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<p>Brucelose</p><p>× Agente Etiológico</p><p>• As bactérias do gênero Brucella;</p><p>• Classe Proteobacteria;</p><p>• Gram-negativas;</p><p>• Intracelulares facultativas;</p><p>• Imóveis;</p><p>• Não esporuladas;</p><p>• Forma de bastonetes curtos que medem</p><p>de 0,6 a 1,5 µm por 0,5 a 0,7 µm de</p><p>dimensão;</p><p>• Zoonose;</p><p>• Parasitas obrigatórios;</p><p>• Podem ser apresentadas com morfologias</p><p>colonial lisa ou rugosa;</p><p>• Classificadas principalmente por diferenças</p><p>de patogenicidade;</p><p>• Preferência de hospedeiro, características</p><p>bioquímicas e antigênicas;</p><p>• Todas as espécies do gênero são sensíveis</p><p>ao calor e à acidez, e quando submetidas à</p><p>ação de desinfetantes comuns;</p><p>• O álcool a 70% destrói imediatamente.</p><p>• A sobrevivência de Brucella spp no leite e</p><p>produtos lácteos depende da temperatura,</p><p>pH e da presença de outros microrganismos</p><p>que possam inibir a multiplicação, podendo</p><p>permanecer no alimento de 15 a 90 dias.</p><p>• A refrigeração inibe a multiplicação, porém</p><p>a viabilidade é mantida mesmo em</p><p>temperatura de congelamento.</p><p>• No entanto, a fervura, processos de</p><p>pasteurização e os métodos de esterilização</p><p>são eficazes na eliminação do</p><p>microrganismo</p><p>× Animais Acometidos</p><p>As principais espécies do gênero são a:</p><p>B. melitensis (isoladas em cabras, ovelhas e</p><p>camelos);</p><p>B. abortus (bovinos e bubalinos);</p><p>B. suis (suínos e javalis);</p><p>B. neotomae (ratos do deserto);</p><p>B. ovis (ovelhas);</p><p>B. canis (cães), as quais são subdivididas em</p><p>sete biovares ou biotipos para:</p><p>• B. abortus (1, 2, 3, 4, 5, 6 e 9), três para</p><p>• B. melitensis (1, 2 e 3) e cinco para</p><p>• B. suis (1, 2, 3, 4 e 5).</p><p>As outras espécies como:</p><p>B. ceti e B. pinnipedialis, isoladas em</p><p>mamíferos marinhos (focas, leões marinhos,</p><p>golfinhos e baleias) e B.microti (procedente</p><p>de ratazanas selvagens).</p><p>× Patologia</p><p>A infecção natural se inicia principalmente</p><p>pelas mucosas oral, nasal, conjuntival ou</p><p>pela pele, sendo que a porta de entrada</p><p>principal da B. abortus em bovinos é a</p><p>mucosa oral.</p><p>Após a penetração na mucosa, as bactérias</p><p>são fagocitadas principalmente por</p><p>macrófagos, sendo levadas até os linfonodos</p><p>regionais, onde se multiplicam e podem</p><p>permanecer por semanas a meses, levando</p><p>à hiperplasia e linfadenite.</p><p>A partir dos linfonodos regionais, os</p><p>microrganismos podem disseminar livremente</p><p>ou no interior de macrófagos, pela via</p><p>hemática e linfática abrigando-se em outros</p><p>linfonodos.</p><p>Durante a fase de multiplicação celular,</p><p>estas bactérias podem provocar alterações</p><p>inflamatórias e anatomopatológicas.</p><p>× Sinais Clínicos</p><p>Principais Sintomas (geral).</p><p>Queda da produção de leite, redução da</p><p>fertilidade, nascimento de bezerros fracos,</p><p>retenção de placenta, corrimento vaginal,</p><p>metrites, inflamação das articulações e</p><p>aborto → comumente a partir do sexto mês</p><p>de gestação.</p><p>Nas gestações seguintes dos animais</p><p>infectados vão diminuindo as chances de</p><p>aborto, podendo inclusive não ocorrer.