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<p>APG sentidos</p><p>Sistemas orgânicos integrado 2 (Universidade Presidente Antônio Carlos)</p><p>Digitalizar para abrir em Studocu</p><p>A Studocu não é patrocinada ou endossada por nenhuma faculdade ou universidade</p><p>Baixado por Hellen Ferraz (ferrazhellen44@gmail.com)</p><p>MEMÓRIAS À MESA</p><p>Aluna: Virna Alves de Carvalho Braga APG 9: S5P1</p><p>OBJETIVOS:</p><p>1. Estudar a anatomofisiologia da audição, olfato e paladar.</p><p>2. Entender	a	formação	histológica	da audição, olfato e paladar.</p><p>3. Compreender a embriologia da audição</p><p>Os órgãos dos sentidos possuem receptores especiais que nos permitem cheirar, saborear, ver, ouvir e manter o equilíbrio. As informações transmitidas por esses receptores para o Sistema Nervoso Central (SNC) são utilizadas para ajudar a manter a homeostasia.</p><p>OLFAÇÃO</p><p>· Anatomia</p><p>Para que seja possível reconhecer odores diferentes, o nariz apresenta vários receptores diferentes para o olfato, em uma região denominada epitélio olfatório.</p><p>O epitélio olfatório é uma área com cerca de 5cm2 de área, ocupando a região superior da cavidade nasal, cobrindo a face inferior da lâmina cribriforme e se estendendo ao longo da concha nasal superior.</p><p>- Ele é composto por três tipos diferentes de células: os receptores olfatórios, células de sustentação e células basais.</p><p>1.</p><p>Receptores olfatórios: são neurônios de primeira ordem da via olfatória. Cada receptor olfatório é um neurônio bipolar com um dendrito exposto com formato de calículo e um axônio que se projeta através da placa cribriforme e termina no bulbo olfatório.</p><p>· Os cílios olfatórios são estruturas responsáveis pela transdução olfatório, ou seja, a conversão da energia do estímulo em um potencial graduado no receptor sensitivo).</p><p>· Nas membranas plasmáticas dos cílios olfatórios encontram-se os receptores olfatórios que detectam as substâncias químicas inaladas (= odóriferas).</p><p>· Os receptores olfatórios respondem ao estímulo químico de uma molécula odorífera produzindo um potencial gerador iniciando assim a resposta olfatória.</p><p>2. Células de sustentação: são células epiteliais colunares da túnica que reveste o nariz.</p><p>· Elas fornecem sustentação física, nutrição e isolamento elétrico para os receptores olfatórios e ajudam a desintoxicar substâncias químicas que entram em contato com o epitélio olfatório.</p><p>3. Células basais: são células-tronco localizadas entre as bases das células de sustentação. Elas sofrem divisão celular para produzirem novos receptores olfatórios, que</p><p>vivem apenas cerca de 1 mês, antes de serem substituídos.</p><p>Obs: Esse processo é interessante, pois os receptores são neurônios e neurônios maduros não são repostos</p><p>OBS: No tecido conjuntivo que sustenta o epitélio olfatório encontram-se as glândulas olfatórias, conhecidas também como glândulas de Bowman.</p><p>· As glândulas de Bowman são produtoras do muco que é transportado para a superfície do epitélio por ductos. Essa secreção umedece a superfície do epitélio e dissolve os odoríferos de modo que possa ocorrer a transdução.</p><p>· Tanto as células de sustentação do epitélio nasal quanto as glândulas secretoras são inervadas por neurônios parassimpáticos dos ramos do nervo fácil (NC VII), que podem ser estimulados por determinadas substâncias químicas.</p><p>·</p><p>Os impulsos desses nervos podem estimular as glândulas lacrimais nos olhos e as glândulas mucosas nasais, como resultando as lágrimas e coriza após inalação de algumas substâncias como a pimenta ou vapores de amônia.