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<p>UNIDADE 1</p><p>ARTE BRASILEIRA</p><p>DOCENTE: CRISTIANE KREISCH DE ANDRADE</p><p>TUTORA: TATIANE ALVES LUCCHETI</p><p>FONTE: COSTA, DENISE; FRANCEZ, LETÍCIA. ARTE BRASILEIRA. INDAIAL: UNIASSELVI, 2021.</p><p>https://static.mundoeducacao.uol.com.br/mundoeducacao/2021/01/caverna-de-lascaux.jpg</p><p>SUMÁRIO UNIDADE 1: Origens da Arte Brasileira</p><p>TÓPICO 1 – ARTE PRÉ-HISTÓRICA NO BRASIL</p><p>TÓPICO 2 – VESTÍGIOS ARTÍSTICOS PRÉ-DESCOBRIMENTO</p><p>TÓPICO 3 –MANIFESTAÇÕES ARTÍSTICAS DOS POVOS PRIMITIVOS</p><p>Fonte: https://i.ytimg.com/vi/MeXgMfAOkPY/maxresdefault.jpg</p><p>Fonte:</p><p>VESTÍGIOS DA ARTE PRÉ-HISTÓRICA</p><p>A arte vem sendo produzida pelo ser humano desde os tempos mais distantes, quando ainda não havia instrumentos e ferramentas próprias para sua execução. Vestígios milenares de grafismos, pinturas, esculturas, desenhos, gravuras, podem ser observados nas mais diversas regiões do Brasil, mas é importante relembrar alguns conceitos para localizar-nos no tempo histórico.</p><p>Uma das características que envolvem o significado de Pré-História é a ausência de registros expressos por meio da escrita formal, considerando que “no continente americano adotou-se o termo Pré-História para se referir ao período anterior à chegada de Colombo”, como apontam Funari e Noelli (2020, p. 14). Mesmo que em outros continentes a escrita já existisse na época das grandes navegações, no território da América do Sul onde é hoje o Brasil, a escrita não foi detectada, sendo introduzida após a chegada dos Europeus.</p><p>DOCENTE: CRISTIANE KREISCH DE ANDRADE</p><p>REGISTROS MILENARES DA ARTE RUPESTRE NO BRASIL</p><p>O que entendemos hoje como arte, ou seja, as manifestações estéticas registradas durante milênios, em rochas ou em outras produções utilitárias e cerimoniais, acompanham o ser humano, desde tempos remotos, quando já se sentia a necessidade de se comunicar. Já o período pré-histórico, sem conhecer a forma escrita, registrou acontecimentos por meio de inscrições em rochas. As artes gravadas, desenhadas ou pintadas em paredes de rochas, são denominadas rupestres “do latim rupes, rupis, que significa rochedo”</p><p>DOCENTE: CRISTIANE KREISCH DE ANDRADE</p><p>MATERIAIS</p><p>Os desenhos, formas delineadas nas rochas, muitas vezes recebiam pinturas com tintas preparadas com pigmentos obtidos a partir de elementos naturais (PROUS, 2011).</p><p>As cores eram aplicadas na rocha friccionando uma espécie de massa de pigmento seco e duro. Algumas pinturas eram elaboradas com as mãos, por meio de sopro, ou também com pincéis confeccionados com galhos de árvores. As tintas eram produzidas com um aglutinante, possivelmente extraído de gordura animal, para dar liga ao pigmento, facilitando a pintura.</p><p>Fonte: http://portal.iphan.gov.br/galeria/detalhes/396?eFototeca=1</p><p>TRADIÇÕES DA ARTE RUPESTRE</p><p>Tradição é um termo utilizado na arqueologia para fazer referência ao conjunto de traços culturais que possibilita a identificação das sociedades, nos diversos lugares e tempos. Gaspar (2003) faz alusão às denominações estabelecidas pelo arqueólogo André Prous às oito tradições distribuídas no território brasileiro: Meridional, Litorânea, Geométrica, Planalto, Nordeste, Agreste, São Francisco e Amazônica.</p><p>DOCENTE: CRISTIANE KREISCH DE ANDRADE</p><p>TRADIÇÕES DA ARTE RUPESTRE</p><p>A seguir pode-se observar as oito tradições da arte rupestre, que estão distribuídas em todas as regiões do Brasil.</p><p>FONTE: Gaspar (2003, p. 44)</p><p>TRADIÇÕES DA ARTE RUPESTRE</p><p>TRADIÇÃO MERIDIONAL: São encontradas gravuras com sulcos de aproximadamente um centímetro, onde há vestígios de pigmentos em preto, branco, marrom ou roxo. Alguns registros possuem conjuntos de círculos que fazem referência à forma de pegadas de animais, possivelmente felídeos. Há também gravuras picoteadas com algumas incisões circulares e representações biomorfas, que possuem semelhanças com organismos vivos.