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<p>DIREITO</p><p>ELEITORAL</p><p>Conceitos, Fontes e Princípios do</p><p>Direito Eleitoral</p><p>Livro Eletrônico</p><p>2 de 79www.grancursosonline.com.br</p><p>Conceitos, Fontes e Princípios do Direito Eleitoral</p><p>DIREITO ELEITORAL</p><p>Diogo Surdi</p><p>Conceitos, Fontes e Princípios do Direito Eleitoral .....................................................................................3</p><p>1. Conceitos Gerais ..........................................................................................................................................................3</p><p>1.1. Competência em Matéria Eleitoral .................................................................................................................5</p><p>2. Fontes do Direito Eleitoral ....................................................................................................................................7</p><p>2.1. Fontes Materiais e Fontes Formais ...............................................................................................................7</p><p>2.2. Fontes Diretas e Fontes Indiretas .................................................................................................................8</p><p>2.3. Fontes Primárias e Fontes Secundárias ....................................................................................................9</p><p>2.4. Consultas Eleitorais ............................................................................................................................................12</p><p>3. Princípios do Direito Eleitoral ...........................................................................................................................13</p><p>3.1. Princípio da Anualidade .....................................................................................................................................15</p><p>3.2. Princípio da Autonomia dos Partidos Políticos ..................................................................................18</p><p>3.3. Princípio da Celeridade Processual ...........................................................................................................21</p><p>3.4. Princípio Proporcional e Majoritário ........................................................................................................23</p><p>3.5. Princípio da Lisura das Eleições .................................................................................................................26</p><p>3.6. Princípio da Soberania Popular ou Democrática ...............................................................................27</p><p>3.7. Princípio da Moralidade Eleitoral .............................................................................................................. 29</p><p>Resumo ...............................................................................................................................................................................32</p><p>Mapa Mental ....................................................................................................................................................................35</p><p>Questões de Concurso ...............................................................................................................................................36</p><p>Gabarito ..............................................................................................................................................................................48</p><p>Gabarito Comentado ...................................................................................................................................................49</p><p>Sumário</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA IONE LOIOLA ALVES - 04913081322, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>3 de 79www.grancursosonline.com.br</p><p>Conceitos, Fontes e Princípios do Direito Eleitoral</p><p>DIREITO ELEITORAL</p><p>Diogo Surdi</p><p>CONCEITOS, FONTES E PRINCÍPIOS DO DIREITO</p><p>ELEITORAL</p><p>Olá, pessoal, tudo bem? Acredito e espero que sim!</p><p>Na aula de hoje, estudaremos os assuntos que, em conjunto, formam a base de todo o</p><p>Direito Eleitoral: tratam-se dos Conceitos, Fontes e Princípios especificamente relacionados</p><p>com esta importante disciplina.</p><p>Merece ser destacado, ainda, que algumas questões relacionadas com os conceitos, as</p><p>fontes e os princípios do Direito Eleitoral mesclam outros assuntos da disciplina. Neste caso,</p><p>mesmo que algum ponto de determinada questão possa parecer mais “desconhecido”, aos</p><p>poucos o conhecimento vai sendo absorvido e compreendido como um todo.</p><p>Forte abraço a todos e bons estudos!</p><p>Diogo</p><p>1. ConCeitos Gerais</p><p>O estudo dos conceitos básicos do Direito Eleitoral implica, basicamente, em analisar os</p><p>institutos que fazem desta disciplina, que, ainda que pertencente ao Direito Público, trata-se de</p><p>um ramo autônomo do direito.</p><p>Como disciplina autônoma, o Direito Eleitoral apresenta uma série de institutos e peculia-</p><p>ridades próprias, que são utilizados com a finalidade de garantir que o processo eleitoral seja</p><p>regulamente observado.</p><p>E justamente por possuir esta função é que o Direito Eleitoral é um dos ramos do direito que</p><p>mais sofre modificações a cada eleição, de forma que o seu estudo codificado se torna difícil e</p><p>constantemente desatualizado. No entanto, temos que mencionar que o Código Eleitoral, ainda</p><p>que com uma série de artigos que não se encontram mais em vigor, foi recepcionado pela Cons-</p><p>tituição Federal de 1988, sendo, por isso mesmo, uma das principais fontes da nossa disciplina.</p><p>Além dele, diversas são as fontes que fundamentam o estudo do Direito Eleitoral, como as</p><p>Leis e as Resoluções do Tribunal Superior Eleitoral.</p><p>Para o autor Francisco Dirceu de Barros, o Direito Eleitoral apresenta a seguinte definição:</p><p>O Direito Eleitoral é ramo do Direito Público que trata dos institutos relacionados com os direitos</p><p>políticos e das eleições, em todas as suas fases, como forma de escolha dos titulares dos mandatos</p><p>eletivos e das instituições do Estado.</p><p>Já o professor Marcos Ramayana apresenta o seguinte conceito para o Direito Eleitoral:</p><p>Ramo do Direito Público que disciplina o alistamento eleitoral, o registro de candidatos, a propagan-</p><p>da política eleitoral, a votação, apuração e diplomação, além de organizar os sistemas eleitorais,</p><p>os direitos políticos ativos e passivos, a organização judiciária eleitoral, dos partidos políticos e do</p><p>Ministério Público dispondo de um sistema repressivo penal especial.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA IONE LOIOLA ALVES - 04913081322, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>Cilene</p><p>Destaque</p><p>Cilene</p><p>Destaque</p><p>4 de 79www.grancursosonline.com.br</p><p>Conceitos, Fontes e Princípios do Direito Eleitoral</p><p>DIREITO ELEITORAL</p><p>Diogo Surdi</p><p>De ambas as definições apresentadas, conseguimos extrair, inicialmente, que o Direito Elei-</p><p>toral pertence ao direito público.</p><p>Ainda que o direito seja um só, é comum termos a classificação de determinados ramos</p><p>do direito em público e privado. Assim, as áreas do Direito que pertencem ao Direito Privado</p><p>são aquelas que cuidam, basicamente, das relações entre particulares, pessoas estas que se</p><p>encontram, via de regra, em um mesmo nível de direitos e obrigações (horizontalidade).</p><p>Como exemplo, podemos citar o Direito Civil: Se você firmar um contrato de compra e venda</p><p>com outra pessoa, apenas poderá exigir que ela cumpra com suas obrigações caso você</p><p>também proceda desta forma. Em caso de descumprimento por alguma das partes, aquela</p><p>que se sentir lesada poderá recorrer ao Poder Judiciário para solucionar a conflito.</p><p>No Direito Público, porém, isso nem sempre ocorre. E a fundamentação para tal conduta é</p><p>bastante simples: Considerando</p><p>disso, a Constituição Federal assegura a participação direta, que será exercida, basi-</p><p>camente, por meio dos institutos do plebiscito, do referendo e da iniciativa popular.</p><p>Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com</p><p>valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante:</p><p>I – plebiscito;</p><p>II – referendo;</p><p>III – iniciativa popular.</p><p>005. (CESPE/AMCI (CGM J PESSOA) /PREF JOÃO PESSOA/AUDITORIA, FISCALIZAÇÃO, OU-</p><p>VIDORIA E TRANSPARÊNCIA/GERAL/2018) À luz do disposto na Constituição Federal de 1988</p><p>(CF), julgue o item a seguir, acerca dos princípios constitucionais e dos direitos fundamentais.</p><p>Conforme a CF, o poder emana do povo e é exercido por meio de representantes eleitos, não</p><p>havendo previsão do exercício do poder diretamente pelo povo.</p><p>De acordo com a Constituição Federal, o poder pode ser exercido tanto indiretamente (por</p><p>meio de representantes eleitos) quanto diretamente (por meio, dentre outros, de plebiscito,</p><p>referendo e iniciativa popular).</p><p>Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com</p><p>valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante:</p><p>I – plebiscito;</p><p>I – referendo;</p><p>III – iniciativa popular.</p><p>Errado.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA IONE LOIOLA ALVES - 04913081322, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>29 de 79www.grancursosonline.com.br</p><p>Conceitos, Fontes e Princípios do Direito Eleitoral</p><p>DIREITO ELEITORAL</p><p>Diogo Surdi</p><p>3.7. prinCípio da moralidade eleitoral</p><p>A primeira informação que temos que saber é que a moral administrativa difere em muitos</p><p>aspectos da moral comum. Enquanto a moralidade administrativa está ligada à ideia de boa ou</p><p>má administração e aos preceitos éticos da probidade, decoro e boa-fé, a moral comum está</p><p>baseada unicamente na crença entre o bem e o mal.</p><p>A moralidade eleitoral pode ser entendida como uma das subdivisões do princípio da mora-</p><p>lidade administrativa. Em nosso ordenamento jurídico, tal princípio está presente no artigo 14,</p><p>§9º, da Constituição Federal:</p><p>Art. 14, § 9º, Lei complementar estabelecerá outros casos de inelegibilidade e os prazos de sua</p><p>cessação, a fim de proteger a probidade administrativa, a moralidade para exercício de mandato</p><p>considerada vida pregressa do candidato, e a normalidade e legitimidade das eleições contra a influ-</p><p>ência do poder econômico ou o abuso do exercício de função, cargo ou emprego na administração</p><p>direta ou indireta.</p><p>Assim sendo, ainda que a Constituição Federal elenque uma série de situações de inelegi-</p><p>bilidade, é plenamente possível que uma lei complementar, com o objetivo, dentre outros, de</p><p>proteger a moralidade eleitoral, estabeleça outros casos de inelegibilidade.</p><p>Em nosso ordenamento jurídico, a norma responsável por tal previsão é a Lei Complemen-</p><p>tar 64/1990, popularmente conhecida como a “lei das inelegibilidades”.</p><p>Destaca-se que o instituto da inelegibilidade é um dos mais importantes de todo o Direito</p><p>Eleitoral, estando intimamente relacionado com o princípio da moralidade. Por meio das ine-</p><p>legibilidades, consegue-se verificar, nas hipóteses previstas na Constituição Federal ou na Lei</p><p>Complementar 64, se o cidadão está ou não apto a exercer a sua capacidade eleitora passiva,</p><p>ou seja, o direito de ser votado nas eleições.</p><p>O renomado autor José Afonso da Silva apresenta um conceito de inelegibilidade que me-</p><p>rece destaque, uma vez que traduz com precisão a forma como tal instituto obsta a capacida-</p><p>de do cidadão eleger-se:</p><p>Inelegibilidade revela impedimento à capacidade eleitoral passiva (direito de ser votado). Obsta,</p><p>pois, à elegibilidade. Não se confunde com inalistabilidade, que é o impedimento à capacidade elei-</p><p>toral ativa (direito de ser eleitor), nem com incompatibilidade, impedimento ao exercício do mandato</p><p>depois de eleito.</p><p>A questão da moralidade eleitoral ganhou destaque com a edição da Lei Complementar</p><p>135/2010, norma popularmente conhecida como “lei da ficha limpa”. Com a entrada em vigor</p><p>da mencionada norma, tivemos uma série de alterações nos artigos da Lei Complementar 64.</p><p>A principal delas, sem sombra de dúvidas, é a que determina que a decretação de inelegibilida-</p><p>de deixou de ser aplicável, apenas, nas situações em que ocorrer o trânsito em julgado.</p><p>Agora, além desta hipótese, a inelegibilidade também poderá ser decretada por decisão de</p><p>órgão judicial colegiado.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA IONE LOIOLA ALVES - 04913081322, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>30 de 79www.grancursosonline.com.br</p><p>Conceitos, Fontes e Princípios do Direito Eleitoral</p><p>DIREITO ELEITORAL</p><p>Diogo Surdi</p><p>O PULO DO GATO</p><p>Se cair em sua prova uma assertiva que mencione que a decretação de inelegibilidade apenas</p><p>poderá ocorrer com o trânsito em julgado da decisão, está errado.</p><p>Após a entrada em vigor da Lei da Ficha limpa, a inelegibilidade poderá ser decretada de</p><p>duas formas:</p><p>a) por decisão transitada em julgado;</p><p>b) mediante decisão proferida por órgão judicial colegiado (sem a necessidade, neste caso, de</p><p>ter transitado em julgado).</p><p>Decretação de</p><p>Inelegibilidade</p><p>Decisão transitada em</p><p>julgado (que não pode</p><p>ser mais objeto de</p><p>recurso)</p><p>Decisão proferida por</p><p>órgão judicial colegiado</p><p>(que ainda pode ser</p><p>objeto de recurso)</p><p>Com base no que foi exposto, nota-se que a moral eleitoral é um conceito bem mais amplo</p><p>que o da moral comum.</p><p>E justamente por ser um conceito amplo é que surgem as principais dúvidas pertinentes</p><p>a este princípio: Seria ele de caráter subjetivo ou objetivo? Em caso de desrespeito, tería-</p><p>mos anulação ou revogação?</p><p>Nos dias atuais, já está pacificado na doutrina que o princípio da moralidade, ainda que</p><p>dotado de certo grau de subjetivismo (pois certas situações podem depender do julgamento</p><p>de cada administrador, que terá uma opinião sobre o ato ser ou não contrário à moralidade), é</p><p>de caráter objetivo.</p><p>E, por ser de caráter objetivo, a sua não observância acarreta a anulação do ato, e não a</p><p>simples revogação. A anulação importa em um controle de legalidade, enquanto a revogação</p><p>adentra apenas no mérito do ato, analisando os aspectos de conveniência e oportunidade. Ato</p><p>contrário ao princípio da moralidade eleitoral, desta forma, é ato nulo.</p><p>Princípios Eleitorais Definições</p><p>Princípio da Anualidade</p><p>O princípio da anualidade estabelece que a lei que alterar</p><p>o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua</p><p>publicação, não se aplicando à eleição que ocorra até um</p><p>ano da data de sua vigência</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA IONE LOIOLA ALVES - 04913081322, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>31 de 79www.grancursosonline.com.br</p><p>Conceitos, Fontes e Princípios do Direito Eleitoral</p><p>DIREITO ELEITORAL</p><p>Diogo Surdi</p><p>Princípios Eleitorais Definições</p><p>Princípio da Autonomia dos</p><p>partidos políticos</p><p>O princípio da autonomia dos partidos políticos assegura</p><p>a liberdade para que tais organizações definam sua</p><p>estrutura interna e a forma como irão funcionar.</p><p>Princípio da Celeridade</p><p>Processual</p><p>O princípio da celeridade processual assegura a razoável</p><p>duração de todos os processos que envolvam matéria</p><p>eleitoral. Tal prazo, de acordo com a doutrina, é de 1 ano.</p><p>Princípio Majoritário e</p><p>Proporcional</p><p>O princípio majoritário ou proporcional estabelece regras</p><p>específicas para cada tipo de eleição realizada.</p><p>De acordo com as regras majoritárias, são considerados</p><p>eleitos os candidatos que alcançarem a maioria absoluta</p><p>ou simples de votos.</p><p>De acordo com as regras proporcionais, uma série de</p><p>cálculos são feitos para definir os eleitos.</p><p>Princípio da Lisura das</p><p>eleições</p><p>O princípio da lisura das eleições determina que todos</p><p>os envolvidos no processo eleitoral devem exercer as</p><p>medidas necessárias para o correto funcionamento do</p><p>pleito eleitoral.</p><p>Princípio da soberania</p><p>popular ou democrática</p><p>Em nosso ordenamento jurídico, a forma de governo</p><p>utilizada é a república, de forma que a população elege</p><p>diretamente os seus representantes.</p><p>Esta é a forma de participação indireta da população no</p><p>processo democrático. Além disso, a Constituição Federal</p><p>assegura a participação direta, que será exercida,</p><p>basicamente, por meio dos institutos do plebiscito, do</p><p>referendo e da iniciativa popular.</p><p>Princípio da moralidade</p><p>eleitoral</p><p>A moralidade eleitoral pode ser entendida como uma das</p><p>subdivisões do princípio da moralidade administrativa.</p><p>O instituto da inelegibilidade é um dos mais importantes</p><p>de todo o Direito Eleitoral, estando intimamente</p><p>relacionado com o princípio da moralidade.</p><p>Após a entrada em vigor da Lei da Ficha limpa, a</p><p>inelegibilidade poderá ser decretada de duas formas:</p><p>a) por decisão transitada em julgado;</p><p>b) mediante decisão proferida por órgão judicial</p><p>colegiado (sem a necessidade, neste caso, de ter</p><p>transitado em julgado).</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA IONE LOIOLA ALVES - 04913081322, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>32 de 79www.grancursosonline.com.br</p><p>Conceitos, Fontes e Princípios do Direito Eleitoral</p><p>DIREITO ELEITORAL</p><p>Diogo Surdi</p><p>RESUMO</p><p>É possível afirmar que o Direito Eleitoral pertence ao Direito Público, haja vista que os</p><p>cidadãos possuem uma série de obrigações que, caso não sejam cumpridas, implicam em</p><p>restrições a diversos direitos e no prejuízo à coletividade como um todo.</p><p>O Direito Eleitoral trata-se de um ramo do direito que apresenta uma série de institutos pró-</p><p>prios, tais como o alistamento, a diplomação e a propaganda política.</p><p>A finalidade ou objetivo primordial do Direito Eleitoral é a de garantir que todo o processo</p><p>eleitoral (desde o alistamento até a diplomação) seja realizado de acordo com as normas jurí-</p><p>dicas, garantindo assim a lisura e a legitimidade do resultado das eleições.</p><p>Em nosso ordenamento jurídico, a competência para legislar sobre Direito Eleitoral é priva-</p><p>tiva da União. Como a matéria em questão tem um caráter eminentemente nacional, o entendi-</p><p>mento doutrinário majoritário é de que não há possibilidade de delegação para que os Estados</p><p>legislem sobre o Direito Eleitoral.</p><p>Não é possível a edição de medida provisória que verse sobre direito eleitoral.</p><p>Em linhas gerais, as fontes materiais podem ser conceituadas como os diversos fatores</p><p>que, em conjunto, levam ao surgimento de uma norma jurídica. Como exemplo destes fatores,</p><p>podemos citar os movimentos políticos organizados com o objetivo de incentivar a aprovação</p><p>de uma lei.</p><p>Já as fontes formais podem ser conceituadas como a própria norma jurídica já produzida.</p><p>Ao contrário da fonte material, que não possui efeito vinculante, a fonte formal, por ter caráter</p><p>abstrato e geral, alcança todas as pessoas que se encontrem na situação legalmente prevista.</p><p>Fontes Materiais Fontes Formais</p><p>Diversos fatores que, em conjunto, levam</p><p>ao surgimento de uma norma jurídica</p><p>Norma jurídica já editada</p><p>Não vinculam a coletividade</p><p>Vinculam a coletividade que se encontre</p><p>na incidência da norma (generalidade e</p><p>abstração)</p><p>Como exemplo, temos as consultas</p><p>realizadas pelos tribunais eleitorais</p><p>Como exemplo, temos a Constituição</p><p>Federal, o Código Eleitoral, as diversas</p><p>normas Eleitorais e as Resoluções do TSE</p><p>As fontes diretas são aquelas que tratam especificamente de assuntos relacionados com</p><p>o Direito Eleitoral. Importante mencionar que não há necessidade da norma versar totalmente</p><p>sobre Direito Eleitoral para ser considerada fonte direta.</p><p>Já as fontes indiretas são aquelas que são aplicadas ao Direito Eleitoral apenas indiretamente.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA IONE LOIOLA ALVES - 04913081322, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>33 de 79www.grancursosonline.com.br</p><p>Conceitos, Fontes e Princípios do Direito Eleitoral</p><p>DIREITO ELEITORAL</p><p>Diogo Surdi</p><p>Quando uma norma é editada tomando como base as disposições da Constituição Fede-</p><p>ral, ela é considerada uma fonte primária.</p><p>As fontes secundárias, por sua vez, são aquelas que não decorrem diretamente da Constitui-</p><p>ção Federal, mas sim das leis. Consequentemente, tais normas são denominadas de infra legais,</p><p>uma vez que o seu fundamento de validade é uma lei, e não o texto da Constituição Federal.</p><p>Fontes Primárias Fontes Secundárias</p><p>Decorrem diretamente da Constituição</p><p>Federal e são exercidas pela função típica</p><p>do Poder Legislativo</p><p>Não decorrem diretamente da</p><p>Constituição Federal, mas sim das leis, que</p><p>são normas infraconstitucionais</p><p>São consideradas normas</p><p>infraconstitucionais</p><p>São consideradas normas infra legais</p><p>Como exemplo, além da própria</p><p>Constituição Federal, temos as Leis</p><p>Eleitorais</p><p>Como exemplo, temos as Resoluções</p><p>do TSE</p><p>Obs.: � Para fins de prova, devemos considerar que as Resoluções do TSE são classificadas</p><p>como fontes:</p><p>� a) Formais</p><p>� b) Diretas</p><p>� c) Secundárias (entendimento amplamente majoritário) ou Primárias (entendimento</p><p>minoritário)</p><p>Podemos visualizar as principais características dos princípios do Direito Eleitoral por meio</p><p>do gráfico a seguir:</p><p>Princípios Eleitorais Definições</p><p>Princípio da Anualidade</p><p>O princípio da anualidade estabelece que a lei que</p><p>alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de</p><p>sua publicação, não se aplicando à eleição que ocorra</p><p>até um ano da data de sua vigência</p><p>Princípio da Autonomia dos</p><p>partidos políticos</p><p>O princípio da autonomia dos partidos políticos</p><p>assegura a liberdade para que tais organizações</p><p>definam sua estrutura interna e a forma como irão</p><p>funcionar.</p><p>Princípio da Celeridade</p><p>Processual</p><p>O princípio da celeridade processual assegura a</p><p>razoável duração de todos os processos que envolvam</p><p>matéria eleitoral. Tal prazo, de acordo com a doutrina, é</p><p>de 1 ano.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA IONE LOIOLA ALVES - 04913081322, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>34 de 79www.grancursosonline.com.br</p><p>Conceitos, Fontes e Princípios do Direito Eleitoral</p><p>DIREITO ELEITORAL</p><p>Diogo Surdi</p><p>Princípio Majoritário e</p><p>Proporcional</p><p>O princípio majoritário ou proporcional estabelece</p><p>regras específicas para cada tipo de eleição realizada.</p><p>De acordo com as regras majoritárias, são</p><p>considerados eleitos os candidatos que alcançarem a</p><p>maioria absoluta ou simples de votos.</p><p>De acordo com as regras proporcionais, uma série de</p><p>cálculos são feitos para definir os eleitos.</p><p>Princípio da Lisura das</p><p>eleições</p><p>O princípio da lisura das eleições determina que todos</p><p>os envolvidos no processo eleitoral devem exercer as</p><p>medidas necessárias para o correto funcionamento do</p><p>pleito eleitoral.</p><p>Princípio da soberania</p><p>popular ou democrática</p><p>Em nosso ordenamento jurídico, a forma de governo</p><p>utilizada é a república, de forma que a população elege</p><p>diretamente os seus representantes.</p><p>Esta é a forma de participação indireta da população</p><p>no processo democrático. Além disso, a Constituição</p><p>Federal assegura a participação</p><p>direta, que será</p><p>exercida, basicamente, por meio dos institutos do</p><p>plebiscito, do referendo e da iniciativa popular.</p><p>Princípio da moralidade</p><p>eleitoral</p><p>A moralidade eleitoral pode ser entendida como</p><p>uma das subdivisões do princípio da moralidade</p><p>administrativa.</p><p>O instituto da inelegibilidade é um dos mais</p><p>importantes de todo o Direito Eleitoral, estando</p><p>intimamente relacionado com o princípio da</p><p>moralidade.</p><p>Após a entrada em vigor da Lei da Ficha limpa, a</p><p>inelegibilidade poderá ser decretada de duas formas:</p><p>a) por decisão transitada em julgado;</p><p>b) mediante decisão proferida por órgão judicial</p><p>colegiado (sem a necessidade, neste caso, de ter</p><p>transitado em julgado).</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA IONE LOIOLA ALVES - 04913081322, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>35 de 79www.grancursosonline.com.br</p><p>Diogo Surdi</p><p>DIREITO ELEITORAL</p><p>MAPA MENTAL</p><p>Direito Eleitoral</p><p>Conceito Ramo do Direito Público que trata dos institutos relacionados com os</p><p>direitos políticos e com todas as fases do processo eleitoral.