticas de leitura. Entre eles destacam-se: Ler da esquerda para a direita e de cima para baixo nos países ocidentais. Folhear um romance da direita para a esquerda, de maneira sequencial, não Fazer escolhas, a partir da leitura do índice de uma revista, dentre as tantas reportagens, artigos, crônicas, e outros tipos de textos que a compõem. 18 LÍNGUA PORTUGUESA 8° ANO</p><p>Escanear as manchetes de um jornal (impresso ou virtual) para escolher as informações e textos de maior interesse. Acompanhar os quadrinhos de uma HQ, articulando a lingua- gem verbal e não verbal, para dar sentido à narrativa presente. Utilizar procedimentos de leitor proficiente em textos de estu- do, entre eles, destacar, com caneta marca-texto, as informa- ções relevantes. Retomar a leitura de um fragmento anterior para compreen- dê-lo melhor. Consultar, a todo momento, o texto fonte instrucional para realizar uma tarefa, tais como: as regras de um jogo, uma brin- cadeira, uma receita, entre outros. Adequar a modalidade de leitura aos propósitos do leitor: ex- ploratória ou exaustiva, pausada ou rápida, cuidadosa ou des- compromissada, canônica ou não. Tais procedimentos de leitura devem ser explicitados aos alunos em sala de aula para que se possam apropriar dos sabe- res e fazeres durante o ato de ler, no contato com diferentes gê- neros do discurso e com as inúmeras situações comunicativas. Orientações didáticas o aluno, como agente de sua própria aprendizagem, deve construir sua cia em situações concretas, no caso do texto, estabelecendo uma maior ligação da Língua Portuguesa com a vida real, com a tecnologia e com as questões abordadas noutras disciplinas, ajudando a enquadrar o conhecimento numa perspectiva histó- rico-cultural. Este aluno deve ter diferentes pontos de vistas e saber formalizá-los. Falar de situação concreta, em se tratando de leitura, remete ao contato que os alunos devem ter com bons textos, dos mais variados gêneros discursivos, que circulam em diferentes esferas: os textos literários-narrativos, os que compõem a divulgação cientifica e jornalística, aqueles de estudo tipicamente expositivos ou argumentativos, os próprios textos prescritivos, sem esquecermos dos relatos, tão difundidos na era digital. 8° ANO LÍNGUA PORTUGUESA 19</p><p>No primeiro momento, a atividade poderá ser realizada individualmente, ou mesmo, em duplas, já que os alunos poderão trocar ideias e pontos de vistas du- rante e após a leitura. Dê um tempo para que possam ler, de maneira autônoma; em seguida, solicite que respondam às questões. Acompanhe a turma durante a realização da tarefa. Uma estratégia importante no processo de leitura é sublinhar as informações contidas no texto, pois desta forma, o leitor poderá destacar trechos relevantes e localizá-los mais facilmente após a leitura. 2021 semana 08/02 1. Leia o texto a seguir e responda ao que se pede. A cozinheira que não queria ser chef Um antigo e simples sobrado com algumas pichações na fa- chada. Uma rua tranquila no bairro de Pinheiros, em São Paulo. Impossível pensar que quem vai abrir aquela porta com um sorriso espontâneo, calça jeans e chinelos é Paola Carosella, cozinheira argentina que mora em São Paulo há 14 anos e que vem conquistando o país com sua participação no MasterChef Brasil - programa de competição de cozi- nheiros amadores exibido pela TV. [...] Paola é daquelas que não desiste facilmen- te. Criada em Buenos Aires por uma família de imigran- tes italianos de classe média baixa, precisou aprender a se virar desde cedo, já que a mãe, advogada, se desdobrava em dois empregos para criar a filha única, enquanto o pai, doente, pouco a visitava. Sua fala calma, de tom baixo e que às vezes se cala em pensamento, dão um tom de aco- lhimento para o encontro que teve com a nossa equipe, no último dia 20. Paola parece não ter ansiedade, como se conhecesse o poder do tempo. Fez da espera uma necessidade, principal- mente na elaboração de pratos. E aprendeu a dominar o tempo do fogo, sua especialidade. Em quase duas horas de bate-papo, Paola acomodou-se na poltrona, relaxou e refletiu sobre a vida: 20 PORTUGUESA ANO</p><p>Você se para Brasil em 2001, após receber um convite do Francis Mallmann para abrir em São Paulo. Você já conhecia o Brasil? Já havia imaginado morar aqui? Quando recebi esse convite, em 2001, eu tinha 27 anos. Só conhecia Florianópo- para code fui uma vez de férias, como todo argentino. No começo daquele ano, eu estava em lorque com um parceiro de vida, que morava comigo desde que minha mãe faleceu, em 1999. Ele era economista e o acompanhei quando foi fazer um mestrado lá. Já trabalhava com o Francis Mallmannn [chef argentino reconhecido mundialmente] desde 1997 e em 2001 as coisas estavam muito complicadas na Argentina. Foi o ano dos panelaços, da crise e do corralito [confisco bancário estabelecido pelo governo de Fernando de La Rúa]. Minha mãe tinha falecido e meu pai era vivo, mas eu tinha pouquíssimo contato com ele e começava a estreitar essa relação. o Mallmann estava de visita por Nova quando recebeu uma liga- ção do Belarmino Fernandes Iglesias, que é o dono do Rubaiyat, perguntando se ele gostaria de abrir o restaurante no Brasil. Aí ele afastou o telefone da orelha e me falou: "Você quer ir para São Paulo?" Acho que falei "sim" na hora. Não estava me adaptando lá, sentia que estava deixando de lado uma carreira potencial por um relacionamento que era legal, mas que estava me tornando uma dona de casa. E eu não queria. Então eu disse "sim" e cheguei aqui em maio de 2001, sem fazer a mínima ideia do que era São Paulo... e ainda não sei (risos). É uma cida- de de dimensões, movimentos, tribos e de coisas muito difíceis de entender. Como foi essa chegada a São Paulo? Fácil não foi. Se tivesse que refazer tudo aquilo com o nível de esforço hoje, aos 43 anos, seria difícil. Mas eu tinha 27, que é a época em que você tem forças para ir e fazer as coisas. 2001 foi um ano de trabalho intenso, de muitas e muitas horas para fazer o Rubaiyat acontecer. Em dezembro, o Francis resolveu sair o nosso contrato, de fato, era só de um ano e a gente voltou para a Argentina. Logo fui trabalhar em um restaurante que ele tinha no Uruguai e voltei em 2002 já com a cabeça de abrir um restaurante aqui. Eu não tinha documentos, não fazia a mínima ideia de como funcionava, não tinha amigos, não tinha nada. Fui morar em um flat na rua Pamplona, ia até o consulado argentino para saber como tirar o visto, depois andava a pé para procurar um ponto, depois tentava achar contato de contadores, em um monte de ciladas. Até que, um ano e meio depois, abri o Julia Cocina (sorriso largo de satisfação). [...] Ana; Julio. A cozinheira que não queria ser chef. dez. 2015. Disponível em: Acesso em: 08 out. 2018. ACERTA BRASIL 8° ANO LÍNGUA PORTUGUESA 21</p><p>I. Em que momento a entrevistada mudou para o Brasil? momento em que a entrevistada se mudou para Brasil foi no começo de 2001. Ela esta- va em Nova lorque com um parceiro de vida, com quem morava desde falecimento de sua mãe, em 1999. Paola tinha 27 anos e não estava se adaptando, sentia que deixava de lado uma carreira potencial por um relacionamento de que ela gostava, mas que a estaria tornando apenas uma dona de casa. II. Em quais países ela já trabalhou e morou? Resposta: Argentina, Uruguai, Brasil e Estados Unidos. III. Qual fato tornou a entrevistada