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Atividade integradora Topicos Avançados em Arq e Urb

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alisson Diniz

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Atividade integradora – topicos avançados 1 
Aluno: Alisson Leandro diniz Prof: Dra. Isabela Januario 
Introdução: 
O periodo de vargas marca o surgimento da habitação social no brasil foi quando o estado começa a interferir no mercado 
habitacional produzindo ele próprio habitação através de autarquias estatais e em 1937 foi criado a criação Carteiras Prediais dos 
Institutos de Aposentadorias e Pensões (IAPs), primeiro órgão de caráter pulico nacional a produzir, em número significativo de 
habitação social, e posteriormente em 1946 criado a fundação de casa popular, primeiro órgão destinado exclusivamente a 
enfrentar o problema da moradia. 
O IAPs contava com dentre os arquitetos que participaram deste processo, Carlos Frederico Ferreira é um dos mais 
importantes. Formado na mesma turma de Niemeyer, foi chefe do setor de arquitetura e desenho do IAPI desde a criação das 
Carteiras Pre-diais em 1938 até sua extinção em 1964, Segundo Ferreira, em depoimento, os presidentes do IAPI, engenheiros 
Plínio Castanhede e Pedro Alim, tiveram um papel decisivo na ação habitacional do órgão. Foram eles que, pessoalmente, 
escolheram os arquitetos encarregados dos projetos e deram-lhes total autonomia. Arquitetos como de Attilio Corrêa Lima, MMM 
Roberto, Eduardo Kneese de Melo e Paulo Antunes Ribeiro, entre outros, projetaram para o IAPI. 
Entre 1940 e 1960, a população do Rio de Janeiro teve um incremento de 1,7 milhões de pessoas ou aproximadamente 
280 mil famílias; a produção viabilizada pela intervenção pública (incluindo ainda os financiamentos destinados à classe média e 
os conjuntos habitacionais realizados pela prefeitura, conjuntos como o Conjunto Residencial Prefeito Mendes de Moraes 
(Pedregulho). 
Esses Conjunto contavam com soluções inéditas para época Nestes projetos, estão presentes as propostas do movimento 
moderno para a habitação social, como grandes conjuntos habitacionais racionalizados, soluções verticalizadas e multifamiliares, 
com a adoção de blocos de apartamentos, unidades de habitação, utilização de pilotis e teto jardim destinados a equipamentos 
comunitários, racionalização do projeto urbanístico e do processo construtivo também muito importante conceito ligado ao 
movimento moderno de habitação, onde o empreendimento contava com escolas, igreja, playgrounds, comercio entre outros 
equipamentos urbanísticos e não somente a as edificações de moradia. 
Os conjuntos tinham que ser rentáveis isso garantia uma qualidade e durabilidade da habitação uma forma de dar 
garantias reais ao investimento, para além da satisfação do usuário. Para garantir a rentabilidade era utilizado a padronização pois 
era vista como um modo de baratear a construção e assim, propiciar uma compatibilização entre o valor da construção e os 
salários dos moradores: "Os projetos devem ser padronizados, tanto quanto o permitirem as condições do meio... de modo a 
tornar o valor construtivo compatível com os salários médios locais" (IAPI 1950:292). 
Apesar da defesa da padronização como princípio, os conjuntos têm projetos diversificados e identidade própria, nada 
que lembre a monotonia dos BNH. Os projetos dos lAPs talvez não tenham a riqueza da composição arquitetônica dos seus 
congêneres europeus, mas dialoga com eles. Merecem ser observados com maior cuidado, pois sua qualidade supera quase tudo 
o que se produziu em termos de conjuntos habitacionais no Brasil do BNH. 
Análise: 
Nosso projeto de análise é o Conjunto Residencial Prefeito Mendes de Moraes (Pedregulho) ele seria um conjunto 
popular destinado aos funcionários da prefeitura o terreno usado para edificação era um terreno da prefeitura. 
 
Programa: 
Concepção: unidades habitacionais autônomas; moradia ligada ao serviço social, ao emprego, lazer, saúde e educação; 
pagas por aluguel descontado no salário. 
Cliente: funcionários públicos do Distrito Federal (na época Rio de Janeiro). 
Programa: 5 tipologias de apartamentos com 522 unidades habitacionais e equipamentos com serviços coletivos. 
Equipamentos: Escola (Jardim-de-infância, Maternal, Berçário), Quadra Esportiva, 
Ginásio, Piscina com vestiários, Mercado, Lavanderia, Posto de Saúde, Clube, Centro 
Sanitário, Centros Comerciais, Centro Social. 
A implantação do edifício no terreno: 
o terreno e grande e ele não conta com uma boa 
topografia assim como todo o rio de janeiro, por mais que o 
terreno seja grande o programa proposto para ele também 
é fazendo com que o edifício principal (bloco A) destinado 
a apartamento seja sinuoso ou seja não acompanhe essa 
topografia não se detém perante a paisagem ou a topografia 
e vence os desafios da topográficos, na parte com altura 
media do terreno temos dois edifícios (bloco B e C) também 
de apartamentos e na parte mais baixo teríamos as escolas e postos de saúde mercado e lavanderia. Como na ilustração a seguir: 
Topografia: 
Manter a vista da baía de Guanabara para todos os 
apartamentos. Uma grande construção sobre pilotis de 
alturas variáveis, que dribla o declive natural da área pelo 
uso de passarelas. Dispensa elevadores: 
Acessos/Circulação: 
Vias internas: acesso para pedestres. 
Vias externas: Acesso ao conjunto com automóvel. 
Estacionamento: no térreo dos apartamentos e na 
entrada Bloco A 
 
