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<p>ESQUIZOFRENIA</p><p>INTRODUÇÃO E EPIDEMIOLOGIA</p><p>· Transtorno psiquiátrico grave, complexo e debilitante, que ocorre em 1% da população mundial.</p><p>· Os sinais variam com: alterações na percepção, emoção, cognição, pensamento e comportamento</p><p>· Há maior incidência nos países desenvolvidos, sendo considerado, pela OMS, uma das 10 doenças mais debilitantes que afeta os seres humanos</p><p>· A idade media de inicio do transtorno é por volta dos 18 anos, sendo que podemos conceituar o transtorno em:</p><p>· < 18 anos esquizofrenia de inicio precoce</p><p>· <12 anos esquizofrenia de inicio muito precoce</p><p>· >45 anos esquizofrenia de inicio tardio</p><p>· Homens tem tendência de inicio precoce. A idade de pico é de 10-25 anos nos homens e nas mulheres de 25-15 anos</p><p>· Parentes de 1º grau tem risco 10x maior</p><p>· Abuso de drogas é comum na esquizofrenia, sendo prevalente >50% ao longo da vida. O abuso de álcool ↑ o risco de hospitalização e, em alguns pacientes, pode ↑ os sintomas psicóticos</p><p>· A dependência em nicotina ocorre em ate 90% dos pacientes</p><p>· Sua expectativa de vida é 20-30 anos mais curta doq a população geral, devido tanto ao maior risco de suicídio, quanto pelo maior risco de doenças cardiovasculares</p><p>ETIOLOGIA multifatorial (genética + estressores ambientais = desenvolvimento anormal de conexões cerebrais durante a vida</p><p>· Fatores genéticos</p><p>· Monozigóticos (50%) >> dizigóticos (18%) >> irmão (10%)</p><p>· A alta variação na suscetibilidade ao transtorno se deve a efeitos genéticos cumulativos, sendo que alt dos genes de receptor nicotínico e neurregulina 1 estão associadas com sintomas negativos da esquizo</p><p>· Filhos de pais > de 60 anos ↑ o risco de desenvolver o transtorno espermatogênese em homens mais velhos sofre dano epigenético</p><p>· Fatores bioquímicos</p><p>· Hipótese da dopamina há uma alteração do balanço do sistema dopaminérgico, oq gera os sintomas:</p><p>· Excesso de dopamina em receptores dopaminérgicos tipo 2 das regiões límbicas associado a manifestações psicóticas</p><p>· ↓ da atividade dopaminérgica em receptores dopaminérgicos D1 do lobo frontal associado a sintomas negativos</p><p>· O aumento da atividade dopaminérgica alteraria a percepção dos estímulos, promovendo uma “saliência aberrante” de certos esquemas cognitivos preexistentes</p><p>0BS: a esquizo se associa também a disfunção dos receptores NMDA glutamatérgicos</p><p>· Serotonina o excesso de serotonina contribui tanto para sintomas positivos quanto para negativos. Isso se comprova pelo fato da atv de antagonista de serotonina (como a clozapina) e de outros psicóticos de 2ª geração ↓ os sintomas positivos em pacientes crônico</p><p>· Noreprinefrina se relaciona com a anedonia (↓ da capacidade de experimentar o prazer), uma degeneração neuronal seletiva do sistema neural de recompensa da norepinefrina poderia explicar esse aspecto da sintomatologia do transtorno.</p><p>· GABA perda de neurônios GABAergicos no hipocampo, isso leva a uma hiperatividade dos neurônios dopaminérgicos</p><p>· Neuropeptídios (subs P e neurotensina) influencia na ação dos neurotransmissores de catecolamina e indolamina</p><p>· Glutamato A ingestão de fenciclidina (antagonista do glutamato), produz uma síndrome aguda semelhante à esquizofrenia. A hipótese proposta inclui as de hiperatividade, hipoatividade e neurotoxicidade induzidas por ele.</p><p>· A cetilcolina e nicotina ↑ dos receptores muscarínicos e nicotínicos nos núcleos da base, no hipocampo e em regiões selecionadas do córtex pré frontal. Eles se relacionam com a regulação dos sistemas de neurotransmissores envolvidos na cognição, que é comprometida na esquizo</p><p>· Fatores neuroanatomicos</p><p>· Ventrículos cerebrais - alargamento dos ventrículos laterais e do 3º ventrículo e alguma ↓ no vol. cortical.