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<p>14/09/2023, 18:17 wlldd_231_u3_com_pro_agr</p><p>https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=julio-nc%40hotmail.com&usuarioNome=JÚLIO+CÉSAR+PAIXÃO+PEREIRA&disciplinaDescricao=&atividadeId=3658064&atividadeDescrica… 1/24</p><p>INTRODUÇÃO</p><p>A atividade rural tem uma especi�cidade quando comparada às demais atividades (industriais e de serviços),</p><p>pois apresenta forte dependência de recursos, principalmente os naturais, como clima e solo. Diante dessa</p><p>particularidade, essa atividade acaba apresentando mais riscos, que estão diretamente relacionados a</p><p>oscilações relevantes de preços, que tendem a afetar os diferentes setores da cadeia produtiva.</p><p>Diante desse contexto, nessa aula você vai aprender quais são os principais riscos relacionados à atividade rural</p><p>e quais os impactos destes nos diferentes setores da cadeia produtiva. Além disso, você vai entender questões</p><p>importantes no que tange ao comportamento dos preços dos produtos agrícolas.</p><p>Assim, ao investir nos conteúdos dessa aula, você vai aprender como esses riscos podem impactar diretamente</p><p>na vida do produtor rural e, na sua atuação pro�ssional, vai poder contribuir para a percepção de como ajudá-lo</p><p>na gestão integrada desses riscos.</p><p>Bons estudos!</p><p>Aula 1</p><p>RISCOS DE PREÇOS NO MERCADO DE PRODUTOS</p><p>AGRÍCOLAS</p><p>A atividade rural tem uma especi�cidade quando comparada às demais atividades (industriais e</p><p>de serviços), pois apresenta forte dependência de recursos, principalmente os naturais, como</p><p>clima e solo.</p><p>31 minutos</p><p>INSTRUMENTOS DE APOIO À</p><p>COMERCIALIZAÇÃO DE PRODUTOS</p><p>AGRÍCOLAS</p><p> Aula 1 - Riscos de preços no mercado de produtos agrícolas</p><p> Aula 2 - Mercado de derivativos agrícolas</p><p> Aula 3 - Mercado futuro de commodities agrícolas</p><p> Aula 4 - Instrumentos públicos de apoio à comercialização agrícola</p><p> Referências</p><p>134 minutos</p><p>14/09/2023, 18:17 wlldd_231_u3_com_pro_agr</p><p>https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=julio-nc%40hotmail.com&usuarioNome=JÚLIO+CÉSAR+PAIXÃO+PEREIRA&disciplinaDescricao=&atividadeId=3658064&atividadeDescrica… 2/24</p><p>Imprimir</p><p>CONHECENDO OS RISCOS (E SEUS IMPACTOS) E O COMPORTAMENTO DOS</p><p>PREÇOS NO MERCADO AGRÍCOLA</p><p>Vamos iniciar a nossa aula, primeiramente, entendendo que a agricultura apresenta diversos riscos inerentes à</p><p>atividade, pois é diretamente dependente de insumos naturais. Esses riscos causam impactos diretos nos</p><p>custos produtivos, no retorno econômico do produtor e em toda a cadeia de lucratividade do negócio. Ou seja,</p><p>o impacto pode atingir desde os fornecedores de insumos (sementes, adubos, agroquímicos), até os preços de</p><p>venda ao consumidor �nal.</p><p>Diante desse cenário, podemos de�nir e dividir os riscos em grupos, da seguinte forma (EMBRAPA, 2018):</p><p>Grupo 1: Riscos de produção</p><p>Corresponde aos riscos relacionados às variações das condições de clima, problemas �tossanitários e manejo</p><p>incorreto.</p><p>Grupo 2: Riscos de mercado (ou de crédito)</p><p>Correspondem aos riscos relacionados à falta de linhas de �nanciamento e falta de condições de pagamento.</p><p>Grupo 3: Riscos de ambiente de negócios (ou de preços)</p><p>Correspondem aos riscos ligados às oscilações dos preços devido aos deslocamentos da demanda e/ou oferta</p><p>dos produtos.</p><p>Com esses riscos associados aos preços dos produtos agrícolas, os impactos surgem como resposta às</p><p>variações que podem surgir. E estes podem afetar todos os setores da cadeia produtiva, principalmente de</p><p>commodities agrícolas, visto que estas estão diretamente expostas às incertezas com relação às �utuações de</p><p>preços, pois são dependentes fortemente da oferta e demanda e, também, do mercado externo.</p><p>Diante disso, podemos observar que os riscos in�uenciam de forma direta as margens de lucro dos produtos</p><p>agrícolas e, com isso, é importante que o produtor busque proteger a sua rentabilidade, utilizando ferramentas</p><p>que contribuam para reduzir as incertezas e riscos.</p><p>Além disso, é importante conhecer quais são as características do comportamento dos preços dos produtos</p><p>agrícolas, que ocorrem em virtude das oscilações entre demanda e oferta dos produtos agrícolas no mercado.</p><p>Diante desse cenário, os principais comportamentos dos preços e suas características estão detalhados no</p><p>Quadro 1 (WAQUIL; MIELE; SCHULTZ, 2010; EMBRAPA, 2018).</p><p>Quadro 1 | Comportamento dos preços e suas características (ou de�nições)</p><p>Comportamento Característica</p><p>14/09/2023, 18:17 wlldd_231_u3_com_pro_agr</p><p>https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=julio-nc%40hotmail.com&usuarioNome=JÚLIO+CÉSAR+PAIXÃO+PEREIRA&disciplinaDescricao=&atividadeId=3658064&atividadeDescrica… 3/24</p><p>Tendência</p><p>Observada a longo prazo, apresentando trajetória de alta, queda ou preço estável.</p><p>Pode sofrer in�uência de alguns fatores, como inovação tecnológica e alterações na</p><p>oferta e procura.</p><p>Ciclo Observado em períodos relativamente longos, que podem englobar alguns anos.</p><p>Sazonalidade</p><p>Observada ao longo do período de um ano, englobando a safra e a entressafra,</p><p>contribuindo para as variações de preço (baixa na safra e alta na entressafra).</p><p>Movimento brusco</p><p>Observado em período curto, normalmente dias ou semanas. Sinaliza as oscilações no</p><p>mercado de diminuição ou elevação dos preços.</p><p>Fonte: WAQUIL; MIELE; SCHULTZ (2010).</p><p>Agora que conhecemos os conceitos, vamos seguir nos aprofundando no assunto, visando entender como os</p><p>riscos podem afetar a produção e, consequentemente, os preços no mercado. Além disso, vamos estudar</p><p>também a gestão integrada destes riscos e como podemos enfrentá-los, favorecendo a produção e redução da</p><p>oscilação dos preços.</p><p>RISCOS INERENTES À ATIVIDADE RURAL E SUAS CONSEQUÊNCIAS NO</p><p>COMPORTAMENTO DOS PREÇOS</p><p>Como vimos no bloco anterior, os riscos inerentes à atividade rural podem ser divididos em grupos, que levam</p><p>em consideração a natureza dos fatores. Sob essa análise, podemos considerar diversos exemplos de fatores</p><p>que in�uenciam em cada grupo (Quadro 2) (EMBRAPA, 2018):</p><p>Quadro 2 | Exemplos dos fatores de riscos associados a cada grupo</p><p>Grupo Exemplos</p><p>1. Riscos ligados à</p><p>produção</p><p>Eventos climáticos extremos (como excesso de chuvas; geadas em épocas inesperadas;</p><p>excesso de ventos); incidência de doenças e pragas em níveis de dano econômico;</p><p>manejo com falhas operacionais.</p><p>2. Riscos de mercado</p><p>Oscilações no preço dos insumos produtivos; alterações nas taxas de câmbio e de</p><p>juros; �utuações nos preços de compra e venda dos produtos agrícolas produzidos.</p><p>3. Riscos do ambiente</p><p>de negócios</p><p>Alterações em leis ou regulamentações que orientam e norteiam a economia,</p><p>alterando a balança favorável do preço a partir da demanda e oferta. Mudanças nas</p><p>regras de comercialização e relacionadas à própria produção.</p><p>Fonte: WAQUIL; MIELE; SCHULTZ (2010).</p><p>14/09/2023, 18:17 wlldd_231_u3_com_pro_agr</p><p>https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=julio-nc%40hotmail.com&usuarioNome=JÚLIO+CÉSAR+PAIXÃO+PEREIRA&disciplinaDescricao=&atividadeId=3658064&atividadeDescrica… 4/24</p><p>Ainda com relação aos riscos relacionados ao mercado, devemos observar que estes merecem destaque na</p><p>agricultura em geral, em decorrência de dois fatores que precisam ser conhecidos e considerados, que são: (1)</p><p>os produtos são, normalmente, altamente perecíveis; e (2) os custos com armazenamento (visando</p><p>desconcentrar a oferta) são consideráveis.</p><p>Além dos riscos já citados, devemos também destacar dois riscos que, atualmente, �guram entre os principais</p><p>no Brasil, que são: a disponibilidade energética necessária para o processo produtivo e a dependência da</p><p>importação de insumos (principalmente fertilizantes). Nesse cenário, o grande desa�o consiste em suprir essa</p><p>demanda de forma e�ciente, sustentável e com custo competitivo no mercado.