</p><p>Porém, o animal continua eliminando a</p><p>bactéria e atuando como fonte constante</p><p>de contaminação através da vulva.</p><p>O aborto ou o nascimento de animais mortos</p><p>ou fracos. Geralmente o aborto ocorre na</p><p>segunda metade de gestação, causando</p><p>retenção de placenta, metrite e,</p><p>ocasionalmente, esterilidade permanente.</p><p>Nos touros a infecção se localiza nos</p><p>testículos, vesículas seminais e na próstata.</p><p>A doença manifesta-se por orquite, que</p><p>acarreta baixa de libido e infertilidade.</p><p>Os testículos podem apresentar, também,</p><p>degeneração, aderência e fribrose. Às vezes</p><p>podem ser observado artrite</p><p>Pode ocorrer retenção de placenta</p><p>e infertilidade temporária ou permanente.</p><p>Nos machos causa orquite (inflamação nos</p><p>testículos) o que gera infertilidade por</p><p>diminuir a qualidade dos espermatozoides.</p><p>× Transmissão</p><p>• A principal via de infecção de Brucella spp</p><p>no organismo é a oral, além do trato</p><p>respiratório, conjuntivas, pele e trato genital.</p><p>• Uma outra forma de transmissão é pela</p><p>ingestão de alimentos contaminados com</p><p>urina ou fezes de animais doentes</p><p>• Os animais contaminados transmitem</p><p>através do parto ou aborto.</p><p>Valendo destacar que as fêmeas após</p><p>abortarem pela primeira vez, tornam-se</p><p>portadoras crônicas, eliminando Brucella spp</p><p>no leite, urina e descargas uterinas durante</p><p>os partos subsequentes, abortando ou não.</p><p>Há um favorecimento da transmissão de</p><p>brucelose pelo próprio hábito dos bovinos de</p><p>lamber e cheirar as crias ou fetos abortados</p><p>por outros animais.</p><p>• A participação dos machos na transmissão</p><p>da brucelose pela monta natural é pequena</p><p>não se caracterizando como a forma mais</p><p>frequente, embora a maioria das espécies</p><p>de Brucella spp seja encontrada no sêmen.</p><p>Na monta natural, a vagina apresenta</p><p>barreiras inespecíficas que dificultam a</p><p>infecção, entretanto.</p><p>Cuidados especiais devem ser tomados com</p><p>a inseminação artificial, visto que o sêmen é</p><p>aplicado diretamente no útero, onde não</p><p>existem barreiras inespecíficas, tornando-se</p><p>um ambiente propício para multiplicação do</p><p>agente.</p><p>× Diagnóstico</p><p>No Brasil a legislação nacional definiu como</p><p>testes oficiais:</p><p>• Teste do Antígeno Acidificado Tamponado</p><p>(AAT).</p><p>• Teste do Anel do Leite (TAL).</p><p>• Teste de Fixação do Complemento (FC).</p><p>• Teste de Polarização Fluorescente (FPA).</p><p>• O teste sorológico ELISA vem sendo</p><p>utilizado junto com o ATT.</p><p>× Diagnóstico diferencial</p><p>A Rinotraqueíte infecciosa, leptospirose e</p><p>diarreia viral bovina.</p><p>Os casos de brucelose por ingestão de</p><p>carne ou derivados são raros, visto o</p><p>número reduzido de bactérias no músculo</p><p>e o raro consumo de carne crua. Já o</p><p>consumo de sangue e medula óssea</p><p>pode ser considerado veículo de</p><p>transmissão da doença.</p><p>A Brucelose no homem é de caráter</p><p>ocupacional, já que estão mais sujeitos a</p><p>infectar-se pessoas que trabalham</p><p>diretamente com os animais</p><p>contaminados (tratadores, proprietários e</p><p>médicos veterinários) ou aqueles que</p><p>trabalham com produtos e subprodutos</p><p>de origem animal (funcionários de</p><p>matadouros, laticínios e laboratórios).