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<p>de trabalho 1. Faça um levantamento de situações narradas por Duby que parecem pertencer a um tempo diferente do que você vive 2. Em seguida, levante situações do texto que se assemelhem ao que você vive hoje. 3. Que aspectos da sociedade medieval podem ser reconhecidos com base na narrativa que você leu? 4. Busque uma imagem que mostre uma semelhança entre a narrativa e a sua realidade e outra que mostre uma diferença. Exponha as imagens para a turma e explique porquê dessa escolha. A FORMAÇÃO DA EUROPA MEDIEVAL No século estavam praticamente estabelecidos os limites da expansão No século seguinte, as fragilidades do Romano do Ocidente a ser expostas e se iniciaria a crise do Roma não conseguiria mais controlar suas fronteiras e seria sistematicamente invadida por povos inimigos. Com isso, a crise econômica tornou-se iminente, pois, cessando as conquistas, não havia novas riquezas nem trabalhadores escravizados para a manutenção da complexa sociedade Ocorreram também vários motins e disputas entre chefes militares, que nesse período conspiravam contra Império ou apoiavam inimigos políticos do imperador. Nesse contexto, abriu-se espaço para crescimento do cristianismo, crença até então proibida. Jesus, que nasceu entre 8 a.C. e 4 a.C. em Belém, na atual Palestina, dominada pelos romanos, pregava ideias religiosas que eram seguidas por judeus pobres da região. Foi condenado à morte em aproximadamente 30 d.C., acusado de se fazer passar por rei dos judeus. Depois de sua morte, seus seguidores, os apóstolos ("enviados", em grego), a se referir a Jesus como Messias, Salvador, aquele que conduziria a humanidade à salvação e à vida eterna. Jesus se transformaria em Cristo, naquele que teria morrido na cruz para salvar todos os cristianismo espalhou-se rapidamente, sobretudo entre a população pobre, que ansiava por um mundo melhor. A volta de Jesus, ou seja, sua ressurreição, seria esse momento em que a opressão cessaria. Nascido de pais judeus, Jesus pregava a instauração do Reino de Deus e não reconhecia a divindade do im- perador. Em geral, os romanos eram tolerantes com as religiões dos povos conquistados. Mas, nesse caso, isso não ocorreu, pois cristãos eram e negavam os deuses romanos. Uma vez que não aceitavam tais deuses, eram também inimigos dos imperadores romanos, já que os governantes se legitimavam pelo poder divino. Assim, considerados uma ameaça, os seguidores de Cristo foram perseguidos. Muitos deles foram executados em cerimônias públicas ou atirados aos para serem devorados. Por causa da perseguição, os cristãos escondiam-se em catacumbas protegidas contra qualquer violação. Nelas, adeptos do cristianismo realizavam seus cultos. Muitas comunidades foram organizadas nessa época e breviviam das doações dos fiéis, que começaram a construir igrejas. Com a crise do Império Romano do Ocidente, até mesmo pessoas da elite romana adotaram cristianismo, que se espalhou pelas regiões do Mediterrâneo. Tratava-se de buscar uma nova esperança, principalmente a possibili- dade de uma vida após a morte. Observe mapa da página 34. Com a adesão em massa ao cristianismo, os governantes romanos consideraram que seria melhor permitir o culto cristão do que correr risco de perder apoio político. Em 313, imperador Constantino concedeu liberdade de culto aos por meio do Édito de Em 325, com Concílio de Niceia, a Igreja uniu-se ao Estado cristianismo foi elevado à religião oficial do Império em 392, assinalando fim do paganismo. Em 455, o bispo de Roma tornou-se chefe da cristandade e também primeiro papa, sob nome de Leão A partir de então, a Igreja foi chamada de Igreja Católica Apostólica Romana. A fragilidade romana permitiu a ocupação do Império por povos bárbaros de várias regiões. Os romanos de- nominavam bárbaros, pejorativamente, todos os povos que resistiam à conquista e não falavam latim, ou seja, os povos não romanizados. Estes se fixaram em muitos lugares onde os romanos não tiveram força militar para ex- No século V, as invasões tornaram-se mais expressivas com a entrada dos povos germânicos (entre eles, suevos, alanos e na Gália. Os germanos impunham seu poder com muita violência. Leia relato de São que, em 396, vivia em Roma: Não descreverei pessoais de alguns infelizes, mas a destruição de toda a humanidade, pois é com horror que meu segue quadro das da nossa época. Há vinte e poucos anos que, entre Constantinopla e os Alpes Julianos, sangue romano vem sendo diariamente vertido. A Citia, Trácia, Macedônia, Tessália, Dardânia, Dácia Epiro, Dalmácia, Panônia são devastadas pelos godos, sármatas, quedos, alanos, hunos, vândalos, pilham a tudo. Quantas senhoras, quantas virgens consagradas a Deus, quantos livres e nobres ficaram mao destas bestas! Os bispos são capturados, os padres, assassinados, todo tipo de religioso, perseguido; as igrejas, demolidas SÃO Cartas, LX, 16 e 17. Apud FUNARI, Pedro Paulo Roma: vida pública e vida privada. São Paulo: Atual, p. 68-69 DO FEUDO CIDADE MODERNA 31</p>