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<p>Lei nº 8.112</p><p>Não se aplica a todos os servidores da administração indireta federal, sendo que nas empresas públicas e soc. de economia mista são empregados públicos regidos pela CLT. Portanto, aplica somente as pessoas ligadas à Adm. Federal por um vínculo estatutário.</p><p>AGENTES PÚBLICOS</p><p>Cargo Público: conjunto de atribuições, responsabilidades, direitos e obrigações que são atribuídas aos servidores públicos para o desempenho das suas atividades funcionais.</p><p>Art.3º</p><p>Parágrafo único. Os cargos públicos, acessíveis a todos os brasileiros, são criados por lei, com denominação própria e vencimento pago pelos cofres públicos, para provimento em caráter efetivo ou em comissão.</p><p>Criados por lei de iniciativa do chefe do respectivo poder. Classe A – Padrão 1,2,3,4.</p><p>Classe B – Padrão 1,2,3,4.</p><p>Classe C – Padrão 1,2,3,4.</p><p>Processo de mudança de padrão é chamado de progressão. Já a mudança de classe</p><p>denomina-se promoção.</p><p>Cargos em comissão: são aqueles considerados de livre nomeação e exoneração, destinados às seguintes funções:</p><p>· Direção;</p><p>· Chefia;</p><p>· Assessoramento.</p><p>Art. 9º A nomeação far-se-á:</p><p>Parágrafo único. O servidor ocupante de cargo em comissão ou de natureza especial poderá ser nomeado para ter exercício, interinamente, em outro cargo de confiança, sem prejuízo das atribuições do que atualmente ocupa, hipótese em que deverá optar pela remuneração de um deles durante o período da interinidade.</p><p>Podem ser ocupados por servidores efetivos ou por terceiros.</p><p>O art. 37, inciso V da CF de 1988</p><p>Dispõe que: "as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento".</p><p>Em outras palavras nota-se que a distinção entre as funções de confiança e os cargos em comissão, está no lugar ocupado no quadro funcional da Administração:</p><p>· Cargo em comissão ocupa um espaço na sua estrutura, uma vez que se nomeia qualquer pessoa para exercê-lo (nomeação baseada na confiança da autoridade nomeante para com o nomeado) reservado o limite mínimo exigido por lei, atribuindo-lhe um conjunto de responsabilidades.</p><p>· Cargos em comissão não devem ser criados pra desempenho de atividades (TÉCNICAS OPERACIONAIS e BUROCRATICAS).</p><p>· Função de confiança é atribuída a um servidor efetivo, que já pertence aos quadros da Administração, não modificando, então, a estrutura organizacional da Administração Pública.</p><p>· Ambas, destinam-se exclusivamente às atribuições de direção, chefia e assessoramento.</p><p>Súmula Vinculante 13 → A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da</p><p>autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de cargo em comissão ou de confiança ou, ainda, de função gratificada na administração pública direta e indireta em qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, compreendido o ajuste mediante designações recíprocas, viola a Constituição Federal.</p><p>O plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que a proibição ao nepotismo para servidores públicos, prevista na Constituição Estadual, alcança somente os cargos comissionados e funções gratificadas.</p><p>Info 914 STF - A nomeação da esposa do prefeito como Secretária Municipal não configura, por si só, nepotismo e ato de improbidade administrativa.</p><p>Info 815 STF - Não haverá nepotismo se a pessoa nomeada possui um parente no órgão, mas sem influência hierárquica sobre a nomeação.</p><p>Info 952 STF - O STF tem afastado a aplicação da SV 13 a cargos públicos de natureza política, como são os cargos de Secretário Estadual e Municipal.</p><p>Info 786 STF - Norma que impede nepotismo no serviço público não alcança servidores de provimento efetivo.</p><p>Podem ser nomeados</p><p>✔ Primo</p><p>✔ Sobrinho-neto</p><p>✔ Concunhado.