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<p>Guideline fluidoterapia 2024</p><p>Introdução</p><p>A terapia com fluidos é essencial na prática veterinária, utilizada para tratar desde condições leves até</p><p>emergências graves. Prescrições e administrações adequadas são cruciais para alcançar resultados</p><p>terapêuticos benéficos e evitar complicações.</p><p>Princípios Gerais</p><p>1. Prescrição Correta: Os fluidos devem ser prescritos como drogas, com objetivos terapêuticos claros.</p><p>2. Compartimentos de Fluidos: Fluido intracelular (67%), intersticial (25%) e vascular (8%) precisam</p><p>de abordagens específicas.</p><p>3. Terapia Orientada para Objetivos: Diagnosticar déficits, escolher fluidos e vias de administração</p><p>adequados, calcular doses e monitorar a resposta.</p><p>Tipos de Fluidos</p><p>1. Cristaloides: Isotônicos (ex: solução salina 0,9%, Ringer Lactato);</p><p>hipertônicos (ex: solução salina hipertônica 3% ou 7,5%);</p><p>hipotônicos (ex: solução salina 0,45%, dextrose 5% em água).</p><p>2. Colóides: Naturais (ex: albumina, plasma fresco congelado) e sintéticos (ex: hidroxietilamido).</p><p>3. Sangue e Produtos Derivados do Sangue: Sangue total, concentrado de hemácias, plasma fresco</p><p>congelado.</p><p>Administração de Fluidos</p><p>Rotas: Intravenosa (IV), subcutânea (SC), intraóssea (IO), oral (PO).</p><p>Taxas: Ressuscitação (rápida), reidratação (calculada com base no déficit), manutenção (necessidades</p><p>diárias).</p><p>- Terapia com Fluidos para Ressuscitação</p><p>1. Choque Hipovolêmico: Rápida administração de fluidos isotônicos. Ex: Hemorragia, vômitos ou</p><p>diarreia.</p><p>2. Choque Distributivo: Fluidos isotônicos ou colóides com vasopressores. Ex: sepse e anafilaxia.</p><p>3. Choque Cardiogênico: Administração cautelosa de fluidos, possivelmente inotrópicos e diuréticos.</p><p>Ex: arritmias graves e insuficiência cardíaca congestiva.</p><p>4. Choque Obstrutivo: Tratamento específico da causa subjacente, com administração de fluidos</p><p>conforme necessário. Ex: tromboembolismo pulmonar, tamponamento cardíaco, volvo gástrico</p><p>- Terapia com Fluidos para Reidratação</p><p>1. Desidratação: Fluidos isotônicos para hidratação.</p><p>2. Hipovolemia: Fluidos isotônicos para restaurar o volume intravascular.</p><p>3. Cálculo do Déficit de Fluidos: Déficit de Fluidos (ml) = Peso corporal (kg) × Porcentagem de</p><p>desidratação × 10.</p><p>- Terapia com Fluidos para Manutenção</p><p>1. Necessidades Diárias: Adulto: Cães 60 ml/kg/dia e gatos 40 ml/kg/ dia.</p><p>Pediátrico: Cães - 3 x a dose do adulto (180ml/ kg/ dia); Gatos 2,5 x a dose do adulto (100 ml/ kg/ dia).</p><p>2. Aditivos de Fluidos: Potássio e glicose para necessidades específicas.</p><p>3. Sempre resolver primeiro a hipovolemia e depois a reidratação (Figura 8).</p><p>Monitoramento do Paciente</p><p>Parâmetros Clínicos e Exames Laboratoriais: Ajuste da terapia com base na resposta e prevenção de</p><p>complicações como sobrecarga de fluidos.</p><p>Terapia com Fluidos em Pacientes Anestesiados</p><p>Importante para minimizar vasodilatação e diminuição do DC promovidos pelos anestésicos</p><p>inalatórios.</p><p>A taxa para fluidoterapia em pacientes anestesiados devem respeitar 5 ml/kg/h para em cães e 3-</p><p>5ml/kg/h em gatos - paciente sem problemas cardíacos e renais. (não há estudo formal que</p><p>recomende estas taxas, porém, foram amplamente aceitas e incluidas na prática).</p><p>Para garantir boa perfusão tecidual, mantenha pressão média arterial em 60 mmHg.</p><p>1. Pré-Operatório: Avaliação da hidratação e volemia.</p><p>2. Intraoperatório:Manutenção do volume intravascular com fluidos isotônicos.</p><p>3. Pós-Operatório:Monitoramento contínuo e ajustes conforme necessário.</p><p>Pré-Operatório</p><p>1. Avaliação do Status de Fluidos:</p><p>- Antes da anestesia, é crucial avaliar a hidratação e a volemia do paciente. Sempre que possível,</p><p>resolver 80% da desidratação 24h antes do procedimento.</p><p>- A avaliação inclui exame físico (mucosas, turgor da pele, pulso), histórico clínico e exames</p><p>laboratoriais (hematócrito, proteína plasmática total, eletrólitos).</p><p>- Considerar potenciais deficts hídricos como, por exemplo, perdas por desidratação, jejum, perdas</p><p>insensíveis ou hídricas durante a cirurgia).</p><p>2. Plano de Terapia com Fluidos:</p><p>- Desenvolver um plano de terapia com fluidos baseado na condição clínica do paciente e no tipo de</p><p>procedimento cirúrgico.</p><p>- Considerar a necessidade de pré-hidratação para pacientes com desidratação leve a moderada antes</p><p>da indução anestésica.