famosa? Resposta: A entrevistada ficou famosa quando passou a ser jurada do MasterChef Brasil, progra- ma de competição de cozinheiros exibido pela TV IV. o texto lido trata-se de a) uma reportagem. b) uma entrevista. c) um conto. d) um poema. Resposta: Alternativa b. Uma entrevista. Apesar de não se tratar de localização de informação explicita, esse tipo de questão é bastante recorrente em avaliações externas, pois os alunos pre- cisam mobilizar seus conhecimentos relacionados ao gênero do discurso para Orientações didáticas o aluno deve fazer generalizações indutivas e construtivas e, para isso, a leitura deve ser mais complexa. Aqui cabe a ressalva de que o método de leitura deve tor- nar conscientes as estratégias de raciocínio e lógica a fim de que sejam transferidas para situações semelhantes, levantando suposições além do domínio da escrita. Nesta atividade, o aluno deve desenvolver a capacidade de observação, reflexão, dis- criminar valores e julgá-los. Vale refletir sobre o fato de o fone de ouvido prejudicar as habilidades de aprendizagem. aluno deve responder às questões de forma completa. 22 LÍNGUA PORTUGUESA 8° ANO</p><p>a aula contextualizando a tarefa e aproveite para dizer, que na atividade anterior, discutimos sobre uma entrevista com a chef de cozinha Paola Carosella e que, agora, o texto a ler está organizado em outro gênero discursivo. Assim, os alu- nos compreendem, de forma gradativa, que os textos estão organizados de formas diferentes, dependendo de sua finalidade. Em seguida, informe que a atividade será realizada individualmente. Dê um tempo para que possam ler, de maneira autônoma, em seguida, solicite que res- pondam às questões. Acompanhe a turma durante a realização da tarefa, conver- sando particularmente com cada um, para como estão se relacionando com texto. Uma boa estratégia é a confrontação de ideias entre colegas, assim, incentive-os a apresentar a outro aluno as respostas, a fim de argumentarem sobre suas escolhas. o importante nesse momento é demonstrar aos alunos que as informações so- licitadas estão presentes no próprio texto. Após a argumentação, entre em consen- so com a turma sobre o padrão de resposta. Você pode ajuda-los demonstrando, uma vez, como pensar a estrutura das respostas de múltipla escolha e de textos dissertativos. Glossário: Cervicofacial: Relativo ou pertencente ao pescoço e à face: Nervo cervicofacial. Otologia: Ramo da medicina que estuda a patologia, anatomia e fisiologia do ouvido. Otorrinolaringologia: parte da medicina que tem por objeto o estudo e o tratamento das doen- ças do ouvido, nariz e garganta. Leia o texto abaixo para responder às questões. Estamos ficando surdos? A febre do fone de ouvido vem ocasionando uma triste estatística: é cada vez maior o número de jovens com problemas de audição A surdez é um distúrbio que pode acometer pessoas de todas ART as idades. Algumas crianças já nascem com perdas auditivas que variam de grau e intensidade, e o decréscimo da audição parece ser regra nas pessoas que teimam em viver muito tempo. A per- da auditiva, assim como ocorre com a visão, é uma degeneração comum ao corpo humano e acontece gradualmente durante o ACERTA BRASIL 8° ANO LÍNGUA PORTUGUESA 23</p><p>6 Entretanto modo como vivemos atualmente pode acelerar drasticamente este processo Se- gundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), um terço dos idosos com mais de 65 anos sofre do problema, além de metade daqueles com mais de 75 anos. Mas o que tem preocupado especialistas recentemente é a perda de audição dos jovens. A poluição sonora, principalmente por equipamentos de som, está entre um dos principais segundo a Academia Brasileira de Otorrinolaringologia e a Sociedade Brasileira de Otologia. Alguns estudos internacionais também apontam para a mesma direção. Um artigo publicado no International Jour- nal of Pediatrics (Jornal Internacional dos Pediatras) demonstra uma preocupação sobre os riscos de traumas auditivos em crianças pelo uso de sons amplificados, com uso de MP3 player, videogame etc. Outra pesqui- sa recente, realizada pelo Departamento de Saúde de Nova York, mostrou que uma em cada quatro pessoas entre 18 e 44 anos, que costumavam ouvir som alto com fone de ouvido, teve problemas de audição. No Brasil, segundo o Censo 2010, 8,6% da população, ou 9 milhões de pessoas, tem algum problema Esti- ma-se que 60% destes sejam idosos. A Associação Brasileira de Otor- rinolaringologia e Cirurgia Cervicofacial (ABORL-CCF) alerta que até 35% das perdas de audição ocorrem por causa da exposição aos sons intensos, como fones de ouvido em smartphones, celu- lares, aparelhos de MP3 e ruídos no ambiente de trabalho. De acordo com a associação, a surdez causada pela exposição aos sons intensos vai acumulando ao longo dos anos. [...] ESTAMOS ficando surdos? Revista Atualiza, #33, ano 13. I. Segundo o texto qual a relação entre a perda auditiva e a degeneração da visão? Resposta: Segundo texto, as duas perdas são degenerações comuns do corpo humano, que podem ocorrer com pessoas de todas as idades e tornam-se mais comuns ao longo do envelhecimento II. De acordo com o texto, por que os jovens estão enfrentando mais problemas de audição? Resposta: Pelo uso de equipamentos de som amplificados, atrelados a MP3 players e videoga mes, os quais possuem fones de 24 LÍNGUA PORTUGUESA 8° ANO</p><p>III. Segundo o texto, qual o número de pessoas que enfrenta problemas auditivos no Brasil? Resposta Segundo Censo 2010, 8,6% da população (9 milhões de pessoas) têm algum proble- ma Estima-se que 60% desse total sejam IV. Quais as principais causas da surdez no Brasil? As principais causas da surdez em nosso país estão ligadas à exposição a sons muito por meio de fones de ouvido em smartphones, em celulares, em aparelhos de MP3 e de no ambiente de trabalho. V. A finalidade do texto lido é a) narrar uma história sobre a surdez no Brasil. b) entreter o leitor com o assunto sobre a surdez. c) divulgar cientificamente os problemas da surdez. d) relatar um fato acontecido com uma pessoa surda. Resposta: Alternativa Vale destacar que esse texto foi retirado de uma revista eletrônica de divulgação As publicações da revista estão disponíveis em: <http://atualizarevista.com br/>. Acesso em: 30 nov. 2018. Orientações didáticas Professor(a), esta atividade consiste em uma produção de texto, na qual o alu- no poderá emitir sua opinião a respeito da surdez entre jovens no Brasil. Para isso, propomos a produção de uma carta opinativa de leitor, endereçada à redação do site Agência Brasil, em que ele se posicionará a respeito do problema de surdez en- tre os jovens no Brasil. Sugerimos que antes da produção, converse com os alunos sobre o tema e permita que eles possam debater e expor suas opiniões a respeito. Para isso considere os dois textos que propomos, o da atividade anterior, e des- ta atividade, pois eles trazem subsídios para que os alunos possam produzir seus textos. Sugerimos também que antes de iniciarem suas produções, eles tenham con- tato com outras cartas escritas por leitores a redação. Importante ler para a turma e discutir, como elas se organizam. ACERTA BRASIL 8° ANO LÍNGUA PORTUGUESA 25</p><p>Ao final da tarefa, solicite que os alunos leiam suas produções, e converse com a turma a respeito da opinião de cada um, bem como os argumentos utilizados para sustentar suas