</p><p>· Fisiologia</p><p>Os receptores olfatórios reagem às moléculas odoríferas do mesmo modo que a maior parte dos receptores sensitivos reagem a seus estímulos específicos: um potencial gerador se desenvolve e dispara um ou mais impulsos nervosos = transdução olfatória.</p><p>· A ligação de um odorante a uma proteína receptora olfatória localizada em um cílio olfatório estimula uma proteína de membrana chamada proteína G. Essa proteína, ativa a enzima adenilato ciclose a produzir o mono fosfato de adenosina cíclico (AMP cíclico ou AMP). O AMP cíclico abre um canal de sódio que permite que o Na+ entre no citosol, causando um potencial gerador despolarizante na membrana do receptor olfatório. Se a despolarização alcançar o limiar, é gerado um potencial de ação pelo axônio do receptor olfatório.</p><p>· o olfato, assim como todos os sentidos especiais, apresenta um limiar baixo. A adaptação aos odores ocorre rapidamente.</p><p>Via olfatória: Em cada lado do nariz, tem-se</p><p>40 ramos de axônios delgados e não mielinizados dos receptores olfatórios se estendem através de cerca de 2 formares olfatórios na lâmina cribriforme do etmoide. Esses ramos, em conjunto, formam os nervos olfatórios (NC I) direito e esquerdo. Os nervos olfatórios terminam no encéfalo em massas de substância cinzenta, os bulbos olfatórios.</p><p>· Os bulbos olfatórios estão localizados abaixo dos lobos frontais do cérebro e laterais a crista etomoidal do etmoide. Nos bulbos olfatórios, os terminais axônicos dos receptores olfatórios formam sinapses com dendritos e os corpos células dos neurônios do bulbo olfatório na via olfatória.</p><p>Os axônios dos neurônios do bulbo olfatório se estendem posteriormente e formam o trato olfatório. Alguns dos axônios do trato se projetam para a área olfatória primária do córtex cerebral, localizada nas faces inferior e média do lobo temporal, que é a única área olfatória em que começa a percepção consciente do cheiro.</p><p>· As sensações olfatórias são as únicas sensações que alcançam o córtex cerebral sem fazer primeiro sinapses com o tálamo.</p><p>· Outros axônios do trato olfatório se projetam para o sistema límbico e o hipotálamo, contribuindo para respostas emocionais e memórias evocadas por cheiros.</p><p>A partir da área olfatória primária, outras vias também se estendem para o lobo frontal.</p><p>· Uma região importante para a identificação e discriminação dos odores é a área orbitofrontal = pessoas que lesam essa área tem dificuldades de identificar cheiros diferentes. A atividade nessa área é maior no hemisfério direito.</p><p>GUSTAÇÃO</p><p>O paladar ou a gustação é um sentido químico. Ele é mais simples que o olfato pois apenas 5 gostos primários podem ser diferenciados: azedo, doce, amargo, salgado e umami.</p><p>· O sabor umami foi descoberto mais recentemente e é descrito como um sabor carnoso.</p><p>· Anatomia</p><p>Os receptores para as sensações gustatórias estão localizados nos calículos gustatórios. A maioria encontra-se na língua, mas outros são encontrados no palato mole, na faringe e na epiglote.</p><p>Cada calículo gustatório é um corpo oval que consiste em três tipos de células epiteliais: as</p><p>células de sustentação, as células receptoras gustatórias e as células basais.</p><p>1. Células de sustentação: apresentam microvilosidades e envolvem cerca de 50 células receptores em cada calículo gustatório. Essas microvilosidades se projetam a partir de cada célula receptora para a superfície externa através do poro gustatório, que é uma abertura no calículo gustatório.</p><p>2. As células basais, são células-tronco encontradas na periferia do calículo gustatório próximas a camada conjuntiva. Elas produzem as células epiteliais de sustentação que se desenvolvem em células receptores gustatórias.