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<p>6. Qual formação é necessária para exercer a função de professor do AEE?</p><p>A PNEEPEI e a Resolução nº 4/ 2009 estabelecem que o professor do AEE deve ter como base da sua formação, inicial e continuada, conhecimentos gerais para o exercício da docência — portanto, todos devem ter diploma de licenciatura ou Pedagogia— e conhecimentos específicos da área de educação especial.</p><p>“O profissional do AEE deve ser um especialista da educação especial, tanto nas questões da educação, da pedagogia de base, quanto na capacidade de olhar para as diferenças e potencialidades de cada estudante. Ele deve saber conceitos básicos de inclusão, como o Desenho Universal para a Aprendizagem (DUA) e o de barreiras [presente no modelo social da deficiência]”, afirma Francisca Geny Lustosa, pesquisadora e coordenadora do Grupo Pró-Inclusão: Pesquisas e Estudos sobre Educação Especial, Inclusiva e Alfabetização, Práticas Pedagógicas e Formação de Professores, da Universidade do Ceará (UFC). “Afinal, sua atuação impacta não só os estudantes do atendimento, mas todos os demais, a equipe pedagógica, a gestão e a comunidade escolar”, completa.</p><p>No entanto, a realidade no Brasil ainda é de um grande número de profissionais sem formação específica da área. Segundo o Painel de Indicadores, em 2022, 55,7% dos professores do AEE não tinham formação continuada — de ao menos 80 horas — em educação especial.</p><p>“A meu ver, há dois problemas que fazem com que as redes de ensino, principalmente as municipais, não consigam atender a demanda com profissionais formados na área. O principal é que as próprias prefeituras e os estados não oferecem formações que possibilitem aumentar esse quadro de docentes do AEE. O outro é que ainda há desinteresse dos professores pela educação especial”, avalia Katia.</p>