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<p>DOR</p><p>Profª Vanessa Uzan</p><p>DEFINIÇÃO DE DOR</p><p>“uma experiência sensitiva e emocional desagradável associada, ou</p><p>semelhante àquela associada, a uma lesão tecidual real ou potencial”</p><p>(IASP-2020) – Associação Internacional para Estudos da Dor.</p><p>1. A dor é sempre uma experiência pessoal que é influenciada, em graus variáveis, por</p><p>fatores biológicos, psicológicos e sociais.</p><p>2. Dor e nocicepção são fenômenos diferentes. A dor não pode ser determinada</p><p>exclusivamente pela atividade dos neurônios sensitivos.</p><p>3. Através das suas experiências de vida, as pessoas aprendem o conceito de dor.</p><p>4. O relato de uma pessoa sobre uma experiência de dor deve ser respeitado.</p><p>5. Embora a dor geralmente cumpra um papel adaptativo, ela pode ter efeitos</p><p>adversos na função e no bem-estar social e psicológico.</p><p>6. A descrição verbal é apenas um dos vários comportamentos para expressar a dor; a</p><p>incapacidade de comunicação não invalida a possibilidade de um ser humano ou um</p><p>animal sentir dor.</p><p>DOR NOCICEPTIVA x NEUROPÁTICA</p><p>• Nociceptiva: ativação fisiológica de receptores de dor e está relacionada à</p><p>lesão de tecidos ósseos, musculares ou ligamentares (osteoartrose, artrite</p><p>reumatoide, fratura e rigidez muscular na dor lombar inespecífica, etc.); </p><p>intensa, aguda ou latejante, mas pode ser leve. Geralmente responde</p><p>bem a analgésicos ou AINES;</p><p>• Neuropática: lesão ou disfunção do sistema nervoso central ou periférico,</p><p>sendo mais bem compreendida como resultado da ativação anormal da via</p><p>da dor ou nociceptiva (hiperexcitabilidade neuronal em áreas lesadas) </p><p>responde pobremente aos analgésicos usuais (paracetamol, dipirona,</p><p>AINES, opioides fracos).</p><p>• Dor mista: é o tipo de dor crônica mais frequente. Apresenta lesão tecidual</p><p>e do sistema nervoso ao mesmo tempo. Ex: radiculopatia ou dor</p><p>oncológica: compressão de nervos e raízes (neuropática) + ossos,</p><p>articulações, ligamentos (estruturas musculoesqueléticas) gerando dor</p><p>nociceptiva.</p><p>Condução do impulso</p><p>nervoso até SNC (medula)</p><p>Via ascendente da dor</p><p>(estimulatória)</p><p>Neurônio pré-sináptico</p><p>Recebeu estímulo químico</p><p>mecânico ou térmico.</p><p>Neurônio pós-sináptico</p><p>1)</p><p>2)</p><p>3)</p><p>Glutamato – Receptores AMPA, NMDA</p><p>de forma rápida – promovendo despolarização</p><p>pós sináptica.</p><p>Receptores mGluR(glutamato),NK1 (subst. P)</p><p>e CGRPR(calcitonina) –> Resposta lenta geram</p><p>Potencial de Ação Condução até o córtex</p><p>cerebral Consciência da dor</p><p>Via descendente da dor</p><p>(inibitória)</p><p>1)</p><p>2)</p><p>Impulso chega no cortex Consciência da dor</p><p>Gera um estímulo que ativa as vias descendentes</p><p>inibitórias da dor via final no corno dorsal da medulla espinhal</p><p>• Aminoácidos inibitórios: GABA, glicina</p><p>• Monoaminas: noradrenalina, dopamina e serotonina;</p><p>• Ach, histamina e peptídeos opioides endógenos (encefalinas, endorfinas);</p><p>DIAGNÓSTICO DA DOR CRÔNICA</p><p>Escala Visual Analógica (EVA)</p><p>ESCALA ANALGÉSICA DA OMS</p><p>• Degraus do Tratamento da Dor Nociceptiva e Mista (OMS, 2009)</p><p>ANALGÉSICOS</p><p>• Analgésicos opioides;</p><p>• Mais potentes no alívio da dor;</p><p>• Risco de dependência e tolerância;</p><p>• Exs: morfina, codeína, tramadol, oxicodona</p><p>• Atuam em receptores específicos no SNC para reduzir a percepção da dor</p><p>• Analgésicos não opioides;</p><p>• Dores leves a moderada;</p><p>• Não causa dependência ou tolerância</p><p>• Exs: paracetamol, dipirona e AINES</p><p>• Bloqueiam a síntese de substâncias que geram dor e inflamação.