</p><p>· Simetria reduzida - incluindo os lobos temporal, frontal e occipital. Acredita-se que essa simetria ↓ se origine durante a vida fetal e seja indicativa de uma interrupção na lateralização cerebral durante o neurodesenvolvimento.</p><p>· Sistema límbico - ↓ no tamanho da região, incluindo a amígdala, o hipocampo e o giro para-hipocampal. O hipocampo tbm é funcionalmente anormal. Além disso há desorganização neuronal.</p><p>· Córtex pré-frontal - anormalidades anatômicas e déficits funcionais. Vários sintomas de esquizofrenia imitam aqueles encontrados em pessoas com lobotomias pré-frontais ou síndromes do lobo frontal.</p><p>· Tálamo - ↓ de vol. ou perda neuronal, em subnúcleos específicos (núcleo dorsomedial). O nº total de neurônios, oligodendrócitos e astrócitos é ↓ em 30 a 45% em pctes com o transtorno.</p><p>· Psiconeuroimunologia</p><p>· Há uma ↓ de IL-2 pelas células T e ↓ do numero e da responsividade dos linfócitos periféricos, além de uma reatividade humoral, com presença de anticorpos anticerebrais.</p><p>· Isso pode ser causado por um vírus neurotoxico ou um transtorno autoimune endógeno</p><p>· Hipótese viral ↑ de exposição pre natal a influenza e ↑ no numero de anomalias físicas ao nascimento, ↑ taxas de complicações na gravidez e no nascimento, sazonalidade de hospitalizações, etc</p><p>· Teorias da aprendizagem - crianças aprendem reações e formas de pensar irracionais ao imitar pais que tem problemas emocionais significativos</p><p>· Dinâmicas familiares relacionamentos insatisfatórios ou famílias desestruturadas ↑ o risco dos filhos desenvolverem esquizofrenia</p><p>CONCEITOS IMPORTANTES NO DSM-V</p><p>· DELÍRIOS são crenças fixas, não passiveis de mudança a luz de evidencias conflitantes. são juízos patologicamente falsos, sendo um erro do ajuizar, que tem origem na doença mental</p><p>· Segundo Jaspers, há 3 caracteristicas essenciais para identificação do delírio:</p><p>1. Convicção extraordinária, uma certeza subjetiva quase absoluta que não pode ser colocada em duvida</p><p>2. É impossível a modificação do delírio pela experiencia objetiva, por provas explicitas da realidade, sendo irremovível</p><p>3. É quase sempre um juízo falso, o seu conteúdo é impossível. Do ponto de vista clinico é o aspecto de mais fácil percepção</p><p>· Podem ser de uma variedade de temas, sendo que os mais comuns são:</p><p>· Persecutórios + comum na esquizofrenia</p><p>· De referencia crenças deq alguns gestos, comentários ou estímulos são direcionados a própria pessoa</p><p>· De grandeza</p><p>· Erotomaniacos quando o individuo acredita, erroneamente, que outra pessoa esta apaixonada por ele</p><p>· Eles podem ser considerados ainda:</p><p>· Bizarros claramente implausíveis e incompreensíveis por outros indivíduos. Ex: acreditar que uma força externa retirou seus órgãos internos sem deixar cicatrizes</p><p>· Não bizarros acreditar que a pessoa esta sob vigilância da policia, apesar da falta de evidencia</p><p>· ALUCINAÇÕES é a percepção real de um objeto inexistente, ou seja, é uma percepção que ocorre sem um estímulo externo</p><p>· São vividas e claras, com toda a força e o impacto das percepções normais, não estando sob controle voluntario</p><p>· Podem ocorrer em qualquer modalidade sensorial, embora as alucinações auditivas sejam as mais comuns na esquizofrenia. Estas costumam ser vividas como vozes, familiares ou não, percebidas como diferentes do pensamento do individuo</p><p>· As alucinações que ocorrem ao adormecer (hipnagógicas) ou ao acordar (hipnopômpicas) são consideradas como pertencentes ao âmbito das experiencias normais</p><p>· Desorganização do pensamento (Discurso)</p><p>· Costuma ser inferida a partir do discurso do individuo, podendo ser:</p><p>· Descarrilhamento das associações udar de um tópico para outro</p><p>· Tangencialidade perguntas podem ter uma relação oblíqua ou não ter relação alguma</p><p>· Incoerência ou salada de palavras o discurso esta tão desorganizado que é quase incompreensível</p><p>· Pode ocorrer desorganização menos grave do pensamento ou discurso durante os períodos prodrômicos ou residuais da esquizofrenia</p><p>· Comportamento motor grosseiramente desorganizado ou anormal (incluindo Catatonia)</p><p>· Varia desde comportamento tolo e pueril ate agitação imprevisível, levando a dificuldades das atividades cotidianas</p><p>· Comportamento catatônico redução acentuada na reatividade ao ambiente, podendo cursar com negativismo, manutenção da postura rígida, inapropriada ou bizarra e falta de respostas verbais e motoras</p><p>(mutismo e estupor). Pode envolver também episódios de atv motora excessiva (excitação catatônica)</p><p>· Sintomas negativos responde a uma parcela significativa dos sintomas esquizofrênicos, apesar de ser menos frequente em outros transtornos psicóticos</p><p>· Os mais proeminentes na esquizofrenia são:</p><p>· Expressão emocional diminuída ↓ na expressão de emoções pelo rosto contato visual, entonação da fala e nos movimentos das mãos, da cabeça e da face</p><p>· Avolia ↓ em atvs motivadas, autoiniciadas e com uma finalidade. O paciente pode ficar sentado por períodos longos, com pouco interesse em participar de atvs profissionais ou sociais</p><p>· Alogia produção diminuída do discurso</p><p>· Anedonia</p><p>· Falta de sociabilidade ausência de interesse em interações sociais</p><p>SINAIS E SINTOMAS GERAIS</p><p>· Não há sinais patagnomonicos, logo a historia do paciente é essencial para o diagnóstico do transtorno, devendo-se levar em conta a escolaridade, sua condição socioeconômica e sua capacidade intelectual</p><p>· Sinais e sintomas pré-mórbidos personalidade esquizoide ou esquizotípica (indivíduos quietos, passivos e introvertidos, que na infância tinham poucos amigos, preferem assistir filmes doq a interação social)</p><p>· Pródromos geralmente são conhecidos somente após o diagnóstico, uma retrospecção. Antes da primeira hospitalização (que marca o inicio do transtorno) especula-se que os sinais e sintomas já estavam presentes por meses ou anos.</p><p>· Podem ter inicio com queixas somáticas dores de cabeça, fraqueza, tgi</p><p>· Familiares percebem mudança no paciente, nessa fase ele desenvolve interesse por ideias abstratas, filosofia e por questões ocultas ou religiosas. Além de comportamento acentuadamente excêntrico, afeto anormal, discurso incomum, ideias bizarras e experiencias perceptuais estranhas</p><p>· Exame do estado geral</p><p>· Descrição geral varia desde pessoa completamente desleixada, aos gritos e agitada ate obsessivamente arrumada, silenciosa e imóvel</p><p>· Humor, sentimentos e afeto ↓ responsividade emocional ou emoções exageradamente ativas e improprias (felicidade, raiva, ansiedade)</p><p>· Afeto embotado devido a própria doenças ou aos medicamentos</p><p>· Distúrbios perceptuais alt de qualquer um dos 5 sentidos, sendo que as alucinações mais comuns são as auditivas, com vozes ameaçadoras, obscenas, ascusatórias e ofensivas</p><p>· Pensamento frouxidão de associações, desagregação do pensamento, incoerência, tangencialidade, neologismo, ecolalia, verbigeração, salada de palavras, mutismo</p><p>· Delírios geralmente persecutórios, grandiosos, místicos ou somáticos. Os paciente podem acreditar