</p><p>Com todos esses riscos inerentes à atividade, o comportamento dos preços no mercado de produtos agrícolas</p><p>apresenta oscilação e pode afetar diretamente diferentes setores da cadeia produtiva, principalmente a cadeia</p><p>produtiva de commodities. Exemplos de impactos e consequências em diferentes setores</p><p>da cadeia produtiva</p><p>estão exempli�cados no Quadro 3 (WAQUIL; MIELE; SCHULTZ, 2010).</p><p>Quadro 3 | Exemplo de consequências dos riscos de preços em diferentes setores</p><p>Setor Risco de preço Consequências (ou impactos)</p><p>Produtor de grãos Risco de queda</p><p>Na venda dos grãos, os preços podem recuar e, com isso, o</p><p>valor não será su�ciente para cobrir os custos produtivos.</p><p>Dessa forma, a margem de lucro do produtor desse grão é</p><p>reduzida.</p><p>Processadora de grãos Risco de aumento</p><p>Na compra dos grãos, a empresa processadora dos grãos pode</p><p>veri�car um eventual aumento abrupto dos preços. Com isso,</p><p>há comprometimento �nanceiro dos negócios da empresa,</p><p>visto que a matéria-prima de produção está mais cara.</p><p>Criador de suínos Risco de aumento</p><p>Está diretamente relacionada com os custos da ração animal.</p><p>Quando o criador de suínos vende antecipadamente para o</p><p>frigorí�co, ele pode comprometer a sua margem de lucro, caso</p><p>os preços dos grãos, como milho e soja, aumentem.</p><p>Custom Code</p><p>Fonte: WAQUIL; MIELE; SCHULTZ (2010).</p><p>Diante do contexto apresentado, �ca clara a necessidade de conhecer e saber identi�car os principais riscos</p><p>associados às atividades nas quais estiver atuando como pro�ssional formado, visando quanti�car todo o</p><p>potencial de perda. Assim, você terá a capacidade de gerenciá-los, selecionando a ferramenta de operação mais</p><p>indicada para a mitigação. Com os conhecimentos adequados, será possível atingir as soluções necessárias, que</p><p>vão trazer maior rentabilidade para o produtor rural.</p><p>14/09/2023, 18:17 wlldd_231_u3_com_pro_agr</p><p>https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=julio-nc%40hotmail.com&usuarioNome=JÚLIO+CÉSAR+PAIXÃO+PEREIRA&disciplinaDescricao=&atividadeId=3658064&atividadeDescrica… 5/24</p><p>GESTÃO INTEGRADA DOS RISCOS: FERRAMENTAS E ESTRATÉGIAS</p><p>Até aqui, nós conhecemos sobre os riscos inerentes às atividades rurais, seus impactos nos setores da cadeia</p><p>produtiva e também como funciona o comportamento dos preços. Vimos exemplos e entendemos como tudo</p><p>funciona. Então, você deve estar se perguntando: como solucionar essas questões? Ou, pelo menos, reduzir os</p><p>riscos da atividade?</p><p>A resposta para essa pergunta é: seguindo uma gestão integrada dos riscos, a partir de estratégias e</p><p>ferramentas adequadas (EMBRAPA, 2018). Nessa gestão integrada são consideradas as combinações de</p><p>medidas e agentes, públicos e privados, que disponibilizam recursos para a realização das ações e/ou medidas</p><p>necessárias, de acordo com os riscos iminentes.</p><p>Nesse cenário, é importante entender a necessidade de uma visão holística, visando incluir todos os riscos (suas</p><p>naturezas e origens), as principais estratégias e/ou ferramentas que podem ser utilizadas, e também as políticas</p><p>governamentais existentes (MANAGING..., 2009). Sendo assim, para a escolha da melhor estratégia a seguir, é</p><p>necessário conhecer tanto a probabilidade de ocorrer os riscos quanto os impactos socioeconômicos (e a</p><p>severidade destes).</p><p>Dessa forma, é possível separar os riscos de acordo com a frequência com que acontecem (EMBRAPA, 2018),</p><p>em: (1) riscos frequentes, que causam perdas consideradas pequenas; (2) riscos com frequência e impacto não</p><p>negligenciável; e (3) riscos com baixa frequência e alta perda. No geral, os riscos frequentes tendem a ser</p><p>assumidos pelo produtor rural, que realiza a gestão utilizando estratégias disponíveis na propriedade.</p><p>Entretanto, os outros dois riscos não podem ser assumidos dessa forma, pois causam perdas consideráveis e</p><p>podem ser considerados como catastró�cos. Para estes dois últimos são justi�cáveis as políticas e ações do</p><p>governo.</p><p>No Brasil, como ações de política do governo como redução dos riscos, podemos citar: o Zarc (Zoneamento</p><p>Agrícola de Risco Climático), Proagro (Programa de Garantia da Atividade Agropecuária), Pronaf (Programa</p><p>Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar), PGPAF (Programa de Garantia de Preços para a Agricultura</p><p>Familiar) e o Moderinfra (Programa de Incentivo à Irrigação e à Armazenagem).</p><p>Com relação ao gerenciamento do risco propriamente dito, ele é dividido em estratégias conhecidas como:</p><p>prevenção ou mitigação, transferência e enfrentamento. A fase de prevenção ou mitigação, como o próprio</p><p>nome já indica, tem como objetivo reduzir as chances de ocorrer os eventos adversos ou, pelo menos, diminuir</p><p>as consequências. Já a fase de transferência tem como objetivo diluir os impactos econômicos negativos. Por</p><p>�m, a fase de enfrentamento (ou resposta) consiste em atenuar os impactos negativos que ocorrem em</p><p>consequência aos eventos.</p><p>Essas três estratégias envolvem diferentes instrumentos e atores, tais como a fazenda/comunidade, o mercado</p><p>e o governo. Em uma visão integrada da gestão, é possível veri�car que todos estes estão diretamente</p><p>relacionados e contribuem de alguma forma como instrumentos para redução dos impactos dos riscos (Figura</p><p>1) (ARIAS et al., 2015).</p><p>Figura 1 | Gestão integrada dos riscos inerentes à atividade rural.</p><p>14/09/2023, 18:17 wlldd_231_u3_com_pro_agr</p><p>https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=julio-nc%40hotmail.com&usuarioNome=JÚLIO+CÉSAR+PAIXÃO+PEREIRA&disciplinaDescricao=&atividadeId=3658064&atividadeDescrica… 6/24</p><p>Fonte: Arias et al. (2015), disponível em EMBRAPA (2018)</p><p>Diante desse cenário, os produtores rurais, juntamente com sua assessoria técnica quali�cada, saberão lidar</p><p>com as ferramentas e mecanismos existentes para a mitigação dos riscos de preços no mercado agrícola. Além</p><p>das estratégias que tratamos aqui, um mecanismo muito utilizado para a redução dos riscos de preços é o</p><p>mercado de derivativos agrícolas, que é tema da nossa próxima aula. Até lá!</p><p>VÍDEO RESUMO</p><p>Olá, estudante!</p><p>Neste vídeo resumo, você entenderá, em detalhes, os riscos de preços no mercado da atividade agrícola e seus</p><p>impactos (diretos e indiretos) na cadeia produtiva do agronegócio. Além disso, abordaremos como os riscos</p><p>estão relacionados com o comportamento dos preços. Aqui, abordaremos exemplos práticos e atuais, a �m de</p><p>consolidar o aprendizado. Por �m, veremos quais as ferramentas e estratégias possíveis de serem utilizadas</p><p>para atenuação das consequências dos riscos.</p><p> Saiba mais</p><p>Os fatores relacionados ao clima correspondem a riscos de origem natural, como excesso de chuvas e</p><p>geadas. Para atenuar possíveis impactos negativos do clima existe o Zarc (Zoneamento Agrícola de Risco</p><p>Climático), que consiste em uma excelente ferramenta de política agrícola e gestão de riscos na agricultura</p><p>Para visualizar o objeto, acesse seu material digital.</p><p>14/09/2023, 18:17 wlldd_231_u3_com_pro_agr</p><p>https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=julio-nc%40hotmail.com&usuarioNome=JÚLIO+CÉSAR+PAIXÃO+PEREIRA&disciplinaDescricao=&atividadeId=3658064&atividadeDescrica… 7/24</p><p>brasileira.</p><p>Com a sua utilização é possível identi�car a melhor época de semeadura ou plantio das culturas, em</p><p>diferentes classes de solos e cultivares.</p><p>MINISTÉRIO da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Programa Nacional de Zoneamento Agrícola de</p><p>Risco Climático. [s. d.] Disponível em: https://www.gov.br/agricultura/pt-br/assuntos/riscos-</p><p>seguro/programa-nacional-de-zoneamento-agricola-de-risco-climatico. Acesso em: 11 out. 2022.</p><p>Além da consulta pelo site, é possível fazer o download do aplicativo no seu celular. Assim, você consegue</p><p>consultar sempre que estiver atuando no campo.</p><p>INTRODUÇÃO</p><p>A agricultura apresenta inúmeros riscos de preços, principalmente por conta de fatores exógenos, ligados a</p><p>produção, clima, demanda, dentre outros. Nesse cenário, o mercado de derivativos surge como um mecanismo</p><p>e�ciente de proteção contra as oscilações provenientes desses riscos. Desde os anos 1970, esse mercado vem</p><p>crescendo de forma contínua, se mostrando cada vez mais importante para a economia.