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<p>Manual do Curso de Licenciatura em Educação Física e Desporto</p><p>Aprendizagem Motora</p><p>Universidade Católica de Moçambique</p><p>Centro de Ensino à Distância</p><p>Aprendizagem Motora i</p><p>Direitos de autor</p><p>Este manual é propriedade da Universidade Católica de Moçambique, Centro de Ensino à Distância</p><p>(CED) e contém reservados todos os direitos. É proibida a duplicação ou reprodução deste manual, no</p><p>seu todo ou em partes, sob quaisquer formas ou por quaisquer meios (electrónicos, mecânico,</p><p>gravação, fotocópia ou outros) sem permissão expressa da entidade editora (Universidade Católica de</p><p>Moçambique-Centro de Ensino à Distância). O não cumprimento desta advertência é passível a</p><p>processos judiciais.</p><p>Autores: dr. José Ferrão Pene</p><p>Colaborador da Univesidade Católica de Moçambique – Centro de Ensino à Distância</p><p>Bridgette Simone Bruce</p><p>Univesidade Católica de Moçambique – Centro de Ensino à Distância</p><p>Universidade Católica de Moçambique</p><p>Centro de Ensino à Distância</p><p>82-5018440</p><p>23-311718</p><p>82-4382930</p><p>País</p><p>Fax:</p><p>E-mail: eddistsofala@teledata.mz</p><p>Website: www. ucm.mz</p><p>mailto:eddistsofala@teledata.mz</p><p>Aprendizagem Motora ii</p><p>Agradecimentos</p><p>Agradeço a colaboração dos seguintes indivíduos e instituições na elaboração deste manual:</p><p>Universidade Católica de Moçambique</p><p>Centro de Ensino à Distância.</p><p>Pelo meu envolvimento nas equipas do CED</p><p>como Colaborador, na área de Educação</p><p>Física e Desporto.</p><p>À Coordenação do Curso de Educação Física</p><p>e Desporto.</p><p>Pela contribuição e enriquecimentos ao</p><p>conteúdo</p><p>À Coordenadora: Mestre Bridgette Simone</p><p>Bruce</p><p>E ao Assistente de coordenação do Curso de</p><p>Educação Física e Desporto do CED da UCM</p><p>dr. Alberto Malequeta</p><p>Pela facilitação, orientação e prontidão</p><p>durante a concepção do presente manual.</p><p>Aprendizagem Motora iii</p><p>Visão geral 5</p><p>Bem-vindo ao Ensino de aprendizagem motora 4º Ano ................................................... 5</p><p>Quem deveria estudar este módulo ................................................................................... 5</p><p>Como está estruturado este módulo .................................................................................. 6</p><p>Ícones de actividade .......................................................................................................... 6</p><p>Habilidades de estudo ....................................................................................................... 7</p><p>Precisa de apoio? .............................................................................................................. 7</p><p>Tarefas (avaliação e auto-avaliação) ................................................................................. 7</p><p>Avaliação .......................................................................................................................... 8</p><p>Unidade nº 1 9</p><p>Aprendizagem Motora ...................................................................................................... 9</p><p>Sumário ........................................................................................................................... 28</p><p>Exercícios 1 ..................................................................................................................... 28</p><p>Unidade nº 2 29</p><p>Introdução ao estudo do Movimento Humano ............................................................... 29</p><p>Movimentos do corpo humano 30</p><p>Sumário ........................................................................................................................... 33</p><p>Exercício 2 ...................................................................................................................... 33</p><p>Unidade nº 3 34</p><p>Fundamentos da educação física na aprendizagem motora ............................................ 34</p><p>Psicomotricidade 52</p><p>Sumário ........................................................................................................................... 62</p><p>Exercício 3 ...................................................................................................................... 62</p><p>Unidade nº 4 63</p><p>Estudo das capacidades físicas em aprendizagem motora .............................................. 63</p><p>Força ...................................................................................................................... 67</p><p>Velocidade ............................................................................................................. 68</p><p>Resistência ............................................................................................................. 68</p><p>Flexibilidade .......................................................................................................... 68</p><p>Desenvolvimento motor da criança (dos 0 aos 24 meses) Principais etapas do desenvolvimento</p><p>motor do bebé desde o nascimento até aos 24 meses. 76</p><p>Factores externos ................................................................................................. 104</p><p>Factores internos .................................................................................................. 105</p><p>Princípios da percepção ....................................................................................... 105</p><p>Outros factores .................................................................................................... 106</p><p>Percepção visual .................................................................................................. 107</p><p>Aprendizagem Motora iv</p><p>Percepção auditiva ............................................................................................... 108</p><p>Percepção olfactiva .............................................................................................. 108</p><p>Percepção gustativa ............................................................................................. 109</p><p>Percepção táctil .................................................................................................... 109</p><p>Percepção temporal ............................................................................................. 110</p><p>Percepção espacial ............................................................................................... 110</p><p>Propriocepção ...................................................................................................... 111</p><p>Lei de Weber-Fechner ......................................................................................... 111</p><p>Sumário ......................................................................................................................... 112</p><p>Exercício 10 .................................................................................................................. 112</p><p>Referencia bibliografía 113</p><p>Aprendizagem Motora 5</p><p>Visão geral</p><p>Bem-vindo ao Ensino de</p><p>aprendizagem motora 4º Ano</p><p>Pretendemos que este módulo seja um contributo para que os</p><p>aprendentes adquiram um conhecimento aprofundado da Disciplina de</p><p>Aprendizagem motora.</p><p>Quando terminar o estudo da Aprendizagem Motora – 4º Ano, o</p><p>formando será capaz de:</p><p>Objectivos</p><p> Compreender Aprendizagem Motora como campo de estudo;</p><p> Identificar as relações de interdisciplinar;</p><p> Identificar os fundamentos de educação física na aprendizagem</p><p>motora;</p><p> Compreender o corpo, educação e movimento;</p><p> Compreender o estudo das capacidades físicas em aprendizagem</p><p>motora.</p><p>Quem deveria estudar este</p><p>módulo</p><p>Este Módulo foi concebido para os estudantes do 1º ano do curso de</p><p>Licenciatura em Educação Física e Desporto.</p><p>A Cadeira de Aprendizagem Motora, foi introduzida para os Formandos, que, na sua maioria, são</p><p>já Professores do EP e/ou do ESG. Começa nestas Presenciais, para, segundo o seu propósito,</p><p>desenvolver uma forma inovadora de estar e ser, conhecer e aplicar a mesma. Nesta cadeira vamos</p><p>com ou sem</p><p>progressão, no qual existe uma perda total de contacto com o</p><p>solo e uma acentuada fase aérea, a impulsão e a retomada com o</p><p>solo pode ser sobre um dos dois pés.</p><p>Saltitar: é um movimento feito com ou sem progressão, onde</p><p>existe perda momentânea de contacto com o solo, a impulsão é</p><p>pequena e a retomada com o solo se faz com a parte anterior do</p><p>pé.</p><p>Simultâneo: o que ocorre ou é feito ao mesmo tempo.</p><p>Alternado: o que ocorre ou é feito em ordem alternada.</p><p>Assimétrico: o que ocorre ou é feito em sentidos opostos</p><p>estando ou não no mesmo plano.</p><p>Inclinação: movimento que afasta os segmentos do esqueleto</p><p>axial da linha mediana do corpo, estar obliquamente em relação</p><p>ao plano frontal.</p><p>Quadrupedai: movimento de locomoção que consiste no</p><p>deslocamento em quatro apoios.</p><p>Quatro apoios: apoio dos pés e mãos no solo, parte anterior do</p><p>corpo para baixo e quadril elevado formando ângulo de</p><p>aproximadamente 90º entre MI e tronco.</p><p>Quatro apoios invertidos: apoio dos pés e mãos no solo, parte</p><p>anterior do corpo para cima e quadril elevado e MI flexionados.</p><p>Seis apoios: apoio dos pés, mãos e joelhos no solo.</p><p>Apoio de frente: apoio de pés e mãos no solo, MI e tronco</p><p>estendidos, parte anterior do corpo para baixo mantendo paralelo</p><p>ao solo.</p><p>Aprendizagem Motora 43</p><p>Apoio dorsal: apoio de pés e mãos no solo, MI e tronco</p><p>estendidos, parte anterior do corpo para cima mantendo paralelo</p><p>ao solo.</p><p>Planos de orientação do corpo</p><p>Os exercícios ginásticos de um modo geral, não somente os</p><p>alongamentos, como também os saltos, os giros e os exercícios</p><p>que envolvem as capacidades físicas e as habilidades motoras,</p><p>seguem as divisões do corpo nos seguintes planos de orientação:</p><p>Plano sagital: divide o corpo em partes direitas e esquerda.</p><p>Plano frontal: divide o corpo em partes anterior e posterior.</p><p>Plano transversal: divide o corpo em partes superior e anterior.</p><p>Terminologia básica da Educação Física</p><p>As posições básicas do corpo</p><p>Posição estendida: Tronco erecto, MS estendidos ao</p><p>prolongamento do corpo, MI unidos e estendidos, caracteriza-se</p><p>pela ausência de ângulos nas articulações do quadril e joelhos.</p><p>Posição Grupada: caracteriza-se pela inclinação do tronco para</p><p>frente, com flexão das articulações do quadril, MS à frente do</p><p>corpo, com semi-flexão dos cotovelos e mãos apoiadas na parte</p><p>anterior ou posterior dos joelhos e MI com flexão total dos</p><p>joelhos, próximos ao tronco.</p><p>Posição carpada: Caracteriza-se pela flexão do quadril com</p><p>tronco inclinado para frente, MS estendidos à frente com as</p><p>mãos em direcção aos pés, MI com extensão dos joelhos e</p><p>unidos à frente do corpo.</p><p>Aprendizagem Motora 44</p><p>Posição afastada: Tronco erecto, MS estendidos ao</p><p>prolongamento do corpo, caracteriza-se pela extensão e</p><p>afastamento lateral dos MI; com duas opções: afastamento</p><p>ântero-posterior e afastamento lateral.</p><p>Posição afastada-carpada: Caracteriza-se pela extensão e</p><p>afastamento lateral dos MI há uma flexão do tronco para frente</p><p>(a partir da flexão do quadril) e os MS estendidos e afastados</p><p>lateralmente em direcção aos pés.</p><p>Posição Celada: Caracteriza-se pela hiperextensão da coluna</p><p>vertebral, MS hiperestendido ao prolongamento do corpo e MI</p><p>unidos e estendidos.</p><p>Elementos corporais básicos</p><p>São considerados movimentos básicos ou simples aqueles que</p><p>aprendemos de acordo com o estímulo do meio em que vivemos,</p><p>Aprendizagem Motora 45</p><p>são considerados movimentos naturais do ser humano</p><p>(habilidade básica ou simples), são aqueles inspirados nos</p><p>movimentos naturais e que obedecem a estrutura do corpo e as</p><p>condições da motricidade. Podem ser: andar, correr, girar, saltar,</p><p>saltitar, flexão, extensão, balanceio, etc.</p><p>A somatória de acções ou sequência de movimentos ou simples,</p><p>é considerada movimento complexo ou específico (habilidade</p><p>específica ou complexa), é aqueles elaborados conscientemente,</p><p>em ritmo, forma e intensidade e que tem como objectivo</p><p>alcançar um fim determinado.</p><p>Elementos corporais e suas variações</p><p>Saltito: é um movimento feito com ou sem progressão, onde</p><p>existe perda momentânea de contacto com o solo, a impulsão é</p><p>pequena e a retomada com o solo se faz com a parte anterior do</p><p>pé. Podem ser classificados em:</p><p>1-Hop: movimento de impulsão e retomada sobre o mesmo pé,</p><p>na fase aérea eleva-se o membro inferior livre a frente</p><p>flexionado.</p><p>2- Galope: movimento de impulsão sobre um pé, enquanto um</p><p>membro inferior livre é impulsionado para a frente flectido e</p><p>seguido imediatamente pelo de apoio alternando-os na fase</p><p>aérea.</p><p>3-Polichinelo: movimento de impulsão e retomada sobre os dois</p><p>pés, sendo composto de duas acções na fase aérea onde a</p><p>primeira é a abdução de MI e MS com apoio do pé e a segunda a</p><p>adução.</p><p>Variações: flexão dos MI ou alternando MS de MI na abdução e</p><p>adução.</p><p>Os saltitos podem ser executados com aparelhos de pequeno</p><p>porte como por exemplo a corda elástica</p><p>Saltos sem aparelhos gímnicos: é um momento explosivo e</p><p>dinâmico, com ou sem progressão, no qual existe uma perda</p><p>total de contacto com o solo e uma acentuada fase aérea, a</p><p>impulsão e a retomada com o solo pode ser sobre um ou dois</p><p>pés. Podem ser classificados em:</p><p>Grupado: movimento de impulsão e queda (retomada ao solo)</p><p>sobre os dois pés, na fase aérea MI flexionados e unidos,</p><p>simultaneamente, aproximando-os ao tronco.</p><p>Aprendizagem Motora 46</p><p>Salto em extensão ou afastamento ântero-posterior:</p><p>movimento de impulsão sobre um pé, na fase aérea existe um</p><p>grande afastamento ântero-posterior dos MI em progressão (para</p><p>cima e para frente). A retomada ao solo será sobre o pé contrário</p><p>de impulsão, os MS livres favorecendo o movimento.</p><p>Carpado: movimento de impulsão e retomada sobre os dois pés,</p><p>na fase aérea MI unidos e estendidos paralelos ao solo, com</p><p>flexão do quadril e MS no prolongamento do corpo tocando as</p><p>mãos nas pontas dos pés. Variação: afastamento lateral dos MI.</p><p>Tesoura: movimento de impulsão sobre um pé, enquanto o MID</p><p>é impulsionado para a frente, estendido e seguido imediatamente</p><p>pelo outro da mesma forma, alternando-se na fase aérea, a</p><p>retomada ao solo se dá sobre o pé contrário ao de impulsão.</p><p>Salto Estendido com afastamento lateral dos MI (Salto em</p><p>“X”): movimento de impulsão sobre os dois pés, onde a fase</p><p>aérea existe abdução de MI e MS simultaneamente.</p><p>Salto reversão: movimento de salto tesoura com giro no ar.</p><p>Salto em arco: é o movimento de impulsão e retomada ao solo</p><p>com os dois pés, na fase aérea ocorre a hiperextensão do tronco,</p><p>MI unidos e estendidos e superiores no prolongamento do corpo.</p><p>Variações MI flectidas (flexionados), MID flectido e MIE</p><p>estendido.</p><p>Salto Com Aparelhos Gímnicos: Os saltos acima citados</p><p>podem ser desenvolvidos nos seguintes aparelhos:</p><p>Colchão verde (de algodão)</p><p>Colchão tipo Sarnege (espuma densa)</p><p>Colchão gordo (espuma com alta densidade)</p><p>Trampolim</p><p>Mini-tramp.</p><p>Banco sueco.</p><p>Girar: movimento em trono do próprio eixo em ápio sobre os</p><p>dois pés, pode ser executado com ou sem deslocamento variando</p><p>os segmentos superiores e inferiores.</p><p>Balanceio e Circundução: são os movimentos executados de</p><p>acordo com os planos, combinados com deslocamento, saltos,</p><p>saltitos e em deslocamentos.</p><p>Rolamentos: podem ser executados em torno do eixo transversal</p><p>e longitudinal, são considerados complexos pelo grau de</p><p>dificuldade.</p><p>Terminologia relacionada ao corpo no espaço físico</p><p>Coluna - alunos dispostos um atrás do outro.</p><p>Fileira - alunos dispostos um ao lado do outro.</p><p>Aprendizagem Motora 47</p><p>Longitudinal - relativo ao comprimento, colocado no sentido do</p><p>comprimento.</p><p>Transversal - relativo a largura, colocado no sentido da</p><p>largura.</p><p>Sequência Pedagógica: é a sucessão de movimentos, naturais</p><p>ou construídos, visando um objectivo; a ordem dos movimentos</p><p>acontece de acordo com a importância e a dificuldade. Ela é</p><p>dividida em estágios de desenvolvimento: descoberta,</p><p>intencionalidade, análise, aperfeiçoamento, desenvolvimento. Os</p><p>objectivos visados são:</p><p>Alunos: experimenta, imagina, tenta, imita, descobre, constata,</p><p>avalia e selecciona.</p><p>Professor: orienta, incentiva, ajuda, avalia e corrige.</p><p>Sequência Ginástica: é uma sequência de exercícios utilizando</p><p>os fundamentos básicos da ginástica (saltos e posturas) que</p><p>somados às habilidades motoras se interligam de forma</p><p>harmoniosa.</p><p>Descrição do movimento</p><p>Posição Inicial- Descrever a posição de partida para a realização</p><p>do movimento, o indivíduo permanece estática.</p><p>Execução - Descrever a acção do movimento de acordo com a</p><p>terminologia, determinar o número de vezes ou o tempo de</p><p>duração do movimento apresentado.</p><p>Posição Final – Descrever a posição que finaliza o movimento,</p><p>o indivíduo permanece estática</p><p>Descrição de salto ginástico</p><p>Descrição do salto grupado de acordo com a terminologia básica</p><p>da educação física</p><p>Posição Inicial- O aluno esta em pé com o tronco erecto, MS</p><p>estendidos ao prolongamento do corpo, MI unidos e estendidos e</p><p>o olhar direccionado para o horizonte.</p><p>Execução- O aluno inclina o tronco para frente a partir da flexão</p><p>do quadril, realiza uma semi-flexão dos joelhos, faz uma</p><p>depressão dos MS para trás do tronco e em um movimento de</p><p>impulsão com perda de contacto com o solo, o aluno faz uma</p><p>elevação dos MS e dos MI para frente do tronco, onde os MS</p><p>estão com uma semi-flexão dos cotovelos e com o apoio das</p><p>mãos na parte frontal dos joelhos e os MI com flexão total dos</p><p>joelhos e ocorre uma flexão do tronco para frente, a partir da</p><p>flexão do quadril.</p><p>O aluno retorna ao solo com a parte anterior dos pés, iniciando</p><p>assim a aterrissagem, com o tronco inclinado para frente a partir</p><p>Aprendizagem Motora 48</p><p>da flexão do quadril, realiza uma semi-flexão dos joelhos e os</p><p>MS após um movimento de depressão se estendem à frente do</p><p>tronco.</p><p>Posição Final- O aluno estende o tronco, eleva os MMSS ao</p><p>prolongamento do corpo, estende os MMII, retornando à posição</p><p>inicial.</p><p>O desenvolvimento motor do homem deve ser trabalhado desde</p><p>os primeiros dias de vida. Nesta evolução, a educação tem um</p><p>papel importantíssimo para acelerar e aperfeiçoar esse</p><p>aprendizado.</p><p>Categoria de movimento</p><p>A educação física é uma atividade dinâmica que contribui na</p><p>formação e melhoria ampla dos movimentos do sujeito,</p><p>contribuindo assim em seu aspecto social, bem como</p><p>no desenvolvimento de seu lado individual, através de</p><p>oportunidades lúdicas que proporcionam equilíbrio entre corpo,</p><p>mente e espaço. Desenvolve as habilidades motoras de qualquer</p><p>sujeito, além de manter elementos terapêuticos, sejam eles</p><p>emocionais ou físicos. Muitas vezes na escola ou em centros</p><p>desportivos obriga-se que uma criança adapte-se às exigências</p><p>formais e metodológicas impostas e que tenha um controle sobre</p><p>si mesma. Sabe-se que muitos comportamentos dependem da</p><p>nossa vontade e outros aparecem automaticamente. Algumas</p><p>funções do sistema nervoso se relacionam aos movimentos.</p><p>http://www.brasilescola.com/educacaofisica/</p><p>Aprendizagem Motora 49</p><p>Neste sentido, pode-se classificar os movimentos em três</p><p>grandes grupos:</p><p> Voluntário,</p><p> Reflexo</p><p> Automático</p><p>Movimento voluntário</p><p>Como já diz o próprio nome, o movimento voluntário</p><p>depende de nossa vontade. Movimentos como andar em</p><p>direcção a um objecto (Ibidem, 2001) e a ginga da capoeira,</p><p>são movimentos voluntários. Neste ato supõe-se que houve</p><p>uma intenção, um desejo ou uma necessidade e finalmente o</p><p>desenvolvimento do movimento. No movimento voluntário,</p><p>portanto, há primeiramente uma representação mental e</p><p>global do movimento, uma intenção, um desejo ou uma</p><p>necessidade e, por último, a execução do movimento</p><p>propriamente dita. O ato voluntário é sempre aprendido e é</p><p>constituído por diversas acções encadeadas.</p><p>Movimento reflexo</p><p>O movimento reflexo é independente de nossa vontade e</p><p>normalmente só depois de executado é que tomamos</p><p>conhecimento dele. È uma reacção orgânica sucedendo-se a uma</p><p>excitação sensorial. O estímulo é captado pelos receptores</p><p>sensoriais do organismo e levado ao sistema nervoso. De lá</p><p>provoca directa e imediatamente uma resposta motora. Pavlov</p><p>(apud OLIVEIRA, 2001) dividiu os reflexos</p><p>em inatos e adquiridos:</p><p>Inatos</p><p>São independentes da aprendizagem e são determinados pela</p><p>bagagem biológica. São, portanto, hereditários, quase sempre</p><p>permanentes e comuns a uma mesma espécie animal. Exemplo</p><p>uma luz forte incidindo sobre os olhos provoca uma resposta</p><p>imediata de contracção pupilar. Este é um movimento inato, pois</p><p>não implica em aprendizagem para a sua producao. Outro</p><p>exemplo: uma gota de limão na boca provoca, como resposta, a</p><p>salivação, preparando o organismo para a ingestão do elemento</p><p>ácido.</p><p>Adquiridos</p><p>Aprendizagem Motora 50</p><p>São reflexos aprendidos ou condicionados. sua ocorrência</p><p>depende de uma historia de associação entre estímulos intactos,</p><p>que produzem resposta reflexa a outros estímulos. No segundo</p><p>exemplo acima, a simples palavra ou visão do limão pode elidir</p><p>uma resposta condicionada de salivação. O reflexo adquirido é</p><p>muito utilizado e desenvolvido em desportos e outros práticos</p><p>corporais. Na capoeira, por exemplo, pode-se executar uma</p><p>esquiva ou outro movimento baseado neste reflexo. Podemos ate</p><p>sugerir que os movimentos de defesa na capoeira são os mais</p><p>desenvolvidos neste aspecto, devido a necessidade de auto</p><p>preservação e defesa do Ser.</p><p>depende de uma historia de associação entre estímulos intactos,</p><p>que produzem resposta reflexa a outros estímulos. No segundo</p><p>exemplo acima, a simples palavra ou visão do limão pode elidir</p><p>uma resposta condicionada de salivação. O reflexo adquirido é</p><p>muito utilizado e desenvolvido em desportos e outros práticos</p><p>corporais. Na capoeira, por exemplo, pode-se executar uma</p><p>esquiva ou outro movimento baseado neste reflexo. Podemos ate</p><p>sugerir que os movimentos de defesa na capoeira são os mais</p><p>desenvolvidos neste aspecto, devido a necessidade de auto</p><p>preservação e defesa do Ser.</p><p>Os automatismos tanto podem ser mentais quanto motores e até</p><p>sociais como, por exemplo, a cortesia, o cavalheirismo, a</p><p>cooperação, etc. A observação, a retenção mnemónica, a leitura</p><p>rápida, a indução etc., constituem exemplos de hábitos mentais.</p><p>A eficiente realização de actividades dessa natureza depende de</p><p>um bom desenvolvimento dos hábitos, das habilidades mentais e</p><p>motoras; através da experiência e do treino, o homem torna-se</p><p>capaz de realizar esses actos com o mínimo de rendimento, em</p><p>tempo e em qualidade, sem mesmo necessitar concentrar a sua</p><p>atenção para executá-los. (Campos, 1973 apud Oliveira, 2001).</p><p>Normalmente o movimenta se inicia de forma voluntária e, uma</p><p>vez iniciado, pode-se interrompê-lo a qualquer momento, de</p><p>acordo com a vontade. Exemplo: quando se anda, não se pensa</p><p>no balançar dos braços. Tem-se a intenção de andar - voluntário,</p><p>mas a execução desse movimento torna-se automática. Este</p><p>Aprendizagem Motora 51</p><p>movimento nem sempre é iniciado pela vontade. Alguns são</p><p>iniciados sem que se tenha conhecimento, como a manutenção</p><p>do equilíbrio e da postura. Existem automatismos que são</p><p>desenvolvidos através do processo ensino-aprendizagem, passam</p><p>do plano voluntário para o plano automático (OLIVEIRA,</p><p>2001). Nos desportos em geral como na capoeira observa-se</p><p>claramente isto, quando o praticante domina plenamente os</p><p>movimentos, seus conceitos e fundamentos. Como o grande</p><p>capoeirista Mestre Pastinha já dizia: “Se pr’a jogar você</p><p>imagina. eu jogo sem</p><p>imaginar...”.</p><p>Oliveira (2001) afirma que a vontade do educando é essencial</p><p>para se educar ou reeducar, sem esta não se consegue este</p><p>objectivo. O movimento “pelo movimento” não leva a nenhuma</p><p>aprendizagem. É necessário e fundamental que o aluno deseje,</p><p>reflicta e analise seus movimentos, interiorizando-os. Só assim</p><p>conseguirá atingir uma aprendizagem mais significativa de si</p><p>mesmo e de suas potencialidades. Não se pode deixar de dar</p><p>valor aos movimentos automáticos, que são indispensáveis para</p><p>uma melhor adaptação ao meio, mas não se deve esquecer que</p><p>eles tiveram sua origem na participação voluntária do sujeito.</p><p>Nicola (2004) reproduz uma definição clássica do movimento,</p><p>quando afirma que este é o deslocamento do corpo no espaço.</p><p>De acordo com a autora, o movimento é um termo genérico que</p><p>abrange indistintamente os reflexos os actos motores conscientes</p><p>ou não, normais ou patológicos, significantes ou desprovidos de</p><p>significado. Os movimentos corporais como gestos, podem ser</p><p>definidos como um movimento determinado por uma intenção.</p><p>O gesto tem finalidades conscientes ou inconscientes, chegando</p><p>às vezes a ser uma redundância da comunicação. Para Nicola,</p><p>assim como o movimento corporal pode estar directamente</p><p>ligado a comunicação em algumas situações, o deslocamento do</p><p>corpo no espaço assumirá significados internos e externos, sem</p><p>apoio de nenhum outro recurso que não seja o próprio corpo em</p><p>estado de comunicação. Nicola coloca que os movimentos</p><p>apresentam algumas características que são independentes entre</p><p>si, como:</p><p> Movimentos reflexos: sustos.</p><p> Movimentos adquiridos: andar.</p><p> Movimentos com reacções condicionadas: queimadura.</p><p> Gestos conscientes: redundância.</p><p> Actos falhos: sincinesias (ibidem, 2004).</p><p>Aprendizagem Motora 52</p><p>Compreender as características dos movimentos e conhecer os</p><p>seus respectivos tipos é fundamental para a intervenção do</p><p>educador ou treinador. É crucial para elaborar um programa</p><p>individualizado de treinamento e aprendizado de forma eficaz,</p><p>saber que, conforme a maturidade e compreensão corporal do</p><p>movimento, este pode ganhar outro status em sua reprodução. Os</p><p>movimentos estão sempre impregnados de um saber corporal e</p><p>cultural, e são portadores de significados, portanto, devem ser</p><p>entendidos como uma forma de linguagem corporal permeada de</p><p>voluntariedade ou de subjectividades</p><p>Movimentos Motor Básicos</p><p>Psicomotricidade</p><p>Psicomotricidade é a ciência que tem como objecto de estudo o</p><p>homem através do seu corpo em movimento e em relação ao seu</p><p>mundo interno e externo. Está relacionada ao processo de</p><p>maturação, onde o corpo é a origem das aquisições cognitivas,</p><p>afectivas e orgânicas. É sustentada por três conhecimentos</p><p>básicos: o movimento, o intelecto e o afecto. Psicomotricidade,</p><p>portanto, é um termo empregado para uma concepção de</p><p>movimento organizado e integrado, em função das experiências</p><p>vividas pelo sujeito cuja acção é resultante de sua</p><p>individualidade, sua linguagem e sua socialização.” (Sociedade</p><p>Mundial de Psicomotricidade) A Psicomotricidade baseia-se em</p><p>uma concepção unificada da pessoa, que inclui as interacções</p><p>cognitivas, sensório, motoras e psíquicas na compreensão das</p><p>capacidades de ser e de expressar-se, a partir do movimento, em</p><p>um contexto psicossocial. Ela se constitui por um conjunto de</p><p>conhecimentos psicológicos, fisiológicos, antropológicos e</p><p>relacionais que permitem, utilizando o corpo como mediador,</p><p>abordar o ato motor humano com o intento de favorecer a</p><p>integração deste sujeito consigo e com o mundo dos objectos e</p><p>outros sujeitos.” (Costa,2002)</p><p>Em razão de seu próprio objecto de estudo, isto é, o indivíduo</p><p>humano e suas relações com o corpo, a Psicomotricidade é uma</p><p>ciência encruzilhada. Que utiliza as aquisições de numerosas</p><p>ciências constituídas (biologia, psicologia, psicanálise,</p><p>sociologia, linguística...) Em sua prática empenha-se em</p><p>deslocar a problemática cartesiana e reformular as relações entre</p><p>alma e corpo: O homem é seu corpo e NÃO - O homem e seu</p><p>corpo”. (Jean-Claude Coste, 1981)</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/Movimento</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/Cogni%C3%A7%C3%A3o</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/Organismo</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/Movimento</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/Intelecto</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/Afeto</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/Linguagem</p><p>Aprendizagem Motora 53</p><p>A psicomotricidade pode também ser definida como o campo</p><p>transdisciplinar que estuda e investiga as relações e as</p><p>influências recíprocas e sistémicas entre o psiquismo e</p><p>a motricidade.