</p><p>Objetivo ou Finalidade</p><p>Garantir que todo o processo eleitoral seja realizado de acordo com as</p><p>normas jurídicas, preservando a lisura e a legitimidade do resultado das</p><p>eleições</p><p>Fontes</p><p>Materiais: antecedem a norma jurídica (consultas)</p><p>Formais: norma jurídica já editada (leis)</p><p>Diretas: tratam especificamente de assuntos relacionados com o</p><p>Direiro Eleitoral (Lei das Eleições, Lei dos Partidos Políticos)</p><p>Indiretas: Aplicadas ao Direito Eleitoral de forma subsidiária (Código de</p><p>Processo Civil)</p><p>Primárias: decorrem da Constituição Federal (Código Eleitoral)</p><p>Secundárias: decorrem das leis (Resoluções do TSE)</p><p>Princípios</p><p>a) anualidade eleitoral</p><p>b) autonomia dos partidos</p><p>c) celeridade processual</p><p>d) majoritário e proporcional</p><p>e) lisura das eleições</p><p>f) soberania popular ou democrática</p><p>g) moralidade eleitoral</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA IONE LOIOLA ALVES - 04913081322, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>36 de 79www.grancursosonline.com.br</p><p>Conceitos, Fontes e Princípios do Direito Eleitoral</p><p>DIREITO ELEITORAL</p><p>Diogo Surdi</p><p>QUESTÕES DE CONCURSO</p><p>001. (IBFC/ASC (CBM AC)/CBM AC/2022) A soberania popular será exercida pelo sufrágio</p><p>universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos. Assinale a alternativa que</p><p>apresenta uma forma de exercício de soberania popular, além das formas supracitadas.</p><p>a) Direito de reunião</p><p>b) Emenda constitucional</p><p>c) Iniciativa popular</p><p>d) Mandado se segurança individual</p><p>002. (VUNESP/AG (CM BOITUVA)/CM BOITUVA/LEGISLATIVO/2020) No Brasil, o sistema</p><p>majoritário absoluto é utilizado nas eleições para os cargos</p><p>a) da Câmara dos Deputados, das Assembleias Legislativas, da Câmara Legislativa e das</p><p>Câmaras Municipais.</p><p>b) da Assembleia Legislativa, de Presidente da República e Prefeito de Município com mais de</p><p>200 000 (duzentos mil) eleitores.</p><p>c) de Presidente da República, Governador de Estado e do Distrito Federal e de Prefeito Municipal.</p><p>d) de Governador de Estado e do Distrito Federal, da Câmara dos Deputados e de Prefeito de</p><p>Município com mais de 200 000 (duzentos) mil habitantes.</p><p>e) de Presidente da República, Governador de Estado e do Distrito Federal e Prefeito de Muni-</p><p>cípio com mais de 200 000 (duzentos) mil eleitores.</p><p>003. (CEBRASPE (CESPE)/AFCE (TCE-SC)/TCE SC/ADMINISTRAÇÃO/2022) Julgue o próxi-</p><p>mo item, a respeito das práticas na administração pública brasileira.</p><p>Ação popular, plebiscito e audiência pública são exemplos de formas de controle legislativo na</p><p>administração pública.</p><p>004. (CEBRASPE (CESPE)/TEC GT (TELEBRAS)/TELEBRAS/ASSISTENTE ADMINISTRATI-</p><p>VO/2022) Acerca de noções de cidadania, julgue o item que se segue.</p><p>No âmbito do ordenamento jurídico e político nacional, a soberania popular concretiza a ideia</p><p>de cidadania e é exercida indiretamente pelo sistema parlamentar, pelo sufrágio universal e</p><p>pelo voto direto e secreto, que tem valor igual para todas e todos.</p><p>005. (FCC/TJ TRE SP/TRE SP/ADMINISTRATIVA/”SEM ESPECIALIDADE”/2017) A explica-</p><p>ção do Tribunal Superior Eleitoral − TSE sobre o funcionamento desse sistema é a seguinte: Os</p><p>votos computados são os de cada partido ou coligação e, em uma segunda etapa, os de cada</p><p>candidato. Eis a grande diferença. Em outras palavras, para conhecer os deputados e vereado-</p><p>res que vão compor o Poder Legislativo, deve-se, antes, saber quais foram os partidos políti-</p><p>cos vitoriosos para, depois, dentro de cada agremiação partidária que conseguiu um número</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA IONE LOIOLA ALVES - 04913081322, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>37 de 79www.grancursosonline.com.br</p><p>Conceitos, Fontes e Princípios do Direito Eleitoral</p><p>DIREITO ELEITORAL</p><p>Diogo Surdi</p><p>mínimo de votos, observar quais são os mais votados. Encontram-se, então, os eleitos. Esse,</p><p>inclusive, é um dos motivos de se atribuir o mandato ao partido e não ao político. − Agência</p><p>Câmara Notícias. O sistema eleitoral descrito no texto é o</p><p>a) misto.</p><p>b) distrital.</p><p>c) majoritário simples.</p><p>d) majoritário de dois turnos.</p><p>e) proporcional.</p><p>006. (CEBRASPE (CESPE)/AJ (TRE BA)/TRE BA/JUDICIÁRIA/2017) A apuração do quocien-</p><p>te eleitoral é necessária para determinar o resultado de eleição para</p><p>a) prefeito.</p><p>b) senador.</p><p>c) vereador.</p><p>d) presidente da República.</p><p>e) governador.</p><p>007. (FCC/TJ (TRE PB)/TRE PB/ADMINISTRATIVA/2015) Adotar-se-á o princípio majoritário</p><p>na eleição para</p><p>a) Presidente e Vice-Presidente da República, Governador e Vice-Governador de Estado, Sena-</p><p>do Federal, Prefeito e Vice-Prefeito.</p><p>b) Governador e Vice-Governador de Estado, Senado Federal, Câmara dos Deputados, Prefeito</p><p>e Vice- Prefeito.</p><p>c) Senado Federal, Câmara dos Deputados, Assembleias Legislativas e Câmaras Municipais.</p><p>d) Presidente e Vice-Presidente da República, Governador e Vice-Governador de Estado, Sena-</p><p>do Federal e Câmara dos Deputados.</p><p>e) Senado Federal, Câmara dos Deputados, Assembleias Legislativas, Prefeito e Vice-Prefeito.</p><p>008. (CONSULPAM/PROC (PREF N OLINDA)/PREF NOVA OLINDA/2015) Elegem-se pelo</p><p>sistema proporcional, não incluindo:</p><p>a) Deputados Estaduais.</p><p>b) Deputados Distritais.</p><p>c) Senadores.</p><p>d) Vereadores.</p><p>009. (CESPE/TJ TRE TO/TRE TO/ADMINISTRATIVA/2017) De acordo com a CF, o sistema</p><p>proporcional é utilizado para eleger</p><p>a) deputados federais.</p><p>b) presidente da República.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA IONE LOIOLA ALVES - 04913081322, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>38 de 79www.grancursosonline.com.br</p><p>Conceitos, Fontes e Princípios do Direito Eleitoral</p><p>DIREITO ELEITORAL</p><p>Diogo Surdi</p><p>c) senadores.</p><p>d) governadores.</p><p>e) prefeitos.</p><p>010. (CESPE / ANALISTA JUDICIÁRIO (TRE GO) / 2015 / ADMINISTRATIVA) Uma das prin-</p><p>cipais características do direito eleitoral é a constante modificação de regras que estabelecem</p><p>o funcionamento do processo eleitoral e de tudo que o cerca. Julgue o próximo item, referente</p><p>a essa característica e à propaganda partidária.</p><p>No que diz respeito à propaganda política, as novas regras criadas recentemente pelas cha-</p><p>madas minirreformas eleitorais, que trouxeram importantes alterações em vários pontos da</p><p>legislação eleitoral, não foram aplicadas nas eleições de 2014.</p><p>011. (CESPE / PROMOTOR DE JUSTIÇA (MPE RR) / 2017) O princípio constitucional da anu-</p><p>alidade ou da anterioridade da lei eleitoral</p><p>a) não abrange resoluções do TSE que tenham caráter regulamentar.</p><p>b) não repercute sobre decisões do TSE em casos concretos decididos durante o processo</p><p>eleitoral e que venham a alterar a jurisprudência consolidada.</p><p>c) estabelece período de vacatio legis para a entrada em vigor das leis eleitorais.</p><p>d) tem aplicabilidade imediata e eficácia contida conforme a data do processo eleitoral.</p><p>012. (CESPE / ANALISTA JUDICIÁRIO (TRE BA) / 2017 / JUDICIÁRIA) Determinada lei, pu-</p><p>blicada seis meses antes da data da realização de eleições estaduais, criou hipótese de inele-</p><p>gibilidade para dificultar abuso do poder econômico.</p><p>Assinale a opção correta a respeito da classificação da referida lei e de sua vigência e aplicação.</p><p>a) Tal lei deve ser complementar, e vigerá e se aplicará a partir da data da sua publicação.</p><p>b) Tal lei deve ser complementar e não se aplicará às referidas eleições.</p><p>c) Tal lei deve ser ordinária estadual e não se aplicará às referidas eleições.</p><p>d) Tal lei deve ser ordinária distrital, e vigerá e se aplicará a partir da data da sua publicação.</p><p>e) Tal lei deve ser ordinária federal, e se aplicará a partir da data de sua publicação.</p><p>013. (CEBRASPE (CESPE)/TEC NS (MPOG)/MPOG/”ENAP”/2015) No que se refere ao Poder</p><p>Legislativo, julgue o seguinte item.</p><p>O Senado Federal e a Câmara dos Deputados compõem-se de representantes eleitos pelo prin-</p><p>cípio majoritário.</p><p>014. (CEBRASPE (CESPE)/TJ (TJ CE)/TJ CE/TÉCNICO-ADMINISTRATIVA/”SEM ESPECIA-</p><p>LIDADE”/2014) Acerca do Poder Legislativo, assinale a opção correta.</p><p>a) Os territórios não podem eleger deputados.</p><p>b) Diferentemente do que ocorre com os senadores, cada deputado federal será eleito com</p><p>dois suplentes.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA IONE LOIOLA ALVES - 04913081322, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>39 de 79www.grancursosonline.com.br</p><p>Conceitos, Fontes e Princípios do Direito Eleitoral</p><p>DIREITO ELEITORAL</p><p>Diogo Surdi</p><p>c) O mandato de senador é de quatro anos.</p><p>d) Em razão de regra constitucional expressa, as deliberações da Câmara dos Deputados serão</p><p>tomadas por dois terços dos votos.</p><p>e) O Senado Federal é composto por senadores, representantes dos estados e do Distrito Fe-</p><p>deral, eleitos segundo o princípio majoritário.</p><p>015. (CEBRASPE (CESPE)/AJ (TRE BA)/TRE BA/APOIO ESPECIALIZADO/TAQUIGRA-</p><p>FIA/2010) No que se refere às disposições contidas na CF, relativas ao Poder Legislativo, Po-</p><p>der Executivo e Poder Judiciário, julgue o item seguinte.</p><p>De acordo com a CF, a eleição para o Senado Federal realiza-se mediante o denominado sis-</p><p>tema proporcional.</p><p>016. (CEBRASPE (CESPE)/AJ TRT5/TRT 5/JUDICIÁRIA/EXECUÇÃO DE MANDADOS/2008)</p><p>Julgue o item que se segue, acerca do Poder Legislativo.</p><p>O Senado Federal compõe-se de representantes do povo, eleitos, pelo sistema proporcional,</p><p>em cada estado, em cada território e no DF.</p><p>017. (CESPE / CONSULTOR LEGISLATIVO (SEN) / 2002) Julgue o item a seguir.</p><p>Lei sobre propaganda eleitoral que nada disponha sobre sua própria vigência entrará em vigor</p><p>45 dias após sua publicação.</p><p>018. (CESPE / TÉCNICO JUDICIÁRIO (TRE TO) / 2017 / ADMINISTRATIVA) A principal fun-</p><p>ção da justiça eleitoral é garantir</p><p>a) o respeito à soberania popular e à cidadania.</p><p>b) a classificação das informações de ordem estatal.</p><p>c) a auditoria das contas públicas.</p><p>d) o cumprimento dos princípios da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da publici-</p><p>dade e da eficiência.</p><p>e) a guarda da Constituição Federal.</p><p>019. (CESPE / CONSULTOR LEGISLATIVO (SEN) / 2002 / DIREITO CONSTITUCIONAL, AD-</p><p>MINISTRATIVO, ELEITORAL E PARTIDÁRIO) Julgue o item subsequente.</p><p>Uma lei que altere o processo eleitoral entra em vigor na data de sua publicação, não se apli-</p><p>cando, no entanto, à eleição que ocorra até um ano da data de sua vigência.</p><p>020. (CESPE / PROMOTOR DE JUSTIÇA (MPE RR) / 2008) De 1935 até agora, o sistema bra-</p><p>sileiro para a eleição de deputados e vereadores traz essa característica que tanto o distingue</p><p>dos modelos proporcionais empregados em todo o mundo: a escolha uninominal, pelos eleito-</p><p>res, a partir de listas apresentadas pelos partidos.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA IONE LOIOLA ALVES - 04913081322, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>40 de 79www.grancursosonline.com.br</p><p>Conceitos, Fontes e Princípios do Direito Eleitoral</p><p>DIREITO ELEITORAL</p><p>Diogo Surdi</p><p>Sessenta e tantos anos decorridos da introdução desse modelo de escolha uninominal no Bra-</p><p>sil — desde a reforma trazida ao Código de 1932 e pela Lei n. 48/1935 —, somam-se as queixas</p><p>de políticos e estudiosos contra a experiência, no dizer de Giusti Tavares, “singular e estranha”.</p><p>Walter C. Porto. A mentirosa urna. São Paulo: Martins Fontes, 2004, p. 121 (com adaptações).</p><p>A partir das informações do texto acima, julgue o item que se segue, acerca do sistema eleito-</p><p>ral brasileiro nas eleições para deputado e vereador.</p><p>De acordo com o princípio da fidelidade partidária, é nulo o voto conferido a candidato a ve-</p><p>reador filiado a partido de coligação oposta à do candidato em quem o mesmo eleitor votou</p><p>para prefeito.</p><p>021. (CEBRASPE (CESPE)/ERACA (ANCINE)/ANCINE/III/2013) Com relação ao Poder Le-</p><p>gislativo, julgue o item a seguir.</p><p>Enquanto o Senado Federal compõe-se de representantes dos estados e do Distrito Federal,</p><p>eleitos pelo sistema majoritário, a Câmara dos Deputados compõe-se de representantes do</p><p>povo, eleitos pelo sistema proporcional, em cada estado, em cada território e no Distrito Federal.</p><p>022. (CEBRASPE (CESPE)/TJ TRE RJ/TRE RJ/ADMINISTRATIVA/2012) No que concerne ao</p><p>direito constitucional e à Constituição Federal de 1988 (CF), julgue o item a seguir.</p><p>O Poder Legislativo é exercido pelo Congresso Nacional, que se compõe da Câmara dos Depu-</p><p>tados e do Senado Federal. A Câmara dos Deputados é constituída pelos representantes dos</p><p>estados da Federação, eleitos pelo sistema proporcional, e o Senado Federal é composto pelos</p><p>representantes do povo, eleitos segundo o princípio majoritário.</p><p>023. (CEBRASPE (CESPE)/OTI (ABIN)/ABIN/DIREITO/2010) A respeito dos Poderes Legisla-</p><p>tivo, Executivo e Judiciário, julgue o item que se segue.</p><p>Os senadores, representantes dos estados e do Distrito Federal, são eleitos com três suplen-</p><p>tes, segundo o princípio proporcional, para mandato de oito anos.</p><p>024. (CESPE / ANALISTA LEGISLATIVO (CAM DEP) / 2014 / CONSULTOR LEGISLATIVO /</p><p>ÁREA I) Acerca dos princípios do direito eleitoral, julgue o item a seguir.</p><p>Tido como princípio basilar do direito eleitoral, e inscrito no texto constitucional, o princípio da</p><p>eficiência determina que o agente político ou administrador seja 100 % eficiente.</p><p>025. (CESPE / ANALISTA LEGISLATIVO (CAM DEP) / 2014 / CONSULTOR LEGISLATIVO /</p><p>ÁREA I) Acerca dos princípios do direito eleitoral, julgue o item a seguir.</p><p>Introduzida no texto constitucional por meio de emenda, a nova redação do dispositivo que</p><p>consagra princípio da anualidade da lei eleitoral aperfeiçoou a redação do texto constitucional,</p><p>ao igualar os conceitos de vigência ou aplicação e de eficácia.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA IONE LOIOLA ALVES - 04913081322, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>41 de 79www.grancursosonline.com.br</p><p>Conceitos, Fontes e Princípios do Direito Eleitoral</p><p>DIREITO ELEITORAL</p><p>Diogo Surdi</p><p>026. (CEBRASPE (CESPE)/PJ</p><p>(MPE PI)/MPE PI/2019) O princípio que sustenta a ideia de</p><p>que o intérprete da norma deve manter a aplicação da lei estritamente vinculada às limitações</p><p>por ela impostas a candidatos e eleitores é o da</p><p>a) vedação da restrição de direitos políticos.</p><p>b) democracia partidária.</p><p>c) responsabilidade solidária.</p><p>d) periodicidade da investidura.</p><p>e) celeridade da justiça eleitoral.</p><p>027. (CEBRASPE (CESPE)/AJ TRE RS/TRE RS/JUDICIÁRIA/2003) Carlos, advogado eleito-</p><p>ral, no ano de 2002, ao apreciar a legislação eleitoral das eleições desse ano, aplicou a lei</p><p>eleitoral X, que entrou em vigor em fevereiro de 2002, em favor do candidato a governador que</p><p>representava junto à justiça eleitoral.</p><p>Acerca da situação hipotética acima, julgue o item seguinte.</p><p>No âmbito da legislação eleitoral, vigora o preceito da Lei de Introdução ao Código Civil de que</p><p>as normas eleitorais têm aplicação imediata.</p><p>028. (CEBRASPE (CESPE)/AJ TRE RS/TRE RS/JUDICIÁRIA/2003) Carlos, advogado eleito-</p><p>ral, no ano de 2002, ao apreciar a legislação eleitoral das eleições desse ano, aplicou a lei</p><p>eleitoral X, que entrou em vigor em fevereiro de 2002, em favor do candidato a governador que</p><p>representava junto à justiça eleitoral.</p><p>Acerca da situação hipotética acima, julgue o item seguinte.</p><p>A lei eleitoral X não poderia ser aplicada na eleição de 2002, mas, estando ainda em vigor, po-</p><p>derá ser aplicada na eleição subsequente.</p><p>029. (CEBRASPE (CESPE)/AJ TRE RS/TRE RS/JUDICIÁRIA/2003) Carlos, advogado eleito-</p><p>ral, no ano de 2002, ao apreciar a legislação eleitoral das eleições desse ano, aplicou a lei</p><p>eleitoral X, que entrou em vigor em fevereiro de 2002, em favor do candidato a governador que</p><p>representava junto à justiça eleitoral.</p><p>Acerca da situação hipotética acima, julgue o item seguinte.</p><p>Não há, no Código Eleitoral, dispositivo relacionado ao caso em análise e que permita a aplica-</p><p>ção da legislação referida.</p><p>030. (CONSULPLAN / TÉCNICO JUDICIÁRIO (TRE MG) / 2015 / CONTABILIDADE / ADMI-</p><p>NISTRATIVA) O voto é o instrumento do exercício do direito de sufrágio. De acordo com a</p><p>Constituição Brasileira, analise as afirmativas acerca do voto.</p><p>I – É um direito público objetivo, que garante a representação do eleitor.</p><p>II – É função política e social de soberania popular na democracia representativa.</p><p>III – É um dever de todo cidadão brasileiro, de comparecer à eleição e votar.</p><p>IV – É um direito‐dever que representa a capacidade eleitoral ativa.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA IONE LOIOLA ALVES - 04913081322, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>42 de 79www.grancursosonline.com.br</p><p>Conceitos, Fontes e Princípios do Direito Eleitoral</p><p>DIREITO ELEITORAL</p><p>Diogo Surdi</p><p>Estão corretas apenas as afirmativas</p><p>a) I e II.</p><p>b) I e III.</p><p>c) II e IV.</p><p>d) III e IV.</p><p>031. (AOCP / TÉCNICO JUDICIÁRIO (TRE AC) / 2015 / ADMINISTRATIVA) Em relação à le-</p><p>gislação eleitoral, assinale a alternativa correta.</p><p>a) O Código Eleitoral é a legislação central do regime jurídico eleitoral, sendo as demais legis-</p><p>lações acessórias naquilo em que ele for omisso.</p><p>b) A Lei que alterar o processo eleitoral deve respeitar a regra da anualidade eleitoral.</p><p>c) É inaplicável, dentro do sistema processual eleitoral, qualquer disposição do código de pro-</p><p>cesso civil, em razão da sua incompatibilidade com o que dispõe o código eleitoral.</p><p>d) A cada eleição, será publicada, pelo Tribunal Superior Eleitoral, Lei específica dispondo a</p><p>respeito do pleito a ser realizado.</p><p>e) Além das disposições constitucionais, somente lei complementar pode dispor acerca de</p><p>matéria eleitoral.</p><p>032. (PONTUA / ANALISTA JUDICIÁRIO (TRE SC) / 2011 /JUDICIÁRIA) Sobre o direito e a</p><p>legislação eleitoral, assinale a alternativa INCORRETA:</p><p>a) São disposições próprias do Código Eleitoral para fins eleitorais o conceito de funcionário da</p><p>justiça eleitoral e de funcionário público.</p><p>b) A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua publicação, não se apli-</p><p>cando à eleição que ocorra até 1 (um) ano da data de sua vigência.</p><p>c) As hipóteses de inelegibilidades devem ser tratadas por Lei Complementar.</p><p>d) É competência concorrente da União, dos Estados e dos Municípios legislar sobre direito</p><p>eleitoral.</p><p>033. (PONTUA / TÉCNICO JUDICIÁRIO (TRE SC) / 2011 / “SEM ESPECIALIDADE” / ADMI-</p><p>NISTRATIVA) Assinale a alternativa INCORRETA:</p><p>a) O Direito Eleitoral é ramo do direito privado.</p><p>b) É objeto do Direito Eleitoral a disciplina do registro de candidatos.</p><p>c) O Direito Eleitoral disciplina o processo para escolha dos governantes.</p><p>d) Compete privativamente à União legislar sobre Direito Eleitoral.</p><p>034. (FUMARC / ANALISTA JUDICIÁRIO (TRE MG) / 2001 /ARQUITETURA) É competente</p><p>para responder, sobre matéria eleitoral, às consultas feitas, em tese, por autoridade com juris-</p><p>dição federal ou órgão nacional de partido político:</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA IONE LOIOLA ALVES - 04913081322, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>43 de 79www.grancursosonline.com.br</p><p>Conceitos, Fontes e Princípios do Direito Eleitoral</p><p>DIREITO ELEITORAL</p><p>Diogo Surdi</p><p>a) Juiz Eleitoral.</p><p>b) Tribunal Superior Eleitoral.</p><p>c) Junta Eleitoral.</p><p>d) Tribunal Regional Federal.</p><p>035. (NC-UFPR / JUIZ ESTADUAL (TJ PR) / 2012) No que consiste o princípio da anualidade</p><p>eleitoral?</p><p>a) As leis eleitorais têm validade de apenas 01 (hum) ano a partir de sua publicação, razão pela</p><p>qual existem as Resoluções do TSE a cada eleição.</p><p>b) As leis eleitorais valem apenas para o ano da eleição para a qual foram editadas e publica-</p><p>das e são complementadas pelas Resoluções do TSE.</p><p>c) As leis eleitorais que alteram o processo eleitoral somente entram em vigor 01 (hum) ano</p><p>depois da eleição para a qual foi publicada.</p><p>d) As leis eleitorais que alteram o processo eleitoral entram em vigor na data de sua publicação</p><p>e não se aplicam à eleição que ocorra até 01 (hum) ano da data de sua vigência.</p><p>036. (MPE MS / PROMOTOR DE JUSTIÇA (MPE MS) / 2011 / XXV) Recentemente o Supremo</p><p>Tribunal Federal decidiu pela não aplicação da Lei da Ficha Limpa, referente aos candidatos con-</p><p>siderados fichas sujas, e que foram eleitos no processo eleitoral de 2010. Não obstante tratar-se</p><p>de decisão judicial recente, qual seria o principal embasamento jurídico para impedir a aplicação</p><p>da Lei Complementar n. 135/2010, nas eleições para presidente, federal e estadual de 2010.</p><p>a) Por conta do processo eleitoral já ter sido deflagrado, e não haveria tempo de os partidos es-</p><p>colherem outros candidatos, considerados ficha limpa, desrespeitando, assim, o procedimento</p><p>estabelecido na Lei n. 9.504/97;</p><p>b) Ofensa aos princípios individuais da segurança jurídica (CF, art. 5º, caput);</p><p>c) Ofensa ao princípio do devido processo legal (CF, art. 5º, LIV);</p><p>d) Ofensa ao princípio da anterioridade eleitoral, disposto no art. 16 da Constituição Federal;</p><p>e) Nenhuma das alternativas anteriores.</p><p>037. (VUNESP / JUIZ ESTADUAL (TJ SP) / 2014 / 185º) Sobre a legislação eleitoral, assinale</p><p>a opção correta.</p><p>a) A lei ou Resolução do TSE que alterar ou regulamentar o processo eleitoral entrará em vigor na</p><p>data de sua publicação, não se aplicando à eleição que ocorra até um ano da data de sua vigência.</p><p>b) A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua publicação, não se apli-</p><p>cando à eleição que ocorra no exercício seguinte à sua publicação.</p><p>c) A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua publicação, não se apli-</p><p>cando à eleição que ocorra até um ano da data de sua vigência.</p><p>d) A lei ou Resolução do TSE que alterar ou regulamentar o processo eleitoral entrará em</p><p>vigor na data de sua publicação, não se aplicando</p><p>à eleição que ocorra no exercício seguinte</p><p>à sua publicação.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA IONE LOIOLA ALVES - 04913081322, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>44 de 79www.grancursosonline.com.br</p><p>Conceitos, Fontes e Princípios do Direito Eleitoral</p><p>DIREITO ELEITORAL</p><p>Diogo Surdi</p><p>038. (VUNESP / PROCURADOR MUNICIPAL (SERTÃOZINHO) / 2016) Assinale a alternati-</p><p>va correta.</p><p>a) A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua publicação, não se apli-</p><p>cando à eleição que ocorra até um ano da data de sua vigência.</p><p>b) As leis e os regulamentos que alterarem o processo eleitoral somente entrarão em vigor um</p><p>ano após sua promulgação.</p><p>c) A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua publicação, aplicando-</p><p>-se à eleição que ocorra até um ano da data de sua vigência.</p><p>d) As leis e os regulamentos que alterarem o processo eleitoral entrarão em vigor na data de</p><p>sua publicação, aplicando-se à eleição que ocorra até um ano da data de sua vigência.</p><p>e) A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor imediatamente após sua promulgação.</p><p>039. (COM. EXAM. (MPF) - COMISSÃO EXAMINADORA (MPF)/PROCURADOR DA REPÚBLI-</p><p>CA / 2012 / 26º) Assinale a alternativa correta</p><p>a) as instruções expedidas pelo Tribunal Superior Eleitoral regulamentadoras da lei eleitoral só</p><p>poderão ser aplicadas á eleição que ocorra após um ano da data da publicação da Resolução</p><p>que as veicular;</p><p>b) a resposta dada pelo Tribunal Superior Eleitoral à Consulta formulada por órgão nacional de</p><p>partido político relativamente a caso concreto vincula as decisões de todas as instâncias da</p><p>justiça eleitoral;</p><p>c) nos processos judiciais eleitorais não são cobradas custas judiciais e é incabível a condena-</p><p>ção em honorários de sucumbência;</p><p>d) no processo judicial eleitoral o princípio Dispositivo é atenuado em virtude do poder de po-</p><p>lícia atribuído aos juízes eleitorais, pelo qual lhes é facultado instaurar de ofício determinadas</p><p>ações, tais como a ação de investigação judicial eleitoral e a ação por captação ilícita de sufrá-</p><p>gio, cabendo ao Ministério Público Eleitoral assumir o polo ativo desses feitos.</p><p>040. (PONTUA/ANALISTA JUDICIÁRIO (TRE SC) / 2011 / JUDICIÁRIA) Sobre a Justiça Elei-</p><p>toral, é CORRETO afirmar que:</p><p>a) Exerce exclusivamente função jurisdicional.</p><p>b) A atividade consultiva é peculiar e própria da Justiça Eleitoral, respondendo a consultas so-</p><p>bre casos concretos e prevenindo conflitos.</p><p>c) A resposta à consulta, por ter caráter normativo, sujeita-se à Ação Direta de Inconstitu-</p><p>cionalidade.</p><p>d) O Procurador-Geral Eleitoral, que possui atribuição para o exercício das funções eleitorais</p><p>nas causas de competência do TSE, é o Procurador-Geral da República.</p><p>041. (VUNESP/JE TJRS/TJ RS/2018) A Justiça Eleitoral, diferentemente dos demais órgãos</p><p>judiciais, pode exercer a função consultiva que</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA IONE LOIOLA ALVES - 04913081322, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>45 de 79www.grancursosonline.com.br</p><p>Conceitos, Fontes e Princípios do Direito Eleitoral</p><p>DIREITO ELEITORAL</p><p>Diogo Surdi</p><p>a) ocorre de ofício ou mediante provocação por órgão nacional, estadual ou municipal de par-</p><p>tido político, ou pelo Procurador Geral da República.