</p><p>ANALGÉSICOS</p><p>• Adjuvantes ou coadjuvantes para as analgesias;</p><p>• Não são analgésicos em si;</p><p>• Potencializam ou melhoram os efeitos das analgesias primárias;</p><p>• Exs: antidepressivos, anticonvulsivantes e relaxantes musculares</p><p>A escolha depende:</p><p>• tipo de dor, intensidade;</p><p>• Tratamento envolve uma abordagem multimodal, combinando o uso de</p><p>medicamentos com terapias não farmacológicas , como fisioterapia, acupuntura ou</p><p>técnicas de relaxamento.</p><p>OPIOIDES</p><p>• Definição: classe de drogas que inclui analgésicos derivados do ópio,</p><p>além dos compostos sintéticos;</p><p>• Origem:</p><p>• Derivados naturais: morfina, codeína</p><p>• Semissintéticos: oxicodona, hidromorfona</p><p>• Sintéticos: fentanil, tramadol;</p><p>• Endógenos: endorfinas, encefalinas</p><p>OPIOIDES</p><p>Receptores Opioides:</p><p>• Mu (μ): Analgesia, euforia, depressão respiratória, constipação</p><p>• Kappa (κ): Analgesia, disforia, alucinações</p><p>• Delta (δ): Analgesia, modulação emocional</p><p>• Mecanismo de Ação:</p><p>• Ligação aos receptores opioides no SNC e SNP</p><p>• Inibição da transmissão de dor</p><p>• Modulação da liberação de neurotransmissores</p><p>Inibição da Dor</p><p>• Forma endógena: neurônios pré-sinápticos</p><p>• Norepinefrina (α2 – inibe despolarização e inibe liberação de</p><p>neurotransmissor;</p><p>• GABA (GABAB – inibe entrada do Ca2+) – inibe liberação de NT</p><p>• Endorfinas</p><p>inibe entrada do Ca2+ - inibe liberação de NT</p><p>• Encefalinas INIBEM A VIA</p><p>ESTIMULATÓRIA</p><p>(ASCENDENTE)</p><p>Inibição da Dor</p><p>• Forma endógena: neurônios pós-sinápticos</p><p>• Norepinefrina (α2 – abertura de canais de K+ - hiperpolarização</p><p>da membrana</p><p>• GABA (GABAB e μ – abertura de canais de K+- hiperpolarização da</p><p>membrana/ GABAA – abertura de canais de Cl- - hiperpolarização</p><p>– diminui abertura dos canais de Na+ - diminui a geração do</p><p>potencial de ação</p><p>• Reduz a sensibilidade a dor</p><p>ESTIMULAM A VIA</p><p>INIBITÓRIA</p><p>(DESCENDENTE)</p><p>OPIOIDES</p><p>• Efeitos Terapêuticos:</p><p>• Analgesia;</p><p>• Sedação;</p><p>• Euforia</p><p>• Efeitos Adversos:</p><p>• Depressão respiratória</p><p>• Constipação</p><p>• Náusea e vômito</p><p>• Dependência e tolerância</p><p>OPIOIDES</p><p>• Indicações Médicas:</p><p>• Dor aguda (pós-operatória, trauma)</p><p>• Dor crônica (câncer, doenças degenerativas)</p><p>• Alívio de dor em cuidados paliativos</p><p>• Contraindicações:</p><p>• Hipersensibilidade conhecida</p><p>• Depressão respiratória grave</p><p>• Obstrução gastrointestinal</p><p>• Precauções:</p><p>• Insuficiência hepática ou renal</p><p>• Histórico de abuso de substâncias</p><p>• Idosos e crianças</p><p>SINAIS DE OVERDOSE:</p><p>• Pupilas puntiformes;</p><p>• Depressão respiratória severa</p><p>• Inconsciência</p><p>TRATAMENTO:</p><p>• Naloxona</p><p>• Suporte ventilatório</p><p>Farmacologia dos Antiinflamatórios</p><p>AINEs</p><p>Professora Me. Vanessa R. Maciel Uzan</p><p>Reação Inflamatória</p><p>• Está presente em quase todas as lesões produzidas no</p><p>organismo humano:</p><p>– Traumas; Lesões térmicas;</p><p>– Isquemia; Infecções;</p><p>– Reações imunitárias a agentes externos e processos auto-imunes</p><p>• Caracteriza-se: produção de mediadores inflamatórios e</p><p>movimentação de líquido e leucócitos do sangue para os</p><p>tecidos extravasculares.