opiniões, o que auxilia no desenvolvimento dos alunos, permi- tindo que possam produzir texto, emitindo opiniões e sustentando suas ideias, por meio de argumentos. Depois de observar as imagens apresentadas a seguir e ler o trecho sobre pes- quisa publicada no site da Agência Brasil, faça o que se pede. Jovens estão perdendo audição por causa de fones de ouvido, alerta conselho A cada dia, mais jovens estão apresentando per- da de audição causada pelo uso irregular de fones de ouvido. o alerta é feito pelo Conselho Federal de Fo- noaudiologia (CFFa). "Os adolescentes usam esse equi- pamento de som com volume muito alto. A gente vem notando que a audição deles não é tão normal como anti- gamente, já tem mais perda. E se continuar a usar esse som alto, eles terão uma perda irreversível, não volta mais ao normal", disse a presidente do CFFa, Thelma Costa. Segundo ela, as perdas auditivas por causa de ruído estão au- mentando entre a população, tanto por ruído industrial, quanto por equipamentos de som. Ela cita como exemplo o caso dos músicos, lembrando que existem protetores auditivos que selecionam o som. "Então, eles conseguem seguir com a profissão e estão se prevenin- do, o que não acontece com os adolescentes. A orientação é baixar o volume. Segundo ela, já houve uma pro- posta de projeto de lei no Congresso Nacional para que esses equipa- mentostenham controle máximo de volume, mas ele não foi aprovado 26 LÍNGUA PORTUGUESA 8° ANO</p><p>Além disso, a explicou à Agência Brasil que as escolas precisam pensar melhor na estrutura das salas de aulas, para que sejam construídas em locais mais silenciosos ou com Andreia. Jovens estão perdendo audição por causa de fones de ouvido, alerta 10 out. 2017. Disponível em: Acesso em: 08 out. 2018. L A partir da discussão e utilizando os dados da pesquisa sobre o tema, apresenta- da no texto, escreva uma carta do leitor endereçada à redação do portal Agência Brasil em que você deverá emitir sua opinião a respeito do tema "o problema da surdez nos jovens brasileiros" e apresentar argumentos para sustentá-la. Resposta pessoal. 8° ANO LÍNGUA PORTUGUESA 27</p><p>Orientações didáticas Professor(a), nessa atividade propomos uma situação em que podemos unir duas disciplinas básicas para a compreensão do mundo: a Matemática e a Língua Portuguesa. Nesse sentido, o aluno deve entender que a Matemática, cujo foco é interpretar, calcular e resolver situações-problema faz parte de uma vasta habili- dade e competência. o aluno deve reconhecer que a Matemática e a Língua Portu- guesa caminham lado a lado numa perspectiva crítica em relação aos problemas na vida do ser humano. Inicie a aula conversando com a turma a respeito do texto que lerão, diga que ele articula a Matemática com a Língua Portuguesa, por meio de seu conteúdo. Em seguida solicite que leiam o texto e respondam às questões. No final, promova uma discussão com toda a turma, a respeito de cada uma das questões, desta forma, os alunos poderão avançar em sua proficiência leitora e na compreensão de textos. Se couber na aula, pergunte a eles o que sabem sobre os planetas que com- o Sistema Solar, sobre a Lua, sobre o Sol. Poderá sugerir uma leitura extra, acessível no link: http://astro.if.ufrgs.br/ssolar.htm que traz dados sobre a forma- ção do Sistema Solar, sua origem e composição, além de curiosidades sobre os planetas. Leia o texto a seguir. Trigonometria: um mundo fascinante Os astrônomos usam a Trigonometria para estimar a distância das estrelas; os químicos a utilizam para descrever o ângulo das ligações moleculares A Matemática amplia o pensamento crítico e as habilidades para a resolução de problemas, proporcionando perspectiva em eventos da vida real. Já a Trigo- nometria é a face dessa ciência que prova a propriedade dos triângulos, círculos, ondas e oscilações. Do teorema de Pitágoras ao cálculo diferencial e às aplicações práticas na Medicina, na Engenharia, na Química, na Biologia, na Cartografia, na navegação e até na música, esse ramo da Matemática evoluiu a ponto de-fazer parte de nosso cotidiano. A Trigonometria tem como objeto 1 principal os triângulos, determinados por seis elementos, que são três lados 2 e três ângulos. Suas abordagens envol- 28 LÍNGUA PORTUGUESA 8° ANO</p><p>vem campos da Geometria, como o estudo da esfera com a Trigonometria esférica. Ela pode ser usada para, por exemplo, estimar a distância entre as estrelas e a distância entre divisas, e os campos que usam a Trigonometria envolvem a Astronomia, a navegação, a teoria musical, a óptica, a Eletrônica, a Biologia, entre muitos outros. Os estudos trigonométricos têm uma relação muito impor- PYTHACORAS tante com o teorema de Pitágoras, já que, por meio de sua aplica- ção, determinamos valores de medidas desconhecidas. o teore- ma de Pitágoras é uma equação que pode ser aplicada em qualquer triângulo retângulo (triângulo que tem um ângulo de 90°). Representação dos planetas conhecidos do Sistema Na ordem, da esquerda para a direita: Mercúrio, Terra Marte Saturno, Urano, Netuno e A palavra Trigonometria teve origem na resolução de problemas práticos relacionados à na- vegação e à Astronomia. Acredita-se que, como ciência, nasceu com o astrônomo grego Hiparco de Niceia (190 a.C.-125 a.C.). Este criou uma aplicada para prever os eclipses e os mo- vimentos dos astros, permitindo a elaboração de calendários mais precisos e maior segurança na navegação. Hiparco ficou conhecido como Pai da Trigonometria, por ter e sistematizado algumas relações entre os elementos de um triângulo. A Trigonometria é de grande utilidade na medição de distâncias 20 BY inacessíveis ao ser humano, como a altura de montanhas, torres e ár- vores, ou a largura de rios e lagos. Por esse motivo foi considerada, em sua origem, como uma extensão da Geometria. Imagem registrada pela NASA apresenta Sol em ACERTA BRASIL 8° ANO LÍNGUA PORTUGUESA 29</p><p>Há indícios de que os babilônios (habitantes da antiga Mesopotâmia, hoje região que compreende o Iraque) efetuaram estudos rudimentares de Trigonometria. Mais tarde, a As- tronomia, por egípcios e gregos, foi a grande impulsora do desenvolvimento da Trigonometria [...]. TRIGONOMETRIA: um mundo fascinante. Revista Atualiza, #33, ano 13. Quem é considerado o "Pai da Trigonometria" e por quê? Resposta: Pai da Trigonometria é astrônomo grego Hiparco de Niceia, que ficou conhecido por esse apelido, por ter estudado e sistematizado algumas relações entre os elementos de um triângulo, uma matemática aplicada para prever os eclipses e os movimentos dos astros, possi- bilitando a elaboração de calendários mais precisos e maior segurança na navegação. II. o principal objeto de estudo da Trigonometria é a) a cartografia. b) os triângulos. c) a geometria. d) os ângulos. Resposta: Alternativa b. Os triângulos constituem objeto de estudo da Eles são determinados por seis elementos - três lados e três III. Cite algumas das utilidades da Trigonometria comentadas no texto. Resposta: A Trigonometria pode ser usada para, por exemplo, estimar a distância entre as es- trelas e a distância entre divisas, a altura de montanhas, de torres e de árvores e a largura de rios e lagos. A Trigonometria é útil para diversas áreas do conhecimento, como a Astronomia, a a Teoria Musical, a Ótica, a Eletrônica, a Biologia etc. 30 LÍNGUA PORTUGUESA ANO</p><p>DESCRITOR 3 I D3 Inferir sentido