</p><p>b) se realiza por meio do Tribunal Superior Eleitoral, dos Tribunais Regionais Eleitorais e dos</p><p>Juízes Eleitorais.</p><p>c) consiste em preparar, organizar e administrar todo o processo eleitoral, desde a fase do alis-</p><p>tamento até a diplomação dos eleitos.</p><p>d) consiste em responder, fundamentadamente, mas sem força vinculante, a consultas em</p><p>matéria eleitoral, por meio do Tribunal Superior Eleitoral e dos Tribunais Regionais Eleitorais.</p><p>e) resulta na expedição de instruções para fiel execução da lei eleitoral, ouvidos, previamente,</p><p>os delegados ou representantes dos partidos políticos.</p><p>042. (FUNDEP/JE TJMG/TJ MG/2014) Analise as afirmativas seguintes.</p><p>I – Independente e próprio, com autonomia científica e didática, o Direito Eleitoral está encar-</p><p>regado de regulamentar os direitos políticos dos cidadãos e o processo eleitoral, cujo conjunto</p><p>de normas destina-se a assegurar a organização e o exercício de direitos políticos, especial-</p><p>mente os que envolvam votar e ser votado.</p><p>II – A Lei Eleitoral é exclusivamente federal por força do Artigo 22, I, da Constituição Federal, po-</p><p>dendo, no entanto, os Estados e Municípios disporem de regras de cunho eleitoral supletivamente.</p><p>III – As Medidas Provisórias podem conter disposições com conteúdo eleitoral.</p><p>IV – Vigora no Direito Eleitoral o princípio da anterioridade, ou seja, embora em vigor na data</p><p>de sua publicação, a lei somente será aplicada se a eleição acontecer após um ano da data de</p><p>sua vigência.</p><p>A partir da análise, conclui-se que estão CORRETAS.</p><p>a) I e II apenas.</p><p>b) I e III apenas.</p><p>c) II e III apenas.</p><p>d) I e IV apenas.</p><p>043. (CONSULPLAN/JE TJMG/TJ MG/2018) Avalie as seguintes asserções e a relação pro-</p><p>posta entre elas.</p><p>I – “É absoluta, plena ou de eficácia total, e de aplicabilidade imediata, sem quaisquer exce-</p><p>ções, o princípio da anualidade ou anterioridade da lei eleitoral.”</p><p>PORQUE</p><p>II – “ O princípio foi pensado pelo constituinte com o propósito de impedir mudanças repenti-</p><p>nas, de última hora, no processo de escolha dos agentes políticos que emergem das eleições.”</p><p>A respeito dessas asserções, assinale a alternativa correta.</p><p>a) A segunda afirmativa é falsa e a primeira verdadeira.</p><p>b) A primeira afirmativa é falsa e a segunda é verdadeira.</p><p>c) As duas afirmativas são verdadeiras e a segunda justifica a primeira.</p><p>d) As duas afirmativas são verdadeiras, mas a segunda não justifica a primeira.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA IONE LOIOLA ALVES - 04913081322, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>46 de 79www.grancursosonline.com.br</p><p>Conceitos, Fontes e Princípios do Direito Eleitoral</p><p>DIREITO ELEITORAL</p><p>Diogo Surdi</p><p>044. (VUNESP/ASS (CM NOVA ODESSA)/CM NOVA ODESSA/LEGISLATIVO/2018) Se, hipo-</p><p>teticamente, tivesse sido sancionado, no dia 15 de maio de 2018, um projeto de lei que alteras-</p><p>se a Lei Federal n. 9.504/97, que estabelece as normas gerais para as eleições no Brasil, mo-</p><p>dificando, em larga medida, a disciplina da propaganda eleitoral, é correto dizer que a nova lei</p><p>a) não poderia ser aplicada às eleições de outubro de 2018, em razão da incidência do princípio</p><p>da lisura das eleições.</p><p>b) poderia ser aplicada às eleições de outubro de 2018, em razão da incidência do princípio</p><p>da democracia.</p><p>c) não poderia ser aplicada às eleições de outubro de 2018, em razão da incidência do princípio</p><p>da anualidade eleitoral.</p><p>d) poderia ser aplicada às eleições de outubro de 2018, em razão da incidência do princípio do</p><p>aproveitamento do voto.</p><p>e) não poderia ser aplicada às eleições de outubro de 2018, em razão da incidência do princípio</p><p>federativo.</p><p>045. (CS UFG /PROC (ALEGO)/ALEGO/2015) Ao julgar o Recurso Extraordinário Eleitoral n.</p><p>633.703, em 23 de março de 2011, o Supremo Tribunal Federal entendeu que a Lei Complemen-</p><p>tar n. 135/2010 (Lei da Ficha Limpa) não deveria ser aplicada às eleições de 2010 por desres-</p><p>peitar o art. 16 da Constituição Federal de 1988.</p><p>Considerando o princípio da anualidade,</p><p>a) a emenda constitucional que altera o processo eleitoral possui aplicação imediata.</p><p>b) a lei que altera o processo eleitoral, assim que publicada, ingressa imediatamente no orde-</p><p>namento jurídico pátrio, inocorrendo</p><p>a vacatio legis.</p><p>c) a lei que altera o processo eleitoral entra em vigor um ano após sua publicação, não tendo</p><p>efeito no período da vacatio legis.</p><p>d) a incidência da anualidade em relação à lei que altere o processo eleitoral dependerá de</p><p>ponderação no caso concreto, por tratar-se de um princípio.</p><p>046. (FEPESE/ANA (CM B CAMBORIÚ)/CM B CAMBORIÚ/LEGISLATIVO/2015) Assinale a</p><p>alternativa que indica corretamente o princípio eleitoral em que a lei que alterar o processo</p><p>eleitoral entrará em vigor na data de sua publicação, não se aplicando à eleição que ocorra até</p><p>um ano da data de sua vigência.</p><p>a) Princípio da legalidade eleitoral</p><p>b) Princípio da celeridade eleitoral</p><p>c) Princípio da anualidade eleitoral</p><p>d) Princípio da democracia representativa</p><p>e) Princípio da irrecorribilidade das decisões eleitorais</p><p>047. (CESPE / ANALISTA LEGISLATIVO (CAM DEP) / 2014 / CONSULTOR LEGISLATIVO /</p><p>ÁREA I) Acerca dos princípios do direito eleitoral, julgue o item a seguir.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA IONE LOIOLA ALVES - 04913081322, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>47 de 79www.grancursosonline.com.br</p><p>Conceitos, Fontes e Princípios do Direito Eleitoral</p><p>DIREITO ELEITORAL</p><p>Diogo Surdi</p><p>O princípio da anualidade da lei eleitoral foi consagrado no sistema jurídico brasileiro pela CF,</p><p>cujo texto pertinente, originalmente, limitava-se a estabelecer que a lei que alterasse o proces-</p><p>so eleitoral só entraria em vigor um ano após sua promulgação.</p><p>048. (CEBRASPE (CESPE)/ASSP (PGE PE)/PGE PE/2019) A respeito dos direitos políticos e</p><p>dos partidos políticos, julgue o item seguinte.</p><p>A adoção do modelo proporcional em eleições de deputados fere o princípio da eleição direta,</p><p>pois a eleição de um deputado não deve depender dos votos recebidos por outros candidatos</p><p>do partido ou por sua legenda.</p><p>049. (FCC/AG PEN (IAPEN)/IAPEN/2018) À luz do que dispõe a Constituição Federal acerca</p><p>da composição do Poder Legislativo Federal,</p><p>a) o Senado Federal compõe-se de representantes dos Estados e do Distrito Federal, eleitos</p><p>segundo o sistema proporcional.</p><p>b) cada Estado e o Distrito Federal elegerão dois Senadores, com mandato de 8 anos.</p><p>c) cada Senador será eleito com três suplentes.</p><p>d) a Câmara dos Deputados compõe-se de representantes do povo, eleitos, pelo sistema pro-</p><p>porcional, em cada Estado, em cada Território e no Distrito Federal.</p><p>e) cada Território poderá eleger até oito Deputados.</p><p>050. (FCC / TÉCNICO JUDICIÁRIO (TRE RR) / 2015 / ADMINISTRATIVA) Incluem-se dentre</p><p>as fontes diretas do Direito Eleitoral:</p><p>a) as resoluções do Tribunal Superior Eleitoral.</p><p>b) as leis estaduais</p><p>c) as leis municipais.</p><p>d) os julgados que compõem a jurisprudência dos Tribunais Eleitorais.</p><p>e) os entendimentos doutrinários relativos ao Direito Eleitoral.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA IONE LOIOLA ALVES - 04913081322, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>48 de 79www.grancursosonline.com.br</p><p>Conceitos, Fontes e Princípios do Direito Eleitoral</p><p>DIREITO ELEITORAL</p><p>Diogo Surdi</p><p>GABARITO</p><p>1. c</p><p>2. e</p><p>3. E</p><p>4. C</p><p>5. e</p><p>6. c</p><p>7. a</p><p>8. c</p><p>9. a</p><p>10. C</p><p>11. a</p><p>12. b</p><p>13. E</p><p>14. e</p><p>15. E</p><p>16. E</p><p>17. E</p><p>18. a</p><p>19. C</p><p>20. E</p><p>21. C</p><p>22. E</p><p>23. E</p><p>24. E</p><p>25. E</p><p>26. a</p><p>27. E</p><p>28. C</p><p>29. C</p><p>30. c</p><p>31. b</p><p>32. d</p><p>33. a</p><p>34. b</p><p>35. d</p><p>36. d</p><p>37. c</p><p>38. a</p><p>39. c</p><p>40. d</p><p>41. d</p><p>42. d</p><p>43. b</p><p>44. c</p><p>45. b</p><p>46. c</p><p>47. C</p><p>48. E</p><p>49. d</p><p>50. a</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA IONE LOIOLA ALVES - 04913081322, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>49 de 79www.grancursosonline.com.br</p><p>Conceitos, Fontes e Princípios do Direito Eleitoral</p><p>DIREITO ELEITORAL</p><p>Diogo Surdi</p><p>GABARITO COMENTADO</p><p>001. (IBFC/ASC (CBM AC)/CBM AC/2022) A soberania popular será exercida pelo sufrágio</p><p>universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos. Assinale a alternativa que</p><p>apresenta uma forma de exercício de soberania popular, além das formas supracitadas.</p><p>a) Direito de reunião</p><p>b) Emenda constitucional</p><p>c) Iniciativa popular</p><p>d) Mandado se segurança individual</p><p>A iniciativa popular, dentre as alternativas propostas, é uma forma de exercício de soberania</p><p>popular, conforme previsão do texto constitucional.</p><p>Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com</p><p>valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante:</p><p>I – plebiscito;</p><p>II – referendo;</p><p>III – iniciativa popular.</p><p>Letra c.</p><p>002. (VUNESP/AG (CM BOITUVA)/CM BOITUVA/LEGISLATIVO/2020) No Brasil, o sistema</p><p>majoritário absoluto é utilizado nas eleições para os cargos</p><p>a) da Câmara dos Deputados, das Assembleias Legislativas, da Câmara Legislativa e das Câ-</p><p>maras Municipais.</p><p>b) da Assembleia Legislativa, de Presidente da República e Prefeito de Município com mais de</p><p>200 000 (duzentos mil) eleitores.</p><p>c) de Presidente da República, Governador de Estado e do Distrito Federal e de Prefeito Municipal.</p><p>d) de Governador de Estado e do Distrito Federal, da Câmara dos Deputados e de Prefeito de</p><p>Município com mais de 200 000 (duzentos) mil habitantes.</p><p>e) de Presidente da República, Governador de Estado e do Distrito Federal e Prefeito de Muni-</p><p>cípio com mais de 200 000 (duzentos) mil eleitores.</p><p>O sistema majoritário absoluto é aquele utilizado nas situações em que pode ocorrer segundo</p><p>turno caso nenhum dos candidatos alcance a maioria absoluta de votos.</p><p>Em nosso ordenamento, este sistema é adotado nas eleições para Presidente da República, Go-</p><p>vernador de Estado e do Distrito Federal e Prefeito de Município com mais de 200 mil eleitores.</p><p>Letra e.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA IONE LOIOLA ALVES - 04913081322, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>50 de 79www.grancursosonline.com.br</p><p>Conceitos, Fontes e Princípios do Direito Eleitoral</p><p>DIREITO ELEITORAL</p><p>Diogo Surdi</p><p>003. (CEBRASPE (CESPE)/AFCE (TCE-SC)/TCE SC/ADMINISTRAÇÃO/2022) Julgue o próxi-</p><p>mo item, a respeito das práticas na administração pública brasileira.</p><p>Ação popular, plebiscito e audiência pública são exemplos de formas de controle legislativo na</p><p>administração pública.</p><p>A ação popular, o plebiscito e a audiência pública são exemplos de participação direta da so-</p><p>ciedade na soberania popular, e não formas de controle legislativo.</p><p>Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com</p><p>valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante:</p><p>I – plebiscito;</p><p>II – referendo;</p><p>III – iniciativa popular.</p><p>Errado.</p><p>004. (CEBRASPE (CESPE)/TEC GT (TELEBRAS)/TELEBRAS/ASSISTENTE ADMINISTRATI-</p><p>VO/2022) Acerca de noções de cidadania, julgue o item que se segue.</p><p>No âmbito do ordenamento jurídico e político nacional, a soberania popular concretiza a ideia</p><p>de cidadania e é exercida indiretamente pelo sistema parlamentar, pelo sufrágio universal e</p><p>pelo voto direto e secreto, que tem valor igual para todas e todos.</p><p>A soberania popular pode tanto ser exercida indiretamente (por meio de representantes elei-</p><p>tos) quanto diretamente (como, por exemplo, através de plebiscito, referendo e iniciativa popu-</p><p>lar). Quando exercida indiretamente, a soberania está materializada no sufrágio universal e no</p><p>voto direto e secreto, que tem valor igual para todos.</p><p>Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto</p><p>e secreto, com</p><p>valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante:</p><p>I – plebiscito;</p><p>II – referendo;</p><p>III – iniciativa popular.</p><p>Certo.</p><p>005. (FCC/TJ TRE SP/TRE SP/ADMINISTRATIVA/”SEM ESPECIALIDADE”/2017) A explica-</p><p>ção do Tribunal Superior Eleitoral − TSE sobre o funcionamento desse sistema é a seguinte: Os</p><p>votos computados são os de cada partido ou coligação e, em uma segunda etapa, os de cada</p><p>candidato. Eis a grande diferença. Em outras palavras, para conhecer os deputados e vereado-</p><p>res que vão compor o Poder Legislativo, deve-se, antes, saber quais foram os partidos políti-</p><p>cos vitoriosos para, depois, dentro de cada agremiação partidária que conseguiu um número</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA IONE LOIOLA ALVES - 04913081322, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>51 de 79www.grancursosonline.com.br</p><p>Conceitos, Fontes e Princípios do Direito Eleitoral</p><p>DIREITO ELEITORAL</p><p>Diogo Surdi</p><p>mínimo de votos, observar quais são os mais votados. Encontram-se, então, os eleitos. Esse,</p><p>inclusive, é um dos motivos de se atribuir o mandato ao partido e não ao político. − Agência</p><p>Câmara Notícias. O sistema eleitoral descrito no texto é o</p><p>a) misto.</p><p>b) distrital.</p><p>c) majoritário simples.</p><p>d) majoritário de dois turnos.</p><p>e) proporcional.</p><p>A explicação do TSE, conforme explanado no enunciado da questão, corresponde ao sistema</p><p>eleitoral proporcional. Neste sistema, nem sempre o candidato mais votado será eleito, uma</p><p>vez que serão levados em conta aspectos como o quociente eleitoral e partidário.</p><p>Letra e.</p><p>006. (CEBRASPE (CESPE)/AJ (TRE BA)/TRE BA/JUDICIÁRIA/2017) A apuração do quocien-</p><p>te eleitoral é necessária para determinar o resultado de eleição para</p><p>a) prefeito.</p><p>b) senador.</p><p>c) vereador.</p><p>d) presidente da República.</p><p>e) governador.</p><p>A apuração do quociente eleitoral é necessária para determinar o resultado das eleições reali-</p><p>zadas de acordo com as regras do regime proporcional. Em nosso ordenamento jurídico, este</p><p>sistema é utilizado nas eleições para os cargos de Deputado Federal, Deputado Estadual ou</p><p>Distrital e Vereador.</p><p>Letra c.</p><p>007. (FCC/TJ (TRE PB)/TRE PB/ADMINISTRATIVA/2015) Adotar-se-á o princípio majoritário</p><p>na eleição para</p><p>a) Presidente e Vice-Presidente da República, Governador e Vice-Governador de Estado, Sena-</p><p>do Federal, Prefeito e Vice-Prefeito.</p><p>b) Governador e Vice-Governador de Estado, Senado Federal, Câmara dos Deputados, Prefeito</p><p>e Vice- Prefeito.</p><p>c) Senado Federal, Câmara dos Deputados, Assembleias Legislativas e Câmaras Municipais.</p><p>d) Presidente e Vice-Presidente da República, Governador e Vice-Governador de Estado, Sena-</p><p>do Federal e Câmara dos Deputados.</p><p>e) Senado Federal, Câmara dos Deputados, Assembleias Legislativas, Prefeito e Vice-Prefeito.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA IONE LOIOLA ALVES - 04913081322, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>52 de 79www.grancursosonline.com.br</p><p>Conceitos, Fontes e Princípios do Direito Eleitoral</p><p>DIREITO ELEITORAL</p><p>Diogo Surdi</p><p>O princípio majoritário é adotado nas eleições para Presidente e Vice-Presidente da República,</p><p>Governador e Vice-Governador de Estado, Senado Federal, Prefeito e Vice-Prefeito. Neste sistema,</p><p>o candidato mais votado será necessariamente o eleito para ocupar o respectivo cargo eletivo.</p><p>Letra a.</p><p>008. (CONSULPAM/PROC (PREF N OLINDA)/PREF NOVA OLINDA/2015) Elegem-se pelo</p><p>sistema proporcional, não incluindo:</p><p>a) Deputados Estaduais.</p><p>b) Deputados Distritais.</p><p>c) Senadores.</p><p>d) Vereadores.</p><p>Apenas os Senadores, dentre as opções elencadas, não são eleitos de acordo com as regras</p><p>do regime proporcional, mas sim do sistema majoritário.</p><p>Letra c.</p><p>009. (CESPE/TJ TRE TO/TRE TO/ADMINISTRATIVA/2017) De acordo com a CF, o sistema</p><p>proporcional é utilizado para eleger</p><p>a) deputados federais.</p><p>b) presidente da República.</p><p>c) senadores.</p><p>d) governadores.</p><p>e) prefeitos.</p><p>Dentre os cargos eletivos, são eleitos de acordo com as regras do sistema proporcional os</p><p>Deputados (Federais, Estaduais e Distritais) e os Vereadores.</p><p>Letra a.</p><p>010. (CESPE / ANALISTA JUDICIÁRIO (TRE GO) / 2015 / ADMINISTRATIVA) Uma das prin-</p><p>cipais características do direito eleitoral é a constante modificação de regras que estabelecem</p><p>o funcionamento do processo eleitoral e de tudo que o cerca. Julgue o próximo item, referente</p><p>a essa característica e à propaganda partidária.</p><p>No que diz respeito à propaganda política, as novas regras criadas recentemente pelas cha-</p><p>madas minirreformas eleitorais, que trouxeram importantes alterações em vários pontos da</p><p>legislação eleitoral, não foram aplicadas nas eleições de 2014.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA IONE LOIOLA ALVES - 04913081322, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>53 de 79www.grancursosonline.com.br</p><p>Conceitos, Fontes e Princípios do Direito Eleitoral</p><p>DIREITO ELEITORAL</p><p>Diogo Surdi</p><p>Um dos princípios basilares do Direito Eleitoral é a anualidade, que afirma, conforme previsão</p><p>no artigo 16 da Constituição Federal, que toda e qualquer norma que alterar as regras perti-</p><p>nentes ao processo eleitoral entrará em vigor na datada sua publicação, não sendo aplicável,</p><p>contudo, à eleição que ocorra até um ano após a data da sua vigência.</p><p>Art. 16. A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua publicação, não se</p><p>aplicando à eleição que ocorra até um ano da data de sua vigência.</p><p>A cada eleição, novas leis são aprovadas com a finalidade de tornar o processo democrático</p><p>mais célere e confiável. No caso da questão, temos a referência à Lei 12.891, conhecida como</p><p>Minirreforma Eleitoral. Tal norma, por ter sido aprovada apenas em dezembro de 2013, não</p><p>pode ser aplicada para as eleições de 2014. Neste sentido, merece destaque o entendimento</p><p>do TSE, conforme notícia extraída da Consulta 100075:</p><p>A Minirreforma Eleitoral (Lei n. 12.891/2013) não é aplicável às Eleições Gerais de 2014.</p><p>O Plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) firmou esse entendimento, na sessão</p><p>administrativa desta terça-feira (24), ao responder a consulta feita pelo então senador</p><p>Sérgio de Souza sobre a aplicação total ou parcial da lei para o pleito de outubro. A maio-</p><p>ria do Plenário (4 votos a 3) acompanhou a divergência inaugurada pelo ministro Gilmar</p><p>Mendes em voto-vista apresentado na sessão desta terça. Segundo o ministro, a nova</p><p>lei não pode valer para estas eleições por ter sido aprovada em dezembro de 2013, ou</p><p>seja, menos de um ano antes da data de realização do pleito, que ocorrerá em 5 de outu-</p><p>bro. Conforme o artigo 16 da Constituição Federal, “A lei que alterar o processo eleitoral</p><p>entrará em vigor na data de sua publicação, não se aplicando à eleição que ocorra até um</p><p>ano da data de sua vigência”.</p><p>Certo.</p><p>011. (CESPE / PROMOTOR DE JUSTIÇA (MPE RR) / 2017) O princípio constitucional da anu-</p><p>alidade ou da anterioridade da lei eleitoral</p><p>a) não abrange resoluções do TSE que tenham caráter regulamentar.</p><p>b) não repercute sobre decisões do TSE em casos concretos decididos durante o processo</p><p>eleitoral e que venham a alterar a jurisprudência consolidada.</p><p>c) estabelece período de vacatio legis para a entrada em vigor das leis eleitorais.</p><p>d) tem aplicabilidade imediata e eficácia contida conforme a data do processo eleitoral.</p><p>a) Certa. A anualidade impede que uma lei eleitoral seja editada e aplicada à eleição que for re-</p><p>alizada no prazo de até 1 ano da sua vigência. Tal regra não se aplica, no entanto, às resoluções</p><p>O conteúdo</p><p>deste livro eletrônico é licenciado para MARIA IONE LOIOLA ALVES - 04913081322, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>54 de 79www.grancursosonline.com.br</p><p>Conceitos, Fontes e Princípios do Direito Eleitoral</p><p>DIREITO ELEITORAL</p><p>Diogo Surdi</p><p>do TSE, uma vez que é por meio deste instrumento normativo que o tribunal em questão regula-</p><p>menta como as eleições serão realizadas. Assim, seria muito complicado para o órgão se tais</p><p>regulamentações tivessem que ser feitas com a antecedência de 1 ano antes do pleito.</p><p>A Lei 9.504/1997 afirma, inclusive, que o TSE tem até o dia 05 de março do ano eleitoral para</p><p>editar as instruções e resoluções que entender necessárias para a regulamentação das eleições.</p><p>Art. 105. Até o dia 5 de março do ano da eleição, o Tribunal Superior Eleitoral, atendendo ao cará-</p><p>ter regulamentar e sem restringir direitos ou estabelecer sanções distintas das previstas nesta Lei,</p><p>poderá expedir todas as instruções necessárias para sua fiel execução, ouvidos, previamente, em</p><p>audiência pública, os delegados ou representantes dos partidos políticos.</p><p>b) Errada. O princípio da anualidade repercute, ao contrário do que afirmado, nas decisões do</p><p>TSE relativas a casos concretos decididos durante o processo eleitoral e que impliquem em al-</p><p>teração da jurisprudência consolidada da corte. Neste sentido, por exemplo, é o entendimento</p><p>do TSE, conforme verificado no julgamento do RE 637.485:</p><p>Assim, as decisões do TSE que, no curso do pleito eleitoral (ou logo após o seu encerra-</p><p>mento), impliquem mudança de jurisprudência (e dessa forma repercutam sobre a segu-</p><p>rança jurídica), não têm aplicabilidade imediata ao caso concreto e somente terão eficá-</p><p>cia sobre outros casos no pleito eleitoral posterior.</p><p>c) Errada. Não há que se falar em vacatio legis, uma vez que a nova norma eleitoral entra em</p><p>vigor já no momento de sua publicação. O que não acontece é a possibilidade de aplicação da</p><p>norma, que, como já afirmado, apenas será possível para as eleições que se realizem após 1</p><p>ano da entrada em vigor.</p><p>d) Errada. A aplicabilidade da norma eleitoral não é imediata, uma vez que, de acordo com a</p><p>anualidade, a lei eleitoral não se aplica à eleição que ocorra até um ano da data de sua vigência.</p><p>Letra a.</p><p>012. (CESPE / ANALISTA JUDICIÁRIO (TRE BA) / 2017 / JUDICIÁRIA) Determinada lei, pu-</p><p>blicada seis meses antes da data da realização de eleições estaduais, criou hipótese de inele-</p><p>gibilidade para dificultar abuso do poder econômico.</p><p>Assinale a opção correta a respeito da classificação da referida lei e de sua vigência e aplicação.</p><p>a) Tal lei deve ser complementar, e vigerá e se aplicará a partir da data da sua publicação.</p><p>b) Tal lei deve ser complementar e não se aplicará às referidas eleições.</p><p>c) Tal lei deve ser ordinária estadual e não se aplicará às referidas eleições.</p><p>d) Tal lei deve ser ordinária distrital, e vigerá e se aplicará a partir da data da sua publicação.</p><p>e) Tal lei deve ser ordinária federal, e se aplicará a partir da data de sua publicação.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA IONE LOIOLA ALVES - 04913081322, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>55 de 79www.grancursosonline.com.br</p><p>Conceitos, Fontes e Princípios do Direito Eleitoral</p><p>DIREITO ELEITORAL</p><p>Diogo Surdi</p><p>Inicialmente, precisamos saber que todas as novas hipóteses de inelegibilidade, ou seja, aque-</p><p>las que já não estejam previstas no texto da Constituição Federal, apenas podem ser instituí-</p><p>das por intermédio de Lei Complementar.</p><p>Tal regra consta, inclusive, como um mandamento da Constituição, conforme observa-se da</p><p>análise do artigo 14, §9º:</p><p>Art. 14, § 9º Lei complementar estabelecerá outros casos de inelegibilidade e os prazos de sua</p><p>cessação, a fim de proteger a probidade administrativa, a moralidade para exercício de mandato</p><p>considerada vida pregressa do candidato, e a normalidade e legitimidade das eleições contra a influ-</p><p>ência do poder econômico ou o abuso do exercício de função, cargo ou emprego na administração</p><p>direta ou indireta.</p><p>E com relação à produção de efeitos?</p><p>No Direito Eleitoral, o princípio da anualidade é considerado de extrema importância. Pode-se</p><p>afirmar, inclusive, que tal princípio é o norteador da maior parte das atividades desenvolvidas</p><p>pela Justiça Eleitoral, conferindo peculiaridade existente apenas neste ramo do direito.</p><p>Assim, a anualidade eleitoral decorre de uma regra da Constituição Federal, que, em seu artigo</p><p>16, assim dispõe:</p><p>Art. 16. A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua publicação, não se</p><p>aplicando à eleição que ocorra até um ano da data de sua vigência.