</p><p>• O hospedeiro tenta localizar e eliminar células com</p><p>alterações metabólicas, partículas estranhas, micro-</p><p>organismos ou antígenos.</p><p>• A Reação inflamatória que vai promover a chegada de</p><p>células e líquidos ao local da inflamação – gerada por</p><p>células e mediadores químicos.</p><p>Manifestações Clínicas</p><p>hidrólise</p><p>(substrato)</p><p>*Atraem leucócitos para o</p><p>local da lesão</p><p>Prostanóides</p><p>AINEs</p><p>COX</p><p>• Ciclooxigenase - Enzima;</p><p>• COX-1(constitutiva): Expressa no estômago, Rim,</p><p>Plaquetas, Útero, SNC – independe de estímulo</p><p>• COX-2 (induzida): surge nos locais de inflamação;</p><p>produzida nos macrófagos, linfócitos, endotélio</p><p>• COX-2 (constitutiva): Rim, SNC</p><p>Manutenção da função renal</p><p>homeostasia</p><p>Hiperalgesia e processo inflamatório</p><p>Manutenção da função renal Células vasculares endoteliais normais</p><p>(PGI2)</p><p>Inibidores não seletivos da COX Classe</p><p>Aspirina, Diflunisal, salicilato de metila Salicilatos</p><p>Ibuprofeno, Naproxeno Propiônicos</p><p>Piroxicam, Tenoxicam Oxicams</p><p>Fenilbutazona Pirazolônicos</p><p>Diclofenacos Ácido Acético</p><p>Nimesulida(cox2**), etc. Outros</p><p>Medicamentos</p><p>Inibidores seletivos da COX-2 Vantagens</p><p>Celecoxibe Toxicidade TGI</p><p>acentuadamente menorRofecoxibe</p><p>• Durante a reação inflamatória, endotoxinas (ex:</p><p>bacterianas) causam a liberação de pirógeno pelos</p><p>macrófagos:</p><p>• IL-1: induz a COX-2 no endotélio dos vasos sanguíneos no</p><p>hipotálamo;</p><p>• estimulam a produção de PGE2 no hipotálamo;</p><p>• PGE2 é responsável pela elevação do ponto de ajuste</p><p>hipotalâmico da temperatura.</p><p>• Inibição indireta da PG no hipotálamo (PGE2).</p><p>• AINES reajustam o “termostato” hipotalâmico;</p><p>Ação antipirética</p><p>AINES</p><p>• Eficazes contra a dor;</p><p>• Diminuição da produção de PG:</p><p>– menor sensibilização das terminações</p><p>nervosas</p><p>nociceptivas a mediadores inflamatórios;</p><p>• São eficazes na artrite, bursite, dor de origem</p><p>muscular e vascular, dor de dente, dor de estados</p><p>pós-parto e na dor de metástases de câncer para o</p><p>osso – todas associadas ao aumento na síntese de PG.</p><p>• O alívio da cefaléia: menor vasodilatação cerebral</p><p>mediada pela inibição das prostaglandinas.</p><p>Ação analgésica</p><p>Ação antiinflamatória</p><p>– Inibição da síntese de prostaglandinas (PGE2 e PGI2 -</p><p>prostaciclina), mediante a inativação das ciclooxigenases –</p><p>redução da dor;</p><p>– Diminuição do edema: menor vasodilatação por inibição das</p><p>PG vasodilatadoras (PGE2 e PGI2);</p><p>– AINEs impedem a saída do exsudato (enzimas, células de</p><p>defesa, citocinas, proteínas do complemento).