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<p>1. Para a Teoria Moralista, Direitos Humanos são aqueles: D) que são diferentes nas diversas sociedades do planeta porque adotam formas diferentes de proceder</p><p>2. Podemos definir diretos humanos como: Prerrogativas e garantias inerentes à dignidade humana</p><p>3. Penas como trabalho forçado e tortura podem ser aplicados no Brasil? Não porque a constituição feral veda</p><p>4. Quando nos referimos aos Direitos Humanos, estamos tratando de um conjunto de direitos que tem por objetivo proteger: A dignidade da pessoa humana</p><p>5. Assinale a alternativa correta: direitos humanos são aqueles que estão internacionais e direitos fundamentais que estão na constituição federal</p><p>6. São características dos direitos humanos, entre outras: Universalidade e irrenunciabilidade</p><p>7. A característica dos direitos humanos de serem interdependentes: Não é permitido que estado escolha alguns direitos para proteger e deixe outros de lado</p><p>8. Os direitos políticos e civis são direitos humanos de: Primeira geração ou dimensão</p><p>9. Os direitos de quinta geração ou dimensão podem ser definidos como: Direito a paz permanente</p><p>10. A declaração de direitos humanos da ONU foi complementada pelos: Pactos internacionais de direitos civis e Políticos e de direitos Econômicos, Sociais e Culturais</p><p>11. A constituição federal brasileira garante entre os direitos fundamentais o direito à livre manifestação, mas veda: O anonimato</p><p>12. Um artista pinta um quadro em que são representadas figuras nuas. Ele doa o quadro para um museu municipal que decide não o exibir porque contém nudez. O assunto é polêmico porque envolve costumes e regras morais. À luz da constituição federal, podemos afirmar que: É livre a expressão da atividade intelectual, artística e científica, independente de censura ou licença</p><p>13. O sindicato de uma determinada categoria profissional encaminhou carta para todos os profissionais exigindo associação ao sindicato, no prazo de 48 horas, sob pena de aplicação de multa e punição consubstanciada em vedação da liberdade de exercício da profissão. Essa decisão é: Ilegal, porque a Constituição Federal garante que ninguém pode ser compelido a se associar ou a permanecer associado</p><p>14. Uma pessoa praticou um crime bárbaro, violento, contra uma criança de três anos. Após o crime, o assassino voltou para casa, jantou com seus pais e assistiu à televisão tranquilamente. Foi preso, julgado e condenado a 20 anos de prisão e seus pais foram condenados por 10 anos pelo mesmo crime pelo simples fato de serem pais de um criminoso violento. Essa decisão: É inconstitucional</p><p>15. Um político é preso após terem sido realizadas gravações pela polícia, nas quais ele é flagrado com a prática de corrupção. Levado o caso a julgamento, o magistrado determina a imediata soltura do preso, sob alegação de que: São inadmissíveis provas ilícitas e essa gravação não havia sido autorizada</p><p>16. São direitos sociais constitucionais no Brasil: Moradia e proteção á maternidade</p><p>17. No brasil, o dever do estado em promover a saúde: Não exclui o das pessoas, das famílias, das empresas e da sociedade.</p><p>18. Os Conselhos de Saúde deverão ser compostos por: Representantes do governo, profissionais de saúde, prestadores de serviços e usuários.</p><p>19. É correto afirmar que: No Brasil, a educação deve garantir o pluralismo de ideias e concepções pedagógicas</p><p>20. No brasil a garantia dos direitos dos idosos inclui: Priorização do atendimento do idoso por sua própria família em detrimento do atendimento em asilo.</p><p>Teoria jusnaturalista: está fundamentada na ideia de que todo ser humano possui um direito natural, que decorre do simples fato de ter nascido humano. Esses direitos existiriam por si só, mesmo que não sejam criadas leis para protegê-los, e são universais e imutáveis porque se referem à própria condição da vida humana e à sua dignidade. É o caso do direito à vida, do direito à liberdade, entre outros.</p><p>• Teoria positivista: entende que são direitos humanos aqueles que forem escolhidos pelo povo e por seus governantes para serem parte do corpo de leis de uma determinada sociedade, e serão positivados em leis exatamente porque são direitos fundamentais para a vida humana e para toda a sociedade.