</p><p>· Cada célula receptora gustatória possui uma vida útil de 10 dias. Esse é o motivo pelo qual não demora muito tempo para que os receptores gustatórios na língua se recuperem após uma queimadura causada por xícara de café muito quente.</p><p>· Em sua base, as células receptoras gustatórias fazem sinapses com dendritos de axônios de primeira ordem, que formam a primeira parte da via gustatória. Os dendritos de cada neurônio destes se ramificam e formam contatos com muitas células receptoras em vários calículos gustatórios.</p><p>Os calículos estão localizados em elevações na língua chamadas de papilas, que aumentam a superfície de contato e fornecem estrutura rugosa para a face superior da língua. Existem 3 tipos de papilas com calículos gustatórios:</p><p>1. Papilas cincunvaladas: são circulares e muito grandes, formando uma fileira com formato de V invertido na parte posterior da língua. Cada papila dessa armazena</p>
<p>100 a 300 calículos gustatórios.</p><p>· Apresentam numerosas glândulas de vou Ebner que secretam seu conteúdo no interior de uma profunda depressão que circunda cada papila, permitindo um fluxo continuo de liquido sobre uma grande quantidade de botões gustativos. Esse fluxo é importante para remover partículas de alimentos de lados adjacentes, para que possa receber e processar novos estímulos.</p><p>2. Papilas fungiformes: são elevações com formato de cogumelo espalhadas ao longo de toda a superfície da língua contendo cada uma delas cerca de 5 calículos gustatórios.</p><p>3. Papilas folhadas: estão localizadas em fossetas nas margens laterais da língua, porém a maior parte de seus calículos gustatórios se degenera no início da infância.</p><p>4. Papilas filiformes: são estruturas pontudas e com formato cônico alongado em forma de fio que contém receptores táteis, mas nenhum calículo gustatório. Eles aumentam o atrito entre a língua e o alimento, fazendo com que seja mais fácil a língua movimentar o alimento na cavidade oral.</p><p>· Ou seja, apresenta função mecânica de fricção. Seu epitélio de revestimento que não contém calículos gustatórios é queratinizado.</p><p>· Fisiologia</p><p>As substâncias químicas que estimulam as células receptoras gustatórias são chamadas de tastants. Uma vez que uma dessas moléculas esteja dissolvida na saliva ela pode entrar em contato com a membrana plasmática das microvilosidades gustatórias, que são locais de transdução do paladar.</p><p>O resultado é um potencial receptor que estimula por exocitose de vesículas sinápticas a partir da célula receptora gustatória. Por sua vez, as moléculas de neurotransmissores liberadas disparam impulsos nos neurônios sensitivos de primeira ordem que formam sinapses com as células receptoras gustatórias.</p><p>O potencial receptor surge diferentemente para estimuladores diferentes. Os íons sódio em um alimento salgado entram nas células receptoras gustatórias através de canais de sódio na membrana plasmática. O acúmulo de Na+ dentro da célula causa uma despolarização, que leva a uma liberação de neurotransmissor.</p><p>Os íons H+ nos estimuladores azedos podem fluir para dentro das células receptoras através de canais de íons hidrogênio, abrindo e fechando outros tipos de canais iônicos, podendo levar a uma despolarização e a liberação de um neurotransmissor.</p><p>Outros estimuladores, responsáveis pelos estímulos doce, amargo e umami, não entram nas células receptoras gustatórias. Em vez vez disso, eles se ligam a receptores na membrana plasmática que estão ligados a proteína G. Essa proteína ativa vários mensageiros secundários dentro da célula receptora gustatória, resultando sempre na</p><p>liberação de um neurotransmissor e despolarização.