de uma palavra ou expressão Inferir o sentido de uma palavra ou expressão signi- fica entender os discursos do texto em que ela aparece, assim, deve-se deduzir seu significado, com base em informações já conhecidas, a fim de se chegar aos pos- síveis significados da palavra que melhor se adaptem ao texto lido. que avaliar com este descritor? As palavras são providas de sentido e, na maioria das ve- zes, são polissêmicas; ou seja, podem assumir, em contex- tos diferentes, significados também diferentes. Assim, para a compreensão de um texto, é fundamental que se identifi- que, entre os vários sentidos possíveis de uma determinada palavra, aquele que foi particularmente utilizado no texto. aluno precisa decidir, então, entre várias opções, qual aquela que apresenta o sentido com que a palavra foi usada no texto. Ou seja, o que se sobressai aqui não é apenas que o aluno conheça o vocabulário dicionarizado, pois todas as alternativas trazem significados que podem ser atribuídos à palavra analisada. Objetivos do descritor Reconhecer o sentido com que determinada palavra é utili- zada em um texto; Relacionar as experiências vividas com o contexto apresen- tado no texto analisado; Utilizar o dicionário como um recurso para compreender os significados das palavras e seus sinônimos; Reconhecer o sentido das palavras nos contextos em que são utilizadas, não somente seu significado no dicionário. 8° ANO PORTUGUESA 31</p><p>Orientações didáticas o aluno é capaz de ampliar o seu repertório. Dar um salto qualitativo, indo além da compreensão literal, formando-se leitor capaz de levar seus conhecimentos prévios até o texto para a criação de hipóteses, percebendo o que está por trás da escrita. o descritor, nesse caso, avalia a capacidade do leitor de descobrir o significado de uma palavra ou expressão que ele inicialmente desconhece, a partir do contexto em que houve seu uso. Professor: A demografia tem por objeto o estudo quantitativo das populações humanas, de suas variações, de seu estado, de seu índice de crescimento ou de redução, do seu desenvolvimento econômico e dos processos de migração, além das condições sociais, natalidade e mortalidade, entre outros. Se achar necessário, aprofunde o assunto com a leitura do texto da UNICAMP, de Patrícia Freitas Potenza, disponível no link <http://www.unicamp.br/fea/ortega/ temas530/patriciapotenza.htm Além disso, você pode aprofundar o assunto sugerindo o filme de Steven Spiel- berg, de 2001, A.I.: Inteligência Artificial. Esse filme se passa no futuro, em um mundo destruído pelo efeito estufa e no qual há incríveis avanços tecnológicos científicos. Nele, os humanos compartilham sua vida com sofisticados robôs. Po- rém, essa convivência pode acarretar muitas consequências indesejadas. Outro filme interessante é Eu, robô, que apresenta robôs sendo programados para viver em perfeita harmonia com os humanos. Leia o fragmento a seguir e responda ao que se pede. Demografia Os problemas de superpopulação já preocupavam economistas europeus do século XVIII, quando foi publicada a obra An Essay on the Principle of Population (Um ensaio sobre o Princípio da População, 1798), do economista britânico Thomas Robert Malthus (1766-1834). Nela, Malthus afirmava que a população do mundo crescia em progressão geométrica (PG) enquanto a produção de alimentos crescia em progressão aritmética (PA). Ou seja, a população cresceria em um ritmo 32 LÍNGUA PORTUGUESA ANO VI</p><p>muito do que a produção de alimentos, o que, em sua previsão, traria fome, peste e guerras. Se nada fosse com tais desgraças a sociedade conseguiria reequilibrar produção e consumo. Graduado na Universidade de Cambridge, Thomas Malthus foi sacerdote anglicano e professor de História Moderna e Políti- ca Econômica no Colégio da Companhia das Orientais, em Até os dias atuais ele é considerado o Pai da De- mografia por sua teoria sobre o aumento populacional, conhecida como malthusianismo. Apesar de hoje ser amplamente contestada, principalmente por não ter levado em consideração a influência da revolução tecnológica na produção agrícola, a teoria de Malthus fez com que a demografia conquistasse um espaço importante nos estudos sobre a sociedade. Retrato de Thomas Robert Malthus, o autor de "Um ensaio sobre o Princípio da População". Revista Atualiza, #34, ano 13, p. 19. I. Qual o significado da palavra malthusianismo empregada no texto? Resposta: Malthusianismo é a teoria de Thomas Robert Malthus sobre aumento da população. Para ele, a população do mundo crescia em progressão geométrica (PG), enquanto a produção de alimentos crescia em progressão aritmética (PA). Ou seja, a população cresceria em um ritmo mui- to maior do que a produção de alimentos, que, em sua previsão, traria peste e guerras. Hoje, essa teoria é amplamente contestada. II. A demografia estuda assuntos relacionados a a) população. b) economia. c) geometria. d) alimentação. Resposta: Alternativa a. objeto de estudo da demografia é povo, a população. Professor: termo democracia tem origem no antigo grego e é formada a partir dos vocábulos ("povo") e kratós ("poder", "governo"). conceito começou a ser usado no século V a.C., 8° ANO LÍNGUA PORTUGUESA 33</p><p>III. Você conhece palavras que se assemelhem à demografia, tanto no aspecto de sentido quanto no morfológico? Democracia: poder do povo, ou com Tem mesmo prefixo de demografia, significa, justamente, Geografia: estudo da Terra possui mesmo sufixo de demo- grafia, e está também ligada à ideia de termo democracia tem origem no antigo grego e é formada a partir dos vocábulos de- mos ("povo") e kratós ("poder", "governo"). conceito começou a ser usado no século V em Orientações didáticas Professor(a), pergunte aos alunos se eles já ouviram falar do poeta Carlos Drum- mond de Andrade. Se possível, peça a eles que pesquisem na internet, em sala de aula ou em casa, a biografia do autor. Caso seja possível, exiba um vídeo para tur- ma, produzido por Fernando Sabino, no qual há uma rápida entrevista com o poeta Após uma introdução à biografia do autor, converse com os alunos sobre o fas- cínio que Drummond tinha pelas palavras, desde sua infância. Apresente aos alunos o conto Rick e a Girafa. Explique que os contos são nar- rativas curtas, em que os travessões marcam a fala dos personagens. Com isso, ainda que não apareçam verbos de dizer (elocução), o leitor consegue distinguir quem está falando. Pergunte aos alunos quem está contando a história. Certamen- te, alguns responderão que é o escritor. Explique a eles que o autor é importante no momento da escritura, pois ele cria a história, as personagens, o cenário e cria alguém responsável pelo ato de narrar. 6. Leia o texto a seguir para responder às questões. Rick e a Girafa No Jardim Zoológico, neste domingo azul, a girafa olha do alto para as crianças, e parece con- vidá-las a um passeio no dorso. Há uma escada perto, e se for encostada ao animal, Ricardo (Rick é o seu apelido) poderá chegar até o garoto mede a distância que vai do chão ao lombo, e julga-se em condições de vencê-la. Uma vez lá em cima, cavalgando o pescoço, e segurando-lhe os chifres, pedirá à girafa, depois de umas voltas pelo Jardim, que o leve por aí, percorrendo o mundo. 