</p><p>Proibida a prestação de serviços gratuitos, salvo, exceções previstas em lei.</p><p>Requisitos para investidura no cargo, observe que os requisitos deverão ser cumpridos no ato da investidura (na posse) e não da inscrição no concurso (rol exemplificativo).</p><p>I - a nacionalidade brasileira;</p><p>II - o gozo dos direitos políticos;</p><p>III - a quitação com as obrigações militares e eleitorais</p><p>IV - o nível de escolaridade exigido para o exercício do cargo;</p><p>V - a idade mínima de dezoito anos</p><p>VI - aptidão física e mental.</p><p>Mnemônico: nasci com nível e aptidão aos 18 anos gozei e quitei.</p><p>Obs.→ A emenda constitucional nº 19/98, possibilitou que os estrangeiros também passem a ocupar cargos públicos nas hipóteses previstas em lei.</p><p>EXAME EM CONCURSO PÚBLICO</p><p>I- Psicotécnico: é legal, mas demanda previsão na lei + no edital.</p><p>STF Súmula 44: Só por lei se pode sujeitar a exame psicotécnico a habilitação de candidato a cargo público.</p><p>II - Exames físicos: legítimos, desde que exista previsão legal + guarde relação de pertinência com as atividades que serão desenvolvidas.</p><p>Direito a segunda chamada ? A regra é não.</p><p>-STF Info 706 - 2013: Os candidatos em concurso público não têm direito à prova de segunda chamada nos testes de aptidão física em razão de circunstâncias pessoais, ainda que de caráter fisiológico ou de força maior, salvo se houver previsão no edital permitindo essa possibilidade.</p><p>Exceção:</p><p>-STF, RE 1058333/PR - 2018: É constitucional a remarcação do teste de aptidão física de candidata que esteja grávida à época de sua realização, independentemente da previsão expressa em edital do concurso público.</p><p>DA NOMEAÇÃO E DA POSSE</p><p>São permitidas durante o estágio probatório a concessão de licença para:</p><p>· Motivo de doenção em pessoa da família;</p><p>· Afastamento do cônjuge ou companheiro;</p><p>· Licença para o serviço militar;</p><p>· Licença para atividade política;</p><p>· Afastamento para exercício de mandato eletivo;</p><p>· Afastamento para estudo ou missão no exterior;</p><p>· Afastamento para servir em organismo internacional que o Brasil seja parte ou coopere.</p><p>São proibidas as licenças para:</p><p>✗ Mandato classista;</p><p>✗ Tratamento de interesse particular;</p><p>✗ Capacitação.</p><p>Conforme dispõe a Constituição, no caso de reintegração (demissão invalidada) há 3 opções para os servidores ESTÁVEIS (+3 anos) que estão ocupando o cargo:</p><p>1) podem ser reconduzidos ao cargo de origem;</p><p>2) podem ser aproveitados em outro cargo ou</p><p>3) podem ser postos em disponibilidade com remuneração proporcional ao tempo de serviço.</p><p>art. 41, § 2º da CF, "Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável, será ele reintegrado, e o eventual ocupante da vaga, se estável, reconduzido ao cargo de origem, sem direito a indenização, aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade com remuneração proporcional ao tempo de serviço."</p><p>Se ocupante estiver em estágio probatório, não for estável será exonerado.</p><p>Remoção → ocorre dentro do mesmo órgão, é o deslocamento do servidor a pedido ou de ofício.</p><p>Redistribuição → distribuído para outro órgão.</p><p>VENCIMENTO E REMUNERAÇÃO</p><p>Vencimento: é a retribuição por exercício de cargo público, fixado em lei.</p><p>Não há confundir isonomia e paridade com equiparação ou vinculação para efeitos de vencimentos.</p><p>Isonomia→ remuneração equivalente para cargos de atribuições equivalentes no âmbito do MESMO poder ou de poderes DIFERENTES.</p><p>Paridade→ Igual à isonomia, porém restrito a poderes DIFERENTES (é espécie do gênero isonomia).</p><p>Vinculação→ idêntico percentual de aumento salarial para cargos de atribuições diferentes.