</p><p>Baseada numa visão holística do ser humano, a psicomotricidade</p><p>encara de forma integrada as funções cognitivas, sócio</p><p>emocionais, simbólicas, psicolinguísticas e motoras,</p><p>promovendo a capacidade de ser e agir num</p><p>contexto psicossocial. A psicomotricidade possui as linhas de</p><p>actuação educativa, reeducativa, terapêutica, relacional, aquática</p><p>e ramais</p><p>Movimentos locomotores.</p><p>O sistema locomotor, ou sistema esquelético, sustenta e protege</p><p>os órgãos internos, armazena minerais e iões e produz células</p><p>sanguíneas. O crânio é a estrutura mais complexa do esqueleto,</p><p>sendo este constituído por 22 ossos, e ele está compreendendo o</p><p>neurocrânio, que protege o encéfalo, e o cionocrânio, que forma</p><p>a face. A coluna vertebral sustenta o corpo, é constituída por 33</p><p>vértebras que se alternam com discos intervertebrais permitindo</p><p>flexibilidade ao tronco.</p><p>Um osso pode ligar-se a outro osso ou a outros ossos através das</p><p>ligações traumáticas. Variam no tamanho e na forma: longos</p><p>(com o comprimento maior que a largura e a espessura, como</p><p>o úmero e o fémur, finos e achatados, como grande parte dos</p><p>ossos do crânio e as costelas), curtos (com as três dimensões</p><p>aproximadamente iguais, como os do carpo e os do tarso),</p><p>irregulares (como as vértebras).</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/Psiquismo</p><p>http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Motricidade&action=edit&redlink=1</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/Hol%C3%ADstica</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/Cogni%C3%A7%C3%A3o</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/Psicolingu%C3%ADstica</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/Psicossocial</p><p>http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Ramain&action=edit&redlink=1</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%9Amero</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/F%C3%AAmur</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/Carpo</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/Tarso</p><p>Aprendizagem Motora 54</p><p>Os músculos estão envolvidos em todo e qualquer tipo de</p><p>movimento que o organismo pode realizar. Metade do peso</p><p>corporal provém deles. São órgãos que podem ser de três tipos:</p><p>liso, estriado cardíaco e estriado esquelético.</p><p>O músculo liso é encontrado na parede de órgãos ocos, e</p><p>apresenta contracção involuntária. É o único tipo de músculo</p><p>presente nos animais invertebrados.</p><p>O músculo estriado cardíaco constitui o miocárdio (músculo do</p><p>coração) e apresenta contracção involuntária.</p><p>O músculo estriado esquelético constitui a maior parte do nosso</p><p>organismo. Os músculos dessa categoria são responsáveis pelas</p><p>contracções e movimentos voluntários do corpo. Podem ter seu</p><p>volume e tamanhos aumentados com exercícios físicos. Esses</p><p>músculos ligam-se aos ossos por meio de tendões. Quando um</p><p>músculo se movimenta, ele se contrai e puxa o osso ao qual está</p><p>ligado, mas para que ocorra o movimento, o outro músculo</p><p>também precisa se contrair para o lado contrário. O sistema</p><p>esquelético é formado por um conjunto de ossos que podem ser</p><p>de vários tipos (longos, chatos, curtos e irregulares). Além da</p><p>sustentação do corpo, os ossos também produzem células do</p><p>sangue e servem como reserva de cálcio. Ligados aos músculos</p><p>por meio de tendões, realizam movimentos responsáveis pela</p><p>locomoção.</p><p>Na união dos ossos existem cartilagens, que são responsáveis</p><p>por não deixarem que ocorra atrito e eventual desgaste ósseo. Do</p><p>esqueleto fazem parte também</p><p>os ligamentos. Eles são</p><p>encontrados nas articulações e se prendem firmemente nos</p><p>tecidos ósseos. Às vezes pode ocorrer ruptura desses ligamentos,</p><p>em casos mais graves a intervenção cirúrgica pode ser</p><p>necessária.</p><p>Movimentos não locomotores.</p><p>Locomotoras</p><p>Aprendizagem Motora 55</p><p>As actividades locomotoras possibilitam ao corpo se deslocar no</p><p>espaço. Envolvem actividades de rolar para frente, para trás,</p><p>para o lado rastejar, caminhar, correr, saltar e saltitar.</p><p>Não locomotoras</p><p>As actividades não locomotoras não envolvem mudança de um</p><p>ponto para outro no espaço. Exemplos: equilibrar, flexionar,</p><p>estender, torcer, balançar, girar e relaxar.</p><p>Manipulativas</p><p>As actividades manipulativas envolvem o manejo ou manuseio</p><p>de objectos. Exemplos: carregar, balançar, levantar, empurrar,</p><p>puxar, equilibrar (habilidades que envolvam contacto), bater,</p><p>chutar, arremessar, rebater, pegar e pendurar.</p><p>Actividades locomotoras</p><p> Caminhar livremente sem esbarrar nos colegas;</p><p> Caminhar sobre linhas desenhadas no chão;</p><p> Caminhar primeiro de olhos abertos e, em seguida, de</p><p>olhos fechados;</p><p> Caminhar na ponta dos pés;</p><p> Caminhar como um anão e como um gigante;</p><p> Caminhar atravessando obstáculos;</p><p> Saltar só com o pé direito, depois só com o pé esquerdo,</p><p>com movimentação acelerada e lentamente.</p><p> Saltar obstáculos, ora pisando em todos, ora saltando um,</p><p>saltando dois etc.</p><p> Saltar desviando de obstáculos;</p><p> Saltar para dentro de um arco e depois para fora dele;</p><p> Saltar no mesmo lugar, com os pés juntos: para frente,</p><p>para trás, para um dos lados, para o outro;</p><p> Saltar uma corda balançando: com os pés juntos,</p><p>alternando um pé e outro;</p><p> Correr, livremente, movimentando todo o corpo;</p><p> Correr, acompanhando o ritmo de palmas;</p><p> Correr, chutando um objecto;</p><p> Correr com um colega: lado a lado, atrás dele, segurando</p><p>nos ombros como um trenzinho;</p><p>Aprendizagem Motora 56</p><p> Correr, transportando um recipiente plástico cheio de</p><p>água sem derrubar o líquido.</p><p>Actividades não locomotoras</p><p> Balançar partes do corpo, exemplos: balançar somente os</p><p>braços, só uma perna, só a cabeça;</p><p> Equilibrar-se com os braços erguidos e os olhos</p><p>fechados;</p><p> Equilibrar-se na ponta dos pés;</p><p> Flexionar as pernas, braços e tronco;</p><p>Movimento manipulativas</p><p> Passar uma bola, sucessivamente, por entre as pernas,</p><p> Primeiro sob a direita, depois sob a esquerda, por cima</p><p>da cabeça e entre as pernas novamente;</p><p> Jogar uma bola a um colega, agachando-se, aumentando</p><p>e diminuindo a distância;</p><p> Arremessar a bola a um colega, deixando-a dar dois</p><p>piques no chão;</p><p> Andar, com as pernas abertas, sobre uma corda esticada</p><p>no chão;</p><p> Passar sob uma corda, que dois colegas seguram, sem</p><p>encostar-se a ela;</p><p> Jogar com um colega, ambos parados, usando as duas</p><p>mãos. Variar a actividade continuando o lançamento,</p><p>ambos em movimento e usando só uma das mãos.</p><p>Habilidade Motoras básicas</p><p>Consiste em uma série de movimentos realizados com exactidão</p><p>e precisão.</p><p>Actos motores que surgem dos movimentos da vida diária do ser</p><p>humano e dos animais, expressa um grau de qualidade de</p><p>coordenação de movimentos.</p><p>Habilidades Locomotoras</p><p>Aprendizagem Motora 57</p><p>São aquelas nas quais o corpo é transportado em uma direcção</p><p>vertical ou horizontal de um ponto para o outro. Actividades</p><p>como andar, correr, saltar, saltitar são consideradas movimentos</p><p>locomotores fundamentais. Quando essas habilidades</p><p>fundamentais tornam-se elaboradas e mais profundamente</p><p>refinadas, podem ser aplicadas a desportos específicos.</p><p>Habilidades de locomoção</p><p>Grupo de habilidades no qual os executantes transladam o corpo</p><p>através do espaço de um lugar para o outro.</p><p>Habilidades Motoras Básicas</p><p>Locomoção Estabilização (Não</p><p>locomoção)</p><p>Manipulação</p><p>Andar, correr, saltar,</p><p>saltitar, galopar,</p><p>rolar, rastejar, trepar</p><p>Flexionar, estender,</p><p>torcer, girar, levantar</p><p>Lançar, receber,</p><p>lançar, bater, voltar,</p><p>rebater, olear, chutar,</p><p>amassar</p><p>Educação Física Escolar e seus Conteúdos</p><p>A Educação Física é uma disciplina que possibilita, talvez mais</p><p>do que as outras, espaços onde se pode dar início a mudanças</p><p>significativas na maneira de se implementar o processo de</p><p>ensino aprendizagem, tendo em vista as diversas situações em</p><p>que os dados do quotidiano associado à cultura de movimentos</p><p>podem ser utilizados como objectos para reflexão. Sim, a</p><p>Educação Física possui esta aparente vantagem, mas o que é</p><p>visto na realidade é que, se ela possui uma grande fonte de</p><p>estudos didáctico-pedagógicos renovadores deixa de dedicar-se,</p><p>porém, a mudanças práticas na sua forma de actuação na</p><p>sociedade.</p><p>Dentro desta perspectiva destacaremos como objecto deste</p><p>estudo, os conteúdos de ensino, que segundo (LIBÂNEO apud</p><p>colectivo de autores, 1985) "são realidades exteriores ao aluno</p><p>que devem ser assimilados e não simplesmente reinventados,</p><p>Aprendizagem Motora 58</p><p>eles não são fechados e refractários às realidades sociais".</p><p>Veremos que o principal conteúdo trabalhado nas escolas é o</p><p>desporto.</p><p>É facto que através do desporto, muitas virtudes podem ser</p><p>trabalhadas e consequentemente diversos objectivos podem ser</p><p>alcançados, pois "o movimento que a criança realiza num jogo</p><p>tem repercussões sobre várias dimensões do seu</p><p>comportamento"(Bracht apud Rangel-Betti, 1997). Porém,</p><p>existem muitas questões sociais que a Educação Física poderia</p><p>tratar através do desporto e, no entanto, não as incorpora como</p><p>objecto de seu discurso pedagógico.</p><p>O desporto da escola, contextualização do conteúdo.</p><p>A hegemonia desportiva encontrada na Educação Física escolar</p><p>actual foi alcançada num processo gradativo a partir de sua</p><p>incorporação no contexto escolar, em meados da década de</p><p>cinquenta, e fomentada a partir dos anos sessenta.</p><p>Há muito tempo, vê-se que o desporto e a Educação Física são</p><p>muitas vezes confundidos, mas é plausível relatar que o desporto</p><p>por si só não é considerado educativo, a menos que seja</p><p>"pedagogicamente transformado" (Kunz, 1989) Uma aula de</p><p>Educação Física metodologicamente tradicional vem a ser,</p><p>muitas vezes, o determinante para a aversão à sua prática social.</p><p>Através destes moldes "receita de bolo" o aluno se torna um ser</p><p>passivo nas mãos de um professor também passivo (uma vez</p><p>acrítico) que utiliza seus conteúdos fundamentados na</p><p>hegemonia capitalista (mesmo que não tenha consciência disso).</p><p>Desde a sua criação na Europa, o desporto moderno difundiu-se</p><p>nas escolas publicas e, até hoje, estes moldes são aplicados em</p><p>nossas escolas, de todo mundo, isto é, poucas iniciativas são</p><p>tomadas para que o conteúdo "desporto na escola" incorpore a</p><p>Aprendizagem Motora 59</p><p>cultura de movimentos desportivo, tornando-se "desporto da</p><p>escola".</p><p>Entende-se ainda que esse uso do desporto, cópia irreflectida do</p><p>desporto de rendimento, relaciona-se com "condições sociais</p><p>dadas", do professor, da escola e da sociedade. Isto quer dizer</p><p>que, num contexto onde não se objective mudanças, o desporto</p><p>fornece, tanto ao aluno quanto ao professor, a possibilidade de</p><p>confirmar "o que está aí". Assim, eles não precisam pensar e são</p><p>limitados quanto a propor alternativas.</p><p>Educação através de movimento</p><p>A linguagem do movimento e o movimento da linguagem estão</p><p>numa profunda relação dando lugar a novas significações. Não é</p><p>apenas um jogo de palavras, o sentido de um está directamente</p><p>implicado no do outro. Foi a partir desta implicação que</p><p>considerei importante num contexto educacional seguir em</p><p>busca de novos caminhos que complementem um trabalho de</p><p>educação através do movimento. Um trabalho interdisciplinar</p><p>onde a linguagem seria o ponto fundamental do processo</p><p>pedagógico, no sentido de abrir horizontes simbólicos e ampliar</p><p>possibilidades de comunicação para os sujeitos conhecerem e</p><p>compreenderem os contextos</p><p>a sua volta, e se reconhecerem</p><p>como parte dele, trazendo o poder criador das experiências, que</p><p>se traduz nas suas próprias expressões, levando-os à perspectiva</p><p>relacional de diálogo e de troca.</p><p>o problema da expressão como um momento de unidade capaz</p><p>de criar sentidos e significações. Acrescenta ele: "Expressar para</p><p>o sujeito falante, é tomar consciência; ele não expressa somente</p><p>para os outros, expressa para saber ele mesmo o que visa".</p><p>Actualmente, a Educação Física está vinculada a exercícios</p><p>mecanizados com repetições que buscam um padrão motor, a</p><p>eficiência do movimento, o rendimento e não a sua significação.</p><p>Aprendizagem Motora 60</p><p>Com isto há um em pobre cimento da contribuição desta área à</p><p>própria Educação. O que está em falta é algo que torne o</p><p>movimento mais integrado, mas singularizado, mais próprio,</p><p>mais significativo: uma mudança de perspectiva. A partir do</p><p>casamento das nossas experiências perceptivas e simbólicas é</p><p>que promovemos um diálogo com o mundo, criando nosso</p><p>próprio estilo de ser, favorecendo um olhar crítico e reflexivo,</p><p>tornando os sujeitos mais actuantes na sociedade em que vivem.</p><p>Apresenta-se destacado o papel da educação física enquanto</p><p>promotora de uma perspectiva de educação dinâmica, inter-</p><p>relacional e com foco na unidade dos sujeitos.</p><p>Os exercícios repetitivos quase sempre são apresentados, como</p><p>possibilidade viável para a aprendizagem de movimentos. Pela</p><p>insistência da repetição, modelam os sujeitos, construindo um</p><p>estilo de movimento artificial, onde eles próprios não se</p><p>reconhecem. Esta perspectiva pedagógica baseada na repetição,</p><p>não cumpre um papel educador e transformador, pois embota a</p><p>criação, o improviso, o inesperado, o novo, a espontaneidade</p><p>dando lugar a monotonia de um comportamento alienante. Esta</p><p>busca do movimento "perfeito" e do rendimento máximo levanta</p><p>barreiras para a abertura de novas possibilidades, e para novos</p><p>caminhos rumo a criação, enfim para a transcendência.</p><p>Educação física escola</p><p>Educação Física Escolar trata-se de uma matéria curricular com</p><p>conteúdos próprios, onde deve estar ligada a um conjunto de</p><p>conhecimentos originados no domínio académico da Educação</p><p>Física, assim como apontado por SAVANI (1994).</p><p>Educação Física primeiramente precisa identificar os objectivos,</p><p>conteúdo, métodos de ensino e de avaliação em função das</p><p>características, necessidades e histórico social nos quais estão</p><p>envolvidos, do contrário criam-se uma Educação Física Escolar</p><p>negativa, sem conteúdos e princípios definidos para sua prática,</p><p>OLIVEIRA (1991), citado por DAOLIO (2004). Sem uma</p><p>sistematização, organização não se consegue desenvolver uma</p><p>aprendizagem significativa e que esteja de acordo com as</p><p>necessidades dos alunos.</p><p>Temos os seguintes referenciais como objectivos do ensino</p><p>fundamental:</p><p>Aprendizagem Motora 61</p><p> Compreender a cidadania como participação social e</p><p>política exercendo seu direito e respeitando o do outro;</p><p> Ter uma postura crítica e transformadora nas diferentes</p><p>situações sociais;</p><p> Conhecer e valorizar a pluralidade sociocultural do país</p><p>em que vive sem nenhum tipo de discriminação seja ela</p><p>social, cultural, de crença, sexo ou outras características</p><p>individuais ou colectivas;</p><p> Desenvolver o conhecimento e o sentimento de confiança</p><p>em suas capacidades afectivas, físicas, cognitivas, éticas,</p><p>estética, de inter-relação pessoal e de inserção social para</p><p>buscar conhecimento e exercer sua cidadania;</p><p> Conhecer e cuidar do próprio corpo;</p><p> Utilizar diferentes formas de linguagem para se</p><p>comunicar e se expressar.</p><p> Saber ler e interpretar as diferentes fontes de informação.</p><p> Questionar a realidade, a capacidade crítica para</p><p>formular e resolver os problemas.</p><p>O componente curricular, Educação Física ainda está muito</p><p>vinculada aos conhecimentos tratados na biologia, psicologia e</p><p>na pedagogia, afirmação feita por SERGIO (1991), acredito que</p><p>todos esses conteúdos estejam dentro da grande curricular que</p><p>trata a Educação Física, mas também entendo que somos</p><p>capazes de desenvolver nossos próprios conhecimentos</p><p>enfatizando nossas necessidades. Os conteúdos organizados</p><p>surgem, segundo LIBÂNEO, 1985; citado por um Colectivo de</p><p>Autores, através de conteúdos culturais, onde os conhecimentos</p><p>são relativamente autónomos, incorporados pela humanidade e</p><p>reavaliados pela realidade social, ou seja, nos são impostos</p><p>culturalmente pela sociedade “ os conteúdos são exteriores ao</p><p>aluno que devem ser assimilados e não simplesmente</p><p>reinventados”. Como professores temos que estar capacitados a</p><p>fim de interagir com os alunos fazendo com que eles aprendam o</p><p>que esta sendo trabalhado e seu aprendizado esteja ligado e</p><p>associado à significação humana e social que ele representa.</p><p>Além dos conteúdos sobre desenvolvimento motor e de</p><p>coordenação que a Educação Física deve trabalhar, temos que</p><p>dar enfoque aos conteúdos de ensino sobre a relevância social e</p><p>seu sentido.</p><p>Aprendizagem Motora 62</p><p>Sumário</p><p>O corpo na educação física é o assunto abordo nesta unidade, faça uma</p><p>relação do aprendeu respondendo as questões que se segue.</p><p>Exercício 3</p><p>1. Explique oque entendes sobre as Habilidades física físicas na</p><p>arena desportiva:</p><p>a) O que é a Habilidades física;</p><p>b) Como se manifesta as Habilidades física;</p><p>c) Fale um pouco sobre habilidades Motoras básicas;</p><p>d) O que será o desporto escolar</p><p>Aprendizagem Motora 63</p><p>Unidade nº 4</p><p>Estudo das capacidades</p><p>físicas em aprendizagem</p><p>motora</p><p>Esta unidade irá debruçar sobre as capacidades físicas e</p><p>aprendizagem motora, no contexto da educação física.</p><p>Capacidade motora é um traço ou qualidade geral do indivíduo</p><p>relacionada ao seu desempenho numa diversidade de habilidades</p><p>ou de tarefas, ou capacidade que o ser humano tem de</p><p>desenvolver certas actividades referem-se à potencialidade</p><p>individual para a execução de habilidades motoras, que podem</p><p>ser desenvolvidas pelo treinamento. Por exemplo: todos</p><p>nascemos com um potencial para desenvolvermos a força, ou a</p><p>resistência. Acredita-se que as capacidades motoras sejam</p><p>determinadas geneticamente, mas não podem ser quantificadas</p><p>(não se pode afirmar até onde um indivíduo pode desenvolver a</p><p>velocidade ou a flexibilidade), por que, para atingir o potencial</p><p>individual, existem muitos factores a considerar.</p><p>Ao completares esta unidade / lição, serás capaz de:</p><p>Objectivos</p><p> Saber definir o que é habilidades;</p><p> Conhecer as capacidades condicionantes em aprendizagem motora</p><p> Conhecer as capacidades coordenativas.</p><p>Aprendizagem Motora 64</p><p>Capacidades físicas</p><p>Força, Velocidade, Agilidade, Flexibilidade.</p><p>As capacidades Físicas podem ser definidas como todo o</p><p>atributo “treinável” num organismo, ou seja, passiveis de</p><p>adaptações. Em outras palavras, são todas as qualidades físicas</p><p>motoras passíveis de treinamento. É preciso ver o</p><p>condicionamento físico de maneira mais ampla, portanto, não</p><p>adianta desenvolver a força e não ter resistência, ou ter</p><p>flexibilidade e não ter força, ou ter resistência sem ter</p><p>velocidade, etc.</p><p>As nossas actividades diárias exigem a aplicação de todas as</p><p>capacidades físicas, às vezes enfatizando uma, às vezes duas e</p><p>em muitas vezes todas ao mesmo tempo.</p><p>As capacidades físicas são:</p><p> Força: É a capacidade física que permite que um</p><p>músculo, ou grupo de músculos, produza tensão evença</p><p>uma resistência na acção de empurrar, ou elevar.</p><p>Pode ser de três tipos:</p><p> Força Dinâmica,</p><p> Força Estática</p><p> Força Explosiva.</p><p>Força Dinâmica é aquela que o corpo tem em movimento.</p><p>Força Estática é aquela que o corpo tem em repouso.</p><p>Aprendizagem Motora 65</p><p>Força Explosiva é quando usamos nossa forma máxima.</p><p>Velocidade: É a capacidade física que permite realizar</p><p>movimentos no</p><p>menor tempo possível ou reagir rapidamente a um sinal. Ela pode</p><p>apresentar de três tipos:</p><p> Velocidade de Reacção,</p><p> Velocidade de Deslocamento</p><p> Velocidade dos Membros.</p><p>Agilidade: É capacidade de alterar a posição do corpo de forma</p><p>eficiente, e requer a integração de competência de movimentos</p><p>isolados utilizando uma combinação de equilíbrio, coordenação,</p><p>velocidade, reflexos, resistência e força.</p><p>Flexibilidade: É a capacidade física que permite executar movimentos</p><p>com grande amplitude. É a capacidade funcional das articulações a</p><p>movimentarem-se dentro dos limites ideais de determinadas acções. É</p><p>a amplitude de movimento e depende da mobilidade articular e da</p><p>elasticidade muscular.</p><p>Em suma veja o esquema a baixo apresentada</p><p>Aprendizagem Motora 66</p><p>Aptidão física é a capacidade de realizar as actividades do dia-a-dia</p><p>com tranquilidade e menor esforço.</p><p>Existem duas abordagens:</p><p> Aptidão física relacionada à saúde</p><p> Aptidão física relacionada à performance desportiva.</p><p>A primeira refere-se à condição física nas capacidades que estão</p><p>intimamente relacionadas com a saúde, e a qualidade de vida das</p><p>pessoas, sendo a flexibilidade, a resistência aeróbica, a força e</p><p>composição corporal.</p><p>A flexibilidade aliada aos níveis de força está relacionada à incidência</p><p>de dores, desvios posturais e lesões músculo-esqueléticas,</p><p>principalmente na região lombar, a resistência aeróbica está ligada à</p><p>saúde cardiorrespiratória e a composição corporal determina níveis de</p><p>sobrepeso e obesidade, bem como subnutrição.</p><p>E a segunda refere-se à aptidão para o desempenho em actividades</p><p>desportivas que associam, além das capacidades acima citadas, a</p><p>agilidade, velocidade, equilíbrio postural e coordenação motora.</p><p>A aptidão para performance tem uma interferência das</p><p>questões genéticas, já na aptidão física para a saúde, os componentes</p><p>podem ser melhorados mais facilmente, ou seja nós temos uma maior</p><p>interferência.</p><p>A prática de exercícios físicos regulares têm seu benefício amplamente</p><p>divulgado, principalmente na sua relação com a saúde, com a</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/Qualidade_de_vida</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/Dor</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/Les%C3%A3o</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/Esporte</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/Esporte</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/Coordena%C3%A7%C3%A3o_motora</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/Hereditariedade</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/Exerc%C3%ADcio_f%C3%ADsico</p><p>Aprendizagem Motora 67</p><p>diminuição da incidência das doenças crónico-degenerativas,</p><p>incluindo as cardiovasculares.</p><p>A aptidão não significa ficar cansado na realização de esforços simples</p><p>conseguindo cumprir actividades diárias, suportando esforços físicos</p><p>exigentes e inesperados.</p><p>Capacidades motoras condicionais</p><p>São capacidades ligadas ao processo energético e metabólico,</p><p>são determinadas pela obtenção e transformação de energia. São,</p><p>geralmente, divididas em:</p><p> Força;</p><p> Velocidade;</p><p> Resistência;</p><p> Flexibilidade.</p><p> Agilidade</p><p>Força</p><p>É a capacidade que permite reagir contra uma resistência através</p><p>da contracção muscular. Esta possibilita, entre outros esforços:</p><p>saltar, empurrar, levantar, puxar. O desenvolvimento da força</p><p>pode ser:</p><p>Geral -quando visamos o desenvolvimento de todos os grupos</p><p>musculares;</p><p>Específicas- quando visamos o desenvolvimento de um ou</p><p>vários grupos musculares característicos dos gestos de cada</p><p>modalidade. Capacidade de executar movimentos críticos.</p><p>Ela também, pode ser conhecida como velocidade, porque para</p><p>você ter força, precisa de velocidade.</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/Doen%C3%A7a</p><p>Aprendizagem Motora 68</p><p>Velocidade</p><p>Capacidade de executar movimentos de dentro para fora no mais</p><p>curto espaço de tempo. É a capacidade de executar acções</p><p>motoras no mínimo de tempo, com intensidade máxima e com</p><p>duração não superior a 6 e 8 segundos. Velocidade pode ser</p><p>introduzida como a capacidade de realizar um movimento em</p><p>menos de 6 e 8 segundos</p><p>Resistência</p><p>Capacidade de suportar e recuperar da fadiga psíquica e</p><p>principalmente da física.</p><p>Geral - quando é solicitada mais de 1/6 da massa muscular. É</p><p>limitada pelo sistema cárdeo respiratório.</p><p>Local-quando é solicitada menos de 1/6 da massa muscular total.</p><p>É determinada pela resistência geral pela força e capacidade</p><p>anaeróbica.</p><p>Flexibilidade</p><p>Capacidade que o atleta tem para executar ao longo de toda a</p><p>amplitude articular movimentos de grande amplitude por si</p><p>mesmo ou por influência auxiliar das forças externas.</p><p>Geral – consiste na amplitude moral de oscilações de</p><p>articulações especialmente nas principais articulações. ombro</p><p>anca e coluna vertebral.</p><p>Específica – consiste na amplitude necessária para a realização</p><p>de movimentos específicos de cada modalidade. Flexibilidade é</p><p>a capacidade motora de aproveitar as possibilidades de</p><p>movimentar e articular o seu corpo o mais amplo possível.</p><p>Capacidades motoras coordenativas</p><p>São essencialmente determinadas pelos processos de controlo</p><p>motor e regulação do sistema nervoso central, constituindo-se</p><p>portanto na base para a aprendizagem, execução e domínio dos</p><p>gestos técnicos. Na literatura, encontram-se divisões como:</p><p> Capacidade de associação;</p><p> Capacidade de diferenciação;</p><p>Aprendizagem Motora 69</p><p> Capacidade de equilíbrio;</p><p> Capacidade de orientação;</p><p> Capacidade de ritmo;</p><p> Capacidade de reacção;</p><p> Capacidade de alteração</p><p> Capacidade de adaptação;</p><p> Capacidade de regulação;</p><p> Capacidade respiratória;</p><p> Capacidade cardíaca;</p><p> Capacidade de aprendizado motor;</p><p> Capacidade de resistência do ar.</p><p>As capacidades</p><p>motoras podem ser</p><p>divididas em:</p><p>Capacidades</p><p>motoras</p><p>condicionais;</p><p>Capacidades</p><p>motoras</p><p>coordenativas.