</p><p>· Os alimentos apresentam gostos diferentes devido um padrão diferente para cada impulso nervoso para o neurônio de primeira ordem que formam sinapses com células receptoras.</p><p>· O limiar depende de cada tipo de gosto diferente. Substâncias amargas e azedas apresentam limiar baixo, já para substâncias salgadas e doces apresenta limiar mais alto.</p><p>· A adaptação ocorre em 1 a 5 minutos de estímulo contínuo.</p><p>Via gustatória: Três nervos cranianos contêm axônios dos neurônios gustatórios de primeira ordem que inervam os calículos gustatórios.</p><p>· O nervo facial (NC VII) inerva os calículos gustatórios nos 2/3 anteriores da língua.</p><p>· O nervo glossofaríngeo (NC IX) inerva os calículos gustatórios no 1/3 posterior da linga.</p><p>· O nervo vago (NC X) inerva os calículos na garganta e na epiglote.</p><p>A partir dos calículos gustatórios, os impulsos são propagados ao longo desses nervos cranianos até o núcleo gustatório no bulbo. A</p><p>partir do bulbo, alguns axônios carregando os sinais gustatórios se projetam para o sistema límbico e hipotálamo, outros se projetam para o tálamo. Os que se projetam para o tálamo, irão para a área gustatória primária no lobo parietal do córtex cerebral que darão origem à percepção consciente do paladar.</p><p>AUDIÇÃO</p><p>A audição é a capacidade de perceber os sons. A orelha permite a transdução de vibrações sonoras com amplitudes de variados tamanhos, podendo responder aos estímulos elétricos mas rapidamente do que os fotorreceptores podem responder a luz. Ela também possuir receptores para o equilíbrio.</p><p>· Anatomia</p><p>A orelha é dividida em 3 regiões: a orelha externa, orelha média e orelha interna.</p><p>· ORELHA EXTERNA</p><p>A orelha externa é formada pelo pavilhão auricular (orelha propriamente dita), pelo meato acústico externo e pela membrana timpânica.</p><p>O pavilhão auricular é uma aba de cartilagem elástica com formato semelhante à extremidade de uma corneta e recoberta de pele. A margem é chamada de hélice, a parte inferior de lóbulo.</p><p>· Ligamentos e músculos ligam a orelha à cabeça</p><p>O meato acústico externo é um tubo com cerca de 2,5 cm de comprimento que se encontra no temporal e leva à membrana timpânica.</p><p>A membrana timpânica ou tímpano é uma divisão fina e semitransparente entre o meato acústico externo e a orelha média. A membrana timpânica é coberta pela epiderme revestida por epitélio cúbico simples.</p><p>· Entre as camadas do epitélio tem-se tecido conjuntivo composto por colágeno, fibras elásticas e fibroblastos.</p><p>O rompimento da membrana timpânica é chamado de perfuração do tímpano. Ele pode ser causado pela pressão de um cotonete, traumatismo ou infecção na orelha média. Geralmente se cura em 1 mês.</p><p>· A membrana timpânica pode ser avaliada pelo uso do otoscópio, que é um instrumento que ilumina e amplia o meato acústico externo e a membrana timpânica.</p><p>Próximo a sua abertura externa, o meato acústico externo contém pelos e glândulas sudoríparas chamadas de glândulas cerimoniosas que secretam cera de ouvido = cerume.</p><p>A combinação de pelos e cerume ajuda a evitar a entrada de poeira e objetos estranho na orelha. O cerume também evita danos a pele.</p><p>· O cerume em geral desidrata e desprende- se do meato, mas algumas pessoas produzem em grande quantidade que pode amortecer os sons. Nestes casos, precisa irrigar a orelha ou remover a cera.</p><p>· ORELHA MÉDIA</p><p>A orelha média é uma pequena cavidade, cheia de ar, revestida por epitélio, situado na parte petrosa do temporal. Ela é separada da orelha externa pela membrana timpânica e da orelha interna por uma divisão óssea fina que contém duas aberturas: a janela do vestíbulo (oval) e a janela da cóclea (redonda).