</p><p>RELAXANTES MUSCULARES</p><p>Profª Vanessa R. Maciel Uzan de Moraes</p><p>RELAXANTES MUSCULARES</p><p>• Definição: reduzem o tônus muscular, causando relaxamento dos</p><p>músculos esqueléticos;</p><p>• Uso clínico: tratamento de espasmos musculares, distúrbios</p><p>neurológicos, uso em anestesia e cirurgia;</p><p>RELAXANTES MUSCULARES</p><p>• Classificação:</p><p>• Ação Central – atuam no SNC</p><p>• Exemplos: Baclofeno, Ciclobenzaprina;</p><p>• Ação Periférica – atuam diretamente nos músculos esqueléticos</p><p>• Exemplos: Dantrolene, Toxina Botulínica</p><p>RELAXANTES MUSCULARES</p><p>• Mecanismo de Ação dos Relaxantes de Ação Central:</p><p>• Inibição dos Reflexos Espinhais (ex. reflexos involuntários): diminuição da</p><p>transmissão nervosa;</p><p>• Modulação de Neurotransmissores: ação sobre GABA e outros NTs;</p><p>• Mecanismo de Ação dos Relaxantes de Ação Periférica:</p><p>• Inibição da liberação de cálcio: Dantrolene inibe a liberação de cálcio no</p><p>músculo esquelético.</p><p>• Bloqueio Neuromuscular: toxina botulínica bloqueia a liberação de</p><p>acetilcolina</p><p>RELAXANTES MUSCULARES</p><p>• Uso clínico e Indicações:</p><p>• Espasmos musculares e espasticidade;</p><p>• Procedimentos cirúrgicos: uso de bloqueadores neuromusculares para</p><p>facilitar a intubação e relaxamento muscular;</p><p>• Distúrbios neurológicos: tratamento de condições como esclerose</p><p>múltipla e paralisia cerebral</p><p>RELAXANTES MUSCULARES</p><p>• Reações adversas comuns:</p><p>• Sonolência, fraqueza muscular, tontura.</p><p>• Contra-indicações:</p><p>• Miastenia grave, doenças hepáticas ou renais</p><p>Inibidor de COX</p><p>Inibidor seletivo</p><p>de COX-2</p><p>X</p><p>X</p><p>X</p><p>X</p><p>Codeína</p><p>Tramadol</p><p>Morfina</p><p>Fentanil</p><p>Sulfentanil</p><p>Metadona</p><p>Amitriptilina</p><p>Nortriptilina</p><p>Clormipramina</p><p>Imipramina</p><p>Gabapentina</p><p>Topiramato</p><p>Pregabalina</p><p>Bloqueio dos canais</p><p>de Ca2+ nos neurônios</p><p>pré-sinápticos,</p><p>diminuindo a</p><p>liberação de NT</p><p>sinalizadores da dor</p><p>para o SNC</p><p>Abre canais de K+ e inibe</p><p>canais de Ca controlados</p><p>por voltagem </p><p>hiperpolarização e</p><p>redução da excitabilidade</p><p>neuronal. Reduz</p><p>liberação de NT ao inibir</p><p>a entrada de Ca</p><p>Antidepressivos e</p><p>antivconvulsivantes</p><p>possuem eficácia</p><p>comparável no</p><p>tratamento da dor</p><p>neuropática</p><p>Bloqueia recaptação</p><p>de NE e 5-HT no pré-</p><p>sináptico, a</p><p>hiperalgesia induzida</p><p>pelo agonista NMDA</p><p>e canais de sódio</p><p>diclofenaco</p><p>cetorolaco</p><p>ibuprofeno</p><p>AAS</p><p>celecoxibe</p><p>nimesulida</p><p>MULTIESTAÇÃO 02</p><p>Caso Clínico 01: C.O.A, sexo masculino, 35 anos, procura atendimento</p><p>médico em uma clínica comunitária com queixa de dor intensa no joelho</p><p>direito após uma queda durante a prática de esportes. Ele relata que o</p><p>incidente ocorreu há cerca de 2h e, desde então, a dor tem aumentado</p><p>progressivamente, dificultando a mobilidade do joelho afetado. O</p><p>médico realiza exame físico detalhado do joelho do paciente e suspeita</p><p>de uma lesão do ligamento ou articular. Para aliviar a dor e reduzir o</p><p>inchaço enquanto investiga a causa exata da lesão, o médico decide</p><p>prescrever um AINES para o paciente. O médico escolhe ibuprofeno</p><p>como primeira opção, explicando ao paciente que o medicamento é um</p><p>AINES amplamente utilizado para tratar condições inflamatórias e</p><p>dolorosas, como lesões musculoesqueléticas. Além disso, o paciente é</p><p>orientado a tomar o Ibuprofeno conforme a dosagem prescrita,</p><p>MULTIESTAÇÃO 02</p><p>respeitando o intervalo entre as doses para obter um alívio eficaz da</p><p>dor. O médico alerta sobre os possíveis efeitos colaterais associados ao</p><p>uso de AINEs, como náuseas, úlceras, sangramentos e lesões renais.