</p><p>• Teoria moralista: afirma que são direitos humanos aqueles todos que se coadunam com a moral de cada sociedade, de cada povo, reconhecendo que os preceitos morais são diferentes nas várias sociedades existentes na Terra. O principal defensor da teoria moralista foi Charles Perelman, professor e estudioso de Filosofia do Direito, nascido em 1912 em Varsóvia, na Polônia, e falecido em 1984</p><p>o Ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal brasileiro Constitucional, ao se referir a essas três teorias, afirma: Na realidade, as teorias se completam, devendo coexistirem, pois somente a partir da formação de uma consciência social (teoria de Perelman), baseada principalmente em valores fixados na crença de uma ordem superior, universal e imutável (teoria jusnaturalista) é que o legislador ou os tribunais (esses principalmente em países anglo-saxões) encontram substrato político e social para reconhecerem a existência de determinados direitos humanos fundamentais como integrantes do ordenamento jurídico (teoria positivista). O caminho inverso também é verdadeiro, pois o legislador ou os tributais necessitam fundamentar o reconhecimento ou a própria criação de novos direitos humanos a partir de uma evolução da consciência social, baseada em fatores sociais, econômicos, políticos e religiosos (Moraes, 2003, p. 35).</p><p>O Ministro Alexandre de Moraes define direitos humanos: O conjunto institucionalizado de direitos e garantias do ser humano que tem por finalidade básica o respeito a sua dignidade, por meio de sua proteção contra o arbítrio do poder estatal e o estabelecimento de condições mínimas de vida e desenvolvimento da personalidade humana pode ser definido como direitos humanos fundamentais (Moraes, 2003, p. 39).</p><p>O professor Nestor Sampaio Penteado Filho, por sua vez, define direitos humanos da seguinte forma: Poder-se-ia definir direitos humanos como um conjunto de prerrogativas e garantias inerentes ao homem, cuja finalidade básica é o respeito à sua dignidade, tutelando-o contra os excessos do Estado, estabelecendo um mínimo de condições de vida. São direitos indissociáveis da condição humana (Penteado Filho, 2009, p. 27)</p><p>• Segurança contra qualquer tipo de violência, física, moral ou psicológica, praticada por pessoas</p><p>ou por agentes do Estado (polícia, fiscais ou qualquer outro agente público).</p><p>• Acesso à saúde para prevenção de doenças e para a cura delas, lembrando que em muitos casos o</p><p>correto atendimento de saúde permite a prevenção de inúmeras doenças graves e que é sempre</p><p>muito melhor prevenir do que tratar.</p><p>• Acesso à educação básica que permita às pessoas desenvolverem suas potencialidades intelectuais e cognitivas de forma a só</p><p>interromperem os estudos se desejarem, e não por precisarem escolher entre trabalhar e estudar.</p><p>• Condições de empregabilidade que permitam a cada pessoa um salário que lhe garanta vida digna</p><p>As principais características dos direitos humanos são:</p><p>• Universalidade: o que significa que todos os seres humanos da Terra têm direito a usufruir da</p><p>proteção que os direitos humanos expressam.</p><p>• Indivisibilidade: significa que o rol de direitos humanos compõe um todo que não pode ser</p><p>dividido. Assim, não é permitido a um Estado que escolha alguns direitos humanos para proteger</p><p>e deixe outros de lado.</p><p>• Interdependência: significa que os direitos humanos são inter-relacionados e interdependentes,</p><p>o que reforça o sentido de que todos são importantes, não há uma escala de relevância entre eles</p><p>• Imprescritibilidade: significa que nenhuma pessoa perde, por decurso de prazo, o direito de</p><p>exercício de qualquer um dos direitos humanos. Mesmo que sejam reivindicados depois de um</p><p>longo transcurso de tempo, a pessoa ainda terá direito ao exercício do direito.</p><p>• Inalienabilidade: significa que os direitos humanos não podem ser transferidos, negociados ou</p><p>cedidos, seja a título oneroso (por dinheiro ou outra contrapartida material), seja a título gratuito.</p><p>Todos têm direito e podem exercê-lo, mas não para aliená-los por qualquer motivo.</p><p>• Irrenunciabilidade: significa que ninguém pode renunciar aos direitos humanos, ou seja,</p><p>ninguém pode renunciar ao direito à vida, à liberdade ou a qualquer outro.</p><p>• Efetividade: significa que o Estado por meio de seus poderes, Legislativo, Executivo e Judiciário,</p><p>deve atuar sempre para conseguir efetivar os direitos humanos, de forma a garantir que todas as</p><p>pessoas tenham como exercê-los livremente.</p><p>• Inviolabilidade: significa que ninguém, Estado ou pessoa (física ou jurídica), está legitimado para</p><p>desrespeitar direitos humanos. Todos devem respeitar, cumprir e fazer cumprir os direitos humanos.</p><p>• Complementaridade: significa que os direitos humanos não devem ser interpretados</p><p>isoladamente, mas de forma conjunta para que sejam alcançados os objetivos para os quais eles</p><p>foram criados, ou seja, proteger a dignidade humana da forma mais abrangente possível.</p><p>• Vedação de retrocesso: significa que se um direito é reconhecido como direito humano, não</p><p>se pode retirá-lo ou diminuir sua aplicabilidade. Em outras palavras, uma vez que um direito é</p><p>integrado ao rol de direitos humanos, ele não pode ser retirado e também não pode ser minimizado.