</p><p>TRADIÇÕES DA ARTE RUPESTRE</p><p>TRADIÇÃO LITORÂNEA: No município de Laguna, caracteriza-se por gravações com sulcos de até quatro centímetros de largura, feitas no granito. Segundo Prous (2011, p. 25), os desenhos mais comuns encontrados na Ilha do Arvoredo são círculos ou elipses, enquanto na Ilha das Aranhas e Praia do Santinho aparecem losangos e figuras em formato de ampulheta. Desenhos com linhas entrecortadas são encontrados na Barra da Lagoa e na Guarda do Embaú.</p><p>TRADIÇÕES DA ARTE RUPESTRE</p><p>TRADIÇÃO GEOMÉTRICA: como nomeada, possui quase somente gravuras geométricas. Gaspar (2003, p. 28) indica que “atravessando o planalto de Sul até o Nordeste, cortando os estados de Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Goiás e Mato Grosso” estão localizadas essas inscrições. Prous classifica a Tradição Geométrica em setentrional, locais próximos a rios, e meridionais, como aponta Gaspar (2003), aquelas que possuem gravações, por vezes, retocadas com pigmentos, em locais que não são banhados por águas.</p><p>TRADIÇÕES DA ARTE RUPESTRE</p><p>TRADIÇÃO PLANALTO: encontrada do Paraná ao estado do Tocantins, apresenta grafismos representando predominantemente figuras de cervídeos. Segundo Gaspar (2003, p. 37) “a maioria dos sítios apresenta grafismos pintados em vermelho, embora ocorra também alguns nas cores preta, amarela e mais raramente branca”. Há também representação de peixes, como demonstrado na figura que segue, entre outros animais.</p><p>TRADIÇÕES DA ARTE RUPESTRE</p><p>TRADIÇÃO NORDESTE: As pinturas são monocromáticas, ou seja, possuem uma única cor. Segundo Prous (2011, p. 33), “as representações zoomorfas, ou seja, que possuem formas de animais, incluem um grande número de emas e cervídeos, isolados ou correndo em bando”. O autor ainda descreve a ocorrência de cenas de combate e representações de aldeias.</p><p>TRADIÇÕES DA ARTE RUPESTRE</p><p>TRADIÇÃO AGRESTE: ocorre no Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco e Piauí, caracterizando-se pela presença de grandes figuras geométricas ou biomorfas, figuras humanas caçando ou pescando, que remetem a espantalhos. Aparecem também alguns animais representados de forma estática. Prous considera que pode haver locais com imagens das Tradições Nordeste e São Francisco, possivelmente produzidos em épocas diferentes (GASPAR, 2003, p. 39).</p><p>TRADIÇÕES DA ARTE RUPESTRE</p><p>TRADIÇÃO SÃO FRANCISCO: encontrada no vale do rio São Francisco, em Minas Gerais, Bahia e Sergipe e nos estados de Goiás e Mato Grosso, apresenta grafismos com motivos geométricos e desenhos com formas humanas ou animais. Gaspar (2003) reconhece que a combinação de cores vivas e a organização das figuras geométricas torna os painéis extraordinariamente espetaculares.</p><p>TRADIÇÕES DA ARTE RUPESTRE</p><p>TRADIÇÃO AMAZÔNICA: é caracterizada por antropomorfos simétricos e geometrizados. O tema principal são figuras humanas completas ou apenas a cabeça. Segundo Gaspar, as figuras completas “exibem os traços do rosto, inclusive boca com dentes” (GASPAR, 2003, p. 42). Algumas figuras indicam representação de gravidez.</p><p>SÍTIOS ARQUEOLÓGICOS E SAMBAQUIS</p><p>Sítios arqueológicos, conforme Tirapeli (2006, p. 13), são locais “onde há indicativos da presença de seres humanos há milhares de anos”. Em um país gigante como o Brasil, pesquisadores já encontraram uma infinidade de sítios arqueológicos, como indica a imagem das ocorrências georreferenciadas, ou seja, com informações sobre a forma, dimensão e localização exata, bem como suas coordenadas no globo terrestre. No mapa é possível verificar que há ocorrência em todas as regiões, conforme Cadastro Nacional de Sítios Arqueológicos (CNSA), do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).