</p><p>1. De acordo com a situação clínica apresentada, explique a ação dos</p><p>AINEs sobre:</p><p>A) Efeitos gastrintestinais</p><p>B) Efeitos sobre as plaquetas</p><p>C) Efeitos sobre os rins</p><p>MULTIESTAÇÃO 02</p><p>A) Efeitos gastrintestinais</p><p>• Resultado principalmente da inibição da COX-1</p><p>• COX-1 é responsável pela síntese das PG que inibem a secreção de ácido e</p><p>possuem ação protetora sobre a mucosa.</p><p>• Náuseas, vômitos, e em alguns casos, sangramento gástrico e ulceração</p><p>(crônico);</p><p>MULTIESTAÇÃO 02</p><p>B) Efeitos sobre as plaquetas (AAS)</p><p>• Inativação irreversível da COX-1 e COX-2;</p><p>• Ao bloquear a COX-1 ocorre a maioria dos efeitos tóxicos</p><p>principalmente alterando o equilíbrio entre o TXA2 (promove</p><p>agregação plaquetária), e a PGI2 no endotélio (inibição da agregação);</p><p>inibição do muco gástrico (células produtoras de muco – PGE2).</p><p>• Aumento do tempo de sangramento (acetilação irreversível da COX</p><p>plaquetária e à consequente redução da formação de tromboxano</p><p>A2;</p><p>• Eficaz (baixas doses) em distúrbios cardiovasculares devido a ação</p><p>antiplaquetária(inibição irreversível de TXA2);</p><p>MULTIESTAÇÃO 02</p><p>C) Efeitos sobre os rins</p><p>• Doses terapêuticas em sadios – pouca ameaça;</p><p>• Pacientes suscetíveis: IRA reversível com a interrupção da droga;</p><p>• Inibição da biossíntese de PGE2 e PGI2 envolvidos na manutenção da</p><p>dinâmica sanguínea renal e, mais particularmente, na vasodilatação</p><p>compensatória mediada pela PGE2 – em reposta à ação da noradrenalina ou</p><p>da angiotensina II – aumento da pressão no rim devido à constrição da</p><p>arteríola aferente;</p><p>• Crônico: nefropatia por analgésicos.</p><p>MULTIESTAÇÃO 02</p><p>02. Todos os efeitos colaterais abaixo podem se relacionar com o</p><p>consumo dos AINES, exceto:</p><p>a) Dor epigástrica/gastrite</p><p>b) Nefrotoxicidade</p><p>c) Hepatotoxicidade</p><p>d) Agranulocitose</p><p>e) Sedação</p><p>f) Prolongamento do trabalho de parto</p><p>MULTIESTAÇÃO 02</p><p>Caso clínico 02: Uma menina de 8 anos apresenta febre e dores</p><p>musculares, provavelmente relacionadas a uma infecção viral. O doutor</p><p>receitou paracetamol na forma de solução oral, a ser administrado em</p><p>intervalos de 4 horas. A mãe perguntou se poderia dar ácido</p><p>acetilsalicílico (AAS) à criança, pois já tinha esse medicamento em casa.</p><p>No entanto, o médico desaconselhou o uso e alertou sobre a Síndrome</p><p>de Reye. De acordo com a situação clínica, responda:</p><p>A) Por que o ácido acetilsalicílico é contraindicado na situação acima?</p><p>B) Qual a associação do ácido acetilsalicílico com a Síndrome de Reye?</p><p>C) Por que o paracetamol não é considerado um AINE?</p><p>MULTIESTAÇÃO 02</p><p>A) Por que o ácido acetilsalicílico é contraindicado na situação</p><p>acima?</p><p>O AAS está contra-indicado em infecções virais, especialmente em</p><p>crianças e adolescentes devido ao risco de desenvolver a Síndrome de</p><p>Reye.</p><p>MULTIESTAÇÃO 02</p><p>B) Qual a associação do ácido acetilsalicílico com a Síndr. de Reye?</p><p>Há uma forte associação entre o uso de AAS durante infecções virais</p><p>(como a gripe ou a varicela) e o desenvolvimento da síndrome de Reye</p><p>em crianças e adolescentes.