</p><p>Diante desse contexto, nessa aula você vai aprender sobre o mercado de derivativos agrícolas, conhecendo as</p><p>de�nições e os tipos que existem. Além disso, vai conhecer sobre os participantes desses</p><p>mercados,</p><p>entendendo o papel de cada um.</p><p>Assim, ao estudar os conteúdos dessa aula, você vai compreender qual é a relevância desse mercado e vai</p><p>perceber que existem diversos motivos para os produtores rurais operarem neles.</p><p>Bons estudos!</p><p>CONHECENDO O MERCADO DE DERIVATIVOS</p><p>O mercado de produtos agrícolas apresenta inúmeros riscos de preços. Com isso, �ca o questionamento: como</p><p>o produtor rural pode se assegurar para diminuir as incertezas e manter a sua lucratividade? A resposta é:</p><p>utilizando ferramentas, estratégias e/ou mecanismos para isso. Um bom mecanismo consiste no mercado de</p><p>derivativos, no qual ocorrem as negociações dos contratos que �xam os preços para venda futura. Dessa forma,</p><p>o produtor consegue assegurar o seu preço de venda.</p><p>Nesse contexto, podemos dizer que “derivativos” é:</p><p>Aula 2</p><p>MERCADO DE DERIVATIVOS AGRÍCOLAS</p><p>A agricultura apresenta inúmeros riscos de preços, principalmente por conta de fatores</p><p>exógenos, ligados a produção, clima, demanda, dentre outros.</p><p>32 minutos</p><p>https://www.gov.br/agricultura/pt-br/assuntos/riscos-seguro/programa-nacional-de-zoneamento-agricola-de-risco-climatico</p><p>14/09/2023, 18:17 wlldd_231_u3_com_pro_agr</p><p>https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=julio-nc%40hotmail.com&usuarioNome=JÚLIO+CÉSAR+PAIXÃO+PEREIRA&disciplinaDescricao=&atividadeId=3658064&atividadeDescrica… 8/24</p><p>Sendo assim, o termo “derivativo” se justi�ca porque os preços dos produtos derivam do mercado físico desses</p><p>mesmos produtos, nas mais diferentes zonas de produção. Sendo assim, para atuar nesse mercado, o produtor</p><p>rural precisa �xar um preço considerando os custos produtivos e a lucratividade necessária para manter as</p><p>atividades de produção, como investimentos em infraestrutura, equipamentos, insumos e novas tecnologias</p><p>(WAQUIL; MIELE; SCHULTZ, 2010).</p><p>No entanto, é importante destacar que os contratos de derivativos são utilizados apenas na negociação de</p><p>commodities, ou seja, produtos que já apresentam preços previamente de�nidos pelo mercado, em virtude da</p><p>oferta e demanda. Esses contratos podem ser negociados em “mercado de balcão” ou “mercado de bolsa”. No</p><p>mercado de balcão, as partes interessadas negociam de forma direta, determinando contratos especí�cos e,</p><p>normalmente, mais �exíveis. Nesse mercado, as transações ocorrem de forma livre, a partir das necessidades</p><p>dos envolvidos. Por outro lado, no mercado de bolsa, as partes interessadas não se identi�cam e os contratos</p><p>seguem uma padronização, a partir da quantidade, data de vencimento do produto e outras características.</p><p>Nesse mercado, é de responsabilidade da bolsa a criação do ambiente adequado para a negociação.</p><p>No geral, existem quatro tipos de mercados de derivativos agrícolas, que apresentam a mesma essência de</p><p>gerenciamento de riscos de preços. São eles: mercado a termo, mercado futuro, mercado de opções e mercado</p><p>de swap (Quadro 1) (GAMBIN, 2012; BM&FBOVESPA, 2015):</p><p>Quadro 1 | Tipos de mercados de derivativos.</p><p>Mercado a termo Mercado futuro Mercado de opções Mercado de swap</p><p>O comprador ou vendedor</p><p>se compromete a manter</p><p>o preço do produto �xado</p><p>na realização do negócio.</p><p>Este se mantém até a</p><p>liquidação em data</p><p>posterior.</p><p>É considerado uma</p><p>evolução do mercado a</p><p>termo. O comprador ou</p><p>vendedor se compromete</p><p>a comprar ou vender por</p><p>um preço previamente</p><p>estipulado para liquidação</p><p>em data posterior.</p><p>Não é negociado o ativo</p><p>objetivo e sim o direito</p><p>sobre o determinado</p><p>ativo.</p><p>As partes interessadas</p><p>realizam trocas de</p><p>indexadores das</p><p>operações, sem realizar</p><p>troca do principal.</p><p>Fonte: BM&FBOVESPA (2015)</p><p>o nome dado à família de mercados em que as operações com liquidação futura são</p><p>implementadas, tornando possível a gestão do risco de preço de diversos ativos.</p><p>— (BM&FBOVESPA, 2015)</p><p>14/09/2023, 18:17 wlldd_231_u3_com_pro_agr</p><p>https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=julio-nc%40hotmail.com&usuarioNome=JÚLIO+CÉSAR+PAIXÃO+PEREIRA&disciplinaDescricao=&atividadeId=3658064&atividadeDescrica… 9/24</p><p>Apesar de diferentes características, todos esses mercados apresentam em comum a presença de três</p><p>participantes, que são os hedgers, especuladores e arbitradores. Estes são classi�cados de acordo com o tipo</p><p>de contrato.</p><p>Conhecer as de�nições do mercado de derivativos, sua importância, os tipos que existem e seus participantes é</p><p>necessário para o gerenciamento �nanceiro da produção. Além disso, essas negociações em mercado de</p><p>derivativos contribuem de forma muito positiva, pois não permitem que sejam realizadas manipulações nas</p><p>negociações, como ocorria na década de 1980 (B&M, 2015).</p><p>TIPOS DE MERCADOS DE DERIVATIVOS E SEUS PARTICIPANTES</p><p>Os contratos agrícolas negociados no mercado de derivativos consistem em uma importante cobertura para os</p><p>produtores rurais, pois contribuem para atenuar os efeitos dos riscos de preços nas operações de commodities.</p><p>Até aqui, nós vimos as características básicas dos mercados de derivativos, mas agora vamos conhecê-los mais</p><p>a fundo, entendendo como as negociações são feitas e onde cada contrato agrícola é negociado. Sendo assim,</p><p>os quatro tipos de mercados de derivativos agrícolas estão indicados no Quadro 2. Nele, constam onde são</p><p>negociados os contratos de derivativos, o que é negociado (produto ou o compromisso do ativo) e como é</p><p>realizada a liquidação (à vista ou em data futura – no vencimento) (SILVA NETO, 2002; BM&FBOVESPA, 2015).</p><p>Quadro 2 | Principais características dos mercados de derivativos agrícolas</p><p>Característica</p><p>Mercado</p><p>A termo Futuro De Opções Swap</p><p>Onde negocia? Balcão Bolsa Balcão ou bolsa Balcão</p><p>Quem negocia?</p><p>No geral, cooperativas e agroindústrias. Ex.: Copagril, C. Vale, Copacol. A escolha de qual</p><p>atuar dependerá das condições �nanceiras do mercado, ou seja, de qual estará com</p><p>melhores condições de negociação. Não existe mercado �xo.</p><p>O que é negociado?</p><p>Compromisso de</p><p>compra ou venda de</p><p>determinado bem</p><p>por um preço</p><p>pre�xado entre as</p><p>partes.</p><p>Contratos não</p><p>padronizados.</p><p>Compromisso de</p><p>compra ou venda de</p><p>determinado bem</p><p>por um preço pré-</p><p>negociado em bolsa</p><p>(pregão).</p><p>Contratos</p><p>padronizados.</p><p>Direito de comprar</p><p>ou vender, em data</p><p>futura, um bem por</p><p>preço</p><p>predeterminado.</p><p>Contratos �exíveis</p><p>(em balcão) e</p><p>padronizados (na</p><p>bolsa).</p><p>Compromisso de</p><p>troca de um</p><p>determinado bem</p><p>por outro.</p><p>Nesse mercado, são</p><p>negociados bens à</p><p>vista ou a prazo,</p><p>mediante entrega</p><p>imediata da</p><p>mercadoria.</p><p>14/09/2023, 18:17 wlldd_231_u3_com_pro_agr</p><p>https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=julio-nc%40hotmail.com&usuarioNome=JÚLIO+CÉSAR+PAIXÃO+PEREIRA&disciplinaDescricao=&atividadeId=3658064&atividadeDescric… 10/24</p><p>Como é feita a</p><p>liquidação?</p><p>Liquidação no</p><p>vencimento (mais</p><p>comum). No</p><p>entanto, há</p><p>contratos em que o</p><p>comprador pode</p><p>optar por antecipar</p><p>a liquidação.</p><p>Como é negociado</p><p>na bolsa, o preço</p><p>sofre ajustes diários,</p><p>com base no preço</p><p>de fechamento.</p><p>Normalmente, a</p><p>liquidação é feita em</p><p>data futura (no</p><p>vencimento).</p><p>Liquidação na</p><p>contratação da</p><p>operação. Na data</p><p>de vencimento, são</p><p>apurados os valores</p><p>considerando o</p><p>exercício do direito</p><p>dos compradores.</p><p>Liquidação apenas</p><p>no vencimento.</p><p>Pode ocorrer a</p><p>antecipação se for</p><p>de interesse das</p><p>partes.</p><p>Fonte: WAQUIL; MIELE; SCHULTZ (2010); BM&FBOVESPA (2015).