</p><p>A respeito da denominação geração ou dimensão de direitos humanos, o professor Nestor Sampaio</p><p>Penteado Filho alerta: A doutrina aponta a classificação dos direitos fundamentais segundo gerações de direitos, embora a doutrina atual prefira a expressão dimensões de direito. A diferença básica entre elas dá-se no sentido de que a expressão gerações de direitos pode trazer a noção de que o surgimento de uma nova encerra ou finaliza a anterior, dando-nos a falsa ideia de que houve uma limitação temporal. Por outro lado, dimensões de direitos é expressão mais atual, que se traduz na ideia de interação e interconectividade entre os direitos, não havendo encerramento de umas ou de outras, mas, sim, uma relação interativa entre os direitos (2009, p. 21).</p><p>GERAÇÕES ou DIMENSÕES</p><p>Primeira Geração</p><p>· Período histórico – século XIII, na Inglaterra, reinado de João Sem-Terra.</p><p>· Surgimento da Monarquia Constitucional = o soberano tem seus poderes</p><p>· limitados à constituição elaborada pelo Poder Legislativo.</p><p>· Fim do Absolutismo.</p><p>· Direitos políticos e civis = proteção do cidadão contra o Estado.</p><p>· Direito de votar e ser votado, liberdade de</p><p>· locomoção e de expressão, liberdade de se</p><p>· insurgir contra injustiça</p><p>Segunda Geração</p><p>· Revolução Industrial – século XVIII.</p><p>· Direitos econômicos, sociais e culturais.</p><p>· Proteção ao trabalhador, direito a um salário justo, limitação das horas</p><p>· de trabalho; direito a férias, à assistência social, à previdência para</p><p>· aposentadoria; direito à saúde, à educação, ao lazer e acesso à cultura.</p><p>Direitos sociais = se destinam a toda a sociedade, de forma coletiva.</p><p>Terceira geração</p><p>· São os chamados direitos de solidariedade, representados pelo ideal</p><p>· de fraternidade entre todos os homens.</p><p>· Tecnicamente, são chamados de direitos difusos e coletivos.</p><p>· Direito ao meio ambiente equilibrado, ao respeito ao consumidor, ao</p><p>· progresso que respeite a paz e a liberdade dos povos.</p><p>· Surge após a II Guerra Mundial e, em especial,</p><p>· como resposta aos problemas COLETIVOS da</p><p>· humanidade</p><p>Quarta dimensão = direitos dos povos frente ao acelerado</p><p>desenvolvimento tecnológico e à globalização. Direito à democracia</p><p>e direitos de ter direitos para as minorias políticas.</p><p>Quinta dimensão = direito à paz permanente, preocupação que</p><p>decorre dos atentados terroristas, em especial do 11 de Setembro.</p><p>Sexta dimensão? Sim! Direitos à proteção de</p><p>dados, ao uso correto do conhecimento do</p><p>genoma humano, da biotecnologia....</p><p>TRAJETÓRIA HISTÓRICA DA CONSTRUÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS</p><p>acompanha as diferentes fases da história da humanidade.</p><p>· Em 1899, em Haia, na Holanda, foi realizada a Conferência Internacional de Paz, com objetivo de elaborar formas de solução de conflitos de maneira pacífica, para prevenir guerras e organizar regras a serem respeitadas durante os períodos em que existissem conflitos armados.</p><p>· A Liga das Nações foi criada durante a Primeira Guerra Mundial, em 1919, a partir do Tratado de Versailles. Foi a precursora da ONU. Tinha como objetivo promover a cooperação, a paz e a segurança no plano internacional, condenava agressões externas contra a integridade territorial e contra a independência política de seus membros.</p><p>· A criação da Organização Internacional do Trabalho (OIT), em 1919, com objetivo de promover justiça social contribuiu decisivamente para que o debate sobre direitos humanos e sua aplicabilidade em todas as áreas da vida humana fosse ampliado e efetivado.</p><p>· A missão da OIT desde sua criação foi “promover oportunidades para que homens e mulheres possam ter acesso a um trabalho decente e produtivo, em condições de liberdade, equidade, segurança e dignidade”.</p><p>· O Tribunal de Nuremberg, 1945/1946, contribuiu decisivamente para a expansão do conhecimento e para a internacionalização dos</p><p>direitos humanos.</p><p>· O Tribunal de Nuremberg estava capacitado para processar e punir as pessoas que fossem apontadas como responsáveis pela prática de crimes contra a paz, crimes de guerra e crimes contra a humanidade, categorias que o acordo cuidou de definir adequadamente.</p><p>· A ONU foi criada para contribuir para a construção de uma nova ordem internacional que tivesse como modelo de conduta a prioridade para a paz e a segurança, para o desenvolvimento de relações amistosas entre países e para a cooperação internacional nas áreas econômica, social e cultural. Tem por objetivo garantir a proteção internacional dos direitos humanos em todos os setores da vida no planeta, como saúde, educação, proteção ambiental, desenvolvimento científico e outros A ONU é um organismo internacional formado por 193 Estados-membros.