</p><p>• Mecanismo Suspeito:</p><p>• Mitocôndrias: Acredita-se que a aspirina possa prejudicar a função</p><p>mitocondrial nas células hepáticas, levando a uma falência energética celular.</p><p>• Metabolismo de Ácidos Graxos: A disfunção mitocondrial afeta o</p><p>metabolismo dos ácidos graxos no fígado, contribuindo para a acumulação de</p><p>gordura hepática e outros metabólitos tóxicos.</p><p>MULTIESTAÇÃO 02</p><p>C) Por que o paracetamol não é considerado um AINE?</p><p>Paracetamol possui características farmacológicas e mecanismos de</p><p>ação distintos dos AINEs tradicionais; ele também inibe a produção de</p><p>prostaglandinas, mas sua ação é mais fraca nas enzimas COX-1 e COX-2.</p><p>Acredita-se que ele atue predominantemente no sistema nervoso</p><p>central, modulando a percepção da dor e regulando a temperatura</p><p>corporal. Sua ação periférica (em tecidos inflamados) é mínima, o que</p><p>explica sua falta de efeito anti-inflamatório significativo.</p><p>Ele é principalmente usado como analgésico (para aliviar a dor) e</p><p>antipirético</p><p>(para reduzir a febre), mas não é eficaz para tratar</p><p>inflamação.</p><p>MULTIESTAÇÃO 02</p><p>Caso clínico 03: : L.M.S, um homem de 60 anos, apresenta histórico de</p><p>osteoartrite crônica em suas articulações, especialmente nos joelhos e</p><p>quadris. Ele está enfrentando dor intensa e limitada significativamente</p><p>de movimentos, o que afeta sua qualidade de vida e sua capacidade de</p><p>realizar atividades desenvolvidas. Após uma avaliação médica</p><p>detalhada e exames de imagem que confirmam o diagnóstico de</p><p>osteoartrite, o médico decide prescrever o Celecoxibe. O médico</p><p>também alerta sobre a necessidade de tomar o medicamento com</p><p>cautela, respeitando a dose prescrita e informando sobre quaisquer</p><p>efeitos colaterais que possam ocorrer durante o tratamento. Além</p><p>disso, ele ressalta que o uso contínuo de Celecoxibe deve ser</p><p>monitorado regularmente para avaliar sua eficácia e segurança no</p><p>controle da dor e da inflamação.</p><p>MULTIESTAÇÃO 02</p><p>De acordo com a situação clínica, responda:</p><p>A) Qual o mecanismo de ação do Celecoxibe?</p><p>Inibidor seletivo COX-2</p><p>B) Quais os principais efeitos adversos apresentados pelo fármaco?</p><p>• IAM e AVE: ao inibir seletivamente a COX-2, pode induzir à redução relativa</p><p>da produção endotelial de prostaciclina (que têm efeitos vasodilatadores e</p><p>inibidores da agregação plaquetária), enquanto a produção plaquetária de</p><p>TXA2 (que promovem a agregação plaquetária e a vasoconstrição) não é</p><p>alterada. Esse desequilíbrio dos prostanoides hemostáticos pode aumentar o</p><p>risco de trombose e de eventos vasculares.</p><p>MULTIESTAÇÃO 03</p><p>MULTIESTAÇÃO 03</p><p>3</p><p>2</p><p>1</p><p>1</p><p>2</p><p>3</p><p>3</p><p>2</p><p>1</p><p>MULTIESTAÇÃO 03</p><p>ESCALA DA DOR X TRATAMENTO FARMACOLÓGICO</p><p>• Correlacione a coluna da direita com a da esquerda</p><p>1) Dor leve ( )Fentanila</p><p>2) Dor moderada ( ) AINES + adjuvantes (relax.musc. +</p><p>ansiolíticos)</p><p>3) Dor Forte ( ) Codeína</p><p>MULTIESTAÇÃO 03</p><p>ESCALA DA DOR X TRATAMENTO FARMACOLÓGICO</p><p>• Correlacione a coluna da direita com a da esquerda</p><p>1) Dor leve ( 3 )Fentanila</p><p>2) Dor moderada ( 1 ) AINES + adjuvantes (relax.musc. +</p><p>ansiolíticos)</p><p>3) Dor Forte ( 2 ) Codeína</p>