</p><p>Agora que já conhecemos os mercados, vamos entender mais sobre seus participantes. Como vimos, temos três</p><p>participantes nos mercados de derivativos: hedge, especuladores e arbitradores. As funções e caraterísticas de</p><p>cada um desses participantes nós veremos agora (BESSADA, 2005).</p><p>1. Hedge: Tem função de proteger os agentes do mercado físico, que negociam visando à diminuição das</p><p>incertezas dos preços. Assim, estes atores assumem a posição de proteção da negociação. Dessa forma,</p><p>podemos perceber que o objetivo principal consiste em garantir o preço mínimo ou o ganho pre�xado.</p><p>2. Especuladores: são aqueles que tomam para si os riscos das variações dos preços, em troca de ganhos</p><p>�nanceiros. No</p><p>geral, compram e vendem bens/produtos. Podem atuar também como arbitradores, visto que</p><p>também têm in�uência na regulação dos preços nos mercados.</p><p>3. Arbitradores: agem nos mercados que apresentam diferenças nos preços. Atuam tanto nos mercados à vista</p><p>quanto nos futuros. Com isso, há maior possibilidade de ganhos, visto que podem ocorrer variações entre as</p><p>cotações.</p><p>Sabendo que a agricultura é, provavelmente, o setor da economia com maior grau de riscos, conhecer os</p><p>mecanismos que podemos utilizar para atenuá-los é fundamental para o sucesso de comercialização no</p><p>mercado de produtos agrícolas.</p><p>DERIVATIVOS AGRÍCOLAS: ESTRATÉGIA DE GESTÃO DE RISCOS DE PREÇOS</p><p>Como pudemos ver até aqui, os mercados de derivativos agrícolas têm como principal função a proteção dos</p><p>preços contra as oscilações do mercado, que podem ocorrer em virtude das incertezas inerentes à agricultura.</p><p>Nesse cenário, os contratos de derivativos atuam para que o preço de compra/venda �que travado. Dessa</p><p>forma, é possível garantir que os produtores obtenham rendimentos su�cientes para cobrir seus custos e</p><p>tenham lucro adequado para manutenção da produtividade.</p><p>Para a utilização dessa estratégia de gerenciamento de riscos de preços, é extremamente necessário que o</p><p>produtor rural e/ou industrial tenha total conhecimento dos seus gastos produtivos, visto que o preço de</p><p>comercialização deve estar diretamente relacionado com os custos de produção.</p><p>14/09/2023, 18:17 wlldd_231_u3_com_pro_agr</p><p>https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=julio-nc%40hotmail.com&usuarioNome=JÚLIO+CÉSAR+PAIXÃO+PEREIRA&disciplinaDescricao=&atividadeId=3658064&atividadeDescric… 11/24</p><p>No mercado de derivativos, quando há a iminência do risco de preço, os produtores podem pre�xar um valor, a</p><p>partir das operações de hedge. Com isso, é possível garantir a margem de lucro do produto e reduzir as perdas.</p><p>Como isso funciona? De acordo com seu critério, o produtor deve travar os preços logo no início da safra, ou</p><p>seja, travar o preço de venda do produto por meio de uma operação denominada hedging de venda. Assim, é</p><p>possível garantir que esse produtor receberá o preço de�nido na época da colheita. Como vimos, essa</p><p>predeterminação do preço para venda em data futura é uma característica fundamental dos mercados a termo</p><p>e futuro (GAMBIN, 2012; BM&FBOVESPA, 2015).</p><p>Por isso é tão importante que o produtor conheça seus custos. Percebe? Como ele conseguiria pre�xar um</p><p>preço de venda em data futura, sem saber qual margem de lucro teria com a venda do produto? O produtor</p><p>deve conhecer todos os seus gastos produtivos para de�nir o preço e, evidentemente, negociar um</p><p>determinado valor que seja capaz de cobri-los e garantir a produção na próxima safra.</p><p>Falamos sobre o mecanismo de hedging. Agora vamos entendê-lo a partir de um exemplo (Quadro 3).</p><p>Quadro 3 | Exemplo da importância do mecanismo de proteção dos preços.</p><p>EXEMPLO</p><p>Um produtor rural pode realizar hedge tanto na posição de comprador quanto na posição de vendedor. Por</p><p>exemplo, um produtor de soja pode fazer hedge de venda, enquanto um produtor de boi (que utiliza a soja</p><p>como alimento do rebanho) pode fazer hedge de compra. Percebe como os dois �cam protegidos das</p><p>oscilações de preços que podem acontecer? Se essas partes interessadas optassem por utilizar outra forma de</p><p>mercado, poderiam sofrer com as variações do preço. Fica claro que se, na hora de venda da saca de soja, o</p><p>preço de mercado estiver bem mais caro, o pecuarista pode ter a sua margem de lucro reduzida, em</p><p>decorrência do aumento do custo produtivo.</p><p>Fonte: WAQUIL; MIELE; SCHULTZ (2010)</p><p>Nesse cenário, os participantes nos mercados apresentam papel fundamental. Por exemplo, os arbitradores são</p><p>responsáveis por realizar transações conjuntas, com o objetivo de conseguir um lucro seguro através das</p><p>operações. Por outro lado, temos os especuladores, que são essenciais na atividade de hedging, visto que eles</p><p>tomam para si os riscos das variações.</p><p>Com essa estruturação do mercado de derivativos, conseguimos entender e concluir que os derivativos</p><p>agrícolas são uma excelente estratégia de gestão de riscos de preços.</p><p>E, assim, nós �nalizamos essa aula. Na próxima, nós veremos mais a fundo sobre os contratos futuros,</p><p>entendendo suas características e como funcionam na bolsa. Nos vemos lá! Bons estudos!</p><p>14/09/2023, 18:17 wlldd_231_u3_com_pro_agr</p><p>https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=julio-nc%40hotmail.com&usuarioNome=JÚLIO+CÉSAR+PAIXÃO+PEREIRA&disciplinaDescricao=&atividadeId=3658064&atividadeDescric… 12/24</p><p>VÍDEO RESUMO</p><p>Conhecer o mercado de derivativos é de suma importância para sua atuação pro�ssional, pois ele constitui um</p><p>importante mecanismo de gestão de riscos de preços no mercado de produtos agrícolas. Nesse sentido, aqui</p><p>nós veremos aplicações práticas desse mercado e como elas funcionam para proteger os produtores rurais e</p><p>industriais das oscilações de preço que podem ocorrer em virtude dos riscos de preços inerentes à agricultura.</p><p> Saiba mais</p><p>O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) disponibiliza relatórios de acompanhamento</p><p>de alguns produtos agrícolas (Algodão, Arroz, Café, Complexo Carnes, Complexo Leite, Complexo Soja,</p><p>Feijão, Laranja, Milho e Trigo) com o objetivo de fornecer indicadores de mercado para a tomada de</p><p>decisões. Nesses relatórios, baseados nas principais fontes de dados [órgãos governamentais – USDA</p><p>(United States Depatarment of Agriculture), FAO (Food and Agriculture Organization), MDIC (Ministério da</p><p>indústria, Comércio e Serviços), Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), Cepea/Esalq (Centro de</p><p>Estudos Avançados em Economia Aplicada da USP) – e privados – Bolsas de Chicago, Nova York, Liverpool,</p><p>Bangkok, Kansas], são encontradas diversas informações, inclusive os preços mínimos de garantia</p><p>de�nidos pelo Governo Federal, preços praticados no mercado interno e nas principais bolsas</p><p>internacionais.</p><p>As publicações são mensais, em torno do dia15 de cada mês.</p><p>MINISTÉRIO da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Comercialização e Abastecimento. [s. d.]</p><p>Disponível em: https://www.gov.br/agricultura/pt-br/assuntos/politica-agricola/comercializacao-e-</p><p>abastecimento. Acesso em: 11 out. 2022.</p><p>INTRODUÇÃO</p><p>Como vimos na aula anterior, o mercado futuro tem como objetivo proteger os preços e, consequentemente,</p><p>diminuir os riscos de preços, tanto para o vendedor quanto para o comprador de determinado produto</p><p>agrícola. Nesse mercado, são realizados os contratos futuros, que podem ser denominados como</p><p>compromissos �rmados entre as partes interessadas.</p><p>Aula 3</p><p>MERCADO FUTURO DE COMMODITIES AGRÍCOLAS</p><p>Como vimos na aula anterior, o mercado futuro tem como objetivo proteger os preços e,</p><p>consequentemente, diminuir os riscos de preços, tanto para o vendedor quanto para o</p><p>comprador de determinado produto agrícola.