</p><p>Capacidade &</p><p>Habilidade</p><p>Capacidad</p><p>es motoras</p><p>condiciona</p><p>is</p><p>São capacidades</p><p>ligadas ao processo</p><p>energético e</p><p>metabólico, são</p><p>determinadas pela</p><p>obtenção e</p><p>transformação</p><p>de energia. São</p><p>Força;</p><p>Velocidade; Resistência; Flexibilidade. Agilidade Força É a capacidade que</p><p>permite reagir</p><p>contra uma</p><p>resistência através</p><p>da contração</p><p>muscular. Esta</p><p>possibilita, entre</p><p>outros esforços:</p><p>saltar, empurrar,</p><p>levantar, puxar...</p><p>O</p><p>desenvolvimento</p><p>da força pode ser:</p><p>Geral – quando</p><p>visamos o</p><p>desenvolvimento</p><p>de todos os grupos</p><p>musculares;</p><p>Específicas –</p><p>quando visamos o</p><p>desenvolvimento</p><p>de um ou vários</p><p>grupos musculares</p><p>característicos dos</p><p>gestos de cada</p><p>modalidade.</p><p>Capacidade</p><p>Ela também,</p><p>pode ser</p><p>conhecida como</p><p>velocidade,</p><p>porque para</p><p>você ter força,</p><p>precisa de</p><p>velocidade</p><p>Velocidade Resistência Capacidade de</p><p>suportar e recuperar</p><p>da fadiga psíquica e</p><p>principalmente da</p><p>física.</p><p>Geral - quando é</p><p>solicitada mais de</p><p>1/6 da massa</p><p>muscular. É</p><p>limitada pelo</p><p>sistema cárdeo</p><p>respiratório.</p><p>Local - quando é</p><p>solicitada menos</p><p>de 1/6 da massa</p><p>muscular total. É</p><p>determinada pela</p><p>resistência geral</p><p>pela força e</p><p>capacidade</p><p>anaeróbica</p><p>Flexibilidade Capacidade que</p><p>o atleta tem</p><p>para executar</p><p>ao longo de</p><p>toda a</p><p>amplitude</p><p>articular</p><p>movimentos de</p><p>grande</p><p>amplitude por si</p><p>mesmo ou por</p><p>influência</p><p>auxiliar das</p><p>Geral –</p><p>consiste na</p><p>amplitude</p><p>moral de</p><p>oscilações de</p><p>articulações</p><p>especialmente</p><p>nas principais</p><p>articulações:</p><p>ombro anca e</p><p>coluna</p><p>vertebral.</p><p>Específica</p><p>– consiste</p><p>na</p><p>amplitude</p><p>necessária</p><p>para a</p><p>realização</p><p>de</p><p>movimento</p><p>s</p><p>específicos</p><p>de cada</p><p>modalidad</p><p>e.</p><p>Flexibilida</p><p>de é a</p><p>capacidade</p><p>motora</p><p>Capacidades</p><p>motoras</p><p>coordenativas</p><p>São</p><p>essencialmente</p><p>determinadas</p><p>pelos processos de</p><p>controlo motor e</p><p>regulação do</p><p>sistema nervoso</p><p>central,</p><p>constituindo-se</p><p>portanto na base</p><p>para a</p><p>aprendizagem,</p><p>Capacidade de</p><p>associação;</p><p>Capacidade de</p><p>diferenciação</p><p>Capacidade de</p><p>equilíbrio</p><p>Capacidade de</p><p>orientação;</p><p>Capacidad</p><p>e de ritmo</p><p>Capacidade de</p><p>reacção</p><p>Capacidade de</p><p>alteração</p><p>Capacidade de</p><p>adaptação</p><p>Capacidade de</p><p>regulação;</p><p>Capacidade</p><p>respiratória;</p><p>Capacidade</p><p>cardíaca;</p><p>Capacidad</p><p>e de</p><p>aprendizad</p><p>o motor</p><p>Capacidade de</p><p>resistência do ar.</p><p>Aprendizagem Motora 70</p><p>Capacidades coordenativas</p><p>São relativas à facilidade de aprendizagem de novos e complexos</p><p>movimentos e capacidade de reestruturar a actividade motora de</p><p>acordo com as circunstâncias exteriores.</p><p>Em todas as definições é comum a associação da manifestação das</p><p>capacidades coordenativas aos contextos que fazem apelo à adaptação</p><p>das acções motoras.</p><p>Gestos coordenados e ajustados na sua em relação às referências</p><p>exteriores constituem a essência do treino técnico (Sobral, 1988).</p><p>Expressão Motora</p><p>Os primeiros anos são fundamentais e preponderantes para o</p><p>desenvolvimento de cada criança, uma vez que é durante este período</p><p>que se forma a base das suas aprendizagens futuras, nomeadamente no</p><p>que toca ao equilíbrio, à motricidade e ao controlo muscular.</p><p>A quando da entrada no primeiro ciclo é esperado que cada criança</p><p>tenha já adquirido competências que lhe permitam deslocar-se de</p><p>forma equilibrada e coordenada, manusear os objectos com acuidade e</p><p>interagir em grupo. Para tal foram estipuladas as metas de</p><p>aprendizagem para a educação pré-escolar conjunto de directrizes que</p><p>estipulam as competências mínimas a serem desenvolvidas até à</p><p>entrada no primeiro ano da escola básica, “que os habilite a</p><p>compreenderem o mundo onde estão inseridos”.</p><p>A apresentação das metas para as “Expressões” baseia-se nas</p><p>orientações Curriculares e integra as Expressões Motora, Plástica,</p><p>Musical, Dramática e acrescenta ainda a Dança enquanto intercepção</p><p>entre as expressões musicais e motoras.</p><p>As várias valências do domínio expressivo, devido à continuidade do</p><p>seu desenvolvimento nos ciclos seguintes, estão estruturadas de acordo</p><p>com os quatro pilares em que assenta o desenvolvimento das</p><p>competências em “Literacia nas Artes” no Ensino Básico e são elas a</p><p>apropriação das linguagens elementares das artes, o desenvolvimento</p><p>da capacidade de expressão e comunicação, o desenvolvimento da</p><p>criatividade e a compreensão das artes no contexto. Cada um dos</p><p>quatro pilares entrecruza-se com três subdomínios, que os</p><p>complementam e especificam:</p><p> Experimentação e criação,</p><p> Fruição e análise,</p><p> Pesquisa.</p><p>Aprendizagem Motora 71</p><p>De entre as várias metas propostas para o domínio das expressões no</p><p>jardim-de-infância, a organização da expressão motora procura que</p><p>cada criança vá desenvolvendo a sua motricidade global e fina, o seu</p><p>equilíbrio e o seu controlo muscular, a fim de a preparar para os</p><p>primeiros anos da escolarização. Nesta meta são utilizadas as</p><p>designações empregues para a Educação Físico Motora no 1º ciclo do</p><p>Ensino Básico. Esta área pode ser subdivida em três</p><p>subdomínios específicos são:</p><p> Deslocamentos e equilíbrios,</p><p> Perícia e manipulações</p><p> Jogos.</p><p>No subdomínio referente aos deslocamentos e equilíbrios pretende-se</p><p>explorar a capacidade da criança manter o seu equilíbrio ao longo de</p><p>vários trajectos que envolvam diferentes formas de se deslocar. Neste</p><p>âmbito, no final da educação pré-escolar a criança deverá:</p><p>Realizar percursos que integrem várias destrezas tais como:</p><p>Rastejar deitado dorsal e ventral, em todas as direcções,</p><p>movimentando-se com o apoio das mãos e pés;</p><p>Rolar sobre si próprio em posições diferentes, nas principais direcções</p><p>e nos dois sentidos;</p><p>Fazer cambalhotas à frente mantendo a mesma direcção durante o</p><p>enrolamento; saltar sobre obstáculos de alturas e comprimentos</p><p>variados;</p><p>Saltar de um plano superior com ressecção equilibrada.</p><p>De entre as várias actividades que podem ir sendo realizadas, de forma</p><p>lúdica, para estimular as várias metas, salientam-se:</p><p> Jogo da mamã da licença. Um dos elementos assume o papel</p><p>de “mamã” e dá indicações aos demais sobre formas de se</p><p>deslocarem até si (utilizando os passas supra citados);</p><p> Exercícios de ginásticos realizados de forma controlada;</p><p> Jogos de obstáculos nos quais as crianças tenham que realizar</p><p>vários tipos de passos para se deslocarem;</p><p> Músicas mimicadas que permitam explorar vários</p><p>movimentos;</p><p> Jogos de imitação de animais (a título de exemplo “rastejar</p><p>como uma minhoca”, “enrolar como o caracol”, “saltar como</p><p>o canguru”).</p><p>No subdomínio referente à perícia e manipulações pretende-se</p><p>estimular a motricidade fina e a destreza manual e pedal. Neste</p><p>âmbito, no final da educação pré-escolar a criança deverá:</p><p> Lançar uma bola em distância com a mão “melhor” e com as</p><p>duas mãos, para além de uma marca;</p><p> Lançar para cima (no plano vertical) uma bola (grande) e</p><p>recebê-la com as duas mãos acima da cabeça e perto do solo;</p><p>Aprendizagem Motora 72</p><p> Pontapear uma bola em precisão a um alvo, com um e outro</p><p>pé, mantendo o equilíbrio;</p><p> Receber a bola com as duas mãos, após lançamento à parede,</p><p>evitando que caia ou toque outra parte do corpo.</p><p>De entre as várias actividades que podem ir sendo realizadas, de forma</p><p>lúdica, para estimular as várias metas, salientam-se:</p><p> Jogos de alvo nos quais seja pedido que a criança acerte em</p><p>objectos com bolas de trapo ou de areia antialérgica (pode</p><p>recorrer-se a bolas com diferentes pesos mas sempre sem que</p><p>impliquem esforço para a criança);</p><p> Jogos de andebol para ou em grande grupo. Estes podem ser</p><p>acompanhados com cantigas ou com outras actividades (“vou</p><p>atirar uma bola e quem apanhar tem que dizer a sua cor</p><p>preferida/o que fez no fim de semana”);</p><p> Jogos de grupo em que por equipa têm de ser realizadas as</p><p>tarefas supracitadas;</p><p> Caminhar sobre uma trave com cerca de 30cms de largura;</p><p> Jogo da “macaca”.</p><p>No subdomínio referente aos jogos pretende-se estimular a capacidade</p><p>de seguir regras e o respeito pelos vários jogadores. Neste âmbito, no</p><p>final da educação pré-escolar a criança deverá:</p><p> Praticar jogos infantis, cumprindo as suas regras,</p><p>seleccionando e realizando com intencionalidade e</p><p>oportunidade as acções características desses jogos,</p><p>designadamente: posições de equilíbrio; deslocamentos em</p><p>corrida; combinações de apoios variados; lançamentos de</p><p>precisão de uma bola; pontapés de precisão.</p><p>De entre as várias actividades que podem ir sendo realizadas, de forma</p><p>lúdica, para estimular as várias metas, salientam-se:</p><p> Jogo macaquinho do Chinês. É pedido às crianças que vão de</p><p>uma parede à outra e sempre que a que está a contar se vira</p><p>todos têm que parar;</p><p> Jogos de estafetas em que as crianças têm que passar por</p><p>arcos, rastejarem;</p><p> Actividades por pistas nas quais seja pedido que as crianças</p><p>sigam à risca as várias indicações para chegarem à meta/ao</p><p>objectivo final;</p><p> Pintura e desenho em grupo. As crianças têm que fazer um</p><p>desenho comum, partilhando os vários materiais entre si;</p><p>Aprendizagem Motora 73</p><p> Actividades de tabuleiro nas quais as crianças tenham que</p><p>seguir as regras do jogo;</p><p> Jogos de pepi-paper.</p><p>Descontracção é a qualidade física compreendida como um fenómeno</p><p>neuromuscular resultante de uma redução de tensão na musculatura</p><p>esquelética.</p><p>Ritmo é a qualidade explicada por um encadeamento de tempo, um</p><p>encadeamento dinâmico energético de tensão e de repouso, enfim uma</p><p>variação regular com repetições periódicas.</p><p>Fadiga</p><p>A fadiga não é uma doença propriamente dita, mas quase sempre o</p><p>sintoma de uma doença ou um distúrbio subjacente.</p><p>A fadiga passageira afecta todas as pessoas em algum determinado</p><p>momento da vida, como após uma noite mal dormida, ou após um</p><p>trabalho muito intenso. Determinadas pessoas também sentem-se</p><p>muito cansadas quando não dormiram o suficiente, é neste último caso</p><p>que falamos em fadiga.</p><p>Estas pessoas afectadas pela fadiga devem consultar um médico que</p><p>irá procurar a causa e ajudará a tratar esta doença.</p><p>Falamos em fadiga crónica quando esta durar mais de 6 meses, não</p><p>tem nenhuma doença orgânica definida e apresenta sintomas físicos.</p><p>Existem muitas causas possíveis para a fadiga, como:</p><p> Anemia (incluindo anemia por carência de ferro)</p><p> Depressão ou tristeza</p><p> Medicamentos sedativos ou antidepressivos</p><p> Dor persistente</p><p> Distúrbios do sono como insónia, apneia obstrutiva do sono ou</p><p>narcolepsia</p><p> Hipotireoidismo ou hipertireoidismo</p><p> Uso de álcool ou drogas como cocaína ou narcóticos,</p><p>principalmente com o uso regular</p><p>A fadiga também pode ocorrer nas seguintes doenças:</p><p>http://www.minhavida.com.br/saude/temas/anemia</p><p>http://www.minhavida.com.br/saude/temas/depressao</p><p>http://www.minhavida.com.br/temas/Dist%C3%BArbios-do-sono</p><p>http://www.minhavida.com.br/temas/apneia-obstrutiva-do-sono</p><p>Aprendizagem Motora 74</p><p> Doença de Addison</p><p> Anorexia ou outros distúrbios alimentares</p><p> Artrite, incluindo artrite reumatóide juvenil</p><p> Doenças auto-imunes, como lúpus eritematoso sistémico</p><p> Câncer</p><p> Insuficiência cardíaca congestiva</p><p> Diabetes</p><p> Fibromialgia</p><p> Infecção, especialmente se for de recuperação ou tratamento</p><p>lentos, como endocardite bacteriana (infecção dos músculos</p><p>ou válvulas do coração), infecções parasitárias, AIDS</p><p>tuberculose e mononucleose</p><p> Doença renal</p><p> Doença hepática</p><p> Desnutrição</p><p>Certos medicamentos também podem causar sonolência ou fadiga,</p><p>incluindo anti-histamínicos para alergias, medicamentos para pressão</p><p>arterial, comprimidos para dormir, esteroides e diuréticos. A</p><p>Síndrome da fadiga crónica (SFC) é uma doença que começa com</p><p>sintomas similares aos da gripe e dura 6 meses ou mais. Ela é</p><p>diagnosticada depois que todas as demais causas são descartadas. A</p><p>maioria das pessoas com SFC não melhora muito com o repouso.</p><p>As crianças na fase pré-escolar tendem a desenvolver-se mais no</p><p>aspecto motor o comportamento, já que o convívio com a escola e os</p><p>professores proporciona um estímulo maior para esse</p><p>desenvolvimento. De acordo com Haywood e Getchell (2004) o</p><p>desenvolvimento do comportamento motor abrange uma ampla esfera</p><p>de tópicos relacionados ao próprio físico e as capacidades de</p><p>movimento. Também diz respeito a indivíduos de qualquer idade, do</p><p>nascimento até a morte. É importante ressaltar que o desenvolvimento</p><p>do comportamento motor na criança de três a seis anos é diferente</p><p>entre si, dependendo do grau de maturidade de cada criança. Para</p><p>Teeple (1978), maturação física é o avanço qualitativo na constituição</p><p>biológica e pode referir-se à célula, ao órgão ou avanço do sistema em</p><p>http://www.minhavida.com.br/saude/temas/anorexia</p><p>http://www.minhavida.com.br/saude/temas/lupus</p><p>http://www.minhavida.com.br/saude/temas/cancer</p><p>http://www.minhavida.com.br/temas/Insufici%C3%AAncia-card%C3%ADaca-congestiva</p><p>http://www.minhavida.com.br/saude/temas/diabetes</p><p>http://www.minhavida.com.br/saude/temas/fibromialgia</p><p>http://www.minhavida.com.br/saude/temas/aids</p><p>http://www.minhavida.com.br/saude/temas/tuberculose</p><p>http://www.minhavida.com.br/saude/temas/mononucleose</p><p>http://www.minhavida.com.br/saude/temas/desnutricao</p><p>http://www.minhavida.com.br/saude/temas/sindrome-da-fadiga-cronica</p><p>Aprendizagem Motora 75</p><p>composição bioquímica, em vez de somente ao tamanho. É na fase</p><p>pré-escolar que a criança de três a seis anos irá demonstrar suas</p><p>aptidões e interesses para determinadas práticas desportivas e</p><p>recreativas. Segundo Newell (1986) os movimentos surgem da</p><p>interacção do individuo com o ambiente no qual, os movimentos</p><p>ocorrem e com a tarefa a ser executada. Se qualquer desses três</p><p>factores muda, o movimento resultante muda. A criança de três a seis</p><p>anos possui um crescimento lento, porém seu desenvolvimento motor</p><p>é constante e está relacionado à sua idade, já que o desenvolvimento</p><p>motor é diferente para cada idade. Para Haywood e Getchell (2004) o</p><p>desenvolvimento está relacionado à idade, ele pode ser mais rápido ou</p><p>mais lento em diferentes períodos. O desenvolvimento motor é de</p><p>extrema importância, pois o não desenvolvimento na fase pré-escolar</p><p>acarreta sérios problemas à vida adulta do indivíduo.</p><p>Aprendizagem Motora</p><p>E um conjunto de processos internos e externos associados com</p><p>a prática ou experiência conduzindo a um ganho</p><p>relativamente permanente na capacidade de desempenho do individuo.</p><p>É uma mudança no estado interno do indivíduo, a qual é inferida de</p><p>uma melhora, relativamente permanente no desempenho como</p><p>resultado dar ática.</p><p>Como seres vivos, estamos sujeitos a constantes mudanças sejam elas</p><p>internas ou externas, pertinente a essa ideia estamos inseridos num</p><p>contínuo processo de aprendizagem.</p><p>Para Palafox (2009) a aprendizagem ocorre da interacção entre aluno</p><p>e professor, ela é objecto central do processo, e depende da estrutura</p><p>ou do ambiente. Segundo ele para a sua compreensão, ela acontece</p><p>numa perspectiva desenvolvimentista e a sua classificação é da</p><p>seguinte forma: cognitiva, afectiva e motora.</p><p>Segundo Vila (2009), existem tipos diferenciados de aprendizagem e</p><p>que os sujeitos aprendem de maneira diferente, considerando que cada</p><p>indivíduo é único.</p><p>Neste estudo focaremos a atenção na parte motora, sua aprendizagem,</p><p>conceitos e especificidades quanto aos deficientes auditivos ou surdos.</p><p>Aprendizagem motora</p><p>Pellegrine (2000) diz que a aprendizagem motora é uma melhora</p><p>significativa no desempenho, tem sua inferência na capacidade do</p><p>indivíduo executar uma determinada tarefa, melhora essa que ocorre</p><p>em função da prática.</p><p>Aprendizagem Motora 76</p><p>A maioria dos autores relatam que a aprendizagem motora como a</p><p>associação de um conjunto de processos com a experiência, entenda-se</p><p>experiência como uma prática que conduz a mudanças significantes na</p><p>execução do desempenho da habilidade.</p><p>Segundo Cidade et al (sd) define aprendizagem motora, enfatizando os</p><p>seguintes aspectos:</p><p> A aprendizagem resulta da prática ou da experiência;</p><p> A aprendizagem não é directamente observável;</p><p> As mudanças na aprendizagem são observadas nas mudanças</p><p>na performance;</p><p> A aprendizagem envolve um conjunto de processos no sistema</p><p>nervoso central;</p><p> A aprendizagem produz uma capacidade adquirida para a</p><p>performance;</p><p> As mudanças na aprendizagem são relativamente</p><p>permanentes. A aprendizagem motora, portanto, dá-se por</p><p>meio de uma combinação complexa de processos cognitivos e</p><p>motores.</p><p>Para Martins & Ivanov (2009) é através da interacção do indivíduo</p><p>com o meio ambiente que são desenvolvidas as modalidades</p><p>sensoriais.</p><p>Para trabalhar com indivíduos portadores de necessidades especiais, é</p><p>preciso ter o conhecimento necessário para lidar com os desafios e</p><p>esforços que esses grupos apresentam. Será abordada a deficiência</p><p>auditiva, como instrumento de estudo, e como o aprendizado motor</p><p>ocorre nessas situações.</p><p>O aprofundamento acerca da aprendizagem motora para portadores de</p><p>deficiência auditiva é preciso que se tenha o conhecimento de seus</p><p>conceitos, classificações e implicações.</p><p>Desenvolvimento motor da criança (dos 0 aos 24 meses)</p><p>Principais etapas do desenvolvimento motor do bebé desde o</p><p>nascimento até aos 24 meses.</p><p>Consideram-se três grandes áreas de desenvolvimento infantil:</p><p> Motor;</p><p> Cognitivo;</p><p> Emocional.</p><p>Estas três grandes áreas de desenvolvimento interligam-se,</p><p>influenciam-se e acontecem simultaneamente. Contudo, em</p><p>determinados momentos, uma área pode ter mais protagonismo do que</p><p>Aprendizagem Motora 77</p><p>as outras, sem deixar de coabitar, a toda a hora, de noite ou de dia. E,</p><p>em cada uma delas, pais, bebé e genética têm o seu papel.</p><p> Desenvolvimento físico ou motor;</p><p> Desenvolvimento psicológico ou cognitivo;</p><p> Desenvolvimento social ou emocional.</p><p>O desenvolvimento motor decorre, maioritariamente, no primeiro ano</p><p>de vida e acontece de forma sequencial. Cada competência</p><p>ou</p><p>capacidade adquirida precede e é fundamental para a aquisição da</p><p>próxima, ou exploração de uma nova área do desenvolvimento. Ser</p><p>capaz de ver, antecede o desenvolvimento do sentido de perspectiva</p><p>ou profundidade.</p><p>Um bebé que nasce saudável já nasce com os sentidos prontos,</p><p>contudo ainda não completamente desenvolvidos. Eles são parte da</p><p>caixa de ferramentas da sobrevivência.</p><p>O mundo exterior é adverso e o nascimento, um choque. Da protecção</p><p>do interior da barriga da mãe sai para uma explosão sensorial!</p><p>À medida que o bebé cresce e desenvolve a sua musculatura, vai</p><p>ganhando controlo sobre o próprio corpo, passando de gestos bruscos</p><p>a movimentos refinados, controlados e com uma determinada</p><p>intenção. Grande parte deste processo de maturação acontece nos</p><p>primeiros 6 meses de vida. O bebé tem proporções diferentes das de</p><p>um adulto. As dimensões da cabeça, tronco e membros têm uma</p><p>proporção própria onde a cabeça é maior do que os braços e os braços</p><p>e pernas mais pequenos do que o tronco.</p><p>O desenvolvimento físico dos aparelhos sensorial e motor são</p><p>importantes para que comece a explorar o mundo e as suas gradações,</p><p>guiado pelo seu instinto natural de curiosidade e interesse em explorar</p><p>tudo o que o rodeia.</p><p>Desenvolvimento motor dos 0 aos 24 meses:</p><p>Recém-nascido</p><p> Vê bem mas só tem um alcance de 15 a 20 cm. Esta é a</p><p>distância entre o peito e a cara da mãe.</p><p> Não consegue focar. Olhe directamente para ele e entre no seu</p><p>campo de visão.</p><p> Tem o sentido do olfacto completamente desenvolvido.</p><p> Tem paladar.</p><p> Ouve desde os 5 meses de gestação. É possível avaliar a sua</p><p>reacção aos sons com testes simples e estimulação adequados.</p><p>A avaliação da sua capacidade auditiva é mais correta se for</p><p>feita quando a criança já fala.</p><p> Ainda não tem controlo da cabeça, embora já seja capaz de</p><p>mexer os braços, gesticulando-os e esticando-os.</p><p>1 Mês</p><p>http://www.maemequer.pt/desenvolvimento-infantil/fases-desenvolvimento/desenvolvimento-cognitivo</p><p>http://www.maemequer.pt/desenvolvimento-infantil/fases-desenvolvimento/desenvolvimento-emocional</p><p>Aprendizagem Motora 78</p><p> É capaz de focar objectos a 25 cm de distância.</p><p> Já não tem a persistência do reflexo de preensão, isto é, já não</p><p>encerra os punhos quando é estimulado na palma da mão.</p><p> Toda a musculatura está mais forte, por isso vai notar mais</p><p>controlo no posicionamento da cabeça e capacidade de</p><p>movimentação, mas ainda descai a cabeça para traz.</p><p> Distingue entre o claro e o escuro, mas não as cores.</p><p>2 Meses</p><p> É capaz de levantar a cabeça sozinho durante mais tempo,</p><p>quando deitado de barriga para baixo. Se o segurar sentado, o</p><p>bebé já consegue manter a cabeça direita por algum tempo.</p><p> Já segura em brinquedos.</p><p>3 Meses</p><p> Se o deitar de barriga para baixo, já é capaz de usar os braços</p><p>para se suportar e levantar totalmente a cabeça.</p><p> Começa a puxar para se sentar, com a cabeça alinhada com o</p><p>corpo.</p><p>4 Meses</p><p> Consegue sentar-se se devidamente apoiado.</p><p> Tem controlo completo sobre a cabeça e usa-o para explorar o</p><p>mundo à sua volta, olhando para ambos os lados.</p><p> Deitado de costas, levanta a cabeça durante vários segundos;</p><p>deitado de barriga para baixo começa a elevar-se com apoio</p><p>das mãos e dos braços e vira a cabeça.</p><p> Já rebola e volta.</p><p> O controlo das mãos é mais fino, sendo capaz de segurar num</p><p>brinquedo.</p><p>5 Meses</p><p> Tem cada vez mais força nos membros.</p><p>6 Meses</p><p> Utiliza os membros para se movimentar, rolando para trás e para</p><p>frente.</p><p> Suporta grande parte do seu peso nos membros superiores e</p><p>inferiores.</p><p> Senta-se direito, sem apoio.</p><p> Consegue alcançar e agarrar o que quer ou a posicionar-se no</p><p>chão para brincar.</p><p> Transfere objectos de uma mão para a outra.</p><p>Aprendizagem Motora 79</p><p> A visão e a coordenação olho/mão encontram-se próximas da do</p><p>adulto.</p><p>8 Meses</p><p> Tem mais força muscular e controlo sobre os seus movimentos,</p><p>que usa para explorar e satisfazer a curiosidade pelo mundo, que</p><p>é mais predominante nesta fase.</p><p> É capaz de se sentar sem apoio e de se movimentar para testar o</p><p>equilíbrio.</p><p>10 Meses</p><p> Senta-se sem ajuda e por iniciativa própria.</p><p> Domina alguns movimentos finos, como a pinça com os dedos e</p><p>o polegar.</p><p> Consegue gatinhar e andar agarrado às coisas. Nem todos os</p><p>bebés gatinham, o que não significa que não tenham a capacidade</p><p>de o fazer.</p><p>12 Meses</p><p> Caminha, agarrado, de mão dada ou independentemente… esta é</p><p>uma etapa com muita variação.</p><p> Consegue escolher, segurar, pôr ou tirar brinquedos de uma caixa.</p><p> Rabisca.</p><p>14 Meses</p><p> Pode começar a dar os primeiros passos e andar por curtas</p><p>distâncias. Nesta altura, andar, começa a ser uma tarefa que faz</p><p>com mais segurança e que está praticamente estabelecida.</p><p> Ainda precisa de apoio para se levantar.</p><p> Dependendo do seu contacto com livros, já consegue virar as</p><p>páginas.</p><p>16 Meses</p><p> É um caminhante! Já se senta e levanta, quando quer. A</p><p>exploração do mundo ganha uma nova perspectiva.</p><p> Já sobe escadas com o mesmo pé.</p><p>18 Meses</p><p> À medida que o equilíbrio se estabelece, começa a correr, a andar</p><p>para traz e a saltar, mas ainda o faz com os dois pés.</p><p>24 Meses</p><p>Aprendizagem Motora 80</p><p> Sobe escadas sem ajuda.</p><p> Consegue interagir com uma bola usando os pés e as mãos.</p><p> Anda como um adulto, mudando de direcção, correndo. Já</p><p>consegue parar de repente.</p><p>Desenvolvimento motor</p><p>Segundo Gallahue e Ozmun (2003, p.03), “o desenvolvimento</p><p>motor é a continua alteração no comportamento ao longo do</p><p>ciclo da vida, realizado pela interacção entre as necessidades da</p><p>tarefa, a biologia do individuo e as condições do ambiente”.</p><p>É o estudo do comportamento motor em pessoas normais ou não,</p><p>abrangendo diferentes faixas etárias, onde estabelece conceitos</p><p>básicos que fundamente a sua acção pedagógica. (PALAFOX,</p><p>2009, p.03).</p><p>Deficiência auditiva ou surdez</p><p>Conforme Margall et al (2006), apud Instituto Brasileiro de</p><p>Geografia e Estatística (IBGE, 2009), relata que no último senso</p><p>realizado no ano de 2000 o número de deficientes físicos é de</p><p>aproximadamente 14,5% da população dando um total de 25</p><p>milhões de pessoas, sendo que deste total 5,7 milhões são de</p><p>surdos e que 70% destes são causadas pela rubéola contraída da</p><p>mãe nos primeiros três meses de gestação.</p><p>A audição se faz perceber os sons, através de mecanismos pré-</p><p>estabelecidos. O processo normal é iniciado com a captação das</p><p>ondas sonoras pela estrutura denominada orelha externa,</p><p>prosseguindo pela condução até a orelha média. “Ao chegar à</p><p>orelha interna, as ondas sonoras são transformadas em impulsos</p><p>eléctricos, que são enviados ao cérebro. No cérebro se dá a</p><p>decodificação dos sons, o que caracteriza a audição</p><p>propriamente dita” (FILHA, 2005, p.03).</p><p>Para Teixeira (2009), a deficiência auditiva é considerada</p><p>genericamente como a diferença existente entre a performance</p><p>do indivíduo e a habilidade normal para a detecção sonora de</p><p>acordo com padrões estabelecidos pela American National</p><p>Standards Institute (ANSI - 1989).</p><p>Já Souza (2006), apud Northern & Downs (1991) afirma que na</p><p>criança, a perda auditiva seria relacionada a qualquer grau de</p><p>audição que reduza a inteligibilidade de uma mensagem de fala a</p><p>Aprendizagem Motora 81</p><p>um grau inadequado que não permite interpretar ou aprender de</p><p>forma adequada.</p><p>Com relação a sua classificação, de acordo com Souza (2006)</p><p>apud Russo e Santos (1994), “as deficiências auditivas podem</p><p>ser classificadas basicamente de duas maneiras: quanto à</p><p>localização da alteração no ouvido e quanto ao grau de</p><p>comprometimento.</p><p>A classificação da deficiência auditiva quanto à localização da</p><p>alteração no ouvido pode ser subdividida em quatro tipos:</p><p>condutiva, neurossensorial, mista e central.</p><p>A deficiência auditiva condutiva se caracteriza quando há</p><p>interferência na transmissão do som no conduto auditivo</p><p>externo</p><p>e ouvido médio para o ouvido interno. (SOUZA, 2006, p.13).</p><p>“A orelha interna tem capacidade de funcionamento normal,</p><p>mas não é estimulada pela vibração sonora. Esta estimulação</p><p>poderá ocorrer com o aumento da intensidade do estímulo</p><p>sonoro.” (TEIXEIRA, 2009).</p><p>O segundo tipo de deficiência auditiva é a sensório-neural ou</p><p>neurossensorial, que ocorre quando o som fica impossível de ser</p><p>recebido, devido a uma lesão das células ciliadas da cóclea ou do</p><p>nervo auditivo. (TEIXEIRA, 2009).