</p><p>Equiparação→ remuneração equivalente para cargos de atribuições</p><p>equivalentes no âmbito do MESMO poder ou de poderes DIFERENTES.</p><p>A isonomia, em qualquer de suas formas, incluída nela a paridade, é uma garantia constitucional e um direito do funcionário, ao passo que a vinculação e a equiparação de cargos, empregos ou funções, para efeito de vencimentos, são vedadas pelo art. 37, XIII".</p><p>Remuneração: é o vencimento do cargo efetivo, acrescido das vantagens pecuniárias permanentes. Este é</p><p>irredutível.</p><p>*As modificações do regime jurídico alteram a remuneração do servidor público, mas o valor recebido deve ser mantido, em razão do princípio da irredutibilidade da remuneração.</p><p>§4º É assegurada a isonomia de vencimentos para cargos de atribuições iguais ou assemelhadas do mesmo Poder, ou entre servidores dos três Poderes, ressalvadas as vantagens de caráter individual e as relativas à natureza ou ao local de trabalho.</p><p>· Gratificações: incorporam o vencimento (conta aposentadoria).</p><p>Art. 41 - §3º O vencimento do cargo efetivo, acrescido das vantagens de</p><p>caráter permanente, é irredutível.</p><p>Art. 39, § 9º, CF/88 (incluído pela EC nº 103/2019): “é vedada a incorporação de vantagens de caráter temporário ou vinculadas ao exercício de função de confiança ou de cargo em comissão à remuneração do cargo efetivo.”.</p><p>· Adicionais: incorporam o vencimento (conta aposentadoria).</p><p>· Indenizações: ressarcir um gasto, não incorporam o vencimento.</p><p>-Diária,</p><p>-Ajuda de Custo</p><p>-Transporte</p><p>-Auxílio-moradia</p><p>Art.61. Além do vencimento e das vantagens previstas nesta Lei, serão deferidos aos servidores as seguintes retribuições, gratificações e adicionais:</p><p>I- retribuição pelo exercício de função de direção, chefia e assessoramento;</p><p>II - gratificação natalina (13º);</p><p>III - adicional por tempo de serviço;</p><p>IV - adicional pelo exercício de atividades insalubres, perigosas ou penosas;</p><p>V - adicional pela prestação de serviço extraordinário;</p><p>VI - adicional noturno;</p><p>VII - adicional de férias;</p><p>VIII - outros, relativos ao local ou à natureza do trabalho.</p><p>IX - gratificação por encargo de curso ou concurso.</p><p>SUBSÍDIOS</p><p>Embora seja pago em parcela única é cabível o 13º salário.</p><p>Prefeito Municipal é remunerado por meio de subsídio, que constituído por parcela única, que exclui a possibilidade de percepção de vantagens pecuniárias variáveis.</p><p>Art. 39.</p><p>§ 4º O membro de Poder, o detentor de mandato eletivo, os Ministros de Estado e os Secretários Estaduais e Municipais serão remunerados exclusivamente por subsídio fixado em parcela única, vedado o acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de representação ou outra espécie remuneratória, obedecido, em qualquer caso, o disposto no art. 37, X e XI.</p><p>STF - O regime de subsídio é incompatível com outras parcelas remuneratórias de natureza mensal, o que não é o caso do décimo terceiro salário e do terço constitucional de férias, pagos a todos os trabalhadores e servidores com periodicidade anual. (RE 650898).</p><p>CUMULAÇÃO DE CARGO PÚBLICOS</p><p>· Cargos acumuláveis, de acordo com a CF/88:</p><p>· Prof + Prof;</p><p>· Prof + Técnico/científico;</p><p>· Saúde + Saúde.</p><p>Obs.:Desde que haja compatibilidade de horários.</p><p>Cargo Técnico ou Cientifico: aquele que requer conhecimento técnico específico na área de atuação do profissional, com habilitação legal específica, de grau universitário ou profissionalizante de segundo grau. Nível superior ou técnico, emfermeiro. Ex. Contador, Bacharel em Direito.