que uma entidade externa controla seu pensamento ou de maneira inversa, que ela controla o nascer do sol, chuva etc</p><p>· Perda dos limites do ego fusão dos limites corporais com o universo</p><p>· Ideias de referencia, controle de pensamentos, radiação de pensamentos (outras pessoas podem ler minha mente)</p><p>· Impulsividade, violência e suicídio os pacientes podem ter ↓ do controle dos impulsos em surto, ↓ da sensibilidade social. Comportamento violento é comum entre indivíduos não tratados, porem as taxas de homicídio são iguais as da população geral</p><p>· Comprometimento cognitivo leve disfunção cognitiva na atenção, função executiva, memoria de trabalho e episódica . a cada crise psicótica o desempenho cognitivo ↓ mais</p><p>· Insight há falta de insight</p><p>CURSO</p><p>· A esquizofrenia é composta por 4 fases: pre mórbida, prodrômica, progressiva e crônica</p><p>· Pré-mórbida atrasos no desenvolvimento motor e retardo da fala.</p><p>· Fase prodrômica alt de personalidade, pensamento e humor. Há aparecimento de sintomas depressivos, cujo paciente é tratado com antidepressivos sem resultado. Esse quadro pode durar mais de um ano antes do 1º episódio psicótico. Culmina com o primeiro episódio de psicose</p><p>· Fase progressiva a partir da 1ª hospitalização. Paciente cursa com delírios e alucinações persistentes, internações e resposta parcial a vários antipsicóticos</p><p>· Fase de estabilidade ou crônica paciente ainda sujeito a recaídas. Há embotamento afetivo-volitivo e disfunção socio-ocupacional</p><p>OBS na esquizo a deterioração do funcionamento basal ↑ a cada recaída da psicose. Os sintomas negativos podem ser detectados desde o princípio, ao passo que os positivos e psicóticos ocorrem durante os surtos. Os sintomas positivos se tornam ↓ graves com o tempo, mas a gravidade dos sintomas negativos pode piorar</p><p>SUBTIPOS o DSM-V não considera mais os subtipos, porem eles são listados no CID-10</p><p>· Esquizofrenia paranoide delírios (de percepção ou grandeza) e alucinações auditivas frequentes</p><p>· Seu primeiro episódio é em idade mais avançada doq aqueles com tipos catatônicos ou desorganizado</p><p>· Tem menos regressão doq ou outros tipos</p><p>· Tendem a ser tensos, desconfiados, cautelosos, reservados e as vezes hostil ou agressivos</p><p>· Esquizofrenia desorganizada ou herbefrênica regressão acentuada para um comportamento primitivo, desinibido e desordenado</p><p>· Inicio precoce < 25 anos</p><p>· Transtorno de pensamento pronunciado e o contato com a realidade é pobre</p><p>· Aparência pessoal é desleixada, e suas respostas emocionais são inadequadas (ex: risos sem nenhuma razão)</p><p>· Sua aparência é desleixada, sorriso e caretas incongruentes com o contexto,</p><p>· Afeto pueril</p><p>· Esquizofrenia catatônica distúrbio da função motora, que envolve fases de estupor e negativismo com fases de excitação e estruturas bizarras</p><p>· Maneirismo e flexibilidade cérea</p><p>· Mutismo pode ocorrer</p><p>· Esses pacientes necessitam de supervisão durante as crises para impedir que machuquem a si mesmos e ou outros</p><p>· Podem cursar com quadros de desnutrição, exaustão, hiperpirexia ou autolesões</p><p>· Esquizofrenia indiferenciada pacientes que não podem ser enquadrados em um subtipo com tanta facilidade</p><p>· Tipo residual se caracteriza por um conjunto de evidencias continuas do transtorno na ausência de um conjunto completo de sintomas ativos ou suficientes para satisfazer o diagnóstico de outro tipo de esquizofrenia</p><p>· Embotamento emocional, retraimento social, comportamento excêntrico, pensamento il´´ogico e frouxidão leve de associações são comuns nesse tipo</p><p>COMORBIDADES</p><p>· Achados neurológicos. Sinais neurológicos focais e não focais. Os sinais não focais incluem disdiadococinesia, estereognosia, reflexos primitivos e ↓ destreza.