34 LÍNGUA PORTUGUESA ANO</p><p>Presa há tanto tempo, a girafa há de estar ansiosa de liberdade. Não será difícil transport a cerca. Ela espera que Rick The proponha a aventura. Ninguém se atreverá a travar-lhe os passos, e Rick vai dirigi-la nos rumos que aprendeu no atlas escolar. o problema é descer de vez em quando, para Rick alimentar-se de biscoitos, fazer necessidades e Camarada, a girafa irá se deitando aos poucos, primeiro dobrando devagar as pernas, depois se lentamente para o lado, e afinal arriando com suavidade a carga infantil. Mas para subir outra vez, como se arranjaria ele? Escada não Mesmo deitada, a gira- fa é dificil de subir. A imaginação não lhe fornece recurso plausível. o sonho frustrou-se. Rick levanta o braço direito e, com a mão espalmada em gesto de adeus à girafa que gentilmente o convidara, esclarece: Muito obrigado. Fica para outra ocasião, quando eu crescer. ANDRADE, Carlos Drummond de. Rick e a Girafa. In: o homem que fazia chover & outras histórias de Carlos Drummond de Andrade. São Paulo: Boa Companhia, 2013. p. 10-12. I. Qual é o sentido da palavra transpor, no terceiro parágrafo do texto? Resposta: A palavra tem o sentido de passar, ultrapassar e pular a II. A expressão recurso plausível, utilizada no texto, tem o significado de algo a) concreto. b) correto. c) d) penoso. Resposta: Alternativa a. Um recurso plausível é um recurso III. Em sua opinião, quem é o narrador da história? Resposta pessoal. Espera-se, no entanto, que os alunos percebam que texto é narrado em Como atividade sugerida, proponha aos alunos que se revezem para contar a história em alta para a turma. Assim, eles também terão a oportunidade se serem os narradores da BRASIL 8° ANO LÍNGUA PORTUGUESA 35</p><p>Orientações didáticas o aluno deverá, nesta atividade, desenvolver a compreensão leitora, a reflexão e o senso crítico de maneira original, em outras palavras, este tema é sempre atual, uma vez que há sempre boatos de uma possível guerra nuclear. Converse com a turma a respeito da II Guerra Mundial e o papel assumido pela Bomba Atômica, nesse período. Leia o texto, em voz alta, e solicite que os alunos acompanhem a leitura, pois muitos termos são técnicos e a leitura em voz alta reali- zada por um leitor proficiente, faz com que os alunos possam compreende-lo melhor. Durante a leitura, realize algumas pausas pra conversa sobre o conteúdo do tex- to, a respeito dos termos empregados pelo autor. Em seguida solicite que, em duplas leiam e resolvam as questões, diga que, se necessário, retomem a leitura do texto e chequem as informações solicitadas. No final, promova uma discussão coletiva, conversando com a turma a respeito de cada uma das questões que responderam. Com o intuito de enriquecer a discussão sobre a bomba atômica, você pode sugerir aos alunos a leitura de Bomba Atômica, disponível no link: <https://www. todoestudo.com.br/quimica/bomba-atomica> Leia o texto abaixo. Uma diferença letal Há uma desproporção no poder destrutivo da bomba atômica e da bomba de hidrogênio. A pri- meira é produzida por reações de fissão; a segunda se dá por fusão, o que a torna muito mais potente Os artefatos nucleares bombas atômicas e termonucleares são as armas de destruição em massa mais poderosas e já inventadas pelo ser humano. Podem ser lançadas a partir de aviões de caça, bombardeiros, submarinos e mísseis balísticos de curto, médio e longo alcance - estes últimos de- nominados Até hoje, nenhuma explosão superou a potência da Bomba Tzar, nome dado à bomba RDS-220, a mais potente arma nuclear já detonada no mundo. Desen- volvida pela antiga União Soviética, o artefato tinha 58 megatons (equivalente a 58 milhões de toneladas de mais conhecido como TNT), e foi testada em 30 de outubro de 1961, em Nova Zembla, Nuvem (em formato de uma ilha do oceano Ártico. após a bomba atômica cair em 9 de agosto de 1945 36 LÍNGUA PORTUGUESA 8° ANO</p><p>Em termos de comparação, a Bomba Tzar era 3 mil vezes mais potente do que o artefato que os Estados Unidos lançaram sobre Hiroshima em 6 de agosto de 1945, a primeira vez que uma arma nuclear foi usada em situação de conflito. A Little Boy em tradução literal), como foi ba- Modelo pós-guerra da Little Boy, bomba que tizada a bomba que devastou aquela cidade japo- na cidade de Hiroshima, no Japão. nesa, tinha 15 quilotons (15 toneladas de TNT). Já o artefato Fat Man ('homem gordo'), lançado sobre Nagasaki três dias depois do bombardeio de Hiroshima, tinha 21 quilotons. Um dado curio- so é que apenas 7 kg de urânio-235, que foi a massa usada nas bombas de Hiroshima e Nagasaki, equivaleram, em poder de destruição, a 15 mil e 21 mil toneladas de TNT. Tanto a Little Boy quanto a Fat Man foram produzidas pelo processo de fissão nuclear, que é a quebra de um núcleo atômico instável em dois átomos menores pelo bombardeamento de nêu- trons. Quando ocorre a separação, libera-se uma grande quantidade de energia, e a cada colisão são liberados novos que vão colidir com novos núcleos, provocando a fissão sucessiva de outros núcleos e então, uma reação em Na fissão nuclear, os pesados núcleos atômicos do urânio ou plutônio são desintegrados em elementos mais leves, quan- do são bombardeados por Quando se processa o bombardeamento de um núcleo, produzem-se mais que bombardeiam outros núcleos, gerando uma reação em ca- Estas são as chamadas bombas-A. [...] Imagem representando a UMA DIFERENÇA letal. Revista Atualiza, #34, ano 13, p. 39. fissão nuclear do urânio I. Segundo o texto, um míssil intercontinental trata-se de um artefato balístico de a) médio alcance. b) curto alcance. Reposta: Alternativa Segundo texto, um intercontinental c) longo alcance. é aquele de longo alcance. Para os alunos compreenderem essa questão, precisarão relacionar os continentais à descrição d) baixo alcance. de que autor faz. II. Conforme a descrição do texto, na bomba atômica ocorre o processo de Resposta: Alternativa As bombas atômicas são bombas de fissão a) fusão nuclear. nuclear, que funcionam c) destruição em massa. a partir da destruição dos b) fissão nuclear. núcleos atômicos de d) colisão com os núcleos. nio ou de plutônio. 8° ANO PORTUGUESA 37</p><p>III. o texto lido possui a finalidade de a) relatar um fato relacionado a guerra. Resposta pessoal. Espera-se, no entan- to, que os alunos percebam que texto é narrado em pessoa. Como atividade b) entreter o leitor com seu conteúdo. sugerida, proponha aos alunos que se revezem para contar a história em c) divulgar dados científicos ao leitor. alta para a turma. Assim, eles também terão a oportunidade se serem os narra- d) narrar uma história acontecida. dores da história. 