</p><p>A deficiência auditiva mista, segundo Souza (2006, p. 14) ocorre</p><p>quando há um componente condutivo associado a um</p><p>neurossensorial..</p><p>Por fim, há também a deficiência auditiva central, que segundo</p><p>Teixeira (2009), decorre de alterações nos mecanismos de</p><p>processamento da informação sonora no tronco cerebral</p><p>(Sistema Nervoso Central) até as regiões subcorticais e córtex</p><p>cerebral.</p><p>Com relação ao grau de comprometimento, encontramos</p><p>algumas divergências com relação aos valores e faixas audíveis,</p><p>nesse sentido, por questão de confiança adoptamos os dados</p><p>referentes ao estudo de Souza (2006).</p><p>Aprendizagem Motora 82</p><p>“Considerando que o nível de audição normal de uma criança</p><p>varia de 0 a 15dBNA (nível de audição), as alterações auditivas</p><p>podem obter a seguinte classificação:</p><p> Perda auditiva leve, quando o limiar tonal está entre 15 e</p><p>30 dBNA;</p><p> Perda auditiva moderada, quando o limiar tonal está</p><p>entre 31 e 60 Dbna;</p><p> Perda auditiva severa, quando o limiar tonal está entre</p><p>61 e 90 dBNA e perda auditiva profunda, maior que 91</p><p>Dbna”.(SOUZA, 2006 apud NORTHEN E DOWNS,</p><p>1991).</p><p>Especificidades</p><p>O deficiente auditivo necessita de certas habilidades para se</p><p>adaptar na sociedade, e consequentemente desenvolver-se da</p><p>melhor forma possível.</p><p>Para Palma (SD) uma dessas habilidades é a comunicação, ele a</p><p>define como:</p><p>Um processo complexo onde estão interligados diferentes</p><p>elementos, culminando na troca mútua e num inter-</p><p>relacionamento entre as pessoas, comunicando-se a todo</p><p>instante, através de uma complexidade de factores presentes em</p><p>cada momento, que buscam a interacção e a troca mútua de</p><p>conhecimentos, de informações, de emoções, além de ser uma</p><p>necessidade fundamental do ser humano.</p><p>Rector & Trinta (1990, p.21), fala que:</p><p>“O homem é um ser em movimento e, ao mover-se, põe em</p><p>funcionamento formas de expressão completas e complexas, que</p><p>são, de resto, socialmente partilhadas”. e é desta forma que " o</p><p>corpo, pois comunica, e esta comunicação confunde-se com a</p><p>própria vida. É ela uma necessidade básica da pessoa humana.,</p><p>do homem social.”</p><p>Tendo-se como seqüência mais apropriada para a atenção na</p><p>aprendizagem são as orientações verbais e a demonstração.</p><p>(Tonello, 1998 p.01, apud NEWELL, 1981)</p><p>Durante as instruções verbais Tonello (1998) diz que:</p><p>Aprendizagem Motora 83</p><p>O professor deve suplementar com a demonstração (modelo),</p><p>vídeo teipe, filme ou fotografia da acção a ser aprendida. É</p><p>preciso também que o professor dirija a atenção do aluno aos</p><p>aspectos importantes da “performance” que observa. Esse autor</p><p>indica ainda que se deva alternar curtos períodos de prática com</p><p>demonstrações, permitindo descanso enquanto nova informação</p><p>é enfatizada a partir do modelo. A demonstração facilita a</p><p>instrução, pois dizer simplesmente “faça isso” e em seguida</p><p>demonstrar, minimiza instruções complexas. Assim, o motivo</p><p>principal do emprego da demonstração é a transmissão de</p><p>informações acerca da meta a ser atingida na acção. A</p><p>demonstração mostra particularidades úteis para a aprendizagem</p><p>de uma habilidade, reduzindo dessa forma a incerteza sobre</p><p>como deve ser realizada.</p><p>Outra especificidade importante no processo de ensino</p><p>aprendizagem do desenvolvimento de habilidades motoras é a</p><p>informação visual. (TONELLLO, 1998)</p><p>O poder da constituição da imagem conforme Reily (2003) é de</p><p>importante compreensão para o professor de Educação Física,</p><p>pois a aprendizagem do aluno surdo será predominantemente</p><p>visual. Fundamental para que o surdo possa compreender e</p><p>apreender sobre o que está sendo ensinados, os recursos visuais</p><p>promove uma maior conexão no processo ensino-aprendizagem</p><p>motora, entre o conteúdo, o aluno e o professor. (PASETTO,</p><p>2004)</p><p>O desenvolvimento motor em pessoas surdas geralmente está</p><p>nos padrões da normalidade, já que a surdez afecta apenas o</p><p>aparelho auditivo, então poucas ou quase não há restrições</p><p>quanto à prática de actividades física, a não ser que seja</p><p>acompanhada de algum comprometimento ou deficiência.</p><p>Respeitando os requisitos iguais de pessoas sem deficiência</p><p>Filha (2005, p.03) afirma que:</p><p>As actividades aeróbicas são muito importantes, pois as pessoas</p><p>que não se utilizam da fala costumam ter uma respiração “curta”,</p><p>isto é, não enchem completamente os pulmões deixando, com</p><p>isto, de expandir a caixa torácica e de exercitar os músculos</p><p>envolvidos na respiração. Assim sendo, além de todos os</p><p>benefícios cardiovasculares já conhecidos, no caso dos surdos,</p><p>Aprendizagem Motora 84</p><p>as actividades aeróbicas também podem contribuir,</p><p>indirectamente, para o aprendizado da emissão de sons da fala.</p><p>O acréscimo de habilidades motoras se da como um processo</p><p>contínuo, através da flexibilização e da reorganização das</p><p>estruturas, ocorrendo uma adaptação a novas situações que</p><p>surgem diante do erro, da instabilidade e da incerteza</p><p>constituindo-se numa característica positiva. (JUNIOR. 2005,</p><p>p.19).</p><p>Controle motor é a capacidade de regular ou orientar os</p><p>mecanismos essenciais para o movimento</p><p>Hierarquia do Controle Motor</p><p>O nível mais alto está envolvida com a estratégia: afinalidade e a</p><p>estratégia do movimento que melhoratinge a meta. O nível</p><p>Intermediário, está relacionado com atática: as seqüências de</p><p>contrações musculares,arranjadas no espaço e no tempo,</p><p>necessárias paraativar, de forma suave e acurada, a meta</p><p>estratégica. O nível mais baixo, guarda relação com a</p><p>execução:ativação do neurônio motor e de conjuntos</p><p>deinterneurônios (neurônios de associação) que geramo</p><p>movimento direcionado à meta e faz qualquerajuste postural que</p><p>seja necessário.</p><p>+AprendizagemMotoraÉ uma série de processosassociados à</p><p>prática ou àuma experiência, que levammudanças</p><p>relativamentepermanentes na capacidadede produzir uma ação</p><p>hábil.</p><p>+•Formas Aprendizagem Motora não Associativas de</p><p>Aprendizagem; •Ocorre quando se gera um único estímulo</p><p>repeditamente..•Formas Associativas de Aprendizagem; •Ocorre</p><p>quando se associa diferentes estímulos.•Condicionamento</p><p>Clássico; •Ocorre quando se associa um estímulo fraco a um</p><p>estímulo forte.•Condicionamento Operante; •Ocorre por</p><p>tentativa e erro, recompensado ou não.•Aprendizagem</p><p>Processual; •Refere-se as atividades que não dependem do</p><p>pensamento consciente;• Aprendizagem Declarativa; •Refere-</p><p>seas atividades que dependem do pensamento consciente;</p><p>Tomada de decisão</p><p>Aprendizagem Motora 85</p><p>Investigar o que pensam, como analisa as situações, como</p><p>julgam as acções que surgem nos acontecimentos de jogos, o que</p><p>os preocupa ou como se percebem em situações de tomada de</p><p>decisão, são assuntos que vem preocupando cientistas de jogos</p><p>nas últimas décadas (BAKKER et al, 1992; TENEMBAUM e</p><p>BAR-ELI, 1992 apud GASPAR et al 2005). Torna-se assim,</p><p>segundo Sá, Romero e Gomes (2007), no jogo os conhecimentos</p><p>dos processos cognitivos como a tomada de decisão.</p><p>Mac Crimmon e Taylor (2005 apud SÁ, ROMERO e GOMES,</p><p>2007) consideram a tomada de decisão como um processo de</p><p>pensamento e acção que resulta no comportamento da escolha.</p><p>Apoiado na afirmação, Aburachid (2009) cita que o praticante</p><p>toma a decisão baseado nas habilidades e nos movimentos que</p><p>devem ser tomados para que uma acção possa ser concretizada.</p><p>Segundo Rezende e Valdés (2004) mais do que executar</p><p>determinados movimentos, exige-se que o praticante</p><p>correlacione uma série</p><p>falar de uma forma geral da Aprendizagem Motora, seu campo de estudo.</p><p>Aprendizagem Motora 6</p><p>Como está estruturado este</p><p>módulo</p><p>Todos os módulos dos cursos produzidos por CED - UCM encontram-</p><p>se estruturados da seguinte maneira:</p><p>Páginas introdutórias</p><p> Um índice completo.</p><p> Uma visão geral detalhada do curso / módulo, resumindo os</p><p>aspectos-chave que você precisa conhecer para completar o estudo.</p><p>Recomendamos vivamente que leia esta secção com atenção antes de</p><p>começar o seu estudo.</p><p>Conteúdo do curso / módulo</p><p>O curso está estruturado em unidades. Cada unidade incluirá uma</p><p>introdução, objectivos da unidade, conteúdo da unidade incluindo</p><p>actividades de aprendizagem, e uma ou mais actividades para auto-</p><p>avaliação.</p><p>Outros recursos</p><p>Para quem esteja interessado em aprender mais, apresentamos uma</p><p>lista de recursos adicionais para você explorar. Estes recursos podem</p><p>incluir livros, artigos ou sites na internet.</p><p>Tarefas de avaliação e/ou Auto-avaliação</p><p>Tarefas de avaliação para este módulo encontram-se no final de cada</p><p>unidade. Sempre que necessário, dão-se folhas individuais para</p><p>desenvolver as tarefas, assim como instruções para as completar. Estes</p><p>elementos encontram-se no final do módulo.</p><p>Comentários e sugestões</p><p>Esta é a sua oportunidade para nos dar sugestões e fazer comentários</p><p>sobre a estrutura e o conteúdo do curso / módulo. Os seus comentários</p><p>serão úteis para nos ajudar a avaliar e melhorar este curso / módulo.</p><p>Ícones de actividade</p><p>Ao longo deste manual irá encontrar uma série de ícones nas margens</p><p>das folhas. Estes ícones servem para identificar diferentes partes do</p><p>processo de aprendizagem. Podem indicar uma parcela específica de</p><p>texto, uma nova actividade ou tarefa, uma mudança de actividade, etc.</p><p>Aprendizagem Motora 7</p><p>Habilidades de estudo</p><p>Caro Estudante, antes de mais o ensino à distância requer</p><p>de ti uma grande responsabilidade, ou seja, é necessário que</p><p>tenhas interesse em estudar, porque o teu estudo é ‘auto-</p><p>didáctico’. Entretanto, vezes há em que te acharás possuidor de</p><p>muito tempo, enquanto, na verdade, é preciso saber geri-lo para</p><p>que tenhas em tempo útil as fichas informativas lidas e os</p><p>exercícios do módulo resolvidos, evitando que os entregues fora</p><p>de tempo exigido.</p><p>Precisa de apoio?</p><p>Há exercícios que o caro estudante não poderá resolver sozinho, neste</p><p>caso contacte o tutor, via telefone, escreva uma carta participando a</p><p>situação e se estiver próximo do tutor, contacte-o pessoalmente.</p><p>Os tutores têm por obrigação, monitorar a sua aprendizagem, dai o</p><p>estudante ter a oportunidade de interagir objectivamente com o tutor,</p><p>usando para o efeito os mecanismos apresentados acima.</p><p>Todos os tutores têm por obrigação facilitar a interação, em caso de</p><p>problemas específicos ele deve ser o primeiro a ser contactado, numa</p><p>fase posterior contacte o coordenador do curso e se o problema for de</p><p>natureza geral, contacte a direcção do CED, pelo número 825018440.</p><p>As sessões presenciais são um momento em que você caro estudante,</p><p>tem a oportunidade de interagir com todo o staff do CED, neste</p><p>período pode apresentar dúvidas, tratar questões administrativas, entre</p><p>outras.</p><p>O estudo em grupo, com os colegas é uma forma a ter em conta,</p><p>busque apoio com os colegas, discutam juntos, apoiem-me</p><p>mutuamente, reflitam sobre estratégias de superação, mas produza de</p><p>forma independente o seu próprio saber e desenvolva suas</p><p>competências</p><p>Tarefas (avaliação e auto-</p><p>avaliação)</p><p>O estudante deve realizar todas as tarefas (exercícios, actividades e</p><p>auto-avaliação), contudo nem todas deverão ser entregues, mas é</p><p>importante que sejam realizadas. As tarefas devem ser entregues antes</p><p>do período presencial.</p><p>Para cada tarefa serão estabelecidos prazos de entrega, e o não</p><p>cumprimento dos prazos de entrega, implica a não classificação do</p><p>estudante.</p><p>Os trabalhos devem ser entregues ao CED e os mesmos devem ser</p><p>dirigidos aos tutores/docentes da cadeira em questão.</p><p>Aprendizagem Motora 8</p><p>Podem ser utilizadas diferentes fontes e materiais de pesquisa, contudo</p><p>os mesmos devem ser devidamente referenciados, respeitando os</p><p>direitos do autor.</p><p>O plágio deve ser evitado. A avaliação da cadeira será controlada da</p><p>seguinte maneira:</p><p>Avaliação</p><p>Os exames são realizados no final da cadeira e os trabalhos marcados</p><p>em cada sessão têm peso de uma avaliação, o que adicionado os dois</p><p>pode-se determinar a nota final com a qual o estudante conclui a</p><p>cadeira.</p><p>A nota de 10 (dez) valores é a nota mínima de conclusão da cadeira.</p><p>Nesta cadeira o estudante deverá realizar: 3 (três) trabalhos; 2 (dois)</p><p>testes e 1 (exame).</p><p>Aprendizagem Motora 9</p><p>Unidade nº 1</p><p>Aprendizagem Motora</p><p>Para urna melhor compreensão da Aprendizagem Motora (Motor</p><p>Learning) como um campo de estudo, é importante considerar a</p><p>sua relação com Controlo Motor (Motor Controlo) e</p><p>Desenvolvimento Motor (Motor Develoment) que, juntos,</p><p>constituem urna área integrada de estudos denominada de</p><p>Comportamento Motor (Motor Behavior). Como sabemos, o</p><p>campo de estudos denominado de Controlo Motor procura</p><p>estudar como os movimentos são produzidos e controlados, ou</p><p>seja, como o sistema nervoso central é organizado de maneira</p><p>que músculos e articulações tornam-se coordenados em</p><p>movimentos, e como informações sensoriais do meio ambiente</p><p>externo e do próprio corpo são usadas na coordenação e controle</p><p>de movimentos.</p><p>Ao completares esta unidade / lição, serás capaz de:</p><p>Objectivos</p><p> Conhecer o comportamento motor em crianças;</p><p> Conhecer a aprendizagem motora e seu campo de acção.</p><p>O campo do Desenvolvimento Motor, procura estudar as</p><p>mudanças que ocorrem no movimento do ser humano ao longo</p><p>do seu ciclo de vida. E a Aprendizagem Motora procura estudar</p><p>processos e mecanismos envolvidos na aquisição de habilidades</p><p>motoras e os factores que a influenciam, ou seja, como a pessoa</p><p>se toma eficiente na execução de movimentos para alcançar urna</p><p>meta desejada, com a prática e experiencia.</p><p>Aprendizagem Motora 10</p><p>Entretanto, é preciso ter-se sempre em mente que, embora seja</p><p>possível caracterizar Aprendizagem Motora, Controle Motor e</p><p>Desenvolvimento Motor como campos específicos de estudo, é</p><p>muito difícil separá-los em termos de fenómeno, pois estão</p><p>intimamente relacionados. Por esse motivo, é muito importante</p><p>ter-se urna visão integrada destes três fenómenos.</p><p>Existem fundamentalmente dois tipos de pesquisa em</p><p>Aprendizagem Motora:</p><p> A investigação dos mecanismos e processos subjacentes</p><p>a aquisição de habilidades motoras,</p><p> A investigação dos factores que afectam a aquisição de</p><p>habilidades motoras.</p><p>Em diferentes períodos de sua história, maior ou menor enfâse</p><p>tem sido dada a um desses dais tipos de pesquisa, cada qual com</p><p>suas metodologias características de investigação, mas a sua</p><p>implementação tem estado subordinada a viabilidade</p><p>operacional em função do avanço teórico e técnico de cada</p><p>momento.</p><p>É importante também ressaltar que pesquisas em Aprendizagem</p><p>Motora podem ser desenvolvidas em diferentes níveis de análise,</p><p>desde o mais microscópico, como o bioquímico, até o mais</p><p>macroscópico, por exemplo, o sociológico. No nível bioquímico</p><p>de análise, os estudos focalizam a natureza das interacções</p><p>bioquímicas que ocorrem dentro das células quando o indivíduo</p><p>executa movimentos ou adquire habilidades motoras. No nível</p><p>neurofisiológico de análise, por sua vez, focalizam se as acções</p><p>eléctricas e mecânicas que ocorrem no grupo de células que</p><p>participam na organização e controle de movimentos. Isto</p><p>envolve o estudo das estruturas neurais e suas interacções</p><p>funcionais que possibilitam o surgimento do comportamento</p><p>motor.</p><p>A evolução das pesquisas em Aprendizagem</p><p>de factores para definir não somente o</p><p>que deve fazer, mas, principalmente, quando e como deve agir.</p><p>Complementando os autores, Gonzales (1991) informa que os</p><p>mecanismos presentes na regulação de condutas motoras, podem</p><p>ser identificados como três mecanismos na análise das</p><p>informações, como a percepção, a tomada de decisão e a</p><p>execução do planejado.</p><p>Conforme Endsleu (1999) e Endsley e Tibury (2004) apud</p><p>Henriqson et al (2009) a execução de uma determinada tarefa é</p><p>determinada por uma decisão, que depende directamente de uma</p><p>adequada compreensão da situação. Os autores dividem este</p><p>processo cognitivo também em três níveis, percepção, memória</p><p>e antecipação. Ruiz apud Gaspar et al (2005) afirma que as</p><p>decisões são influenciadas pelo estado de ânimo e afectivo do</p><p>praticante, além de seus medos, temores e confiança nas suas</p><p>possibilidades, cansaço, pressão do ambiente, entre outras.</p><p>Ainda sobre os aspectos que influenciam a tomada de decisão</p><p>destacam a confiança como um factor importante para tal</p><p>situação. Afirmam-se que a decisão do praticante é influenciada</p><p>pelo seu conhecimento específico do contexto. A experiência</p><p>que o praticante possui sobre determinado jogo, faz com que sua</p><p>decisão seja tomada de forma mais rápida, levando-se em conta</p><p>sua capacidade de antecipação e automatização dos movimentos.</p><p>Aprendizagem Motora 86</p><p>Pode-se perceber que são vários os processos que actuam sobre a</p><p>tomada de decisão, é por isso que indica que a recepção de</p><p>informação e tomada de decisão ocorram de forma simultânea.</p><p>Sendo assim, as estruturas perceptivas que o denominou de</p><p>percepção-atenção-antecipação se inter-relacionam com as</p><p>estruturas de processo de informação, como memória-</p><p>pensamento-inteligência, evidenciando a relação entre os</p><p>processos cognitivos na tomada de decisão.</p><p>Depois de descritos os processos que tem uma influência directa</p><p>na tomada de decisão dos jogos motores, pode-se assumir que, a</p><p>participação dos processos cognitivos, como, percepção,</p><p>atenção, antecipação, memória, conhecimento e tomada de</p><p>decisão, formem um sistema de processamento – recepção e</p><p>elaboração – tendo como objectivo uma correta escolha e</p><p>execução de uma acção dentro de uma actividade ou jogo motor</p><p>Transmissor da informação, sinal e receptor da informação</p><p>Memória é a capacidade de adquirir, reter e evocar, quando</p><p>necessárias, informações que de alguma forma são relevantes.</p><p>O processo de aquisição, como já diz o nome, é a entrada de um</p><p>dado por meio dos sensores externos, que é encaminhado aos</p><p>sistemas neurais relativos à memória onde será armazenado por</p><p>algum tempo que pode ser de segundos ou mesmo de anos pelo</p><p>processo de retenção. Entre esses dois processos, acontece uma</p><p>selecção de exactamente quanto desse evento ou mesmo se esse</p><p>evento vai ser retido, e essa selecção é determinada pela</p><p>importância desse evento (por exemplo, situações com grande</p><p>carga emocional, como o nascimento de um filho) ou pela</p><p>frequência com que ele acontece (o armazenamento do nosso</p><p>próprio nome), quando esse dado é retido por um grande tempo</p><p>ou de forma definitiva dizemos que aconteceu a consolidação. A</p><p>evocação é o último processo da memória, seria o que</p><p>rotineiramente é chamado de lembrança, é através dele que</p><p>temos acesso aos dados que nos serão úteis no futuro.</p><p>O esquecimento é um processo natural, e não uma falha, é um</p><p>mecanismo de limpeza, que tenta evitar uma sobrecarga de</p><p>retenção de dados, e que vez ou outra nos deixa na mão</p><p>deletando informações importantes, mas claro que pode haver</p><p>defeitos no sistema de esquecimento tanto por excesso, amnésia,</p><p>Aprendizagem Motora 87</p><p>quanto por falta, hipermnésia, que provoca uma confusão nas</p><p>informações por excesso de armazenamento.</p><p>O aprendizado está intimamente ligado à memorização, e nada</p><p>mais é do que a aquisição equilibrada de novas informações que,</p><p>armazenadas pela memória, guiarão o comportamento.</p><p>Classificação de Memoria</p><p>Divide-se de antemão as memórias em dois grandes grupos. Um</p><p>chamado memória filogenética e o outro ontogenético. A</p><p>memória filogenética é armazenada na bagagem genética, e</p><p>promove comportamentos que são então seleccionados. Essa</p><p>memória é evidente ao se observar comportamento de insectos.</p><p>Vários insectos vivem isolados, se encontrando apenas para</p><p>reprodução. Eles nascem obviamente com uma série de</p><p>comportamentos pré-programados que permitem sua</p><p>sobrevivência. Já memória ontogenética, enfoque dos estudos</p><p>neurofisiológicos, é adquirida em vida (mesmo que intra-</p><p>uterina), é essencial para a sobrevivência dos animais que a</p><p>possuem, mas não são repassadas geneticamente.</p><p>A memória ontogenética, por sua vez, possui diversas</p><p>subdivisões. Uma interessante maneira de classificar estas</p><p>subdivisões envolve dois critérios. Um critério é o tempo de</p><p>duração da memória e o outro a sua natureza. Quanto ao tempo</p><p>as memórias podem ser classificadas em ultra-rápida, de curta</p><p>duração e de longa duração. A memória ultra rápida dura apenas</p><p>alguns segundos. A de curta duração tem duração um pouco</p><p>maior, podendo se estender por alguns minutos. A de longa</p><p>duração, como é sabido, pode durar até mesmo uma vida inteira.</p><p>Quanto a natureza a memória pode ser subdividida em três</p><p>subtipos. A explícita, aquela que podemos expressar com</p><p>palavras (pode ser chamada de declarativa), a implícita que não</p><p>faz sentido evocá-la por meio de palavras. Ao s e reconhecer</p><p>rostos familiares sem que saiba explicar o porquê, fez-se uso da</p><p>memória implícita. Um terceiro subtipo é a</p><p>Aprendizagem Motora 88</p><p>memória operacional. A memória operacional é armazenada</p><p>momentaneamente para a realização de uma actividade. As</p><p>informações de uma linha de raciocínio são um bom exemplo de</p><p>memória operacional.</p><p>Pode-se dividir a memória explícita em outros dois subtipos:</p><p>A episódica, que é a memória de fatos sequenciados, com</p><p>referência temporal (os acontecimentos de uma partida de</p><p>futebol por exemplo), e a semântica que envolve informações</p><p>atemporais (time que o indivíduo torce, nome de seus</p><p>conhecidos e etc.).</p><p>A memória implícita também pode ser subdividida em quatro</p><p>subtipos: memória implícita de representação perceptual, de</p><p>procedimentos, associativa, não-associativa. A primeira se refere</p><p>a informações sensoriais que são gravadas e que não é associado</p><p>significado, é uma memória pré-consciente. A memória de</p><p>procedimentos envolve hábitos e habilidades. A associativa é o</p><p>que permite os armazenamentos de informações que ligam</p><p>estímulos e respostas mutuamente. Quando pela repetição do</p><p>estímulo se atenua ou hipersensibilização uma resposta a</p><p>memória em questão é a não associativa.</p><p>Bassi anatómica da memória</p><p>Hoje é possível afirmar que a memória não possui um único</p><p>loco. Diferentes estruturas cerebrais estão envolvidas na</p><p>aquisição, armazenamento e evocação das diversas informações</p><p>adquiridas por aprendizagem.</p><p>Memória de curto prazo:</p><p>Depende do sistema lambico, envolvido nos processos de</p><p>retenção e consolidação de informações novas. Hoje em dia</p><p>também se supõe que a consolidação temporária da informação</p><p>envolve estruturas como o hipocampo, a amígdala, o córtex</p><p>entorrinal e o giro para-hipocampal, sendo depois transferida</p><p>para as áreas de associação do neocórtex parietal e temporal. As</p><p>vias que chegam e que saem do hipocampo também são</p><p>importantes para o estudo da anatomia da memória. Inputs (que</p><p>chegam) são constituídos pela via fímbria-fórnix ou pela via</p><p>perfurante. Importantes projecções para os córtices subiculares</p><p>adjacentes fazem parte dos outputs (que saem) do hipocampo.</p><p>Existem também duas vias hipocampais responsáveis por</p><p>interconexões do próprio sistema límbico, como o Circuito de</p><p>Papes (hipocampo, fórnix, corpos mamilares, giro do cíngulo,</p><p>Aprendizagem Motora 89</p><p>giro para-hipocampal e amígdala), e a segunda via projeta-se</p><p>de</p><p>áreas corticais de associação, por meio do giro do cíngulo e do</p><p>córtex entorrinal, para o hipocampo que, por sua vez, projecta-se</p><p>através do núcleo septal e do núcleo talâmico medial para o</p><p>córtex pré-frontal, havendo então o armazenamento de</p><p>informações que reverberam no circuito ainda por algum tempo.</p><p>Memória operacional:</p><p>Compreende um sistema de controlo de atenção (executivo</p><p>central), auxiliado por dois sistemas de suporte (de natureza</p><p>visou-espacial e outro de natureza fonológica) que ajudam no</p><p>armazenamento temporário e na manipulação das informações.</p><p>O executivo central tem capacidade limitada e função de</p><p>seleccionar estratégias e planos, tendo sua actividade relacionada</p><p>ao funcionamento do lobo frontal, que supervisiona as</p><p>informações. Também o cerebelo está envolvido no</p><p>processamento da memória operacional, actuando na</p><p>catalogação e manutenção das sequências de eventos, o que é</p><p>necessário em situações que requerem o ordenamento temporal</p><p>de informações. O sistema de suporte vísuo-espacial tem um</p><p>componente visual, relacionado à região occipital e um</p><p>componente espacial, relacionado a regiões do lobo parietal. Já</p><p>no sistema fonológico, a articulação subvocal auxilia na</p><p>manutenção da informação; lesões nos giros supramarginal e</p><p>angular do hemisfério esquerdo geram dificuldades na memória</p><p>verbal auditiva de curta duração. Esse sistema está relacionado à</p><p>aquisição de linguagem.</p><p>Memória de Longo Prazo:</p><p>Memória explícita:</p><p>Depende de estruturas do lobo temporal medial (incluindo o</p><p>hipocampo, o córtex entorrinal e o córtex para-hipocampal) e do</p><p>diencéfalo. Além disso, o septo e os feixes de fibras que chegam</p><p>do prosencéfalo basal ao hipocampo também parecem têm</p><p>importantes funções. Embora tanto a memória episódica como a</p><p>semântica dependam de estruturas do lobo temporal medial, é</p><p>importante destacar a relação dessas estruturas com outras. Por</p><p>exemplo, pacientes idosos com disfunção dos lobos frontais têm</p><p>mais dificuldades para a memória episódica do que para a</p><p>memória semântica. Já lesões no lobo parietal esquerdo</p><p>apresentam prejuízos na memória semântica.</p><p>Memória implícita:</p><p>Aprendizagem Motora 90</p><p>A aprendizagem de habilidades motoras depende de aferências</p><p>corticais de áreas sensoriais de associação para o corpo estriado</p><p>ou para os núcleos da base. Os núcleos caudados e putâmen</p><p>recebem projecções corticais e enviam-nas para o globo pálido e</p><p>outras estruturas do sistema extra-piramidal, constituindo uma</p><p>conexão entre estímulo e resposta. O condicionamento das</p><p>respostas da musculatura esquelética depende do cerebelo,</p><p>enquanto o condicionamento das respostas emocionais depende</p><p>da amígdala. Já foram descritas alterações no fluxo sanguíneo,</p><p>aumentando o do cerebelo e reduzindo o do estriado no início do</p><p>processo de aquisição de uma habilidade. Já ao longo desse</p><p>processo, o fluxo do estriado é que foi aumentado. O neo-</p><p>estriado e o cerebelo estão envolvidos na aquisição e no</p><p>planeamento das acções, constituindo, então, através de</p><p>conexões entre o cerebelo e o tálamo e entre o cerebelo e os</p><p>lobos frontais, elos entre o sistema implícito e o explícito.