</p><p>Logo, a norma editada, por criar uma situação de inelegibilidade, deve ser, obrigatoriamente,</p><p>uma Lei Complementar. De igual forma, por estar relacionada com a alteração do processo</p><p>eleitoral, a nova lei apenas poderá ser aplicada para as eleições que se realizarem após um ano</p><p>da data de início de sua vigência. Consequentemente, a nova norma não poderá ser aplicada</p><p>para as próximas eleições, tal como mencionado na situação do enunciado.</p><p>Letra b.</p><p>013. (CEBRASPE (CESPE)/TEC NS (MPOG)/MPOG/”ENAP”/2015) No que se refere ao Poder</p><p>Legislativo, julgue o seguinte item.</p><p>O Senado Federal e a Câmara dos Deputados compõem-se de representantes eleitos pelo prin-</p><p>cípio majoritário.</p><p>Apenas no Senado Federal as eleições são realizadas de acordo com o sistema majoritário.</p><p>Para a Câmara dos Deputados, o regime adotado é o proporcional.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA IONE LOIOLA ALVES - 04913081322, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>56 de 79www.grancursosonline.com.br</p><p>Conceitos, Fontes e Princípios do Direito Eleitoral</p><p>DIREITO ELEITORAL</p><p>Diogo Surdi</p><p>Art. 45. A Câmara dos Deputados compõe-se de representantes do povo, eleitos, pelo sistema pro-</p><p>porcional, em cada Estado, em cada Território e no Distrito Federal.</p><p>Art. 46. O Senado Federal compõe-se de representantes dos Estados e do Distrito Federal, eleitos</p><p>segundo o princípio majoritário.</p><p>Errado.</p><p>014. (CEBRASPE (CESPE)/TJ (TJ CE)/TJ CE/TÉCNICO-ADMINISTRATIVA/”SEM ESPECIA-</p><p>LIDADE”/2014) Acerca do Poder Legislativo, assinale a opção correta.</p><p>a) Os territórios não podem eleger deputados.</p><p>b) Diferentemente do que ocorre com os senadores, cada deputado federal será eleito com</p><p>dois suplentes.</p><p>c) O mandato de senador é de quatro anos.</p><p>d) Em razão de regra constitucional expressa, as deliberações da Câmara dos Deputados serão</p><p>tomadas por dois terços dos votos.</p><p>e) O Senado Federal é composto por senadores, representantes dos estados e do Distrito Fe-</p><p>deral, eleitos segundo o princípio majoritário.</p><p>Para fins de provas de Direito Eleitoral, temos que memorizar, dentre as alternativas elencadas</p><p>pela questão, que, de acordo com o artigo 46 da Constituição Federal, “O Senado Federal compõe-</p><p>-se de representantes dos Estados e do Distrito Federal, eleitos segundo o princípio majoritário”.</p><p>Letra e.</p><p>015. (CEBRASPE (CESPE)/AJ (TRE BA)/TRE BA/APOIO ESPECIALIZADO/TAQUIGRA-</p><p>FIA/2010) No que se refere às disposições contidas na CF, relativas ao Poder Legislativo, Po-</p><p>der Executivo e Poder Judiciário, julgue o item seguinte.</p><p>De acordo com a CF, a eleição para o Senado Federal realiza-se mediante o denominado sis-</p><p>tema proporcional.</p><p>O Senado Federal adota o mesmo sistema eleitoral utilizado para os Chefes do Poder Executi-</p><p>vo, ou seja, o regime majoritário.</p><p>Art. 46. O Senado Federal compõe-se de representantes</p><p>dos Estados e do Distrito Federal, eleitos</p><p>segundo o princípio majoritário.</p><p>Errado.</p><p>016. (CEBRASPE (CESPE)/AJ TRT5/TRT 5/JUDICIÁRIA/EXECUÇÃO DE MANDADOS/2008)</p><p>Julgue o item que se segue, acerca do Poder Legislativo.</p><p>O Senado Federal compõe-se de representantes do povo, eleitos, pelo sistema proporcional,</p><p>em cada estado, em cada território e no DF.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA IONE LOIOLA ALVES - 04913081322, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>57 de 79www.grancursosonline.com.br</p><p>Conceitos, Fontes e Princípios do Direito Eleitoral</p><p>DIREITO ELEITORAL</p><p>Diogo Surdi</p><p>Os Senadores são eleitos, nos termos do artigo 46 da Constituição Federal, de acordo com o</p><p>regime ou sistema majoritário.</p><p>Art. 46. O Senado Federal compõe-se de representantes dos Estados e do Distrito Federal, eleitos</p><p>segundo o princípio majoritário.</p><p>Errado.</p><p>017. (CESPE / CONSULTOR LEGISLATIVO (SEN) / 2002) Julgue o item a seguir.</p><p>Lei sobre propaganda eleitoral que nada disponha sobre sua própria vigência entrará em vigor</p><p>45 dias após sua publicação.</p><p>A anualidade eleitoral decorre de uma regra da Constituição Federal, que, em seu artigo 16,</p><p>assim dispõe:</p><p>Art. 16. A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua publicação, não se</p><p>aplicando à eleição que ocorra até um ano da data de sua vigência.</p><p>Merece destaque, para a correta compreensão do princípio, a compreensão das diferenças</p><p>existentes entre a vigência e a eficácia das normas.</p><p>A vigência está relacionada com o momento em que a norma adentra no ordenamento jurídico.</p><p>Dessa forma, caso uma lei eleitoral seja publicada e nada mencione acerca do período de vi-</p><p>gência, esta ocorrerá 45 dias após a sua publicação. Trata-se a vigência, em última análise, do</p><p>momento em que a norma, após passar por todas as suas fases procedimentais, pode, após</p><p>um período de tempo, produzir efeitos.</p><p>A eficácia, por sua vez, relaciona-se com o momento em que a norma inicia a produção de</p><p>efeitos jurídicos perante terceiros. Na imensa maioria dos ramos do direito, a eficácia, como</p><p>regra, possui o mesmo lapso temporal que a vigência. Como resultado, uma lei publicada e que</p><p>nada mencione sobre o momento de início da produção de efeitos jurídicos, terá o início de tais</p><p>efeitos no mesmo momento em que a vigência.</p><p>Como exemplo, podemos citar uma lei que foi publicada em 05 de maio de 2015 e que men-</p><p>cione que nesta mesma data inicia a produção de efeitos. Neste caso, tanto a vigência quanto</p><p>a eficácia da norma terão início no mesmo dia, ou seja, na data de publicação. Isso vale para</p><p>quase todos os ramos do Direito.</p><p>Com o Direito Eleitoral isso não ocorre, de forma que a eficácia das leis eleitorais apenas ocor-</p><p>rerá após o período de 1 ano da data em que a norma entrar em vigor.</p><p>Logo, a sobre propaganda eleitoral que nada disponha sobre sua própria vigência, tal como</p><p>informado pela questão, entrará em vigor na data da sua publicação. No entanto, a norma não</p><p>poderá ser aplicada para as eleições que ocorram até 1 ano após a vigência.</p><p>Errado.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA IONE LOIOLA ALVES - 04913081322, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>58 de 79www.grancursosonline.com.br</p><p>Conceitos, Fontes e Princípios do Direito Eleitoral</p><p>DIREITO ELEITORAL</p><p>Diogo Surdi</p><p>018. (CESPE / TÉCNICO JUDICIÁRIO (TRE TO) / 2017 / ADMINISTRATIVA) A principal fun-</p><p>ção da justiça eleitoral é garantir</p><p>a) o respeito à soberania popular e à cidadania.</p><p>b) a classificação das informações de ordem estatal.</p><p>c) a auditoria das contas públicas.</p><p>d) o cumprimento dos princípios da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da publici-</p><p>dade e da eficiência.</p><p>e) a guarda da Constituição Federal.</p><p>A Justiça Eleitoral é uma das justiças especializadas da União. Tamanha é a sua importância</p><p>que a Constituição Federal de 1988, em diversas passagens, estabelece normas a serem se-</p><p>guidas no âmbito do Direito Eleitoral.</p><p>Compete à União, desta forma, legislar sobre Direito Eleitoral, conforme se verifica no artigo</p><p>22 da CF/88:</p><p>Art. 22, Compete privativamente à União legislar sobre:</p><p>I – direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e</p><p>do trabalho;</p><p>Desta forma, a ideia de criação de uma Justiça especializada nas causas eleitorais tem como</p><p>principal objetivo assegurar que a soberania popular seja exercida sem a influência de tercei-</p><p>ros. Tal soberania é manifestada mediante o exercício da cidadania, haja vista que são con-</p><p>siderados cidadãos, em nosso ordenamento jurídico, as pessoas que possuam a capacidade</p><p>eleitoral ativa, materializado na emissão do título de eleitor.</p><p>Desta forma, o gabarito é a Letra A.</p><p>Nas demais alternativas, ainda que tenhamos, em alguns casos, objetivos da Justiça Eleito-</p><p>ral (como nas Letras D e E), nenhuma delas expressa a principal razão de ser deste ramo</p><p>da Justiça.</p><p>Letra a.</p><p>019. (CESPE / CONSULTOR LEGISLATIVO (SEN) / 2002 / DIREITO CONSTITUCIONAL, AD-</p><p>MINISTRATIVO, ELEITORAL E PARTIDÁRIO) Julgue o item subsequente.</p><p>Uma lei que altere o processo eleitoral entra em vigor na data de sua publicação, não se apli-</p><p>cando, no entanto, à eleição que ocorra até um ano da data de sua vigência.</p><p>A anualidade eleitoral decorre de uma regra da Constituição Federal, que, em seu artigo 16,</p><p>assim dispõe:</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA IONE LOIOLA ALVES - 04913081322, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>59 de 79www.grancursosonline.com.br</p><p>Conceitos, Fontes e Princípios do Direito Eleitoral</p><p>DIREITO ELEITORAL</p><p>Diogo Surdi</p><p>Art. 16. A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua publicação, não se</p><p>aplicando à eleição que ocorra até</p><p>Sendo assim, a questão está correta, uma vez que reproduz, conforme mencionado, a literali-</p><p>dade do artigo 16 da Constituição Federal.</p><p>Certo.</p><p>020. (CESPE / PROMOTOR DE JUSTIÇA (MPE RR) / 2008) De 1935 até agora, o sistema bra-</p><p>sileiro para a eleição de deputados e vereadores traz essa característica que tanto o distingue</p><p>dos modelos proporcionais empregados em todo o mundo: a escolha uninominal, pelos eleito-</p><p>res, a partir de listas apresentadas pelos partidos.</p><p>Sessenta e tantos anos decorridos da introdução desse modelo de escolha uninominal no Bra-</p><p>sil — desde a reforma trazida ao Código de 1932 e pela Lei n. 48/1935 —, somam-se as queixas</p><p>de políticos e estudiosos contra a experiência, no dizer de Giusti Tavares, “singular e estranha”.</p><p>Walter C. Porto. A mentirosa urna. São Paulo: Martins Fontes, 2004, p. 121 (com adaptações).</p><p>A partir das informações do texto acima, julgue o item que se segue, acerca do sistema eleito-</p><p>ral brasileiro nas eleições para deputado e vereador.</p><p>De acordo com o princípio da fidelidade partidária, é nulo o voto conferido a candidato a ve-</p><p>reador filiado a partido de coligação oposta à do candidato em quem o mesmo eleitor votou</p><p>para prefeito.</p><p>Típica questão do CESPE, onde a banca apresenta um texto introdutório e tenta confundir o</p><p>candidato com um caso aparentemente complexo.</p><p>Vamos entender a situação narrada pela questão: No exemplo, o eleitor votou para Prefeito</p><p>em um candidato do partido X. Posteriormente, votou em um vereador filiado ao partido P, que</p><p>formou coligação, a título de exemplo, com os partidos A e B.</p><p>O que a questão tenta afirmar é que, uma vez que o partido do candidato a Prefeito votado pelo</p><p>eleitor não está coligado com os partidos A e B,</p><p>que o Poder Público possui, dentre as suas principais finalida-</p><p>des, a de assegurar o bem estar da população, poderá ele fazer uso, quando necessário, de seu</p><p>poder de império, consubstanciado, muitas vezes, no poder de polícia.</p><p>Exemplo disso seria uma fiscalização a um supermercado com a finalidade de verificar se o</p><p>estabelecimento apresenta todos os seus produtos dentro dos prazos de vencimento. Caso</p><p>contrário, deverá a autoridade pública tomar providências, que podem, a depender da gravida-</p><p>de da conduta do particular, implicar na interdição do estabelecimento comercial.</p><p>Neste último caso, estamos diante de uma relação vertical, em que a Administração Pú-</p><p>blica, pautada no princípio da Supremacia do Interesse Público sobre o Privado, pode exigir</p><p>certas ações ou omissões de determinados particulares como forma de assegurar o bem</p><p>estar da coletividade.</p><p>Dessa forma, é possível afirmar que o Direito Eleitoral pertence ao Direito Público, haja</p><p>vista que os cidadãos possuem uma série de obrigações que, caso não sejam cumpridas, im-</p><p>plicam em restrições a diversos direitos e no prejuízo à coletividade como um todo.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA IONE LOIOLA ALVES - 04913081322, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>Cilene</p><p>Destaque</p><p>5 de 79www.grancursosonline.com.br</p><p>Conceitos, Fontes e Princípios do Direito Eleitoral</p><p>DIREITO ELEITORAL</p><p>Diogo Surdi</p><p>Também é possível verificar, pela análise das definições dos autores, que o Direito Eleitoral</p><p>trata-se de um ramo do direito que apresenta uma série de institutos próprios, tais como o alis-</p><p>tamento, a diplomação e a propaganda política.</p><p>Por fim, destaca-se que a finalidade ou objetivo primordial do Direito Eleitoral é a de garantir</p><p>que todo o processo eleitoral (desde o alistamento até a diplomação) seja realizado de acordo</p><p>com as normas jurídicas, garantindo assim a lisura e a legitimidade do resultado das eleições.</p><p>DICA</p><p>De tudo o que exposto até o momento, devemos memorizar,</p><p>para fins de prova, que:</p><p>a) o Direito Eleitoral pertence ao Direito Público.</p><p>b) o Direito Eleitoral é uma disciplina autônoma, possuindo ins-</p><p>titutos próprios.</p><p>c) a finalidade do Direito Eleitoral é a de garantir que todo o</p><p>processo eleitoral seja realizado de acordo com as normas ju-</p><p>rídicas, garantindo assim a lisura e a legitimidade do resultado</p><p>das eleições.</p><p>1.1. CompetênCia em matéria eleitoral</p><p>Em nosso ordenamento jurídico, a competência para legislar sobre Direito Eleitoral é priva-</p><p>tiva da União, conforme previsão do artigo 22, I, da Constituição Federal:</p><p>Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre:</p><p>I – direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e</p><p>do trabalho;</p><p>Interessante observar que a competência em questão foi classificada como privativa, e</p><p>não como exclusiva. Na competência exclusiva, não há possibilidade de delegação, ao passo</p><p>que a competência privativa admite, em determinadas situações, a delegação para o exercício</p><p>da matéria.</p><p>Além disso, deve ser destacado que o Parágrafo Único do mencionado artigo constitucio-</p><p>nal apresenta a seguinte redação:</p><p>Art. 22, Parágrafo único. Lei complementar poderá autorizar os Estados a legislar sobre questões</p><p>específicas das matérias relacionadas neste artigo.</p><p>Desta forma, uma leitura literal da norma poderia nos levar a acreditar que seria possível</p><p>à União, por meio da edição de uma lei complementar, autorizar os Estados a legislar sobre</p><p>questões específicas relacionadas com o Direito Eleitoral.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA IONE LOIOLA ALVES - 04913081322, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>6 de 79www.grancursosonline.com.br</p><p>Conceitos, Fontes e Princípios do Direito Eleitoral</p><p>DIREITO ELEITORAL</p><p>Diogo Surdi</p><p>No entanto, aqui estamos diante de uma questão bastante polêmica. E o que fundamenta</p><p>a impossibilidade de delegação para que os Estados legislem sobre pontos específicos do</p><p>Direito Eleitoral é o fato das regras relacionadas com o procedimento eleitoral serem destina-</p><p>dos à toda a coletividade. Logo, como a matéria em questão tem um caráter eminentemente</p><p>nacional, o entendimento doutrinário majoritário é de que não há possibilidade de delegação</p><p>para que os Estados legislem sobre o Direito Eleitoral.</p><p>Dito em outros termos, leis e demais normas estaduais não podem ser consideradas fontes</p><p>do direito eleitoral, uma vez que a competência para legislar sobre tal matéria é privativa da União.</p><p>DICA</p><p>De acordo com o entendimento majoritário, não é possível que</p><p>a União autorize, por meio de lei complementar, os Estados a</p><p>legislar sobre questões específicas do Direito Eleitoral.</p><p>Outro ponto que merece destaque é a eventual possibilidade de edição de medida provisó-</p><p>ria relacionada com o Direito Eleitoral.</p><p>Como decorrência do exercício da atividade atípica de legislar é que a Constituição Federal</p><p>assegura ao Poder Executivo a possibilidade de edição de medidas provisórias.</p><p>Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar medidas provi-</p><p>sórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional.</p><p>Como se observa da análise do dispositivo constitucional, dois são os requisitos que de-</p><p>vem ser atendidos para que a edição da medida provisória seja possível: relevância e urgência.</p><p>A relevância está relacionada com o fato das medidas provisórias apenas poderem ser</p><p>editadas com o objetivo de sanar situações graves e de grande importância. Caso as situações</p><p>não sejam relevantes (graves e importantes), não há que se falar em medida provisória. Por</p><p>isso mesmo, apenas as situações relevantes é que poderão ser objeto de utilização da men-</p><p>cionada norma legislativa.</p><p>A urgência relaciona-se com a necessidade de adoção, pelo Poder Público, de medidas</p><p>imediatas e que não podem esperar o fluxo legislativo utilizado para a aprovação das demais</p><p>normas jurídicas (como, por exemplo, as leis).</p><p>Assim, com a medida provisória, a ideia é possibilitar um procedimento mais célere (urgen-</p><p>te) do que o utilizado nas demais normas legislativas.</p><p>Logo, as matérias objeto de medida provisória são aquelas que não podem aguardar o de-</p><p>curso do tempo, uma vez que estão relacionadas com questões consideradas imprescindíveis</p><p>para o bem estar da coletividade.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA IONE LOIOLA ALVES - 04913081322, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>7 de 79www.grancursosonline.com.br</p><p>Conceitos, Fontes e Princípios do Direito Eleitoral</p><p>DIREITO ELEITORAL</p><p>Diogo Surdi</p><p>Requisitos da</p><p>Medida</p><p>Provisória</p><p>Relevância</p><p>Apenas matérias</p><p>graves e importantes</p><p>podem ser objeto de</p><p>Medida Provisória</p><p>Urgência</p><p>Apenas matérias</p><p>urgentes podem ser</p><p>objeto de Medida</p><p>Provisória</p><p>No entanto, não são todas as matérias que podem ser objeto de edição de medida provisó-</p><p>rias. Em sentido oposto, a Constituição Federal estabelece que, para determinados questões,</p><p>é obrigatória a utilização da função típica do Poder Legislativo, ou seja, a função de legislar.</p><p>Nestas matérias, apenas o Poder Legislativo, por meio da edição de lei, é que poderá estabele-</p><p>cer regras e “legislar” sobre os respectivos assuntos.</p><p>Dentre estas vedações, temos as medidas provisórias relacionadas com os direitos políti-</p><p>cos, com os partidos políticos e com o direito eleitoral.</p><p>Art. 62, § 1º É vedada a edição de medidas provisórias sobre matéria:</p><p>I</p><p>não poderia esse mesmo eleitor votar em um</p><p>candidato a vereador que pertencesse à coligação.</p><p>Em suma, os votos para as eleições de Prefeito e Vereador teriam que ser para candidatos</p><p>vinculados ao mesmo partido ou coligação.</p><p>No entanto, tal regra não se aplica em nosso ordenamento, uma vez que o voto, nos termos</p><p>da Constituição Federal, é direito e secreto, possuindo o eleitor ampla liberdade para escolher</p><p>seus candidatos. Nos termos do artigo 14 da CF:</p><p>A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor</p><p>igual para todos, e, nos termos da lei, mediante (...)</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA IONE LOIOLA ALVES - 04913081322, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>60 de 79www.grancursosonline.com.br</p><p>Conceitos, Fontes e Princípios do Direito Eleitoral</p><p>DIREITO ELEITORAL</p><p>Diogo Surdi</p><p>O termo fidelidade partidária, expresso na questão, trata-se do compromisso que o político</p><p>eleito tem em acompanhar as decisões do seu partido. E isso ocorre porque nosso ordena-</p><p>mento jurídico não admite a candidatura sem partido.</p><p>Errado.</p><p>021. (CEBRASPE (CESPE)/ERACA (ANCINE)/ANCINE/III/2013) Com relação ao Poder Le-</p><p>gislativo, julgue o item a seguir.</p><p>Enquanto o Senado Federal compõe-se de representantes dos estados e do Distrito Federal,</p><p>eleitos pelo sistema majoritário, a Câmara dos Deputados compõe-se de representantes do</p><p>povo, eleitos pelo sistema proporcional, em cada estado, em cada território e no Distrito Federal.</p><p>A questão está correta, informando, de acordo com as regras constitucionais, o sistema eleito-</p><p>ral adotado para cada um dos mencionados cargos eletivos.</p><p>Art. 45. A Câmara dos Deputados compõe-se de representantes do povo, eleitos, pelo sistema pro-</p><p>porcional, em cada Estado, em cada Território e no Distrito Federal.</p><p>Art. 46. O Senado Federal compõe-se de representantes dos Estados e do Distrito Federal, eleitos</p><p>segundo o princípio majoritário.</p><p>Certo.</p><p>022. (CEBRASPE (CESPE)/TJ TRE RJ/TRE RJ/ADMINISTRATIVA/2012) No que concerne ao</p><p>direito constitucional e à Constituição Federal de 1988 (CF), julgue o item a seguir.</p><p>O Poder Legislativo é exercido pelo Congresso Nacional, que se compõe da Câmara dos Depu-</p><p>tados e do Senado Federal. A Câmara dos Deputados é constituída pelos representantes dos</p><p>estados da Federação, eleitos pelo sistema proporcional, e o Senado Federal é composto pelos</p><p>representantes do povo, eleitos segundo o princípio majoritário.</p><p>Ao passo que os Deputados são eleitos de acordo com o sistema proporcional, os Senadores,</p><p>diferente do que informado, são escolhidos por meio do regime majoritário.</p><p>Art. 45. A Câmara dos Deputados compõe-se de representantes do povo, eleitos, pelo sistema pro-</p><p>porcional, em cada Estado, em cada Território e no Distrito Federal.</p><p>Art. 46. O Senado Federal compõe-se de representantes dos Estados e do Distrito Federal, eleitos</p><p>segundo o princípio majoritário.</p><p>Errado.</p><p>023. (CEBRASPE (CESPE)/OTI (ABIN)/ABIN/DIREITO/2010) A respeito dos Poderes Legisla-</p><p>tivo, Executivo e Judiciário, julgue o item que se segue.</p><p>Os senadores, representantes dos estados e do Distrito Federal, são eleitos com três suplen-</p><p>tes, segundo o princípio proporcional, para mandato de oito anos.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA IONE LOIOLA ALVES - 04913081322, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>61 de 79www.grancursosonline.com.br</p><p>Conceitos, Fontes e Princípios do Direito Eleitoral</p><p>DIREITO ELEITORAL</p><p>Diogo Surdi</p><p>Os Senadores, nos termos da Constituição Federal, são eleitos de acordo com o sistema</p><p>majoritário.</p><p>Art. 46. O Senado Federal compõe-se de representantes dos Estados e do Distrito Federal, eleitos</p><p>segundo o princípio majoritário.</p><p>Errado.</p><p>024. (CESPE / ANALISTA LEGISLATIVO (CAM DEP) / 2014 / CONSULTOR LEGISLATIVO /</p><p>ÁREA I) Acerca dos princípios do direito eleitoral, julgue o item a seguir.</p><p>Tido como princípio basilar do direito eleitoral, e inscrito no texto constitucional, o princípio da</p><p>eficiência determina que o agente político ou administrador seja 100 % eficiente.</p><p>Ainda que o princípio da eficiência esteja previsto no texto constitucional para toda a adminis-</p><p>tração pública direta e indireta, não trata-se ele de um princípio absoluto, não se exigindo, por</p><p>consequência, uma atuação apenas pautada na eficiência. E isso ocorre porque toda a admi-</p><p>nistração está pautada no princípio da legalidade, de forma que apenas pode der feito aquilo</p><p>que estiver previsto ou autorizado em lei.</p><p>Como resultado, certas medidas, ainda que possam ser mais eficientes para o serviço público</p><p>como um todo, apenas podem ser tomadas se estiverem previstas em lei. Logo, é incorreto</p><p>afirmar que a atuação do agente político deve ser 100% eficiente.</p><p>Errado.</p><p>025. (CESPE / ANALISTA LEGISLATIVO (CAM DEP) / 2014 / CONSULTOR LEGISLATIVO /</p><p>ÁREA I) Acerca dos princípios do direito eleitoral, julgue o item a seguir.</p><p>Introduzida no texto constitucional por meio de emenda, a nova redação do dispositivo que</p><p>consagra princípio da anualidade da lei eleitoral aperfeiçoou a redação do texto constitucional,</p><p>ao igualar os conceitos de vigência ou aplicação e de eficácia.</p><p>De acordo com o artigo 16 da Constituição Federal, temos a seguinte redação:</p><p>Art. 16. A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua publicação, não se</p><p>aplicando à eleição que ocorra até um ano da data de sua vigência.</p><p>Com base neste artigo, a vigência da lei ocorre na data da sua publicação, sendo que a eficácia</p><p>apenas acontecerá para as eleições que ocorrerem no período posterior a 1 ano da publicação.</p><p>Logo, ao contrário do que afirma a questão, os conceitos de vigência e eficácia não foram</p><p>igualados.</p><p>Errado.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA IONE LOIOLA ALVES - 04913081322, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>62 de 79www.grancursosonline.com.br</p><p>Conceitos, Fontes e Princípios do Direito Eleitoral</p><p>DIREITO ELEITORAL</p><p>Diogo Surdi</p><p>026. (CEBRASPE (CESPE)/PJ (MPE PI)/MPE PI/2019) O princípio que sustenta a ideia de</p><p>que o intérprete da norma deve manter a aplicação da lei estritamente vinculada às limitações</p><p>por ela impostas a candidatos e eleitores é o da</p><p>a) vedação da restrição de direitos políticos.</p><p>b) democracia partidária.</p><p>c) responsabilidade solidária.</p><p>d) periodicidade da investidura.</p><p>e) celeridade da justiça eleitoral.