</p><p>É constituída por seis órgãos principais que são:</p><p>· Assembleia Geral.</p><p>· Conselho de Segurança.</p><p>· Conselho Econômico e Social.</p><p>· Conselho de Tutela.</p><p>· Tribunal Internacional de Justiça.</p><p>· Secretariado Geral.</p><p>A ONU possui vários organismos para viabilizar sua atuação. Entre os mais importantes estão:</p><p>· FAO – ALIMENTAÇÃO E AGRICULTURA.</p><p>· OMS – SAÚDE.</p><p>· UNESCO – EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E CULTURA.</p><p>· AGÊNCIAS PARA A PROTEÇÃO DOS DIREITOS DAS MULHERES, DO MEIO AMBIENTE, DOS REFUGIADOS, entre outras.</p><p>DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS DO HOMEM DE 1948</p><p>É o tratado internacional de direitos humanos mais importante.</p><p>· Foi criado após a II Guerra Mundial.</p><p>· São 30 artigos que percorrem todos os direitos essenciais para concretização da dignidade da pessoa humana.</p><p>· Os países signatários se comprometem a concretizar esses direitos.</p><p>· O Brasil é signatário da Declaração Universal dos</p><p>· Direitos do Homem e, por isso, deve cumprir e fazer cumprir esses direitos.</p><p>SISTEMA INTERAMERICANO DE DIREITOS HUMANOS</p><p>Para as três Américas, do Norte, do Sul e Central, foi criado o Sistema Interamericano de Direitos Humanos, em 30 de abril de 1948, durante a realização da IX Conferência Internacional Americana, realizada em Bogotá e da qual resultou a assinatura da chamada Carta da OEA, que entrou em vigor em dezembro de 1951.</p><p>A OEA é composta de sua Assembleia Geral, órgão mais importante e deliberativo que se reúne uma vez por ano ou, extraordinariamente, quando necessário. Além disso, atuam:</p><p>· Reunião de Consulta aos Ministros das Relações Exteriores, para resolver problemas de caráter urgente e de interesse comum dos Estados-membros.</p><p>· Conselhos Permanente e o Conselho Interamericano de Desenvolvimento Integral; Comissão Jurídica Interamericana; Comissão Interamericana de Direitos Humanos; Secretaria Geral; Conferências Especializadas; Organismos Especializados e outras entidades criadas pela Assembleia Geral.</p><p>· A Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) foi criada na quinta Reunião de Consulta dos Ministros das Relações Exteriores, realizada em Santiago, no</p><p>Chile, em 1959.</p><p>Foi instalada em 1960.</p><p>· A Comissão Interamericana de Direitos Humanos é um órgão do Sistema Interamericano e sua finalidade específica é a promoção e a proteção dos direitos humanos.</p><p>· No sistema interamericano, o instrumento de maior importância é a Convenção Americana de Direitos Humanos.</p><p>· Ela foi assinada em San José, na Costa Rica, em 1969 e entrou em vigor em 1978.</p><p>· Somente Estados-membros da Organização dos Estados Americanos têm o direito de aderir à Convenção Americana.</p><p>· O Brasil foi um dos Estados que mais tardiamente aderiu à Convenção, em 25 de setembro de 1992</p><p>CORTE INTERAMERICANA DE DIREITOS HUMANOS</p><p>· O Estado, ao se tornar parte da Convenção, aceita automaticamente e, obrigatoriamente, a competência da Comissão para examinar petições individuais.</p><p>· A petição individual apresentada por pessoa que tenha tido seus direitos humanos violados.</p><p>Deverá atender alguns requisitos prévios:</p><p>· Comprovação do esgotamento dos recursos disponíveis no país em que ocorreu a violação.</p><p>· Comprovação que não existe outra pendência internacional sobre o mesmo fato.</p><p>· Estando cumpridos os requisitos, a petição individual é aceita e a Comissão solicita informações ao governo denunciado.</p><p>Recebidas as informações do governo ou decorrido prazo sem que as tenha recebido, a Comissão verifica se existem ou subsistem os motivos de petição.</p><p>· Se não existirem mais, a petição individual será arquivada e, se existirem, a Comissão procederá ao exame do assunto, realizando investigação dos fatos, se necessário.</p><p>· Após o exame dos fatos, a Comissão deverá obter solução amistosa entre as partes.</p><p>· Se conseguir, será elaborado um informe que será transmitido ao peticionário e aos Estados-parte da Convenção para depois ser comunicado para a Secretaria da OEA.</p><p>· Se reconhecer que efetivamente ocorreu a violação à Convenção, determinará que sejam adotadas medidas necessárias para restauração do direito então violado A Corte poderá, ainda, condenar o Estado a pagar uma justa compensação à vítima. A decisão da Corte tem força jurídica vinculante e obrigatória e cabe ao Estado seu imediato cumprimento. Nos casos em que a Corte fixar uma compensação à vítima, a decisão valerá como título executivo.