 
Bloco A: 
Localizado na parte mais alta do lote, suspenso por 
pilotis. 
Possui 260 m de extensão, 272 apartamentos de 
diferentes tipos, O 1° e 2° pavimentos contêm apartamentos 
térreos. O 4°, 5°, 6° e 7° pavimentos são apartamentos duplex. 
Acesso no 3° pavimento, grande espaço público suspenso com 
varanda aberta para a paisagem. Monumentalidade, 
grandiosidade, plano de fundo. 
Acessos/Circulação - Bloco A Acesso: 
Fachada leste no 3° pavimento. Circulação horizontal: 
passarela ligada ao andar suspenso; corredor de acesso aos 
apartamentos. Circulação vertical: 4 volumes de escadas 
ligadas aos corredores do 1°, 2º e 4º e 6° pavimentos; 
 
 
 
Apartamentos: 
Tipo 1: 1° e 2° pavimentos: quitinetes de 
26m² (casais sem filhos): 1 quarto para a fachada 
oeste, sala, cozinha e banheiro junto ao corredor. 
Tipo 2: 4° e 6° pavimentos: duplex, 55 m²: sala 
e cozinha no andar inferior, banheiro no superior e 2 
quartos (flexíveis em relação à tripartição). 
 
Blocos B1 e B2 Bloco B1 e B2: 
Composição de planos cheios, vazios e translúcidos. 4 
pavimentos duplex. com apartamentos Fachada Oeste: 
fechamento com planos de cobogós translúcidos; cada pavimento 
com uma composição diferente; terraços. Fachada Leste: 
fechamento com parapeito e cobogós; entrada e cozinha. 
 
Acessos/Circulação - Bloco B1 e B2 Circulação horizontal: 
Corredor de acesso aos apartamentos. Circulação 
vertical: volume externo em formato de elipse: acessa do térreo 
o 1° e 3° pavimento; Escadas internas nos apartamentos duplex 
Tipologias de apartamentos: 
Bloco B1 e B2: duplex 
TIPO 3: 51m²: 2 quartos, sala, 1 banheiro, sala, terraço para oeste e cozinha. 
TIPO 4: 59M²: 3 quartos, 1 banheiro, sala, terraço e cozinha 
TIPO 5: 68M²: 4 quartos, 1 banheiro, sala, terraço e cozinha. 
 
Materialidade: 
O Conjunto Habitacional Marquês de São Vicente apresenta uma 
materialidade predominantemente concreta, utilizando o concreto armado de 
forma expressiva e estruturalmente inovadora para a época. Reidy explorou as 
possibilidades estéticas do concreto aparente, valorizando sua textura e 
tonalidade, o que se alinha com os princípios modernistas de honestidade 
estrutural e expressão dos materiais, além dos Cobogos cerâmicos: efeito claro-
escuro propiciado pela sombra; transparência para o pavimento; proteção solar. 
Painéis de mosaico no pátio de recreação da escola de Burle Marx. Painéis de 
azulejo de CândidoPortinari na fachada do ginásio 
 
 
 
 
Escola, Ginásio e Vestiários: 
O prédio das salas de aula é elevado sobre pilotis e 
possui um formato de prisma trapezoidal. No térreo, estão 
localizados sanitários, cozinha, despensa e o refeitório. No 
primeiro pavimento, há salas de aula conectadas por um 
corredor retilíneo fechado com cobogós, permitindo ventilação 
cruzada. O pátio apresenta um Painel de Burle Marx que integra 
arte à arquitetura escolar. Este painel, conservado pela 
Secretaria Municipal de Educação e Prefeitura do Rio de 
Janeiro, é parte da Escola Municipal Edmundo Bittencourt. 
Ginásio, Vestiários e Piscina Ginásio: 
Contém cobertura abobadada que com seus os 
elementos de sustentação formam uma espécie de arco. 
Possui o painel de azulejos “Criança pulando carniça”, de 
Cândido Portinari. 
Vestiários e piscina: na cobertura forma várias 
abóbadas, além do revestimento externo com painéis de 
azulejos. Os vestiários e a piscina estão inativos. A escola, o 
posto de saúde e o bloco B residencial conformam o espaço de forma a criar uma praça central para o conjunto, onde estão 
localizadas principais áreas de lazer. 
Lavanderia e mercado: 
A edificação tem o volume de um paralelepípedo 
com a laje em águas inclinadas para o centro 
 
Centro de saúde: 
Contém recepção, consultórios médico e dentário, farmácia, sala para curativos 
etc. Painel de bises na frente da edificação para limitar os espaços interno e externo e 
diminuir a insolação. Painel de azulejos de Anísio de Medeiros. O centro foi abandonado e 
é o mais degradado atualmente. 
Referências bibliográficas: 
BONDUKI, Nabil. Habitacao Social Na Vanguarda do Movimento Moderno. OCULUM, v. 1, n. 7, p. 84-93, 1996. 
Apresentação de João Kamita, (PUC-Rio): "Affonso Eduardo Reidy e a habitação social no Rio de Janeiro". Disponível em: 
https://www.youtube.com/watch?v=vxPjFdZETvw. Acesso em: 30 jun. 2024. 
"Clássicos da Arquitetura: Conjunto Residencial Prefeito Mendes de Moraes (Pedregulho) - Affonso Eduardo Reidy". ArchDaily 
Brasil. Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/01-12832/classicos-da-arquitetura-conjunto-residencial-prefeito-
mendes-de-moraes-pedregulho-affonso-eduardo-reidy. Acesso em: 30 jun. 2024.

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