</p><p>O CESPE, vez por outra, inova em suas questões, elencando princípios que até então não fo-</p><p>ram utilizados em provas de Direito Eleitoral. Aqui, poderíamos acertar a questão com base</p><p>no entendimento de que os direitos políticos apenas podem ser limitados ou restritos nas</p><p>situações expressamente previstas em lei. Logo, a regra geral é a de que tais direitos possam</p><p>ser exercidos em sua plenitude, garantindo assim a participação popular e a legitimidade do</p><p>resultado das eleições.</p><p>Letra a.</p><p>027. (CEBRASPE (CESPE)/AJ TRE RS/TRE RS/JUDICIÁRIA/2003) Carlos, advogado eleito-</p><p>ral, no ano de 2002, ao apreciar a legislação eleitoral das eleições desse ano, aplicou a lei</p><p>eleitoral X, que entrou em vigor em fevereiro de 2002, em favor do candidato a governador que</p><p>representava junto à justiça eleitoral.</p><p>Acerca da situação hipotética acima, julgue o item seguinte.</p><p>No âmbito da legislação eleitoral, vigora o preceito da Lei de Introdução ao Código Civil de que</p><p>as normas eleitorais têm aplicação imediata.</p><p>Com relação à legislação eleitoral, vigora o princípio</p><p>da anualidade, e não as regras previstas</p><p>na Lei de Introdução ao Código Civil. Consequentemente, a lei que alterar o processo eleitoral</p><p>entrará em vigor na data de sua publicação, não se aplicando à eleição que ocorra até um ano</p><p>da data de sua vigência.</p><p>Errado.</p><p>028. (CEBRASPE (CESPE)/AJ TRE RS/TRE RS/JUDICIÁRIA/2003) Carlos, advogado eleito-</p><p>ral, no ano de 2002, ao apreciar a legislação eleitoral das eleições desse ano, aplicou a lei</p><p>eleitoral X, que entrou em vigor em fevereiro de 2002, em favor do candidato a governador que</p><p>representava junto à justiça eleitoral.</p><p>Acerca da situação hipotética acima, julgue o item seguinte.</p><p>A lei eleitoral X não poderia ser aplicada na eleição de 2002, mas, estando ainda em vigor, po-</p><p>derá ser aplicada na eleição subsequente.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA IONE LOIOLA ALVES - 04913081322, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>63 de 79www.grancursosonline.com.br</p><p>Conceitos, Fontes e Princípios do Direito Eleitoral</p><p>DIREITO ELEITORAL</p><p>Diogo Surdi</p><p>Após ser editada, a lei eleitoral entra em vigor imediatamente. No entanto, não pode ela ser</p><p>aplicada para as eleições que se realizem no prazo de 1 ano após o início da vigência.</p><p>No caso apresentado, conforme afirmado, a lei eleitoral X não poderia ser aplicada na eleição</p><p>de 2002, mas, estando ainda em vigor, poderá ser aplicada na eleição subsequente (que ocorre</p><p>após o período de 1 ano da respectiva vigência).</p><p>Certo.</p><p>029. (CEBRASPE (CESPE)/AJ TRE RS/TRE RS/JUDICIÁRIA/2003) Carlos, advogado eleito-</p><p>ral, no ano de 2002, ao apreciar a legislação eleitoral das eleições desse ano, aplicou a lei</p><p>eleitoral X, que entrou em vigor em fevereiro de 2002, em favor do candidato a governador que</p><p>representava junto à justiça eleitoral.</p><p>Acerca da situação hipotética acima, julgue o item seguinte.</p><p>Não há, no Código Eleitoral, dispositivo relacionado ao caso em análise e que permita a aplica-</p><p>ção da legislação referida.</p><p>O Código Eleitoral nada menciona acerca da aplicação temporal das leis eleitorais. No entanto,</p><p>compete à Constituição Federal, em seu artigo 16, estabelecer as regras a serem observadas,</p><p>dando ensejo ao princípio da anualidade.</p><p>Art. 16. A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua publicação, não se</p><p>aplicando à eleição que ocorra até um ano da data de sua vigência.</p><p>Certo.</p><p>030. (CONSULPLAN / TÉCNICO JUDICIÁRIO (TRE MG) / 2015 / CONTABILIDADE / ADMI-</p><p>NISTRATIVA) O voto é o instrumento do exercício do direito de sufrágio. De acordo com a</p><p>Constituição Brasileira, analise as afirmativas acerca do voto.</p><p>I – É um direito público objetivo, que garante a representação do eleitor.</p><p>II – É função política e social de soberania popular na democracia representativa.</p><p>III – É um dever de todo cidadão brasileiro, de comparecer à eleição e votar.</p><p>IV – É um direito‐dever que representa a capacidade eleitoral ativa.</p><p>Estão corretas apenas as afirmativas</p><p>a) I e II.</p><p>b) I e III.</p><p>c) II e IV.</p><p>d) III e IV.</p><p>Item I: Errado. O voto é um direito público subjetivo, ou seja, é um direito relacionado ao cida-</p><p>dão que se encontre em pleno gozo de seus direitos políticos, personalíssimo.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA IONE LOIOLA ALVES - 04913081322, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>64 de 79www.grancursosonline.com.br</p><p>Conceitos, Fontes e Princípios do Direito Eleitoral</p><p>DIREITO ELEITORAL</p><p>Diogo Surdi</p><p>Item II: Certo. O voto é uma função política na medida em que envolve os direitos políticos e</p><p>também uma função social por implicar em um dever de toda a sociedade. Sendo assim, a</p><p>soma das duas funções é que garante a manutenção do sistema democrático e que esta fun-</p><p>ção é materializada por meio do voto.</p><p>Item III: Errado. Nem todos os brasileiros são obrigados a comparecer à eleição e votar. O voto</p><p>é facultativo para os maiores de 70 anos, para os que sejam maiores de 16 e menores de 18</p><p>anos de idade e para os analfabetos. É o que estabelece o artigo 14, § 1º, II da Constituição</p><p>Federal de 1988:</p><p>Art. 14, § 1º O alistamento eleitoral e o voto são:</p><p>II – facultativos para:</p><p>a) os analfabetos;</p><p>b) os maiores de setenta anos;</p><p>c) os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos.</p><p>Item IV: Certo. Conforme afirmado, o voto é um direito-dever ou poder-dever do cidadão, ou</p><p>seja, o instrumento para exercer a sua capacidade eleitoral ativa.</p><p>Letra c.</p><p>031. (AOCP / TÉCNICO JUDICIÁRIO (TRE AC) / 2015 / ADMINISTRATIVA) Em relação à le-</p><p>gislação eleitoral, assinale a alternativa correta.</p><p>a) O Código Eleitoral é a legislação central do regime jurídico eleitoral, sendo as demais legis-</p><p>lações acessórias naquilo em que ele for omisso.</p><p>b) A Lei que alterar o processo eleitoral deve respeitar a regra da anualidade eleitoral.</p><p>c) É inaplicável, dentro do sistema processual eleitoral, qualquer disposição do código de pro-</p><p>cesso civil, em razão da sua incompatibilidade com o que dispõe o código eleitoral.</p><p>d) A cada eleição, será publicada, pelo Tribunal Superior Eleitoral, Lei específica dispondo a</p><p>respeito do pleito a ser realizado.</p><p>e) Além das disposições constitucionais, somente lei complementar pode dispor acerca de</p><p>matéria eleitoral.</p><p>a) Errada. Ainda que o Código Eleitoral seja inteiramente destinado às normas eleitorais, não é</p><p>ele a legislação central em nosso ordenamento, mas sim a Constituição Federal, que é a norma</p><p>que estabelece as diretrizes a serem observadas pelas demais fontes eleitorais.</p><p>b) Certa. Trata-se do princípio da anualidade eleitoral, conforme previsão da Constitui-</p><p>ção Federal.</p><p>Art. 16. A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua publicação, não se</p><p>aplicando à eleição que ocorra até um ano da data de sua vigência.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA IONE LOIOLA ALVES - 04913081322, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>65 de 79www.grancursosonline.com.br</p><p>Conceitos, Fontes e Princípios do Direito Eleitoral</p><p>DIREITO ELEITORAL</p><p>Diogo Surdi</p><p>c) Errada. O Código de Processo Civil é uma fonte indireta do Direito Eleitoral, podendo ser</p><p>utilizado nas hipóteses em que o rito processual a ser observado não esteja expressamente</p><p>previsto em uma norma eleitoral.</p><p>d) Errada. A cada eleição, o TSE emite resoluções (e não uma lei) com a finalidade de regula-</p><p>mentar as eleições.</p><p>e) Errada. Tanto as leis complementares quanto as ordinárias versam sobre matéria eleitoral. O</p><p>que ocorre, em determinadas situações, é a exigência de lei complementar para a regulamen-</p><p>tação de um determinado assunto, como, por exemplo, as inelegibilidades.</p><p>Letra b.</p><p>032. (PONTUA / ANALISTA JUDICIÁRIO (TRE SC) / 2011 /JUDICIÁRIA) Sobre o direito e a</p><p>legislação eleitoral, assinale a alternativa INCORRETA:</p><p>a) São disposições próprias do Código Eleitoral para fins eleitorais o conceito de funcionário da</p><p>justiça eleitoral e de funcionário público.</p><p>b) A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua publicação, não se apli-</p><p>cando à eleição que ocorra até 1 (um) ano da data de sua vigência.</p><p>c) As hipóteses de inelegibilidades devem ser tratadas por Lei Complementar.</p><p>d) É competência concorrente da União, dos Estados e dos Municípios legislar sobre direito</p><p>eleitoral.</p><p>a) Certa. Os conceitos de “funcionário público” e “funcionário da Justiça Eleitoral” são, para o Di-</p><p>reito Eleitoral, conceitos distintos e aplicados, muitas vezes, em situações diversas. Tal distinção,</p><p>que não ocorre normalmente com os outros</p><p>ramos do direito (que fazem uso, quase sempre, do</p><p>termo “funcionário público”) torna ambos os institutos peculiaridades do Direito Eleitoral.</p><p>b) Certa. No Direito Eleitoral, o princípio da anualidade é considerado de extrema importância.</p><p>Pode-se afirmar, inclusive, que tal princípio é o norteador da maior parte das atividades desen-</p><p>volvidas pela Justiça Eleitoral, conferindo peculiaridade existente apenas neste ramo do direito.</p><p>A anualidade eleitoral decorre de uma regra da Constituição Federal, que, em seu artigo 16,</p><p>assim dispõe:</p><p>Art. 16. A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua publicação, não se</p><p>aplicando à eleição que ocorra até um ano da data de sua vigência.</p><p>c) Certa. Trata-se de previsão do artigo 14, § 9º, da Constituição Federal, que estabelece que</p><p>as hipóteses de inelegibilidade não estabelecidas pela Constituição Federal devem, obrigato-</p><p>riamente, estar previstas em lei complementar:</p><p>Art. 14, §9º, Lei complementar estabelecerá outros casos de inelegibilidade e os prazos de sua</p><p>cessação, a fim de proteger a probidade administrativa, a moralidade para exercício de mandato</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA IONE LOIOLA ALVES - 04913081322, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>66 de 79www.grancursosonline.com.br</p><p>Conceitos, Fontes e Princípios do Direito Eleitoral</p><p>DIREITO ELEITORAL</p><p>Diogo Surdi</p><p>considerada vida pregressa do candidato, e a normalidade e legitimidade das eleições contra a influ-</p><p>ência do poder econômico ou o abuso do exercício de função, cargo ou emprego na administração</p><p>direta ou indireta.</p><p>d) Errada. O Direito Eleitoral pode ser conceituado como um conjunto de mecanismos com o</p><p>objetivo de assegurar aos cidadãos o direito de participar do pleito democrático.</p><p>Em nosso ordenamento jurídico, legislar sobre direito eleitoral é competência privativa da</p><p>União, conforme previsão da Constituição Federal:</p><p>Art. 22, Compete privativamente à União legislar sobre:</p><p>I – direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e</p><p>do trabalho;</p><p>Letra d.</p><p>033. (PONTUA / TÉCNICO JUDICIÁRIO (TRE SC) / 2011 / “SEM ESPECIALIDADE” / ADMI-</p><p>NISTRATIVA) Assinale a alternativa INCORRETA:</p><p>a) O Direito Eleitoral é ramo do direito privado.</p><p>b) É objeto do Direito Eleitoral a disciplina do registro de candidatos.</p><p>c) O Direito Eleitoral disciplina o processo para escolha dos governantes.</p><p>d) Compete privativamente à União legislar sobre Direito Eleitoral.</p><p>a) Errada. O Direito Eleitoral pertence ao Direito Público, uma vez que os cidadãos possuem</p><p>uma série de obrigações que, caso não sejam cumpridas, afetam toda a coletividade.</p><p>b) Certa. O Direito Eleitoral pode ser conceituado como um conjunto de mecanismos com o</p><p>objetivo de assegurar aos cidadãos o direito de participar do pleito democrático. Fazem parte</p><p>do objeto do Direito Eleitoral todos os aspectos relacionados com a organização e o funciona-</p><p>mento do processo eleitoral. Como exemplo, podemos citar as normas relativas aos partidos</p><p>políticos, às eleições, às coligações e à forma como poderá ocorrer a propaganda eleitoral.</p><p>c) Certa. Como já afirmado, o Direito Eleitoral se preocupa em regulamentar e disciplinar todas</p><p>as etapas do processo de escolha dos candidatos. Fazem parte deste processo, por exemplo,</p><p>as convenções, o registro de candidatos, a forma como poderão acontecer as coligações e até</p><p>mesmo quais as condutas que podem ou não ser praticadas no ano eleitoral.</p><p>d) Certa. Ressalte-se que tal competência é exercida, em nosso ordenamento, pela União, uma</p><p>vez que este é o ente com capacidade privativa para legislar sobre Direito Eleitoral, conforme</p><p>extração do artigo 22 da Constituição Federal:</p><p>Art. 22, Compete privativamente à União legislar sobre:</p><p>I – direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e</p><p>do trabalho;</p><p>Letra a.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA IONE LOIOLA ALVES - 04913081322, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>67 de 79www.grancursosonline.com.br</p><p>Conceitos, Fontes e Princípios do Direito Eleitoral</p><p>DIREITO ELEITORAL</p><p>Diogo Surdi</p><p>034. (FUMARC / ANALISTA JUDICIÁRIO (TRE MG) / 2001 /ARQUITETURA) É competente</p><p>para responder, sobre matéria eleitoral, às consultas feitas, em tese, por autoridade com juris-</p><p>dição federal ou órgão nacional de partido político:</p><p>a) Juiz Eleitoral.</p><p>b) Tribunal Superior Eleitoral.</p><p>c) Junta Eleitoral.</p><p>d) Tribunal Regional Federal.</p><p>Nos termos do Código Eleitoral, a função consultiva está expressa na lista de competências de</p><p>cada um dos Tribunais (TSE e TREs). No caso apresentado pela questão, como estamos diante</p><p>de uma consulta feita por autoridade com jurisdição federal ou órgão nacional, a competência</p><p>é do Tribunal Superior Eleitoral.</p><p>Art. 23, Compete, ainda, privativamente, ao Tribunal Superior:</p><p>XII – responder, sobre matéria eleitoral, às consultas que lhe forem feitas em tese por autoridade</p><p>com jurisdição, federal ou órgão nacional de partido político.</p><p>Letra b.</p><p>035. (NC-UFPR / JUIZ ESTADUAL (TJ PR) / 2012) No que consiste o princípio da anualidade</p><p>eleitoral?</p><p>a) As leis eleitorais têm validade de apenas 01 (hum) ano a partir de sua publicação, razão pela</p><p>qual existem as Resoluções do TSE a cada eleição.</p><p>b) As leis eleitorais valem apenas para o ano da eleição para a qual foram editadas e publica-</p><p>das e são complementadas pelas Resoluções do TSE.</p><p>c) As leis eleitorais que alteram o processo eleitoral somente entram em vigor 01 (hum) ano</p><p>depois da eleição para a qual foi publicada.</p><p>d) As leis eleitorais que alteram o processo eleitoral entram em vigor na data de sua publicação</p><p>e não se aplicam à eleição que ocorra até 01 (hum) ano da data de sua vigência.</p><p>A anualidade eleitoral decorre de uma regra da Constituição Federal, que, em seu artigo 16,</p><p>assim dispõe:</p><p>Art. 16. A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua publicação, não se</p><p>aplicando à eleição que ocorra até um ano da data de sua vigência.</p><p>Merece destaque, para a correta compreensão do princípio, a compreensão das diferenças</p><p>existentes entre a vigência e a eficácia das normas.</p><p>A vigência está relacionada com o momento em que a norma adentra no ordenamento jurídi-</p><p>co. Dessa forma, caso uma lei eleitoral seja publicada e nada mencione acerca do período de</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA IONE LOIOLA ALVES - 04913081322, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>68 de 79www.grancursosonline.com.br</p><p>Conceitos, Fontes e Princípios do Direito Eleitoral</p><p>DIREITO ELEITORAL</p><p>Diogo Surdi</p><p>vigência, esta ocorrerá 45 dias após a sua publicação. Trata-se a vigência, em última análise,</p><p>do momento em que a norma, após passar por todas as suas fases procedimentais, pode,</p><p>após um período de tempo, produzir efeitos.</p><p>A eficácia, por sua vez, relaciona-se com o momento em que a norma inicia a produção de</p><p>efeitos jurídicos perante terceiros. Na imensa maioria dos ramos do direito, a eficácia, como</p><p>regra, possui o mesmo lapso temporal que a vigência. Como resultado, uma lei publicada e que</p><p>nada mencione sobre o momento de início da produção de efeitos jurídicos, terá o início de tais</p><p>efeitos no mesmo momento em que a vigência.</p><p>Evita-se, com o princípio da anualidade, que o legislador modifique, no ano eleitoral, as regras</p><p>pertinentes às eleições, obstando assim que o abuso do poder econômico possa modificar</p><p>as</p><p>regras eleitorais com o objetivo de fraudar a lisura de todo o certame.</p><p>O gabarito é a Letra D, em plena sintonia com o dispositivo constitucional acima mencionado.</p><p>Letra d.</p><p>036. (MPE MS / PROMOTOR DE JUSTIÇA (MPE MS) / 2011 / XXV) Recentemente o Supre-</p><p>mo Tribunal Federal decidiu pela não aplicação da Lei da Ficha Limpa, referente aos candi-</p><p>datos considerados fichas sujas, e que foram eleitos no processo eleitoral de 2010. Não obs-</p><p>tante tratar-se de decisão judicial recente, qual seria o principal embasamento jurídico para</p><p>impedir a aplicação da Lei Complementar n. 135/2010, nas eleições para presidente, federal</p><p>e estadual de 2010.</p><p>a) Por conta do processo eleitoral já ter sido deflagrado, e não haveria tempo de os partidos es-</p><p>colherem outros candidatos, considerados ficha limpa, desrespeitando, assim, o procedimento</p><p>estabelecido na Lei n. 9.504/97;</p><p>b) Ofensa aos princípios individuais da segurança jurídica (CF, art. 5º, caput);</p><p>c) Ofensa ao princípio do devido processo legal (CF, art. 5º, LIV);</p><p>d) Ofensa ao princípio da anterioridade eleitoral, disposto no art. 16 da Constituição Federal;</p><p>e) Nenhuma das alternativas anteriores.</p><p>A anualidade eleitoral decorre de uma regra da Constituição Federal, que, em seu artigo 16,</p><p>assim dispõe:</p><p>Art. 16. A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua publicação, não se</p><p>aplicando à eleição que ocorra até um ano da data de sua vigência.</p><p>Quando da publicação da Lei da Ficha Limpa (Lei Complementar 135), ocorrida em 4 de ju-</p><p>nho de 2010, muito se questionou acerca da possibilidade de aplicação da norma já para as</p><p>eleições de 2010.</p><p>Coube ao STF, no julgamento do RE 633.703, invocando o princípio da anualidade eleitoral, deter-</p><p>minar que as disposições da Lei da Ficha Limpa não seriam aplicadas às eleições do corrente ano.</p><p>Letra d.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA IONE LOIOLA ALVES - 04913081322, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>69 de 79www.grancursosonline.com.br</p><p>Conceitos, Fontes e Princípios do Direito Eleitoral</p><p>DIREITO ELEITORAL</p><p>Diogo Surdi</p><p>037. (VUNESP / JUIZ ESTADUAL (TJ SP) / 2014 / 185º) Sobre a legislação eleitoral, assinale</p><p>a opção correta.</p><p>a) A lei ou Resolução do TSE que alterar ou regulamentar o processo eleitoral entrará em vi-</p><p>gor na data de sua publicação, não se aplicando à eleição que ocorra até um ano da data de</p><p>sua vigência.</p><p>b) A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua publicação, não se apli-</p><p>cando à eleição que ocorra no exercício seguinte à sua publicação.</p><p>c) A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua publicação, não se apli-</p><p>cando à eleição que ocorra até um ano da data de sua vigência.</p><p>d) A lei ou Resolução do TSE que alterar ou regulamentar o processo eleitoral entrará em</p><p>vigor na data de sua publicação, não se aplicando à eleição que ocorra no exercício seguinte</p><p>à sua publicação.</p><p>A questão deve ser resolvida de acordo com o artigo 16 da Constituição Federal, de seguin-</p><p>te redação:</p><p>Art. 16. A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua publicação, não se</p><p>aplicando à eleição que ocorra até um ano da data de sua vigência.</p><p>Letra c.</p><p>038. (VUNESP / PROCURADOR MUNICIPAL (SERTÃOZINHO) / 2016) Assinale a alternati-</p><p>va correta.</p><p>a) A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua publicação, não se apli-</p><p>cando à eleição que ocorra até um ano da data de sua vigência.</p><p>b) As leis e os regulamentos que alterarem o processo eleitoral somente entrarão em vigor um</p><p>ano após sua promulgação.</p><p>c) A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua publicação, aplicando-</p><p>-se à eleição que ocorra até um ano da data de sua vigência.</p><p>d) As leis e os regulamentos que alterarem o processo eleitoral entrarão em vigor na data de</p><p>sua publicação, aplicando-se à eleição que ocorra até um ano da data de sua vigência.</p><p>e) A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor imediatamente após sua promulgação.</p><p>Temos aqui o princípio da anualidade eleitoral, previsto no artigo 16 da Constituição Federal:</p><p>Art. 16. A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua publicação, não se</p><p>aplicando à eleição que ocorra até um ano da data de sua vigência.</p><p>Letra a.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA IONE LOIOLA ALVES - 04913081322, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>70 de 79www.grancursosonline.com.br</p><p>Conceitos, Fontes e Princípios do Direito Eleitoral</p><p>DIREITO ELEITORAL</p><p>Diogo Surdi</p><p>039. (COM. EXAM. (MPF) - COMISSÃO EXAMINADORA (MPF)/PROCURADOR DA REPÚBLI-</p><p>CA / 2012 / 26º) Assinale a alternativa correta</p><p>a) as instruções expedidas pelo Tribunal Superior Eleitoral regulamentadoras da lei eleitoral só</p><p>poderão ser aplicadas á eleição que ocorra após um ano da data da publicação da Resolução</p><p>que as veicular;</p><p>b) a resposta dada pelo Tribunal Superior Eleitoral à Consulta formulada por órgão nacional de</p><p>partido político relativamente a caso concreto vincula as decisões de todas as instâncias da</p><p>justiça eleitoral;</p><p>c) nos processos judiciais eleitorais não são cobradas custas judiciais e é incabível a condena-</p><p>ção em honorários de sucumbência;</p><p>d) no processo judicial eleitoral o princípio Dispositivo é atenuado em virtude do poder de po-</p><p>lícia atribuído aos juízes eleitorais, pelo qual lhes é facultado instaurar de ofício determinadas</p><p>ações, tais como a ação de investigação judicial eleitoral e a ação por captação ilícita de sufrá-</p><p>gio, cabendo ao Ministério Público Eleitoral assumir o polo ativo desses feitos.</p><p>a) Errada. O princípio da anterioridade eleitoral determina que todas as leis que forem destina-</p><p>das a alterar regras do processo eleitoral entrarão em vigor na data da sua publicação, não pro-</p><p>duzindo efeitos nas eleições que ocorrerem no prazo de 1 ano da data da respectiva vigência.</p><p>Tal princípio encontra fundamento no artigo 16 da Constituição Federal, que possui a seguin-</p><p>te redação:</p><p>Art. 16. A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua publicação, não se</p><p>aplicando à eleição que ocorra até um ano da data de sua vigência.</p><p>Este princípio, contudo, é destinado às leis, normas aptas a inovar no ordenamento jurídico.</p><p>Com relação às resoluções, que são destinadas a regulamentar as normas legais, não há que</p><p>se falar em necessidade de observar o prazo de 1 ano.</p><p>Neste sentido, a Lei 9.504/1997 determina, em seu artigo 105, que o prazo para edição das reso-</p><p>luções e instruções destinadas a regulamentar as eleições é até o dia 5 de março do ano eleitoral.</p><p>Art. 105. Até o dia 5 de março do ano da eleição, o Tribunal Superior Eleitoral, atendendo ao cará-</p><p>ter regulamentar e sem restringir direitos ou estabelecer sanções distintas das previstas nesta Lei,</p><p>poderá expedir todas as instruções necessárias para sua fiel execução, ouvidos, previamente, em</p><p>audiência pública, os delegados ou representantes dos partidos políticos.</p><p>b) Errada. A Função Consultiva é uma das principais peculiaridades da Justiça Eleitoral, não</p><p>estando em presente em nenhuma outra Justiça Especializada. Por meio dela, é possível que</p><p>os legitimados possam consultar os Tribunais Eleitorais (TSE e TREs) acerca de assuntos per-</p><p>tinentes ao processo eleitoral. As consultas não possuem caráter vinculante, de forma que as</p><p>formuladas por órgãos nacionais (e respondidas pelo TSE) não vinculam as demais instâncias.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA IONE LOIOLA ALVES - 04913081322, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores</p><p>à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>71 de 79www.grancursosonline.com.br</p><p>Conceitos, Fontes e Princípios do Direito Eleitoral</p><p>DIREITO ELEITORAL</p><p>Diogo Surdi</p><p>c) Certa. No âmbito do Poder Judiciário, quando uma parte ajuíza uma ação, deverá arcar,</p><p>caso esta não seja declarada isenta, com as custas processuais. No mesmo sentido, a parte</p><p>que perde a ação deve pagar à parte contrária os gastos que esta teve com a constituição de</p><p>procuradores e demais despesas, sendo tal verba denominada de honorários de sucumbência.</p><p>No Direito Eleitoral, em sentido oposto, temos que levar em conta que as ações envolvem o</p><p>interesse de toda a coletividade (uma vez que o processo eleitoral é a forma como a popula-</p><p>ção elege seus representantes). Assim, é incabível o pagamento de custas processuais e de</p><p>honorários de sucumbência.