</p><p>× Controle e Erradicação</p><p>• Vacinação das bezerras de três a oito</p><p>meses de idade com a composta por uma</p><p>suspensão de Brucella Abortus, cepa B-</p><p>19, viva atenuada liofilizada.</p><p>• É OBRIGATÓRIA a marcação das fêmeas</p><p>vacinadas, utilizando-se ferro candente, no</p><p>lado esquerda da cara, com um V,</p><p>conforme figura a seguir, acompanhado do</p><p>algarismo final do ano de vacinação.</p><p>• A vacina B19 é uma amostra atenuada,</p><p>indutora de anticorpos que podem interferir</p><p>no diagnóstico sorológico da brucelose, seu</p><p>principal inconveniente; enquanto a</p><p>vacina RB51 induz proteção semelhante, sem</p><p>induzir a formação de anticorpos que</p><p>interfiram no diagnóstico sorológico da</p><p>doença.</p><p>• É proibida a utilização da vacina em</p><p>bovinos machos de qualquer idade.</p><p>• A vacinação é obrigatória e deve ser</p><p>comprovada por meio de atestado</p><p>expedido por médico veterinário.</p><p>• Exame de todo o rebanho, pelo menos</p><p>uma vez ao ano.</p><p>• Repetição do exame dos bovinos suspeitos</p><p>três meses após o primeiro exame.</p><p>• Eliminação dos bovinos doentes, para o</p><p>abate.</p><p>• Isolamento das vacas que abortarem.</p><p>• Recondução ao rebanho somente das</p><p>vacas com exame negativo para brucelose.</p><p>• Consulta ao técnico, para providenciar ou</p><p>orientar no envio de materiais específicos</p><p>para exames laboratoriais.</p><p>• Enterro do material resultante do</p><p>abortamento, que não foi enviado para o</p><p>laboratório.</p><p>• Desinfecção com cal ou creolina de todo o</p><p>material que teve contato com o feto,</p><p>membranas fetais e líquidos fetais.</p><p>• Aquisição de animais somente em</p><p>rebanhos (plantéis) livres da doença. Isso</p><p>porque animais com exames de sangue</p><p>(sorologia) negativos, oriundos de rebanhos</p><p>que têm animais comprovadamente</p><p>infectados, têm grande chance de também</p><p>estarem doentes.</p><p>× Artigos</p><p>http://conhecer.org.br/enciclop/2014a/AGR</p><p>ARIAS/Brucelose.pdf</p><p>https://brt.ifsp.edu.br/phocadownload/useru</p><p>pload/213354/IFMAP160006%20BRUCELOSE%2</p><p>0BOVINA.pdf</p><p>http://faef.revista.inf.br/imagens_arquivos/ar</p><p>quivos_destaque/VYCMGJ4XfZ846Wr_2013-6-</p><p>19-11-33-43.pdf</p><p>https://www.spmi.pt/revista/vol10/vol10-n2-</p><p>brucelose.pdf</p><p>http://conhecer.org.br/enciclop/2014a/AGRARIAS/Brucelose.pdf</p><p>http://conhecer.org.br/enciclop/2014a/AGRARIAS/Brucelose.pdf</p><p>https://brt.ifsp.edu.br/phocadownload/userupload/213354/IFMAP160006%20BRUCELOSE%20BOVINA.pdf</p><p>https://brt.ifsp.edu.br/phocadownload/userupload/213354/IFMAP160006%20BRUCELOSE%20BOVINA.pdf</p><p>https://brt.ifsp.edu.br/phocadownload/userupload/213354/IFMAP160006%20BRUCELOSE%20BOVINA.pdf</p><p>http://faef.revista.inf.br/imagens_arquivos/arquivos_destaque/VYCMGJ4XfZ846Wr_2013-6-19-11-33-43.pdf</p><p>http://faef.revista.inf.br/imagens_arquivos/arquivos_destaque/VYCMGJ4XfZ846Wr_2013-6-19-11-33-43.pdf</p><p>http://faef.revista.inf.br/imagens_arquivos/arquivos_destaque/VYCMGJ4XfZ846Wr_2013-6-19-11-33-43.pdf</p><p>https://www.spmi.pt/revista/vol10/vol10-n2-brucelose.pdf</p><p>https://www.spmi.pt/revista/vol10/vol10-n2-brucelose.pdf</p>

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