</p><p>Intraoperatório</p><p>1. Manutenção do Volume Intravascular:</p><p>- A administração de fluidos isotônicos (ex: solução salina 0,9%, Ringer lactato) é comum para manter</p><p>a pressão arterial e a perfusão tecidual.</p><p>- A taxa de administração de fluidos geralmente recomendada é de 5-10 ml/kg/h para cães e 3-5</p><p>ml/kg/h para gatos.</p><p>- Em procedimentos de longa duração ou em pacientes com maior risco de complicações, taxas mais</p><p>baixas (ex: 2-5 ml/kg/h) são aconselhadas para reduzir o risco de sobrecarga de fluidos.</p><p>2. Perdas Cirúrgicas:</p><p>- Estimar e substituir as perdas de sangue e fluidos durante o procedimento.</p><p>- Para perdas sanguíneas, pode ser necessária a administração de produtos sanguíneos, como</p><p>concentrado de hemácias ou plasma.</p><p>- Para perdas de fluidos não sanguíneos, pode-se administrar fluidos isotônicos adicionais conforme</p><p>necessário.</p><p>3. Monitoramento:</p><p>- Monitorar constantemente a pressão arterial, frequência cardíaca, débito urinário e parâmetros</p><p>laboratoriais (hematócrito, eletrólitos) para ajustar a terapia com fluidos em tempo real.</p><p>- Uso de dispositivos de monitoramento avançado, como cateteres venosos centrais, para avaliação</p><p>mais precisa da volemia e resposta à terapia com fluidos.</p><p>Pós-Operatório</p><p>1. Monitoramento Contínuo:</p><p>- Avaliar o status de fluidos e ajustar a terapia conforme necessário após a cirurgia.</p><p>- Monitorar sinais de sobrecarga de fluidos, como edema periférico, efusões cavitárias e alterações na</p><p>ausculta pulmonar.</p><p>2. Reposição de Déficits:</p><p>- Continuar a reposição de déficits de fluidos identificados durante o procedimento.</p><p>- Ajustar a taxa de administração de fluidos com base na avaliação contínua do paciente.</p><p>3. Recuperação:</p><p>- Planejar a transição gradual da terapia intravenosa para a administração oral de fluidos, à medida</p><p>que o paciente se recupera e retoma a ingestão voluntária.</p><p>Considerações Especiais</p><p>1. Pacientes com Condições Cardíacas:</p><p>- Usar taxas de administração de fluidos mais baixas para evitar sobrecarga cardíaca.</p><p>- Monitorar de perto a função cardíaca e ajustar a terapia com fluidos conforme necessário.</p><p>- Em casos de hipotensão em ICC, considerar vasoativos inotrópicos positivos.</p><p>2. Pacientes com Doenças Renais:</p><p>- Avaliar a função renal antes e durante a administração de fluidos.</p><p>- Ajustar a composição e a quantidade de fluidos para evitar sobrecarga e desequilíbrio eletrolítico.</p><p>3. Pacientes com Hipotensão Intraoperatória:</p><p>- Tratamento imediato com bolus de fluidos isotônicos para restaurar a pressão arterial.</p><p>- Considerar o uso de vasopressores se a resposta ao bolus de fluidos for inadequada.</p><p>A terapia com fluidos em pacientes anestesiados deve ser cuidadosamente planejada e monitorada</p><p>para garantir a manutenção da perfusão tecidual e evitar complicações como sobrecarga de fluidos. A</p><p>avaliação pré-operatória detalhada, o monitoramento intraoperatório contínuo e o ajuste pós-</p><p>operatório são essenciais para o sucesso da terapia com fluidos durante as cirurgias.</p><p>Fluidoterapia em pacientes com TCE</p><p>O principal objetivo da fluidoterapia é otimizar a pressão de perfusão cerebral e a pressão arterial</p><p>média. Com base nas diretrizes humanas, recomenda-se manter a PAS entre 100 e 110 mmHg para</p><p>reduzir a mortalidade e melhorar os resultados. Existem poucos estudos sobre fluidoterapia em</p><p>paciente com trauma cranio encefálico na veterinária, porém baseando-se em estudos clínicos de</p><p>humanos, suinos e roedores, apoiam o uso de concentrado de globulos vermelhos, plasma e</p><p>plaquetas em vez de cristalóides devido a melhores resultados em paciente com hemorragia contínua.</p><p>A osmoterapia (solução salina hipertônica e manitol), para reduzir o volume de conteúdo</p><p>intracraniano é comum no tratamento para TCE. Varios estudos em humanos utilizando tanto solução</p><p>salina hipertonica quanto manitol, mostram que reduzem</p><p>efetivamente a pressão intracraniana, mas</p><p>não existem evidencias que recomendem um em detrimento do outro. No caso da solução salina, tem</p><p>a vantagem de não causar diurese, aumentar a pré carga cardíaca e impactar positivamente a</p><p>perfusao cerebral.</p><p>Conclusão</p><p>A terapia com fluidos deve ser personalizada, com prescrição adequada e monitoramento rigoroso</p><p>para garantir a eficácia e segurança do tratamento, melhorando os resultados clínicos em cães e gatos.</p>

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