</p><p>Sambaqui, palavra de origem Tupi, significa amontoado ou depósito de conchas. Essas colinas, formadas na maior parte por restos de conchas, caracterizadas por serem elevações com formato arredondado que, “em algumas regiões do Brasil”, atingem “mais de 30m de altura” (GASPAR, 2004, p. 5). Esses montes são consequência do acúmulo de conchas, cascas de ostras e outros restos de alimentos de origem animal e outros vestígios de indivíduos que viveram no litoral do Brasil.</p><p>DOCENTE: CRISTIANE KREISCH DE ANDRADE</p><p>SÍTIOS ARQUEOLÓGICOS E SAMBAQUIS</p><p>No Brasil há milhares de sítios arqueológicos com importantes inscrições rupestres, como também um dos maiores sambaquis do mundo, localizado em Santa Catarina. Dentre eles, conforme o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), “o Brasil possui dezoito bens arqueológicos tombados em todo o território, sendo onze sítios, e seis coleções arqueológicas localizadas em museus” (IPHAN, 2021, s.p.). É a proteção não só do nosso patrimônio cultural, mas da história de nossas origens.</p><p>DOCENTE: CRISTIANE KREISCH DE ANDRADE</p><p>SÍTIOS ARQUEOLÓGICOS E SAMBAQUIS</p><p>A Ilha do Campeche, localizada no município de Florianópolis, no estado de Santa Catarina, possui diversas oficinas líticas e gravuras rupestres com representações geométricas.</p><p>O sítio arqueológico Pedra do Ingá, localizado na cidade de Ingá, região agreste da Paraíba, destaca-se pelas representações abstratas, elaboradas com extrema qualidade técnica. As gravuras estão registradas em grandes painéis de rochas, localizadas em planície de inundação do leito dos rios.</p><p>SÍTIOS ARQUEOLÓGICOS E SAMBAQUIS</p><p>O Parque Nacional da Serra da Capivara, em São Raimundo Nonato, Piauí, é um dos mais importantes sítios arqueológicos do mundo, com milhares de inscrições rupestres e outros vestígios pré-históricos que retratam o cotidiano dos indivíduos. São cenas de caça, animais, guerras, entre outros registros.</p><p>No ano de 1991 o Parque Nacional Serra da Capivara foi incluído na lista do Patrimônio Cultural Mundial da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO). Muitos dos diversos abrigos rochosos que estão nesse parque são decorados com pinturas rupestres, sendo que algumas delas possuem mais de 25 mil anos. Esse conjunto é um expressivo testemunho de uma das ocupações humanas mais antigas da América Latina.</p><p>SÍTIOS ARQUEOLÓGICOS E SAMBAQUIS</p><p>Na região norte do Brasil, o Sítio Arqueológico Mirante, localizado no município de Presidente Médici, no estado da Rondônia, possui sítios lito-cerâmicos e de gravuras rupestres que indicam o uso de instrumentos.</p><p>Tópico 2</p><p>ARTE MARAJOARA</p><p>Na Ilha de Marajó, no estado do Pará, antes da chegada dos europeus, os marajoaras, ainda não dominavam a escrita, mas possuíam uma habilidade incontestável na modelagem da argila. Com alto grau de complexidade, combinando modelagem e textura, a cerâmica Marajoara apresenta grafismos geométricos naturalistas, ou seja, composições com plantas, formas humanas ou de animais diversos. Além disso, agregam elementos estéticos dos padrões naturalmente estampados em peles e cascos de animais. Esses desenhos estariam relacionados possivelmente às crenças dessas populações. A cerâmica marajoara apresenta como característica particular a combinação da modelagem à pintura, à incisão e à excisão, com representações de figuras antropomorfas e zoomorfas. Urnas funerárias chegam a medir noventa centímetros de diâmetro.