</p><p>*Técnico administrativo, não é considerado um cargo técnico. Informativo 937/2019 - STF</p><p>A acumulação de cargos públicos de profissionais da área de saúde, prevista no art. 37, XVI, da CF/88, não se sujeita ao limite de 60 horas semanais previsto em norma infraconstitucional, pois inexiste tal requisito na Constituição</p><p>Federal.O único requisito estabelecido para a acumulação é a compatibilidade de horários no exercício das funções, cujo cumprimento deverá ser aferido pela administração pública.STF. 1ª Turma. RE 1176440/DF, Rel. Min. Alexandre de Moraes, julgado em 9/4/2019 (Info 937).STF. 2ª Turma. RMS 34257 AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgado em 29/06/2018.STJ. 1ª Seção. REsp 1767955/RJ, Rel. Min. Og Fernandes, julgado em 27/03/2019.</p><p>Nos demais casos é vedada a acumulação de cargos públicos.</p><p>XVII - a proibição de acumular estende-se a empregos e funções e abrange autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias, e sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo poder público;</p><p>TJDFT Acumulação ilícita de cargos públicos – inocorrência de convalidação do ato administrativo pelo decurso do tempo “7. A Constituição Federal veda a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto quando houver compatibilidade de horários e nas hipóteses expressamente previstas também no próprio texto constitucional (Art. 37, inciso XVI, CF). 8. O Colendo Superior Tribunal de Justiça possui entendimento consolidado no sentido de que a acumulação ilegal de cargos públicos é prática que se protrai no tempo e, por isso, pode ser investigada a qualquer tempo, sobretudo porque os atos inconstitucionais não se convalidam pelo mero decurso do tempo, razão pela qual não haveria que se falar, na realidade, em decadência, da Administração.” Acórdão 1317799, 07113323320198070018, Relatora: GISLENE PINHEIRO, Sétima Turma Cível, data de julgamento: 10/2/2021, publicado no DJE: 25/2/2021.</p><p>Servidor nomeado para outro cargo.</p><p>Embora não seja possível a cumulação de cargos, é possível a contagem do tempo de contribuição.</p><p>Art. 40.</p><p>§ 9º O tempo de contribuição federal, estadual, distrital ou municipal será contado para fins de aposentadoria, observado o disposto nos §§ 9º e 9º-A do art. 201, e o tempo de serviço correspondente será contado para fins de disponibilidade. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019).</p><p>PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR</p><p>É o instrumento pelo qual a administração apura e penaliza o servidor que prática infração no exercício de suas atribuições ou em situação relacionada ao cargo.</p><p>Art. 148. O processo disciplinar é o instrumento destinado a apurar responsabilidade de servidor por infração praticada no exercício de suas atribuições, ou que tenha relação com as atribuições do cargo em que se encontre investido.</p><p>Art. 143. A autoridade que tiver ciência de irregularidade no serviço público é obrigada a promover a sua apuração imediata, mediante sindicância ou processo administrativo disciplinar, assegurada ao acusado ampla defesa.</p><p>*A</p><p>pena de advertência será aplicada por escrito.</p><p>É possível a instauração de PAD, com base em denúncia anônima? SIM.</p><p>Art. 144. As denúncias sobre irregularidades serão objeto de apuração, desde que contenham a identificação e o endereço do denunciante e sejam formuladas por escrito, confirmada a autenticidade.</p><p>Parágrafo único. Quando o fato narrado não configurar evidente infração disciplinar ou ilícito penal, a denúncia será arquivada, por falta de objeto.