</p><p>· Exame ocular. Além do transtorno do rastreamento ocular contínuo (movimento sacádico), pacientes com esquizofrenia têm taxa elevada de pestanejo, reflexo de atividade hiperdopaminérgica.</p><p>· Obesidade. IMCs mais altos ↑ do risco de morbidade e mortalidade cardiovascular e diabetes.</p><p>· Os próprios antipsicóticos ↑ o ganho de peso.</p><p>· HIV risco de infecção por HIV 1,5 a 2 vezes maior</p><p>· Doença pulmonar obstrutiva crônica. A prevalência ↑ de tabagismo é uma contribuição evidente para esse problema e pode ser a única causa.</p><p>· Artrite reumatoide. Indivíduos com esquizofrenia têm aproximadamente um terço do risco de artrite reumatoide encontrado na população em geral.</p><p>CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS</p><p>A. Dois ou mais dos itens a seguir, cada um presente por uma quantidade significativa de tempo durante um período de um mês. Pelo menos um deles deve ser 1, 2 ou 3</p><p>1. Delírios</p><p>2. Alucinações</p><p>3. Discurso desorganizado</p><p>4. Comportamento grosseiramente desorganizado ou catatônico</p><p>5. Sintomas negativos (expressão emocional diminuída ou avolia)</p><p>B. Por período significativo desde o aparecimento de perturbação, o nível de funcionamento das atv do individuo esta acentuadamente abaixo do nível alcançado antes do inicio</p><p>C. Sinais contínuos de perturbação persistem durante, pelo menos, seis meses. Esse período deve incluir, ao menos um mês de sintomas dos critérios A, podendo incluir períodos de sintomas prodrômicos ou residuais. Durante esses períodos prodrômicos ou residuais, os sinais da perturbação podem ser manifestados apenas por sintmoas negativos ou por dois ou mais sintomas listados no Critério A presentes em uma forma atenuada (crenças esquisitas, experiencia perceptivas incomuns)</p><p>D. Transtorno esquizoafetivo e transtorno depressivo ou transtorno bipolar com</p><p>características psicóticas são descartados porque:</p><p>1. Não ocorreram episódios depressivos maiores ou maníacos concomitantemente com sintomas da fase ativa</p><p>2. Se episódios de humor ocorreram durante os sintomas da fase ativa, sua duração total foi breve em relação aos períodos ativo e residual da doença</p><p>E. A perturbação não pode ser atribuída aos efeitos fisiológicos de uma substancia ou a outra condição medica</p><p>F. Se há história de transtorno do espectro autista ou de um transtorno da comunicação iniciado na infância, o diagnóstico adicional de esquizofrenia é realizado somente se delírios ou alucinações proeminentes, além dos demais sintomas exigidos de esquizofrenia, estão também presentes por pelo menos um mês (ou menos, se tratados com sucesso).</p><p>TRATAMENTO</p><p>Farmacológico</p><p>· São divididos em 1ª e 2ª geração, sendo a primeira subdividida em baixa e alta potencia. Essa classificação se baseia pela afinidade do fármaco pelo receptor D2 (presente na região subcortical/mesolimbica se associa aos sintomas psicoticos)</p><p>· Antipsicóticos de 1ª geração (também conhecidos como típicos, convencionais ou tradicionais)</p><p>· São inibidores competitivos em vários receptores, mas seus efeitos antipsicóticos refletem o bloqueio competitivo dos receptores D2 da dopamina</p><p>· São os que casam transtornos de movimento conhecidos como sintomas extrapiramidais (SEPs), principalmente os fármacos que se ligam fortemente aos neurorreceptores da dopamina (ex: Haloperidol). Os SEPs são menos prováveis nas medicações que se ligam fracamente, como a clorpromazina</p><p>· Antipsicóticos de segunda geração ( também conhecidos