</p><p>DOCENTE: CRISTIANE KREISCH DE ANDRADE</p><p>ARTE MARAJOARA</p><p>Esses objetos, modelados com estilo particular, representam por meio da linguagem visual e seus símbolos referências consideradas textos sem grafias, mas com riqueza de simbologias capazes de expressar mensagens (AMORIM, 2010). A função desses artefatos de cerâmica, portanto, além de cerimonial e utilitária, é também de comunicação social.</p><p>DOCENTE: CRISTIANE KREISCH DE ANDRADE</p><p>ARTE MARAJOARA</p><p>As tangas cerimoniais possuem desenhos lineares, pintados em vermelho e preto sobre fundo branco, muitas vezes fazendo alusão a sapos ou cobras. Outras vezes, decorações complexas remetem a animais ou ao rosto humano (PROUS, 2011).</p><p>DOCENTE: CRISTIANE KREISCH DE ANDRADE</p><p>ARTE MARAJOARA</p><p>Motivos geométricos, como os do vaso globular marajoara representado na figura a seguir, fazem referência ao movimento da água. As cores das pinturas podem variar e, muitas vezes, a policromia se faz presente nas peças.</p><p>DOCENTE: CRISTIANE KREISCH DE ANDRADE</p><p>ARTE MARAJOARA</p><p>A cidade de Santarém, localizada no estado do Pará, no norte do Brasil, diante do Rio Amazonas, observa o espetáculo do encontro de suas águas com o Rio Tapajós, cada um com sua cor, sua beleza e seus mistérios. Foi nesse lugar, antes da chegada dos europeus, que uma comunidade desenvolveu uma cultura que realizou o que Prous (2011) denomina cerâmica cerimonial de destaque no que se refere à criação com argila: a cerâmica Santarém, também conhecida por Tapajônica.</p><p>Os artistas das margens do Tapajós conceberam, ainda, criações antropomorfas em vasos cerimoniais decorados com três tipos de formas.</p><p>DOCENTE: CRISTIANE KREISCH DE ANDRADE</p><p>ARTE MARAJOARA</p><p>A primeira delas seria os vasos de gargalo, os quais possuem representações de corpos de jacarés ou felinos, com duas cabeças. Possuem também figuras de sapos ou macacos e, algumas vezes, figuras humanas. Prous (2011) relaciona essas peças com cerâmicas produzidas por populações litorâneas do Equador.</p><p>DOCENTE: CRISTIANE KREISCH DE ANDRADE</p><p>CERÂMICA</p><p>Em segundo, encontramos os vasos de cariátides. Esses são pequenos recipientes com figuras de urubu-rei, em diversas direções, rodeados por figuras humanas femininas.</p><p>E, como terceira forma, encontram-se os grandes cálices com pedestal, os quais são decorados com figuras de serpentes.</p><p>DOCENTE: CRISTIANE KREISCH DE ANDRADE</p><p>Tópico 3 Arte Indígena</p><p>CERÂMICA</p><p>A arte indígena permanece viva nas comunidades que superaram adversidades e ainda conservam as tradições de seu povo.</p><p>A arte indígena possui elementos estéticos próprios de cada cultura. Como reforça Vidal (2000, p. 13) precisamos “usufruir e incluir no contexto das artes contemporâneas, em pé de igualdade, manifestações estéticas de grande beleza e profundo significado humano”, como muitos dos objetos da arte indígena em que é possível perceber a habilidade técnica e artística, tanto no uso de materiais como na composição de traços e cores. Esses detalhes podem ser apreciados nas cerâmicas, nas cestarias, na arte plumária, nas máscaras e nas pinturas corporais dos povos indígenas, que possuem riqueza de estilos.</p><p>DOCENTE: CRISTIANE KREISCH DE ANDRADE</p><p>CERÂMICA</p><p>As cerâmicas, produzidas nos diversos grupos indígenas existentes no Brasil, são utilizadas para atividades diárias como armazenamento e preparo de alimentos, transporte de água, entre outras funções da vida cotidiana.</p><p>A matéria prima da cerâmica é a argila, encontrada em diferentes cores, como branca, cinza, ocre, vermelha, marrom, e até esverdeada. Geralmente retirada de encostas de rios, por apresentar maior umidade, o que facilita o manuseio, esse material de tonalidades diversas pode ser encontrado nos diferentes tipos de solos brasileiros.</p><p>A argila pode ser facilmente modelada, o que possibilita a versatilidade na confecção de panelas, vasilhas, potes de formatos diversos.