</p><p>Súmula 611 - Desde que devidamente motivada e com amparo em investigação ou sindicância, é permitida a instauração de processo administrativo disciplinar com base em denúncia anônima, em face do poder-dever de autotutela imposto à Administração. (SÚMULA 611, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 09/05/2018, DJe 14/05/2018)(DIREITO ADMINISTRATIVO - PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR)</p><p>Atenção → Não há ilegalidade na imediata execução de penalidade administrativa imposta em PAD a servidor público, ainda que a decisão não tenha transitado em julgado administrativamente. Primeiro, porque os atos administrativos gozam de auto- executoriedade, possibilitando que a Administração Pública realize, através de meios próprios, a execução dos seus efeitos materiais, independentemente de autorização judicial ou do trânsito em julgado da decisão administrativa. Segundo, pois os efeitos materiais de penalidade imposta ao servidor público independem do julgamento de recurso interposto na esfera administrativa, que, em regra, não possui efeito suspensivo (art. 109 da Lei 8.112/1990). Precedentes citados: MS 14.450-DF, Terceira Seção, DJe 19/12/2014; MS 14.425-DF, Terceira Seção, DJe 1/10/2014; e MS 10.759-DF, Terceira Seção, DJ 22/5/2006. MS 19.488-DF, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, julgado em 25/3/2015, DJe 31/3/2015.</p><p>Servidor ocupante de cargo em comissão deverá ser aposentado compulsoriamente aos 75 anos, conforme previsão constitucional? NÃO.</p><p>Os servidores ocupantes de cargo exclusivamente em comissão não se submetem à regra da aposentadoria</p><p>compulsória prevista no art. 40, § 1º, II, da CF/88. Este dispositivo atinge apenas os ocupantes de cargo de provimento efetivo. Por conta disso, não existe qualquer idade limite para fins de nomeação a cargo em comissão. (STF. Plenário. RE 786540, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 15/12/2016 (repercussão geral) (Info 851).)</p><p>Ressalvados impedimentos de ordem infraconstitucional, não há óbice constitucional a que o servidor efetivo aposentado compulsoriamente permaneça no cargo comissionado que já desempenhava ou a que seja nomeado para cargo de livre nomeação e exoneração, uma vez que não se trata de continuidade ou criação de vínculo efetivo com a Administração. (STF. Plenário. RE 786540, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 15/12/2016 (repercussão geral) (Info 851).)</p><p>Obs → a aposentadoria compulsória só se aplica aos servidores efetivos.</p><p>É lícito o exercício do direito de greve por parte dos policiais? NÃO.</p><p>Ementa: CONSTITUCIONAL. GARANTIA DA SEGURANÇA INTERNA, ORDEM PÚBLICA E PAZ SOCIAL. INTERPRETAÇÃO TELEOLÓGICA DOS ART. 9º, § 1º, ART. 37, VII, E ART. 144, DA CF. VEDAÇÃO ABSOLUTA AO EXERCÍCIO DO DIREITO DE GREVE AOS SERVIDORES PÚBLICOS INTEGRANTES DAS</p><p>CARREIRAS DE SEGURANÇA PÚBLICA. 1.A atividade policial é carreira de Estado imprescindível a manutenção da normalidade democrática, sendo impossível sua complementação ou substituição pela atividade privada. A carreira policial é o braço armado do Estado, responsável pela garantia da segurança interna, ordem pública e paz social. E o Estado não faz greve. O Estado em greve é anárquico. A Constituição Federal não permite. 2.Aparente colisão de direitos. Prevalência do interesse público e social na manutenção da segurança interna, da ordem pública e da paz social sobre o interesse individual de determinada categoria de servidores públicos. Impossibilidade absoluta do exercício do direito de greve às carreiras policiais. Interpretação teleológica do texto constitucional, em especial dos artigos 9º, § 1º, 37, VII e 144. 3.Recurso provido, com afirmação de tese de repercussão geral: “1 – O exercício do direito de greve, sob qualquer forma ou modalidade, é vedado aos policiais civis e a todos os servidores públicos que atuem diretamente na área de segurança pública.” 2 – É obrigatória a participação do Poder Público em mediação instaurada pelos órgãos classistas das carreiras de segurança pública, nos termos do art. 165 do Código de Processo Civil, para vocalização dos interesses da categoria. (ARE 654432, Relator(a): Min. EDSON FACHIN, Relator(a) p/ Acórdão: Min. ALEXANDRE DE MORAES, Tribunal Pleno, julgado em 05/04/2017, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-114 DIVULG 08-06-2018 PUBLIC 11-06-2018)</p><p>É lícita a fixação de subsídio único tendo como base a remuneração dos desembargadores do Tribunal de Justiça? SIM.