8. Após a leitura do texto e do que foi discutido com professor e colegas, faça um resumo sobre o texto Uma diferença letal. Resposta pessoal. Porém os alunos devem Bomba Tzar, porque foi a mais potente bomba nuclear produzida pelo Homem, no caso, pesquisadores da União Soviética com seus 58 megatons; Bombas Little Boy e Fat Boy, que as cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki, respectivamente; - processo de fissão resumindo-o, passando pelo termo 6b 38 LÍNGUA PORTUGUESA 8° ANO</p><p>DESCRITOR 4 I D4 uma informação implícita em um texto Uma informação implícita é aquela que não aparece clara- mente no texto, mas que pode ser compreendida por meio de dados apresentados no discurso do narrador e dos personagens. Reconhecer essas "pistas" e compreendê-las dentro do contexto inserido, faz com que o leitor possa reconhecer as informações que não estão explicitadas no texto, para isso a compreensão global é um suporte valioso. As informações apresentadas no texto, muitas vezes, demonstram os sentimentos das personagens, por meio de suas ações, por isso, o tom das ações dos persona- gens é importante para entender os sentidos que elas pos- suem em sua origem. que avaliar com este descritor? Numa perspectiva discursivo-interacionista, assumimos Ao compreender os da- que a compreensão de um texto se dá não apenas pelo pro- dos implícitos, o leitor cessamento de informações explícitas, mas, também, por compreende o objetivo meio de informações implícitas. Ou seja, a compreensão se principal do autor, eluci- dando o todo do texto. dá pela mobilização de um modelo cognitivo, que integra as informações expressas com os conhecimentos prévios do leitor ou com elementos pressupostos no texto. Para que tal integração ocorra, é fundamental que as proposições explícitas sejam articuladas entre si e com o conhecimento de mundo do leitor, o que exige uma iden- tificação dos sentidos que estão nas entrelinhas do texto (sentidos não explicitados pelo autor). Tais articulações só são possíveis, no entanto, a partir da identificação de pres- supostos ou de processos inferenciais, ou seja, de proces- SOS de busca dos "vazios do texto", isto é, do que não está "dado" explicitamente no texto. Por isso, é importante destacar as técnicas e tipos de marcações possíveis, a fim de que cada um, individualmente, ou em grupo, possa inferir informações relevantes nas leitu- ras que fizer ao longo da vida escolar e da vida profissional. ACERTA BRASIL 8° ANO LÍNGUA PORTUGUESA 39</p><p>Objetivos do descritor Compreender as informações que colaboram com a habilida- de de inferir informações; Identificar informações para levantar hipóteses sobre da- dos pressupostos; Compreender informações pressupostas durante a leitura de um texto. ATIVIDADE'S Orientações didáticas A partir do texto para análise, explique para o aluno os feitos de Pero Vaz de Caminha, e a sua importância como marca de inferência no texto apresentado. o aluno tem que ser capaz de fazer a relação "Do campo para nossa mesa" e "nessa terra em se plantando tudo dá". Inicie a aula contextualizando o conteúdo do texto e a atividade que realizarão. Em seguida, solicite que leiam e respondam às questões individualmente. No final promova uma conversa com toda a turma a respeito das duas questões, na primei- ra converse a respeito de cada uma das alternativas, e que para responde-la é ne- cessário mobilizar conhecimentos a respeito da História do Brasil e seu papel como colônia de exploração de Portugal. Na segunda questão converse com a turma a respeito das ideias que tiveram em relação ao título do texto e seu conteúdo em si, de que forma eles se relacionam. Leia o texto a seguir e responda às questões. Do campo para nossa mesa Sem pestanejar, seu Laerte conta que enquan- to viver não pensa em abandonar a agricultura: "O campo é minha vida. Eu capino, roço, traba- lho com motosserra, faço cerca, faço curral de boi, Representação de paisagem rural em diversidade de como : Bras com a 40 PORTUGUESA 8° ANO</p><p>planto quiabo, pimentão, abobrinha, jiló, berinjela, aipim e goiaba". Localizado em Magé, município da região metro- politana do Rio de Janeiro, o sítio tem quatro hecta- res de extensão, medida equivalente a 40.000 ou a quatro estádios de futebol do tamanho do Para onde se olha, o verde das plantações chama a atenção. As várias culturas, como o próprio agri- Localização do município de Magé, RJ. cultor acima mencionou, parecem confirmar a frase de Pero Vaz de Caminha ao rei de Portugal: "nessa terra em se plantando tudo "Aqui onde estou hoje era uma capoeira. Dentro dela a gente arrumava um pé de inhame para fazer sopa. Começamos nos alimentando do produto que já tinha dentro dessa terra. Eu e meu falecido pai fomos os primeiros a plantar abóbora italiana aqui na região", lembra seu Laerte. Na empreitada, contaram com a ajuda de dois irmãos que mais tarde desistiram do campo. [...] DO CAMPO para nossa mesa. Revista Retratos, IBGE, n. 1, jun. 2017. A frase de Pero Vaz de Caminha "nessa terra em se plantando tudo dá", sugere que a intenção dos portugueses pelo Brasil era de a) explorar o território brasileiro. b) residir em território brasileiro. c) destruir o território brasileiro. d) cuidar do território brasileiro. Resposta: Alternativa a. A frase sugere interesse português em qualquer tipo de exploração econômica do território recém II. Reflita sobre o tipo comum de alimentação do brasileiro. Relacione o título do tex- to com seu conteúdo e tire suas conclusões sobre a relação entre ele e o tipo de produção praticado pelo senhor Laerte. Resposta: título sugere que há uma relação direta entre os alimentos da nossa mesa e a agri- cultura como a praticada por seu Laerte em uma área relativamente pequena, onde se produz grande variedade e com trabalho essencialmente realizado pelo proprietário e por sua 8° ANO LÍNGUA PORTUGUESA 41</p><p>Orientações didáticas Nesta atividade, você pode ler o texto em voz alta e depois pedir que cada um leia separadamente. Após a leitura individual, sugira a formação de grupos de até cinco alunos, para discutir o tema do crescimento populacional desordenado. Inicie a aula contextualizando o conteúdo do texto e a atividade que realizarão, em seguida, solicite que leiam e respondam às questões individualmente. No final, promova uma conversa com toda a turma a respeito das questões; converse sobre cada uma das alternativas, demonstrando a necessidade de retomar o texto para selecionar a informação solicitada pelo item. Nas demais, converse com a turma a respeito das ideias que tiveram em relação a cada uma delas, solicite que alguns alunos leiam suas produções e discutam sobre elas, levando em consideração suas compreensões em relação ao assunto / tema abordado no texto, bem como o soli- citado no comando da questão. Com o intuito de enriquecer a discussão, se possível, apresente aos alunos o filme: Terra 2100 (2009) Tema: crescimento populacional e meio ambiente. Sinopse: cientistas alertam que as degradações ambientais só vão piorar, a ponto de, até o ano 2100, a civilização moderna entrar em colapso e a humanidade será mergulhada em modo de subsistência feudal. o documentário da ABC News faz uma projeção desse mundo cataclísmico e traz entrevistas com renomados cientistas e especialistas. Por que assistir: o tema do filme é o crescimento populacional e o meio am- biente, ou seja, como é o impacto ambiental trazido pelas ações do ser humano no planeta, associado ao modo de vida contemporâneo. Leia e, em seguida, responda ao que se pede. Uma cidade para todos Historicamente, as cidades brasileiras enfren- tam inúmeros problemas, grande parte em de- corrência do acelerado crescimento populacional sem o adequado planejamento do espaço urbano. Tal processo prejudica a qualidade de vida dos moradores e contribui para a degradação do meio ambiente. A constatação dessa realidade Uso de painéis solares em centro 42 LÍNGUA PORTUGUESA 8° ANO</p><p>demonstra que o Brasil ainda está longe de atingir a meta de tornar suas cidades e assentamentos humanos inclusivos, seguros, e conforme determina o item 11 dos Objetivos de Desenvol- vimento definidos pelos países membros da Organização das Nações Unidas (ONU). Horta em centro urbano. Atualmente, a