</p><p>· Estendendo-s através da orelha médica e ligada a ela por através de ligamentos encontram-se os três ossos menores do corpo: os ossículos da audição, que são conectados por articulações sinoviais.</p><p>· Os ossos, nomeados por causa dos seus formatos, são: martelo, bigorna e o estrio.</p><p>O cabo do martelo se liga a face interna da membrana timpânica. A cabeça do martelo é articulada ao corpo da bigorna. A bigorna, o</p><p>osso do meio na série, se articula com a cabeça do estribo. A base do estribo se encaixa na janela do vestíbulo (oval). Diretamente abaixo dessa janela encontra-se outra abertura, a janela da cóclea (redonda), que é encapsulada por uma membrana chamada de membrana timpânica secundária.</p><p>Além dos ligamentos, dois pequenos músculos esqueléticos também se ligam aos ossículos. O músculo tensor do tímpano, que é inervado pelo ramo mandibular do nervo trigêmeo (NC V), limita o movimento e aumenta a tensão da membrana timpânica, evitando danos a orelha interna por causa de barulhos muito altos.</p><p>O músculo estapédio, que é inervado pelo nervo fácil (NC VII) é o menor músculo esquelético do corpo humano. Ao evitar grandes vibrações no estribo decorrentes de sons altos, ele protege a janela do vestíbulo, mas também diminui a sensibilidade auditiva.</p><p>Por esse motivo, a paralisia do músculo estapédio está associada à hiperacusia, que é uma audição anormalmente sensível. Como demora uma fração de segundo para que os músculos tensores do tímpano e estapédio se contraiam, eles podem proteger a orelha interna de sons altos prolongados, mas não de sons curtos, como um tiro.</p><p>A parede anterior da orelha média, contém uma abertura que leva diretamente para a tuba auditiva, conhecida também como trompa de Eustáquio.</p><p>A tuba auditiva,</p>
<p>contendo osso e cartilagem elástica, conecta a orelha média com a parte nasal da faringe ou nasofaringe (parte superior da garganta). Ela normalmente encontra-se fechada em sua extremidade medial (faringea). Durante a deglutição e ao bocejar, ela se abre permitindo que o ar entre ou sai da orelha média, até que as pressões se igualem.</p><p>· Quando as pressões estão balanceadas, a membrana timpânica vibra livremente conforme as ondas chegam nela. Mas, se as pressões não estiverem equilibradas, podem ocorrer dores intensas, prejuízo auditivo, zumbido nas orelhas e até mesmo vertigem.</p><p>· A tuba auditiva também é uma rota para patógenos que saem do nariz e da garganta</p><p>para a orelha média, causando o tipo mais comum de infecção auditiva</p><p>.</p><p>· ORELHA INTERNA</p><p>A orelha interna, também conhecida como labirinto por causa da sua série complicada de canais. Estruturalmente, ela é formada por duas divisões principais: um labirinto ósseo externo que encapsula um labirinto membranáceo interno. É como se fossem três balões longos colocados dentro de um tubo rígido.</p><p>O labirinto ósseo é formado por uma série de cavidades na parte petrosa do temporal dividida em três áreas: os canais semicirculares, o vestíbulo e a cóclea.</p><p>O labirinto ósseo é revestido por periósteo e contém a perilinfa. A perilinfa é um líquido, quimicamente semelhante ao liquor neural, que reveste o labirinto membranáceo, uma série de sacos e tubos epiteliais dentro do labirinto ósseo que tem o mesmo formato geral do labirinto ósseo, abrigando os receptores para audição e o equilíbrio.</p><p>O labirinto membranáceo epitelial contém a endolinfa. O nível de K+ na endolinfa é incomumente alto para um liquido extracelular e os íons potássio s desempenham papal na geração de sinais auditivos.