</p><p>Base molecular de armazenamento de memória</p><p>O mecanismo utilizado para o armazenamento de memórias em</p><p>seres vivos ainda não é conhecido. Estudos indicam a LTP</p><p>(long-term potencial) ou potencial de longa duração como a</p><p>principal candidata para tal mecanismo. A LTP foi descoberta</p><p>por Tim Bliss e Terje Lomo num estudo sobre a capacidade das</p><p>sinapses entre os neurônios do hipocampo de armazenarem</p><p>informações. Descobriram que um pequeno período de</p><p>actividade eléctrica de alta frequência aplicado artificialmente a</p><p>uma via hipocampal produzia um aumento na efectividade</p><p>sináptica. Esse tipo de facilitação é o que chamamos de LTP. Os</p><p>mecanismos para indução de LTP podem ser dos tipos</p><p>associativos ou não-associativos.</p><p>A LTP apresenta diversas características que a tornam uma</p><p>candidata muito apropriada para o mecanismo do</p><p>armazenamento de longa duração. Primeira, ocorre em cada uma</p><p>das três vias principais mediante as quais a informação flui no</p><p>hipocampo: a via perforante, a via das fibras musgosas e a via</p><p>das colaterais de Schaffer. Segunda, é induzida rapidamente e,</p><p>por fim, depois de induzida ser estável. Isso permite a conclusão</p><p>de que a LTP apresenta características do próprio processo de</p><p>memória, ou seja, pode ser formada rapidamente nas sinapses</p><p>apropriadas e dura por um longo tempo. Vale lembrar que apesar</p><p>da LTP apresentar características em comum com um processo</p><p>ideal de memória, não se consegue provar que ela seja o</p><p>mecanismo utilizado para o armazenamento de memória.</p><p>Aprendizagem Motora 91</p><p>Em relação à LTP na via das fibras musgosas e na via das</p><p>colaterais de Schaffer, pode-se melhor detalhar da seguinte</p><p>maneira:</p><p>Fibras Musgosas:</p><p>As informações recebidas pelo giro denteado do córtex</p><p>entorrinal são transmitidas para o hipocampo através das células</p><p>granulares, as quais os axônios formam a via das fibras</p><p>musgosas que termina nos neurônios piramidais da região CA3</p><p>do hipocampo. As fibras musgosas liberam glutamato como</p><p>neurotransmissor. A LTP nas fibras musgosas é do tipo não</p><p>associativa, ou seja, não depende de actividade pós-sináptica ou</p><p>de outros sinais chegando simultaneamente, depende apenas de</p><p>um pequeno surto de actividade neural de alta frequência nos</p><p>neurónios pré-sinápticos e do consequente influxo de cálcio.</p><p>Esse influxo de cálcio activa uma adenilato ciclose dependente</p><p>de cálcio e calmodulina (tipo1); essa enzima aumenta o nível de</p><p>AMPc e o AMPc activa a proteocinase dependente de AMPc</p><p>(PKA). Essa cinase adiciona grupamentos fosfato a certas</p><p>proteínas e, assim, activa algumas e inibe outras. A LTP nas</p><p>fibras musgosas pode ser influenciada por sinais de entrada</p><p>modulatórios pela noradrenalina. Esses sinais de entrada activam</p><p>receptores aos quais os transmissores se ligam, e esses</p><p>receptores activam a adenilato ciclase. O papel da LTP nas fibras</p><p>musgosas sobre a memória ainda é obscuro.</p><p>Colaterais de Schaffer:</p><p>As células piramidais na região CA3 do hipocampo enviam</p><p>axônios para a região CA1 formando a via das colaterais de</p><p>Schaffer. A LTP nestas é do tipo associativa, ou seja, requer</p><p>atividade concomitante tanto pré quanto pós-sináptica. Assim, a</p><p>LTP só pode ser induzida na via das colaterais de Schaffer se</p><p>receptores do glutamato do tipo NMDA forem ativados nas</p><p>células pós-sinápticas. É importante lembrar que há dois</p><p>receptores importantes para o glutamato: o NMDA e o não-</p><p>NMDA. O canal do receptor NMDA não funciona</p><p>rotineiramente pois está bloqueado por íons magnésio que são</p><p>deslocados apenas quando um sinal muito forte é gerado na</p><p>célula pós-sináptica. Tal sinal faz com que as células pré</p><p>sinápticas disparem em alta frequência resultando numa forte</p><p>despolarização que expelem o magnésio e permitem o influxo de</p><p>cálcio. Essa entrada de cálcio desencadeia uma cascata de</p><p>reações que é responsável pelo aumento persistente da</p><p>Aprendizagem Motora 92</p><p>actividade sináptica. Esse achado foi interessante pois forneceu a</p><p>primeira evidência para a proposta de Hebb que estabelecia que</p><p>“quando um axônio da célula A (...) excita a célula B e</p><p>repetidamente ou persistentemente segue fazendo com que a</p><p>célula dispare, algum processo de crescimento ou alteração</p><p>metabólica ocorre em uma ou ambas as células, de forma que</p><p>aumente a efectividade, (eficácia) de A como uma das células</p><p>capazes de fazer com que B dispare”. Um dos mecanismos</p><p>responsáveis pelo fortalecimento dessa conexão é o aumento na</p><p>sensibilidade de receptores AMPA. Outra possibilidade é a</p><p>redução na reciclagem de receptores AMPA, permitindo que eles</p><p>permaneçam activos por mais tempo. Além disso, após uma</p><p>indução sináptica de LTP, há um aumento na liberação de</p><p>transmissores dos terminais pré-sinápticos.</p><p>À medida que se inicia a fase tardia da LTP, diversas horas após</p><p>a indução, os níveis de AMPc aumentam e esse aumento do</p><p>AMPc no hipocampo é seguido pela activação da PKA e da</p><p>CREB-1. A actividade de CREB-1 no hipocampo parece levar à</p><p>activação de um conjunto de genes de resposta imediata e esses</p><p>genes atuam de forma a iniciar o crescimento de novos sítios</p><p>sinápticos. Estudos mostraram que a PKA, proteocinase, é de</p><p>extrema importância para a conversão da memória de curta em</p><p>memória de longa duração, talvez porque a cinase fosforila</p><p>factores de transição como a CREB-1, que por sua vez activam</p><p>as proteínas necessárias para uma LTP duradoura.</p><p>Por fim, é importante ressaltar o papel da amígdala na</p><p>modulação da memória, notadamente do núcleo basolateral. Esta</p><p>estrutura recebe informações das modalidades sensitivas e as</p><p>repassa para diferentes áreas do cérebro ligadas a funções</p><p>cognitivas. Devido a seu papel central na percepção das</p><p>emoções, a amígdala participa da modulação dos primeiros</p><p>momentos da formação de memória de longo prazo mais</p><p>alertantes ou ansiogênicos e em alguns aspectos de sua</p><p>evocação. Quando hiperativada, especialmente pelo stress, ela</p><p>pode produzir os temíveis brancos.</p><p>Amnésia</p><p>A capacidade de armazenar factos ou lembrá-los de forma</p><p>consciente denomina-se memória. A retenção de informações e</p><p>acontecimentos pode ser dividida em dois sistemas muito</p><p>estudados:</p><p> A memória a curto prazo (MCP); de capacidade limitada</p><p>e pequena duração;</p><p>Aprendizagem Motora 93</p><p> A memória a longo prazo (MLP); mais estável e</p><p>duradoura.</p><p>A informação captada pelo sistema sensorial é processada e</p><p>armazenada no MCP, para que ela se consolide como memória a</p><p>longo prazo tal informação deve ser exercitada e repetida a fim</p><p>de facilitar a transferência para esse último sistema. A formação</p><p>dessa memória estável não ocorre de maneira imediata. A</p><p>administração de fármacos, estímulos eléctricos em certas</p><p>regiões do encéfalo pode facilitar a consolidação da memória.</p><p>Os variados estímulos processados e armazenados justificam a</p><p>existência de diferentes tipos de sistemas de memória a longo</p><p>prazo. Segundo Tulving, o tipo mais sofisticado refere-se à</p><p>memória de momentos específicos da vida. Os níveis seguintes</p><p>têm-se a memória semântica que permite o reconhecimento de</p><p>objectos e situações. A memória episódica é mais frágil que a</p><p>semântica.</p><p>A amnésia consiste justamente na incapacidade de se processar e</p><p>armazenar fatos ou ideias no MCP ou no MLP. A amnésia</p><p>orgânica consiste em mal funcionamento das células nervosas o</p><p>que acarreta diminuição no registro e retenção de informações.</p><p>A amnésia psicogênica é consequência de factos psicológicos</p><p>que inibem a recordação de certos episódios vividos. Muitas</p><p>amnésias podem ser mistas, ou seja, contam com factores</p><p>psicogênicos e orgânicos.</p><p>Quanto a cronologia a amnésia pode ser dividida em retrógrada e</p><p>anterógrada. A primeira, refere-se incapacidade de relembrar</p><p>factos ocorridos antes do distúrbio. A segunda, de armazenar</p><p>novas informações (distúrbio de retenção). As causas principais</p><p>da amnésia são traumatismo craniano, tumor cerebral, infecção</p><p>intracraniana, intoxicação, doenças cerebrais e deficiência de</p><p>vitamina B.</p><p>Síndromas de Korsakoff</p><p>Essa síndrome foi descrita pela 1ª vez pelo médico Russo Sergei</p><p>Korsakoff no início do século XIX. Sua principal característica é</p><p>a perda de memória que acompanha certos casos</p><p>de alcoolismo crónico. Uma característica bastante peculiar</p><p>desta síndrome é a chamada confabulação. Esta é usada pelo</p><p>paciente para preencher lacunas em suas lembranças. Em geral</p><p>essas lacunas são preenchidas com memórias reais, mas que</p><p>ocorreram em outros momentos, ou seja, estão temporalmente</p><p>desconexas. A amnésia característica desta síndrome é a</p><p>anterógrada, mas memórias de um passado relativamente recente</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/Alcoolismo</p><p>Aprendizagem Motora 94</p><p>também se encontram deficitárias. Outros sintomas importantes</p><p>da síndrome são a apatia, a indiferença, a falta de iniciativa e o</p><p>baixo conteúdo verbal.</p><p>O tratamento para essa síndrome consiste, basicamente, na</p><p>administração de altas doses de cloreto de tiamina. Em casos</p><p>mais leves, há uma regressão do quadro com poucas semanas de</p><p>tratamento. Já em casos em que a amnésia associada a alterações</p><p>neuronais já está estabelecida, o tratamento a base de vitaminas</p><p>se mostra ineficiente, podendo então ser utilizado o tratamento</p><p>farmacológico para o quadro sintomático, mas não há um</p><p>retorno total da memória.</p><p>Ciclo Perceptivo-Motor</p><p>Imput sensorial - captação da informação Problemas - visuais,</p><p>auditivos, cenestésicos e cognitivos. Decisório - processamento</p><p>central ou tomada de decisão problemas - cognitivos e alterações</p><p>neurológicas.</p><p>· Output – resposta problemas - incoordenação motora (paralisia</p><p>cerebral), problemas orgânicos, cognitivos, ortopédicos e falta</p><p>de aptidão física.</p><p>Feedback - retroalimentação</p><p>Problemas - visuais, auditivos, neurológicos (ex.: incoordenação</p><p>motora na paralisia cerebral) e cognitivos.</p><p>Além do ciclo perceptivo-motor é conveniente que o professor</p><p>de Educação Física considere alguns aspectos fundamentais,</p><p>necessários para uma maior e melhor adequação das tarefas ao</p><p>tipo de problema que os alunos podem apresentar. Destacam 4</p><p>aspectos a serem considerados pelo profissional:</p><p> Aprendizagem global versus aprendizagem por partes a</p><p>aprendizagem por partes é conveniente quando a</p><p>complexidade da tarefa vai aumentando. A demonstração</p><p>do modelo total pode ser o mais adequado quando o</p><p>movimento não pode ser decomposto ou quando a tarefa</p><p>se apresenta de fácil execução. O objectivo é conseguir</p><p>que o aluno perceba a globalidade do ato motor e seja</p><p>capaz de reproduzi-lo.</p><p> Importância da propriocepção na aprendizagem de uma</p><p>habilidade motora a aprendizagem do movimento é</p><p>influenciada e facilitada pela percepção cenestésica.</p><p>Assim o aluno pode vivenciar o movimento, visualizar,</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/Tiamina</p><p>Aprendizagem Motora 95</p><p>apontar no outro, observar e comparar os seus</p><p>movimentos com os do colega.</p><p> Capacidade linguística é de suma importância que o</p><p>professor conheça a capacidade linguística de seus</p><p>alunos, já que a comunicação verbal é um dos meios</p><p>mais utilizados no processo de aprendizagem motora.</p><p> Tipo de ajuda prestada o professor de Educação Física</p><p>deverá prestar ajuda ao aluno que necessite dela para</p><p>executar o movimento, procurando escolher a que seja</p><p>mais adequada a situação, seja ela verbal ou por</p><p>demonstração. Em alguns casos a ajuda manual ou</p><p>mecânica poderá ser necessária para os portadores de</p><p>deficiência mais comprometidos ou à medida que</p><p>aumente a complexidade da resposta motora.</p><p>No caso do portador de deficiência visual a ajuda verbal se</p><p>configura como elemento básico a ser utilizado pelo professor,</p><p>constituindo-se em muitas ocasiões no elemento que desencadeia</p><p>o movimento. Pelo contrário, no caso dos portadores de</p><p>deficiência mental o tipo de ajuda verbal poderá ser descartado</p><p>em numerosas ocasiões devido as dificuldades de compreensão</p><p>da mensagem.</p><p>Conhecimento dos resultados - o conhecimento dos resultados</p><p>por parte dos alunos se constitui em factor motivacional para a</p><p>execução do movimento ou tarefa por ele realizado,</p><p>possibilitando feedback válido de sua performance. O professor</p><p>deve assegurar-se de que o aluno compreendeu a tarefa,</p><p>entretanto, se não houver esta compreensão o professor poderá</p><p>recorrer a diferentes estratégias que permitam o entendimento da</p><p>mensagem emitida. Geralmente, é com o aluno portador de</p><p>deficiência mental que, com mais frequência e facilidade, vão</p><p>surgir os problemas de compreensão.</p><p>Auto Put e Input</p><p>Sendo o desporto um fenómeno social onde interagem diversos</p><p>agentes, não é de estranhar que esta dimensão tenha assumido</p><p>uma importância essencial no âmbito da psicologia.</p><p>Manifestando-se pela forma como tenta explicar os</p><p>comportamentos, pensamentos e sentimentos do sujeito nos</p><p>contextos desportivos, valoriza o papel essencial das relações</p><p>inter-pessoais.</p><p>Se por um lado, a psicologia social visa a compreensão dos</p><p>processos e princípios sociais, através do estudo sobre a</p><p>Aprendizagem Motora 96</p><p>interacção entre as pessoas e a forma como se influenciam</p><p>mutuamente (Davidoff, 2001), por outro, a psicologia cognitiva</p><p>procura entender os processos, estruturas e funções mentais que</p><p>permitem desvendar os mistérios da caixa-negra (Eysenck e</p><p>Keane, 1994).</p><p>Ao associar estas duas jovens áreas da ciência, estamos a</p><p>contribuir para uma compreensão mais abrangente do fenómeno</p><p>desportivo uma vez que a interacção entre os sujeitos é</p><p>altamente influenciada pela nossa visão pessoal do mundo. Os</p><p>processos cognitivos que estão subjacentes ao modo como</p><p>recebemos, interpretamos e analisamos a informação do mundo</p><p>exterior pode condicionar a relação que estabelecemos com os</p><p>nossos pares.</p><p>Desde o desenvolvimento das teorias de Bandura nos anos</p><p>70/80, que o comportamento do sujeito passa a ser visto como</p><p>uma consequência da coexistência entre factores ambientais e os</p><p>processos cognitivos pessoais de cada individuo (Escartí, 2002).</p><p>Na sua última forma, a teoria social cognitiva destaca a</p><p>importância da cognição no comportamento humano, sendo este</p><p>um resultante da interacção entre as capacidades individuais e a</p><p>informação que recebe do exterior.</p><p>Nesta perspectiva, torna-se pertinente compreender o modo</p><p>como o ser humano trata a informação e qual a influência dos</p><p>diversos factores cognitivos neste processo, nomeadamente</p><p>daqueles que mais são referenciados pela literatura da</p><p>especialidade: percepção, atenção e memória. A importância do</p><p>seu estudo o ser humano, em constante interacção com o meio</p><p>envolvente, está exposto a um bombardeamento massivo de</p><p>estímulos. Destes, só uma pequena parte, depois de previamente</p><p>seleccionados, são tratados ao nível do sistema nervoso central</p><p>(SNC), e conduzem a uma resposta por parte do sujeito.</p><p>Fazendo face a determinadas exigências do dia-a-dia, em</p><p>especial no contexto desportivo, somos impelidos a responder</p><p>com um elevado grau de rapidez aos estímulos que nos são</p><p>apresentados. Na maioria das situações, este factor assume um</p><p>papel preponderante e decisivo que define o sucesso ou o</p><p>fracasso. Desta forma, a importância da velocidade no</p><p>processamento da informação (PI), conduziu os investigadores a</p><p>concederem-lhe um lugar de destaque no campo das suas</p><p>preocupações, em especial a partir dos anos 60/70 (Alves e</p><p>Brito, 1995).</p><p>Transportando esta realidade para o âmbito da Psicologia Social,</p><p>podemos dizer que são estas estruturas/mecanismos que vão</p><p>Aprendizagem Motora 97</p><p>permitir ao sujeito a transformação da realidade factual na</p><p>realidade pessoal, aferindo-lhe assim uma enorme carga</p><p>subjectiva na forma como constrói a sua visão do mundo.</p><p>De acordo com Paéz e Marques (2000), este facto pode acarretar</p><p>alguns perigos relacionados com a avaliação que fazemos dos</p><p>comportamentos dos outros e que certamente irão condicionar a</p><p>relação que iremos estabelecer com as pessoas. Breve</p><p>perspectiva histórica do estudo.</p><p>O interesse pelo estudo das fases pelas quais a informação flui,</p><p>através do sistema nervoso até chegar à estrutura muscular,</p><p>remonta há mais de um século atrás, quando Donders criou o</p><p>método subtractivo, com o objectivo de medir a duração dos</p><p>processos mentais.</p><p>Segundo Meyer et al. (1989), que se baseou nos registos de</p><p>vários autores, a história do processamento de informação</p><p>poderá estar dividida em quatro fases fundamentais, que</p><p>passamos a caracterizar de forma sucinta.</p><p>Período Pré-Histórico (até 1850)</p><p>Numa época dominada pelo conhecimento na área da</p><p>astronomia, um astrónomo alemão do observatório de Konisberg</p><p>(Brebner e Welford, 1980), de seu nome Bessel, chamou, em</p><p>1823, equação pessoal (fórmula correctiva aplicada para corrigir</p><p>as observações) aos diferentes tempos de registo de passagem</p><p>dos mesmos corpos celestes, sendo considerado o primeiro autor</p><p>a investigar nesta área.</p><p>No entanto, foi Heltmotz, em 1850, o primeiro a usar o tempo de</p><p>reacção quando pretendia medir a velocidade de condução</p><p>nervosa, marcando assim o início de um período dourado neste</p><p>domínio. Este investigador alemão conseguiu, de uma forma</p><p>mais sistemática e científica, medir o impulso nervoso humano</p><p>através da estimulação de um nervo em dois locais distintos</p><p>(Jensen, 1982 e Meyer et al., 1989). Idade do Ouro (1850-1900)</p><p>Depois de construir, em 1866, dois instrumentos que usou nas</p><p>suas experiências - o nomatografo e o nomatocrometro - o</p><p>fisiologista holandês (Posner e Mitchell, 1967), Donders</p><p>estudou, em 1868, vários tipos de reacção que deram origem ao</p><p>seu método subtractivo e impulsionou definitivamente o</p><p>desenvolvimento do método do tempo de reacção (Jensen, 1982</p><p>e Alves, 1990). De origem extremamente simples, permite obter</p><p>o tempo gasto pelo sistema nervoso central, entre o Input</p><p>(entrada) da informação e o output (saída) da resposta, ou seja, o</p><p>tempo de decisão.</p><p>Aprendizagem Motora 98</p><p>Segundo vários autores, o termo - tempo de reacção - na altura</p><p>definido como "o intervalo de tempo que separa uma</p><p>estimulação de uma reacção voluntária" (Amaral, 1967, pp.65), é</p><p>introduzido na literatura pela primeira vez em 1873, por</p><p>Sigmund Exner (Jensen, 1982).</p><p>Este método passa a ser preferencial dos investigadores, em</p><p>especial de Wundt, fundador na Universidade de Leipzig em</p><p>1879, do primeiro laboratório de psicologia experimental</p><p>(Freeman, 1976, Anastasi, 1977). Segundo Alves (1995), é a</p><p>partir desse laboratório que são feitos diversos esforços para</p><p>descobrir as etapas do processamento de informação, recorrendo</p><p>principalmente a "métodos fisiológicos e à</p><p>introspecção"(Freeman, 1976, pp.6). Alguns anos mais tarde, o</p><p>biólogo inglês Galton seguiu os passos de Wundt e estabeleceu</p><p>um laboratório antropométrico em Londres, onde também eram</p><p>utilizadas medidas de reacciometria. 3.3. Idade Negra (1900-</p><p>1950)</p><p>Apesar das pesquisas na área da cronometria mental, não terem</p><p>cessado completamente (Meyer et al., 1989), este foi um período</p><p>negro. Foram duas as principais razões que acentuaram o</p><p>abandono desta metodologia na primeira metade do século XX</p><p>(Alves, 1995): o início da psicometria e as teorias behavioristas.</p><p>Por um lado, a psicometria conduziu os investigadores a</p><p>preocuparem-se mais com a avaliação das capacidades</p><p>intelectuais (veja-se como exemplo, os contributos sobre a</p><p>avaliação da inteligência de Binet, em 1905, posteriormente</p><p>continuados por Raven e Bonardel). Por outro, as teorias</p><p>behavioristas, impulsionadas por Watson, centradas</p><p>essencialmente no comportamento humano (estímulo-resposta),</p><p>contribuiriam para colocar de lado a cronometria mental.</p><p>Foi necessário esperar quase 50 anos pelas teorias da</p><p>informação de Shannon e Weaver, em 1949 (Alves, 1990), para</p><p>que a investigação psicológica, na área dos processos cognitivos,</p><p>voltasse às luzes da ribalta e “começassem a brilhar uma vez</p><p>mais" (Meyer et al., 1989). Renascimento (depois de 1950)</p><p>As teorias do processamento da informação (PI) procuram</p><p>respostas sobre o modo como o ser humano, e aquele que pratica</p><p>desporto em particular, processa a informação mentalmente. A</p><p>grande preocupação centra-se na compreensão dos "fenómenos</p><p>que se passam no interior da caixa negra" (Alves, 1995), sendo</p><p>analisados todos os fenómenos que ocorrem entre a entrada da</p><p>informação no SNC, a tomada de decisão e a resposta motora</p><p>(Singer, 1986).</p><p>Aprendizagem Motora 99</p><p>Desta forma, é geralmente aceite que toda a informação flui, por</p><p>impulso nervosos, desde a captação/recepção dos estímulos até à</p><p>execução motora, passando pelas</p><p>seguintes fases e estruturas</p><p>(Welford, 1980, Massaro, 1989 e Alves, 1990):</p><p>1. Recepção do Estímulo - a informação que o estímulo</p><p>contém é detectada pelo órgão sensorial (visão, audição,</p><p>tacto, olfacto, paladar), sob a forma de energia física (luz,</p><p>som, pressão, odor, gosto);</p><p>2. Transmissão ao SNC - depois de transduzida (passagem</p><p>a energia eléctrica), a informação é encaminhada pelos</p><p>nervos aferentes para a respectiva zona sensorial do</p><p>SNC;</p><p>3. Análise e decisão do SNC - quando chega ao SNC, o</p><p>estímulo são detectadas pelos mecanismos de percepção,</p><p>analisado (as características), comparado com a</p><p>informação existente na memória e identificado (este</p><p>processo é impossível sem o recurso à memória). Uma</p><p>vez identificado, os mecanismos associativos entram em</p><p>acção, num processo de escolha da resposta possível.</p><p>Após seleccionada, o respectivo código passa aos</p><p>mecanismos ejectores que se encarregam de o interpretar</p><p>e programar a resposta motora;</p><p>4. Transmissão da decisão ao músculo executor - logo que a</p><p>resposta é programada, é enviada pelos nervos eferentes</p><p>ao sistema muscular, nomeadamente ao (s) músculo (s)</p><p>responsável (is) pela execução motora;</p><p>5. Execução motora - estimulação do músculo e início do</p><p>movimento, conduzindo assim à resposta</p><p>motora/comportamento motor.</p><p>O chamado processo sensorial, que engloba as duas primeiras</p><p>fases, é de duração extremamente curta: "poucos milésimos de</p><p>segundo" (Welford, 1980, pp.73), segundo Jensen (1982) na</p><p>ordem dos 15 a 40 (ms).</p><p>Igualmente rápido é o processo de execução, que engloba as</p><p>duas últimas fases. Segundo Alves (1990), o tempo de execução</p><p>da resposta deverá situar-se na casa dos 60 a 80 ms.</p><p>Corroborando estes valores, Welford (1980, pp.73) alerta para o</p><p>facto de que apesar de curta, esta fase tende a ser um pouco mais</p><p>longa, quando a resposta motora é mais complexa.</p><p>A fase central ou da tomada de decisão, onde ocorre os</p><p>processos inerentes à interpretação e análise da informação</p><p>contida no estímulo, a escolha da resposta e a sua programação</p><p>motora, é a fase mais longa, complexa e importante de todo o</p><p>Aprendizagem Motora 100</p><p>processo (Welford, 1980 e Alves, 1990). Dela dependem</p><p>inúmeros factores e operações cognitivas, das quais se destacam</p><p>a percepção, a atenção e a memória (Singer, 1986).</p><p>Apesar de todos os modelos colocarem em evidência os factores</p><p>atrás mencionados, o que melhor traduz os mecanismos de</p><p>tratamento da informação é o proposto por Alves (1985).</p><p>Alicerçado no modelo de Welford de 1968, e posteriormente</p><p>adaptado do modelo de Whiting de 1979, é composto por cinco</p><p>fases desde o aparecimento do estímulo até à resposta motora</p><p>podem ser esquematizadas da seguinte forma.</p><p>Modelo de PI de Alves (1985, adaptado de Whiting, 1979)</p><p>(retirado de Alves e Araújo, 1996, pp.363).</p><p>De acordo com o autor, as razões fundamentais que deram</p><p>origem ao presente modelo podem resumir-se a:</p><p>1) Dar resposta às limitações encontradas na investigação dos</p><p>processos cognitivos, que pouco ou nada elucidavam sobre os</p><p>mecanismos subjacentes à prestação motora do sujeito;</p><p>2) As teorias behavioristas, dominantes nesta área do</p><p>conhecimento, apenas se interessavam pelo comportamento</p><p>como resultado de um estímulo, sem tentar explicar o que se</p><p>passava na "caixa negra" (Alves e Araújo, 1996, pp.363).</p><p>Este modelo vem sublinhar a importância que assumem os</p><p>processos da memória - que influencia tanto a fase de</p><p>identificação do estímulo (fase perceptiva), como a da escolha</p><p>(fase associativa) e a selecção da resposta (fase efectuar), por</p><p>comparação com o leque de respostas possíveis armazenadas no</p><p>sistema; e os mecanismos da atenção - essencial na fase da</p><p>detecção do estímulo (sensorial) e na fase perceptiva,</p><p>possibilitando a recepção da informação Marteniuk (Veiga,</p><p>1995).</p><p>Aprendizagem Motora 101</p><p>Factores cognitivos que mais influenciam o Processamento de</p><p>Informação</p><p>Percepção</p><p>Numa abordagem do ponto de vista cognitivo a percepção pode ser</p><p>definida pela "entrada na consciência de uma impressão</p><p>sensorial" (Greco, 2002), através da qual o sujeito forma uma</p><p>imagem de si próprio e do ambiente que o rodeia. Desta forma,</p><p>ao filtrar e analisar as informações estamos a criar uma imagem</p><p>do mundo para que nos possamos adaptar a ele. De acordo com</p><p>Eysenck e Keane (1994), este processo de transformação da</p><p>realidade factual (objectiva) em realidade pessoal (subjectiva),</p><p>envolve uma mobilização e operacionalização dos mecanismos</p><p>cerebrais centrais.</p><p>Os processos perceptivos, que se estabelecem na interacção do</p><p>sujeito com o meio envolvente, diferenciam-se conforme a tarefa</p><p>a ser realizada. O sujeito acredita e aceita os que as suas</p><p>impressões sensoriais recebem, porém a sua percepção poderá</p><p>ser influenciada pela sua realidade pessoal (experiências e</p><p>vivências anteriores). Segundo (Greco, 2002), nem sempre a</p><p>percepção do sujeito (interpretação subjectiva) corresponde à</p><p>realidade objectiva, mesmo quando o indivíduo pensa que é</p><p>assim. Este facto pode ser justificado pela acção do sistema da</p><p>memória, nomeadamente no processo de codificação e</p><p>armazenamento distorcido das informações obtidas (Paéz e</p><p>Marques, 2000).</p><p>No entanto, é fundamental não confundir a percepção com a</p><p>atenção ou com a memória. A percepção, segundo Magill</p><p>(1984), é a capacidade de conhecimento e interpretação dos</p><p>estímulos sensoriais que entram no sistema de processamento da</p><p>informação. Para tal, é necessário recorrer aos mecanismos da</p><p>atenção de modo a que o sujeito tome consciência dos estímulos</p><p>que o envolvem (Viana e Cruz, 1996), e que os reconheça e/ou</p><p>compare com as informações contidas na memória (Greco,</p><p>2002). Só assim poderá processar a informação, tomar as</p><p>decisões e agir em função do que considera mais adequado para</p><p>a situação e das suas convicções pessoais.</p><p>Segundo Greco (2002), esta escolha e interpretação da</p><p>informação depende da estrutura cognitiva do sujeito e das</p><p>relações da situação (pessoal e ambiental). Desta forma, o</p><p>Aprendizagem Motora 102</p><p>processo de percepção resulta da interacção entre o sujeito (auto-</p><p>percepção - que abrange informações sobre si próprio) e o meio</p><p>envolvente (percepção externa - forma como as informações</p><p>sobre o que se passa à sua volta são percebidas).</p><p>Mecanismo de processamento de informação e estimulo-resposta</p><p>O que é motivação?