</p><p>De acordo com este entendimento é o teor de importantes julgados do TSE, conforme se ob-</p><p>serva abaixo:</p><p>JURISPRUDÊNCIA</p><p>[…] Dá-se provimento a recurso para reformar decisão que condenou o recorrente ao paga-</p><p>mento de custas, em razão do seu não cabimento na Justiça Eleitoral, nos termos do ART.</p><p>1º, IV da Lei n. 9.265/96 e do entendimento pacífico das Cortes Eleitorais. (RE – RECURSO</p><p>ELEITORAL n. 13035 – Cairu/BA, Acórdão n. 190 de 09/03/2010).</p><p>Dá-se parcial provimento a recurso, para reformar a sentença hostilizada, apenas quanto</p><p>à condenação em honorários e custas processuais, considerando o não cabimento, em</p><p>virtude da gratuidade da Justiça Eleitoral.”( RE – RECURSO ELEITORAL n. 8972 – For-</p><p>mosa Do Rio Preto/BA, Acórdão n. 544 de 14/04/2009)</p><p>d) Errada. O poder de polícia é uma atividade eminentemente administrativa. No âmbito elei-</p><p>toral, ela é conferida aos Juízes Eleitorais para que estes possam assegurar a preservação do</p><p>interesse coletivo mediante a limitação de um direito individual. Contudo, não poderá o Juiz,</p><p>ainda que investido do poder de polícia, instaurar, de ofício, o procedimento judicial referente à</p><p>atividade fiscalizada.</p><p>Tal entendimento foi sedimentado por meio da Súmula 18 do TSE, de seguinte teor:</p><p>Súmula 18 – TSE: Conquanto investido de poder de polícia, não tem legitimidade o juiz</p><p>eleitoral para, de ofício, instaurar procedimento com a finalidade de impor multa pela vei-</p><p>culação de propaganda eleitoral em desacordo com a Lei n. 9.504/97.</p><p>Letra c.</p><p>040. (PONTUA/ANALISTA JUDICIÁRIO (TRE SC) / 2011 / JUDICIÁRIA) Sobre a Justiça Elei-</p><p>toral, é CORRETO afirmar que:</p><p>a) Exerce exclusivamente função jurisdicional.</p><p>b) A atividade consultiva é peculiar e própria da Justiça Eleitoral, respondendo a consultas so-</p><p>bre casos concretos e prevenindo conflitos.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA IONE LOIOLA ALVES - 04913081322, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>72 de 79www.grancursosonline.com.br</p><p>Conceitos, Fontes e Princípios do Direito Eleitoral</p><p>DIREITO ELEITORAL</p><p>Diogo Surdi</p><p>c) A resposta à consulta, por ter caráter normativo, sujeita-se à Ação Direta de Inconstitu-</p><p>cionalidade.</p><p>d) O Procurador-Geral Eleitoral, que possui atribuição para o exercício das funções eleitorais</p><p>nas causas de competência do TSE, é o Procurador-Geral da República.</p><p>a) Errada. A Justiça Eleitoral, de acordo com a doutrina majoritária, apresenta diversas fun-</p><p>ções. Além da função jurisdicional (julgar as causas que a ela sejam propostas) e da função</p><p>administrativa (tal como ocorre, por exemplo, com a realização de concurso público e de licita-</p><p>ções no âmbito de cada repartição), são peculiaridades da Justiça Eleitoral a função normativa</p><p>e, principalmente, a função consultiva.</p><p>b) Errada. Importante destacar que, no âmbito da função consultiva, os pedidos de consulta</p><p>devem ser formulados EM TESE, ou seja, não deve haver qualquer tipo de menção a um caso</p><p>concreto que está sendo objeto de dúvida. Por exemplo: Se um partido político possui dúvidas</p><p>pertinentes à inelegibilidade de um de seus filiados, poderá ele consultar o respectivo TSE</p><p>ou TRE (a depender de estarmos diante de um pedido de partido político ou autoridade com</p><p>jurisdição nacional ou estadual). Para tal, deve apenas mencionar que a “consulta se destina</p><p>a verificar se o filiado que apresenta tais características é ou não elegível”, sem mencionar o</p><p>nome do seu filiado.</p><p>c) Errada. As consultas decorrentes da função consultiva não possui força vinculante, uma</p><p>vez que tais Tribunais (assim como o Poder Judiciário como um todo) não são órgãos de con-</p><p>sulta. No entanto, quando a questão for relevante e puder dar ensejo a dúvidas por parte de</p><p>muitas pessoas, nada impede que o Tribunal consultado edite uma norma (o que é feito, quase</p><p>sempre, por meio de Resoluções) e atribua caráter vinculante à matéria. E justamente por não</p><p>ter força vinculante é que as decisões decorrentes da função consultiva não estão sujeitas à</p><p>controle de constitucionalidade por meio de Ação Direta de Inconstitucionalidade.</p><p>d) Certa. De acordo com o Código Eleitoral, a função de Procurador Geral Eleitoral caberá ao</p><p>Procurador Geral da República, cabendo a ele apreciar as causas de competência do TSE.</p><p>Art. 18. Exercerá as funções de Procurador Geral, junto ao Tribunal Superior Eleitoral, o Procurador</p><p>Geral da República, funcionando, em suas faltas e impedimentos, seu substituto legal.</p><p>Letra d.</p><p>041. (VUNESP/JE TJRS/TJ RS/2018) A Justiça Eleitoral, diferentemente dos demais órgãos</p><p>judiciais, pode exercer a função consultiva que</p><p>a) ocorre de ofício ou mediante provocação por órgão nacional, estadual ou municipal de par-</p><p>tido político, ou pelo Procurador Geral da República.</p><p>b) se realiza por meio do Tribunal Superior Eleitoral, dos Tribunais Regionais Eleitorais e dos</p><p>Juízes Eleitorais.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA IONE LOIOLA ALVES - 04913081322, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>73 de 79www.grancursosonline.com.br</p><p>Conceitos, Fontes e Princípios do Direito Eleitoral</p><p>DIREITO ELEITORAL</p><p>Diogo Surdi</p><p>c) consiste em preparar, organizar e administrar todo o processo eleitoral, desde a fase do alis-</p><p>tamento até a diplomação dos eleitos.</p><p>d) consiste em responder, fundamentadamente, mas sem força vinculante, a consultas em</p><p>matéria eleitoral, por meio do Tribunal Superior Eleitoral e dos Tribunais Regionais Eleitorais.</p><p>e) resulta na expedição de instruções para fiel execução da lei eleitoral, ouvidos, previamente,</p><p>os delegados ou representantes dos partidos políticos.</p><p>a) Errada. Não há previsão para a realização de consulta por parte de órgão municipal.</p><p>b) Errada. Os juízes eleitorais não podem responder consulta, medida que apenas é realizada</p><p>pelos tribunais eleitorais (TSE e TREs).</p><p>c) Errada. As atribuições mencionadas não dizem respeito à função consultiva da Justiça</p><p>Eleitoral.</p><p>d) Certa. As consultas, conforme afirmado, são respondidas pelo TSE e pelos TREs, não pos-</p><p>suindo força vinculante. Por isso mesmo, as consultas devem ser formuladas em tese, não</p><p>mencionando um caso concreto em específico.</p><p>e) Errada. A medida não possui relação com a função consultiva da Justiça Eleitoral.</p><p>Letra d.</p><p>042. (FUNDEP/JE TJMG/TJ MG/2014) Analise as afirmativas seguintes.</p><p>I – Independente e próprio, com autonomia científica e didática, o Direito Eleitoral está encar-</p><p>regado de regulamentar os direitos políticos dos cidadãos e o processo eleitoral, cujo conjunto</p><p>de normas destina-se a assegurar a organização e o exercício de direitos políticos, especial-</p><p>mente os que envolvam votar e ser votado.</p><p>II – A Lei Eleitoral é exclusivamente federal por força do Artigo 22, I, da Constituição Federal, po-</p><p>dendo, no entanto, os Estados e Municípios</p><p>disporem de regras de cunho eleitoral supletivamente.</p><p>III – As Medidas Provisórias podem conter disposições com conteúdo eleitoral.</p><p>IV – Vigora no Direito Eleitoral o princípio da anterioridade, ou seja, embora em vigor na data</p><p>de sua publicação, a lei somente será aplicada se a eleição acontecer após um ano da data de</p><p>sua vigência.</p><p>A partir da análise, conclui-se que estão CORRETAS.</p><p>a) I e II apenas.</p><p>b) I e III apenas.</p><p>c) II e III apenas.</p><p>d) I e IV apenas.</p><p>Item I: Certo. O direito eleitoral, conforme afirmado, é um ramo autônomo, destinado, dentre</p><p>outras finalidades, a regulamentar os direitos políticos dos cidadãos e o processo eleitoral</p><p>como um todo.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA IONE LOIOLA ALVES - 04913081322, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>74 de 79www.grancursosonline.com.br</p><p>Conceitos, Fontes e Princípios do Direito Eleitoral</p><p>DIREITO ELEITORAL</p><p>Diogo Surdi</p><p>Item II: Errado. Ainda que a competência pra legislar sobre direito eleitoral seja privativa da</p><p>União, não podem os Estados (tampouco os Municípios) legislar supletivamente sobre tal</p><p>ramo do direito.</p><p>Item III: Errado. De acordo com a Constituição Federal, é vedada a edição de medidas provisó-</p><p>rias que versem sobre direito eleitoral.</p><p>Item IV: Certo. O princípio da anualidade está expresso no artigo 16 da Constituição Federal,</p><p>de seguinte redação:</p><p>Art. 16. A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua publicação, não se</p><p>aplicando à eleição que ocorra até um ano da data de sua vigência.</p><p>Letra d.</p><p>043. (CONSULPLAN/JE TJMG/TJ MG/2018) Avalie as seguintes asserções e a relação pro-</p><p>posta entre elas.</p><p>I – “É absoluta, plena ou de eficácia total, e de aplicabilidade imediata, sem quaisquer exce-</p><p>ções, o princípio da anualidade ou anterioridade da lei eleitoral.”</p><p>PORQUE</p><p>II – “ O princípio foi pensado pelo constituinte com o propósito de impedir mudanças repenti-</p><p>nas, de última hora, no processo de escolha dos agentes políticos que emergem das eleições.”</p><p>A respeito dessas asserções, assinale a alternativa correta.</p><p>a) A segunda afirmativa é falsa e a primeira verdadeira.</p><p>b) A primeira afirmativa é falsa e a segunda é verdadeira.</p><p>c) As duas afirmativas são verdadeiras e a segunda justifica a primeira.</p><p>d) As duas afirmativas são verdadeiras, mas a segunda não justifica a primeira.</p><p>Item I: Falso. O princípio da anualidade ou anterioridade da lei eleitoral não possui eficácia ime-</p><p>diata, de forma que determinadas alterações relacionadas com as eleições apenas podem ser</p><p>aplicadas, nos termos da Constituição Federal, para os pleitos que se realizarem após 1 ano</p><p>da data de vigência da norma.</p><p>Art. 16. A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua publicação, não se</p><p>aplicando à eleição que ocorra até um ano da data de sua vigência.</p><p>Item II: Verdadeiro. Tal como afirmado, o princípio da anualidade foi estruturado com o ob-</p><p>jetivo de impedir mudanças repentinas, de última hora, no processo de escolha dos agentes</p><p>políticos, algo que, se possível, poderia resultar em favorecimentos e na falta de legitimidade</p><p>das eleições.</p><p>Letra b.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA IONE LOIOLA ALVES - 04913081322, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>75 de 79www.grancursosonline.com.br</p><p>Conceitos, Fontes e Princípios do Direito Eleitoral</p><p>DIREITO ELEITORAL</p><p>Diogo Surdi</p><p>044. (VUNESP/ASS (CM NOVA ODESSA)/CM NOVA ODESSA/LEGISLATIVO/2018) Se, hipo-</p><p>teticamente, tivesse sido sancionado, no dia 15 de maio de 2018, um projeto de lei que alteras-</p><p>se a Lei Federal n. 9.504/97, que estabelece as normas gerais para as eleições no Brasil, mo-</p><p>dificando, em larga medida, a disciplina da propaganda eleitoral, é correto dizer que a nova lei</p><p>a) não poderia ser aplicada às eleições de outubro de 2018, em razão da incidência do princípio</p><p>da lisura das eleições.</p><p>b) poderia ser aplicada às eleições de outubro de 2018, em razão da incidência do princípio da</p><p>democracia.</p><p>c) não poderia ser aplicada às eleições de outubro de 2018, em razão da incidência do princípio</p><p>da anualidade eleitoral.</p><p>d) poderia ser aplicada às eleições de outubro de 2018, em razão da incidência do princípio do</p><p>aproveitamento do voto.</p><p>e) não poderia ser aplicada às eleições de outubro de 2018, em razão da incidência do princípio</p><p>federativo.</p><p>Na situação apresentada, as alterações não poderiam ser aplicadas para as eleições de 2018,</p><p>uma vez que, nos termos do artigo 16 da Constituição Federal, “A lei que alterar o processo elei-</p><p>toral entrará em vigor na data de sua publicação, não se aplicando à eleição que ocorra até um</p><p>ano da data de sua vigência”.</p><p>Letra c.</p><p>045. (CS UFG /PROC (ALEGO)/ALEGO/2015) Ao julgar o Recurso Extraordinário Eleitoral n.</p><p>633.703, em 23 de março de 2011, o Supremo Tribunal Federal entendeu que a Lei Complemen-</p><p>tar n. 135/2010 (Lei da Ficha Limpa) não deveria ser aplicada às eleições de 2010 por desres-</p><p>peitar o art. 16 da Constituição Federal de 1988.</p><p>Considerando o princípio da anualidade,</p><p>a) a emenda constitucional que altera o processo eleitoral possui aplicação imediata.</p><p>b) a lei que altera o processo eleitoral, assim que publicada, ingressa imediatamente no orde-</p><p>namento jurídico pátrio, inocorrendo a vacatio legis.</p><p>c) a lei que altera o processo eleitoral entra em vigor um ano após sua publicação, não tendo</p><p>efeito no período da vacatio legis.</p><p>d) a incidência da anualidade em relação à lei que altere o processo eleitoral dependerá de</p><p>ponderação no caso concreto, por tratar-se de um princípio.</p><p>a) Errada. Caso uma emenda constitucional altere o processo eleitoral, deverá ela ser aplicada,</p><p>apenas, às eleições que ocorram após o prazo de 1 ano da respectiva vigência.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA IONE LOIOLA ALVES - 04913081322, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>76 de 79www.grancursosonline.com.br</p><p>Conceitos, Fontes e Princípios do Direito Eleitoral</p><p>DIREITO ELEITORAL</p><p>Diogo Surdi</p><p>b) Certa. Conforme afirmado, a lei que altera o processo eleitoral, assim que publicada, ingres-</p><p>sa imediatamente no ordenamento jurídico pátrio, tendo a peculiaridade de apenas poder ser</p><p>aplicada às eleições que ocorram até 1 ano da data de vigência. E justamente por já entrar em</p><p>vigor na data da publicação, é correto afirmar que não ocorre a vacatio legis (período em que a</p><p>lei, mesmo publicada, ainda não está em vigor).</p><p>Art. 16. A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua publicação, não se</p><p>aplicando à eleição que ocorra até um ano da data de sua vigência.</p><p>c) Errada. A lei entra em vigor imediatamente, apenas não podendo ser aplicada para as elei-</p><p>ções que se realizem no período de 1 ano após a vigência da nova norma.</p><p>d) Errada. A anualidade é obrigatória, não havendo que se falar em análise de cada caso</p><p>em concreto.</p><p>Letra b.</p><p>046. (FEPESE/ANA (CM B CAMBORIÚ)/CM B CAMBORIÚ/LEGISLATIVO/2015) Assinale a</p><p>alternativa que indica corretamente o princípio eleitoral em que a lei que alterar o processo</p><p>eleitoral entrará em vigor na data de sua publicação, não se aplicando à eleição que ocorra até</p><p>um ano da data de sua vigência.</p><p>a) Princípio da legalidade eleitoral</p><p>b) Princípio da celeridade eleitoral</p><p>c) Princípio da anualidade eleitoral</p><p>d) Princípio da democracia representativa</p><p>e) Princípio da irrecorribilidade das decisões eleitorais</p><p>Temos aqui o princípio da anualidade eleitoral, conforme previsão do artigo 16 da Constitui-</p><p>ção Federal:</p><p>Art. 16. A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua publicação, não se</p><p>aplicando à eleição que ocorra até um ano da data de sua vigência.</p><p>Letra c.</p><p>047. (CESPE / ANALISTA LEGISLATIVO (CAM DEP) / 2014 / CONSULTOR LEGISLATIVO /</p><p>ÁREA I) Acerca dos princípios do direito eleitoral, julgue o item a seguir.</p><p>O princípio da anualidade da lei eleitoral foi consagrado no sistema jurídico brasileiro pela CF,</p><p>cujo texto pertinente, originalmente, limitava-se a estabelecer que a lei que alterasse o proces-</p><p>so eleitoral só entraria em vigor um ano após sua promulgação.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA IONE LOIOLA ALVES - 04913081322, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>77 de 79www.grancursosonline.com.br</p><p>Conceitos, Fontes e Princípios do Direito Eleitoral</p><p>DIREITO ELEITORAL</p><p>Diogo Surdi</p><p>O princípio da anualidade trata-se de uma das regras mais importantes do Direito Eleitoral.</p><p>Sendo decorrência da segurança jurídica, a anualidade, conforme previsão do artigo 16 da</p><p>Constituição Federal de 1988, determina que a lei que alterar o processo eleitoral, ainda que</p><p>entre em vigor na data da sua publicação, apenas valerá para as eleições que ocorram após o</p><p>período de 1 ano.</p><p>Art. 16. A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua publicação, não se</p><p>aplicando à eleição que ocorra até um ano da data de sua vigência.</p><p>No entanto, nem sempre foi assim. Quando da publicação da Constituição Federal, o mencio-</p><p>nado artigo possui a seguinte redação: “A lei que alterar o processo eleitoral só entrará em</p><p>vigor um ano após sua promulgação”.</p><p>Dessa forma, de acordo com as regras iniciais da Constituição Federal, era a vigência da norma</p><p>que ocorria 1 ano após a sua publicação, e não a sua eficácia, conforme a regra dos dias atuais.</p><p>Certo.</p><p>048. (CEBRASPE (CESPE)/ASSP (PGE PE)/PGE PE/2019) A respeito dos direitos políticos e</p><p>dos partidos políticos, julgue o item seguinte.</p><p>A adoção do modelo proporcional em eleições de deputados fere o princípio da eleição direta,</p><p>pois a eleição de um deputado não deve depender dos votos recebidos por outros candidatos</p><p>do partido ou por sua legenda.</p><p>Os deputados são eleitos, nos termos da Constituição Federal, de acordo com o regime ou</p><p>princípio proporcional. Logo, a adoção deste modelo não fere, ao contrário do que informado</p><p>pela questão, o princípio da eleição direta.</p><p>Art. 45. A Câmara dos Deputados compõe-se de representantes do povo, eleitos, pelo sistema pro-</p><p>porcional, em cada Estado, em cada Território e no Distrito Federal.</p><p>Errado.</p><p>049. (FCC/AG PEN (IAPEN)/IAPEN/2018) À luz do que dispõe a Constituição Federal acerca</p><p>da composição do Poder Legislativo Federal,</p><p>a) o Senado Federal compõe-se de representantes dos Estados e do Distrito Federal, eleitos</p><p>segundo o sistema proporcional.</p><p>b) cada Estado e o Distrito Federal elegerão dois Senadores, com mandato de 8 anos.</p><p>c) cada Senador será eleito com três suplentes.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA IONE LOIOLA ALVES - 04913081322, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>78 de 79www.grancursosonline.com.br</p><p>Conceitos, Fontes e Princípios do Direito Eleitoral</p><p>DIREITO ELEITORAL</p><p>Diogo Surdi</p><p>d) a Câmara dos Deputados compõe-se de representantes do povo, eleitos, pelo sistema pro-</p><p>porcional, em cada Estado, em cada Território e no Distrito Federal.</p><p>e) cada Território poderá eleger até oito Deputados.</p><p>Para responder a questão, sob a ótica do Direito Eleitoral, temos que conhecer as disposições</p><p>dos artigos 45 e 46 da Constituição Federal, de seguinte redação:</p><p>Art. 45. A Câmara dos Deputados compõe-se de representantes do povo, eleitos, pelo sistema pro-</p><p>porcional, em cada Estado, em cada Território e no Distrito Federal.</p><p>Art. 46. O Senado Federal compõe-se de representantes dos Estados e do Distrito Federal, eleitos</p><p>segundo o princípio majoritário.</p><p>Logo, ao passo que os Deputados são eleitos de acordo com o regime proporcional, os Sena-</p><p>dores são escolhidos de acordo com as regras do sistema majoritário.</p><p>Letra d.</p><p>050. (FCC / TÉCNICO JUDICIÁRIO (TRE RR) / 2015 / ADMINISTRATIVA) Incluem-se dentre</p><p>as fontes diretas do Direito Eleitoral:</p><p>a) as resoluções do Tribunal Superior Eleitoral.</p><p>b) as leis estaduais</p><p>c) as leis municipais.</p><p>d) os julgados que compõem a jurisprudência dos Tribunais Eleitorais.</p><p>e) os entendimentos doutrinários relativos ao Direito Eleitoral.</p><p>A classificação das fontes do Direito Eleitoral não é algo unânime na doutrina. Dessa forma,</p><p>diversas são as classificações existentes em nosso ordenamento jurídico. Ainda que haja en-</p><p>tendimentos em sentido contrário, devemos considerar, para fins de prova, que as Resoluções</p><p>do TSE são fontes diretas do Direito Eleitoral.</p><p>Letra a.</p><p>Diogo Surdi</p><p>Diogo Surdi é formado em Administração Pública e é professor de Direito Administrativo em concursos</p><p>públicos, tendo sido aprovado para vários cargos, dentre os quais se destacam: Auditor-Fiscal da Receita</p><p>Federal do Brasil (2014), Analista Judiciário do TRT-SC (2013), Analista Tributário da Receita Federal do</p><p>Brasil (2012) e Técnico Judiciário dos seguintes órgãos: TRT-SC, TRT-RS, TRE-SC, TRE-RS, TRT-MS e MPU.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA IONE LOIOLA ALVES - 04913081322, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA IONE LOIOLA ALVES - 04913081322, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>Conceitos, Fontes e Princípios do Direito Eleitoral</p><p>1. Conceitos Gerais</p><p>1.1. Competência em Matéria Eleitoral</p><p>2. Fontes do Direito Eleitoral</p><p>2.1. Fontes Materiais e Fontes Formais</p><p>2.2. Fontes Diretas e Fontes Indiretas</p><p>2.3. Fontes Primárias e Fontes Secundárias</p><p>2.4. Consultas Eleitorais</p><p>3. Princípios do Direito Eleitoral</p><p>3.1. Princípio da Anualidade</p><p>3.2. Princípio da Autonomia dos Partidos Políticos</p><p>3.3. Princípio da Celeridade Processual</p><p>3.4. Princípio Proporcional e Majoritário</p><p>3.5. Princípio da Lisura das Eleições</p><p>3.6. Princípio da Soberania Popular ou Democrática</p><p>3.7. Princípio da Moralidade Eleitoral</p><p>Resumo</p><p>Mapa Mental</p><p>Questões de Concurso</p><p>Gabarito</p><p>Gabarito Comentado</p><p>AVALIAR 5:</p><p>Página 79:</p><p>– relativa a:</p><p>a) nacionalidade, cidadania, direitos políticos, partidos políticos e direito eleitoral;</p><p>Consequentemente, devemos memorizar que não é possível a edição de medida provisó-</p><p>ria que verse sobre direito eleitoral.</p><p>2. Fontes do direito eleitoral</p><p>As fontes, em qualquer ramo jurídico, podem ser conceituadas como o fundamento lógico</p><p>a partir do qual todos os institutos, prerrogativas e sujeições são construídos.</p><p>Se estamos diante de um ramo do direito que é autônomo, tal disciplina utiliza uma série</p><p>de normas como fonte, nascendo delas os institutos e peculiaridades do Direito Eleitoral. Da</p><p>mesma forma, são estas fontes que determinam as prerrogativas (poderes) e as sujeições</p><p>(obrigações) que os agentes públicos terão para fazer valer o direito.</p><p>No âmbito do Direito Eleitoral, não existe unanimidade sobre a classificação das suas fon-</p><p>tes. Para uma preparação completa para fins de prova, temos que conhecer três diferentes</p><p>classificações acerca das fontes do direito eleitoral.</p><p>2.1. Fontes materiais e Fontes Formais</p><p>Em linhas gerais, as fontes materiais podem ser conceituadas como os diversos fatores</p><p>que, em conjunto, levam ao surgimento de uma norma jurídica. Como exemplo destes fatores,</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA IONE LOIOLA ALVES - 04913081322, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>8 de 79www.grancursosonline.com.br</p><p>Conceitos, Fontes e Princípios do Direito Eleitoral</p><p>DIREITO ELEITORAL</p><p>Diogo Surdi</p><p>podemos citar os movimentos políticos organizados com o objetivo de incentivar a aprovação</p><p>de uma lei.</p><p>De acordo com a doutrina amplamente majoritária, as fontes materiais não possuem ca-</p><p>ráter vinculante, funcionando, quase sempre, como base para a edição de uma norma jurídica.</p><p>Um ponto a ser observado é que, após a edição da Lei 14.211/2021, a competência norma-</p><p>tiva regulamentar dos órgãos da Justiça Eleitoral ficou restringida às matérias especificamen-</p><p>te autorizadas em lei, sendo vedado ao Tribunal Superior Eleitoral tratar de matéria relativa à</p><p>organização dos partidos políticos.</p><p>Já as fontes formais podem ser conceituadas como a própria norma jurídica já produzida.</p><p>Ao contrário da fonte material, que não possui efeito vinculante, a fonte formal, por ter caráter</p><p>abstrato e geral, alcança todas as pessoas que se encontrem na situação legalmente prevista.</p><p>No âmbito do Direito Eleitoral, as principais fontes formais (normas jurídicas) são:</p><p>• Constituição Federal;</p><p>• Código Eleitoral (Lei 4.767/1965);</p><p>• Lei das Eleições (Lei 9.504/1997);</p><p>• Lei dos Partidos Políticos (Lei 9.096/1995);</p><p>• Lei das Inelegibilidades (Lei Complementar 64/1990);</p><p>• Resoluções do TSE.</p><p>Fontes Materiais Fontes Formais</p><p>Diversos fatores que, em conjunto,</p><p>levam ao surgimento de uma norma</p><p>jurídica</p><p>Norma jurídica já editada</p><p>Não vinculam a coletividade</p><p>Vinculam a coletividade que se encontre</p><p>na incidência da norma (generalidade e</p><p>abstração)</p><p>2.2. Fontes diretas e Fontes indiretas</p><p>As fontes diretas são aquelas que tratam especificamente de assuntos relacionados com</p><p>o Direito Eleitoral.</p><p>Importante mencionar que não há necessidade da norma versar totalmente sobre Direito</p><p>Eleitoral para ser considerada fonte direta. Como exemplo desta situação, podemos citar a</p><p>Constituição Federal, que, ainda que verse sobre uma ampla quantidade de matérias, é consi-</p><p>derada fonte direta do Direito Eleitoral, haja vista que, em diversos pontos, disciplina especifi-</p><p>camente regras e diretrizes sobre este ramo do direito.</p><p>São consideradas fontes diretas, ainda, o Código Eleitoral, a Lei das Eleições, a Lei dos</p><p>Partidos Políticos, as Resoluções do TSE e todas as demais normas específicas sobre o</p><p>Direito Eleitoral.