</p><p>O vestíbulo é a parte central oval do labirinto ósseo. O labirinto membranáceo no vestíbulo é formado por dois sacos chamados de utrículo e sáculo, que são conectados por um pequeno ducto. Projetando-se superior e posteriormente ao vestíbulo encontram-se três canais semicirculares ósseos, cada um deles localizado em angulas aproximadamente reto um em relação aos outros dois. Com base em suas posições, eles são nomeados como canais semicirculares</p><p>anterior, posterior e lateral. Em uma extremidade de cada canal encontra-se um alargamento redondo chamado de ampola.</p><p>As partes do labirinto membranáceo que se encontram dentro dos canais semicirculares ósseos são chamados de ductos semicirculares, que se conectam ao utrículo do vestíbulo.</p><p>O nervo vestibular, parte do nervo vestibulococlear (NC VIII) consistem em nervos a pular, utrículo e secular. Esses nervos contêm neurônios sensitivos de primeira ordem e neurônios motores que formam sinapses com os receptores de equilíbrio. Os neurônios sensitivos de primeira ordem carregam informações sensoriais dos receptores e os neurônios motores carregam sinais de retroalimentação para os receptores, aparentemente para modificar sua sensibilidade. Os corpos celulares dos neurônios sensitivos encontram-se nos gânglios vestibulares.</p><p>Anteriormente ao vestíbulo encontra-se a cóclea, um canal espiral ósseo que lembra a casca de um caracol e realiza quase três voltas ao redor de um núcleo ósseo central chamado de modíolo.</p><p>Cortes histológicos revelam que a cóclea é dividida em três canais: ducto coclear, rampa do vestíbulo e a rampa do tímpano</p><p>1 O ducto coclear: é uma continuação do labirinto membranáceo em direção a cóclea, ele é preenchido por endolinfa.</p><p>2. A rampa do vestíbulo: está um pouco acima do ducto coclear e termina na janela do vestíbulo.</p><p>3. A rampa do tímpano: é o canal mais abaixo que termina na janela da cóclea.</p><p>Tanto a rampa do vestíbulo quanto a do tímpano são partes do labirinto ósseo da cóclea, sendo preenchidas por perilinfa. Elas são separadas completamente pelo ducto coclear, exceto por uma abertura no ápice da cóclea, o helicotrema.</p><p>A membrana (parede) vestibular separa o ducto coclear da rampa do vestíbulo e a lâmina basilar separa o ducto coclear da rampa do tímpano. Localizada sobre a lâmina basilar, encontra-se o órgão espiral ou órgão de Corti.</p><p>O órgão espiral é uma lâmina espiral de células epiteliais, incluindo células de sustentação e células ciliadas, que são receptores da audição.</p><p>Existem dois tipos de células ciliadas: ciliadas interna e externas. A interna está organizada em uma única fileira, e a externa em três fileiras. Nas células ciliadas, encontram-se os estereocílios, que são microvilosidades longas e semelhantes a pelos</p><p>· Em suas extremidades basais, as células ciliadas formam sinapses com neurônios sensitivos de primeira ordem e com neurônios motores da parte coclear do nervo vestibulococlear (NC VIII).</p><p>A membrana tectória é uma membrana gelatinosa flexível que cobra as células ciliadas do órgão espira.</p><p>· A NATUREZA DAS ONDAS SONORAS</p><p>As ondas sonoras são regiões de alta e baixa pressões que se alternam entre si e que viajam na mesma direção através de algum meio, como o ar. Elas são originadas a partir de um objeto que vibra de modo muito semelhante a formação de ondas sobre a superfície de um lago quando alguém atira uma pedra sobre a água.</p><p>· A frequência de uma vibração sonora é o seu tom. Quanto maior for a frequência de vibração, maior o seu tom.</p><p>· Sons agudos: 500 a 5000Hz.