</p><p>33 minutos</p><p>https://www.gov.br/agricultura/pt-br/assuntos/politica-agricola/comercializacao-e-abastecimento</p><p>14/09/2023, 18:17 wlldd_231_u3_com_pro_agr</p><p>https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=julio-nc%40hotmail.com&usuarioNome=JÚLIO+CÉSAR+PAIXÃO+PEREIRA&disciplinaDescricao=&atividadeId=3658064&atividadeDescric… 13/24</p><p>Dessa forma, nessa aula, você vai aprender sobre o mercado futuro de commodities agrícolas, conhecendo as</p><p>características dos contratos negociados e também sobre as convergências de preços que ocorrem entre esse</p><p>tipo de mercado e o mercado spot (também conhecido como mercado à vista). Além disso, você vai entender</p><p>sobre a bolsa de mercadorias e futuros (BM&F) e qual a relevância dela.</p><p>Ao �nal do seu estudo, você vai entender a importância desse mercado futuro e por que as partes interessadas</p><p>devem operar nele para garantir sua lucratividade.</p><p>Bons estudos!</p><p>CONHECENDO O MERCADO DE CONTRATOS FUTUROS: DEFINIÇÕES,</p><p>IMPORTÂNCIA E CARACTERÍSTICAS</p><p>O mercado futuro apresenta como objetivo a proteção dos preços e redução dos riscos, tanto para o vendedor</p><p>quanto</p><p>para o comprador. Nesse mercado, é possível ter uma boa previsibilidade em relação aos preços dos</p><p>ativos e, com isso, há maior planejamento tanto em médio quanto em longo prazo, considerando as despesas e</p><p>também as receitas futuras. Dessa forma, em virtude da possibilidade de alta liquidez e baixos custos de</p><p>negociação, o mercado futuro é considerado como um dos melhores mercados para operações.</p><p>Para formalização desse mercado, há os contratos futuros, que podem ser de�nidos como compromissos</p><p>�rmados entre comprador e vendedor, de determinado ativo, em uma data futura especí�ca, por um preço</p><p>preestabelecido. Nesses contratos futuros, uma das principais características consiste na obrigatoriedade.</p><p>Basicamente, o vendedor se obriga a vender (não a entregar um produto) e o comprador se obriga a comprar,</p><p>de acordo com uma operação já realizada (WAQUIL; MIELE; SCHULTZ, 2010).</p><p>Outra característica muito relevante nesses contratos futuros consiste no ajuste diário, em que a liquidação é</p><p>realizada a partir da diferença entre o valor negociado entre as partes e o fechamento do contrato, sendo o</p><p>preço revisto todos os dias. Nesse sentido, há uma compensação no preço, ou seja, um ajuste que gera um</p><p>determinado direito (ganho para receber) e também uma perda, no sentido de uma obrigação a pagar, para</p><p>cada parte interessada no contrato (CALEGARI; BAIGORRI; FREIRE, 2012). Essa característica é de suma</p><p>importância, pois é por ela que muitos contratos não são quebrados.</p><p>Além dessas características que nós vimos até agora, outras podem ser listadas, como (SILVA et al., 2008):</p><p>1. Padronização dos contratos.</p><p>2. Diminuição da sazonalidade dos preços nas safras.</p><p>3. Maior credibilidade e transparência nas transações.</p><p>4. Permissão de estimativa de preço em data futura (o que diminui os riscos).</p><p>5. Mecanismo alternativo de preci�cação.</p><p>Como vimos, há diferenças diárias nos preços das commodities em decorrência do ajuste diário. Para o</p><p>recebimento e pagamento dessas diferenças foi criado um ambiente seguro que objetiva garantir essas</p><p>movimentações �nanceiras, que são as bolsas de mercadorias e futuros. Segundo o Banco Central do Brasil,</p><p>14/09/2023, 18:17 wlldd_231_u3_com_pro_agr</p><p>https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=julio-nc%40hotmail.com&usuarioNome=JÚLIO+CÉSAR+PAIXÃO+PEREIRA&disciplinaDescricao=&atividadeId=3658064&atividadeDescric… 14/24</p><p>essas bolsas são:</p><p>Já sabemos que os contratos futuros são padronizados e negociados na bolsa de valores. Sendo assim, esse</p><p>mecanismo de �xação de valores na bolsa só é possível graças a um fenômeno conhecido como convergência</p><p>de preços entre o mercado futuro e o mercado à vista (também conhecido como mercado spot), que promove</p><p>uma pressão de demanda e oferta entre os dois mercados.</p><p>Logo, veremos tudo com mais detalhes ao longo dessa aula, mas já deu pra perceber que os contratos futuros</p><p>são uma excelente ferramenta na administração dos riscos de preços, não é mesmo?</p><p>COMO FUNCIONA O MERCADO FUTURO E SEUS CONTRATOS?</p><p>Os contratos futuros são considerados com uma evolução nos contratos a termo. Isso porque no mercado a</p><p>termo, apesar da pre�xação do preço, a depender do preço (se mais elevado ou abaixo do valo acordado), pode</p><p>haver quebra contratual. Com isso, ocorre a inadimplência de uma das partes inseridas na negociação.</p><p>E qual a principal característica dos contratos futuros que contribui para que não ocorram quebras contratuais?</p><p>Bom, você viu anteriormente. É o ajuste diário. E como ele funciona? Esse mecanismo funciona como um acerto</p><p>diário via pagamento, caso os preços se movam de forma contrária ou favorável à posição que foi previamente</p><p>assumida. No geral, esses ajustes são pagos no dia seguinte ao dia da operação no mercado futuro. Essa</p><p>característica é considerada como a principal garantia da negociação na bolsa de valores.</p><p>E você deve estar se perguntando: mas como saber qual será o ajuste diário? A resposta para essa pergunta é: a</p><p>partir de uma determinada fórmula matemática, que consiste em uma média ponderada das negociações</p><p>realizadas ao �nal do pregão de cada dia. A fórmula é (WAQUIL; MIELE; SCHULTZ, 2010):</p><p>Onde: AD é o ajuste diário, PA é o preço do ajuste do dia da operação, PA é o preço do ajuste do dia anterior à</p><p>operação, NC é o número de contratos negociados e TC é o tamanho dos contratos negociados na bolsa.</p><p>associações privadas civis, com objetivo de efetuar o registro, a compensação e a</p><p>liquidação, física e �nanceira, das operações realizadas em pregão ou em sistema</p><p>eletrônico. Para tanto, devem desenvolver, organizar e operacionalizar um mercado de</p><p>derivativos livre e transparente, que proporcione aos agentes econômicos a</p><p>oportunidade de efetuarem operações de hedging anti-�utuações de preço de</p><p>commodities agropecuárias, índices, taxas de juros, moedas e metais, bem como de</p><p>todo e qualquer instrumento ou variável macroeconômica cuja incerteza de preço no</p><p>futuro possa in�uenciar negativamente suas atividades.</p><p>— (BANCO, [s. d.])</p><p>AD = (PAt − PAt−1)xNCxTC</p><p>t t-1</p><p>14/09/2023, 18:17 wlldd_231_u3_com_pro_agr</p><p>https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=julio-nc%40hotmail.com&usuarioNome=JÚLIO+CÉSAR+PAIXÃO+PEREIRA&disciplinaDescricao=&atividadeId=3658064&atividadeDescric… 15/24</p><p>Esses pagamentos dos ajustes diários são realizados em ambiente garantidor dessas transações, que, como</p><p>você viu anteriormente, é conhecido como bolsa de mercadorias e futuros (BM&F). Nessa bolsa é possível</p><p>comprar e vender contratos de produtos como café, soja, milho e boi gordo. E aqui entra o que já estamos</p><p>falando desde a aula passada: não são vendidos os produtos em si, e sim contratos de compra e venda das</p><p>commodities. Nenhum produtor chega na BM&F com um caminhão com 100 sacas de soja para vender. Ele</p><p>entra na bolsa com contratos que equivalem a esse ativo.</p><p>É importante deixar claro que o pagamento do ajuste diário não representa que o comprador ou o vendedor</p><p>estejam perdendo dinheiro na negociação. Nos contratos futuros, há o que chamamos de convergência de</p><p>preços entre o mercado físico à vista (também conhecido como mercado spot) e o mercado futuro (Figura 1).</p><p>Por exemplo, se o preço de determinado produto subir, o vendedor deverá pagar os ajustes, visto que quando o</p><p>produto for realmente vendido no mercado físico, ele receberá preços mais altos do que foi previamente �xado.</p><p>O inverso também é verdadeiro: se os preços caírem, o vendedor recebe os ajustes diários, visto que, no</p><p>vencimento, ele venderá o produto por um preço menor. É essa tendência que garante a possibilidade da</p><p>entrega física dos produtos na bolsa.</p><p>Figura 1: Convergência dos preços no mercado futuro e no mercado à vista.</p><p>Fonte: Fortuna (2020).</p><p>Percebe a importância das características dos contratos futuros, da BM&F e da convergência de preços? Ao</p><p>realizarem as negociações por contratos futuros, os agricultores estão realizando uma gestão de risco, visto que</p><p>estão garantindo seus faturamentos e também o cumprimento dos contratos.