como atípicos)</p><p>· Tem menor incidência de SEP doq os de primeira geração, mas são associados ao maior risco de efeitos adversos metabólicos, como diabetes, hipercolesterolemia e ↑ de massa corporal</p><p>· Mecanismo de ação</p><p>· Antagonismo da dopamina todos os fármacos de 1ª e a maioria dos de 2ª bloqueiam os receptores D2 da dopamina no cérebro e na periferia</p><p>· Atv bloqueadora do receptor de serotonina a maioria dos de 2ª geração age, em partes nos receptores de serotonina (5-HT2A):</p><p>· Clozapina alta afinidade pelos receptores D1, D4, 5-HT2, muscarínicos e adrenérgicos alfa, além de ser antagonista fraco do receptor D2</p><p>· Risperidona e olanzapina bloqueia os receptores 5-HT2a mais intensamente doq o receptor D2</p><p>· Aripiprazol agonista parcial nos receptores D2 e 5-HT1A, bem como antagonista dos receptores 5-HT2a</p><p>· Quetiapina bloqueia os receptores D2 com mais potencia doq os receptores 5-HT2a</p><p>· Ações seus efeitos clínicos refletem o bloqueio tanto dos receptores de dopamina quanto de serotonina. Pode haver bloqueio de receptores colinérgicos, adrenérgicos e histamínicos</p><p>· Efeitos antipsicóticos diminuem as ilusões e os delírios por meio do bloqueio dos receptores D2 no sistema mesolimbico</p><p>· Os sintomas negativos, como falta de afeto, apatia e falta de atenção, respondem bem ao tto de antipsicóticos de 2ª geração, como a clozapina, pois agem nos receptores de sserotonina</p><p>· Efeitos extrapiramidais se explica pelo bloqueio de receptores de dopamina na via nigroestriatal (antipsicóticos de 2ª geração/atípicos causam menos efeitos de SEP)</p><p>· Distonias contrações sustentadas dos músculos e posturas distorcidas</p><p>· Sintomas de parkisson</p><p>· Acatisia intranquilidade motora</p><p>· Discinesia tardia movimentos involuntários geralmente de língua, lábios, pescoço, tronco e membros. Ocorrem em tto crônicos</p><p>· Efeitos antieméticos a maioria tem esse efeito devido ao bloqueio dos receptores D2 da zona quimiorreceptora disparadora bulbar</p><p>· Efeitos anticolinérgicos os antipsicóticos que produzem efeitos anticolinérgicos (olanzapina, clorpromazina, clozapina) podem gerar visão turva, boca seca, confusão e inibição dos músculos lisos da bexiga e no colon, gerando constipação e retenção urinaria</p><p>· Outros efeitos o bloqueio dos receptores adrenérgicos alfa podem causar hipotensão ortostática e cefaleia leve.</p><p>· ↑ liberação de prolactina antipsicóticos que bloqueiam os receptores D2 na hipófise</p><p>· Alteram os mecanismos de regulação da temperatura</p><p>· Absorção e biotransformação absorção variável, não sendo afetada pelo alimento. São transformados em diferentes metabolitos pelo sistema CYP450 no fígado</p><p>· Efeitos adversos ocorrem em 80% dos pacientes</p><p>· Efeitos extrapiramidais no estriado os efeitos inibitórios dos neurônios dopaminérgicos se opõem pelas ações excitatórias dos neurônios colinérgicos. Porem quando usamos os antipsicóticos (principalmente os de 1ª geração/típicos) a dopamina ↓ causando excesso relativo da influencia colinérgica, oq resuslta em efeitos motores extrapiramidais</p><p>· O aparecimentos dos distúrbios depende do tempo e da dosagem, sendo as distonias os primeiros sintomas, seguidoas de acatisias, que ocorrem dentro de dias ou semanas. Após meses surgem os sintomas semelhantes ao Parkinsson (tremores, bradicinesia e rigidez). Por fim, surge a discinesia tardia, após anos de tto, podendo ser irreversível</p><p>Obs: caso a atv colinérgica também seja bloqueada, o equilíbrio entre ela e a dopamina é reestabelecido, e os sintomas extrapiramidais são minimizados. Isso pode ser feito por meior da adm de um anticolinérgico (ex: benzotropina). Os antipsicóticos que apresentam uma maior atv anticolinérgica (tioridazina) tem menos efeitos extrapiramidais. Já o haloperidol e a flufenazina, que tem pouca atv anticolinérgica, produzem efeitos extrapiramidais mais frequentes, devido ao forte bloqueio da transmissão dopaminérgica</p><p>OBS 2: Discinesia tardia devido a tto de longa duração. O paciente evolui com movimentos faciais bilaterais da mandíbula e movimentos de caça as moscas com a língua. Em muitos casos é irreversível. Esse sintoma é causado pelo ↑ do numero de receptores de dopamina que são sintetizados com compensação do bloqueio do receptor por tempo muito prolongado. Isso torna os neurônios supersensíveis a ação da dopamina e permite que os estímulos dopaminérgicos superem os estímulos colinérgicos, para essa estrutura, causando movimentos excessivos no paciente</p><p>· Síndrome do antipsicótico maligno reação potencialmente fatal aos antipsicóticos, onde o paciente cursa com rigidez ms, febre, alteração do estado mental e estupor, PA instável e mioglobinemia. O tto é feito com medidas de apoio e suspensão do antipsicótico</p><p>· Outros efeitos</p><p>· Inibição dos receptores anti-histaminicos sonolência devido a depressão do SNC</p><p>· Atv antimuscarinica Confusão, xerostomia, retenção urinaria e constipação</p><p>· Bloqueio dos receptores adrenérgicos alfa redução da PA e hipotensão ortostática</p><p>· Antipsicóticos de deprimem o hipotálamo alt da termorregulação amenorreia, galactorreia, ginecomastia e infertilidade</p><p>· Contraindicações</p><p>· Podem baixar o limiar anticonvulsivo devem ser usados cautelosamente em paciente com convulsão ou q tem esse risco aumentado como na abstinência ao alcool</p><p>· Esquemas terapêuticos</p><p>· o tto medicamentoso da esquizofrenia baseia-se no uso de antipsicóticos, e as recomendações são:</p><p>· devem ser testados pelo menos 2 antipsicoticos, sendo que pelo menos um deles seja de 2ª geração</p><p>· olanzapina não pode ser usada como 1ª linha, devido ao risco de eventos adversos metabólicos</p><p>· os passos básicos para após o diagnóstico de esquizofrenia são</p><p>1. Monoterapia com antipsicóticos de 2ª geração (atípicos) por 4-6 semanas. Caso n se tenha o de 2ª g, pode-se adm um de 1ª(típicos).</p><p>· Se o paciente responder bem , ele é considerado responsivo, e o mesmo antipsicótico deve ser mantido para terapia de manutenção</p><p>2. Se o paciente não responder a 1ª escolha, deve-se tenta um segundo tto antipsicótico por mais 4-6 semanas</p><p>· Na ausência de resposta terapêutica adequada a essas duas tentativas, o paciente é considerado refratário</p><p>3. Para esse paciente refratário, o terceiro antipsicótico a ser adm deve ser necessariamente a clozapina, podendo alcançar dose max de 900mg/dia, sempre em monoterapia</p><p>· Caso o paciente não responda nem a clozapina, ele é considerado respondedor parcial ou super-refratario</p><p>OBS: para cada passo do tto,</p><p>deve-se considerar sempre a adesão do tto, risco de suicídio, sintomas catatônicos, risco de agitação ou violência, sintomas depressivos etc..sendo que medidas especificas devem ser tomadas</p><p>· Tempo de resposta ao tto 4-8 semanas</p><p>· Outras formas de intervenção</p><p>· TCC é útil para o tto de sintomas positivos persistentes, além de melhorar os sintomas gerais da esquizofrenia, inclusive em pacientes supre refratários (refratários a clozapina)</p><p>· Estimulação magnética transcraniana</p><p>· Eletroconvulsoterapia</p><p>image6.png</p><p>image7.png</p><p>image8.png</p><p>image9.png</p><p>image10.gif</p><p>image1.png</p><p>image2.png</p><p>image3.png</p><p>image4.png</p><p>image5.png</p>

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