</p><p>· Espectro auditivo humano: 20 a 20.000Hz</p><p>· Quanto maior for a intensidade da vibração, mais alto será o som</p><p>· FISIOLOGIA</p><p>Os seguintes eventos estão envolvidos na audição:</p><p>1) O pavilhão direciona as ondas sonoras para o meato acústico externo.</p><p>2) Quando as ondas sonoras alcançam a membrana timpanica, as ondas alternadas de pressão alta e baixa no ar fazem com que a membrana timpânica vibra para frente e para trás. A membrana timpânica vibra lentamente em resposta a sons de baixa frequência e rapidamente para sons de alta frequência.</p><p>3) A área central da membrana timpanica se conecta ao martelo, que vibra junto</p><p>com a membrana timpanica. Essa vibração é transmitida do martelo para a bigorna e, então, para o estribo.</p><p>4) Conforme o estribo se move para frente e para trás, sua placa nasal em formato oval, conectada através de um ligamento a circunferência da janela do vestíbulo, faz vibrar essa janela. As vibrações na janela do vestíbulo são cerca de 20x mais rigorosas que as da membrana timpânica, pois os ossículos auditivos transformam pequenas vibrações espalhadas em vibrações maiores.</p><p>5) O movimento do estribo na janela do vestíbulo provoca ondas de pressão no líquido da perilinfa da cóclea. Conforme a janela do vestíbulo é empurrado para dentro, ela empurra a perilinfa na rampa do vestíbulo.</p><p>6) As ondas de pressão são transmitidas da rampa do vestíbulo para a rampa do tímpano, e eventualmente, para a janela da cóclea, fazendo com que ela se projete para fora da orelha média.</p><p>7) As ondas de pressão atravessam através da perilinfa da rampa do vestíbulo, passam então para a membrana vestibular e se movem para a endolinfa dentro do ducto coclear.</p><p>8) As ondas de pressão na endolinfa fazem com que as membranas basilares vibrem, fazendo com que as células ciliadas do órgão espiral se movam contra a membrana tectória. Isso promove os dobramentos dos estereocílios e leva em última análise à geração de impulsos nervosos nos neurônios de primeira ordem nas fibras cocleares.</p><p>9) As ondas sonoras de várias frequências fazem com que determinadas regiões da lâmina basilar vibrem mais intensamente que outras. Cada segmento da lâmina basilar está afinado para um tom em particular. Como a membrana é mais estreitar e mais espessa na base da cóclea, os sons de alta frequência induzem vibrações máximas nessa região. Na região do ápice da cóclea, a lâmina basilar é mais ampla e flexível, os sons de baixa frequência causam a vibração máxima naquele loca.</p><p>- A altura do som é determinada pela intensidade das ondas sonoras. Ondas sonoras de alta intensidade, promovem vibrações maiores na lâmina basilar, promovendo maior frequência de impulsos nervosos que chegam ao encéfalo. Sons mais altos também podem estimular uma quantidade maior de células</p>
<p>ciliadas.</p><p>As células ciliadas promovem a transdução de vibrações em sinais elétricos. Conforme a lâmina basilar vibra, os feixes de cílios no ápice das células ciliadas se dobram pra frente e para trás e deslizam um sobre o outro. Uma proteína de ligação de extremidade de (tip link) conecta a extremidade de cada esterocílio a um canal iônico sensível a estresse mecânico chamado de canal de transdução no seu esterocílio vizinho mais alto.</p><p>Conforme os esterocílio se dobram para a direção aos mais altos, as ligações tip links disparam os canais de transdução, abrindo- os. Esses canais permitem que cátions na endolinfa, principalmente o potássio, entrem no citosol da célula ciliada.