</p><p>· A Corte Interamericana de Direitos Humanos é composta por sete juízes nacionais de Estados-membros, eleitos por estes e tem competência consultiva e contenciosa.</p><p>HI ERARQUIA DAS LEIS NO BRASIL</p><p>A CONSTITUIÇÃO BRASILEIRA E A PROTEÇÃO DOS DH NO BRASIL</p><p>A Constituição Federal de 1988 foi a primeira a ser aprovada no país após o</p><p>encerramento da Ditadura Militar que vigorou de 1964 a 1985.</p><p> Foi um período de ausência de respeito aos direitos dos cidadãos, que ficaram impedidos</p><p>de manifestar livremente suas opiniões, de se associar livremente a partidos ou</p><p>organizações contrárias ao governo militar, de se reunir para discutir assuntos políticos e</p><p>até de invocar direitos como o habeas corpus (instrumento</p><p>jurídico para obter a liberdade quando a prisão for</p><p>ilegal), entre outros.</p><p>Durante boa parte do regime militar vigorou o Ato Institucional nº 05, aprovado em</p><p>13 de dezembro de 1968, e muito conhecido pela sigla AI-5. Esse ato institucional</p><p>federal, que tinha validade em todo o país, determinava suspensão de</p><p>muitos direitos.</p><p> Essa situação terminou em 1985, quando uma Assembleia Nacional</p><p>Constituinte, escolhida por voto dos cidadãos,</p><p>elaborou a Constituição Federal que entrou</p><p>em vigor em 1988.</p><p>A Constituição Federal brasileira de 1988 determina que a cidadania e a dignidade da</p><p>pessoa humana são fundamentos da República Federativa do Brasil.</p><p> Estabelece um amplo rol de direitos fundamentais individuais e coletivos.</p><p> A CF/88 determina que os direitos e as garantias nela expressos não excluem outros</p><p>decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados ou dos tratados internacionais em</p><p>que a República Federativa do Brasil seja parte</p><p> A Constituição Federal brasileira de 1988 foi importante para reconduzir o país</p><p>para a democracia e o estado de direito.</p><p> Inaugurou o período de “direito de ter direitos”.</p><p> E que direitos? Dignidade da Pessoa Humana.</p><p> Políticos, civis, sociais e econômicos para todos.</p><p>Já concretizamos tudo isso?</p><p>CLÁUSULAS PÉTREAS</p><p>A Constituição Federal brasileira de 1988 foi importante para reconduzir o país</p><p>para a democracia e o estado de direito.</p><p> Inaugurou o período de “direito de ter direitos”.</p><p> E que direitos? Dignidade da Pessoa Humana.</p><p> Políticos, civis, sociais e econômicos para todos.</p><p>Já concretizamos tudo isso?</p><p> A Constituição Brasileira possui cláusulas pétreas.</p><p> São cláusulas que só poderão ser modificadas se for eleita uma nova ASSEMBLEIA</p><p>NACIONAL CONSTITUINTE.</p><p> Estão no artigo 60, parágrafo 4º, da Constituição Federal.</p><p> A impossibilidade de mudança decorre da grande importância desses aspectos</p><p>para o Brasil</p><p>FORMA FEDERATIVA DO ESTADO</p><p> VOTO DIRETO, SECRETO, UNIVERSAL E PERIÓDICO</p><p> SEPARAÇÃO ENTRE OS PODERES LEGISLATIVO, EXECUTIVO</p><p>E JUDICIÁRIO</p><p> OS DIREITOS E GARANTIAS INDIVIDUAIS</p><p> A FORMA REPUBLICANA</p><p>A CONSTITUIÇÃO BRASILEIRA E A PROTEÇÃO DOS DH NO BRASIL</p><p>A proteção dos Direitos Humanos na Constituição brasileira está alocada, principalmente, no artigo 5º, que trata dos DIREITOS FUNDAMENTAIS INDIVIDUAIS E COLETIVOS.</p><p> Vamos estudar alguns direitos definidos como DIREITOS FUNDAMENTAIS, na</p><p>CF brasileira de 1988</p><p>DIREITOS FUNDAMENTAIS – INDIVIDUAIS E COLETIVOS</p><p>“Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer</p><p>natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no</p><p>País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à</p><p>segurança e à propriedade, nos termos seguintes:”</p><p> Em seguida são enunciados 79 incisos (em números romanos).</p><p> Cada INCISO corresponde a um direito ou</p><p>garantia do cidadão brasileiro e do estrangeiro</p><p>residente no país.</p><p>DIREITOS E GARANTIAS INDIVIDUAIS</p><p>I. homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos</p><p>desta Constituição;</p><p>II. ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão</p><p>em virtude de lei;</p><p>III. ninguém será submetido à tortura nem a tratamento desumano ou degradante;</p><p>IV. é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato;</p><p>V. é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo,</p><p>além da indenização por dano material, moral</p><p>ou à imagem</p><p> Direito à intimidade, à vida privada, à</p><p>honra e à imagem.</p><p> Sigilo da correspondência.</p><p> Inviolabilidade da casa.</p><p> Liberdade de reunião.</p><p> Liberdade de locomoção no</p><p>território nacional.</p><p> Direito à propriedade e à função</p><p>social da propriedade.</p><p> Defesa do consumidor.</p><p> Direito à ampla defesa, ao devido</p><p>processo legal e ao exercício</p><p>do contraditório.