</p><p>O que faz uma pessoa sentir-se motivada para uma determinada</p><p>atividade e não para outra? E, por que isto ocorre? Que variáveis</p><p>influenciam na motivação de uma pessoa? Por que a motivação é</p><p>tão importante para que ocorra a aprendizagem, em particular a</p><p>motora?</p><p>Todas estas foram questões que por muito tempo ficaram não</p><p>respondidas para mim. Ao longo de minha prática pedagógica,</p><p>em colégios das redes pública estadual e particular de educação,</p><p>mais elas me instigaram e mais me impeliram a buscar as</p><p>possíveis respostas.</p><p>Presentes neste trabalho estão as que eu encontrei por hora.</p><p>Entretanto, muitas outras questões surgiram no decorrer deste</p><p>processo de esclarecimento das primeiras; como aquelas sobre</p><p>os diferentes tipos de memória relacionadas à aprendizagem, os</p><p>mecanismos de atenção e de concentração, entre outras; porém</p><p>tais ficarão para um outro oportuno momento.</p><p>A teoria do processamento de informações da aprendizagem</p><p>Existem diversos modelos explicativos do processamento de</p><p>informações. O modelo geral do processamento de informação</p><p>(Schimdt, 1993, p.49) estabelece os seguintes componentes:</p><p> Estímulos externos (input);</p><p> Mecanismos de percepção;</p><p> Mecanismo de processamento;</p><p> Mecanismo gerador de resposta (de decisão);</p><p> Resposta (output / mecanismo efector);</p><p> Feedback (retro informação).</p><p></p><p>A aprendizagem pode, então ser entendida como um mecanismo</p><p>intrínseco do ser humano, onde existem etapas que devem ser</p><p>percorridas para</p><p>que aconteça o aprendizado.</p><p>Aprendizagem Motora 103</p><p>Primeiramente, existem os estímulos do meio ambiente, que</p><p>devem propiciar um campo fértil para a aprendizagem; através</p><p>da captação desses estímulos o indivíduo faz contacto com o</p><p>exterior, ou seja, ele percebe os ‘sinais’ que são enviados pelas</p><p>coisas que o cercam. O mecanismo de processamento é que</p><p>promove o desmembramento e a decodificação dos estímulos</p><p>anteriormente percebidos; e, a partir deste, há a elaboração das</p><p>possíveis respostas e a tomada de decisão. Quando este</p><p>fenómeno acontece, o indivíduo está pronto para, efectivamente,</p><p>responder aos estímulos; tal resposta poderá ser dada através da</p><p>execução de tarefas motoras, no caso de uma situação de</p><p>aprendizagem motora.</p><p>O indivíduo ao encontrar-se em uma situação de aprendizagem</p><p>percorre todo este trajecto para o entendimento dos novos</p><p>conhecimentos; também a aprendizagem de habilidades motoras</p><p>acontece observando este processamento de informações e, neste</p><p>caso, o sistema muscular aparece como principal agente do</p><p>mecanismo efeito.</p><p>Numa relação de aprendizagem existe um número elevado de</p><p>variáveis que tem influência efectiva em todo o processo. Pode-</p><p>se citar a maturação fisiológica do indivíduo, o mecanismo de</p><p>atenção e a motivação. Sendo esta última de extrema relevância</p><p>no processo de aprendizagem tanto cognitiva, quanto motora.</p><p>Motivação e aprendizagem motora</p><p>A motivação participa do processo de aprendizagem motora</p><p>como sendo um dos factores que mais o influenciam. Ela integra</p><p>este modelo de processamento de informações como um</p><p>catalisador da captação dos estímulos, possibilitando uma</p><p>velocidade, intensidade e, mesmo, permanência maiores de</p><p>retenção dos conhecimentos apreendidos no processo de</p><p>aprendizagem.</p><p>No processo pedagógico de uma habilidade motora, a questão da</p><p>motivação tem uma presença de extrema relevância, a medida</p><p>que o aluno necessita de estímulos contínuos que facilitem a</p><p>aprendizagem. Dentre estes estímulos estão os motivacionais,</p><p>que têm o papel de estimular e criar uma expectativa ao respeito</p><p>do conhecimento que, por ventura, será aprendido.</p><p>Aprendizagem Motora 104</p><p>Dweck (1986, p.1041) fala que para que se realize a motivação,</p><p>ou seja, para que o aluno esteja motivado, é necessário o</p><p>aumento gradativo das competências que se daria através da</p><p>introdução de um novo elemento (novo estímulo) a cada</p><p>diferente momento da aprendizagem.</p><p>A motivação é um fenómeno intrínseco pelo qual o indivíduo</p><p>escolhe uma actividade e não outra, e pelo qual realiza acções</p><p>com graus variados de intensidade. Os motivos que conduzem</p><p>uma pessoa advêm das suas necessidades. Descreve uma lista</p><p>chamada ‘lista de necessidades de Murray’, onde são indicados</p><p>determinados ítens (carências pessoais) e suas correlatas</p><p>condutas em situações desportivas. Exemplificando, a busca pelo</p><p>sucesso apresenta-se de maneira reincidente como uma carência</p><p>do ser humano e Cratty (1984, p.45) corroborando esta ideia</p><p>escreve que "o sucesso em determinado desporto terá</p><p>probabilidade de promover motivação interna, independente de</p><p>outros motivos externos presentes".</p><p>Factores que influencia na percepção</p><p>Os olhos são os órgãos responsáveis pela visão, um dos sentidos</p><p>que fazem parte da percepção do mundo.</p><p>O processo de percepção tem início com a atenção que não é</p><p>mais do que um processo de observação selectiva, ou seja, das</p><p>observações por nós efectuadas. Este processo faz com que nós</p><p>percebamos alguns elementos em desfavor de outros. Deste</p><p>modo, são vários os factores que influenciam a atenção e que se</p><p>encontram agrupados em duas categorias: a dos factores</p><p>externos (próprios do meio ambiente) e a dos factores internos</p><p>(próprios do nosso organismo).</p><p>Factores externos</p><p>Os factores externos mais importantes da atenção são</p><p>a intensidade (pois a nossa atenção é particularmente despertada</p><p>por estímulos que se apresentam com grande intensidade e, é por</p><p>isso, que as sirenes das ambulâncias possuem um som insistente</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Eyes_lumen_design_studio_01.svg</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/Olho</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/Vis%C3%A3o</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/Aten%C3%A7%C3%A3o</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/Intensidade</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/Sirene</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/Ambul%C3%A2ncia</p><p>Aprendizagem Motora 105</p><p>e alto); o contraste (a atenção será muito mais despertada quanto</p><p>mais contraste existir entre os estímulos, tal como acontece com</p><p>os sinais de trânsito pintados em cores vivas e contrastantes);</p><p>o movimento que constitui um elemento principal no despertar</p><p>da atenção (por exemplo, as crianças e os gatos reagem mais</p><p>facilmente a brinquedos que se movem do que estando parados);</p><p>e a incongruência, ou seja, prestamos muito mais atenção às</p><p>coisas absurdas e bizarras do que ao que é normal (por exemplo,</p><p>na praia num dia verão prestamos mais atenção a uma pessoa</p><p>que apanhe sol usando um cachecol do que a uma pessoa usando</p><p>um traje de banho normal).</p><p>Factores internos</p><p>Os factores internos que mais influenciam a atenção são</p><p>a motivação (prestamos muito mais atenção a tudo que nos</p><p>motiva e nos dá prazer do que às coisas que não nos interessam);</p><p>a experiência anterior ou, por outras palavras, a força do hábito</p><p>faz com que prestemos mais atenção ao que já conhecemos e</p><p>entendemos; e o fenómeno social que explica que a nossa</p><p>natureza social faz com que pessoas de contextos sociais</p><p>diferentes não prestem igual atenção aos mesmos objectos (por</p><p>exemplo, os livros e os filmes a que se dá mais importância</p><p>em Portugal não despertam a mesma atenção no Japão).</p><p>Princípios da percepção</p><p>Princípio da figura e fundo. Percebemos um vaso ou duas faces</p><p>se entre olhando, dependendo da escolha do que é figura (o</p><p>tema da imagem) e o que é fundo.</p><p>Na percepção das formas, as teorias da percepção reconhecem</p><p>quatro princípios básicos que a influenciam:</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/Contraste</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/Movimento</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/Congru%C3%AAncia</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/Motiva%C3%A7%C3%A3o</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/Experi%C3%AAncia</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/Portugal</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/Jap%C3%A3o</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Cup_or_faces_paradox.svg</p><p>Aprendizagem Motora 106</p><p> A tendência à estruturação ou princípio do</p><p>fechamento - tendemos a organizar elementos que se</p><p>encontram próximos uns dos outros ou que sejam</p><p>semelhantes;</p><p> Segregação figura-fundo - explica que percebemos</p><p>mais facilmente as figuras bem definidas e salientes</p><p>que se inscrevem em fundos indefinidos e mal</p><p>contornados (por exemplo, um cálice branco pintado</p><p>num fundo preto);</p><p> Pregnância das formas ou boa forma - qualidade</p><p>que determina a facilidade com que percebemos</p><p>figuras bem formadas. Percebemos mais facilmente</p><p>as formas simples, regulares, simétricas e</p><p>equilibradas;</p><p> Constância perceptiva - se traduz na estabilidade da</p><p>percepção (os seres humanos possuem uma</p><p>resistência acentuada à mudança).</p><p>Outros factores</p><p>Em relação à percepção da profundidade, sabe-se que esta</p><p>advém da interacção de factores orgânicos (características do</p><p>nosso corpo) com factores ambientais (características do meio</p><p>ambiente). São exemplos dos factores orgânicos: a acomodação</p><p>do cristalino que é uma espécie de lente natural de que dispomos</p><p>para focar convenientemente os objectos; e a convergência das</p><p>linhas de visão (a posição das linhas altera-se sempre que</p><p>olhamos para objectos situados a diferentes distâncias).</p><p>Para exemplificar os factores ambientais temos o princípio do</p><p>contraste luz-sombra</p><p>(as partes salientes dos objectos são mais</p><p>claras que as restantes, em função da iluminação recebida) e a</p><p>grandeza relativa (a profundidade pode ser representada</p><p>variando o tamanho e a distância dos objectos pintados. Os</p><p>objectos mais distantes parecem-nos mais pequenos do que</p><p>aqueles que estão mais próximos).</p><p>Tipos de percepção</p><p>O estudo da percepção distingue alguns tipos principais de</p><p>percepção. Nos seres humanos, as formas mais desenvolvidas</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/Profundidade</p><p>Aprendizagem Motora 107</p><p>são a percepção visual e auditiva, pois durante muito tempo</p><p>foram fundamentais à sobrevivência da espécie (A visão e</p><p>a audição eram os sentidos mais utilizados na caça e na</p><p>protecção contra predadores). Também é por essa razão que</p><p>as artes plásticas e a música foram as primeiras formas de arte a</p><p>serem desenvolvidas por todas as civilizações, antes mesmo da</p><p>invenção da escrita. As demais formas de percepção, como a</p><p>olfactiva, gustativa e táctil, embora não associadas às</p><p>necessidades básicas, têm importante papel na afectividade e na</p><p>reprodução.</p><p>Além da percepção ligada aos cinco sentidos, os humanos</p><p>também possuem capacidade de percepção temporal e espacial.</p><p>Percepção visual</p><p>O triângulo de Kaniza demonstra o princípio do fechamento.</p><p>Tendemos a ver um triângulo branco sobreposto à figura, como</p><p>uma figura completa e fechada, embora ele só seja sugerido por</p><p>falhas nas demais formas que compõem a figura.</p><p>A visão é a percepção de raios luminosos pelo sistema visual.</p><p>Esta é a forma de percepção mais estudada pela psicologia da</p><p>percepção. A maioria dos princípios gerais da percepção foi</p><p>desenvolvida a partir de teorias especificamente elaboradas para</p><p>a percepção visual. Todos os princípios da percepção citados</p><p>acima, embora possam ser extrapolados a outras formas de</p><p>percepção, fazem muito mais sentido em relação à percepção</p><p>visual. Por exemplo, o princípio do fechamento (ver figura ao</p><p>lado) é melhor compreendido em relação a imagens do que a</p><p>outras formas de percepção.</p><p>A percepção visual compreende, entre outras coisas:</p><p> Percepção de formas;</p><p> Percepção de relações espaciais, como profundidade.</p><p>Relacionado à percepção espacial;</p><p> Percepção de cores;</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/Vis%C3%A3o</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/Audi%C3%A7%C3%A3o</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/Artes_pl%C3%A1sticas</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%BAsica</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Kanizsa_triangle.svg</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/Cor</p><p>Aprendizagem Motora 108</p><p> Percepção de intensidade luminosa.</p><p> Percepção de movimentos</p><p>Percepção auditiva</p><p>A audição é a percepção de sons pelos ouvidos. A psicologia,</p><p>a acústica e a psicoacústica estudam a forma como percebemos</p><p>os fenómenos sonoros. Uma aplicação particularmente</p><p>importante da percepção auditiva é a música. Os princípios</p><p>gerais da percepção estão presentes na música. Em geral, ela</p><p>possui estruturação, boa-forma, figura e fundo (representada pela</p><p>melodia e acompanhamento) e os géneros e formas musicais</p><p>permitem estabelecer uma constância perceptiva.</p><p>Entre os factores considerados no estudo da percepção auditiva</p><p>estão:</p><p> Percepção de timbres;</p><p> Percepção de alturas ou frequências;</p><p> Percepção de intensidade sonora ou volume;</p><p> Percepção rítmica, que na verdade é uma forma</p><p>de percepção temporal;</p><p> Localização auditiva, um aspecto da percepção espacial,</p><p>que permite distinguir o local de origem de um som.</p><p>Percepção olfactiva</p><p>Expositor de perfumes</p><p>O olfacto é a percepção de odores pelo nariz. Este sentido é</p><p>relativamente ténue nos humanos, mas é importante para a</p><p>alimentação. A memória olfactiva também tem uma grande</p><p>importância afectiva. A perfumaria e a enologia são aplicações</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/Luz</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/Movimento</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/Ouvido</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/Ac%C3%BAstica</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/Psicoac%C3%BAstica</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%BAsica</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/Timbre</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/Altura_(m%C3%BAsica)</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/Frequ%C3%AAncia</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/Intensidade</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/Percep%C3%A7%C3%A3o#Percep.C3.A7.C3.A3o_temporal</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Perfume_shelf_536pix.jpg</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/Olfacto</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/Perfume</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/Enologia</p><p>Aprendizagem Motora 109</p><p>dos conhecimentos de percepção olfactiva. Entre outros factores</p><p>a percepção olfactiva engloba:</p><p> Discriminação de odores, que estuda o que diferencia um</p><p>odor de outros e o efeito de sua combinação;</p><p> O alcance olfactivo.</p><p>Em alguns animais, como os cães, a percepção olfactiva é muito</p><p>mais desenvolvida e tem uma capacidade de discriminação e</p><p>alcance muito maior que nos humanos.</p><p>Percepção gustativa</p><p>O paladar é o sentido de sabores pela língua. Importante para a</p><p>alimentação. Embora seja um dos sentidos menos desenvolvidos</p><p>nos humanos, o paladar é geralmente associado ao prazer e a</p><p>sociedade contemporânea muitas vezes valoriza o paladar sobre</p><p>os aspectos nutritivos dos alimentos. A arte culinária e</p><p>a enologia são aplicações importantes da percepção gustativa. O</p><p>principal factor desta modalidade de percepção é a</p><p>discriminação de sabores.</p><p>Percepção táctil</p><p>Uma placa de sinalização em Braille</p><p>O tato é sentido pela pele em todo o corpo. Permite reconhecer a</p><p>presença, forma e tamanho de objectos em contacto com o corpo</p><p>e também sua temperatura. Além disso o tato é importante para o</p><p>posicionamento do corpo e a protecção física.</p><p>O tato não é distribuído uniformemente pelo corpo. Os dedos da</p><p>mão possuem uma discriminação muito maior que as demais</p><p>partes, enquanto algumas partes são mais sensíveis ao calor. O</p><p>tato tem papel importante na afectividade e no sexo. Entre os</p><p>factores presentes na percepção táctil estão:</p><p> Discriminação táctil, ou a capacidade de distinguir</p><p>objectos de pequenos tamanhos. (Importante, por</p><p>exemplo, para a leitura em Braille);</p><p> Percepção de calor;</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/Paladar</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADngua_(anatomia)</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/Prazer</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/Culin%C3%A1ria</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/Enologia</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Braille-roadSign.jpg</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/Tato</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/Sexo</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/Braille</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/Calor</p><p>Aprendizagem Motora 110</p><p> A percepção da dor</p><p>Percepção temporal</p><p>Não existem órgãos específicos para a percepção do tempo, no</p><p>entanto é certo que as pessoas são capazes de sentir a passagem</p><p>do tempo. A percepção temporal esbarra no próprio conceito da</p><p>natureza do tempo, assunto controverso e tema de estudos</p><p>filosóficos, cognitivos e físicos, bem como o conhecimento do</p><p>funcionamento do cérebro (neurociência).</p><p>A percepção temporal já foi objecto de diversos estudos desde</p><p>o século XIX até os dias de hoje, quando é estudado por técnicas</p><p>de imagem como a ressonância magnética. Os experimentos</p><p>destinam-se a distinguir diferentes tipos de fenómenos relevantes</p><p>à percepção temporal:</p><p> A percepção das durações;</p><p> A percepção e a produção de ritmos;</p><p> A percepção da ordem temporal e da simultaneidade.</p><p>Resta saber se estes diferentes domínios da percepção temporal</p><p>procedem dos mesmos mecanismos ou não e também algumas</p><p>novas considerações que decorrem da escala de tempo utilizada.</p><p>Segundo o psicólogo francês Paul Fraisse, é preciso distinguir</p><p>a percepção temporal (para durações relativamente curtas, até</p><p>alguns segundos) e a estimativa temporal que é designada como</p><p>a apreensão de longas durações (desde alguns segundos até</p><p>algumas horas). Estes factores envolvem ainda os ciclos</p><p>biológicos, como o ritmo cercadinho.</p><p>Percepção espacial</p><p>Assim como as durações, não possuímos um órgão específico</p><p>para a percepção espacial, mas as distâncias entre os objectos</p><p>podem ser efectivamente estimadas. Isso envolve a percepção da</p><p>distância e do tamanho relativo dos objectos. A razão para</p><p>separar a percepção espacial das outras modalidades repousa no</p><p>fato de que aparentemente a percepção espacial é supra-modal,</p><p>ou seja, é compartilhada pelas demais modalidades e utiliza</p><p>elementos da percepção auditiva, visual e temporal. Assim, é</p><p>possível distinguir se um som procede especificamente de um</p><p>objecto visto e se esse objecto (ou o som) está aproximando-se</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/Dor</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/Tempo</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%A9rebro</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A9culo_XIX</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/Resson%C3%A2ncia_magn%C3%A9tica</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/Ritmo</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/Fran%C3%A7a</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/Ritmo_circadiano</p><p>Aprendizagem Motora 111</p><p>ou afastando-se. O lobo parietal do cérebro representa um papel</p><p>importante neste tipo de percepção.</p><p>Propriocepção</p><p>Propriocepção é a capacidade em reconhecer a localização</p><p>espacial do corpo, sua posição e orientação, a força exercida</p><p>pelos músculos e a posição de cada parte do corpo em relação às</p><p>demais, sem utilizar a visão. Este tipo específico</p><p>de percepção permite a manutenção do equilíbrio e a realização</p><p>de diversas actividades práticas. Resulta da interacção das fibras</p><p>musculares que trabalham para manter o corpo na sua base de</p><p>sustentação, de informações tácteis e do sistema vestibular,</p><p>localizado no ouvido interno e responsável pelo equilíbrio.</p><p>O conjunto das informações dadas por esses receptores</p><p>permitem, por exemplo, desviar a cabeça de um galho, mesmo</p><p>que que não se saiba precisamente a distância segura para se</p><p>passar, ou mesmo o simples fato de poder tocar os dedos do pé e</p><p>o calcanhar com os olhos vendados, além de permitir actividades</p><p>importantes como andar, coordenar os movimentos responsáveis</p><p>pela fala, segurar e manipular objectos, manter-se em pé ou</p><p>posicionar-se para realizar alguma actividade.</p><p>Intensidade da percepção</p><p>Lei de Weber-Fechner</p><p>Pierre Bouguer (1760) e depois Ernst Heinrich Weber (1831)</p><p>estudaram a menor variação perceptível para determinados</p><p>estímulos. Para isso apresentaram estímulos variáveis a diversos</p><p>indivíduos para determinar o funcionamento quantitativo de</p><p>diversos tipos de percepção. A lei de Bouguer-Weber estipulava</p><p>que o limiar sensorial (a menor diferença perceptível entre dois</p><p>valores de um estímulo) aumenta linearmente com o valor do</p><p>estímulo de referência. O médico Gustav Fechner (inventor do</p><p>termo psicofísica) modificou essa lei, para que ela se tornasse</p><p>válida aos valores extremos do estímulo: "a sensação vária como</p><p>o logaritmo da excitação". Esta lei pode ser aplicada a diversas</p><p>formas de percepção. Não se sabe ao certo a causa neurológica</p><p>dessa lei, mas ela pode ser percebida em diversos fenômenos da</p><p>percepção. Por exemplo, na percepção de alturas, as pessoas</p><p>percebem intervalos iguais, quando suas frequências variam</p><p>exponencialmente. Por exemplo, a relação entre as frequências</p><p>de 220 Hz e 440 Hz é percebida como um intervalo de</p><p>uma oitava. A relação entre 440 Hz e 880 Hz é percebida como</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/Lobo_parietal</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/Propriocep%C3%A7%C3%A3o</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%BAsculo</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/Equil%C3%ADbrio</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/Fibra_muscular</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/Fibra_muscular</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/Tato</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/Sistema_vestibular</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/Ouvido_interno</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/Pierre_Bouguer</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/1760</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/Ernst_Heinrich_Weber</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/1831</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/Gustav_Fechner</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/Logaritmo</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/Intervalo_(m%C3%BAsica)</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/Oitava</p><p>Aprendizagem Motora 112</p><p>um intervalo igual de uma oitava, mesmo que a distância real</p><p>entre as frequências não seja igual. Relações semelhantes se</p><p>aplicam à percepção de intensidade sonora, intensidade</p><p>luminosa, cores e diversos outros aspectos da percepção.</p><p>Precação especial</p><p>Um último aspecto a ser considerado é o facto de que a</p><p>percepção de certos aspectos relacionados a características</p><p>humanas, ou mesmo a "construção da percepção" de certas</p><p>características humanas, também pode ser constituída</p><p>socialmente. Questões de género, raça, nacionalidade,</p><p>sexualidade e outras, também podem ser interferidas por uma</p><p>forma de percepção que é construída socialmente.</p><p>Um dos estudos recentes mais significativos sobre estes aspectos</p><p>foi desenvolvido pelo historiador brasileiro José D'Assunção</p><p>Barros (1967) que examinou a construção social da percepção</p><p>relativamente a certos aspectos como as diferenças de</p><p>sexualidade ou as diferenças étnicas.</p><p>Sumário</p><p>Todo organismo vive e recebe estímulos do meio que lhe rodeia</p><p>e responde aos mesmos com reacções convenientes que o</p><p>relacionam com o meio exterior; sendo assim a cadeira de</p><p>aprendizagem motor muito vasta e importante para o homem.</p><p>Exercício 10</p><p>1. Como definir fading?</p><p>2. Fale de tomada de decisão e faz um com relação com a</p><p>percepção.</p><p>3. Fala dos imput –output e feedback para o desenvolvimento</p><p>motor</p><p>4. Comente sobre as fases do desenvolvimento motor?</p><p>5. Qual é a importância de tacto, visão, audição e aufalto para</p><p>esta cadeira?</p><p>6. Em 10 linha da tomada de decisão.</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/Jos%C3%A9_D%27Assun%C3%A7%C3%A3o_Barros</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/Jos%C3%A9_D%27Assun%C3%A7%C3%A3o_Barros</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/1967</p><p>Aprendizagem Motora 113</p><p>Referencia bibliografía</p><p> Apontamentos iniciais sobre os tipos de movimentos,</p><p>Ricardo Lussac, 2009</p><p> Aprendizagem motora através da teoria do sistema</p><p>Dinâmico, diogo Pety, 2014.</p><p> Araujos, L.(2006). Importância da Educação física no</p><p>contexto escolar, Mauro Filho 2010 .</p><p> CUignivich,C(1998).Aprendizagem motora: tendências,</p><p>perspectivas E problemas de investiga revista galego-</p><p>portuguesa depsicoloxía e educación n° 2 (vol. 2) ano 2.</p><p> Ladewig, I (1999).Aprendizagem motora e cognição em</p><p>portadores de deficiência.</p><p> Martiny,L.(2011). Considerações sobre o processo de</p><p>ensino-aprendizagem-treino nos jogos deportem</p><p>colectivos de invasão.</p><p> Pereira (2011).Estudo sobre a relação entre os sistemas</p><p>cognitivos e motor no Homem.</p><p> Ruth Eugêni(2007),Aprendizagem Motora E Cognição</p><p>Em Portadores de deficiência</p><p> Silveiro, S.(2010). Educação Física Escolar E Cultura</p><p>Corporal De Movimento No Processo Educacional, Tatiana</p><p>Nunes,Yara Couto.</p><p>Motora tem sido</p><p>marcada por fases bastante características (por exemplo, Manoel,</p><p>1995; Tani, 1992). Até a década de 70, a preocupação central</p><p>dos estudos foi a investigação das variáveis que afectam o</p><p>processo de aprendizagem motora e tarefas específicas, com</p><p>enfâse no produto. Em razão disso, esta fase inicial foi</p><p>Aprendizagem Motora 11</p><p>denominada de fase de abordagem orientada ao produto ou e</p><p>tarefa. Algumas das variáveis estudadas neste período foram a</p><p>prática das partes e do todo, a prática massificada e distribuída, a</p><p>prática física e mental, o conhecimento de resultados, a</p><p>motivação, entre outras.</p><p>Neste período, o estudo do comportamento motor e,</p><p>consequentemente, da aprendizagem motora, sofreu forte</p><p>influência de duas correntes teóricas da Psicologia:</p><p> A Behaviorista na qual o comportamento motor era</p><p>entendido como hábitos, ou seja, probabilidades de respostas</p><p>desenvolvidas com o aumento e força de associações</p><p>estimulo-resposta,</p><p> A Cognitivista na qual o comportamento motor era visto</p><p>como um resultado trivial de processos básicos como</p><p>percepção, cognição e memória.