</p><p>CONTRATOS FUTUROS: ESTRATÉGIA DE GARANTIA DE PREÇOS</p><p>O mercado futuro, em virtude das características que apresenta, tende a promover maior segurança e diminui</p><p>as principais fragilidades do mercado a termo. Nesse cenário, esse mercado pode ser considerado como uma</p><p>excelente estratégia de garantia dos preços, assim como garantia de manutenção e cumprimento dos contratos</p><p>futuros.</p><p>Você deve estar se perguntando: mas como funciona essa garantia?! Vamos entender com o exemplo a seguir</p><p>(Quadro 1).</p><p>14/09/2023, 18:17 wlldd_231_u3_com_pro_agr</p><p>https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=julio-nc%40hotmail.com&usuarioNome=JÚLIO+CÉSAR+PAIXÃO+PEREIRA&disciplinaDescricao=&atividadeId=3658064&atividadeDescric… 16/24</p><p>Quadro 1 | Exemplo �ctício de como o mercado futuro funciona como estratégia de preços.</p><p>EXEMPLO Em julho de 2021, o preço do milho previamente �xado e acordado entre as partes interessadas</p><p>(vendedor e comprador) para a entrega</p><p>do produto em julho de 2022 foi de R$ 90, considerando o saco de</p><p>60kg. Nesse cenário, ambas as partes consideram um preço justo para manutenção da produtividade e</p><p>também obtenção dos lucros.</p><p>Cenário 1 Queda do preço para R$ 70.</p><p>Nesse cenário, o vendedor vai estar em situação mais confortável, visto que vai vender o produto por um valor</p><p>acima do praticado no mercado spot. No entanto, o comprador sai em desvantagem, pois vai pagar mais R$ 20</p><p>pelo saco de milho. Aqui, há chances de rompimento do contrato pelo comprador.</p><p>Cenário 2 Aumento do preço para R$ 110.</p><p>Nesse cenário, é o comprador que �ca em situação mais confortável, visto que vai pagar menos R$ 20 pelo</p><p>saco de milho. Porém, o vendedor �ca em desvantagem, recebendo um preço bem abaixo do praticado no</p><p>mercado. Dessa forma, há chances de rompimento do contrato pelo vendedor.</p><p>Fonte: baseado em WAQUIL; MIELE; SCHULTZ (2010).</p><p>Nesses cenários de variação de R$ 20, para mais ou menos, como resolver para que o comprador ou o</p><p>vendedor não rompam o contrato? Já sabemos essa resposta, não é mesmo? Utilizando o mecanismo de ajuste</p><p>diário nos contratos de mercado futuro e, dessa forma, realizando a gestão dos riscos de preço. Mas como</p><p>funciona esse ajuste? Vejamos o Quadro 2.</p><p>Quadro 2 | Ajuste diário nos cenários de aumento e queda dos preços apresentados no Quadro 1.</p><p>CENÁRIO</p><p>PREÇO EM</p><p>JULHO/2022</p><p>AJUSTE DIÁRIO</p><p>1: Queda do preço R$ 70/saco</p><p>Entre julho de 2021 e maio de 2022, o vendedor receberá da</p><p>contraparte, pela BM&F, o valor de R$ 20 de ajustes diários por saco de</p><p>milho. Dessa forma, ao somar o valor do ajuste com os R$ 70 por saco</p><p>vendido no mercado spot, o vendedor receberá o valor de R$ 90, que</p><p>foi �xado previamente na BM&F.</p><p>2: Aumento do</p><p>preço</p><p>R$ 110/saco</p><p>Entre julho de 2021 e maio de 2022, o vendedor pagará à contraparte</p><p>os R$ 20 de ajustes diários, também por meio da BM&F. Dessa forma, o</p><p>vendedor terá a sua produção vendida a R$ 110, o que, descontando os</p><p>ajustes, resultará no valor de R$ 90, que foi �xado na bolsa.</p><p>Fonte: baseado em WAQUIL; MIELE; SCHULTZ (2010).</p><p>14/09/2023, 18:17 wlldd_231_u3_com_pro_agr</p><p>https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=julio-nc%40hotmail.com&usuarioNome=JÚLIO+CÉSAR+PAIXÃO+PEREIRA&disciplinaDescricao=&atividadeId=3658064&atividadeDescric… 17/24</p><p>Com esse exemplo, você consegue perceber a relevância da BM&F nas negociações dos contratos futuros. Ela é</p><p>o ambiente seguro que assegura as transações. Além disso, você também consegue entender na prática como</p><p>funciona a convergência dos preços no mercado à vista (ou spot) e futuro, não é mesmo?</p><p>Nesse contexto, podemos perceber que os contratos futuros funcionam como uma excelente ferramenta na</p><p>administração dos riscos de preços das commodities agrícolas, visto que eles oferecem maior segurança,</p><p>maiores benefícios à cadeia produtiva, possibilitando que os atores trabalhem com recursos, em um ambiente</p><p>de menores incertezas, como a BM&F.</p><p>Bons estudos! Até a próxima aula!</p><p>VÍDEO RESUMO</p><p>Nos contratos futuros, as partes se comprometem a comprar ou vender determinado ativo por um preço</p><p>pre�xado para liquidação futura. Nesse mercado, apesar da liquidação posterior, os compromissos �rmados</p><p>são ajustados diariamente, visando evitar problemas com a acumulação de perdas.</p><p>Nesse contexto, você verá aqui como esse ajuste funciona e por que ele é fundamental para o cumprimento dos</p><p>contratos. Além disso, você vai entender como funciona a BM&F e como o mercado à vista in�uencia no</p><p>mercado futuro.</p><p> Saiba mais</p><p>No Brasil, até o ano de 2008, havia duas bolsas muito conhecidas: (1) a Bolsa de Valores de São Paulo</p><p>(conhecida como Bovespa) e a (2) Bolsa de Mercadorias e Futuros (a BM&F). A primeira negociava as ações,</p><p>enquanto a segunda negociava contratos do mercado futuro.</p><p>No entanto, as duas se fundiram e formaram a BM&FBovespa e, em 2017, se fundiram com a Central de</p><p>Custódia e Liquidação de Títulos (CETIP), dando origem à atual B3, em referência as palavras ‘Brasil, Bolsa,</p><p>Balcão’, que está diretamente ligada a todas as bolsas existentes no país.</p><p>Para saber mais sobre as bolsas, as principais informações e notícias diárias, as cotações das commodities,</p><p>os boletins diários e os dados públicos, acesse o site da B3.</p><p>B3. [s. d.]. Disponível em: https://www.b3.com.br/pt_br/. Acesso em: 12 out. 2022.</p><p>No entanto, é importante destacar que, mesmo a B3 sendo uma única bolsa, elas continuam atuando nos</p><p>diferentes segmentos.</p><p>Aula 4</p><p>INSTRUMENTOS PÚBLICOS DE APOIO À</p><p>COMERCIALIZAÇÃO AGRÍCOLA</p><p>https://www.b3.com.br/pt_br/</p><p>14/09/2023, 18:17 wlldd_231_u3_com_pro_agr</p><p>https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=julio-nc%40hotmail.com&usuarioNome=JÚLIO+CÉSAR+PAIXÃO+PEREIRA&disciplinaDescricao=&atividadeId=3658064&atividadeDescric… 18/24</p><p>INTRODUÇÃO</p><p>As políticas públicas de apoio à comercialização agrícola têm importância fundamental nos mercados, pois</p><p>contribuem para a regulação da oferta do produto ao longo do ano (visto que favorece a estocagem de produto</p><p>pelos produtores) e também para a estabilização dos preços.</p><p>Diante desse contexto, nessa aula, você vai aprender sobre os instrumentos públicos de apoio à</p><p>comercialização, entendendo como e por que eles surgiram. Além disso, você vai conhecer sobre a importância</p><p>desses instrumentos e quais os principais que existem.</p><p>Dessa forma, ao estudar os conteúdos dessa aula, você vai entender a relevância da intervenção</p><p>governamental, tanto para a garantia da comercialização quanto para assegurar a segurança alimentar da</p><p>população.</p><p>Bons estudos!</p><p>CONHECENDO OS INSTRUMENTOS PÚBLICOS DE APOIO À COMERCIALIZAÇÃO</p><p>AGRÍCOLA</p><p>O Brasil é considerado um dos líderes de produção e comercialização dos mais diversos produtos agrícolas. No</p><p>entanto, há diversos riscos, como você já viu, que podem afetar diretamente a renda do produtor rural. Nesse</p><p>cenário, as políticas públicas apresentam papel essencial, visto que atuam para atenuar as consequências</p><p>desses riscos.</p><p>Como você pode ver no Quadro 1, essas políticas iniciaram em 1943, com a criação da Comissão de</p><p>Financiamento da Produção (CFP), e seguem, com atualizações, até os dias atuais.</p><p>Quadro 1 | Linha do tempo mostrando o histórico dos instrumentos públicos de apoio à comercialização</p><p>ANO AVANÇO LEGAL DA POLÍTICA DE APOIO À COMERCIALIZAÇÃO AGRÍCOLA</p><p>1943 Criação da CFP</p><p>1945</p><p>De�nidos os preços mínimos para alguns produtos (arroz, milho, feijão, amendoim, soja e girassol)</p><p>para �nanciamento da produção.</p><p>As políticas públicas de apoio à comercialização agrícola têm importância fundamental nos</p><p>mercados, pois contribuem para a regulação da oferta do produto ao longo do ano (visto que</p><p>favorece a estocagem de produto pelos produtores) e também para a estabilização dos preços.</p><p>33 minutos</p><p>14/09/2023, 18:17 wlldd_231_u3_com_pro_agr</p><p>https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=julio-nc%40hotmail.com&usuarioNome=JÚLIO+CÉSAR+PAIXÃO+PEREIRA&disciplinaDescricao=&atividadeId=3658064&atividadeDescric… 19/24</p><p>1966</p><p>Instituídas as normas para �xação de Preços Mínimos e execução dos pontos constantes na Política</p><p>de Garantia de Preços Mínimos (PGPM), a partir dos instrumentos: AGF (Aquisição do Governo</p><p>Federal) e EGF (Empréstimo do Governo Federal).