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA IONE LOIOLA ALVES - 04913081322, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>9 de 79www.grancursosonline.com.br</p><p>Conceitos, Fontes e Princípios do Direito Eleitoral</p><p>DIREITO ELEITORAL</p><p>Diogo Surdi</p><p>Já as fontes indiretas são aquelas que são aplicadas ao Direito Eleitoral apenas indire-</p><p>tamente. Como exemplo, podemos citar o Código de Processo Civil e o Código de Processo</p><p>Penal. Em ambas as situações, estamos diante de normas que apenas são aplicadas ao Direito</p><p>Eleitoral em caráter subsidiário, ou seja, quando da inexistência de normas específicas (dire-</p><p>tas) que versem sobre tais assuntos.</p><p>2.3. Fontes primárias e Fontes seCundárias</p><p>Por fim, temos a classificação entre fontes primárias e secundárias, cujo fundamento está</p><p>intimamente relacionado com o Direito Constitucional. Como é sabido, a Constituição Federal</p><p>ocupa, em nosso ordenamento jurídico, o “topo da pirâmide”, servindo de base para todas as</p><p>demais normas jurídicas posteriormente editadas.</p><p>Constituição</p><p>Normais</p><p>Infraconstitucionais (Leis)</p><p>Normas Infralegais</p><p>(Decretos, Portarias)</p><p>Neste sentido, quando uma norma é editada tomando como base as disposições da Cons-</p><p>tituição Federal, ela é considerada uma fonte primária.</p><p>Também entram nesta classificação as normas editadas pelo Poder Legislativo quando</p><p>este estiver desempenhando sua função típica de legislar.</p><p>Complicado? Vamos facilitar o entendimento...</p><p>Para que estas atividades sejam desempenhadas de uma melhor forma, o poder atribuído</p><p>ao Estado, que é uno, divide-se de acordo com as atividades desempenhadas, dando ensejo ao</p><p>surgimento dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário.</p><p>Neste mesmo sentido é o teor do artigo 2º da Constituição Federal, que estabelece, a um</p><p>só tempo, quais são os Poderes existentes em nosso ordenamento e as características basila-</p><p>res de cada um deles: independência e harmonia.</p><p>Art. 2º, São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o</p><p>Judiciário.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA IONE LOIOLA ALVES - 04913081322, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>10 de 79www.grancursosonline.com.br</p><p>Conceitos, Fontes e Princípios do Direito Eleitoral</p><p>DIREITO ELEITORAL</p><p>Diogo Surdi</p><p>Do mencionado artigo, consegue-se extrair que, ainda que cada um dos Poderes seja inde-</p><p>pendente no desempenho de suas atribuições, deve ser observada, quando da sua utilização,</p><p>a harmonia com os demais Poderes.</p><p>Com isso, evita-se o abuso de exercício no desempenho de uma atividade ligada a um</p><p>determinado Poder, criando um sistema de controle, por parte dos demais Poderes, sobre a</p><p>atividade que está sendo desempenhada.</p><p>Tal sistema é chamado de freios e contrapesos (checks and balances), consistindo, basi-</p><p>camente, na possibilidade de um Poder fiscalizar se a função típica dos demais Poderes está</p><p>sendo desempenhada de acordo com as diretrizes da Constituição Federal.</p><p>Para entendermos melhor como este sistema funciona, precisamos saber, inicialmente,</p><p>que cada um dos Poderes da República possui uma função típica.</p><p>Ao Poder Executivo, cabe a função administrativa, que se materializa na execução das leis</p><p>e das demais normas de caráter tipicamente interno.</p><p>Ao Poder Legislativo, por sua vez, cabe a função de editar normas que inovem no ordena-</p><p>mento jurídico.</p><p>Ao Poder Judiciário cabe a função de julgar as demandas a ele propostas.</p><p>Entretanto, ainda que cada um dos Poderes da República possua uma função típica, estes</p><p>exercem, atipicamente, as funções inicialmente previstas para os demais Poderes.</p><p>Cabe ao Poder Executivo, desta forma, exercer, atipicamente, as funções de legislar e</p><p>de julgar.</p><p>Ao Poder Legislativo, neste</p><p>sentido, cabem as funções, em caráter atípico, de julgar e de</p><p>executar as normas.</p><p>Ao Poder Judiciário, atipicamente, cabem as funções de executar as normas e de legislar.</p><p>É correto afirmar, com base no que foi exposto, que todos os três Poderes da República</p><p>desempenham, concomitantemente, atividades típicas e atípicas. Tal relação pode ser visuali-</p><p>zada por meio do quadro a seguir</p><p>Poderes Função Típica Função Atípica</p><p>Poder Executivo Executar Legislar e Julgar</p><p>Poder Legislativo Legislar Executar e Julgar</p><p>Poder Judiciário Julgar Executar e Legislar</p><p>Assim, sempre que o Poder Legislativo estiver desempenhando a função típica de legislar,</p><p>a norma editada será classificada como fonte primária.</p><p>As fontes secundárias, por sua vez, são aquelas que não decorrem diretamente da Constitui-</p><p>ção Federal, mas sim das leis. Consequentemente, tais normas são denominadas de infra legais,</p><p>uma vez que o seu fundamento de validade é uma lei, e não o texto da Constituição Federal.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA IONE LOIOLA ALVES - 04913081322, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>11 de 79www.grancursosonline.com.br</p><p>Conceitos, Fontes e Princípios do Direito Eleitoral</p><p>DIREITO ELEITORAL</p><p>Diogo Surdi</p><p>Fontes Primárias Fontes Secundárias</p><p>Decorrem diretamente da Constituição</p><p>Federal e são exercidas pela função típica do</p><p>Poder Legislativo</p><p>Não decorrem diretamente da</p><p>Constituição Federal, mas sim das leis, que</p><p>são normas infraconstitucionais</p><p>São consideradas normas infraconstitucionais São consideradas normas infra legais</p><p>Como exemplo, além da própria Constituição</p><p>Federal, temos as Leis Eleitorais</p><p>Como exemplo, temos as Resoluções</p><p>do TSE</p><p>Ainda com relação às fontes do Direito Eleitoral, um destaque maior deve ser dado às Re-</p><p>soluções do TSE.</p><p>Inicialmente, tais fontes estavam situadas no mesmo nível das leis, podendo inovar no or-</p><p>denamento jurídico e restringir o direito dos administrados. Posteriormente, com a entrada em</p><p>vigor da minirreforma política, o entendimento que passou a ser adotado foi o e que tais Reso-</p><p>luções possuem mero caráter normativo, não podendo, por isso mesmo, inovar ou restringir</p><p>direitos que já se encontrem previstos em lei.</p><p>Neste sentido, merece destaque o entendimento do professor Francisco Dirceu de Barros:</p><p>A reforma eleitoral alterou totalmente o art. 105 caput da Lei n. 9.504/1997 e ao estabelecer as prin-</p><p>cipais características de uma resolução, mitigou o seu caráter de ato normativo primário, pois não</p><p>será possível uma resolução restringir direito ou estabelecer sanções distintas das previstas na Lei</p><p>9.504/1997.</p><p>Logo, o entendimento majoritário para fins de provas de concurso público é de que as Re-</p><p>soluções do TSE são fontes formais e diretas do Direito Eleitoral.</p><p>A questão mais complexa refere-se ao fato de tais resoluções serem classificadas como</p><p>normas primárias ou secundárias.</p><p>De acordo com o entendimento amplamente majoritário, e com base no que já foi exposto,</p><p>é possível afirmar que as Resoluções do TSE são fontes secundárias, uma vez que seu fun-</p><p>damento de validade não é a Constituição Federal, mas sim uma norma infraconstitucional</p><p>(como as leis).</p><p>No entanto, é possível encontrar, ainda que minoritariamente, entendimentos no sentido de</p><p>considerar tais resoluções como fontes primárias, ou seja, normas que poderiam, assim como</p><p>as leis, inovar no ordenamento jurídico.</p><p>O PULO DO GATO</p><p>Para fins de prova, devemos considerar que as Resoluções do TSE são classificadas como fontes:</p><p>a) Formais</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA IONE LOIOLA ALVES - 04913081322, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>12 de 79www.grancursosonline.com.br</p><p>Conceitos, Fontes e Princípios do Direito Eleitoral</p><p>DIREITO ELEITORAL</p><p>Diogo Surdi</p><p>b) Diretas</p><p>c) Secundárias (entendimento amplamente majoritário) ou Primárias (entendimento minoritário)</p><p>001. (FCC / TÉCNICO JUDICIÁRIO (TRE RO) / 2013 / ADMINISTRATIVA) NÃO se incluem,</p><p>dentre as fontes do Direito Eleitoral:</p><p>a) as leis estaduais.</p><p>b) normas da Constituição Federal.</p><p>c) leis federais.</p><p>d) Resoluções do Tribunal Superior Eleitoral.</p><p>e) decisões jurisprudenciais.</p><p>A única alternativa que não é fonte do Direito Eleitoral é a Letra A (Leis Estaduais), uma vez que</p><p>a competência para legislar sobre Direito Eleitoral, é privativa da União.</p><p>Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre:</p><p>I – direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e</p><p>do trabalho;</p><p>Letra a.</p><p>2.4. ConSultaS ElEitoraiS</p><p>Em relação às fontes do Direito Eleitoral, um ponto que merece atenção é o relacionado à</p><p>classificação das consultas como fonte material ou formal.</p><p>Basicamente, a função consultiva é uma das principais peculiaridades da Justiça Eleitoral,</p><p>não estando em presente em nenhuma outra Justiça Especializada. Por meio dela, é possível</p><p>que os legitimados possam consultar os Tribunais Eleitorais (TSE e TREs) acerca de assuntos</p><p>pertinentes ao processo eleitoral.</p><p>Nos termos do Código Eleitoral, tal função está expressa na lista de competências de cada</p><p>um dos Tribunais:</p><p>Art. 23, XII – Compete, ainda, privativamente, ao Tribunal Superior:</p><p>XII – responder, sobre matéria eleitoral, às consultas que lhe forem feitas em tese por autoridade</p><p>com jurisdição, federal ou órgão nacional de partido político.</p><p>Art. 30. Compete, ainda, privativamente, aos Tribunais Regionais:</p><p>VIII – responder, sobre matéria eleitoral, às consultas que lhe forem feitas, em tese, por autoridade</p><p>pública ou partido político.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA IONE LOIOLA ALVES - 04913081322, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>13 de 79www.grancursosonline.com.br</p><p>Conceitos, Fontes e Princípios do Direito Eleitoral</p><p>DIREITO ELEITORAL</p><p>Diogo Surdi</p><p>Os pedidos de consulta devem ser formulados em tese, ou seja, não deve haver qualquer</p><p>tipo de menção a um caso concreto que está sendo objeto de dúvida.</p><p>Obs.: � Se um partido político possui dúvidas pertinentes à inelegibilidade de um de seus filia-</p><p>dos, poderá ele consultar o respectivo TRE ou TSE (a depender de estarmos diante</p><p>de um pedido de partido político ou autoridade com jurisdição nacional ou estadual).</p><p>Para tal, deve apenas mencionar que a “consulta se destina a verificar se o filiado que</p><p>apresenta tais características é ou não elegível”, sem mencionar o nome do seu filiado.</p><p>Durante muito tempo, o entendimento majoritário era de que as consultas, em razão de</p><p>não terem caráter vinculante, serem classificadas coimo fontes materiais. Contudo, em razão</p><p>das alterações promovidas na LINDB, o artigo 30 passou a constar da seguinte forma:</p><p>Art. 30. As autoridades públicas devem atuar para aumentar a segurança jurídica na aplicação das</p><p>normas, inclusive por meio de regulamentos, súmulas administrativas e respostas a consultas.</p><p>Parágrafo único. Os instrumentos previstos no caput deste artigo terão caráter vinculante em rela-</p><p>ção ao órgão ou entidade a que se destinam, até ulterior revisão.</p><p>Desta forma, o melhor entendimento a ser feito, para fins de prova, é de que as consultas</p><p>eleitorais terão caráter vinculante em relação ao órgão ou entidade a que se destinam, até ul-</p><p>terior revisão. Consequentemente, devem as consultas ser classificadas como fontes formais</p><p>do Direito Eleitoral.</p><p>Apenas os tribunais eleitoras (TSE e TRE) é que podem realizar a função consultiva.</p><p>Isso sig-</p><p>nifica que os Juízes e as Juntas Eleitorais, que também são órgãos da Justiça Eleitoral, não</p><p>podem responder consultas.</p><p>3. prinCípios do direito eleitoral</p><p>Toda ciência, para fazer surtir os seus efeitos de forma uniforme a todos os interessados,</p><p>depende de postulados fundamentais que alicerçam a sua atuação. Com o Direito Eleitoral não</p><p>é diferente. Assim, os princípios podem ser conceituados como as normas fundamentais que</p><p>embasam toda a atuação da Justiça Eleitoral para o alcance de sua finalidade.</p><p>Como o próprio nome sugere, os princípios possuem a característica de “início”, “base”,</p><p>“pedra fundamental”. É por meio deles que todo o ordenamento jurídico se estrutura, gerando,</p><p>para a Administração, uma série de prerrogativas e sujeições que devem ser observadas para</p><p>garantir o bem estar da coletividade.</p><p>Durante muito tempo, o entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF) era de que a for-</p><p>ça dos princípios era meramente integradora, de forma que o seu uso estaria restrito às situa-</p><p>ções onde não fosse possível a resolução do conflito com a legislação vigente.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA IONE LOIOLA ALVES - 04913081322, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>14 de 79www.grancursosonline.com.br</p><p>Conceitos, Fontes e Princípios do Direito Eleitoral</p><p>DIREITO ELEITORAL</p><p>Diogo Surdi</p><p>Com o passar dos anos, os princípios adquiriram força de norma jurídica, de forma que,</p><p>atualmente, possuem imperatividade e impõem condutas a serem seguidas pelos seus desti-</p><p>natários. Nos dias atuais, a doutrina majoritária possui o entendimento de que, os princípios,</p><p>por serem normas gerais e dotadas de altíssimo grau de abstração, possuem hierarquia supe-</p><p>rior, até mesmo, às demais normas jurídicas.</p><p>Na visão do STF, violar um princípio, por exemplo, é muito pior do que violar uma lei, haja vista</p><p>que, ao infringir um princípio, se está desobedecendo a todo o ordenamento jurídico vigente.</p><p>Tanto os princípios quanto as regras se originam da norma. Assim, temos normas princí-</p><p>pios e normas regras.</p><p>Enquanto no primeiro caso estamos diante de mandamentos que não precisam estar ex-</p><p>pressos (publicados em algum diploma normativo, tal como a Constituição ou as Leis), nas</p><p>regras a sua observância está condicionada à publicação, uma vez que é por meio desta que</p><p>os administrados passam a saber que determinada conduta está tipificada em lei.</p><p>Isso ocorre porque a publicidade é condição de eficácia dos atos administrativos. Dessa</p><p>forma, apenas com a publicação no meio oficial é que a regra editada pelo Poder Público passa</p><p>a ser de observância obrigatória por toda a população.</p><p>Outra diferença que deve ser observada é quanto ao que deve ser feito quando houver coli-</p><p>são entre dois princípios ou duas regras. No primeiro caso, ou seja, quando estivermos diante</p><p>de uma colisão entre dois princípios, deve-se proceder à ponderação entre os dois, de forma</p><p>que jamais iremos aniquilar um deles em prol de outro princípio. Deve-se levar em conta, no</p><p>caso concreto em que houve a colisão, qual dos princípios apresenta uma solução que melhor</p><p>se identifica com o bem estar da coletividade.</p><p>Situação diferente ocorre com as regras. Em caso de conflito entre elas, deve-se proceder</p><p>a uma ordem cronológica de interpretações, de forma que o aproveitamento implicará na ex-</p><p>clusão da outra ao caso concreto.</p><p>São os seguintes os critérios de interpretação para solucionar um conflito entre regras:</p><p>1º Critério Hierárquico, de forma que a regra que ocupa uma posição hierárquica superior</p><p>prevalece sobre a regra de posição inferior. Neste sentido, precisamos saber que as Leis (Or-</p><p>dinária, Complementar e Delegada), tal como as Medidas Provisórias, por inovarem no orde-</p><p>namento jurídico, possuem hierarquia superior, por exemplo, aos decretos regulamentares, às</p><p>portarias e às instruções, que se destinam à regulamentação dos primeiros.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA IONE LOIOLA ALVES - 04913081322, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>15 de 79www.grancursosonline.com.br</p><p>Conceitos, Fontes e Princípios do Direito Eleitoral</p><p>DIREITO ELEITORAL</p><p>Diogo Surdi</p><p>2º Critério Cronológico, implicando na manutenção da norma mais nova em prol da norma</p><p>mais antiga.</p><p>3º Critério da Especialidade, de forma que as regras específicas prevalecem sobre as</p><p>regras gerais.</p><p>Princípios Regras</p><p>São uma espécie de norma São uma espécie de norma</p><p>Poder ser explícitos ou implícitos Obrigatoriamente devem ser expressas</p><p>Em caso de conflito, deve-se fazer uso</p><p>da ponderação no caso concreto</p><p>Em caso de conflito, deve-se utilizar apenas uma</p><p>das regras, aniquilando inteiramente as demais</p><p>Solução de conflitos leva em conta o</p><p>interesse da coletividade</p><p>Solução de conflitos deve observar os critérios</p><p>hierárquico, cronológico e da especialidade</p><p>A doutrina identifica, no âmbito do Direito Eleitoral, princípios específicos deste ramo do</p><p>direito. Pode-se relacionar, dessa forma, os seguintes princípios como balizadores das regras</p><p>de atuação de todos os órgãos da Justiça Eleitoral:</p><p>a) princípio da anualidade eleitoral;</p><p>b) princípio da autonomia dos partidos;</p><p>c) princípio da celeridade processual;</p><p>d) princípio majoritário e proporcional;</p><p>e) princípio da lisura das eleições;</p><p>f) princípio da soberania popular ou democrática;</p><p>g) princípio da moralidade eleitoral;</p><p>3.1. prinCípio da anualidade</p><p>No Direito Eleitoral, o princípio da anualidade é considerado de extrema importância. Po-</p><p>de-se afirmar, inclusive, que tal princípio é o norteador da maior parte das atividades desenvol-</p><p>vidas pela Justiça Eleitoral, conferindo peculiaridade existente apenas neste ramo do direito.</p><p>A anualidade eleitoral decorre de uma regra da Constituição Federal, que, em seu artigo 16,</p><p>assim dispõe:</p><p>Art. 16. A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua publicação, não se</p><p>aplicando à eleição que ocorra até um ano da data de sua vigência.</p><p>Merece destaque, para a correta compreensão do princípio, a compreensão das diferenças</p><p>existentes entre a vigência e a eficácia das normas.</p><p>A vigência está relacionada com o momento em que a norma adentra no ordenamento ju-</p><p>rídico. Dessa forma, caso uma lei eleitoral seja publicada e nada mencione acerca do período</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA IONE LOIOLA ALVES - 04913081322, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>16 de 79www.grancursosonline.com.br</p><p>Conceitos, Fontes e Princípios do Direito Eleitoral</p><p>DIREITO ELEITORAL</p><p>Diogo Surdi</p><p>de vigência, esta ocorrerá 45 dias após a sua publicação. Trata-se a vigência, em última análi-</p><p>se, do momento em que a norma, após passar por todas as suas fases procedimentais, pode,</p><p>após um período de tempo, produzir efeitos.</p><p>A eficácia, por sua vez, relaciona-se com o momento em que a norma inicia a produção de</p><p>efeitos jurídicos perante terceiros. Na imensa maioria dos ramos do direito, a eficácia, como</p><p>regra, possui o mesmo lapso temporal que a vigência. Como resultado, uma lei publicada e que</p><p>nada mencione sobre o momento de início da produção de efeitos jurídicos, terá o início de tais</p><p>efeitos no mesmo momento em que a vigência.</p><p>Como exemplo, podemos citar uma lei que foi publicada em 05 de maio de 2015 e que men-</p><p>cione que nesta mesma data inicia a produção de efeitos. Neste caso, tanto a vigência quanto</p><p>a eficácia da norma terão início no mesmo dia, ou seja, na data de publicação. Isso</p><p>vale para</p><p>quase todos os ramos do Direito.</p><p>Com o Direito Eleitoral isso não ocorre, de forma que a eficácia das leis eleitorais apenas ocor-</p><p>rerá após o período de 1 ano da data em que a norma entrar em vigor. Em tal ramo do direito,</p><p>caso uma norma entre em vigor no dia 05 de julho de 2015, apenas poderá produzir efeitos a</p><p>partir do dia 06 de julho de 2016.</p><p>Evita-se, com o princípio da anualidade, que o legislador modifique, no ano eleitoral, as</p><p>regras pertinentes às eleições, obstando assim que o abuso do poder econômico possa modi-</p><p>ficar as regras eleitorais com o objetivo de fraudar a lisura de todo o certame.</p><p>Direito Eleitoral</p><p>Após a vigência, a norma</p><p>produz efeitos jurídicos</p><p>apenas após o período de 1</p><p>ano</p><p>Demais ramos do</p><p>Direito</p><p>Vigência e eficácia ocorrem</p><p>no mesmo momento, salvo</p><p>disposição expressa em</p><p>sentido contrário</p><p>Para compreendermos bem a forma como ocorre a anualidade eleitoral, vejamos uma situação</p><p>prática: Em janeiro de 2016 (ano eleitoral), o legislador realiza uma série de modificações nas</p><p>leis que destinam-se a regulamentar o processo eleitoral, estabelecendo expressamente que</p><p>as alterações entrariam em vigor na data de publicação da norma.</p><p>Neste caso, qual o momento de vigência e de eficácia da lei?</p><p>No caso da vigência, esta ocorrerá no mesmo dia em que a lei em questão for publicada, uma</p><p>vez que há previsão neste sentido.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA IONE LOIOLA ALVES - 04913081322, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>17 de 79www.grancursosonline.com.br</p><p>Conceitos, Fontes e Princípios do Direito Eleitoral</p><p>DIREITO ELEITORAL</p><p>Diogo Surdi</p><p>No caso da eficácia, os efeitos das modificações apenas poderão ocorrer nas eleições que se</p><p>realizarem após o período de 1 ano da data em que a lei entrou em vigor, ou seja, apenas nas</p><p>eleições que ocorrerem após janeiro de 2017.</p><p>Dada a importância do princípio em questão, o STF já reconheceu que a anualidade eleito-</p><p>ral (que se destina a regulamentar os direitos políticos) trata-se de uma cláusula pétrea, con-</p><p>forme se observa do julgado da ADI 3.685:</p><p>Além de o referido princípio conter, em si mesmo, elementos que o caracterizam como uma garantia</p><p>fundamental oponível até mesmo à atividade do legislador constituinte derivado, nos termos dos</p><p>arts. 5º, § 2º, e 60, § 4º, IV, a burla ao que contido no art. 16 ainda afronta os direitos individuais da</p><p>segurança jurídica (CF, art. 5º, caput) e do devido processo legal (CF, art. 5º, LIV).</p><p>Assim, podemos relacionar como principais características do princípio da anualidade o</p><p>fato de tratar-se de uma cláusula pétrea e de destinar-se a evitar modificações legislativas</p><p>antes de um período razoável de tempo.</p><p>Anualidade Eleitoral</p><p>Destanina-se a</p><p>evitar modificações</p><p>nas regras eleitorais</p><p>antes de um perído</p><p>razoável de tempo</p><p>Trata-se de Cláusula</p><p>Pétrea</p><p>Características</p><p>002. (FGV/OAB UNI NAC/OAB/2022) Faltando um ano e meio para a eleição dos cargos polí-</p><p>ticos federais e estaduais, é promulgada pelo Presidente da República uma lei que estabelece</p><p>diversas alterações no processo eleitoral. Alguns partidos políticos se insurgem, alegando ser in-</p><p>constitucional que essa lei produza efeitos já na próxima eleição. Afirmam que uma nova lei elei-</p><p>toral não pode ser aplicada na eleição imediata, pois isso contrariaria o princípio da anterioridade.</p><p>No que tange à discussão referida, a possibilidade de a referida lei produzir efeitos já nas pró-</p><p>ximas eleições é</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA IONE LOIOLA ALVES - 04913081322, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>18 de 79www.grancursosonline.com.br</p><p>Conceitos, Fontes e Princípios do Direito Eleitoral</p><p>DIREITO ELEITORAL</p><p>Diogo Surdi</p><p>a) constitucional, já que o lapso temporal, entre a data de entrada em vigor da lei e a data da</p><p>realização da próxima eleição, não afronta a regra temporal imposta pela Constituição Federal.</p><p>b) inconstitucional, por violação expressa ao princípio da anterioridade da legislação eleitoral,</p><p>nos limites que a Constituição Federal de 1988 a ele concedeu.</p><p>c) inconstitucional, porque qualquer alteração do processo eleitoral somente poderia vir a ocor-</p><p>rer por via do poder constituinte derivado reformador.</p><p>d) constitucional, pois a Constituição Federal não impõe ao legislador qualquer limite temporal</p><p>para a realização de alteração no processo eleitoral.</p><p>Estabelece o artigo 16 que “A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua</p><p>publicação, não se aplicando à eleição que ocorra até um ano da data de sua vigência”.</p><p>Na situação apresentada pela questão, a nova norma editada já pode produzir efeitos nas</p><p>próximas eleições, haja vista que foi promulgada (e entrou em vigor) antes do período mínimo</p><p>exigido pela Constituição Federal (1 ano).</p><p>Letra a.</p><p>3.2. prinCípio da autonomia dos partidos polítiCos</p><p>O princípio da autonomia partidária está expresso no artigo 17 e respectivo § 1º da Cons-</p><p>tituição Federal, que apresenta a seguinte redação:</p><p>Art. 17. É livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos, resguardados a so-</p><p>berania nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo, os direitos fundamentais da pessoa</p><p>humana e observados os seguintes preceitos:</p><p>I – caráter nacional;</p><p>II – proibição de recebimento de recursos financeiros de entidade ou governo estrangeiros ou de</p><p>subordinação a estes;</p><p>III – prestação de contas à Justiça Eleitoral;</p><p>IV – funcionamento parlamentar de acordo com a lei.