sociedade vem demandando, cada vez mais, equilíbrio entre o meio ambiente e as área Atingir essa meta é uma tarefa que envolve a participação do Estado e de toda a população, uni- dos em torno de um pensamento comum capaz de ultrapassar as fronteiras municipais, defende Ma- ria Lucia Vilarinhos, geógrafa do IBGE: "A cidade que queremos é aquela em que a sociedade discute o cotidiano em todos os seus aspectos. Essa cidade é justamente a negação da ideia de as pessoas viverem intramuros, pois estar do lado de dentro dos muros é negar a cidade e dela se isolar". Porém, para planejar a cidade ideal é preciso, antes de tudo, conhecer os problemas que afetam as populações que vivem em áreas urbanas ao longo de todo o território nacional, considerando as especificidades de cada região, estado e município - o que pode ser feito por meio da análise de dados estatísticos sobre as cidades, devidamente localizados no espaço. É o que faz o caderno Cida- des Sustentáveis, do Atlas Nacional Digital do Brasil 2017, ao trazer uma série de mapas elaborados à luz das metas do ODS 11. [...] UMA CIDADE para todos. Revista Retratos, IBGE, n. 2, jul. 2017. I. Segundo o texto, alguns problemas enfrentados pelas cidades brasileiras são a) o crescimento acelerado e à falta de planejamento. b) o fato de as pessoas viverem intramuros e à falta de planejamento. c) falta de participação do Estado e ao crescimento acelerado. d) os assentamentos humanos inclusivos e ao crescimento acelerado. Alternativa texto menciona que os grandes problemas enfrentados pelas cidades referem a seu crescimento acelerado e a falta de planejamento do espaço 8° ANO LÍNGUA PORTUGUESA 43</p><p>II. o que a frase "A cidade que queremos [...] é justamente a negação da ideia de as pessoas viverem intramuros, pois estar do lado de dentro dos muros é negar a cidade e dela se isolar" sugere sobre a situação das cidades brasileiras? Resposta: A frase sugere que as cidades brasileiras são oposto da cidade que queremos, já que são repletas de muros, dividindo e isolando as pessoas. A ideia é mostrar justamente que mudanças radicais são necessárias para que se atinja um ambiente urbano melhor. III. Qual a relação entre o interesse por uma cidade melhor e o trabalho do IBGE, que publica a revista em que consta esse texto? Resposta: Segundo o texto, para planejar a cidade ideal é preciso, antes de tudo, conhecer os problemas que afetam as populações que vivem em áreas urbanas ao longo de todo o território nacional, considerando as especificidades de cada região, estado e município que pode ser feito por meio da análise de dados estatísticos sobre as cidades, devidamente localizados no espaço. trabalho do IBGE é justamente a realização dessas pesquisas. Orientações didáticas Professor(a), no poema, Manoel de Barros reflete sobre a poesia e sobre o co- humano. Culturalmente, as sociedades vão construindo os pilares que as sustentam e definem, delimitando o que é considerado significativo e sem sig- nificado. Nesse sentido, o eu lírico critica o senso comum, colocando-se satisfeito por ter sido chamado de imbecil, o que quebra a expectativa do leitor. Se possível, contextualize Manoel de Barros. Escritor modernista, que publicou seu primeiro livro em 1937. Irônico, sarcástico, culto, bom observador, Manoel de Barros teve muitas características peculiares. o fato de ter residido a maior parte de sua vida em sua fazenda, no Pantanal, longe dos holofotes das editoras, por exemplo, consiste numa de suas peculiaridades. Parece que ele não gostava de se encaixar nos estereótipos, por isso, imbecil ser um elogio não soa estranho aos olhos de quem conhece o autor. Inicie a aula contextualizando a respeito do autor e suas obras, seu estilo literá- rio e sua contribuição para a literatura brasileira. Se possível, leia outros poemas do autor, tais como: "A menina Avoada" e "O menino que carregava água na peneira", pois tratam-se de textos extremamente poéticos e metafóricos, que demonstram o estilo particular de Manoel de Barros. Retome a ideia do eu lírico presente na estrutura dos poemas. 44 LÍNGUA PORTUGUESA ANO</p><p>Em leia o poema em voz alta para a turma, tomando cuidado com a projeção da e a linearidade do texto. Solicite que a turma responda as ques- individualmente, e em seguida, escolham um colega para que possam con- frontar as suas ideias a respeito do poema e de seu conteúdo temático. No final promova uma discussão com toda a turma em que as duplas possam expor suas e produções. Leia o poema a seguir e responda às questões. Tratado geral das grandezas do ínfimo A poesia está guardada nas palavras - é tudo que eu sei. Meu fado é o de não saber quase tudo. Sobre o nada eu tenho profundidades. Não tenho conexões com a realidade. Poderoso para mim não é aquele que des- cobre ouro. Para mim poderoso é aquele que descobre as insignificâncias (do mundo e as nossas). Por essa pequena sentença me elogiaram de imbecil. Fiquei emocionado. Sou fraco para elogios. BARROS, Manoel de. Tratado geral das grandezas do infimo. Rio de Janeiro: Record, 2001. I. que a reação do eu lírico ao ser chamado de imbecil revela sobre sua personali- dade e suas crenças? Resposta: fato de eu lírico considerar imbecil um elogio gera estranhamento e revela uma personalidade distante daquilo que é considerado comum ou Pode-se dizer que eu lírico gosta daquilo que é considerado insignificante pelo senso ACERTA BRASIL 8° ANO LÍNGUA PORTUGUESA 45</p><p>II. Em que consiste o trabalho do poeta, segundo o texto? Segundo poema, trabalho do poeta está na busca pelas insignificâncias, pela re- lação com as palavras e com a "profundidade" do Há uma inversão dos valores do senso comum em relação ao fazer poético. III. Para o poeta poderosa é a pessoa que a) encontra o ouro. b) guarda as palavras. c) possui uma profundidade. d) descobre as insignificâncias. Resposta: Alternativa d. Pois o poeta afirma que para ele poderoso é aquele que descobre as insignificâncias (do mundo e as DESCRITOR 6 I D6 Identificar o tema de um texto Podemos definir o tema como a espinha dorsal do texto, sobre a qual ele se estrutura, por isso, perceber o tema é essencial para o processo de leitura de textos de quaisquer gêneros. Assim, a fim de compreendê-lo, é preciso interligar as informações implícitas e explícitas, de modo a identificar a relação entre elas, o que está por trás da construção daquele gênero do discurso específico e daquele tema específico. 