</p><p>1990 Criação da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento).</p><p>1991 De�nidos os fundamentos e objetivos da Política Agrícola – Lei n° 8.171.</p><p>1992</p><p>Instituídas as operações de crédito rural, sendo criados (a partir de 1996) novos instrumentos: PEP</p><p>(Prêmio para o Escoamento de Produto), COV (Contrato de Opção de Venda), PEPRO (Prêmio</p><p>Equalizador Pago ao Produtor Rural e/ou sua Cooperativa), PROP (Prêmio de Risco para Aquisição de</p><p>Produto Agrícola oriundo de Contrato Privado de Opção de Venda) e SDPE (Subvenção Direta ao</p><p>Produtor Extrativista).</p><p>2003 Instituída a LEC (Linha Especial de Comercialização) para os produtos que seguem a PGPM.</p><p>2012</p><p>A LEC foi substituída pelo FEE (Financiamento Especial para Estocagem).</p><p>O EGF foi substituído pelo</p><p>FEPM (Financiamento para Estocagem de Produtos Agropecuários</p><p>integrantes da PGPM) e FGPP (Financiamento para Garantia de Preços ao Produtor).</p><p>2018</p><p>Ajustes no Manual de Crédito Rural do Banco Central, sendo extinto o FEPM e reformulado o FEE.</p><p>Este último passa a ser denominado de Financiamento Especial para Estocagem de Produtos</p><p>Agropecuários. A diferença é que passa a abranger produtos que constam ou não na PGPM.</p><p>Fonte: Ministério da Economia [s. d.]</p><p>Como você viu no histórico, um marco na política agrícola foi a criação da PGPM, que é considerada uma</p><p>importante ferramenta para assegurar uma garantia de remuneração mínima. E como determinar esses</p><p>preços? Segundo o Ministério da Economia:</p><p>Nesse contexto, podemos destacar que há vários instrumentos de apoio à comercialização, sendo os principais:</p><p>Preços mínimos, Aquisição do Governo Federal (AGF), Empréstimo do Governo Federal (EGF), Contrato de Opção</p><p>de Venda (COV), Cédula de Produto Rural (CPR) (com liquidação física ou �nanceira), Prêmio de Escoamento de</p><p>Os Preços Mínimos básicos para os produtos integrantes da pauta da Política de</p><p>Garantia de Preços Mínimos - PGPM, conforme determina o art. 5º do Decreto-Lei nº 79,</p><p>de 19 de dezembro de 1966, são de�nidos pelo Conselho Monetário Nacional - CMN - e</p><p>publicados em portaria do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).</p><p>— (MINISTÉRIO, [s. d.])</p><p>14/09/2023, 18:17 wlldd_231_u3_com_pro_agr</p><p>https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=julio-nc%40hotmail.com&usuarioNome=JÚLIO+CÉSAR+PAIXÃO+PEREIRA&disciplinaDescricao=&atividadeId=3658064&atividadeDescric… 20/24</p><p>Produto (PEP), Linha Especial de Comercialização (LEC), Nota Promissória Rural (NPR) e Duplicata Rural (DR).</p><p>Esse assunto será aprofundado ao longo da aula, mas já conseguiu perceber que há diversos instrumentos para</p><p>a intervenção governamental nos mercados e que essa intervenção tem papel fundamental no fomento à</p><p>comercialização e, consequentemente, à manutenção da produção, certo?</p><p>INTERVENÇÃO GOVERNAMENTAL: ESSENCIAL PARA SEGURANÇA</p><p>SOCIOECONÔMICA E ALIMENTAR</p><p>Diversos instrumentos da política pública que visam ao apoio à comercialização dos produtos agrícolas foram</p><p>instituídos ao longo dos anos. E a implantação dessas políticas agrícolas é de suma importância porque, com</p><p>essas intervenções governamentais, é possível garantir a segurança alimentar, fomentar a produção em virtude</p><p>da seguridade da venda, in�uenciar as condições de infraestrutura, gerar empregos diretos e/ou indiretos e</p><p>renda. Percebe-se que, a partir das políticas públicas, há interferência no desenvolvimento como um todo? Aqui,</p><p>você entende a importância desses instrumentos, não é mesmo?</p><p>Entendendo essa importância, vem a pergunta: como ocorre essa intervenção? E a resposta é: essa intervenção</p><p>ocorre, normalmente, em resposta às pressões, tanto do setor de produção quanto das crises de</p><p>abastecimento.</p><p>Nesse cenário, as políticas públicas, a partir de instrumentos como Empréstimo do Governo Federal (EGF), por</p><p>exemplo, possibilitam que os produtores rurais estoquem seus produtos e os vendam apenas quando o</p><p>mercado estiver mais favorável. Esse instrumento, que funciona como um crédito ao produtor, contribui para</p><p>que haja uma regulação da oferta do produto ao longo de um período de tempo e, dessa forma, apresenta</p><p>papel fundamental no comportamento dos preços (Figura 1) (WAQUIL; MIELE; SCHULTZ, 2010).</p><p>Figura 1 | In�uência da política de créditos na comercialização</p><p>Fonte: Waquil; Miele; Schultz (2010).</p><p>14/09/2023, 18:17 wlldd_231_u3_com_pro_agr</p><p>https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=julio-nc%40hotmail.com&usuarioNome=JÚLIO+CÉSAR+PAIXÃO+PEREIRA&disciplinaDescricao=&atividadeId=3658064&atividadeDescric… 21/24</p><p>Diante desse contexto, percebe como os instrumentos de apoio à comercialização apresentam papel</p><p>fundamental? No Quadro 2, podemos conhecer os principais instrumentos e suas características (WAQUIL;</p><p>MIELE; SCHULTZ, 2010).</p><p>Quadro 2 | Principais instrumentos de apoio à comercialização e suas características.</p><p>INSTRUMENTO CARACTERÍSTICAS</p><p>Preços Mínimos</p><p>São �xados antes do plantio. Esse instrumento visa promover um preço-piso</p><p>para evitar prejuízos com as oscilações de preços.</p><p>Aquisição do Governo</p><p>Federal (AGF)</p><p>É a venda da produção ao governo. O governo compra os excedentes e, no</p><p>período de escassez, retorna o montante comprado para o mercado.</p><p>Empréstimo do Governo</p><p>Federal (EGF)</p><p>É um instrumento de �nanciamento visando à estocagem, permitindo ao</p><p>produtor esperar uma época melhor para a venda. Isso evita a queda dos preços</p><p>pelo excesso da oferta.</p><p>Contrato de Opção de</p><p>Venda (COV)</p><p>Fornece ao produtor o direito (não a obrigação) de comercializar a produção a</p><p>um preço preestabelecido. Os contratos são vendidos pela Conab (Companhia</p><p>Nacional de Abastecimento) por meio de leilão público.</p><p>Cédula de Produto Rural</p><p>(CPR)</p><p>Consiste em um título que promete a entrega do produto. Através dele, o</p><p>produtor pode antecipar a venda, com a �nalidade de custeio do plantio. Pode</p><p>ser por liquidação física (entrega física) ou �nanceira (participação de outros</p><p>agentes econômicos).</p><p>Prêmio de Escoamento de</p><p>Produto (PEP)</p><p>Consiste no prêmio pago pelo governo para que os consumidores comprem</p><p>diretamente dos produtores, por um preço predeterminado.</p><p>Linha Especial de</p><p>Comercialização (LEC)</p><p>Tem como objetivo aumentar a liquidez da comercialização. É complementar ao</p><p>EGF, mas com maior �exibilidade operacional e de �nanciamento.</p><p>Nota Promissória Rural</p><p>(NPR) e Duplicata Rural</p><p>(DR).</p><p>São títulos de crédito rural, que só podem ser emitidos visando à compra e</p><p>venda de produtos agrícolas. A NPR é emitida pelo comprador e a NR pelo</p><p>vendedor.</p><p>Fonte: Fonte: Ministério da Economia [s. d.]; WAQUIL; MIELE; SCHULTZ (2010).</p><p>Diante disso, é possível entender a relevância da intervenção do governo para a segurança alimentar e</p><p>socioeconômica, não é mesmo? Aqui, não é só a questão de retorno econômico ao produtor, mas também dos</p><p>impactos positivos na sociedade como um todo, visando ao desenvolvimento, principalmente do meio rural.</p><p>14/09/2023, 18:17 wlldd_231_u3_com_pro_agr</p><p>https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=julio-nc%40hotmail.com&usuarioNome=JÚLIO+CÉSAR+PAIXÃO+PEREIRA&disciplinaDescricao=&atividadeId=3658064&atividadeDescric… 22/24</p><p>COMO FUNCIONA A APLICAÇÃO DAS POLÍTICAS PÚBLICAS NA</p><p>COMERCIALIZAÇÃO DOS PRODUTOS AGRÍCOLAS</p><p>Diferentemente dos demais setores da economia, a agricultura apresenta diversos fatores de risco à produção,</p><p>que são inerentes e de difícil (ou impossível) controle, tais como as condições edá�cas e climáticas. Além disso, é</p><p>necessário investimento em diversos insumos, como sementes, agroquímicos, maquinários, dentre outros</p><p>(SOUZA FILHO; BUAINAIN, 2001). Com isso, �ca evidente que a sazonalidade, a dependência dos fatores</p><p>externos e a pouca �exibilidade produtiva (as culturas têm épocas certas de plantio e colheita) fazem com que a</p><p>atividade agrícola enfrente maiores incertezas. Diante disso, as políticas públicas de apoio à comercialização</p><p>contribuem para atenuar as consequências dessas incertezas, visto que os governos podem intervir de�nindo</p><p>os preços mínimos, as taxas cambiais e, ainda, oferecer condições especiais de créditos e �nanciamento da</p><p>produção. Imagina se não houvesse esses instrumentos de apoio, como os produtores (principalmente os</p><p>pequenos e médios) conseguiriam se manter no mercado?