</p><p>A década de 70 foi um período muito especial na história da área</p><p>de Comportamento Motor como um todo, com o surgimento da</p><p>abordagem de processamento de informações. Em</p><p>Aprendizagem Motora, especificamente, ela provocou urna</p><p>mudança de enfoque do estudo das variáveis que afectam a</p><p>aprendizagen1 para a investigação dos mecanismos e processos</p><p>subjacentes a aquisição de habilidades motoras. Por esta razão,</p><p>esta fase foi denominada de fase de abordagem orientada ao</p><p>processo. Em Desenvolvimento Motor, por sua vez, ela</p><p>possibilitou urna mudança do estudo descritivo da sequência de</p><p>desenvolvimento, ou seja, da investigação do que muda e</p><p>quando muda para a investigação muda o movimento ao longo</p><p>do ciclo de vida (Connolly, 1970), em que o enfoque passou a</p><p>ser o estudo do desenvolvimento na capacidade de controlar</p><p>movimentos (Keogh, 1977). A abordagem de processamento de</p><p>informações, que continua até os dias de hoje, com constantes</p><p>avanços teóricos e metodológicos, procura dar enfâse as</p><p>operações mentais que acontecem entre o estímulo e a resposta,</p><p>ou seja, as actividades cognitivas que precedem a acção motora</p><p>propriamente dita (Stelmach,</p><p>1976; 1978). Nela, o organismo humano é considerado um</p><p>sistema auto-regulatório capaz de receber, processar, armazenar,</p><p>transmitir e utilizar informações, e isto tem possibilitado</p><p>especular-se sobre os processos e mecanismos envolvidos na</p><p>Aprendizagem Motora 12</p><p>organização e controle de movimentos como a selecção de</p><p>resposta, a programação motora, a detecção e correcção de erros,</p><p>e assim por diante (Adams, 1971; Keele, 1968).</p><p>A aprendizagem motora procura explicar o que acontece</p><p>internamente com o indivíduo, quando passa, por exemplo, de</p><p>um estado em que não sabia andar de bicicleta para um estado</p><p>em que o faz com proficiência. É, portanto, uma área de estudo,</p><p>preocupada com a investigação dos mecanismos e variáveis,</p><p>responsáveis pela mudança no comportamento motor do</p><p>indivíduo. O processo de aprendizagem motora é uma acção</p><p>considerada contínua, no desenrolar da vida dos seres humanos.</p><p>Para que isso ocorra de forma integral, é necessária a</p><p>intervenção de um profissional de Educação Física, sendo este</p><p>competente e responsável no processo de ensino-aprendizagem</p><p>das habilidades motoras.</p><p>A aprendizagem motora refere-se a ganhos relativamente</p><p>permanentes em habilidades motoras, associados à prática ou</p><p>experiência” (Schi Midt & Lee, 1999, apud Haywood &</p><p>Getchell, 2001). Portanto, todas as pessoas são capazes de</p><p>realizar um gesto motor.</p><p>Porém, cada uma possui diferenças, características e</p><p>comportamentos que poderão acarretar num alto ou baixo nível.</p><p>Cabe ao educador, planejar, adequar, criar e adaptar novas</p><p>situações para melhorar a qualidade das tarefas de</p><p>aprendizagem. Para que haja um retorno no processo de ensino</p><p>aprendizagem das habilidades motoras, é fundamental que o</p><p>professor colabore e incentive a aquisição de qualidade de</p><p>movimento, a fim de obter sucesso nas tarefas motoras.</p><p>As relações humanas são fundamentais, na realização</p><p>comportamental e profissional de um indivíduo. A educação é</p><p>uma das fontes mais importantes do desenvolvimento</p><p>comportamental e de valores para os seres humanos.</p><p>Neste sentido, a interacção professor aluno caracteriza-se pela</p><p>selecção de conteúdos, organização e didáctica para facilitar o</p><p>aprendizado dos alunos e a demonstração dos mesmos. O prazer</p><p>pelo aprender não é uma actividade que surge naturalmente, nos</p><p>Aprendizagem Motora 13</p><p>alunos, pois não é uma tarefa que cause satisfação. Ao contrário,</p><p>muitas vezes, torna-se obrigação.</p><p>É necessário que o professor tenha conscientização de que seu</p><p>papel é de facilitador de aprendizagem, aberto a novas</p><p>experiências, procurando compreender, numa relação empática,</p><p>também os sentimentos e os problemas de seus alunos e tentar</p><p>levá-los à auto-realização.</p><p>É considerado desenvolvimento motor o período que vai da</p><p>concepção até a morte, junto a mudanças na organização e ao</p><p>comportamento motor, dividido por faixas etárias. Segundo</p><p>Piaget (2003) apud Neira (2003), é primordial estar atento às</p><p>quatro fases de desenvolvimento, tais como:</p><p> Sensório-motor: estágio de reflexos inatos, manipulação</p><p>dos objectos (0/02 anos).</p><p> Pré-operatório: desenvolvimento da linguagem,</p><p>interacção com outras crianças, por meio de brinquedos,</p><p>desenvolvimento afectivo e moral, pensamento social</p><p>(02/07 anos).</p><p> Operatório-concreto: capacidade para reflectir, discutir e</p><p>conversar, passagem do egocentrismo à cooperação</p><p>social (07/12 anos).</p><p> Operatório-formal: capacidade para entender teorias</p><p>abstractas e para construir teorias abstractas, estender seu</p><p>pensamento até o infinito (12 anos...).</p><p>Cada uma dessas fases é caracterizada por formas diferentes de</p><p>organização mental que possibilitam as diferentes maneiras do</p><p>indivíduo relacionar-se com a realidade que o rodeia. De uma</p><p>forma geral, todos os indivíduos vivenciam essas quatro fases na</p><p>mesma sequência. Porém, o início e o término de cada uma delas</p><p>pode sofrer variações, em função da característica da estrutura</p><p>biológica.</p><p>O conhecimento é uma busca diária, não só encontrado em</p><p>meios académicos, como também em livros, conversas, jornais,</p><p>sites e, especialmente, vivenciado na rotina que sempre está à</p><p>procura de novas experiências e perspectivas. Além de</p><p>apresentar conhecimento, o educador deve reconhecer que as</p><p>suas referências devem ser ampliadas e analisadas, ou até</p><p>mesmo substituídas por novas fontes.</p><p>Aprendizagem Motora 14</p><p>Quando se refere a uma acumulação de teorias, ideias e</p><p>conceitos, o conhecimento surge como um produto resultante</p><p>dessas aprendizagens. Porém, como todo produto é indissociável</p><p>de um processo, podem-se então olhar o conhecimento como</p><p>uma actividade intelectual.</p><p>Existe uma classificação para a base do conhecimento que está</p><p>dividida em três partes:</p><p> Declarativo que é conhecer a informação; processual que</p><p>é saber como fazer algo de acordo com as regras</p><p>específicas;</p><p> Estratégica que é o conhecimento de regras em geral, que</p><p>podem ser generalizadas para outros domínios do</p><p>conhecimento.</p><p>chi (1981, apud haywood & getchell, 2004,) diz que, “uma base</p><p>de conhecimento é a quantidade de informação que uma pessoa</p><p>possui sobre um tópico específico”.</p><p>Nas décadas de 70 e 80, a formação do profissional de educação</p><p>física estava directamente ligada ao desporto, visando um único</p><p>objectivo, o de ensinar as habilidades motoras fundamentais, a</p><p>fim de seleccionar os alunos com maior rendimento para</p><p>participar da equipe da instituição.</p><p>A partir dos anos 90, surgiu uma enorme mudança no currículo</p><p>da educação física. Esta fase estava intimamente</p><p>voltada ao</p><p>aprender e ensinar. Nesse contexto, o conhecimento teórico é</p><p>fundamental, à medida que transmite o processo de ensino-</p><p>aprendizagem. após esta fase, o perfil do profissional de</p><p>educação física passou a ter maior importância e valor, no que</p><p>diz respeito ao currículo e representação, perante à sociedade.</p><p>A partir de 1996, a educação física passou a ser um componente</p><p>obrigatório no currículo da educação básica, sendo integrada à</p><p>proposta pedagógica da escola. Dessa forma, as aulas de</p><p>educação física passaram a ser elaboradas, de acordo com o</p><p>desenvolvimento psicomotor e com a faixa etária a ser</p><p>trabalhada.</p><p>Aprendizagem Motora 15</p><p>A Mudança interna no domínio motor do indivíduo, deduzida de</p><p>uma melhoria relativamente permanente em seu desempenho,</p><p>como resultado da prática.</p><p>No contexto educativo se promove no conjunto de actividades</p><p>globais da criança. No contexto desportivo-competitivo estuda e</p><p>aprimora a aquisição de desempenho performance técnico de</p><p>habilidades motoras isoladas. Habilidades motoras uma vez</p><p>aprendidas podem ser influenciadas por factores psicológicos,</p><p>fisiológicos ou ambientais.</p><p>Piaget</p><p>O desenvolvimento vem de dentro, como um feijão nasce de</p><p>dentro, a planta vem de dentro do feijão, o conhecimento já vem</p><p>de dentro mais pode ter interferência de fora.Como por exemplo,</p><p>o feijão nasce no sol ele seca, ou no frio ele estraga.“Os</p><p>professores podem guiá-las oralmente os materiais apropriados</p><p>mais o essencial é que, para que uma criança entenda, deve</p><p>construir ela mesma, deve reinventar.</p><p>Cada vez que ensinamos algo a uma criança estamos impedindo</p><p>que ela descubra por si mesma. Por outro lado, aquilo que</p><p>permitimos que descobrisse por si mesma, permanecerá com</p><p>ela”</p><p>(Jean Piaget)</p><p>http://1.bp.blogspot.com/_08kMX45cX9k/S5vqiEc3EJI/AAAAAAAAAEg/XrZoP4Qaycc/s1600-h/5F12B8_1.jpg</p><p>Aprendizagem Motora 16</p><p>Os principais Conceito</p><p>A Educação Infantil é o primeiro e decisivo passo para se atingir</p><p>a continuidade no ensino com produção e eficiência desejáveis,</p><p>tendo como objectivo principal o desenvolvimento da actividade</p><p>global que é caracterizado pelo prolongamento de experiências</p><p>de movimentos básicos, facilitando a escolaridade da criança e</p><p>incorporando-se directamente em outras fases do</p><p>desenvolvimento ao longo da vida (NANNI, 1998).</p><p>Com o avanço da idade cronológica, a criança passa a ser</p><p>integrante de mais um grupo social: a escola. O seu ingresso</p><p>exige modificações e adaptações das estruturas afectivas,</p><p>cognitivas, motoras e sociais.</p><p>Gallahue e Ozmun (2002) o desenvolvimento motor sofre</p><p>grande influência, do meio social e biológico, podendo sofre</p><p>alterações durante seu processo. Sabe-se que a escola é um dos</p><p>locais de oferta de espaço adequado para o desenvolvimento</p><p>motor da criança, visto que o brincar significa o meio mais</p><p>importante para as aprendizagens dos pequenos.</p><p>O conhecimento das características motoras possibilita saber</p><p>se as experiências recebidas nos diversos contextos são as</p><p>necessárias para garantirem bom desenvolvimento da</p><p>aprendizagem. O que se espera é que as crianças possam da</p><p>melhor maneira possível, apresentar em cada período de vida</p><p>uma boa qualidade de movimento (Vasconcellos, 1995). Para</p><p>Oliveira (2001), para que haja contribuições nas habilidades</p><p>motoras das crianças, é necessário um desenvolvimento</p><p>adequado das mesmas sobre as aprendizagens dos escolares.</p><p>Tendo em vista a curiosidade do homem no estudo do</p><p>desenvolvimento motor, buscou-se por meio de uma breve</p><p>discussão literária melhor entender e discutir as contribuições da</p><p>Aprendizagem Motora 17</p><p>educação física no que tange o desenvolvimento motor de</p><p>crianças na educação infantil.</p><p>Motricidade fina</p><p>Motricidade Fina “é uma actividade de movimento</p><p>espacialmente pequena, que requer um emprego de força</p><p>mínima, mas grande precisão ou velocidade ou ambos, sendo</p><p>executada principalmente pelas mãos e dedos, às vezes também</p><p>pelos pés” (Meinel, 1984).</p><p>A coordenação fina diz respeito à habilidade e destreza manual</p><p>ou pedal constituindo-se como um aspecto particular na</p><p>coordenação global.</p><p>Habilidades motoras finas requerem a capacidade de controlar os</p><p>músculos pequenos do corpo, a fim de atingir a execução bem-</p><p>sucedida da habilidade (Magill, 1984). Conforme Canfield</p><p>(1981), a motricidade fina envolve a coordenação óculo-manual</p><p>e requerem um alto grau de precisão no movimento para o</p><p>desempenho da habilidade específica, num grande nível de</p><p>realização. Podemos citar exemplo da necessidade desta</p><p>habilidade que seria na realização de tarefas como escrever,</p><p>tocar piano, trabalhar em relógios etc.</p><p>A coordenação viso manual representa a actividade mais</p><p>frequente utilizada pelo homem, pois actua para inúmeras</p><p>actividades como pegar ou lançar objectos, escrever, desenhar,</p><p>pintar, etc (Rosa Neto, 1996). Velasco (1996) destaca que “a</p><p>interacção com pequenos objectos exige da criança os</p><p>movimentos de preensão e pinça que representam a base para o</p><p>desenvolvimento da coordenação motora fina”.</p><p>Motricidade global</p><p>Aprendizagem Motora 18</p><p>Segundo Batistella (2001), a motricidade global tem como</p><p>objectivo a realização e a automação dos movimentos globais</p><p>complexos, que se desenrolam num certo período de tempo e</p><p>que exigem a actividade conjunta de vários grupos musculares.</p><p>A motricidade global envolve movimentos que envolvem</p><p>grandes grupos musculares em acção simultânea, com vistas à</p><p>execução de movimentos voluntários mais ou menos complexos.</p><p>Dessa forma, as capacidades motoras globais são caracterizadas</p><p>por envolver a grande musculatura como base principal de</p><p>movimento. No desempenho de habilidades motoras globais, a</p><p>precisão do movimento não é tão importante para a execução da</p><p>habilidade, como nos casos das habilidades motoras finas.</p><p>Embora a precisão não seja um componente importante nesta</p><p>tarefa, a coordenação perfeita na realização deste movimento é</p><p>imprescindível ao desenvolvimento hábil desta tarefa (Magill,</p><p>1984).</p><p>A coordenação global e as experimentações feitas pela criança</p><p>levam a adquirir a dissociação do movimento, levando-a a ter</p><p>condições de realizar diversos movimentos simultaneamente,</p><p>sendo que cada um destes movimentos pode ser realizado com</p><p>membros diferentes sem perder a unidade do gesto (Oliveira,</p><p>2001).</p><p>A conduta motora, de coordenação motora global é concretizada</p><p>através da maturação, motora e neurológica da criança. Para isto</p><p>ocorrer haverá um refinamento das sensações e percepções,</p><p>visual, auditiva, sinestesia, táctil e principalmente próprio-</p><p>ceptiva, através da solicitação motora que as actividades infantis</p><p>requerem (VELASCO, 1996).</p><p>Equilíbrio</p><p>O equilíbrio é a base primordial de toda acção diferenciada dos</p><p>membros superiores. Quanto mais defeituoso é o movimento</p><p>mais energia consome, tal gasto energético poderia ser</p><p>canalizado para outros trabalhos neuromusculares. Nesta luta</p><p>constante, ainda que inconsciente, contra o desequilíbrio resulta</p><p>numa fatiga corporal, mental e espiritual, aumentando o nível de</p><p>stress, ansiedade, e angústia do indivíduo.</p><p>Aprendizagem Motora 19</p><p>A postura é a actividade reflexa do corpo com respeito ao</p><p>espaço. O equilíbrio considerado como o estado de um corpo,</p><p>quando distintas e encontradas forças que atuam sobre ele se</p><p>compensam e se anulam mutuamente. Desde o ponto de vista</p><p>biológico, a possibilidade de manter posturas, posições e atitudes</p><p>indica a existência de equilíbrio.</p><p>O equilíbrio tónico postural do sujeito, seu gesto, seu modo de</p><p>respirar, sua atitude, etc., é o reflexo de seu comportamento,</p><p>porém ao mesmo tempo de suas dificuldades e de seus</p><p>bloqueios. Para voltar a encontrar seu estado de equilíbrio</p><p>biopsicossocial, é necessário liberar os pontos de maior tensão</p><p>muscular (couraças</p><p>musculares), isto é, o conjunto de reacções</p><p>tónicas de defesa integradas a atitude corporal. No plano da</p><p>organização neuropsicológica, se pode dizer que o equilíbrio</p><p>tónico postural constitui o modelo de auto-regulação do</p><p>comportamento ( Neto, 1996).</p><p>Asher (1975), considera que as variações da postura estão</p><p>associadas a períodos de crescimento, aparecendo como uma</p><p>resposta aos problemas de equilíbrio que costumam ocorrer</p><p>segundo as mudanças nas proporções corporais e seus</p><p>segmentos. Conforme Rosa Neto (1996), a postura inadequada</p><p>está associada a uma excessiva tensão que favorece um maior</p><p>trabalho neuromuscular, dificultando a transmissão e</p><p>informações dos impulsos nervosos.</p><p>Esquema corporal</p><p>A imagem do corpo representa uma forma de equilíbrio. Em um</p><p>contexto de relações mútuas do organismo e do meio é onde se</p><p>organiza a imagem do corpo como núcleo central da</p><p>personalidade (Neto, 1996).</p><p>O esquema corporal é um elemento básico indispensável para a</p><p>formação da personalidade da criança. É a representação</p><p>relativamente global, científica e diferenciada que a criança tem</p><p>de seu próprio corpo (Wallon, 1975).</p><p>A criança percebe-se e percebe os seres e as coisas que a cercam,</p><p>em função de sua pessoa. Sua personalidade se desenvolverá a</p><p>uma progressiva tomada de consciência de seu corpo, de seu ser,</p><p>de suas possibilidades de agir e transformar o mundo à sua volta.</p><p>Ela se sentirá bem na medida em que seu corpo lhe obedece, em</p><p>Aprendizagem Motora 20</p><p>que o conhece bem, em que o utiliza não só para movimentar-se,</p><p>mas também para agir (Pereira, 2002).</p><p>As actividades tónicas, que está relacionada à atitude, postura e a</p><p>actividade cinética, orientada para o mundo exterior. Essas duas</p><p>orientações da actividade motriz (tónica e cinética), com a</p><p>incessante reciprocidade das atitudes, da sensibilidade e da</p><p>acomodação perceptiva e mental, correspondem aos aspectos</p><p>fundamentais da função muscular, que deve assegurar a relação</p><p>com o mundo exterior graças aos deslocamentos e movimentos</p><p>do corpo (mobilidade) e assegurar a conservação do equilíbrio</p><p>corporal, infra-estrutura de toda acção diferenciada (tono). A</p><p>função tónica se apresenta em um plano fisiológico, em dois</p><p>aspectos: o tono de repouso o estado de tensão permanente do</p><p>músculo que se conserva inclusive durante o sono; o tono de</p><p>atitude, ordenado e harmonizado pelo jogo complexo dos</p><p>reflexos da atitude, sendo estes mesmos, resultado das sensações</p><p>próprio perceptivas e da soma dos estímulos provenientes do</p><p>mundo exterior.</p><p>A imagem corporal como resultado complexo de toda a</p><p>actividade cinética, sendo a imagem do corpo a síntese de todas</p><p>as mensagens, de todos os estímulos e de todas as acções que</p><p>permitam a criança se diferenciar do mundo exterior, e de fazer</p><p>do “EU” o sujeito de sua própria existência. O esquema corporal</p><p>pode ser definido no plano educativo, como a chave de toda a</p><p>organização da personalidade.</p><p>Organização espacial</p><p>A noção do espaço é uma noção ambivalente, ao mesmo tempo</p><p>concreta e abstracta, finita e infinita. Na vida quotidiana</p><p>utilizamos constantemente os dados sensoriais e perceptivos</p><p>relativos ao espaço que nos rodeia. Estes dados sensoriais</p><p>contêm as informações sobre as relações entre os objectos que</p><p>ocupam o espaço, porém, é nossa actividade perceptiva baseada</p><p>sobre a experiência do aprendizado a que lhe dá um significado.</p><p>A organização espacial depende simultaneamente da estrutura de</p><p>nosso próprio corpo (estrutura anatómica, biomecânica,</p><p>fisiológica, etc.), da natureza do meio que nos rodeia e de suas</p><p>características.</p><p>Todas as modalidades sensoriais participam pouco ou muito na</p><p>percepção espacial: a visão; a audição; a própria percepção; e o</p><p>Aprendizagem Motora 21</p><p>olfacto. A orientação espacial designa nossa habilidade para</p><p>avaliar com precisão a relação física entre nosso corpo e o meio</p><p>ambiente, e a tratar as modificações no curso de nossos</p><p>deslocamentos.</p><p>As primeiras experiências espaciais estão estreitamente</p><p>associadas ao funcionamento dos diferentes receptores sensoriais</p><p>sem os quais a percepção subjectiva do espaço não poderia</p><p>existir; a integração contínua das informações recebidas conduz</p><p>a sua estruturação, e acção eficaz sobre o meio externo. Olho e</p><p>ouvido; labirinto; receptores articulares e tendinosos; fusos</p><p>neuromusculares e pele; representam o ponto de partida de nossa</p><p>experiência espacial.</p><p>A percepção relativa à posição do corpo no espaço e de</p><p>movimento tem como origem estes diferentes receptores com</p><p>seus limites funcionais, enquanto a orientação espacial dos</p><p>objectos ou dos elementos do meio, necessita mais da visão e</p><p>audição. Está praticamente estabelecido que da interacção e da</p><p>integração destas informações internas e externas provem nossa</p><p>organização espacial.</p><p>Segundo as características das nossas actividades, podemos</p><p>utilizar duas dimensões do espaço plano distância ou</p><p>profundidade. A pele apresenta receptores tácteis onde a</p><p>concentração modifica de uma região a outra no corpo. A</p><p>separação dos pontos de estimulação permite fazer diferenças</p><p>entre o contínuo e o distinto. Os índices tácteis, associados aos</p><p>índices inestéticos resultam da exploração de um objecto que</p><p>permite o reconhecimento das formas (Estero gnosia) em</p><p>ausência da visão (sentido hepático). Os deslocamentos de uma</p><p>parte do corpo sobre uma superfície plana podem ser apreciados</p><p>pela sinestesia tanto no caso dos movimentos lineares como</p><p>angulares. As sensações vestibulares abastecem índices sobre</p><p>certos dados espaciais (orientação, velocidade e aceleração).</p><p>Chegam aos núcleos vestibulares, ao cerebelo e ao lóbulo</p><p>frontal, porém só contribuem muito debilmente a percepção dos</p><p>deslocamentos. Não obstante, durante os deslocamentos passivos</p><p>onde a visão e a sinestesia não intervêm, a orientação espacial</p><p>diminui, geralmente se existe lesão do sistema vestibular</p><p>Organização temporal</p><p>Aprendizagem Motora 22</p><p>Percebemos o transcurso do tempo a partir das mudanças que se</p><p>produzem durante um período estabelecido e da sua sucessão</p><p>que transforma progressivamente o futuro em presente e depois</p><p>em passado. Assim aparecem os dois grandes componentes da</p><p>organização temporal, a ordem e a duração, que o ritmo reúne, o</p><p>primeiro define a sucessão que existe entre os acontecimentos</p><p>que se produzem, uns a continuação de outros, numa ordem</p><p>física irreversível; a segunda permite a variação do intervalo que</p><p>separa os dois pontos, o princípio e o fim de um acontecimento.</p><p>Esta medida possui diferentes unidades cronometrias como o dia</p><p>e suas divisões, horas, minutos e segundos. A ordem ou</p><p>distribuição cronológica das mudanças ou acontecimentos</p><p>sucessivos representa o aspecto qualitativo do tempo e a duração</p><p>seu aspecto quantitativo.</p><p>A organização temporal inclui uma dimensão lógica</p><p>(conhecimento da ordem e duração, os acontecimentos se</p><p>sucedem com intervalos), uma dimensão convencional (sistema</p><p>cultural de referências, horas, dias, semanas, meses, e anos) e um</p><p>aspecto de vivência, que aparece antes dos outros dois</p><p>(percepção e memória da sucessão e da duração dos</p><p>acontecimentos na ausência de elementos lógicos ou</p><p>convencionais). A consciência do tempo se estrutura sobre as</p><p>mudanças percebidas, independente de ser sucessão ou duração,</p><p>sua retenção depende da memória e da codificação da</p><p>informação contida nos acontecimentos. Os aspectos</p><p>relacionados à percepção do tempo, evolucionam e amadurecem</p><p>com a idade. No tempo psicológico organizamos a ordem dos</p><p>acontecimentos e estimamos sua duração, construindo assim</p><p>nosso próprio tempo. A percepção da ordem nos leva a distinguir</p><p>o simultâneo do sucessivo, variando o umbral segundo os</p><p>receptores utilizados.</p><p>A percepção da duração começa pela discriminação do</p><p>instantâneo e do duradouro que se estabelece a partir de 10 ms a</p><p>50ms para a audição e</p><p>100ms a 120ms para a visão.</p><p>Lateralidade</p><p>O corpo humano está caracterizado pela presença de partes</p><p>anatómicas pares e globalmente simétricas. Esta simetria</p><p>anatómica se redobra, não obstante, por uma assimetria</p><p>funcional no sentido de que certas actividades que só intervêm</p><p>numa das partes. Por exemplo, escrevemos com uma só mão; os</p><p>Aprendizagem Motora 23</p><p>centros de linguagem se situam na maioria das pessoas no</p><p>hemisfério esquerdo. A lateralidade é a preferência da utilização</p><p>de uma das partes simétricas do corpo: mão, olho, ouvido, perna;</p><p>a lateralização cortical é a especialidade de um dos dois</p><p>hemisférios enquanto ao tratamento da informação sensorial ou</p><p>enquanto ao controle de certas funções.</p><p>A lateralidade está em função de um predomínio que outorga a</p><p>um dos dois hemisférios a iniciativa da organização do ato</p><p>motor, que desembocará na aprendizagem e a consolidação das</p><p>praxais. Esta atitude funcional, suporte da intencionalidade, se</p><p>desenvolve de forma fundamental no momento da actividade de</p><p>investigação, ao largo da qual a criança vai enfrentar-se com seu</p><p>meio. A acção educativa fundamental para colocar a criança nas</p><p>melhores condições para aceder a uma lateralidade definida,</p><p>respeitando factores genéticos e ambientais, é permitir-lhe</p><p>organizar suas actividades motoras</p><p>Segundo Pereira (2002), a definição de uma das partes do corpo</p><p>só ocorre por volta dos sete anos de idade, antes disso, devem-se</p><p>estimular ambos os lados, para que a criança possa descobrir por</p><p>si só, qual o seu lado de preferência. “A preferência pelo uso de</p><p>uma das mãos geralmente se evidencia aos três anos”.</p><p>O padrão de crescimento e comportamento motor humano que se</p><p>modifica por meio da vida e do tempo; e a grande quantidade de</p><p>influência que os afectam, constituem basicamente por</p><p>diferentes teorias científicas e sustentam a evolução de estudos</p><p>que se caracterizam pelas técnicas de pesquisa e pelos meios</p><p>utilizados na obtenção de dados, que são elaborados e discutidos,</p><p>como forma de elucidar os diferentes viesses que perfazem a</p><p>existência do homem e sua evolução física, orgânica, cognitiva e</p><p>psicológica. Os conceitos, ilustrações e teorias adicionam ao</p><p>contexto, a estrutura necessária para que tais estudos possam</p><p>legitimar-se e oferecer fundamentos fidedignos sobre as</p><p>hipóteses que pretendem estabelecer e discutir. É importante</p><p>lembrar que o carácter estatístico de nível normal de referência</p><p>dos testes não engloba o mesmo valor para todas as populações,</p><p>tendo em conta os aspectos afectivos e sociais.</p><p>Aprendizagem Motora 24</p><p>Normalmente utilizam-se testes para conhecer as características</p><p>e necessidades individuais das pessoas, isto se torna</p><p>indispensável se pensar em cada vez mais atender o</p><p>desenvolvimento das pessoas, em especial as crianças, como o</p><p>máximo de acertos possíveis para que seu desenvolvimento</p><p>ocorra dentro dos períodos desejáveis, contribuindo assim, para</p><p>com um desenvolvimento pleno.</p><p>Para que tenhamos estas informações devemos lançar mão de</p><p>meios auxiliares que como já comentamos anteriormente seria a</p><p>utilização de testes. É importante destacar que para esta</p><p>avaliação não são utilizados somente um único teste e sim um</p><p>conjunto de testes, a fim de examinarmos a criança em todas as</p><p>dimensões do desenvolvimento humano.</p><p>A observação do comportamento humano feito através de testes</p><p>já se constitui prática antiga, através de estudos realizados por</p><p>autores clássicos, como Ozeretski, Guilmain, Grajon, Zazzo,</p><p>Piaget, Stambak, Picq e Vayer,(2000), entre outros que se</p><p>dedicaram ao estudo da criança.</p><p>Testes padronizados, que embora bastante antigos, mas que</p><p>frequentemente são revisados destacam-se na avaliação física,</p><p>afectiva, cognitiva e motora dos seres humanos.</p><p>De acordo com Rigal et al. (1993), existe uma grande</p><p>quantidade de testes, que por sua facilidade de utilização e sua</p><p>relação com as diferentes aprendizagens escolares, são muito</p><p>úteis para medir o comportamento humano, entre eles,</p><p>destacamos a Escala de Desenvolvimento Motor – EDM.</p><p>Embora, neste estudo, não tenha ocorrido transferência bilateral,</p><p>a literatura é clara quanto à importância desta variável no</p><p>treinamento de habilidades motoras.</p><p>Um princípio de aprendizagem importante a se ter em mente é</p><p>que a prática que ocorre no início da aprendizagem de uma</p><p>habilidade motora é muito orientada para aspectos cognitivos.