</p><p>As figuras a seguir demonstram alguns dos objetos de cerâmica produzidos em comunidades indígenas.</p><p>DOCENTE: CRISTIANE KREISCH DE ANDRADE</p><p>CERÂMICA</p><p>A peça seguinte é um vaso, conhecido como camuti, que necessita ser produzido com barro de boa qualidade para que o resultado seja uma peça perfeita. As cores das pinturas aplicadas modificam-se após o processo de queima e envernizamento, tornando-se mais escuras. Um pigmento amarelo torna-se mais laranja, por exemplo.</p><p>DOCENTE: CRISTIANE KREISCH DE ANDRADE</p><p>CERÂMICA</p><p>De formato irregular, a tigela zoomorfa apresentada na imagem a seguir possui figura de macaco, com cabeça, cauda e membros, possivelmente utilizados como apêndices para facilitar o manuseio.</p><p>DOCENTE: CRISTIANE KREISCH DE ANDRADE</p><p>CESTARIA</p><p>Como o nome indica, a cestaria indígena é um conjunto de objetos como cestos, peneiras e outros utensílios confeccionados com elementos vegetais de certa flexibilidade, para que trançados de extrema beleza e simbologia possam ser conduzidos pelas mãos indígenas. Esses utensílios são fabricados para transportar cargas, armazenar materiais e alimentos, peneirar produtos extraídos</p><p>da natureza empregados no preparo de alimentos ou ornamentos, coar ingredientes, entre outras funções. Possuem diferentes formatos, tamanhos, desenhos e cores, obedecendo os costumes das diferentes comunidades que utilizam esses recipientes. Os padrões decorativos dos trançados variam e estão ligados às culturas de cada povo indígena.</p><p>DOCENTE: CRISTIANE KREISCH DE ANDRADE</p><p>CESTARIA</p><p>Considerado o mais difícil dos trabalhos em cestaria, está o katari anon, ou cesto cargueiro pintado com padrões decorativos. Feito de arumã, “uma planta herbácea silvestre encontrada em terrenos úmidos da terra firme e que, ao ser colhida, volta a brotar, sendo, portanto, renovável” (VELTHEN; LINKE, 2014, p. 26), é também resistente e flexível, o que permite o traçado de motivos geométricos.</p><p>DOCENTE: CRISTIANE KREISCH DE ANDRADE</p><p>CESTARIA</p><p>A beleza dos grafismos produzidos nos trançados não possuem apenas a função de adorno. Os entrelaçamentos dos vegetais originam mais do que símbolos inspirados na natureza, são verdadeiras histórias construídas nos fios de palha, contadas pelos ancestrais a cada geração, fazendo viver a riqueza cultural dos povos indígenas.</p><p>DOCENTE: CRISTIANE KREISCH DE ANDRADE</p><p>ARTE PLUMÁRIA</p><p>De cores impressionantes e variadas, a arte plumária é utilizada pelos indígenas como adorno festivo ou cotidiano. Tirapeli (2006, p. 47) afirma que a arte plumária é mais do que adorno, “ela ganha caráter de uma linguagem codificada, não-verbal, que indica o sexo, a idade e a filiação de seus portadores”. Além da diversidade de cores, as composições dos adornos são caracterizadas pelo uso de plumas, penugens e penas de diversas texturas e tamanhos, que formam arranjos de surpreendente beleza em diademas, colares, pulseiras, brincos, cintos e outros enfeites.</p><p>A arte plumária não é mera combinação de elementos visuais, mas criações estéticas de espetacular delicadeza e força ao mesmo tempo. A partir do conhecimento das aves e da natureza, os povos indígenas desenvolvem criações emplumadas, muitas vezes fazendo referência ao aspecto desses animais em suas cores e formas.</p><p>DOCENTE: CRISTIANE KREISCH DE ANDRADE</p><p>ARTE PLUMÁRIA</p><p>Inspirados nas características da fauna ornitológica local, os objetos e adornos confeccionados são muitas vezes usados em ocasiões ritualísticas, como o manto tupinambá, confeccionado com penas de guará, que ganhava destaque nos rituais de canibalismo. Atualmente, segundo Tirapeli (2006), existem apenas seis exemplares desses mantos, todos em museus da Europa.