46 LÍNGUA PORTUGUESA 8° ANO</p><p>que avaliar com este descritor? Um texto é tematicamente orientado; quer dizer, de- senvolve-se a partir de um determinado tema, o que lhe dá unidade e coerência. A identificação desse tema é fun- damental, pois só assim é possível apreender sentido global do texto, discernir entre suas partes, principais e outras secundárias, dar-lhe um título coe- rente ou resumi-lo. Em um texto dissertativo, as ideias principais, sem dúvida, são aquelas que mais diretamente convergem para seu tema central. Objetivos do descritor Reconhecer, no processo de leitura, o eixo central de um texto; Identificar, por meio da leitura global do texto, o núcleo temático que confere unidade semântica ao texto; Desenvolver a habilidade de leitura e compreensão de tex- tos de diferentes tipos de texto. ATIVIDADES Orientações didáticas Professor(a), a estrutura de atividades desse descritor seguirá um roteiro ligei- ramente diferente dos demais. Inicialmente, apresentam-se imagens antigas, com as quais os alunos não estão acostumados em seu cotidiano. Assim, deverão ana- lisar cada uma com calma, com acuracidade, para poder, numa segunda etapa, formular legenda que identifique individualmente as imagens. Esse contato com a fotografia, enquanto objeto de análise, é muito significativo para desenvolver a habilidade leitora, já que atrela as linguagens verbal e não verbal. Enquanto um tema foi escolhido de forma arbitrária (no caso, fotografias e sua relação com o tempo) e, a partir dele, foram elaboradas três etapas de trabalho: a primeira é a tentativa de lidar com o objeto em si; a segunda, uma pequena discus- são sobre a representação humana nas fotografias e, a terceira, a elaboração de um texto temático, que deve levar em consideração as discussões das atividades anteriores. Procure destacar a constância do tema ao longo das três atividades. ACERTA BRASIL 8° ANO LÍNGUA PORTUGUESA 47</p><p>Converse com a turma a respeito de cada uma das imagens, bem como o que retratam. Solicite que elaborem uma legenda para cada uma das imagens. Ao final da atividade, promova uma conversa com a turma toda e solicite que leiam suas produções para a classe discutir a respeito de cada uma delas. As imagens a seguir apresentam duas realidades diferentes. Elabore uma legen- da para cada uma delas. 1 Resposta pessoal. Sugestões de resposta: Três opções em que os alunos poderiam Paisagem no campo (bucólica)/ Ponte encantada/ I Pintura de Jean-Baptiste Debret retratando o castigo imposto a um Resposta Sugestões de resposta: Três opções nas quais os alunos poderiam Castigo de escravo/Escravidão no Brasil/Arrogância do homem 48 LÍNGUA PORTUGUESA 8° ANO ACERTA BRASIL</p><p>de 2018 Reprodução fotográfica de Pedro Oswaldo Cruz. Resposta Sugestão de resposta: Um dia qualquer na Casa Ainda sobre as imagens do item anterior, responda: II. Há semelhanças entre as imagens? Explique. Resposta: A primeira imagem foi produzida no final do século XIX, por Oscar-Claude Monte, qua- se 50 anos após a morte do autor das duas imagens seguintes, Jean-Baptiste Monet é tido como o pioneiro do Impressionismo assim, podemos inferir que Debret não se inseria do rol dos Mas em que categoria Debret se inseriu? Ele era um intelectual, um artista mais acadêmico, que veio ao Brasil em na Missão Artística Francesa, iniciativa paga pela família real para trazer pintores, escritores, artistas franceses, a fim de intro- duzir, no Rio de Janeiro, os costumes Ele ajudou a fundar uma academia de artes e ofícios (a futura Academia Imperial de Belas Artes) onde lecionou até retornar à França. Já na Europa, ele lança um livro com desenhos e gravuras em que retratou a natureza e cotidiano da colônia portuguesa na imagens até hoje difundidas pelo Orientações didáticas Professor(a), aproveite a oportunidade para discutir com os alunos sobre como as redes sociais têm influenciado cada vez mais o ritmo de vida das pessoas dos centros urbanos, principalmente. Acostumados ao ritmo das corporações e das indústrias, temos nos moldado a depender, agora, dos aplicativos, que são criados ACERTA BRASIL 8° ANO LÍNGUA PORTUGUESA 49</p><p>instantaneamente no mundo, de forma ascendente. Por isso, é importante conver- sar com os alunos, entender o que pensam, a fim de poder sugerir novas formas de se comunicar com os colegas da escola, por exemplo. As cartas, os bilhetes, os olhares, praticamente, todas as formas de se comuni- car tornaram-se virtuais, ou seja, ficaram restritas ao mundo virtual. Desse modo, é necessário apresentar outras maneiras de se comunicar em sociedade, tendo em mente ampliar a articulação dos alunos. Inicie a aula promovendo uma contextualização a respeito do desafio que será lançado a turma, pois terão como subsídios, dois textos que retratam a utilização da selfie nos dias atuais para a produção de um texto do gênero discursivo car- ta opinativa de leitor, em que opinarão a respeito do assunto, sustentando suas ideias com argumentos coerentes ao tema e a sua opinião. Importante promover uma discussão com toda a classe a respeito da problemática e solicitar que os alu- nos emitam suas opiniões a respeito do Leia os textos a seguir. "Selfie" é nova maneira de expressão. E autopromoção selfie não é invenção do mundo digital, é bom frisar (mas é igualmente importante reconhecer que a tecnologia transformou a prática). o primeiro registro reconhecido como tal data de 1839, assinado pelo fotografo Robert Cornelius. Os adolescentes também abraça- ram a ideia muito antes do Instagram. Em 1914, Anastasia Nikolaevna, de 13 anos, filha do czar Nicolau II da Rússia, posou em frente a um es- pelho. Logo após o retrato, disse: "Foi muito di- fícil, minhas mãos tremiam." o próximo passo, é claro, foi compartilhar a imagem com os ami- gos. Sem acesso ao Facebook, usou cartas. o autorretrato é um gênero antigo. Há re- latos de que, no século V a.C., Fídias deu a uma 50 ANO</p><p>escultura do templo de Parthenon, em Atenas, seu rosto. [...] Artistas como o alemão Dürer (1471-1528) e o Rembrandt (1606-1669) foram pródigos na arte, retratando várias vezes o rosto. Ao mesmo tempo que revelavam a si mesmos, construíam uma ima- gem No mundo digital, a brincadeira se espalha à exaustão graças à mistura de dois ingredien- hardware e software. "Os selfies ganharam relevância depois do lançamento das câmeras que transformaram smartphones com conexão à internet em máquinas fotográficas. E como todo hardware precisa de software, o Instagram teve papel indispensável", diz a psicóloga Lu- ciana Nunes, mestre em saúde mental, diretora do Instituto Psicoinfo e estudiosa da relação entre tecnologia e comportamento. o Instagram tem números para sustentar a tese da espe- cialista. Nos três anos de vida da rede de fotos, mais de 60 milhões de imagens publicadas no serviço carregam a hashtag selfie. o número supera a soma de citações de outras marcações importantes da rede: #cats (gatos), #look (visual, estilo) e #eat (comer). Na leitura da psicóloga brasileira, há três grupos bem definidos de autores de selfies. o primeiro é formado pelos exibicionistas. É gente que costuma parar diante do espelho do elevador ou da academia e exibir para a câmera, por exemplo, os resultados da malhação. o segundo reúne aquelas pessoas que querem apenas mostrar seu estado de espírito - felicidade ou tristeza ao acordar, ao encontrar um amigo etc. Por fim, tem o time que quer mostrar que está em algum lugar, parque ou shopping, por exemplo, desde que a paisagem não ganhe mais importância do que o autor. [...] SBARAI, Rafael. "Selfie" é a nova maneira de expressão. E autopromoção. Veja [on-line], 23 nov. 2013. Disponível Acesso em: 08 out. 2018. http://revistagalileu.globo.com/Revista/noticia/2014/02/por-que-tiramos-e-postamos-t Por que tiramos e postamos tantos selfies? É uma tradição: anualmente o Dicionário Oxford escolhe um termo da língua inglesa que considera a "palavra do ano". São conhecidos os debates entre os linguistas da casa ao re- dor do termo da vez, que raramente é unânime. Não foi o que aconteceu em 2013. "A decisão foi unânime, quase não houve discussão", escreveu a equipe da secular publicação britânica em seu blog oficial. A palavra de 2013 foi "selfie". ANO PORTUGUESA 51</p>

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