</p><p>Este princípio pode ser muito facilmente adaptado às</p><p>Aprendizagem Motora 25</p><p>necessidades práticas no planeamento da instrução e na</p><p>organização de sessões de treinamento em que o</p><p>desenvolvimento bilateral de habilidades é necessário.</p><p>As sessões de treinamento iniciais devem concentrar-se no</p><p>desenvolvimento de algum nível de proficiência com o membro</p><p>preferido. Ao atingir este nível de proficiência, o estudante</p><p>responderá muitas das perguntas básicas acerca do desempenho</p><p>da habilidade com o membro não preferido.</p><p>Segundo Magill (1984) depois de um estudante mostrar certo</p><p>grau de proficiência na habilidade com o membro preferido,</p><p>indicativo de que ele pelo menos já está evoluindo além do</p><p>primeiro estágio de aprendizagem, então o treinamento com o</p><p>membro não preferido deve ser introduzido. Este enfoque ao</p><p>desenvolvimento bilateral de habilidades deveria resultar em um</p><p>meio eficiente e eficaz de aprender uma habilidade motora.</p><p>A Educação Física no mundo passou por várias fases para poder</p><p>ser reconhecida como ela é hoje, foi um processo de</p><p>transformação que ocorreu ao longo do tempo, afinal de contas</p><p>não paramos no espaço, e muitas coisas vão mudando e muito</p><p>ainda vai mudar e isso é inegável, portanto, é imprescindível que</p><p>todo professor de educação física conheça-a, pois tem todo um</p><p>histórico de colaboração que devemos considerar importante</p><p>para a actual educação física estudada nas escolas, para que se</p><p>faça uma reflexão do contexto actual e corrigir muitos erros</p><p>ainda cometidos por muitos profissionais.</p><p>São tendências (higienista, militar, pedagogista e popular), que</p><p>ajudam a entender esse processo de conjuntura que sofre a</p><p>educação física mundial, que por sinal, muito ainda vai mudar.</p><p>Hoje a Educação Física é entendida como uma área de</p><p>conhecimento da Cultura Corporal de movimento e deve cuidar</p><p>do corpo não como algo mecânico, visando apenas o</p><p>desenvolvimento do aspecto físico, independentemente dos</p><p>demais, como era anteriormente, décadas atrás, mas sim na</p><p>perspectiva de sua relação com os outros sistemas:</p><p> O mental,</p><p> O emocional,</p><p>Aprendizagem Motora 26</p><p> O estético,</p><p> O religioso entre outros.</p><p>A mesma deve ser compreendida como uma disciplina que</p><p>introduz e integra o aluno na Cultura Corporal do movimento,</p><p>alinhando-se aos objectivos educacionais, facilitando e</p><p>promovendo a educação do corpo e movimento para a</p><p>diversidade, formando o cidadão que vai reproduzi-la e</p><p>transformá-la, instrumentalizando-o para usufruir dos jogos, dos</p><p>desportos, das danças, das lutas e das ginásticas em benefício de</p><p>sua qualidade de vida e consequentemente contribuindo com o</p><p>desenvolvimento do indivíduo nas demais disciplinas, porque, se</p><p>o ser humano possui uma prática de actividade física saudável,</p><p>poderá contribui para o desenvolvimento moral, social e cultural</p><p>através da interacção com seus pares, o que permite o mesmo</p><p>reconhecer-se no meio, possibilitando ao aluno desenvolver</p><p>valores como respeito mútuo, confiança e muitas outras</p><p>características fundamentais para o desenvolvimento integral do</p><p>indivíduo.·</p><p>Sendo assim, se faz necessário ostentar planos de ensino</p><p>inclusivo e participativo para suplantar o histórico da educação</p><p>física, que, embora estejamos em pleno século XXI, ainda</p><p>adopta-se em muitos momentos a selectividade do indivíduo em</p><p>aptos ou inaptos devido não dominar determinado gesto motor</p><p>ou por</p><p>afinidade ou não afinidade a determinada modalidade</p><p>desportiva, levando alguns alunos a se auto excluírem por não</p><p>dominar especifico gesto mecânico do movimento.·</p><p>É essencial que gestores escolares proporcionem oportunidade</p><p>para que todos tenham ascensão ao conhecimento da cultura</p><p>corporal, como um agrupamento de informação indispensável</p><p>para o desenvolvimento e exercício da cidadania de forma</p><p>democrática. Mesmo que a Educação Física partilhe e evidencie</p><p>a prática desportiva, muitos professores acabaram esquecendo a</p><p>ciência e experiência dos métodos produzidos ao longo da</p><p>história da humanidade, pelo facto de encontrarmos educadores</p><p>descomprometidos e enraizados em determinadas actividades de</p><p>carácter excludente.</p><p>É importante notar que, a Educação Física é um vultoso</p><p>instrumento para a formação e a inclusão social do educando, é</p><p>uma disciplina que permite trabalhar o desporto educacional</p><p>Aprendizagem Motora 27</p><p>com vistas ao exercício da cidadania através de todos os</p><p>benéficos que o desporto traz aos seus praticantes.</p><p>Com o propósito de estabelecer o carácter educativo e apresentar</p><p>a participação efectiva da Educação Física no processo da</p><p>escolarização do educando, tem-se vinculado à Educação Física</p><p>a objectivos e conhecimentos nem sempre da área, por</p><p>consequência evidenciam-se a dificuldade na organização e</p><p>sistematização de conhecimentos que compõem uma aula de</p><p>Educação Física. Na visão científica, esse pouco conhecimento</p><p>contribui para que a mesma não seja considerada um</p><p>componente curricular, observa-se na escola a preocupação</p><p>muitas vezes em apenas ensinar os movimentos, passar pelas</p><p>actividades e praticar exercícios, evidenciando a tendência do</p><p>“fazer pelo fazer”. Embora, tem-se que o movimento executado</p><p>possa ter um significado em si mesmo, considerar-se-á de pouco</p><p>valor educativo se não houver possibilidade de ser utilizado pelo</p><p>aluno fora do ambiente escolar, para solucionar problemas</p><p>motores surgidos na sua vida. Com a finalidade de se elaborar o</p><p>conhecimento escolarizado da Educação Física, este poderá ser</p><p>compreendido como um conjunto de conhecimentos sobre o</p><p>movimento humano, compostos por conceitos, habilidades,</p><p>valores, atitudes, normas e princípios, que se aprende,</p><p>compreende e aplica, em todos os momentos que houver a</p><p>intenção do seu emprego. Esse conjunto de conhecimentos ao</p><p>ser socializado na escola, oportuna ará a optimização das</p><p>possibilidades e potencialidades para a movimentação genérica</p><p>ou específica. O conhecimento ao ser disseminado necessita</p><p>estar organizado e adequado à realidade, considerando-se as</p><p>características sociais, culturais e do nível de desenvolvimento</p><p>biológico dos alunos, quando sistematizada ultrapassa o saber</p><p>fazer. Precisa estar constituída por conhecimentos para que</p><p>efectivamente ocorra a aprendizagem, o aluno ao ter participado</p><p>de um programa de Educação Física deverá ter conhecimentos</p><p>suficientes para saber como e por que utilizar-se de determinado</p><p>movimento em diferentes situações. Os conceitos que podem ser</p><p>aprendidos na escola devem fundamentar a realização dos</p><p>movimentos indispensáveis ao homem seja na escola ou fora</p><p>dela.</p><p>Aprendizagem Motora 28</p><p>Sumário</p><p>Aprendizagem Motora (AM) é definida como o conjunto de</p><p>processos cognitivos associados à experiência e à prática que</p><p>resulta em mudanças relativamente permanentes no</p><p>comportamento motor. Assim aprender exige uma modificação</p><p>estrutural interna que se observa geralmente através do</p><p>desempenho numa alteração estável (persistente no tempo) do</p><p>comportamento do indivíduo como resultado da prática e ou</p><p>experiência.</p><p>Exercícios 1</p><p>1. O que é Aprendizagem Motora? Qual é o seu objecto de</p><p>estudo?</p><p>2. Quais são as áreas de actuação da Aprendizagem</p><p>motora?</p><p>3. Comenta sobre tudo que sabe da Aprendizagem motora?</p><p>Aprendizagem Motora 29</p><p>Unidade nº 2</p><p>Introdução ao estudo do</p><p>Movimento Humano</p><p>Actualmente, a análise do movimento passou a ser rotina nos</p><p>especializados laboratórios de biomecânica. Dados da</p><p>cinemática tridimensional são obtidos por meio de câmaras</p><p>infravermelhas sincronizadas. A força de reacção ao solo utiliza</p><p>plataformas de força ao nível do solo. O padrão de actividade</p><p>muscular é capturado por um sistema múltiplo de</p><p>electromiografia. Os resultados são as forças torques e potências</p><p>articulares calculadas em combinação com os dados</p><p>cinemáticos, forças de reacção ao solo e características</p><p>antropométricas individuais. Estes dados são utilizados então</p><p>para descrever o movimento normal e patológico.</p><p>Ao completares esta unidade / lição, serás capaz de:</p><p>Objectivos</p><p> Conhecer a importância do movimento Humano;</p><p> Saber descrever como são avaladadas os movimentos e as suas acções.</p><p>Aprendizagem Motora 30</p><p>O conceito de movimento humano,</p><p>Segundo Go Tani (1988) movimentos estão presentes em todas</p><p>as actividades humanas: no quotidiano, no trabalho, no lazer e</p><p>no desporto. Embora em Educação Física os movimentos</p><p>desportivos sejam enfatizados, convém ressaltar que os</p><p>mecanismos envolvidos em qualquer um destes movimentos são</p><p>basicamente os mesmos. A diferença fundamental está nas</p><p>informações específicas recebidas, processadas e utilizadas por</p><p>estes mecanismos na organização e controle dos movimentos.</p><p>Cada tarefa específica demanda o processamento de informações</p><p>específicas. Neste sentido, é importante enfatizar que os</p><p>conhecimentos adquiridos como resultado de pesquisa em áreas</p><p>relacionadas, como Performance Humana, Engenharia Humana,</p><p>Ergonomia e Psicologia Experimental, devem ser assimilados e</p><p>efectivamente utilizados pela Educação Física, contribuindo para</p><p>uma compreensão mais abrangente e profunda do movimento</p><p>humano</p><p>Movimentos do corpo humano</p><p>Newell (1978), refere-se geralmente ao deslocamento do corpo e</p><p>membros produzido como uma consequência do padrão espacial</p><p>Aprendizagem Motora 31</p><p>e temporal da contracção muscular. Pelo fato de o movimentos</p><p>caracterizar por um deslocamento do corpo num determinado</p><p>padrão espacial e temporal, ele é um comportamento observável</p><p>e mensurável. Todos os movimentos manifestam certas</p><p>características espaciais e temporais observáveis, todavia é</p><p>preciso considerar que o comportamento observável é resultado</p><p>de um processo interno que ocorre no sistema nervoso. O</p><p>movimento tem, portanto, duplo aspecto</p><p>Movimentos de flexão e extensão</p><p>Os movimentos de flexão e extensão são encontrados em quase</p><p>todas as articulações sinoviais, ou completamente móveis, do</p><p>corpo, incluindo artelhos, tornozelos, joelhos, quadril, tronco,</p><p>ombro, cotovelo, punho e dedos. A flexão faz com que haja</p><p>diminuição do ângulo relativo dos segmentos, ou seja,</p><p>aproximação dos segmentos. Já a extensão faz com que haja</p><p>aumento do ângulo relativo.</p><p>Movimentos de adução e abdução</p><p>Os movimentos de adução e abdução não são tão comuns quanto</p><p>à flexão e à extensão, e ocorrem somente nas articulações</p><p>metatarso falângicas, do quadril, do ombro, do punho, e</p><p>metacarpo falangetas. A abdução é o movimento para longe da</p><p>linha média do corpo ou do segmento. Já a adução é o</p><p>movimento de aproximação da linha média do corpo ou dos</p><p>segmentos.</p><p>Movimentos de rotação interna e rotação externa</p><p>As rotações podem ser tanto mediais, também chamadas de</p><p>internas quanto laterais, também chamadas de externas. Como a</p><p>linha média atravessa os segmentos do tronco e da cabeça, as</p><p>rotações nesses segmentos são descritas para a esquerda e para a</p><p>direita a partir da perspectiva de quem realiza.</p><p>Além desses movimentos, existem termos especializados.</p><p>Segundo Hamill e Knutzen (1999), essas denominações são para</p><p>as</p><p>regiões do tronco, escápula, antebraço, coxa, braço, e pé.</p><p>A flexão lateral direita e esquerda é um movimento que se aplica</p><p>apenas ao movimento da cabeça e do tronco. A cintura escapular</p><p>tem nome de movimento especializado que pode ser descrito</p><p>observando-se o movimento das escápulas. O levantamento das</p><p>Aprendizagem Motora 32</p><p>escápulas é denominado elevação enquanto o movimento</p><p>contrário é denominado depressão. Se as escápulas se movem</p><p>afastando-se uma da outra, o movimento é denominado rotação</p><p>ou abdução.</p><p>O movimento de retorno das escápulas é chamado de retracção</p><p>ou adução. Além disso, as escápulas podem fazer rotação para</p><p>cima, no sentido da base da escápula se afastar do tronco e a</p><p>borda superior move-se no sentido a aproximar-se do tronco.</p><p>Este movimento denomina-se rotação para cima, e sua volta</p><p>rotação para baixo.·</p><p>No braço e na coxa, as combinações de flexão e adução são</p><p>denominadas de adução horizontal, e as combinações de</p><p>extensão e abdução são denominadas de abdução horizontal.</p><p>Ambas as denominações são realizadas com os membros de</p><p>forma horizontal ao solo, sendo que a adução aproxima-se da</p><p>linha média do corpo e a abdução afasta-se da linha média do</p><p>corpo.</p><p>No antebraço, os movimentos de pronação e supinação ocorrem</p><p>com a sobreposição do rádio sobre a ulna. A supinação é o</p><p>movimento no qual a palma da mão é voltada para a frente</p><p>(como na região anatómica de referência), e a pronação, as</p><p>palmas devem estar voltadas para a parte posterior do corpo.</p><p>Estes movimentos também podem ser chamados de rotação</p><p>externa (supinação) e rotação interna (pronação).</p><p>No punho, o movimento em direcção ao polegar é denominado</p><p>desvio radial, e em direcção ao dedo mínimo é denominado</p><p>desvio ulnar. Nos pés, os movimentos de flexão e extensão são</p><p>especializados para flexão plantar dorsiflexão e flexão plantar,</p><p>respectivamente. Além disso, o pé apresenta outro grupo de</p><p>movimentos especializados chamados de inversão e eversão, que</p><p>ocorrem nas articulações intertársicas e metatársicas.</p><p>A inversão do pé ocorre quando a borda medial do pé levanta de</p><p>modo que a sola do pé vira-se para dentro em direcção ao outro</p><p>pé. Já a eversão é o movimento oposto do pé quando a sola vira-</p><p>se para fora.</p><p>E finalmente a circundação, que pode ser realizada por qualquer</p><p>articulação que tenha o potencial em mover-se em duas</p><p>direcções, de modo que se realize um movimento circular.</p><p>Para definir os movimentos das articulações e segmentos e para</p><p>registar a localização no espaço de pontos específicos no corpo,</p><p>é necessário um ponto de referência. (Smith, Weiss e Lehmkuhl,</p><p>Aprendizagem Motora 33</p><p>1997). Hall (2000) indica que a terminologia especializada é</p><p>necessária, pois é capaz de identificar com exactidão a posição e</p><p>direcções corporais.</p><p>Ao se estudar as várias articulações do corpo e analisar seus</p><p>movimentos, se convencionou caracterizar de acordo com planos</p><p>específicos de movimento</p><p>Hamill e Knutzen (1999) e Hall (2000) relacionam a descrição</p><p>do movimento por meio de um sistema de planos e eixos. Para</p><p>tanto, três pontos imaginários são posicionados pelo corpo em</p><p>ângulos rectos de modo que façam intersecção no centro de</p><p>massa do corpo ou centro de gravidade do corpo. O movimento</p><p>é dito como ocorrendo em um plano específico se estiver ao</p><p>longo desse plano ou paralelo a ele. Existem três tipos de planos,</p><p>sendo ele plano sagital, plano frontal e plano transverso.</p><p>Sumário</p><p>A colaboração da Educação Física enquanto área de</p><p>conhecimento deve ser a de possibilitar às crianças de qualquer</p><p>faixa etária autoconhecimento e reflexões acerca de sua</p><p>linguagem e capacidade corporal de modo que possam se</p><p>expressar em qualquer actividade dentro ou fora de instituição</p><p>escolar.</p><p>É importante ressaltar aos profissionais da disciplina de</p><p>Educação Física que elaborem seus planos de aula de modo que</p><p>não passem e errada impressão de que se trata apenas de uma.</p><p>Exercício 2</p><p>1. Identifique a importância dos fundamentos na educação física:</p><p>a) Quais são os principais fundamentos de educação</p><p>física.</p><p>b) Quais são os planos de visão das tarefas na educação</p><p>física.</p><p>c) Como classificar os movimentos.</p><p>Aprendizagem Motora 34</p><p>Unidade nº 3</p><p>Fundamentos da educação</p><p>física na aprendizagem</p><p>motora</p><p>Desde a sua concepção, o indivíduo adquire, ou aprende diversas</p><p>funções motoras, as quais farão com que o organismo alcance</p><p>sua maturidade. Por meio do seu próprio movimento, a criança</p><p>desenvolve seus processos motores. Os movimentos surgem</p><p>muitas vezes porque a criança tende a imitar os adultos que a</p><p>rodeiam ou inspiram-se em outras crianças para executar suas</p><p>provas práticas</p><p>Ao completares esta unidade / lição, serás capaz de:</p><p>Objectivos</p><p> Saber as diversas facetas de educação física;</p><p> Conhecer as nomenclaturas da educação física;</p><p> Conhecer os segmentos corporais;</p><p> Conhecer movimentos que alteram a posição anatómica.</p><p>Terminologia</p><p>A terminologia que vai usar nesta unidade é a seguinte:</p><p> MS-Membros superior</p><p> MI-Membros Inferiores</p><p> DD-Decúbito dorsal</p><p> DV- Decúbito Ventral</p><p> DL -Decúbito Lateral</p><p>Aprendizagem Motora 35</p><p>O Profissional de Educação Física é um profissional de nível superior,</p><p>ou seja, cursou Faculdade, onde pode assimilar conhecimentos</p><p>profundos das áreas médicas, pedagógicas, psicológicas e sociais.</p><p>É muito das vezes conhecidas e chamado de professor, já que boa</p><p>parte das faculdades dão enfoque a licenciatura ou bacharelado. Tem</p><p>em seu currículo, cursos de anatomia, fisiologia, psicologia do</p><p>desenvolvimento e comportamental, sociologia, modalidades</p><p>esportivas e atléticas, ginástica, disciplinas pedagógicas, dança e</p><p>outros. Por actuar em campo vasto, normalmente possui</p><p>especializações ou pós-graduação a nível de mestrado ou doutorado</p><p>Actividade física não estruturada</p><p>A prática de actividade física e uma alimentação saudável, são</p><p>essenciais para prevenir a doença e promover a saúde.</p><p>As crianças devem criar hábitos de prática desportiva e reduzir as</p><p>horas que passam sentados em frente do televisor, ou a jogar</p><p>computador, mas antes de mais, de nada serve motivá-los para se</p><p>mexerem, se os adultos que o rodeiam não dão o exemplo</p><p>incorporando nas actividades diárias a actividade física. Não é</p><p>necessário deslocar-se aos ginásios, bastará realizar um passeio ao ar</p><p>livre, optar por subir as escadas em vez de tomar o elevador-desde que</p><p>a saúde o permita, sair do autocarro na paragem anterior e caminhar</p><p>um pouco, deixar o carro no parque de estacionamento do</p><p>supermercado um pouco mais longe, etc. Pequenas actividades que ao</p><p>longo do dia somam movimentos e combatem uma vida sedentária.</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/Faculdade</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/Professor</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/Anatomia</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/Psicologia</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/Gin%C3%A1stica</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/Mestrado</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/Doutorado</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Pilates_Teacher.jpg</p><p>Aprendizagem Motora 36</p><p>A actividade física, segundo alguns especialistas, melhora a saúde</p><p>física e mental, assim como diminui os riscos de obesidade e as</p><p>consequências a ela associadas. Actividade física não estrutura e</p><p>aquela que nos fizemos naturalmente de uma forma empírica ou seja</p><p>sem darmos em conta ou fizemos mesmo a pensar mais não é</p><p>orientada ou sistematizada.</p><p>Actividade física não estruturada</p><p>A actividade física envolve qualquer movimento corporal causado por</p><p>uma contracção muscular que resulta num gasto de energia. É</p><p>entendida como uma característica particular ao ser humano, com</p><p>dimensões biológicas e culturais. Há séculos especula-se sobre o papel</p><p>das actividades físicas na saúde de todas as pessoas, mas somente nas</p><p>últimas décadas</p><p>as investigações científicas produziram as reias</p><p>evidências de associação entre actividade física e saúde.</p><p>Sedentarismo, obesidade, estética, promoção da saúde, aumento da</p><p>performance desportiva, recuperação física, prevenção de</p><p>determinadas doenças, entre outros, são assuntos ligados à prática da</p><p>actividade física.</p><p>No entanto, para muitos, ainda não está claro o que realmente</p><p>significa actividade física:</p><p> É exercício,</p><p> Desporto,</p><p> Ginástica,</p><p>Condicionamento físico, caminhar é actividade física ou exercício</p><p>físico, Lavar o carro, levar o animal para passear actividade física ou</p><p>exercício físico, Jogar handebol com os amigos ou na escola é</p><p>desporto ou actividade física.</p><p>Aprendizagem Motora 37</p><p>Define-se actividade física como qualquer movimento corporal,</p><p>produzido pelos músculos esqueléticos, sendo, portanto, voluntário e,</p><p>resultando em gasto energético maior do que os níveis de repouso.</p><p>Inclui, portanto, as actividades ocupacionais (trabalho),</p><p>actividades da vida diária alternativas de lazer, incluindo</p><p>exercícios físicos, desporto, dança, artes marciais, jogos, etc.</p><p>Com o objectivo de estudar os efeitos na promoção da saúde, os</p><p>estudiosos têm classificado a actividade física em não</p><p>estruturada e estruturada.</p><p>Actividade física não estruturada</p><p>Inclui muitas das actividades comuns do dia-a-dia, tais como</p><p>caminhar, subir escadas, andar de bicicleta, dançar, cuidar do</p><p>jardim, várias ocupações domésticas (lavar e passar roupa,</p><p>limpar a casa, lavar louça, etc.), fazer compras, cuidar das</p><p>crianças, jogos e actividades ocupacionais (trabalho).</p><p>As actividades físicas não estruturadas, que geralmente são de</p><p>baixa intensidade e uma duração mais longa do que os exercícios</p><p>planejados, podem não aumentar o condicionamento físico e sim</p><p>servir como protecção contra o desenvolvimento de certas</p><p>doenças.</p><p>Incluir no quotidiano as actividades físicas não estruturadas é o</p><p>primeiro passo para sair do sedentarismo e trazer benefícios para</p><p>a saúde. Portanto, a actividade física não precisa ser intensa para</p><p>promover a saúde.</p><p>A actividade física regular reduz o risco de uma pessoa</p><p>desenvolver diversas doenças crónicas, especialmente as</p><p>cardiovasculares – principais causas de morte e de dependência</p><p>funcional no mundo.</p><p>Em suma, um estilo de vida pode:</p><p> Reduzir o risco de morte prematura por todas as causas;</p><p> Reduzir o risco de morte por doenças cardíacas;</p><p> Reduzir o risco de desenvolver diabetes;</p><p> Reduzir o risco de desenvolver hipertensão;</p><p> Reduzir a sensação de depressão e ansiedade;</p><p> Manter a autonomia e a independência do idoso;</p><p> Auxiliar no controle do peso corporal;</p><p>Aprendizagem Motora 38</p><p> Auxiliar no desenvolvimento e manutenção de ossos,</p><p>músculos e articulações saudáveis;</p><p> Ajudar indivíduos idosos a manter a força muscular e o</p><p>equilíbrio,</p><p>Dando-lhes mobilidade e reduzindo as quedas; Promover o</p><p>bem-estar psicológico e a auto estimados. Os riscos associados à</p><p>inactividade física são claros. A inactividade física deve ser</p><p>considerada um problema sério de saúde pública, representando</p><p>um desafio para os órgãos da saúde e da educação à promoção</p><p>de estilos de vida mais activos para toda a população. Quando se</p><p>pensa na população em geral, os maiores benefícios para a saúde</p><p>aparecem quando se passa da condição de sedentário para</p><p>moderadamente activo</p><p>Áreas e esferas de estudo da actividade física.</p><p>As áreas a qual podemos encontrar a esferas que por sua vez</p><p>estas mesmas pertencem a uma disciplina que estão todas ligadas</p><p>a educação física por várias vertente como ilustram a tabela a</p><p>baixo.</p><p>Áreas Esfera ou disciplina Outras esferas</p><p>Disciplina</p><p>Académica</p><p>Educação</p><p>Física e</p><p>desporto</p><p>Ciências</p><p>Biológicas</p><p>Fisiologia</p><p>Pedagogia</p><p>Fisiologia do Exercício</p><p>Ciências</p><p>Sociais</p><p>Psicologia Pedagogia do</p><p>desporto Psicologia</p><p>do desporto</p><p>Sociologia Sociologia</p><p>do</p><p>desporto</p><p>Ciências</p><p>Humanas</p><p>História,</p><p>Filosofia</p><p>História do desporto</p><p>Filosofia do</p><p>desperto</p><p>Aprendizagem Motora 39</p><p>Definições: é a nomenclatura oficial e técnica utilizada na educação</p><p>física, de acordo com autores especializados em anatomia,</p><p>biomecânico desporto e treino</p><p>Terminologia relacionada ao posicionamento do corpo posição</p><p>fundamental: em pé, tronco erecto, membros inferiores unidos,</p><p>membros superiores ao longo do corpo naturalmente, olhar para o</p><p>horizonte.</p><p>MS ao longo do corpo = MS ao lado do corpo naturalmente.</p><p>MS no prolongamento do corpo = MS acima da cabeça.</p><p>MI em afastamento lateral: em pé, estando aproximadamente com um</p><p>pé e meio da distância entre um MI e outro; pode-se considerar a</p><p>distância entre os MI relacionada à linha dos ombros.</p><p>MI em grande afastamento lateral: distância maior que o afastamento</p><p>lateral.</p><p>Aprendizagem Motora 40</p><p>Afundo: é uma variação do afastamento de MI, na lateral ou Ântero-</p><p>posterior. Nesta posição um dos MI deverá estar em flexão.</p><p>Ajoelhado: Mis estão flexionados e os joelhos estão no solo (unidos</p><p>ou afastados), tronco erecto.</p><p>Semi-ajoelhado: é uma variação da posição ajoelhado, um dos MI</p><p>deve estar com flexão do joelho e com apoio do joelho no solo e outro</p><p>MI com flexão do joelho e apoio do mesmo e do pé no solo, nesta</p><p>posição os MI poderão estar em afastamento lateral.</p><p>De cócoras: MI totalmente flexionados com o equilíbrio na parte</p><p>anterior do pé ou com a planta do pé no solo, tocando o calcanhar no</p><p>glúteo.</p><p>Sentado: tronco erecto, glúteos no solo, MI podem estar unidos,</p><p>afastados, estendidos, cruzados e com flexão.</p><p>Decúbito dorsal (DD): deitado com a região dorsal no solo.</p><p>Decúbito Ventral (DV): deitado com a região anterior do corpo</p><p>no solo.</p><p>Decúbito Lateral (DL): deitado com apoio da lateral direita ou</p><p>esquerda no solo.</p><p>Aprendizagem Motora 41</p><p>Extensão: é o ato da ampliar ou desaproximar uma parte do</p><p>corpo de outra parte, aumentando o ângulo da articulação entre</p><p>as partes.</p><p>Flexão: é o ato de aproximar uma parte do corpo ou dos</p><p>segmentos contra a outra, diminuindo o ângulo da articulação</p><p>entre as partes.</p><p>Abdução: é o ato de afastar um segmento da linha mediana do</p><p>corpo.</p><p>Adução: é o ato de aproximar um segmento da linha mediana do</p><p>corpo.</p><p>Elevação: é o ato de suspender qualquer parte do corpo no</p><p>sentido contrário a acção da gravidade. È considerado um</p><p>movimento de translação.</p><p>Depressão: é a volta da elevação, movimento antagónico.</p><p>Circundação: é uma combinação de movimentos realizados em</p><p>um determinado plano, cujo centro do movimento é um ponto</p><p>fixo (articulação), movimento de 360º.</p><p>Balancear: é um movimento pendular dos segmentos, onde o</p><p>ponto fixo é uma articulação, variam de acordo com os planos e</p><p>direcções.</p><p>Rotação: é o movimento de um segmento ao redor de um eixo</p><p>longitudinal (180º), executando em torno do eixo longitudinal,</p><p>no plano horizontal. No esqueleto axial o movimento ocorre para</p><p>Aprendizagem Motora 42</p><p>a direita ou para a esquerda, e no esqueleto apendicular ocorre</p><p>interna ou externamente.</p><p>Hiperextensão: é uma extensão continuada de uma articulação</p><p>além da posição anatómica.</p><p>Pronação: movimento correspondente à rotação interna do</p><p>antebraço.</p><p>Supinação: movimento correspondente à rotação externa do</p><p>antebraço.</p><p>Anteversão: progressão da crista ilíaca para frente.</p><p>Retroversão: progressão da crista ilíaca para trás.</p><p>Saltar: é um movimento explosivo e dinâmico,</p>

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