</p><p>§ 1º É assegurada aos partidos políticos autonomia para definir sua estrutura interna e estabelecer</p><p>regras sobre escolha, formação e duração de seus órgãos permanentes e provisórios e sobre sua</p><p>organização e funcionamento e para adotar os critérios de escolha e o regime de suas coligações</p><p>nas eleições majoritárias, vedada a sua celebração nas eleições proporcionais, sem obrigatoriedade</p><p>de vinculação entre as candidaturas em âmbito nacional, estadual, distrital ou municipal, devendo</p><p>seus estatutos estabelecer normas de disciplina e fidelidade partidária.</p><p>Assim, vigora a regra de que a criação ou qualquer outra forma de agrupamento partidário</p><p>(fusão ou incorporação, por exemplo), são livres à iniciativa privada, de forma que os Partidos</p><p>Políticos gozam, dessa forma, de liberdade e autonomia para definir o modo como irão funcio-</p><p>nar e a sua estrutura interna.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA IONE LOIOLA ALVES - 04913081322, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>19 de 79www.grancursosonline.com.br</p><p>Conceitos, Fontes e Princípios do Direito Eleitoral</p><p>DIREITO ELEITORAL</p><p>Diogo Surdi</p><p>Da mesma forma, a Constituição Federal estabelece que todo e qualquer Partido Político</p><p>apenas poderá ter caráter Nacional, ou seja, ter sua atuação em todo o território nacional, sem</p><p>a possibilidade de restrição a determinados Estados ou Municípios.</p><p>Como toda associação, o Partido Político deverá prestar contas dos seus gastos. No en-</p><p>tanto, como estamos diante de uma entidade que participa ativamente do processo democrá-</p><p>tico, os partidos, ainda que sejam dotados de personalidade jurídica de direito privado, devem</p><p>realizar tal procedimento perante a Justiça Eleitoral, impedindo assim que o abuso do poder</p><p>econômico possa influir no resultado das eleições.</p><p>Os Partidos Políticos são pessoas jurídicas de direito privado, de forma que, tal como</p><p>ocorre com as demais empresas privadas e associações, possuem</p><p>autonomia para definir sua</p><p>estrutura interna e a forma como irão funcionar.</p><p>Importante sabermos que não vigora mais em nosso ordenamento a regra da verticali-</p><p>zação, uma vez que não há a obrigatoriedade de vinculação entre as coligações de âmbito</p><p>nacional, estadual e municipal.</p><p>Caso os Partidos Políticos A e B resolvem se coligar nas eleições para Presidente e Vice da</p><p>República, não estarão obrigados a realizarem tal procedimento nas eleições estaduais ou</p><p>municipais, de forma que o Partido A pode, perfeitamente, coligar-se com o Partido C no Estado</p><p>Alfa e com o Partido D no Município Delta.</p><p>No entanto, deve ser mencionado que a mencionada previsão constitucional é oriunda da</p><p>Emenda Constitucional n. 97, de 2017, que trouxe, como uma das principais novidades, o fim</p><p>das coligações nas eleições proporcionais.</p><p>O PULO DO GATO</p><p>Para fins de prova de Direito Eleitoral, temos que memorizar que não é possível a realização</p><p>de coligações para as eleições proporcionais, mas sim apenas para as eleições majoritárias.</p><p>De acordo com o §2º do artigo 17, “Os partidos políticos, após adquirirem personalidade</p><p>jurídica, na forma da lei civil, registrarão seus estatutos no Tribunal Superior Eleitoral”.</p><p>Como os partidos políticos são pessoas jurídicas de direito privado, a aquisição da sua</p><p>personalidade jurídica é feita com o registro da sua constituição no cartório de registro de pes-</p><p>soas jurídicas. Após isso, o partido promove o apoiamento mínimo de filiados previsto em lei e</p><p>procede ao registro de seu estatuto no TSE.</p><p>Art. 17, § 3º Somente terão direito a recursos do fundo partidário e acesso gratuito ao rádio e à te-</p><p>levisão, na forma da lei, os partidos políticos que alternativamente:</p><p>I – obtiverem, nas eleições para a Câmara dos Deputados, no mínimo, 3% (três por cento) dos votos</p><p>válidos, distribuídos em pelo menos um terço das unidades da Federação, com um mínimo de 2%</p><p>(dois por cento) dos votos válidos em cada uma delas; ou</p><p>II – tiverem elegido pelo menos quinze Deputados Federais distribuídos em pelo menos um terço</p><p>das unidades da Federação.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA IONE LOIOLA ALVES - 04913081322, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>20 de 79www.grancursosonline.com.br</p><p>Conceitos, Fontes e Princípios do Direito Eleitoral</p><p>DIREITO ELEITORAL</p><p>Diogo Surdi</p><p>Com o registro no TSE, o partido passa a contar com uma série de prerrogativas, dentre as</p><p>quais a de ter acesso gratuito ao rádio e televisão, a de poder participar do processo eleitoral e</p><p>a de receber recursos do Fundo Partidário.</p><p>No entanto, após a entrada em vigor da Emenda Constitucional n. 97, passamos a contar</p><p>com a necessidade do partido político atender a, pelo menos, um dos seguintes requisitos para</p><p>que tenham direito a recursos do fundo partidário e acesso gratuito ao rádio e à televisão.</p><p>a) obtiverem, nas eleições para a Câmara dos Deputados, no mínimo, 3% dos votos válidos,</p><p>distribuídos em pelo menos um terço das unidades da Federação, com um mínimo de 2% dos</p><p>votos válidos em cada uma delas;</p><p>b) tiverem elegido pelo menos 15 Deputados Federais, distribuídos em pelo menos um terço</p><p>das unidades da Federação;</p><p>Importante mencionar que o candidato eleito por um partido político que não atenda a</p><p>nenhum dos requisitos estabelecidos na Constituição Federal como necessários para o recebi-</p><p>mento de recursos do fundo partidário e para o acesso ao rádio e à televisão tem assegurado</p><p>o direito de mandato.</p><p>Nesta situação, será facultado ao eleito a filiação, sem perda do mandato, a outro partido</p><p>que tenha atingido tais requisitos. No entanto, esta filiação não será considerada, no novo par-</p><p>tido, para fins de distribuição dos recursos do fundo partidário e de acesso gratuito ao tempo</p><p>de rádio e de televisão.</p><p>Outro ponto a ser destacado é que, após a Emenda Constitucional 117/2022, os partidos</p><p>políticos passaram a contar com a obrigatoriedade de aplicar, no mínimo, 5% dos recursos do</p><p>fundo partidário na criação e na manutenção de programas de promoção e difusão da partici-</p><p>pação política das mulheres, de acordo com os interesses intrapartidários.</p><p>Além disso, o montante do Fundo Especial de Financiamento de Campanha e da parcela</p><p>do fundo partidário destinada a campanhas eleitorais, bem como o tempo de propaganda gra-</p><p>tuita no rádio e na televisão a ser distribuído pelos partidos às respectivas candidatas, deverão</p><p>ser de, no mínimo, 30%, proporcional ao número de candidatas.</p><p>Art. 17, § 7º Os partidos políticos devem aplicar no mínimo 5% (cinco por cento) dos recursos do</p><p>fundo partidário na criação e na manutenção de programas de promoção e difusão da participação</p><p>política das mulheres, de acordo com os interesses intrapartidários.</p><p>§ 8º O montante do Fundo Especial de Financiamento de Campanha e da parcela do fundo parti-</p><p>dário destinada a campanhas eleitorais, bem como o tempo de propaganda gratuita no rádio e na</p><p>televisão a ser distribuído pelos partidos às respectivas candidatas, deverão ser de no mínimo 30%</p><p>(trinta por cento), proporcional ao número de candidatas, e a distribuição deverá ser realizada con-</p><p>forme critérios definidos pelos respectivos órgãos de direção e pelas normas estatutárias, conside-</p><p>rados a autonomia e o interesse partidário.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA IONE LOIOLA ALVES - 04913081322, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>21 de 79www.grancursosonline.com.br</p><p>Conceitos, Fontes e Princípios do Direito Eleitoral</p><p>DIREITO ELEITORAL</p><p>Diogo Surdi</p><p>Recursos do fundo</p><p>partidário</p><p>Os partidos políticos devem aplicar no mínimo 5% na</p><p>criação e na manutenção de programas de promoção e</p><p>difusão da participação política das mulheres, de acordo</p><p>com os interesses intrapartidários.</p><p>Deverão ser distribuídos</p><p>às candidatas</p><p>No mínimo, 30% do montante do Fundo Especial de</p><p>Financiamento de Campanha, da parcela do fundo</p><p>partidário destinada a campanhas eleitorais, bem como o</p><p>tempo de propaganda gratuita no rádio e na televisão a ser</p><p>distribuído pelos partidos.</p><p>3.3. prinCípio da Celeridade proCessual</p><p>A celeridade processual não trata-se de um princípio exclusivo do Direito Eleitoral, mas sim</p><p>de regra que deve embasar toda a atividade de todos os órgãos do Poder Judiciário. Relacio-</p><p>na-se a celeridade, desta forma, com as atividades desempenhadas pelos agentes estatais,</p><p>independente da justiça a que se faça referência. Neste sentido é o teor do artigo 5, LXXVIII, da</p><p>Constituição Federal:</p><p>Art. 5º, LXXVIII a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável duração do</p><p>processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação.</p><p>No âmbito do Direito Eleitoral, contudo, a celeridade ganha contornos específicos, uma vez</p><p>que assegura que as decisões eleitorais sejam tomadas quase que imediatamente, conforme</p><p>previsão do artigo 257, §1º, do Código Eleitoral:</p><p>Art. 257, § 1º A execução de qualquer acórdão será feita imediatamente, através de comunicação</p><p>por ofício, telegrama, ou, em casos especiais, a critério do presidente do Tribunal, através de cópia</p><p>do acórdão.</p><p>Evita-se, com a utilização da celeridade processual, que o atraso nas decisões eleitorais</p><p>possa prejudicar o exercício regular dos mandatos eletivos, ou então permitir que algum can-</p><p>didato que tenha feito uso do poder econômico para se eleger exerça seu mandato sem a</p><p>competente cassação.</p><p>E como forma de mensurar com maior precisão qual o lapso de tempo que pode ser consi-</p><p>derado como célere para fins de decisão no âmbito da justiça eleitoral, a Lei 12.034 acrescen-</p><p>tou o artigo 97-A à Lei 9.504/1997, de seguinte teor:</p><p>Art. 97-A. Nos termos do inciso</p><p>LXXVIII do art. 5º da Constituição Federal, considera-se duração</p><p>razoável do processo que possa resultar em perda de mandato eletivo o período máximo de 1 (um)</p><p>ano, contado da sua apresentação à Justiça Eleitoral.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA IONE LOIOLA ALVES - 04913081322, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>22 de 79www.grancursosonline.com.br</p><p>Conceitos, Fontes e Princípios do Direito Eleitoral</p><p>DIREITO ELEITORAL</p><p>Diogo Surdi</p><p>§ 1º A duração do processo de que trata o caput abrange a tramitação em todas as instâncias da</p><p>Justiça Eleitoral.</p><p>§ 2º Vencido o prazo de que trata o caput, será aplicável o disposto no art. 97, sem prejuízo de repre-</p><p>sentação ao Conselho Nacional de Justiça.</p><p>Podemos esquematizar as peculiaridades da celeridade processual no âmbito do Direito</p><p>Eleitoral por meio do seguinte gráfico:</p><p>003. (FCC / ANALISTA JUDICIÁRIO (TRE RN) / 2011 / “SEM ESPECIALIDADE” / ADMINIS-</p><p>TRATIVA) A Emenda Constitucional n. 45, de 2004, inseriu, no inciso LXXVIII do artigo 5º da</p><p>Constituição Federal, norma expressa assegurando a razoável duração do processo, tanto no</p><p>âmbito judicial quanto administrativo, bem como estipulou ao legislador ordinário a obrigação</p><p>de prever os meios que garantam a celeridade de sua tramitação. No âmbito eleitoral, tal prin-</p><p>cípio tem relevância destacada, especialmente no processo que possa resultar em perda do</p><p>mandato eletivo. Sob tal premissa, a Lei n. 12.034/09 trouxe importante inovação, qual seja a</p><p>a) fixação de um critério objetivo para a conformação do princípio da duração razoável do pro-</p><p>cesso, considerando como tal o lapso temporal máximo de 1 ano, contado da apresentação do</p><p>processo à Justiça Eleitoral.</p><p>b) previsão de prazos mais curtos de tramitação para cada fase processual, os quais são dimi-</p><p>nuídos pela metade em relação aos demais processos eleitorais.</p><p>c) irrecorribilidade das decisões interlocutórias e o recebimento dos recursos apenas no</p><p>efeito devolutivo.</p><p>d) relativização do princípio da motivação das decisões judiciais, permitindo aos juízes eleito-</p><p>rais a adoção de fundamentação sucinta e a dispensa do relatório no julgamento dos feitos.</p><p>e) adoção de procedimento sumaríssimo de instrução e julgamento, exigindo a concentração</p><p>da produção das provas em um único ato e a lavratura da sentença pelo juiz no prazo máximo</p><p>de 5 dias após a audiência.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA IONE LOIOLA ALVES - 04913081322, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>23 de 79www.grancursosonline.com.br</p><p>Conceitos, Fontes e Princípios do Direito Eleitoral</p><p>DIREITO ELEITORAL</p><p>Diogo Surdi</p><p>A Emenda Constitucional n. 45 promoveu diversas alterações em nosso ordenamento jurídico.</p><p>Dentre elas, se destaca a que inclui como um dos direitos e deveres individuais e coletivos a</p><p>“razoável duração do processo” e a “celeridade de tramitação”.</p><p>Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasi-</p><p>leiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualda-</p><p>de, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:</p><p>LXXVIII – a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável duração do pro-</p><p>cesso e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação.</p><p>No âmbito eleitoral, a Lei 12.034, de 2009, tratou de regulamentar a disposição constitucional,</p><p>estabelecendo expressamente que o princípio da razoável duração é observado quando todas</p><p>as etapas do processo são concluídas no prazo máximo de 1 ano, prazo este que deve ser su-</p><p>ficiente para a tramitação em todas as instâncias.</p><p>Art. 97-A. Nos termos do inciso LXXVIII do art. 5º da Constituição Federal, considera-se duração</p><p>razoável do processo que possa resultar em perda de mandato eletivo o período máximo de 1 (um)</p><p>ano, contado da sua apresentação à Justiça Eleitoral.</p><p>§ 1º A duração do processo de que trata o caput abrange a tramitação em todas as instâncias da</p><p>Justiça Eleitoral.</p><p>Letra a.</p><p>3.4. prinCípio proporCional e majoritário</p><p>De acordo com o autor Pinto Ferreira, os Sistemas Eleitorais podem ser conceituados como</p><p>“o conjunto de técnicas e procedimentos que se empregam na realização das eleições, destina-</p><p>dos a organizar a representação do povo no território nacional”.</p><p>Dois são os sistemas eleitorais adotados em nosso ordenamento jurídico: o sistema majo-</p><p>ritário e o sistema proporcional.</p><p>O sistema majoritário é aquele utilizado para a Eleição dos Chefes do Poder Executivo (Pre-</p><p>feitos, Governadores, Presidente e respectivos vices) e para os cargos de Senador. Tal sistema</p><p>é bem tranquilo de entender, de forma que o candidato que receber mais votos sempre será</p><p>aquele escolhido para ocupar o cargo em disputa.</p><p>No entanto, temos que fazer uma pequena diferenciação entre os cargos que podem ou</p><p>não ter segundo turno. No caso de Governadores e de Presidente, sempre poderemos ter se-</p><p>gundo turno, sendo que tal possibilidade ocorre quando nenhum dos candidatos alcançar a</p><p>maioria absoluta (mais que 50%) dos votos válidos.</p><p>No caso dos cargos de Senador, em sentido oposto, a eleição sempre será concluída em</p><p>um único turno de votação. Logo, exige-se a obtenção da maioria simples dos votos.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA IONE LOIOLA ALVES - 04913081322, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>24 de 79www.grancursosonline.com.br</p><p>Conceitos, Fontes e Princípios do Direito Eleitoral</p><p>DIREITO ELEITORAL</p><p>Diogo Surdi</p><p>Para a eleição dos Prefeitos, temos que fazer uma distinção. Nos municípios com menos</p><p>de 200 mil eleitores, a eleição resolve-se com apenas um turno de votação, de forma que aque-</p><p>le que obtiver mais votos é eleito para o cargo em disputa.</p><p>Já nos municípios com mais de 200 mil eleitores, as regras a serem adotadas são as</p><p>mesmas das eleições para Governador e Presidente, ou seja, caso nenhum dos candidatos</p><p>alcançar a maioria absoluta dos votos válidos (mais de 50%), teremos segundo turno com os</p><p>dois candidatos de maior votação.</p><p>Tal relação pode ser mais bem visualizada por meio do gráfico a seguir:</p><p>Eleições majoritárias absolutas Eleições majoritárias simples</p><p>Presidente Senadores</p><p>Governadores</p><p>Prefeitos em municípios com menos de</p><p>200 mil eleitores</p><p>Prefeitos em municípios com mais de</p><p>200 mil eleitores</p><p>O Sistema Proporcional adota uma sistemática completamente diferente daquela adotada</p><p>nas eleições majoritárias, de forma que nem sempre o candidato de maior votação será o elei-</p><p>to para o cargo em disputa. Tal sistema tem por objetivo fazer com que os pequenos partidos</p><p>políticos consigam eleger seus candidatos, em plena consonância com o fundamento consti-</p><p>tucional do Pluralismo Político.</p><p>A lógica acerca da importância deste sistema eleitoral é bem simples de entender: se</p><p>todas as eleições fossem realizadas pelo sistema majoritário, certos partidos ou coligações</p><p>(normalmente os de maior poder econômico) poderiam eleger seus candidatos para todas</p><p>as cadeiras em disputa.</p><p>Caso isso acontecesse, o pluralismo político estaria gravemente prejudicado, uma vez que</p><p>todos os representantes da população seria dotados da mesma “ideologia partidária”, algo que</p><p>comprometeria a representação das mais diversas classes de pessoas.</p><p>Veremos em momento oportuno a forma como é calculada a representação proporcional.</p><p>Neste momento, precisamos saber, apenas, que os seguintes cargos são eleitos de acordo</p><p>com as regras</p><p>do sistema proporcional:</p><p>a) Vereadores;</p><p>b) deputados federais, estaduais e distritais;</p><p>Podemos sedimentar os cargos eletivos que são eleitos de acordo com cada um dos sis-</p><p>temas eleitorais por meio do gráfico a seguir:</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA IONE LOIOLA ALVES - 04913081322, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>25 de 79www.grancursosonline.com.br</p><p>Conceitos, Fontes e Princípios do Direito Eleitoral</p><p>DIREITO ELEITORAL</p><p>Diogo Surdi</p><p>Sistema Majoritário</p><p>Presidente e Vice</p><p>Governadores e Vices</p><p>Prefeitos e Vices</p><p>Senadores</p><p>Sistema Proporcional</p><p>Deputados Federais</p><p>Deputados Estaduais e Distritais</p><p>Vereadores</p><p>Neste ponto da matéria, é essencial que tenhamos conhecimento das disposições da</p><p>Constituição Federal relacionadas com os sistemas majoritário e proporcional, uma vez que</p><p>inúmeras são as questões de concurso que exigem o conhecimento de tais disposições.</p><p>Para fins de prova de Direito Eleitoral, o conhecimento da literalidade dos artigos 45 e 46 da</p><p>Constituição Federal é suficiente, neste ponto da disciplina, para resolver tais questões.</p><p>Art. 45. A Câmara dos Deputados compõe-se de representantes do povo, eleitos, pelo sistema pro-</p><p>porcional, em cada Estado, em cada Território e no Distrito Federal.</p><p>§ 1º O número total de Deputados, bem como a representação por Estado e pelo Distrito Federal,</p><p>será estabelecido por lei complementar, proporcionalmente à população, procedendo-se aos ajus-</p><p>tes necessários, no ano anterior às eleições, para que nenhuma daquelas unidades da Federação</p><p>tenha menos de oito ou mais de setenta Deputados.</p><p>§ 2º Cada Território elegerá quatro Deputados.</p><p>Art. 46. O Senado Federal compõe-se de representantes dos Estados e do Distrito Federal, eleitos</p><p>segundo o princípio majoritário.</p><p>§ 1º Cada Estado e o Distrito Federal elegerão três Senadores, com mandato de oito anos.</p><p>§ 2º A representação de cada Estado e do Distrito Federal será renovada de quatro em quatro anos,</p><p>alternadamente, por um e dois terços.</p><p>§ 3º Cada Senador será eleito com dois suplentes.</p><p>004. (INSTITUTO AOCP - ANLG (CM RIO BRANCO)/CM RIO BRANCO (AC)/”SEM ÁREA”/2016)</p><p>Qual é o cargo, no Brasil, que utiliza o sistema eleitoral majoritário absoluto para a eleição do</p><p>representante?</p><p>a) Senador.</p><p>b) Deputado.</p><p>c) Vereador.</p><p>d) Governador.</p><p>e) Ministro.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA IONE LOIOLA ALVES - 04913081322, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>26 de 79www.grancursosonline.com.br</p><p>Conceitos, Fontes e Princípios do Direito Eleitoral</p><p>DIREITO ELEITORAL</p><p>Diogo Surdi</p><p>O sistema majoritário absoluto é aquele adotado para os cargos em que há a possibilidade de</p><p>realização de segundo turno. Isso ocorre em relação ao Presidente da República, Governado-</p><p>res e Prefeitos em municípios com mais de 200 mil eleitores.</p><p>Letra d.</p><p>3.5. prinCípio da lisura das eleições</p><p>Tal princípio informa que a atuação de todos os participantes das eleições deve ser no senti-</p><p>do de garantir a sua lisura e a correta observação de todos os procedimentos e normas eleitorais.</p><p>Como decorrência deste princípio, temos duas classes de pessoas que devem observân-</p><p>cia às normas eleitorais, sendo elas:</p><p>a) os eleitores</p><p>b) os legitimados para as ações judiciais eleitorais (candidatos, partidos políticos, coliga-</p><p>ções e o Ministério Público).</p><p>No caso dos eleitores, estes devem obedecer todas as normas eleitorais, evitando condu-</p><p>tas que coloquem em risco a lisura do certame, como, por exemplo, aceitar doações, presentes</p><p>ou qualquer outro tipo de brinde em troca do voto.</p><p>No caso dos legitimados, devem estes, diante de qualquer tipo de denúncia ou irregularidade,</p><p>tomar as medidas necessárias para a apuração e penalização dos responsáveis. Trata-se a con-</p><p>duta dos legitimados, dessa forma, de um verdadeiro dever, e não de uma simples faculdade.</p><p>O princípio da lisura das eleições está expresso no artigo 23 da Lei Complementar 64, pos-</p><p>suindo o seguinte teor:</p><p>Art. 23. O Tribunal formará sua convicção pela livre apreciação dos fatos públicos e notórios, dos</p><p>indícios e presunções e prova produzida, atentando para circunstâncias ou fatos, ainda que não in-</p><p>dicados ou alegados pelas partes, mas que preservem o interesse público de lisura eleitoral.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA IONE LOIOLA ALVES - 04913081322, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>27 de 79www.grancursosonline.com.br</p><p>Conceitos, Fontes e Princípios do Direito Eleitoral</p><p>DIREITO ELEITORAL</p><p>Diogo Surdi</p><p>3.6. prinCípio da soberania popular ou demoCrátiCa</p><p>Para melhor entendermos o princípio da soberania popular (também conhecido como so-</p><p>berania democrática), temos que, inicialmente, conhecermos os elementos que, em conjunto,</p><p>formam o Estado.</p><p>Basicamente, trata-se o Estado de uma pessoa jurídica de direito público constituída por</p><p>três elementos indissociáveis: povo, território e governo soberano.</p><p>O povo trata-se do elemento humano, ou seja, todas as pessoas que estão sujeitas ao de-</p><p>ver de cumprir com as regras estatais.</p><p>O território, o elemento geográfico, estabelecendo até onde as regras dispostas por um</p><p>Estado não entram em conflito com as disposições de outro.</p><p>O governo soberano, por sua vez, trata-se do elemento condutor, estabelecendo que as</p><p>decisões tomadas por um Estado atingem apenas o povo de um determinado território, não</p><p>devendo observância a nenhum outro governo ou país.</p><p>Os elementos formadores do Estado podem ser mais bem visualizados por meio do qua-</p><p>dro a seguir:</p><p>Povo: pessoas que estão sujeitas às diretrizes do Estado.</p><p>Território: limite até onde as decisões do Estado possuem alcançe.</p><p>Governo soberano: as decisões de um Estado são soberanas, não</p><p>estando sujeitas à interferência de outro governo ou país.</p><p>Especificamente com relação ao elemento governo, a doutrina identifica duas principais</p><p>formas, sendo elas a monarquia e a república. Ambas as formas estão relacionadas com a</p><p>maneira como ocorrerá a relação entre governantes e governados.</p><p>Enquanto a república possui as características da eletividade, da temporalidade dos manda-</p><p>tos e da responsabilidade dos eleitos em prestar contas, a monarquia, em sentido diametralmen-</p><p>te oposto, possui as características da hereditariedade, da vitaliciedade e da irresponsabilidade.</p><p>Em nosso ordenamento jurídico, a forma de governo utilizada é a república, de forma que a</p><p>população elege diretamente os seus representantes. Estes, uma vez eleitos, permanecem no</p><p>cargo eletivo durante o prazo do respectivo mandato, devendo, periodicamente, prestar cons-</p><p>tas à população de todas as medidas adotadas na sua gestão.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA IONE LOIOLA ALVES - 04913081322, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>28 de 79www.grancursosonline.com.br</p><p>Conceitos, Fontes e Princípios do Direito Eleitoral</p><p>DIREITO ELEITORAL</p><p>Diogo Surdi</p><p>Formas de</p><p>governo</p><p>República</p><p>Eletividade</p><p>Temporaridade</p><p>Responsabilidade</p><p>Monarquia</p><p>Hereditariedade</p><p>Vitaliciedade</p><p>Irresponsabilidade</p><p>Como a nossa forma de governo é a república, compete aos cidadãos, de tempos em tem-</p><p>pos, eleger os representantes para os diversos cargos eletivos. Esta é a forma de participação</p><p>indireta da população no processo democrático.</p><p>Além</p>