</p><p>Conforme os cátions entram, eles produzem um potencial graduado despolarizante. A despolarização se espalha rapidamente ao longo da membrana plasmática e abre canais de cálcio voltagem dependentes na base das células ciliadas. O influxo de cálcio resultante promove a exocitose de vesículas sinápticas contendo glutamato. Conforme mais neurotransmissores são liberados, a frequência de impulsos nervosos nos neurônios sensitivos de primeira ordem que formam sinapses com a base das células ciliadas aumenta. Os dobramentos dos estereocílios na direção oposta fecha os</p><p>canais de transdução, permitindo que ocorra hiperpolarização e reduzindo a liberação de neurotransmissor pelas células ciliadas. Isso diminui a frequência de impulsos nos neurônios sensitivos.</p><p>Além de seu papel na detecção dos sons, a cóclea possui uma capacidade de produzir sons. Esses sons são chamados de emissões otoacústicas.</p><p>VIA AUDITIVA: o dobramento dos esterocílio s das células ciliadas do órgão espiral promove a liberação de um neurotransmissor (glutamato) que gera impulsos nervosos nos neurônios sensitivos que inervam as células ciliadas. Os corpos celulares dos neurônios sensitivos estão localizados nos gânglios espirais. Os impulsos nervosos passam através dos axônios desses neurônios, que formam a parte coclear do nervo vestibulococlear (NC VIII).</p><p>Esses axônios formam sinapse com neurônios nos núcleos cocleares no bulbo naquele mesmo lado. Alguns axônios dos núcleos cocleares passam por um cruzamento no bulbo e ascendem no trato lemnisco lateral no lado oposto e terminam no colículos inferior do mesencéfalo.</p><p>Outros axônios dos núcleos cocleares terminam no núcleo olivar superior em cada lado da ponte. Diferenças suas no tempo que demora para que os impulsos provenientes das duas orelhas cheguem nos núcleos olivares superiores permitem a localização da fonte do som.</p><p>Axônios dos núcleos olivares superiores também ascendem no trato lemnisco lateral em ambos os lados e terminam nos colículos inferiores. A partir de cada colículo inferior, impulsos nervosos são transmitidos para o núcleo geniculado medial no tálamo, e posteriormente, para a área auditiva primaria no córtex cerebral, no lobo temporal do cérebro. Como muitos axônios auditivos cruzam o bulbo, trocando de lado, enquanto outros permanecem do mesmo lado, as áreas auditivas primárias direita e esquerda recebem insulso de ambas as orelhas.</p><p>· Embriologia da audição</p><p>A primeira parte da orelha a se desenvolver é a interna. Ela começa a ser formada cerca de</p><p>22 dias após a fertilização como um espessamento do ectoderma superficial, chamado de placoide ótico, que aparece em ambos os lados do rombencéfalo. Os placoides óticos se invarginam rapidamente, formando as depressões óticas, dentro do mesênquima da cabeça. Mais tarde durante o o desenvolvimento, as vesículas óticas formarão as estruturas associadas ao labirinto membranáceo da orelha interna. O mesênquima ao redor das vesículas óticas produz a cartilagem que mais tarde será ossificada e formará o osso associados ao labirinto ósseo da orelha interna.</p><p>A orelha média se desenvolve a partir de uma estrutura chamada de primeira bolsa faríngea (branquial), um brotamento revestido por endoderma da faringe primitiva. Os ossículos da audição se desenvolvem a partir do primeiro e do segundo arcos faríngeos.</p><p>A orelha externa se desenvolve a partir da primeira fenda faríngea, um sulco entre o primeiro e segundo arco faríngeo, revestida por endoderma.</p><p>image2.png</p><p>image3.jpeg</p><p>image4.jpeg</p><p>image5.png</p><p>image6.jpeg</p><p>image7.jpeg</p><p>image8.jpeg</p><p>image9.jpeg</p><p>image10.png</p><p>image11.jpeg</p><p>image12.jpeg</p><p>image13.jpeg</p><p>image14.jpeg</p><p>image15.jpeg</p><p>image16.jpeg</p><p>image17.jpeg</p><p>image18.jpeg</p><p>image19.jpeg</p><p>image20.jpeg</p><p>image21.jpeg</p><p>image1.png</p>

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