</p><p>Diante desse cenário, temos o Plano Agrícola e Pecuário, mais conhecido como Plano Safra, que é o responsável</p><p>por divulgar o orçamento e também as alterações na Política Agrícola. Nessa política, um dos pilares mais</p><p>importantes é a PGPM, juntamente com o crédito rural e o seguro rural. No geral, a PGPM abrange diversos</p><p>produtos, como os tradicionais de mercado (milho, trigo, laranja, café e algodão) e também os produtos da</p><p>Sociobiodiversidade, como a carnaúba, cacau e o pequi (MAPA, 2016).</p><p>Para 2022/23, o governo disponibilizou</p><p>quase 341 bilhões de reais (um aumento de 36% em relação ao plano do</p><p>ano anterior), visando ao custeio e investimento nos diversos setores da agropecuária. Uma porcentagem desse</p><p>valor é para o atendimento à PGPM, que hoje é conduzida pela Conab, visando à garantia dos preços mínimos.</p><p>No geral, a Conab participa da PGPM em quatro etapas, que são: (1) Plano Agrícola: com análises do mercado,</p><p>avaliação da oferta e demanda do produto e, com isso, produz a proposta de Preços Mínimos; (2) na</p><p>normatização: em cada safra são produzidos os normativos que indicam como cada produto será tratado pelos</p><p>instrumentos de apoio; (3) no planejamento de ação dos instrumentos: a Conab envia notas para o Mapa,</p><p>fornecendo suporte técnico para a escolha dos instrumentos (qual instrumento, quando e onde utilizar); (4) na</p><p>execução dos instrumentos.</p><p>Nesse cenário, o preço mínimo é calculado e previamente divulgado pela Conab antes do período do plantio da</p><p>safra. Nesse cálculo entram todos os custos produtivos, tais como mão de obra, insumos e, ainda, a depreciação</p><p>dos maquinários utilizados na produção. Quando os preços de mercado estão abaixo do mínimo, alguns</p><p>instrumentos já podem ser acionados, visando à garantia dos preços, como AGF, COV, PEP e o Financiamento</p><p>para Estocagem. Assim, o produtor já inicia a sua safra com os preços mínimos de venda de�nidos e, com isso,</p><p>pode determinar qual produto produzir, visando ao atendimento de suas necessidades e lucratividade.</p><p>Diante de tudo o que foi abordado nessa aula, você percebe como acontece a intervenção governamental e a</p><p>importância dela, não é mesmo? Se não houvesse esses instrumentos de apoio à comercialização, os</p><p>produtores viveriam à mercê das oscilações de preços provenientes dos riscos inerentes à atividade agrícola,</p><p>sobretudo os riscos relacionados a oferta e demanda.</p><p>14/09/2023, 18:17 wlldd_231_u3_com_pro_agr</p><p>https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=julio-nc%40hotmail.com&usuarioNome=JÚLIO+CÉSAR+PAIXÃO+PEREIRA&disciplinaDescricao=&atividadeId=3658064&atividadeDescric… 23/24</p><p>VÍDEO RESUMO</p><p>Conhecer os principais instrumentos de apoio à comercialização agrícola, seus conceitos e importância é</p><p>essencial para a sua atuação pro�ssional, pois são essenciais para as tomadas de decisão junto ao produtor</p><p>rural. Nesse sentido, aqui você verá mais sobre esses instrumentos, entendendo na prática como eles</p><p>funcionam e por que são tão importantes para os produtores rurais, principalmente os pequenos e médios.</p><p>Além disso, vamos falar um pouco sobre a in�uência deles nas questões da biodiversidade e do meio ambiente.</p><p> Saiba mais</p><p>As tabelas de preços mínimos vigentes são publicadas pelo governo em seus sites o�ciais, como no portal</p><p>do Ministério da Fazenda. Já a Conab disponibiliza consulta de acordo com o ano, produto e unidade da</p><p>federação. Assim, é possível veri�car preços de anos anteriores e perspectivas de preços.</p><p>CONAB. Política de Garantia de Preços Mínimos. [s. d.] Disponível em:</p><p>https://consultaweb.conab.gov.br/consultas/consultaPgpm.do?method=acaoCarregarConsulta. Acesso em:</p><p>12 out. 2022.</p><p>Também no site da Conab, é possível saber mais sobre os diferentes instrumentos de política agrícola,</p><p>entendendo como ocorre a execução, quais são os bene�ciários e os limites estabelecidos.</p><p>CONAB. Instrumentos de Política Agrícola. [s. d.] Disponível em: https://www.conab.gov.br/precos-</p><p>minimos/instrumentos-de-politica-agricola#agf. Acesso em: 12 out. 2022.</p><p>Aula 1</p><p>ARIAS, D.; MENDES, P.; ABEL, P. (Coord.). Revisão rápida e integrada da gestão de riscos agropecuários no</p><p>Brasil. Brasília, DF: Banco Mundial, 2015. 76 p.</p><p>EMBRAPA. Visão 2030: O futuro da agricultura brasileira. Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária,</p><p>Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Brasília, DF, 2018. 213p.</p><p>MANAGING risk in agriculture: a holistic approach. Paris: OECD Publishing, 2009. 167 p.</p><p>WAQUIL, P.D.; MIELE, M., SCHULTZ, G. Mercados e comercialização de produtos agrícolas. Universidade</p><p>Federal Rural do Rio Grande do Sul, Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2010. 76p.</p><p>Aula 2</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>5 minutos</p><p>https://consultaweb.conab.gov.br/consultas/consultaPgpm.do?method=acaoCarregarConsulta</p><p>https://www.conab.gov.br/precos-minimos/instrumentos-de-politica-agricola#agf</p><p>14/09/2023, 18:17 wlldd_231_u3_com_pro_agr</p><p>https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=julio-nc%40hotmail.com&usuarioNome=JÚLIO+CÉSAR+PAIXÃO+PEREIRA&disciplinaDescricao=&atividadeId=3658064&atividadeDescric… 24/24</p><p>Imagem de capa: Storyset e ShutterStock.</p><p>BESSADA, O.; BARBEDO, C.; ARAÚJO, G. Mercado de derivativos no Brasil: conceitos, operações e estratégias.</p><p>São Paulo, Record, 2005. 368p.</p><p>BM&FBOVESPA. Mercado de derivativos no Brasil: conceitos, produtos e operações. 1 ed. Rio de Janeiro, 2015.</p><p>GAMBIN, M. Análise da E�ciência dos Derivativos Agropecuários na Gestão da Variabilidade de Preços.</p><p>2012. 100p. Dissertação (Mestrado) – Curso de Economia, Ciências Econômicas, Universidade Federal do Rio</p><p>Grande do Sul, Porto Alegre, 2012.</p><p>SILVA NETO, L. A. Derivativos: de�nições, emprego e risco. 4ªed., São Paulo: Atlas, 2002. 304p.</p><p>WAQUIL, P. D.; MIELE, M., SCHULTZ, G. Mercados e comercialização de produtos agrícolas. Universidade</p><p>Federal Rural do Rio Grande do Sul, Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2010, 76 p.</p><p>Aula 3</p><p>BANCO Central do Brasil. Bolsas de mercadorias e futuros. [s. d.] Disponível em:</p><p>https://www.bcb.gov.br/acessoinformacao/legado?</p><p>url=https:%2F%2Fwww.bcb.gov.br%2Fpre%2Fcomposicao%2Fbmf.asp. Acesso em: 19 set. 2022.</p><p>CALEGARI, I. P.; BAIGORRI, C.; FREIRE, F. Os derivativos agrícolas como uma ferramenta de gestão do risco de</p><p>preço. Custos e @gronegócio on line, v. 8, 2012. 20p. Disponível em:</p><p>http://www.custoseagronegocioonline.com.br/especialv8/Derivativos.pdf. Acesso em: 12 out. 2022.</p><p>FORTUNA, E. Mercado �nanceiro: produtos e serviços. Rio de Janeiro: Qualitymark Editora, 22ª ed., 2020. 936p.</p><p>WAQUIL, P. D.; MIELE, M.; SCHULTZ, G. Mercados e comercialização de produtos agrícolas. Universidade</p><p>Federal Rural do Rio Grande do Sul, Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2010, 76 p.</p><p>Aula 4</p><p>Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit. Ut vehicula sapien metus. Aenean leo massa, aliquet vel</p><p>hendrerit vitae, convallis id enim. Ut imperdiet arcu purus, sit amet dictum sem dictum eu. Pellentesque aliquet</p><p>lacus non sem suscipit porta. Aliquam mi massa, luctus quis quam ut, ultrices laoreet mi. Nulla facilisi. Donec</p><p>lorem mi, fringilla eget eros quis, auctor pharetra metus. Maecenas id interdum ligula, id convallis eros.</p><p>Vestibulum varius eget sapien in tincidunt. 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