</p><p>É bastante recomendável que você leia todos os incisos do artigo 5º, da Constituição</p><p>Federal, e analise os direitos que se encontram protegidos.</p><p> Conhecer esses direitos é importante para todos os cidadãos brasileiros, independentemente</p><p>da profissão que exerçam.</p><p> Cidadania é ação em favor da sociedade e do bem comum.</p><p> Para agir (votar, opinar, participar de comissões municipais, de</p><p>audiências públicas, de atividade sindical ou cívica), é</p><p>fundamental conhecer direitos e deveres constitucionais</p><p>EMENDA CONSTITUCIONAL N. 45 DE 2004</p><p>Emenda constitucional é a mudança pontual ao texto da Constituição de um</p><p>país ou de um Estado Federativo, limitada a temas específicos que</p><p>possam ser modificados.</p><p> A Emenda Constitucional n. 45, de 30 de dezembro de 2004, modificou</p><p>substancialmente o sistema de proteção de direitos humanos no Brasil</p><p>Ela determinou que, com aprovação no Congresso Nacional, em dois turnos, por</p><p>três quintos dos votos dos respectivos membros, os tratados e as convenções</p><p>internacionais sobre direitos humanos serão equivalentes às emendas</p><p>constitucionais.</p><p> Esse número de votos é o mesmo utilizado para a</p><p>aprovação de emendas constitucionais, nos termos do</p><p>que está previsto no artigo 60, parágrafo 2º, da</p><p>Constituição Federal brasileira.</p><p>A Emenda Constitucional n. 45, de 2004, é importante também porque inseriu na</p><p>Constituição</p><p>Federal brasileira, expressamente, que o Brasil se submete à</p><p>jurisdição do Tribunal Penal Internacional, que fica em Haia, na Holanda, e</p><p>que foi criado pelo Estatuto de Roma, de 1998.</p><p> Outro importante aspecto da Emenda Constitucional n.</p><p>45, de 2004, foi possibilitar a federalização dos</p><p>crimes graves contra direitos humanos.</p><p>PLANOS NACIONAIS DE DIREITOS HUMANOS</p><p> Os Planos Nacionais de Direitos Humanos foram criados no Brasil a partir de</p><p>1996 e sob inspiração da Declaração e Programa de Ação da Conferência de</p><p>Viena, realizada pela Organização das Nações Unidas naquela cidade da</p><p>Áustria, em 1993</p><p>OBJETIVOS DO I PNDH</p><p>I. A identificação dos principais obstáculos à promoção e à defesa dos direitos</p><p>humanos no País;</p><p>II. A execução, a curto, médio e longo prazos, de medidas de promoção e defesa</p><p>desses direitos;</p><p>III. A implementação de atos e declarações internacionais, com a adesão brasileira,</p><p>relacionados com direitos humanos;</p><p>V. A redução de condutas e atos de violência, intolerância e discriminação, com</p><p>reflexos na diminuição das desigualdades sociais;</p><p>V. A observância de direitos e deveres previstos na Constituição, especialmente no</p><p>disposto em seu art. 5°;</p><p>VI. A plena realização da cidadania.</p><p> Em 13 de maio de 2002, foi implementado o II PNDH:</p><p> “Art. 2o O PNDH tem como objetivos:</p><p>I. a promoção da concepção de direitos humanos como um conjunto de direitos universais,</p><p>indivisíveis e interdependentes, que compreendem direitos civis, políticos, sociais,</p><p>culturais e econômicos</p><p>II. a identificação dos principais obstáculos à promoção e defesa dos direitos humanos no</p><p>País e a proposição de ações governamentais e não governamentais voltadas para a</p><p>promoção e defesa desses direitos;</p><p>III. a difusão do conceito de direitos humanos como elemento necessário e indispensável para</p><p>a formulação, execução e avaliação de políticas públicas;</p><p>II PNDH</p><p>IV. a implementação de atos, declarações e tratados internacionais dos quais o Brasil é parte;</p><p>V. a redução de condutas e atos de violência, intolerância e discriminação, com reflexos na</p><p>diminuição das desigualdades sociais; e</p><p>VI. a observância dos direitos e deveres previstos na Constituição, especialmente os inscritos</p><p>em seu art. 5º.”</p><p> Em 2009, foi criado o Plano Nacional de Direitos Humanos 3, cujas bases foram inspiradas</p><p>pela 11ª Conferência Nacional de Direitos Humanos, realizada em 2008.</p><p>O PNDH-3 tem 6 eixos orientadores:</p><p>I. Interação Democrática entre Estado e Sociedade Civil;</p><p>II. Desenvolvimento e Direitos Humanos;</p><p>III. Universalizar Direitos em um Contexto de Desigualdades</p><p>IV. Segurança Pública, Acesso à Justiça e Combate à Violência;</p><p>V. Educação e Cultura em Direitos Humanos;</p><p>VI. Direito à Memória e à Verdade</p><p>DIREITOS SOCIAIS NO BRASIL</p><p> No Capítulo II, do Título I – Dos Direitos e Garantias Fundamentais, a Constituição Federal</p><p>trata dos Direitos Sociais. Eles estão colocados nos artigos 6º a 11.</p><p> São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o</p><p>transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à</p><p>infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição.</p><p> Também os direitos dos trabalhadores são direitos sociais no</p><p>Brasil, inclusive direito à greve e à associação sindical</p><p>DIREITO À SAÚDE</p><p>O artigo 194, da Constituição Federal, determina que a seguridade social, no Brasil,</p><p>compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos poderes públicos e da</p><p>sociedade, que são destinadas a assegurar os direitos de saúde, previdência e</p><p>assistência social.</p><p> A seguridade social se estrutura com base na universalidade</p><p>de cobertura e do atendimento, o que garante a todos no</p><p>Brasil que sejam atendidos para prevenção ou tratamento de</p><p>doenças.</p><p>“Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas</p><p>sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos</p><p>e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção,</p><p>proteção e recuperação.</p><p>CONSELHOS DE SAÚDE E PARTICIPAÇÃO POPULAR</p><p>Conselho de saúde é um órgão colegiado composto por representantes do governo,</p><p>prestadores de serviço, profissionais de saúde e usuários; ou seja, cidadãos como nós</p><p>que poderão ter assento lado a lado com o governo e os profissionais de saúde, para</p><p>debater de forma livre e democrática a formulação de estratégias e o controle da</p><p>execução da política de saúde.</p><p> Poderão contribuir para definir como será feito e fiscalizar</p><p>se aquilo que foi planejado foi executado de forma</p><p>satisfatória para toda a população</p><p>DIREITO À EDUCAÇÃO</p><p>A Constituição Federal regula a educação a partir do artigo 205, que estabelece:</p><p> “Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será</p><p>promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno</p><p>desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua</p><p>qualificação para o trabalho</p><p>PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS DA EDUCAÇÃO NO BRASIL</p><p>I. igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;</p><p>II. liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento,</p><p>a arte e o saber;</p><p>III. pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas, e coexistência de</p><p>instituições públicas e privadas de ensino;</p><p>IV. gratuidade do ensino público em</p><p>estabelecimentos oficiais</p><p>V. valorização dos profissionais da educação escolar, garantidos, na forma da lei,</p><p>planos de carreira, com ingresso exclusivamente por concurso público de provas e</p><p>títulos, aos das redes públicas;</p><p>VI. gestão democrática do ensino público, na forma da lei;</p><p>VII. garantia de padrão de qualidade;</p><p>VIII.piso salarial profissional nacional para os profissionais</p><p>da educação escolar pública, nos termos de lei federal.”</p><p>O que orienta o processo educativo é a ampla liberdade para acolher o pluralismo</p><p>de ideias e de concepções pedagógicas, orientado pela responsabilidade dos</p><p>organizadores do processo educativo, diretores, professores e família para que os</p><p>melhores resultados sejam obtidos.</p><p> Educação é sinônimo de liberdade e liberdade só pode</p><p>ser exercida com responsabilidade para que os</p><p>objetivos sejam alcançados</p><p>Os conteúdos abordados nas escolas, as pesquisas propostas, a vivência junto à</p><p>comunidade, tudo deve ser liderado pela liberdade de escolhas e de abordagens</p><p>didático-pedagógicas, sempre ressalvada a premissa anterior, ou seja, não existe</p><p>liberdade que possa ser praticada sem responsabilidade.</p><p>LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA</p><p>A Lei de Diretrizes e Bases da Educação determina que: os sistemas de ensino definirão as</p><p>normas de gestão democrática do ensino público na educação básica, de acordo com suas</p><p>peculiaridades e conforme os seguintes princípios:</p><p>I. participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto</p><p>pedagógico da escola;</p><p>II. participação das comunidades escolares e local em</p><p>conselhos escolares ou equivalentes.</p><p> A sociedade deve atuar por meio de conselhos escolares ou entidades</p><p>assemelhadas, por meio das quais se possa construir diálogo e soluções</p><p>conjuntas a serem aplicadas à educação básica, em conformidade com as</p><p>peculiaridades de cada comunidade</p><p>DIREITO À MORADIA</p><p>O direito à moradia está expressamente garantido na Constituição Federal brasileira, no</p><p>artigo 6º, como um direito social.</p><p> A moradia deverá ser garantida por meio de políticas públicas, em especial, de financiamento</p><p>de crédito facilitado para a população de baixa renda.</p><p> As políticas públicas de habitação devem levar em conta inúmeros fatores que são</p><p>imprescindíveis para a garantia da moradia digna.