</p><p>DOCENTE: CRISTIANE KREISCH DE ANDRADE</p><p>ARTE PLUMÁRIA</p><p>Os coloridos adornos de plumas possuem exuberante beleza e, mais do que isso, são elementos muitas vezes destinados a representar a posição do indivíduo em seu grupo. Para as culturas indígenas, adornos não são fantasias, mas objetos sagrados no vasto universo de símbolos e crenças.</p><p>DOCENTE: CRISTIANE KREISCH DE ANDRADE</p><p>MÁSCARAS</p><p>Na cultura indígena as máscaras possuem o papel de carregar em si simbologias e importantes elementos estéticos. Utilizadas em diversos rituais, auxiliam nas representações dos antepassados, criando ligação com os espíritos.</p><p>As máscaras não são apenas uma fantasia ou um objeto ritualístico, mas um dispositivo capaz de potencializar a corporificação das entidades sobrenaturais, aproximar referências espirituais e valores sagrados que orientam as sociedades indígenas em todos os tempos.</p><p>As sociedades indígenas confeccionam suas máscaras a partir de materiais extraídos da natureza, como palha, cascas, entre outros materiais. Vale lembrar que os materiais naturais são sempre encontrados no entorno de onde vivem.</p><p>DOCENTE: CRISTIANE KREISCH DE ANDRADE</p><p>PINTURA CORPORAL</p><p>A pintura corporal é uma das marcas da expressão estética dos indígenas brasileiros. A pintura corporal é utilizada também para especificar a hierarquia tribal, com padrões que estabelecem a marca de cada indivíduo dentro das sociedades, demonstrando o papel de cada um na estrutura social do grupo. A utilização do corpo como suporte da pintura pelos povos indígenas possui diversas funções: de ritualísticas à proteção ao sol, insetos e maus espíritos. Prous (2011) expõe que as pinturas configuram as características de cada integrante ou não da comunidade, pois variam de acordo com a situação da pessoa, como ser casada, ter filhos etc. Outra característica é a imperfeição das pinturas em momentos mais difíceis, como o luto.</p><p>DOCENTE: CRISTIANE KREISCH DE ANDRADE</p><p>PINTURA CORPORAL</p><p>A pintura corporal é uma das marcas da expressão estética dos indígenas brasileiros. A pintura corporal é utilizada também para especificar a hierarquia tribal, com padrões que estabelecem a marca de cada indivíduo dentro das sociedades, demonstrando o papel de cada um na estrutura social do grupo. A utilização do corpo como suporte da pintura pelos povos indígenas possui diversas funções: de ritualísticas à proteção ao sol, insetos e maus espíritos. Prous (2011) expõe que as pinturas configuram as características de cada integrante ou não da comunidade, pois variam de acordo com a situação da pessoa, como ser casada, ter filhos etc. Outra característica é a imperfeição das pinturas em momentos mais difíceis, como o luto.</p><p>DOCENTE: CRISTIANE KREISCH DE ANDRADE</p><p>PINTURA CORPORAL</p><p>A pele do corpo é suporte para pinturas, escarificações ou outros elementos que cada cultura indígena traz. Conservar o que aprenderam com seus ancestrais é também manter viva a história de seu povo.</p><p>DOCENTE: CRISTIANE KREISCH DE ANDRADE</p><p>FONTE: COSTA, DENISE; FRANCEZ, LETÍCIA. ARTE BRASILEIRA. INDAIAL: UNIASSELVI, 2021.</p><p>Até a próxima unidade,</p><p>bons estudos!</p><p>Fonte:</p><p>image1.png</p><p>image5.png</p><p>image6.jpeg</p><p>image2.png</p><p>image7.jpeg</p><p>image3.png</p><p>image8.JPG</p><p>image9.JPG</p><p>image10.JPG</p><p>image11.JPG</p><p>image12.JPG</p><p>image13.JPG</p><p>image14.JPG</p><p>image15.JPG</p><p>image16.JPG</p><p>image17.JPG</p><p>image18.JPG</p><p>image19.JPG</p><p>image20.JPG</p><p>image21.JPG</p><p>image22.JPG</p><p>image23.JPG</p><p>image24.JPG</p><p>image25.JPG</p><p>image26.JPG</p><p>image27.JPG</p><p>image28.JPG</p><p>image29.JPG</p><p>image30.JPG</p><p>image31.JPG</p><p>image32.JPG</p><p>image33.JPG</p><p>image34.JPG</p><p>image35.JPG</p>

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