</p><p>Art. 37. (...) 12. Para os fins do disposto no inciso XI do caput deste artigo, fica facultado aos Estados e ao Distrito Federal fixar, em seu âmbito, mediante emenda às respectivas Constituições e Lei Orgânica, como limite único, o subsídio mensal dos Desembargadores do respectivo Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal dos</p><p>Ministros do Supremo Tribunal Federal (90.25%), não se aplicando o disposto neste parágrafo aos subsídios dos Deputados Estaduais e Distritais e dos Vereadores.</p><p>Servidor aprovado dentro dos limites das vagas, surgindo nova vagas, havendo preterição de candidatos de forma arbitrária e imotivada terá direito subjetivo a nomeação? SIM.</p><p>"AGRAVO INTERNO. RECURSO EXTRAORDINÁRIO. DIREITO ADMINISTRATIVO. CONCURSO PÚBLICO. CONSONÂNCIA DO ACÓRDÃO RECORRIDO COM ENTENDIMENTO FIXADO PELO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL NO JULGAMENTO DO RE 837.311-RG (TEMA 784). 1. O Plenário do</p><p>Supremo Tribunal Federal, ao resolver questão de ordem suscitada no RE 837.311-RG (TEMA 784), fixou a seguinte tese: O surgimento de novas vagas ou a abertura de novo concurso para o mesmo cargo, durante o prazo de validade do certame anterior, não gera automaticamente o direito à nomeação dos candidatos aprovados fora das vagas previstas no edital, ressalvadas as hipóteses de preterição arbitrária e imotivada por parte da administração, caracterizada por comportamento tácito ou expresso do Poder Público capaz de revelar a inequívoca necessidade de nomeação do aprovado durante o período de validade do certame, a ser demonstrada de forma cabal pelo candidato. Assim, o direito subjetivo à nomeação do candidato aprovado em concurso público exsurge nas seguintes hipóteses:</p><p>I- Quando a aprovação ocorrer dentro do número de vagas do edital;</p><p>II -Quando houver preterição na nomeação por não observância da ordem de classificação;</p><p>III- Quando surgirem novas vagas, ou for aberto novo concurso durante a validade do certame anterior, e ocorrer a preterição de candidatos de forma arbitrária e imotivada por parte da administração nos termos acima.</p><p>2. A ausência de nomeação do candidato nessas circunstâncias configura preterição arbitrária e imotivada por parte da Administração, conforme assentado no julgamento da questão de ordem do RE 837.311 (Tema 784). 3. Agravo Interno a que se nega provimento. Não se aplica o art. 85, § 11, do Código de Processo</p><p>Civil de 2015, tendo em vista que não houve fixação de honorários advocatícios nas instâncias de origem." (STF, RE 1072878 AgR, J. 20/02.2018)</p><p>Servidor que ingressar no serviço público, após decisão judicial terá direito à indenização e às promoções ? NÃO.</p><p>A nomeação tardia de candidatos aprovados em concurso público, por meio de ato judicial, à qual atribuída eficácia retroativa, não gera direito às promoções ou progressões funcionais que alcançariam se houvesse ocorrido, a tempo e modo, a nomeação. STF. Plenário. RE 629392 RG/MT, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 8/6/2017 (repercussão geral) (Info 868)</p><p>A nomeação tardia de candidatos aprovados em concurso público não gera direito à indenização, ainda que a demora tenha origem em erro reconhecido pela própria Administração Pública. (STF, Plenário, RE 629392 RG/MT, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 8/6/2017 (repercussão geral) (Info 868)</p><p>image3.png</p><p>image4.jpeg</p><p>image5.jpeg</p><p>image6.jpeg</p><p>image7.jpeg</p><p>image8.jpeg</p><p>image9.jpeg</p><p>image1.jpeg</p><p>image2.jpeg</p>