</p><p> Não é possível isolar pessoas em locais de difícil</p><p>acesso, sem infraestrutura, sem transporte público e</p><p>sem segurança.</p><p>PROTEÇÃO ÀS MULHERES NO BRASIL</p><p>A Constituição Federal brasileira estabelece no artigo 226, parágrafo 8º, que:</p><p>“Art. 226. A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado.</p><p>§ 8º O Estado assegurará a assistência à família na pessoa de cada um dos que a integram,</p><p>criando mecanismos para coibir a violência no âmbito de suas relações.”</p><p>Em 07 de agosto de 2006, o Brasil aprovou a Lei n. 11.340, que, em suas disposições</p><p>preliminares, determina:</p><p>“Art. 1º Esta Lei cria mecanismos para coibir e prevenir a violência doméstica e familiar</p><p>contra a mulher, nos termos do § 8º do art. 226 da Constituição Federal, da Convenção</p><p>sobre a Eliminação de Todas as Formas de Violência contra a Mulher, da Convenção</p><p>Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher e de outros</p><p>tratados internacionais ratificados pela República Federativa do Brasil; dispõe sobre a</p><p>criação dos Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher; e estabelece</p><p>medidas de assistência e proteção às mulheres em situação de</p><p>violência doméstica e familiar.”</p><p> É a famosa Lei Maria da Penha</p><p>PROTEÇÃO À CRIANÇA E AO ADOLESCENTE</p><p>O artigo 227, da Constituição Federal brasileira, determina que:</p><p> “Art. 227. É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente</p><p>e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao</p><p>lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência</p><p>familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência,</p><p>discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.”</p><p>Em 13 de julho de 1990, o Brasil colocou em vigor a Lei n. 8.069, que ficou conhecida como</p><p>Estatuto da Criança e do Adolescente ou, simplesmente, ECA.</p><p>Nas Disposições Preliminares, o ECA determina que:</p><p>“Art. 1º Esta Lei dispõe sobre a proteção integral à criança e ao adolescente.</p><p>Art. 2º Considera-se criança, para os efeitos desta Lei, a pessoa até doze anos de idade</p><p>incompletos, e adolescente aquela entre doze e dezoito anos de idade.</p><p>Parágrafo único. Nos casos expressos em lei, aplica-se excepcionalmente este Estatuto às</p><p>pessoas entre dezoito e vinte e um anos de idade.”</p><p>Art. 3º A criança e o adolescente gozam de todos os direitos fundamentais inerentes à</p><p>pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei, assegurandolhes, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, a fim de lhes</p><p>facultar o desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, em condições de</p><p>liberdade e de dignidade.”</p><p>PROTEÇÃO À PESSOA COM DEFICIÊNCIA</p><p> Em 25 de agosto de 2009, por meio do Decreto n. 6.949, a República Federativa do Brasil promulgou a Convenção da ONU para pessoas com deficiência e, em 06 de julho de 2015, por meio da Lei n. 13.146, instituiu a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa</p><p>com Deficiência, que ficou conhecida como Estatuto da Pessoa com Deficiência.</p><p>A lei define:</p><p> “Art. 2o Considera-se pessoa com deficiência aquela que tem impedimento de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual, em interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas.”</p><p> A lei também determina que toda pessoa com deficiência tem direito à igualdade de oportunidades com as demais e não sofrerá nenhuma espécie de discriminação.</p><p> As políticas públicas implantadas poderão garantir condições de vida digna para todos as pessoas com deficiência, inclusive para que tenham a maior autonomia possível, tanto para moradia como para o trabalho, a formação profissional, lazer, entre outros aspectos.</p><p>PROTEÇÃO À PESSOA IDOSA</p><p>Em 01 de outubro de 2003, o Brasil aprovou a Lei n. 10.741, que ficou mais conhecida como Estatuto da Pessoa Idosa.</p><p>“Art. 1º É instituído o Estatuto da Pessoa Idosa destinado a regular os direitos assegurados às pessoas com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos.”</p><p>“Art. 2o A pessoa idosa goza de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei, assegurando-lhe, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, para preservação de sua</p><p>saúde física e mental e seu aperfeiçoamento moral, intelectual, espiritual e social, em condições de liberdade e dignidade.”</p><p>“Art. 3o É obrigação da família, da comunidade, da sociedade e do poder público assegurar à pessoa idosa, com absoluta prioridade, a efetivação do direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, à cultura, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e à convivência familiar e comunitária.”</p><p> Garantir vida digna e autônoma à pessoa idosa é papel de todos, família, sociedade e poder público</p>